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Psicanalise

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Psicanálise: História, 
Conceitos e Atualidade 
Katya de Azevedo Araújo 
Luciane Loss Jardim 
Um percurso histórico 
Sigmund Freud foi um médico vienense que alterou significativa-
mente o modo de pensar a vida psíquica, pois sua investigação sistemática 
levou-o a trabalhar com o inconsciente e chegar à criação da Psicanálise. 
A Psicanálise caracteriza-se por ser um método de investigação da 
vida psíquica do indivíduo, uma teoria sobre o funcionamento do psiquismo 
e uma prática clínica. Freud ao longo de sua vida e através de sua obra 
formulou leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique 
humana. 
Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, Áustria. Dedicou- se, 
inicialmente, à medicina tendo se interessado por neurologia e psiquiatria. 
Em 1885 Freud obteve uma bolsa de estudos para estudar em Paris, onde 
durante meio ano aprofundou seus estudos sobre a histeria com Charcot. A 
partir daí, seu interesse pela hipnose como método de tratamento 
intensificou-se com o objetivo de eliminar os sintomas de seus pacientes. 
De volta à Viena, Freud trabalha com Josef Breuer, eminente clínico 
geral da época com o qual compartilhara um forte interesse científico pela 
clínica da histeria e pelo hipnotismo como um recurso terapêutico. 
 
A hipnose foi o primeiro método utilizado de acesso ao inconsciente 
do paciente, pois se trata de um estado de consciência modificado, 
transitório e artificial, provocado pela sugestão do hipnotizador. O método 
catártico, adotado por Freud na seqüência do método hipnótico, consiste na 
re-vivência da situação traumática liberando o afeto esquecido e, desta 
forma, restituindo ao sujeito a sua condição anterior ao trauma. 
Freud ao elaborar o conceito de transferência abandona a hipnose e a 
catarse passando a adotar o método da associação livre, método constitutivo 
da técnica psicanalítica, segundo o qual o paciente deve, durante o 
tratamento, falar tudo que lhe vem à mente, sem nenhuma discriminação. 
O paciente deve exprimir todos os seus pensamentos, idéias, imagens e 
emoções, como se apresentam a ele, sem seleção e restrição, mesmo que 
estes lhes pareçam incoerentes, imorais, impertinentes ou desprovidos de 
valor. Este método da associação livre tomou- se a regra fundamental do 
tratamento psicanalítico. 
Na história da psicanálise, Anna O., mulher vienense, celebrizada por 
Freud e Breuer com este pseudônimo, é considerada a primeira paciente da 
psicanálise. Ela sofria de distúrbios histéricos espetaculares, dentre os quais 
destacava-se a paralisia de três membros. Seus sintomas tiveram origem na 
época em que ela cuidava do pai enfermo. As idéias e sentimentos dessa 
época foram recalcados e com a rememoração na fala, os sintomas 
desapareciam. Este desaparecimento ocorria devido à liberação das reações 
emotivas associadas ao evento traumático — a doença do pai, o desejo 
inconsciente da morte deste. 
No decorrer do tratamento foi observado que quando a paciente relatava a 
origem de seu sintoma a Breuer, durante a hipnose, os sintomas 
desapareciam. Anna O. primeiramente foi tratada por Breuer, porém este 
depois de um determinado percurso de tratamento com esta paciente, solicita 
a Freud que se ocupe da paciente. Desta forma, Freud inicia o tratamento com 
Anna O. que pede a Freud que não a hipnotize e a deixe falar, batizando este 
método de cura pela palavra ou limpeza de chaminé. 
Em 1900 Freud escreve A Interpretação dos Sonhos sendo este considerado 
o marco de início da Psicanálise. A análise de seus sonhos, atos falhos e 
lapsos foi o caminho que o levou para a descoberta do inconsciente. Assim, 
neste livro -A Interpretação dos Sonhos- aborda 
 
 
especificamente o funcionamento psíquico inconsciente, sendo através do 
mesmo que vai surgindo a história indireta da descoberta da Psicanálise desde 
o descobrimento do sentido dos sonhos até o Complexo de Édipo. 
Ao longo de sua obra em busca das origens dos sintomas, Freud descobriu 
que a maioria dos pensamentos e desejos recalcados dos pacientes referia-se 
a conflitos de ordem sexual infantil. Estas descobertas colocam a 
sexualidade no centro da vida psíquica e postulam a existência da 
sexualidade infantil. Breuer não compartilhava desta descoberta, tendo sido 
este um dos principais pontos de divergência e rompimento entre ambos. 
Após a descoberta de um câncer na boca, Freud veio a falecer em 23 de 
setembro de 1939 na Inglaterra, deixando uma obra de grande valor. A partir 
da mesma, outros psicanalistas desenvolvem novos conceitos, especialmente 
em relação ao tratamento com crianças. Atualmente encontram-se 
várias escolas psicanalíticas dentre as quais podemos destacar a escola 
inglesa, cujos principais representantes são Melanie Klein, Bion e 
Winnicott, a escola americana, que tem em Anna Freud uma figura impor-
tante e a escola francesa cujo principal representante é Jacques Lacan. 
 
