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CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 1: A ciência penal Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Conteúdo desta aula PLANO DE ENSINO 1 FUNÇÃO DO DIREITO PENAL 3 PRÓXIMOS PASSOS INFRAÇÃO PENAL 2 FONTES DO DIREITO PENAL 4 Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Plano de Ensino A disciplina Direito Penal I refere-se a toda teoria do delito enquanto dogmática construída pela doutrina definindo os elementos que constituem a figura delitiva, tendo como principais referências a escola alemã, sendo demonstrado para o aluno os principais conceitos relacionados ao crime. Desta forma, a disciplina Direito Penal I visa o fomento do raciocínio crítico-jurídico acerca da Teoria do Crime sob o enfoque constitucional, de modo a coadunar o contexto pedagógico (principais movimentos teóricos) com as experiências profissionais do corpo docente em consonância com os objetivos do Curso, com vistas ao desenvolvimento no aluno de competências e habilidades que o capacitem, graças à criação de uma rede de sentidos, a compreender o fenômeno jurídico como um todo para fins de atuação acadêmica e profissional. Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL • Ciência Penal • Princípios • Norma penal, Lei Penal no Tempo e no Espaço • Teoria do Delito • Tipicidade: conduta, resultado, nexo causal, dolo, culpa e tipicidade • Ilicitude: descriminantes • Culpabilidade • Teoria do Erro: Erro de Tipo e de Proibição Os temas a serem são: Conteúdo da Parte Geral do Direito Civil Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Plano de Ensino Procedimento de Avaliação No Curso de Direito, a avaliação se dá de forma continuada. Antes de cada aula o estudante deverá solucionar os casos concretos que se encontram na Webaula da disciplina e postar suas respostas no ambiente online. Após a revisão e autocorreção, o estudante deverá refazer a análise do caso concreto, no ambiente Webaula, acrescentando citações doutrinárias e jurisprudenciais. O conjunto dos trabalhos práticos realizados ao longo do período valerão até 2,0 (dois) pontos na AV1, a qual valerá até 8,0 pontos. As AV2 E AV3 serão realizadas através de provas escritas, valendo 10,0 (dez) pontos, contendo questões objetivas e discursivas, sendo, ao menos uma das questões, um caso concreto para análise e resolução. Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Plano de Ensino Procedimento de Avaliação A soma de todas as atividades (provas escritas e resolução dos casos aula a aula) comporão o grau final de cada avaliação, não podendo ultrapassar o grau máximo de 10 (dez), sendo permitido atribuir valor decimal às avaliações. A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização, incluindo o das atividades estruturadas, nas disciplinas que as contenham. As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina, incluindo o das atividades estruturadas. Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Plano de Ensino Procedimento de Avaliação Para aprovação na disciplina o aluno deverá: 1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Plano de Ensino Bibliografia Básica BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. São Paulo: Saraiva. v 1., 21. ed. 2015. CURIA , Luiz Roberto e RODRIGUES, Thaís de Camargo. Direito Penal – Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2015. PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. 13. Edição revista e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Infração Penal Contravenção ( DL 3.688/41) Infração Penal Crimes – Sanções mais graves Penas Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Funções do direito penal 1. Tutelar bens jurídicos constitucionais. 2. Segundo o garantismo de Luigi Ferrajoli: substituir a vingança privada limitando o poder punitivo do Estado. Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Fontes do direito penal FONTES DO DIREITO PENAL MATERIAL FORMAL IMEDIATA MEDIATA UNIÃO (ART. 22 DA CR/88) LEI COSTUMES PRINCÍPIOS FEDERAL Direito Penal I AULA 1: A CIÊNCIA PENAL Caso concreto Leia o texto abaixo e responda ss questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. Maria, funcionária de uma empresa de telecomunicações, uma semana após comunicar seu empregador que estava grávida, com o respectivo laudo, é demitida por ordem direta do dono da empresa, o Sr. Ricardo. Considerando que Ricardo praticou um ilícito, violando o art. 391-A da CLT (decreto lei 5.452/43) é possível afirmar que ele praticou um crime, uma vez que será sancionado? Assim, é possível afirmar que todo ilícito configura crime? Responda de forma justificada com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal no Estado Democrático de Direito. Assuntos da próxima aula: 1. Princípio da Legalidade; 2. Princípio da Lesividade; 3. Princípio da Subsidiariedade; 4. Princípio da Insignificância; 5. Princípio da Adequação Social; 6. Princípio da Culpabilidade. