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MATERIAL COMPILADO DE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 1

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
	O presente resumo baseia-se no manual de Crimes Contra o Patrimônio, cuja pesquisa, compilação e elaboração é de autoria da DRA. ROSANGELA MONTEIRO e a revisão final do Dr. JOSÉ ANTONIO DE MORAES, ambos Peritos Criminais do Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo, sendo adaptado para atender ao escopo do presente curso.
I -	PRINCIPAIS TIPOS DE PERÍCIAS EM CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Exame em local de furto (residências, prédios comerciais e outras edificações)
Esta é a maior incidência de delitos na modalidade dos crimes contra o patrimônio. O número de residências (principalmente) e de estabelecimentos comerciais que são furtados diariamente é considerável. Inicialmente devemos definir claramente a diferença entre furto, furto qualificado e roubo.
O Código Penal, assim define estes delitos :
Artigo 157-	 Roubo- subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.
Artigo 155- Furto (simples)- subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
		Furto Qualificado - ... se o crime é cometido :
		I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
		II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
		III - com emprego de chave falsa;	
		IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
A imensidão de maneiras para se efetuar tais delitos torna inesgotável o assunto, levando-nos ao estudo daquelas materialmente mais encontradas suas investigações, análises e interpretações.
	Aspectos básicos que o autor do delito, ainda que inconscientemente busca:
1º)	Êxito da ação;
2º)	Recompensa satisfatória.
3º)	Exploração das facilidades;
4º)	Segurança de fuga;
5º)	Sua não identificação. 
	Caso algum destes princípios não se revele nos exames, teremos uma indicação do grau de amadorismo do autor ou da falsidade do fato alegado (fraude).
	Nos casos de fraude, soma-se a estes princípios, outros aspectos:
1º)	Lucros de forma segura;
2º)	Considerar não estar cometendo um ilícito penal (crime), apenas uma pequena irregularidade, compensando tudo aquilo já gasto com a Seguradora anteriormente;
3º)	A polícia não se interessa por problemas da Seguradora, portanto ....:
4º)	A Seguradora ainda que hesitante, paga.
Sobrepondo esta visão à do crime comum, o segurado fraudador é levado a cometer deslizes e incoerências que permitem esclarecer sua ação, conseqüentemente à fraude, quando devidamente investigada.
Nos locais de furto vamos encontrar uma série de peculiaridades, desde a produção típica de determinados vestígios, até a má preservação da cena do crime. As condições e estado das coisas num local de furto poderão ser as mais variadas possíveis, sendo necessário portanto atenção na busca de todas as minúcias porventura existentes.
Exame em local de encontro de veículo, furto de veículo ou furto em veículo 
Os vestígios deixados nos crimes de encontro, furto em/de veículo também são ricos em informações para o esclarecimento da autoria do delito. Ao examinar um veículo produto de furto, poderão ser encontrados vestígios produzidos para ter acesso ao interior do veículo e, se o mesmo foi utilizado, também aqueles para fazê-lo funcionar (motor). O mesmo se aplica ao local do encontro de um veículo furtado ou roubado.
Exame em local de roubo 
O roubo é a modalidade de crime em que o agente da infração utiliza meio intimidador contra a vítima para retirar-lhe qualquer bem, direito ou valor.
Este é um tipo de ocorrência que, estatisticamente, vem aumentando ao longo das últimas décadas, tendo em vista a facilidade de acesso aos instrumentos de intimidação (armas de fogo, armas brancas, etc), que por sua vez, propiciam de forma mais efetiva ao agente a concretização de seu objetivo. 
Tal delito pode não deixar vestígios em virtude da intimidação ou grave ameaça ser verbal, embora com a exibição do instrumento intimidador. No desenvolvimento da investigação tais objetos poderão ser apreendidos e encaminhados para exame pericial para a constatação de sua eficácia como instrumento intimidatório, etc.
Exame em local de danos materiais
As ocorrências de danos materiais são muito variadas, em conseqüência dos objetivos que cada infrator pretende atingir.
Para cada tipo de dano material os exames devem caracterizar qual foi o objeto atingido, quais os meios empregados para viabilizar o objetivo, que tipo de dano foi causado e qual a sua intensidade e orientação, bem como a época em que foram produzidos.
Nos crimes de danos materiais normalmente observamos duas classificações quanto ao autor do delito. Aqueles de autoria conhecida, os quais – comumente – envolvem questões de desavenças entre o proprietário de um bem e o autor do dano, provocando avarias e prejuízos consideráveis. O outro grande grupo são aqueles relacionados aos atos de vandalismo, quando o bem está desprotegido, especialmente os localizados em áreas públicas e de livre acesso (prédios, cabines telefônicas, muros, veículos, etc.). 
Um dos aspectos importantes que deve ficar caracterizado, sempre baseados em vestígios encontrados no local dos fatos é se o agente da infração teve a intenção de produzir tais danos, a fim de subsidiar a autoridade policial e autoridades judiciárias para a classificação jurídica quanto a ser culposo ou doloso aquele delito.