Conceitos Fundamentais 
Preocupado em descobrir os mecanismos que provocam os sintomas, Freud 
passa da observação e descrição dos sintomas para a escuta dos seus 
pacientes em relação aos seus sofrimentos. 
Neste percurso, da descoberta dos mecanismos inconscientes encarregados 
de deixar os traumas fora da consciência, Freud chega à descoberta da 
etiologia sexual das neuroses. A consciência expulsa as idéias traumáticas 
insuportáveis, mas esta idéia continua a operar no inconsciente. 
Os pacientes de Freud ao serem analisados referiam traumas sexuais que 
teriam ocorrido na infância. Em um primeiro momento Freud acredita que
'
 
estes traumas poderiam ter realmente ocorrido, no entanto, percebe mais 
tarde que estes eram fantasiados por seus pacientes, estes lhe contavam 
sobre as suas fantasias sexuais infantis. Desta forma, a tese de que a 
sexualidade humana só ocorre na puberdade foi revista. 
A sexualidade humana não se reduz a questão da genitalidade. Em 
diferentes momentos da vida psíquica esta se organiza em torno de 
 
 
 
diferentes zonas erógenas: oral, anal, fálica, latência e genital. Assim, a 
sexualidade genital, constitui somente uma das formas de organização da 
sexualidade. Portanto, as experiências da criança em relação ao seu próprio 
corpo (auto-erotismo) ou em contato com o corpo da mãe são consideradas 
experiências sexuais. 
O Complexo de Édipo foi elaborado por Freud, a partir da teoria da 
sexualidade. Refere-se ao fantasiar infantil de desejos incestuosos pelo 
genitor do sexo oposto, rivalizando com o progenitor do mesmo sexo e 
desejando substituí-lo. Surge aí a Lei do Incesto proibindo a realização 
destes desejos da criança, que serão recalcados em nome da civilização. A 
intemalização das leis, da moral, censura e culpa ocorrerão com o desfecho 
deste complexo. 
A pulsão é um conceito limite entre o somático e o psíquico. Sua origem é 
somática, porém, ela é, sobretudo, psíquica ao apresentar-se ao indivíduo 
através das imagens que chegam a ele para informá-lo do que se passa com 
o seu corpo. 
A pulsão é definida como a força que movimenta o sujeito nas suas 
ações, pensamentos e comportamentos. Não havendo uma força única, é 
mais apropriado falar de diferentes pulsões, por exemplo, pulsão escópica, 
pulsão sexual, pulsão oral, pulsão anal, etc. 
As pulsões possuem, também, destinos diversos: a inversão ou 
transformação no contrário, o desvio, o recalcamento e a sublimação. 
Uma vez que o objeto pulsional nunca está à altura das expectativas, sempre 
falta algo para completar a satisfação. As pulsões são sempre parciais. 
Podemos pensar, por exemplo, que a chegada de um filho pode representar 
uma satisfação total do desejo dos pais. No entanto, o filho esperado, 
imaginado,é sempre diferente do filho que a realidade mostra, assim, essa 
satisfação não será completa. Não há um objeto capaz de satisfazer 
completamente a pulsão. 
As pulsões parciais são vividas livremente pela criança, cujo interesse pela 
questão genital ainda não foi despertado. Portanto a pulsão é independente 
do objeto, ela se ligará ao prazer do órgão ao qual possa estar vinculado. 
A satisfação da pulsão se dará, então, por diferentes objetos, no entanto, 
constata-se um agravante quando o sujeito só obtém prazer através do 
exercício único de uma determinada fonte. 
 