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 2: PRINCÍPIOS PENAIS Direito Penal I AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS Conteúdo desta aula PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 1 PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE 3 PRÓXIMOS PASSOS PRINCÍPIO DA LESIVIDADE 2 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 4 PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL 5 PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE 6 Direito Penal I AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS Princípio da Legalidade 1 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: ART. 1º DO CP E ART. 5º, XXXIX DA CR/88 NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE LEGE - PRINCÍPIO DA MÁXIMA TAXATIVIDADE Direito Penal I AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS Princípio da Lesividade 2 – PRINCÍPIO DA LESIVIDADE OU OFENSIVIDADE Só pode haver crime se houver lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico relevante. X crimes de perigo abstrato Direito Penal I AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS Princípio da Subsidiariedade 3 – PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE, FRAGMENTARIEDADE OU INTERVENÇÃO MÍNIMA: ULTIMA RATIO Em razão de sua drasticidade, o Direito Penal só deve ser aplicado em último caso, em razão da existência de outros ramos do Direito menos lesivos. Direito Penal I AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS Princípio da Insignificância 4 – PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU DA BAGATELA O Direito Penal não deve intervir sobre lesões de pequena monta, cabendo, apenas, sua aplicação nos casos mais graves Direito Penal I AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS Princípio da Adequação Social 5 – PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL O Direito Penal não deve intervir quando se verificar que o fato, ainda que lesivo, é socialmente tolerado. Direito Penal I AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS Princípio da Culpabilidade 6 – PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE X RESPONSABILIDADE OBJETIVA Só pode haver crime se o sujeito praticou sua conduta de forma dolosa ou culposa. Direito Penal I AULA 2: PRINCÍPIOS PENAIS Caso concretoEm abril de 2014, José é flagrado por autoridades de fiscalização com um molinete e anzol pescando numa área interditada, de preservação ambiental. Em depoimento, ele afirma que estava pescando apenas para distrair e levar um peixinho para o almoço, não fazendo de tal prática seu meio de vida. Ocorre que ele é preso e denunciado pela prática do crime previsto no art. 34 da lei 9.605/98. Uma vez condenado, havendo recurso da defesa, o TRF o absolveu alegando que não ocorreu dano e nem grave risco ao bem jurídico tutelado que é o meio ambiente. Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve por fundamento qual(is) princípio(s) norteador(es)de Direito Penal? Responda de forma fundamentada. Assuntos da próxima aula: 1. Norma Penal: espécies; 2. Analogia; 3. Conflito Aparente de Normas. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 3: Teoria das normas penais Direito Penal I AULA 3: TEORIA DAS NORMAS PENAIS Conteúdo desta aula NORMA PENAL: ESPÉCIES 1 CONFLITO APARENTE DE NORMAS 3 PRÓXIMOS PASSOS ANALOGIA 2 Direito Penal I AULA 3: TEORIA DAS NORMAS PENAIS Norma Penal CLASSIFICAÇÃO DA NORMA PENAL: 1. INCRIMINADORA 2. PERMISSIVA 3. COMPLEMENTAR OU EXPLICATIVA NORMA PENAL EM BRANCO Direito Penal I AULA 3: TEORIA DAS NORMAS PENAIS Analogia ANALOGIA NO DIREITO PENAL ANALOGIA IN BONAN PARTEM ANALOGIA X INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA Direito Penal I AULA 3: TEORIA DAS NORMAS PENAIS Conflito Aparente de Normas CONFLITO APARENTE DE NORMAS: Ocorre quando duas ou mais normas são aparentemente aplicáveis a um mesmo fato, porém apenas uma delas terá real incidência. - PRINCÍPIO DO NE BIS IN IDEM Direito Penal I AULA 3: TEORIA DAS NORMAS PENAIS Conflito Aparente de Normas PRINCÍPIOS: 1. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE A norma especial afasta a norma geral. 2. PRINCÍPIO DA SUBSDIARIEDADE A norma principal mais forte afasta a norma subsidiária mais fraca. Direito Penal I AULA 3: TEORIA DAS NORMAS PENAIS Conflito Aparente de Normas 3. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO O crime fim absorve o crime meio. 4. PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE No tipo de ação múltipla, a prática de mais de uma conduta em um só contexto configura um só crime. Direito Penal I AULA 3: TEORIA DAS NORMAS PENAIS Caso concreto Maria, após ter bebido alguns copos de cerveja num churrasco com amigos, acreditando estar bem, pega seu carro para voltar para casa. Porém, em razão dos efeitos do álcool, numa curva perde a direção, vindo a colidir com outro veículo, gerando uma lesão corporal no condutor. Identificada a alcoolemia, Maria é indiciada e denunciada pelos crimes de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e por dirigir alcoolizada, conforme os artigos 302 e 306 do CTB (lei 9.503/97). Analisando os princípios que solucionam o conflito aparente de normas, está correta essa capitulação? O que pode ser alegado na defesa de Maria quanto à referida tipificação? Justifique sua resposta. Assuntos da próxima aula: 1. Lei Penal no Tempo: tempo do crime; 2. Princípio da irretroatividade da lei penal; 3. Lei Penal no espaço: territorialidade e extraterritorialidade; 4. Lugar do Crime. