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Doenças em peixes

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – CAMPUS PIÚMA
CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM AQUICULTURA 4º ANO
DHAWY TAYLOR DO NASCIMENTO NUNES 
DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E CRUSTÁCEOS
		Pesquisa sobre doenças causadas por protozoários e crustáceos para o componente curricular de Patologia e Parasitologia I ministrado pelo professor Thiago Bernardo. 
PIÚMA
SETEMBRO, 2016
1. INTRODUÇÃO
	Pertencentes ao reino Protista, os protozoários são seres unicelulares e eucariontes (núcleo envolvido pala carioteca). São classificados pelo seu tipo de locomoção, como flagelados (movimentam-se por flagelos), rizópodes (usam seus pseudópodes para se arrastarem), os ciliados (movem-se com o balançar dos cílios) e esporozoários (os que não se locomovem por conta própria) onde todos os membros desta classificação são parasitas que causam doenças[6] (Figura 1).
Figura 1: Classificação de protozoários[7].
	Os crustáceos, são pertencentes ao reino Animal da classe Crustacea. Possuem um exoesqueleto, apêndices articulados e o corpo segmentado, sendo o que caracteriza essa classe (Figura 2). Sua maioria é de vida aquática, como a lagostas e siris, a outra pequena porcentagem é de vida terrestre, como os tatus e baratas[9].
Figura 2: Características externas dos crustáceos.
2. DESENVOLVIMENTO
2. 1 Doenças causadas por protozoários
2. 1. 1 Ictiofitiríase
Também chamada de Íctio, é a doença dos Pontos Brancos, causada pelo protozoário da espécie Ichthyophtyrius multifiliis. Os pontos brancos que ficam no peixe são a fase de cisto do protozoário. Os sintomas mais explícitos são quando o peixe se esfrega no fundo do aquário, fica com nadadeiras mais fechadas, tem uma perda de apetite e a respiração fica ofegante[1] (Figura 3).
Figura 3: Alevinos de jundiá infectados.
2. 1. 2 Oodiniose
Conhecida como Doença do Veludo, ela é causada pelo protozoário Oodinium pilullaris. Seus sintomas são a falta de apetite, respiração ofegante, perda de equilíbrio e diversos pontinhos dourados que deixa o peixe com uma aparência aveludada e irritam a pele (Figura 4)[2].	
Figura 4: Peixe infectado com Oodiniose
2. 1. 3 Ictiobodo
	Conhecida como Costiose, é causada pode ser causada pelos parasitas Ichthyobodo neactor e Amyloodinium ocelatum, seus sintomas são de debilitação do peixe, tornando-o vulnerável à novas doenças, compromete a respiração, opacidade da pele, ficam estressados e com nadadeiras fechadas[3](Figura 5).
 
Figura 5: Koi infectado com Ictiobodo
2. 1. 4 Tricodina
Causada pelo protozoário Trichodina spp. É uma doença difícil de ser identificada, pois não possui sinais de sintomas muito explícitos. O infectado pode apresentar uma camada cinza azulada, em relação às lesões no peixe, não se pode identificar a olho nu, deve ser feita uma raspagem da pele e uma análise no microscópio[3]. Também pode causar irritação na pele, ulceras, algumas feridas, o peixe pode se isolar dos demais[4] (Figura 6). 
Figura 6: Koi infectada pela Tricodina [5].
2. 1. 5 Costiose
Comumente chamada de Costia, é uma doença causada pelos protozoários Ichthyobodo sp. (Costia sp.), Chilodonella sp., Cylochaeta sp. e Brooklynella sp. entre outros. Seus sintomas mais evidentes são as escamas esbranquiçadas, falta de apetite e aparição de ramificações vermelhas nas nadadeiras (Figura 7)[8].
Figura 7: Peixe infectado com Costia.
2. 1. 6 Gregarinas
	As Gregarinas são protozoários classificados como esporozoários, do filo Apicomplexa, no mesmo estão presentes os parasitas obrigatórios (que não sobrevivem sem seu hospedeiro)[10] (Figura 8). Ela é bastante comum em camarões, sua contaminação pode causar a diminuição da absorção do alimento, aumento do tecido epitelial do trato digestório formando pregas e perfurações na mucosa (APOLINÁRIO, 2009)[10].