 
Houve uma tentativa de Freud em atribuir ao inconsciente um 
lugar anatômico, tendo abandonado, posteriormente essa linha de trabalho. 
O inconsciente não é, assim, um objeto palpável, mas deduz-se pelos seus 
efeitos. Traçando um paralelo com a estrutura do átomo, pode-se dizer que, 
no átomo, a existência do elétron, é confirmada pela sua carga energética; 
de forma semelhante os efeitos do inconsciente são deduzidos pelas suas 
manifestações (sonhos, atos falhos, sintomas). 
Freud busca o sentido dos sonhos, trata de decifrá-los, interpretá- los, já que 
o sonho aparece como uma espécie de hieróglifo. São símbolos a serem 
decifrados levando em conta o caráter e a situação do sonhador. O sonho é 
um fenômeno normal, pois todo mundo sonha quase toda noite e é também 
um fenômeno patológico, pois o sonho é uma alucinação breve. O sonho 
se apodera dos restos diurnos, recordações que ocorreram durante o dia 
anterior para montá-los com uma significação diferente daquela que tinha 
no momento de sua primeira emergência. 
Da associação dos diferentes fragmentos do sonho com outras lembranças, 
surgirá o sentido inconsciente do sonho. Os atos falhos (lapsos), 
esquecimentos, sintomas e chistes seguem a mesma lógica de construção e 
interpretação. Por exemplo, quando nos enganamos e trocamos uma 
palavra por outra, ou nos esquecemos de algo que queremos lembrar, 
surgem outras palavras e imagens que nos dão a pista da direção 
inconsciente de sua significação. 
Freud recorre a diferentes modelos para teorizar o aparelho psíquico estes 
são conhecidos pelo nome de Primeira e Segunda tópica. 
A Primeira tópica do aparelho psíquico consiste em três instâncias: 
Inconsciente, Pré-Consciente e Consciente. O inconsciente é constituído 
por conteúdos recalcados, os quais por terem sido censurados não têm 
acesso direto à consciência nem ao pré-consciente. O pré-consciente é 
constituído pelos conteúdos acessíveis à consciência. O consciente é uma 
das instâncias do aparelho psíquico que percebe as informações da 
realidade externa e interna. 
A Segunda tópica freudiana carateriza-se por localizar três instâncias 
psíquicas: Id, Ego e Superego. O Id é eminentemente inconsciente. O Ego 
é a parte do psiquismo que faz o contato com a realidade, portanto parte do 
seu funcionamento é consciente e outra parte incons- 
 
 
ciente. Já o superego é o herdeiro do Complexo de Édipo, sede da moral e 
da censura, tendo um funcionamento consciente e inconsciente também. 
A partir do caso de Anna O., Freud desenvolve o conceito de Transferência, 
fundamental para o entendimento e a prática clínica psicanalítica. A 
transferência consiste, segundo o autor, no deslocamento e repetição de 
investimentos e sentimentos da vida sexual infantil do paciente para a 
figura do analista. A transferência é uma manifestação do inconsciente, 
pois em momento algum é percebida pelo paciente, por isso é um bom 
instrumento da análise do inconsciente. 
Apesar de a transferência passar a constituir uma ferramenta fundamental 
para a análise não é somente nessa situação que esta aparece. Freud 
percebe que a transferência também ocorria nas diferentes relações que 
as pessoas estabelecem no decorrer de suas vidas, nada impede que a 
transferência dirija-se ao analista ou qualquer outra pessoa. A transferência 
pode estar presente nas relações professor-aluno, por exemplo, assim um 
professor pode tornar-se a figura a que serão endereçados os interesses de 
seu aluno porque é objeto de transferência. E o que se transfere são as 
experiências vividas primitivamente com os pais. 
Tendências atuais da psicanálise 
O método psicanalítico surge inicialmente da necessidade de cura para o 
sofrimento psíquico e segue um modelo clínico. Tradicionalmente os 
psicanalistas foram associados com a idéia de serem profissionais que 
trabalhavam unicamente em seus consultórios privados. 
No entanto, Freud e outros autores como Winnicott, preocuparam-se e 
trabalharam sobre questões sociais, especialmente relacionadas com a 
guerra e a violência humana. Hoje, essa tendência ampliou- se, 
encontrando-se os psicanalistas não somente escrevendo análises sobre 
situações culturais e sociais, mas também, trabalhando em hospitais, 
escolas e instituições. 
As idéias de Freud espalharam-se pelo mundo, tendo sido, muitas vezes, 
transformadas de acordo com a cultura pela qual foram absorvidas. Desta 
forma, surgiram várias escolas psicanalíticas que compõem hoje as 
tendências na psicanálise atual. 
 