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 4: Lei penal no tempo e no espaço Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Conteúdo desta aula TEMPO DO CRIME 1 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL 3 PRÓXIMOS PASSOS CONFLITO INTERTEMPORAL DE LEIS PENAIS 2 LEI PENAL NO ESPAÇO 4 PRINCÍPIOS DA TERRITORIALIDADE E EXTRATERRITORIALIDADE 5 LUGAR DO CRIME 6 Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Lei Penal no Tempo TEMPO DO CRIME: TEORIA DA ATIVIDADE “Art. 4º – Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.” Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Lei Penal no Tempo CONFLITO INTERTEMPORAL DE LEIS PENAIS NO TEMPO. Princípio da irretroatividade das leis penais ou da retroatividade da lei mais benéfica – art. 2º do CP Hipóteses: 1. novatio legis incriminadora 2. abolitio criminis 3. novatio legis in pejus 4. novatio legis in melius Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Lei Penal no Tempo CONFLITO INTERTEMPORAL DE LEIS PENAIS NO TEMPO. Princípio da irretroatividade das leis penais ou da retroatividade da lei mais benéfica – art. 2º do CP EXCEÇÃO À RETROATIVIDADE DA LEI MAIS BENÉFICA: LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Lei Penal no Espaço PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE – ART. 5º DO CP EXTENSÃO DO CONCEITO DE TERRITÓRIO: • Embarcação ou aeronave pública: aplica a lei brasileira onde quer que se encontre. • Embarcação ou aeronave particular: aplica a lei brasileira apenas em águas internacionais. Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Lei Penal no Espaço EXTRATERRITORIALIDADE – ART. 7º DO CP Crimes praticados no estrangeiro submetidos à lei brasileira, porém só se aplica se o agente entrar em território nacional. Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Lei Penal no Espaço LUGAR DO CRIME: Art. 6º – Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Caso Concreto Consta dos autos que o ora paciente foi denunciado pelo Ministério Público Federal pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Lei 6.368/76, art. 12, caput, c/c o art. 18, I e III) e de corrupção ativa (CP, art. 333, “caput”), após haver sido preso em flagrante, no município de Jaci/SP, em 12/11/2000, na posse de seis mil e dezesseis (6.016) frascos de lança-perfume, produto contendo o componente químico identificado no HC 120026 / SP laudo de constatação como cloreto de etila, ocasião em que ofereceu vantagem indevida aos Policiais Rodoviários Federais responsáveis pela sua prisão, com o fim de determiná-los a permitir a sua liberação. Direito Penal I AULA 4: LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Caso Concreto Todavia, houve superveniente edição da Resolução ANVISA nº 104/2000, publicada em 07/12/2000, que excluiu o cloreto de etila da relação constante da Lista das Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito no Brasil (Portaria SVS/MS nº 344/98), embora, oito dias depois a referida Resolução sofre nova alteração incluindo novamente a substância de cloreto de etila. Assim, o autor do fato poderá ser beneficiado de alguma forma? Justifique sua resposta. Assuntos da próxima aula: 1. Conceito de crime; 2. Teoria do Delito; 3. Sujeitos do Delito; 4. Classificação dos Crimes. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 5: TEORIA DO DELITO Direito Penal I AULA 5: TEORIA DO DELITO Conteúdo desta aula CONCEITOS DE CRIME 1 SUJEITOS DO CRIME 3 PRÓXIMOS PASSOS TIPICIDADE, ILICITUDE E CULPABILIDADE 2 CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES 4 Direito Penal I AULA 5: TEORIA DO DELITO Conceitos de Crime Crime Conceito: Formal Material Analítico Direito Penal I AULA 5: TEORIA DO DELITO Conceito Analítico de Crime Fato típico Ilicitude Culpabilidade Direito Penal I AULA 5: TEORIA DO DELITO Sujeitos do Crime: Passivo e AtivoSujeito Passivo: É o titular do bem jurídico lesionado ou ameaçado pela conduta delitiva. Ex. pessoa natural, pessoa jurídica, estado, coletividade. Sujeito Ativo: É o autor da conduta delitiva. Segundo a Teoria do Delito, apenas o homem poderia ser sujeito ativo. Direito Penal I AULA 5: TEORIA DO DELITO Sujeitos do Crime: Passivo e Ativo Responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais: divergência Art. 3º da lei 9.605/98 que autoriza x Conceitos de dolo, culpa, ação, culpabilidade, princípio da subsidiariedade e personalidade da pena. Direito Penal I AULA 5: TEORIA DO DELITO Classificação dos Crimes • QUANTO À PESSOA: COMUM, PRÓPRIO E DE MÃO PRÓPRIA • QUANTO AO RESULTADO: MATERIAL, FORMAL E MERA CONDUTA Direito Penal I AULA 5: TEORIA DO DELITO Classificação dos Crimes • QUANTO À CONSUMAÇÃO: INSTANTÂNEO, PERMANENTE, INSTANTÂNEO DE EFEITO PERMANENTE E CRIME HABITUAL • QUANTO AO DANO: DE DANO, PERIGO CONCRETO E PERIGO ABSTRATO Direito Penal I AULA 5: TEORIA DO DELITO Caso concreto Uma empresa de produtos químicos é autuada em flagrante, por despejar num rio próximo lixo tóxico sem o devido tratamento, configurando o crime previsto no art. 54 da lei 9.605/98. Tal lesão decorreu de uma decisão dos votos dos sócios que decidiram por