Exame em local de extorsão mediante seqüestro
Trata-se de um crime contra o patrimônio, onde o agente para conseguir seu intento (bens, objetos, valores patrimoniais) usa de violência ou grave ameaça contra a pessoa, cerceando-lhe a liberdade e mantendo-a cativa, durante as negociações.
A extorsão mediante seqüestro compreende as seguintes fases: abordagem da vítima; transporte da mesma, cativeiro, negociações, pagamento do resgate, libertação da vítima cativa, fuga dos autores. Excetua-se desta seqüência o comumente denominado “seqüestro relâmpago”, onde a vítima é capturada aleatoriamente, permanecendo em poder de seus algozes durante um curto período de tempo, suficiente para que os mesmos se apoderem de quantias em dinheiro retiradas de caixas eletrônicas bancárias.
Evidentemente o caso poderá ser solucionado durante qualquer uma dessas fases, bem como o desfecho pode ser aquele não desejado, ocorrendo a morte da vítima cativa. 
Em geral a perícia ocorre no local do cativeiro em que a vítima esteve confinada, ou então, no veículo utilizado para o transporte e/ou confinamento da mesma.
Além dos procedimentos básicos para o levantamento de um local de crime, deve ser dada especial atenção àqueles elementos que possam caracterizar as condições precárias e desumanas a que a vítima fora submetida, bem como aos elementos que possam levar à identificação dos agentes do delito.
Tais cuidados devem ser redobrados quando a vítima sofre lesões corporais, violência sexual e morte.
Exame em local de exercício ilegal da profissão
As profissões legalmente regulamentadas no elenco das profissões liberais contêm determinadas atividades que são de competência exclusiva daquele profissional, devidamente regulamentadas pelos seus respectivos Conselhos Regionais ou Federais. Qualquer outra pessoa, mesmo que tenha conhecimentos técnicos do assunto, não poderá exercer aquela atividade profissional, sob pena de responder a processo por exercício ilegal da profissão.
Na maioria deles, os exames devem ser realizados no próprio local da atividade, atentando-se para as instalações, materiais, equipamentos e instrumentais ali porventura existentes – que por suas peculiaridades e especificidades – indicarão a prática profissional ali desenvolvida. 
Exame em local de constatação, uso e tráfico de entorpecentes
Quando do exame do local, é importante ater-se, não só para o entorpecente ali encontrado, mas também para o mobiliário,materiais, instrumentais e utensílios domésticos e industriais; com isso garantindo os meios de prova adequados e consistentes.
Exame em local de tentativa de fuga ou fuga de presos, motim, rebelião
Atualmente, principalmente nos grandes centros urbanos, é grande a incidência destes tipos de ocorrência.
São perícias em geral complexas, pois os prédios destinados ao sistema prisional possuem muitas dependências internas e externas, envolvem um grande número de pessoas, os danos são de grande monta, quando não acompanhados de incêndio, sendo que os exames são realizados somente após a situação já estar sob controle, normalizada, na sua rotina habitual e o local já oferecendo segurança para o trabalho a ser desenvolvido.
Com a intervenção de fatores externos (ação policial, ação dos bombeiros e de comissões religiosas e preservadoras dos direitos humanos, imprensa), bem como a permanência dos detentos e funcionários no local – o que dificulta sobremaneira a preservação e isolamento do mesmo – não raro ocorre a descaracterização e o mascaramento de vestígios, como também reparos, limpeza e arrumação do ambiente. 
Exame em local de parcelamento irregular do solo
Esse tipo de delito ocorre com muita freqüência nas áreas rurais próximas das cidades, onde o proprietário, com objetivo de obter altos lucros, procura transformar a terra em área urbana, contrariando a legislação vigente.
A perícia nesses locais basicamente deverá buscar os vestígios discutidos em tópico a parte, sem, no entanto, deixar de ficar atento para as técnicas gerais de levantamento pericial em locais de infrações penais, no sentido de poder encontrar qualquer outra informação de interesse direto ou indireto com o delito analisado.
Exame em local de furto de energia elétrica, televisão a cabo, água pulso telefônico e sinal de internet
Nessas ocorrências os executores constroem desvios para a passagem dos produtos ou serviços, sem a respectiva medição ou controle de consumo, ou fazem ligações a partir de pontos diversos que não estejam para tais autorizados, visando usufruir dos produtos ou serviços sem que para isso tenham que pagar. O exame deverá caracterizar a forma pela qual se concretizou o feito, com todas as suas peculiaridades.
Exame em local e equipamentos de furto de combustível 
Casos dessa natureza podem ocorrer nos postos de combustíveis comerciais e, com maior incidência, em postos restritos (internos) de empresas ou órgãos públicos.
Normalmente o furto é precedido de um trabalho para preparar a retirada do combustível sem a respectiva medição, ou então, a medição sem a saída do combustível. O envolvimento é quase sempre dos próprios funcionários que manuseiam essas bombas ou, pelo menos, conta com a sua participação.
Para a retirada de combustível é, então, desenvolvida alguma alteração no sistema de medição, de maneira a não denunciar tal furto quando do confronto diário dos abastecimentos.