 
A Escola Inglesa de Psicanálise foi inaugurada por Melanie Klein, 
psicanalista que se dedicou ao tratamento de crianças, fato que lhe exigiu 
a criação de novas técnicas psicanalíticas nas quais o brincar, por exemplo, 
faz parte desta inovação técnica. Melanie Klein reformula alguns conceitos 
freudianos, como por exemplo, o complexo de Édipo e o superego, criando 
novos pressupostos teóricos, principalmente no que se refere ao período do 
desenvolvimento psicossexual da criança, adiantando essas etapas em 
relação ao período proposto por Freud.Este 
Compreendia o Complexo de Édipo como a culminância da sexu-
alidade infantil, surgindo somente depois das fases pré-genitais, no entanto 
Klein postulou um começo bem anterior aos sentimentos e fantasias 
edipianas, localizando a sua origem no primeiro ano de vida, em torno da 
época do desmame. Para Freud o superego é o herdeiro do Complexo de 
Édipo, já as investigações de Melanie Klein revelaram figuras de superegos 
anteriores, na forma de severas críticas e auto-acusações acompanhando as 
primeiras fantasias edipianas. 
A filha de Freud, Anna Freud, radica-se nos Estados Unidos, fun-
dando uma escola chamada de Psicologia do Ego ou Escola Americana de 
Psicanálise. Anna Freud dedica-se também à psicanálise com crianças, 
enfatiza o papel do Ego nos conflitos psíquicos, marcando uma posição 
adaptativa da Psicanálise. A autora sustentava o papel pedagógico da 
psicanálise infantil, propondo que o objetivo de uma análise seria uma boa 
adaptação do Ego à realidade. 
Neste ponto Anna Freud afasta-se das postulações de seu pai. Em 
relação à cura, Freud propõe que se trabalhe com as associações in-
conscientes causadoras de sofrimento psíquico e não somente com o Ego. 
Freud ressaltava que a cura na psicanálise diferencia-se da cura 
médica, a qual visa a eliminação do sintoma. Os sintomas poderão ser 
eliminados como conseqüência da análise apesar do trabalho clínico não 
estar centrado na supressão destes. Assim, destaca o caráter subjetivo e 
individual da cura, onde para cada sujeito haverá um percurso a seguir. 
Jacques Lacan, psicanalista francês, propõe um retorno a Freud 
fazendo uma releitura da obra freudiana, atravessada pelas tendências de 
sua época em diferentes campos do conhecimento: Antropologia, Lin-
güística, Filosofia, Matemática, dentre outras. 
 
 
Lacan retoma Freud ao afirmar que o sujeito se constitui a partir do 
Outro, enfatizando o papel da linguagem nesse processo. O bebê humano 
vem ao mundo desprotegido necessitando dos outros tanto para cuidá-lo,alimentá-lo, quanto para inseri-lo na cultura. Mesmo antes de nascer seus 
pais falam dele, do seu nome, das suas expectativas e desejos em relação ao 
filho. Eles lhe atribuem um lugar na família, um lugar na cultura. 
Inicialmente, a criança utilizará os desejos parentais como um espelho 
para desenhar seu Eu. Haverá uma aceitação tácita do lugar que lhe é 
atribuído. A princípio, esta alienação ao desejo do Outro é necessária para 
que o sujeito possa se constituir, posteriormente ocorre o processo de se-
paração, resultando no sujeito da fantasia. O sujeito do desejo surgirá à 
medida que a castração se fizer simbólica, constituindo o sujeito faltante. 
Lacan prioriza na cura analítica o desejo inconsciente ao qual 
tem-se acesso pela linguagem. Opõe-se radicalmente de qualquer tentativa 
adaptacionista de cura. Por isso, propõe que a duração das sessões e 
outras intervenções do psicanalista seja orientada pelo dizer do paciente, 
pelo tempo subjetivo de quem fala e não pela cronologia convencional ou 
pela subjetividade do analista. 
Para ser analista precisa-se saber escutar, sem impor seus valores, 
julgamento ou questões morais como verdade única. Por isso, quem se 
autorizar a ocupar esse lugar deverá analisar-se, estudar a teoria e 
discutir sua prática com outros profissionais. Lacan modificou, também, as 
propostas vigentes da técnica psicanalítica e da formação dos psicanalistas. 
Referências Bibliográficas 
FREUD, S. A Interpretação dos Sonhos (1900). Rio de Janeiro: 
Imago, 1974. 
 ________ . Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905). 
Rio de Janeiro: Imago, 1974. 
 ________ . Os Instintos e as suas Vicissitudes (1915). Rio de 
Janeiro: Imago, 1974. 
HANNS, L. Dicionário Comentado do Alemão de Freud. Rio de 
Janeiro: Imago, 1996.

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