economizar verbas naquele momento. Porém, a empresa foi denunciada e condenada criminalmente pelo delito. Está correta essa decisão? Uma pessoa Jurídica pode responder criminalmente? Justifique sua resposta. Assuntos da próxima aula: 1. Teorias da ação; 2. Crimes omissivos; 3. Omissão própria; 4. Omissão imprópria. CCJ0007 – DIREITO PENAL I Aula 6: Conduta típica Direito Penal I AULA 5: CONDUTA TÍPICA Conteúdo desta aula CONDUTA 1 TEORIAS DA AÇÃO: CAUSALISMO E FINALISMO 2 CRIMES OMISSIVOS 3 OMISSÃO PRÓPRIA E IMPRÓPRIA 4 PRÓXIMOS PASSOS Direito Penal I AULA 5: CONDUTA TÍPICA Conduta Típica Conduta Comissiva Omissiva Direito Penal I AULA 5: CONDUTA TÍPICA Teorias da Ação Conceito de ação Causal: Von Liszt (causalismo) Final: Hans Welzel (finalismo) Direito Penal I AULA 5: CONDUTA TÍPICA Crimes omissivos Omissão Própria – Art. 135, 244, 269 DO CP Imprópria ou crime comissivo por omissão – ART. 13, §̕ 2º DO CP Direito Penal I AULA 5: CONDUTA TÍPICA Crimes omissivos OMISSÃO IMPRÓPRIA OU CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO – ART. 13, P. 2º DO CP REQUISITOS: 1. PODER AGIR 2. EVITABILIDADE DO RESULTADO 3. DEVER DE AGIR PARA EVITAR O RESULTADO – SER GARANTIDOR Direito Penal I AULA 5: CONDUTA TÍPICA Crimes omissivos OMISSÃO IMPRÓPRIA OU CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO – ART. 13, P. 2º DO CP FONTES QUE ORIGINAM O PAPEL DE GARANTIDOR: 1. A Lei; 2. A manifestação da vontade; 3. A prática de uma conduta perigosa anterior. Direito Penal I AULA 5: CONDUTA TÍPICA Caso concreto Vera, mulher humilde, do lar e mãe de 4 filhos, certa vez, durante a noite, ao perceber a ausência de seu companheiro se levanta e o flagra no quarto de sua filha mais velha, a qual contava com 11 anos de idade, tendo relação sexual com esta. Porém, com medo de se ver sozinha, se cala e nada faz para impedir o ato, o qual ainda se repete mais quatro vezes ao longo do mês. No entanto, o fato sendo relatado a uma tia pela menina, é levado à autoridade policial, que indicia o autor pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP). Considerando a conivência de Vera, analisando sua omissão, defina sua responsabilidade penal. Justifique. Assuntos da próxima aula: 1. Crime Doloso; 2. Elementos e espécies do dolo; 3. Crime Culposo; 4. Elementos e espécies de culpa; 5. Preterdolo. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 7: DOLO E CULPA Direito Penal I Dolo e Culpa AULA 7: Dolo e Culpa DOLO: CONCEITO, ELEMENTOS E ESPÉCIES 1 CULPA: CONCEITO, ELEMENTOS E ESPÉCIES 2 PRETERDOLO 3 PRÓXIMOS PASSOS Direito Penal I AULA 7: Dolo e Culpa Dolo É a consciência e a vontade de realizar um fato que, por acaso, se encontra descrito em um tipo penal. Elementos: Cognitivo e Volitivo. 1. Dolo Direito Penal I AULA 7: Dolo e Culpa Espécies de dolo Direto 1º grau 2º grau Indireto ou Eventual 1. Dolo Direito Penal I AULA 7: Dolo e Culpa É a inobservância de um dever de cuidado manifestada na produção de um resultado não querido, porém, objetivamente previsível. Todavia, só há crime culposo quando expressamente previsto em lei! 2. Culpa Direito Penal I AULA 7: Dolo e Culpa ELEMENTOS: 1 – Inobservância do dever de cuidado; 2 – Resultado não querido e nexo causal; 3 – Previsibilidade. 2. Culpa Direito Penal I AULA 7: Dolo e Culpa Espécies Inconsciente Consciente 2. Culpa Direito Penal I AULA 7: Dolo e Culpa PRETERDOLO: CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO Dolo no antecedente e culpa no consequente. Ex. Art. 129, parágrafo 3º e art. 213, parágrafo 2º do CP. 3. Preterdolo Direito Penal I AULA 7: Dolo e Culpa O incêndio na boate Kiss matou 242 pessoas e feriu 680 outras numa discoteca da cidade de Santa Maria, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado pelo acendimento de um sinalizador por um integrante de uma banda que se apresentava na casa noturna. A imprudência e as más condições de segurança ocasionaram a morte de mais de duas centenas de pessoas. Os integrantes da banda e o dono da casa noturna foram indiciados pelos homicídios na forma do dolo eventual. Considerando que os músicos estavam dentro da boate no momento do fato tendo ocorrido, inclusive, a morte de um deles e que esse era o principal empreendimento de seu dono e que era um completo sucesso, está correta a qualificação? Analisando o dolo e a culpa, justifique sua resposta. 4. Caso concreto Assuntos da próxima aula: 1. Resultado; 2. Nexo Causal; 3. Concausas. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 8: RELAÇÃO DE CAUSALIDADE Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade Do Fato Típico. Relação de Causalidade OBJETIVOS Conhecer o plano de aula; Compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais; Reconhecer as teorias acerca da Relação de Causalidade adotadas pelo Código Penal; Diferenciar, diante das situações apresentadas, as espécies de causas e, consectários para fins de responsabilização penal. Direito Penal I Do Fato Típico. Relação de Causalidade AULA 8: Relação de Causalidade 1. Resultado e Nexo causal. 2. Teorias sobre a Relação de Causalidade. 2.1 Teoria da Equivalência das Condições ou conditio sine qua non. Procedimento Hipotético de Eliminação de Thyrén. Problemas de Imputação: subjetiva (previsibilidade) e objetiva (teoria do risco). A relevância Causal da Omissão. 