Figura 8: Representação do esporozoário Gregarina[11]
2. 1. 7 Piscinoodinium pillulare
	Este parasita não possui sua origem conhecida na região brasileira, tem o costume de aparecer com maior frequência em peixes de cativeiro, mas há relatos de suas aparições também em ambiente natural. Segundo registros, o P. pillulare foi identificado nas brânquias de 22 espécies brasileiras, ele causa a mortalidade, pois costuma aparecer quando a qualidade de água está baixa e quando o peixe fica muito estressado (PINHEIRO; TAVARES-DIAS; DIAS, 2013)[12] (Figura 9).
Figura 9: brânquias infectadas com o P. pillilare[13].
 2. 1. 8 Amebas
	Em relação à esse tipo de parasita, temos dois em questão, o principal, que é a Neoparamoeba e uma outra, a Paramoeba, que também pode assumir o papel. Encontrada com mais frequência em cultivos de robalo ou em salmonídeos. Quando presentes no peixe, podem causar o estado de letargia (inconsciência de longa duração), faz o peixe liberar grande quantidade de muco, há o surgimento de manchas brancas em suas brânquias. O grande acúmulo das amebas nas brânquias do peixe pode acarretar no espessamento da mesma, dificultando muito na filtragem da água, consequentemente pode haver a necrose das brânquias (Figura 12)[15].
Figura 12: Ameba nas brânquias de um peixe.
2. 1. 9 Hexamitose
	Popularmente chamado de “Buraco na cabeça” é causada por protozoários flagelados chamados de Hexamitas, o Hexamita salmonis, Hexamita truttae e Hexamita intestinalis. São bastante frequentes em Acarás Disco, porem não se restringe à esta espécie. Ao contraírem a doença os peixes não se alimentam direito inicialmente e posteriormente piora, como consequência, o animal fica desnutrido e morre[16] (Figura 13).
 
Figura 13: Exemplo de um hexamitídeo[17].
2. 1.10 Sessilina
	A sessilina é um parasita ciliado, representada em grande parte dos casos pelos gêneros Apiosoma., Ambiphrya e Epistylis. Quando infectam algum peixe, não há sintomas muito específicos, usualmente, costuma-se analisar se o animal está liberando uma quantidade de muco fora do normal, se a pigmentação da pele está sofrendo alterações e se as brânquias estão com uma aparência hemorrágica (SLONGO, 2011)[18] (Figura 14).
Figura 14: Exemplo de Apiosoma sp.[19].
2. 2. Doenças causadas por crustáceos
2. 2. 1 Argulus 
	Comumente conhecido como “Piolho de Peixe”, é um crustáceo, Argulus sp. que também pode estar acompanhado do Livoneca sp.. São parasitas muito pequenos que podem nadar, possibilitando a troca de hospedeiros. Eles sugam o sangue do peixe, consequentemente, ao criar ferimentos, abre uma porta para que outros parasitas possam se aproveitar do animal. Um indicativo para saber se o peixe possui estes “piolhos” é observar se ele está agitado ou fica se coçando em algum substrato (Figura 10)[14].
Figura 10: Peixe infestado de Argulus sp..
2. 2. 2 Lernaea
	Causada pelo copépodo Lernaea cyprinacea que já causou muitas mortes especificamente em peixes de cultivo. O parasita costuma se fixar na base da nadadeira ou no dorso do animal através de seus quatro ramos, chamados de âncora. O peixe que estiver com este parasita costuma se esfregar em substratos e apresenta perda de equilíbrio. O parasita, devido ao seu tamanho e cor, pode ser facilmente identificado no corpo do animal (Figura 11)[14].
Figura 11: Parasita L. cyprinacea fixado a um peixe.
2. 2. 3. Cymothoa exigua
Comumente chamado de “Piolho comedor de língua”, é um isopóde que se aloja dentro das brânquias dos peixes em sua fase jovem até se tornar um adulto. Após isso, ele migra para a região da boca e come a língua do hospedeiro, substituindo-a. Então, ele fica a mercê de nutrientes, retirados principalmente do sangue do animal e também de partes de alimentos que o peixe ingeriu (Figura 12)[20].
Figura 12: Cymothoa exigua alojado na boca de um peixe.
