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portifolio Gestão e instrumentos fase C II pd

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
MARCELA AGUIAR FERREIRA RU1358733
RAFAELA DE SOUZA RU 1336048
PORTFÓLIO UTA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
MODULO C FASE II
LEME-SP
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
MARCELA AGUIAR FERREIRA RU1358733
RAFAELA DE SOUZA RU 1336048
PORTFÓLIO UTA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
MODULO C FASE II
Portfólio apresentado a UTA Organização Escolar C Fase II, do curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter.
PAP: Americana-SP
Tutor Local: Elisangela Porto
LEME-SP
2016
RESGATES DOS JOGOS E BRINCADEIRAS: DAS DIFERENTES GERAÇÕES NA MINHA REGIÃO
Atualmente vivemos, em uma sociedade capitalista e violenta em que as crianças, já não vivenciam mais brincadeiras de outras épocas. Grande parte das brincadeiras tradicionais que encantavam e faziam parte do cotidiano da minha infância e várias outras gerações estão desaparecendo nos dias atuais devido às transformações de ambiente urbano, onde a influência da televisão e dos jogos eletrônicos tira o interesse das brincadeiras de rodas e jogos em grupos.
As crianças brincam muito pouco nos dias de hoje. Na minha humilde opinião, a modernidade tirou das crianças uma infinidade de brinquedos e brincadeiras saudáveis. Recentemente tenho notado a ausência dos grupos de meninos e meninas que antes eram comuns em cada rua, em cada bairro. O que existe são alguns poucos que ainda resistem com a brincadeira de bola e gol mirim.
Quando era criança, a maior parte das brincadeiras faziam as crianças praticar exercícios físicos sem perceber. Muitos objetos serviam para brincar e fabricar brinquedos. Lata de óleo ou leite, pneus velhos, tábuas e até meias serviram para alegrar a garotada. Muitas famílias não tinham condições de comprar brinquedos, e assim a criançada se virava com o que tinha. Sem brinquedo algum, corríamos para chegar a determinados destinos. O mais rápido ganhava a aposta que em muitas vezes eram coisas da natureza como frutas da época que estavam à disposição da criançada na maioria dos quintais das casas.
Algumas escolas ainda conservam algumas brincadeiras e cantigas de roda e os contadores de histórias.
Quem se lembra dos famosos carinhos de rolimã? Não era preciso ter dinheiro. Bastava procurar ou negociar com algum amigo para obter os rolamentos de ferro em alguma oficina mecânica da cidade. Após possuir as rodas de ferro, era a vez de ir à busca de madeira nas serralherias. Os mais experientes ajudavam os novatos na montagem do brinquedo sempre utilizando as ferramentas dos pais ou de algum conhecido. Depois de pronto, era hora de sair percorrendo as ruas sobre as rodinhas de ferro. Era uma das melhores brincadeiras daquela época. Posso até afirmar aquele arcaico brinquedo era um precursor do famoso skate.
Hoje devido a modernidade não conseguimos mais ver crianças pelas ruas, ou até mesmo por conta da situação que vivenciamos em relação à violência, não vemos mais os campos de futebol espalhados pelos bairros, as construções foram ocupando os espaços que antes era deles. Os inúmeros campos de futebol foram apagados. 
Nos prédios escolares, poucos são os espaços destinados ao lazer das crianças. Seja através da televisão, do computador ou do celular, o que se sabe é que os eletrônicos dominam a vida das pessoas. Um avanço significativo em alguns aspectos, mas prejudicial em outros.
Você conhece alguma criança de hoje que brincou ou sabe brincar de “bete” jogava se em duplas, pegavam se tacos de madeiras, faziam um buraco no chão e tinha uma lata de óleo ao lado que não podia ser derrubado, o adversário jogava a bola e os que estavam com o taco na mão tinham que mandar a bola o mais longe possível, quando conseguiam tinham que correr de um lado para o outro e cruzar-se as betes, ou seja, os tacos cada vez que isso acontecia marcavam dois pontos e venciam quem atingiam os vinte quatro pontos e mandava a bola o mais longe possível e contava ate vinte quatro antes que o adversário atingisse com a bola, para vencer teria que passar por todas essas etapas, caso ao contrario perderiam e assim retornaria do zero ate alguma das duplas completarem os vinte quatro pontos, e também nunca a bola poderia acertar o participante se isso ocorresse ele era queimando e assim deixava de ficar com as betes na mão. Que recordação, meu Deus!