2.2. Teoria da Causalidade Adequada. 3. Espécies de Concausas: 3.1. Absoluta e Relativamente Independentes. 3.2. Causas Preexistentes, Concomitantes e Supervenientes. Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade 1.1. Conceitos de Resultado: Teoria Naturalística: resultado é a modificação no mundo exterior provocada pela ação ou omissão. Teoria jurídica:resultado é a lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal. AULA 8: Relação de Causalidade 1. Resultado e Nexo causal Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade 1.2 Nexo Causal ou Relação de Causalidade Nexo Causal é o liame, físico, natural, entre conduta e resultado naturalístico, segundo a qual é possível determinar-se a imputação de responsabilidade penal. ART. 13, Código Penal. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade 2. Teorias sobre a Relação de Causalidade. a) teoria da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non. b) teoria da causalidade adequada. c) teoria da imputação objetiva do resultado. 2.1. Teoria da Equivalência das Condições – ART 13, caput, Código Penal. Conceito de Causa: Causa é a totalidade das condições sem as quais o resultado não teria ocorrido – conditio sine qua non (Stuart Mill). O Código Penal, ao adotar a Teoria da Equivalência das Condições não diferenciou os conceitos de Causa e Concausa, ou seja, toda a conduta que, de qualquer forma, tenha contribuído para a ocorrência do resultado é considerada causa. Procedimento Hipotético de Eliminação. (Thyrén) Toda conduta que, uma vez retirada da cadeia causal, provocar a exclusão do resultado considera-se causa. Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade Problemas de Imputação: subjetiva (previsibilidade) e objetiva (teoria do risco) A teoria da imputação objetiva do resultado defende que a causalidade natural, fundada na teoria da equivalência dos antecedentes, leva a exageros que devem ser limitados pela verificação da existência de relação de imputação objetiva entre a conduta e o resultado. Além da causalidade material, portanto, é preciso que a atitude do agente tenha produzido um risco juridicamente relevante e proibido ao bem jurídico. (Livro Didático pp.69). Atenção! O problema do regressus ad infinitum é solucionado pela culpa e pelo dolo. Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade A relevância Causal da Omissão. Art.13,§2º, Código Penal - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade 2.2. Teoria da Causalidade Adequada. Considera-se causa a condição idônea de produzir o resultado (Von Kries). Art.13, §1º, Código Penal. Superveniência de causa independente A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade 3. Espécies de Concausas: 3.1. Causas Independentes. São aquelas que não se encontram no desdobramento natural da conduta anterior e, por si só, são capazes de produzir o resultado. Absolutamente Independentes: são as que produzem por si sós o resultado e não têm qualquer origem ou relação com a conduta praticada pelo sujeito. (Livro Didático pp.70). Relativamente Independentes: são as que, somadas à conduta do agente, produzem o resultado. (Livro Didático pp.71). Direito Penal I 3.2. Causas Preexistentes, Concomitantes e Supervenientes. preexistentes: são anteriores à conduta do agente; concomitantes: ocorrem ao mesmo tempo que a conduta do agente; supervenientes são posteriores à conduta do agente. I. Absolutamente - preexistente Independente - concomitante - superveniente II. Relativamente - preexistente Independente - concomitante - superveniente AULA 8: Relação de Causalidade Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade Hipótese 1. Marcos, ao conduzir tranquilamente seu veículo na mão de direção é repentinamente abalroado em sua traseira por um outro veículo, conduzido por Jorge, que o conduzia de forma distraída falando no seu celular. Marcos, ao perder a direção, acaba colidindo com um poste, o qual se rompe e cai sobre seu veículo, atingindo-o no crânio, causando a morte. Analisando a dinâmica dos fatos e a causalidade, defina a responsabilidade penal de Jorge. Justifique. Hipótese 2. Ana e Bruna desentenderam-se em uma festividade na cidade onde moram e Ana, sem intenção de matar, mas apenas de lesionar, atingiu levemente, com uma faca, o braço esquerdo de Bruna, a qual, ao ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima de acidente de automóvel, vindo a falecer exclusivamente em razão de traumatismo craniano. Questão Discursiva Direito Penal I AULA 8: Relação de Causalidade 1. O conteúdo da próxima aula (Aula 9) encontra-se presente no Capítulo 6 do Livro de Direito Penal (pontos 6.8 e 6.9). Leia-o antes de ser apresentado pelo seu professor e aproveite ainda mais a aula por ele ministrada. 2. Leia os artigos 14, 15, 16 e 17, do Código Penal. 3. Resolva o exercício constante na Aula 9 (Aplicação: Articulação teoria e prática), postando os resultados no SAVA. Antes da próxima aula você deverá: Assuntos da próxima aula: 1. Iter Criminis. Resultado; 2. Tentativa; 3. Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz; 4. Arrependimento Posterior; 5. Crime Impossível. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 9: Iter criminis e tentativa Direito Penal I AULA 9: Iter criminis e tentativa Iter criminis e tentativa 1. Iter criminis; 2. Tentativa; 3. Desistência voluntária e Arrependimento eficaz; 4. Arrependimento Posterior; 5. Crime Impossível. Direito Penal I AULA 9: Iter criminis e tentativa 1. Iter criminis 1 – Cogitatio 2 – Atos Preparatórios 3 – Atos Executórios 4 – Consumação X Exaurimento Direito Penal I REQUISITOS: 1 – Início da execução; 2 – Não consumação por fato alheio à vontade; 3 – Dolo. 2. Tentativa – Art. 14, II e parágrafo único AULA 9: Iter criminis e tentativa Direito Penal I Infrações penais que não admitem tentativa: 1 – Contravenções penais; 2 – Crimes culposos; 3 – Crimes omissivos próprios; 4 – Crimes unissubsistentes; 5 – Crimes habituais (divergência). 2. Tentativa – Art. 14, II e parágrafo único AULA 9: Iter criminis e tentativa Direito Penal I Art. 16 – Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 4. Arrependimento posterior – Art. 16 AULA 9: Iter criminis e tentativaDireito Penal I Não se pune a tentativa quando não há perigo ao bem jurídico, sendo impossível a consumação em razão da: • Ineficácia absoluta do meio; • Impropriedade absoluta do objeto. 5. Crime impossível AULA 9: Iter criminis e tentativa Ineficácia ou impropriedades relativas Tentativa Direito Penal I Carlos, não tendo habilitação, realiza em casa uma falsificação grosseira com base na carteira de um amigo (inclusive ficando borrada e com dados fora de ordem). Sendo parado em uma blitz policial dirigindo um carro seu devidamente vistoriado é solicitada sua habilitação, quando, temerosamente, ele entrega o documento falsificado, o que é imediatamente identificado pela autoridade. Sendo indiciado pelos crimes dos artigos 297 e 304 do CP, o que pode ser alegado em sua defesa? Justifique sua resposta. 6. Caso concreto AULA 9: Iter criminis e tentativa Assuntos da próxima aula: 1. Tipo penal; 2. Elementos do tipo; 3. Funções do tipo; 4. Tipicidade. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 10: Tipo e tipicidade Direito Penal I AULA 10: Tipo e Tipicidade Tipo e Tipicidade 1. Tipo penal; 2. Elementos do tipo; 3. Funções do tipo; 4. Tipicidade. Direito Penal I AULA 10: Tipo e Tipicidade 1. Tipo penal e Tipicidade Tipo: é a moldura abstrata da norma que descreve o fato que se pretende proibir com a ameaça de pena. Ex: art. 121, 129, 155 etc. Tipicidade: é a adequação, a conformidade entre o fato descrito no tipo e a conduta realizada pelo agente. Direito Penal I AULA 10: Tipo e Tipicidade 2. Funções do Tipo penal Funções do Tipo penal Garantia: Assegura a reserva legal Indiciária: Indica a ilicitude Direito Penal I AULA 10: Tipo e Tipicidade 3. Elementos do Tipo penal Elementos do Tipo penal Objetivo Núcleo = Verbo Tempo, lugar, meio ou objeto Subjetivo Normativo Direito Penal I Marcos, durante um bloco de carnaval, apertado para urinar e sem alternativas próximas, como banheiros químicos, vai para trás de um poste da forma mais discreta possível. Porém, ao terminar de urinar percebe o flagrante realizado por um guarda municipal. Sendo autuado pelo crime de ato obsceno previsto no art. 233 do CP, analisando os elementos do tipo penal, defina sua principal tese defensiva de forma justificada. 4. Caso concreto AULA 9: Iter criminis e tentativa Assuntos da próxima aula: 1. Ilicitude; 2. Descriminantes; 3. Elementos; 4. Excesso; 5. Estado de necessidade. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 11: Ilicitude Direito Penal I AULA 11: Ilicitude Ilicitude 1. Ilicitude; 2. Descriminantes; 3. Elementos; 4. Excesso; 5. Estado de necessidade. Direito Penal I É a relação de antagonismo entre a conduta típica e o ordenamento jurídico como um todo. Assim, toda conduta típica é ilícita, salvo quando presente alguma causa excludente de ilicitude. 1. Ilicitude AULA 11: Ilicitude Direito Penal I Excludentes de ilicitude, Descriminantes ou causas de Justificação São circunstâncias que, uma vez presentes, autorizam a prática da conduta, afastando sua ilicitude. Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato: I – em estado de necessidade; II – em legítima defesa; III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (rol exemplificativo e não taxativo) 2. Excludentes de Ilicitude AULA 11: Ilicitude Direito Penal I Elementos das descriminantes: • Objetivos; • Subjetivos. Excesso: Doloso ou Culposo. 2. Excludentes de Ilicitude AULA 11: Ilicitude Direito Penal I Art. 24 – Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. 3. Estado de Necessidade AULA 11: Ilicitude Direito Penal I REQUISITOS: 1 – Perigo atual; 2 – Inevitabilidade da lesão; 3 – Não criação do perigo (divergente quando culposo); 4 – Inexigibilidade de sacrifício do bem ameaçado; 5 – Não ter o dever legal de enfrentar o perigo. 