REFERÊNCIAS
[1]Vida aquática. Doenças de peixes de água doce. Disponível em: <http://www.vidaaquatica.com.br/cp/loja502/web/doencas.asp>. Acesso em: 9 ago 2016;
[2]Aquática Mundi. Doenças de Peixes e Dicas Importantes. Disponível em: <http://aquaticamundi.blogspot.com.br/2013/09/doencas-de-peixes.html>.Acesso em: 9 ago 2016;
[3]Natural Lagos. Doenças. Disponível em: <http://www.naturallagos.com.br/protozoarios.html>. Acesso em: 9 ago 2016;
[4]Goldfish 2 care 4. Trichondina Disease. Disponível em: <http://goldfish2care4.com/goldfish-diseases/trichodina.html>. Acesso em: 9 ago 2016;
[5]Koi pound guide. Trichodina. Disponível em: <http://www.koi-pond-guide.com/trichodina.html>. Acesso em: 1 set. 2016;
[6]Só biologia. Reino dos Protistas. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/Protista.php>. Acesso em: 1 set. 2016;
[7]O melhor da biologia. Atividades de Ciências sobre Reino dos protoctistas: protozoários e algas. Disponível em: <http://omelhordabiologia.blogspot.com.br/2015/01/atividades-de-ciencias-sobre-reino-dos.html>. Acesso em: 1 set. 2016;
[8]Fórum Amor de Peixe. Identificação e tratamento de Doença dos Peixes. Disponível em: <http://www.forumamordepeixe.com.br/viewtopic.php?f=72&t=353>. Acesso em: 1 set. 2016;
[9]Só biologia. Crustáceos. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioartropodes3.php>. Acesso em: 1 set. 2016;
[10]APOLINÁRIO, Diego Felismino. AVALIAÇÃO DO ESTADO SANITÁRIO DE CAMARÕES (Litopenaeus vannamei) CULTIVADOS EM QUATRO FAZENDAS NO ESTADO DO CEARÁ. 2009. 88 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Marinhas Tropicais, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009. Disponível em: <http://www.repositoriobib.ufc.br/000008/000008F1.pdf>. Acesso em: 01 set. 2016;
[11]COC. Zoologia e Embriologia. Disponível em: <http://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/190a.htm>. Acesso em: 01 set. 2016;
[12]PINHEIRO, Douglas Anadias; TAVARES-DIAS, Marcos; DIAS, Márcia Kelly Reis. PRIMEIRO REGISTRO DA OCORRÊNCIA DE PROTOZOÁRIOS EM TAMOATÁ Hoplosternum littorale NO BRASIL. 2013. 9 f. TCC (Graduação) - Curso de Biodiversidade Tropical, Laboratório de Aquicultura e Pesca, Universidade Federal do Amapá, São Paulo, 2012. Disponível em: <ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/39_2_169-177.pdf>. Acesso em: 01 set. 2016;
[13]SANTANA, Fabiano J.F. de et al.Surtos de infecção por Piscinoodinium pillulare e Henneguya spp. em pacus (Piaractus mesopotamicus) criados intensivamente no Sudoeste de Goiás. Pesq. Vet. Bras. 2012, vol.32, n.2, pp.121-125. Disponível em: <ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/39_2_169-177.pdf>. Acesso em: 01 set. 2016;
[14]Natural lagos. Doenças: Crustáceos. Disponível em: <http://www.naturallagos.com.br/crustaceos.html>. Acesso em: 01 set. 2016;
[15]Cloudfciências. Parasitologia animal. Disponível em: <http://cloud.fciencias.com/wp-content/uploads/2014/11/PA_11-12_JoanaMachado.pdf>. Acesso em: 02 set. 2016;
[16]Aquários online. Protozoários Intestinais ou Hexamitose. Disponível em: <http://www.aquaonline.com.br/doencas/protozoarios/1900-protozoarios-intestinais>. Acesso em: 02 set. 2016;
[17]Ecossistema Aquários. Hexamitose/ Spironucleose e o “Buraco na Cabeça”: Relações, Diagnósticos e Tratamentos - Vladimir Simões. Disponível em: <http://www.ecossistemaaquarios.com.br/blog/?p=91>. Acesso em: 02 set. 2016;
[18]SLONGO, Horácio. ECTOPARASITAS DE PEIXES. 2011. 33 f. Monografia (Especialização) - Curso de Especialização em Gestão em Defesa Agropecuária, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011. Disponível em: <http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/38638/R - E - HORACIO SLONGO.pdf?sequence=2>. Acesso em: 02 set. 2016;
	[19]FAO. ECTOPARASITIC PROTOZOA (FLAGELLATES AND CILIATES). Disponível em: <http://www.fao.org/docrep/008/v9551e/V9551E06.htm>. Acesso em: 02 set. 2016.
	[20]Futurism. Cymothoa Exigua: Meet The Sex- Changing, Tongue-Eating Parasite. Disponível em: <http://futurism.com/the-most-horrifying-parasite-cymothoa-exigua-2/>. Acesso em: 02 set. 2016.

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