Alguém é capaz de ver por aqui alguma criança brincando de alerta onde o jogador pega a bola, joga ela pra cima e grita o nome de uma pessoa. A pessoa que teve seu nome citado deve pegar a bola e gritar “Alerta!”. Imediatamente, todos devem ficar estátuas. O jogador dá três passos e, parado, deverá tentar acertar com a bola na pessoa que tiver mais próxima. Se acertar, a pessoa atingida sai da brincadeira. Se errar, ele é quem sai. 
Ainda está vivo em minha mente o jogo cinco Maria ou pedrinhas dependendo da região que você mora, essa brincadeira constitui em, primeiramente, procurar cinco pedrinhas que tenham tamanho aproximado ou confeccionar saquinhos e recheá-los com arroz ou areia. Primeira rodada: jogue todas as pedrinhas no chão e tire uma delas (normalmente se tira a pedrinha que está mais próxima de outra). Depois, com a mesma mão, jogue-a para o alto e pegue uma das que ficaram no chão. Faça a mesma coisa até pegar todas as pedrinhas. Segunda rodada: jogue as cinco pedrinhas no chão depois tirem uma e jogue-a para o alto, porém, desta vez, pegue duas pedrinhas de uma vez, mais a que foi jogada para o alto. Repita. Terceira rodada: cinco pedrinhas no chão tiram-se uma e joga-se para o alto pegando desta vez três pedrinhas e depois a que foi jogada. Última rodada: joga-se a pedrinha para o alto e se pega todas as que ficaram no chão. Em épocas de inverno, quando o tempo se preparava para chover era certo a falta de energia elétrica, principalmente no período da noite. A meninada atenta já preparava a brincadeira junto com seus familiares, em minha família, por exemplo, gostávamos de passar anel, os participantes ficam com as mãos juntas e um deles com um anel escondido. A pessoa que está com o anel vai passando suas mãos dentro das mãos dos outros participantes até escolher um deles e deixar o anel cair em suas mãos, sem que os outros percebam. Depois escolhe uma pessoa e pergunta-se “fulano, com quem está o anel?” e a pessoa escolhida deve acertar. Construíamos também um grande carinho, aproveitando para se distraírem com seus filhos, ensinando-os outras formas de diversão e as possibilidades de se criar jogos e brincadeiras. A imaginação da criançada ia longe.
Tudo tinha sua época, cada brinquedo e brincadeiras em seu tempo. Pião e Fura-chão. Nossa quanta recordação, fui longe agora! Passar anel, jogo das cinco Marias aconteciam sempre em época de inverno. Já disse várias vezes aos meus sobrinhos que eles não têm infância. Eles me perguntam por que eu digo isso. Logo respondo que eles não conhecem nenhum lugar onde andei e brinquei com minha turma e fomos. Antigamente as crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje e, por isso, tinham que usar mais a criatividade para criá-los.
Atualmente nos deparamos com uma infância e juventude sem identidade, em que a tecnologia torna esses segmentos acomodados e sedentários. Gostaria de ver a criançada de hoje brincando e se divertindo de modo saudável em que as interações e relações interpessoais existiam desde os primeiros anos de vida.
REFERÊNCIAS 
ARIES, P. História Social da Criança e da Família. 2º ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto alegre: Artes Médicas, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação e do desporto. Secretária da Educação fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/ - Brasília: MEX/SEF, 1998. V1 introdução
KISHIMOT, Tizuko M. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
NOVAES, J. C. Brincando de Roda: Rio de Janeiro: Agir, 1992.
PIAGET, J. A Formação do Símbolo na criança:imitação, jogo e sonho. Rio de Janeiro: Zanar, 1978.

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