3. Estado de Necessidade AULA 11: Ilicitude Direito Penal I Marcos, um terrível traficante, dirigindo seu carro reconhece um antigo desafeto seu em uma moto parado no sinal de trânsito. Na intenção de matá-lo ou, ao menos, causar-lhe grave lesão, joga o carro sobre ele, atingindo-o, causando sua queda e lesões corporais graves. Porém, o que Marcos não sabia é que o referido motociclista estava emparelhado a um carro também parado no sinal e iniciava um assalto com a arma apontada para a vítima por de baixo da jaqueta. Com isso, Marcos acabou repelindo uma injusta agressão, porém, sem saber. Analisando os elementos constitutivos das descriminantes responda qual seria a responsabilidade penal de Marcos. Este poderia alegar alguma excludente de ilicitude? Justifique sua resposta. 4. Caso concreto AULA 11: Ilicitude Assuntos da próxima aula: 1. Legítima Defesa; 2. Exercício Regular do Direito; 3. Estrito Cumprimento do Dever Legal; 4. Consentimento do Ofendido. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 12: Ilicitude (cont.) Direito Penal I AULA 12: Ilicitude Ilicitude 1. Legítima Defesa; 2. Exercício Regular do Direito; 3. Estrito Cumprimento do Dever Legal; 4. Consentimento do Ofendido. Direito Penal I AULA 12: Ilicitude 1. Legítima defesa É a repulsa à uma agressão injusta, atual ou iminente, desde que se utilizando moderadamente dos meios necessários. Direito Penal I AULA 12: Ilicitude 1. Legítima defesa Requisitos: 1 – Agressão injusta: típica + ilícita; 2 – Agressão atual ou iminente: afasta a futura ou já cessada; 3 – Defesa de direito próprio ou alheio; 4 – Uso moderado dos meios necessários. Direito Penal I AULA 12: Ilicitude 1. Legítima defesa Ofendículas: São defesas predispostas. A instalação é um direito, se atingir um agressor é legítima defesa, mas se ofender um inocente pela inobservância de um dever de cuidado, o proprietário responde pela lesão. Legítima defesa sucessiva: É a defesa contra o excesso do primeiro agredido. Direito Penal I Ocorre quando uma conduta típica é autorizada por alguma norma jurídica, independentemente do ramo do Direito, uma vez que um fato não pode ser proibido e permitido ao mesmo tempo. Ex: prisão em flagrante pelo cidadão (art. 301 do CPP) 2. Exercício Regular de Direito AULA 12: Ilicitude Direito Penal I Verifica-se quando o agente pratica a conduta típica segundo o mandamento de uma norma jurídica, que lhe impõe o dever de realizá-la. Ex: O Oficial de Justiça, Agente Penitenciário. 3. Estrito Cumprimento do Dever Legal AULA 12: Ilicitude Direito Penal I AULA 12: Ilicitude 4. Consentimento do Ofendido É uma causa supralegal de justificação, pois não tem previsão legal, mas decorre da vontade livre e consciente do titular de um bem jurídico disponível. Assim, estará afastada a descriminante se o bem for indisponível, como a vida. OBS: Caso a discordância do ofendido seja um elemento do tipo penal, sua anuência poderá afastar a tipicidade. Ex:art. 150 do CP (violação de domicílio). Direito Penal I Leandro, um policial militar em serviço, ao se deparar com dois elementos suspeitos na iminência de furtar um veículo efetua voz de prisão. Porém, um deles saca uma arma e dispara contra o policial, o qual a fim de repelir a agressão efetua dois disparos, causando a morte do ladrão. O segundo, diante do flagrante, tenta fugir, mas o policial corre atrás dele mandando que pare e diante da recusa de parar, Leandro efetua um disparo em sua perna, causando uma lesão corporal permitindo sua prisão. Com isto, analisando as duas situações, defina a responsabilidade penal de Leandro. Justifique sua resposta analisando as descriminantes. Justifique sua resposta. 5. Caso concreto AULA 12: Ilicitude Assuntos da próxima aula: 1. Culpabilidade; 2. Elementos; 3. Causas excludentes de culpabilidade. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 13: Culpabilidade Direito Penal I AULA 13: Culpabilidade Culpabilidade 1. Culpabilidade; 2. Elementos; 3. Causas excludentes de culpabilidade. Direito Penal I 1. Culpabilidade É o terceiro elemento do crime e consiste em um juízo de reprovação pessoal que se faz ao autor do ilícito em razão de sua possibilidade de compreender a ilicitude do fato praticado e de agir conforme esse entendimento. AULA 13: Culpabilidade Direito Penal I 1. Culpabilidade Elementos: 1 – Imputabilidade; 2 – Potencial consciência da ilicitude; 3 – Exigibilidade de conduta diversa. AULA 13: Culpabilidade Direito Penal I 2. Excludentes de Culpabilidade Espécies: 1 – Inimputabilidade (art. 26 e 27 do CP) • Menoridade penal; • Doença mental; • Desenvolvimento mental retardado; • Desenvolvimento mental incompleto. AULA 13: Culpabilidade Direito Penal I 2. Excludentes de Culpabilidade Espécies: 2 – Coação Moral Irresistível (art. 22 do CP) Coação Física 3 – Obediência Hierárquica (art. 22 do CP) AULA 13: Culpabilidade Direito Penal I 2. Excludentes de Culpabilidade Espécies: 4 – Embriaguez (art. 28, p̕arágrafo primeiro do CP) • Completa – 2ª e 3ª fases • Proveniente de caso fortuito ou força maior (Acidental) OBS: não afasta a culpabilidade a não acidental e preordenada. AULA 13: Culpabilidade Direito Penal I Um Oficial de Justiça de serviço, cumprindo um mandado judicial em uma comunidade carente é preso em flagrante por policiais pelo crime de porte ilegal de arma (art. 14 da lei 10.826/2003). Durante o inquérito restou demonstrado que a arma foi entregue pelo juiz a fim de garantir um mínimo de segurança ao agente público que, em outrora, já sofrera ameaças na referida comunidade que se encontra em área de risco, havendo, inclusive, acordo verbal com o comando policial para que os Oficiais não fossem abordados quando no cumprimento de suas funções. Assim, analisando a conduta do Oficial, ele responderá criminalmente ou haveria algum instituto jurídico penal a ser considerado? Responda analisando a culpabilidade da conduta. 3. Caso concreto AULA 13: Culpabilidade Assuntos da próxima aula: 1. Erro de tipo Essencial; 2. Erro de tipo acidental. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 14: Erro de tipo Direito Penal I AULA 14: Erro de tipo Erro de tipo 1. Erro de Tipo Essencial; 2. Erro de Tipo Acidental; 3. Erro quanto ao objeto; 4. Erro quanto à pessoa; 5. Erro de execução; 6. Resultado diverso do pretendido. Direito Penal I 1. Erro de Tipo Essencial É uma falsa percepção da realidade que recai sobre um elemento do tipo, afastando o dolo do agente. – Art. 20 do CP Espécies Escusável ou Invencível: Afasta o dolo e a culpa Inescusável ou Vencível: Afasta o dolo, mas permanece a culpa quando prevista em lei AULA 14: Erro de tipo Direito Penal I Recai sobre dados periféricos do delito, mas não afasta o dolo do agente, podendo, todavia, alterar a forma como responderia criminalmente pelo delito. Espécies: 1 – Quanto ao objeto; 2 – Quanto à pessoa – art. 20, §3º do CP. 2. Erro de Tipo Acidental AULA 14: Erro de tipo Direito Penal I Espécies: 3 – Erro de execução ou aberratio ictus – art. 73 do CP É um acidente no emprego dos meios de execução. 4 – Resultado diverso do pretendido – art. 74 do CP Recai de pessoa para coisa ou de coisa para pessoa. 2. Erro de Tipo Acidental AULA 14: Erro de tipo Direito Penal I Larissa, senhora aposentada de 60 anos, estava na rodoviária de sua cidade quando foi abordada por um jovem simpático e bem vestido. O jovem pediu-lhe que levasse para a cidade de destino uma caixa de medicamentos para um primo, que padecia de grave enfermidade. Inocente, e seguindo seus preceitos religiosos, a Sra. Larissa atende ao rapaz: pega a caixa, entra no ônibus e segue viagem. Chegando ao local da entrega, a senhora é abordada por policiais que, ao abrirem a caixa de remédios, verificam a existência de 250 gramas de cocaína em seu interior. Atualmente, Larissa está sendo processada pelo crime de tráfico de entorpecente, previsto no art. 33 da lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. Considerando a situação acima descrita e empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda: qual a tese defensiva aplicável à Larissa? 3. Caso concreto AULA 14: Erro de tipo Assuntos da próxima aula: 1. Erro de Proibição; 2. Descriminantes Putativas. CCJ 0007 – DIREITO PENAL I Aula 15: Erro de proibição e descriminantes putativas Direito Penal I AULA 15: Erro de Proibição e Descriminantes Putativas Erro de Proibição e Descriminantes Putativas 1. Erro de Proibição; 2. Descriminantes Putativas. Direito Penal I 1. Erro de Proibição Recai sobre a consciência da ilicitude do agente, o qual não percebe que seu comportamento é proibido – Art. 21 do CP Espécies Escusável ou Invencível: Afasta a culpabilidade Inescusável ou Vencível: Diminui a pena de 1/6 a 1/3 AULA 15: Erro de Proibição e Descriminantes Putativas Direito Penal I 2. Descriminante Putativa Ocorre quando o agente, por erro, acredita estar diante de uma excludente de ilicitude – Art. 20, §3º do CP AULA 15: Erro de Proibição e Descriminantes Putativas Espécies Escusável ou Invencível: Afasta a culpabilidade Inescusável ou Vencível: Diminui a pena de 1/6 a 1/3 Direito Penal I Ainda se divide em: 1 – Erro de tipo permissivo – que recai sobre o fato. 2 – Erro de permissão – que recai sobre o entendimento do agente sobre alguma norma permissiva. 2. Descriminante Putativa AULA 15: Erro de Proibição e Descriminantes Putativas Direito Penal I Ao chegar a um bar, Caio encontra Tício, um antigo desafeto que, certa vez, o havia ameaçado de morte. Após ingerir meio litro de uísque para tentar criar coragem de abordar Tício, Caio partiu em sua direção com a intenção de cumprimentá-lo. Ao aproximar-se de Tício, Caio observou que seu desafeto bruscamente pôs a mão por debaixo da camisa, momento em que achou que Tício estava prestes a sacar uma arma de fogo para vitimá-lo. Em razão disso, Caio imediatamente muniu-se de uma faca que estava sobre o balcão do bar e desferiu um golpe no abdome de Tício, o qual veio a falecer. Após análise do local por peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, descobriu-se que Tício estava tentando apenas pegar o maço de cigarros que estava no cós de sua calça. 3. Caso concreto AULA 15: Erro de Proibição e Descriminantes PutativasDireito Penal I Considerando a situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Levando-se em conta apenas os dados do enunciado, Caio praticou crime? Em caso positivo, qual? Em caso negativo, por que razão? b) Supondo que, nesse caso, Caio tivesse desferido 35 golpes na barriga de Tício, como deveria ser analisada a sua conduta sob a ótica do Direito Penal? 3. Caso concreto AULA 15: Erro de Proibição e Descriminantes Putativas
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