	
Exame em peças relacionadas com crimes contra o patrimônio
Esses exames podem ser realizados tanto nos instrumentos utilizados para a consecução do delito, como nas peças furtadas, roubadas, ou então em peças relacionadas com constatação de autenticidade, falsidade ou contrafação.
II -	PROCEDIMENTOS BÁSICOS INDISPENSÁVEIS
Exames em local de furto (em residência, prédios comerciais e outras edificações)
	
Procurar, inicialmente, durante o exame preliminar, possíveis trajetos e escaladas que o delinqüente empreendeu para chegar até o interior do imóvel, principalmente quando existir outros obstáculos antes das aberturas do mesmo, tais como muros, portarias de prédios, portas de garagens, escadas, árvores, etc. Deve ter um senso crítico amplo analisando todas as possibilidades, não se restringindo às primeiras impressões que, quase sempre, são superficiais.
Ter em mente que o exame pericial servirá para qualificar o furto, buscando, dessa forma, encontrar todos os possíveis vestígios caracterizadores dessa ação.
Caracterizar os meios empregados para o acesso ao interior do imóvel. Arrombamento da via de acesso e, às vezes, um outro para a fuga, são comuns de ocorrerem, devendo-se sempre verificar o sentido de orientação dos danos, para que se possa estabelecer a dinâmica de ação do autor.
Se não houver vestígios de arrombamento, procurar outras possibilidades de acesso, tais como o emprego de chave falsa; a utilização da própria chave que o agente teve acesso após observar o morador; uma janela aberta, dentre outras possibilidades, com o objetivo de determinar a forma e meios utilizados pelo delinqüente.
Se for constatado o emprego de violência contra os meios de acesso ao imóvel, deve-se estabelecer a relação entre o fato, o instrumento e o vestígio. Se a ação direta do instrumento, com violência, resulta num dano, que propiciará o objetivo do autor, esta mesma ação deixará vestígios, as quais devem ser avaliados quanto a coerência entre a aplicação de um determinado instrumento, seus resultados e os vestígios constatados, analisando: localização dos vestígios, caracterização dos danos, as orientações e extensões destes danos, a compatibilidade das dimensões, impregnações deixadas, coerência de ordem cronológica (alegada e real), necessidade da utilização dos elementos supostos (instrumentos).
5.1) A violência física contra um elemento material só não deixará vestígios característicos se forem tomadas precauções extremas, fato improvável quando do delito.
A aplicação de instrumento sob a energia necessária para a violação de um obstáculo provocará no local denuncias de sua aplicação, da intensidade da força, do ângulo, da direção e sentido, da forma e área de contato e por vezes também de sua composição (metal, madeira, plástico etc...).
Há de se considerar a relação entre os elementos envolvidos na violência, que são: 
Suporte: é o local da aplicação do instrumento. Normalmente peças fundamentais do sistema de segurança, tais como portas, janelas, gavetas, fechaduras, batentes, folhas, montantes, etc;
Instrumento: é o que se aplica para provocar os resultados desejados. Independente da forma ou propósito para seu uso original pode ser aplicado de diferentes maneiras, sendo as mais comuns: as utilizadas à guisa de alavanca, percussão, corte, grifo, serra, desbaste, calor intenso, alicate, serra, etc;
Vestígios: são as marcas físicas deixadas no suporte, provocadas pelo instrumento, como: fissuras, mossas, amolgaduras, atritamentos, desbastes, pegadas, marcas de solados, cavacos, fragmentos, trincas, limalhas, resíduos, aderências, impregnações, corte, estilhaçamento, fratura, cisalhamento, greta, estrias, etc;
Resultados: é o que se obtém pela aplicação bem sucedida do instrumento em um suporte. Podem ser: remoção, rompimento, deslocamento, desalinhamento, entortamento, desencaixe, desativação, rombo, desacoplamento, inoperância. Podem, também, ficar restritos apenas aos elementos anteriormente citados.	
Materialmente, os danos provocados pela violência podem ser:
- resultantes de ação direta – pelo contato e força do instrumento;
- extensivos – pelo prolongamento na área imediatamente adjacente;
- reflexos – quando atinge áreas mais distantes, pela dimensão do suporte.	
5.2) Considerando-se as implicações anteriormente descritas, deve-se, por exemplo, entre outros:
avaliar se as dimensões de uma mossa (em madeira) ou de um amolgamento (em metais) são compatíveis com a área aplicada do instrumento questionado,
avaliar se as impregnações ou resquícios deixados em um suporte correspondem ao material do instrumento questionado,
avaliar se o deslocamento de um tambor de fechadura seria suficiente para o acionamento do sistema, sem a respectiva chave,
avaliar se o vão deixado pela remoção de telhas, palhetas de venezianas, abertura de caixilhos, fratura de vidros, desalinhamento de grades, seria suficiente para a passagem do elemento suposto (corpo, braço, mão, instrumento),
observar se as orientaçõesde fragmentos vítreos correspondem ao sentido da aplicação do instrumento utilizado para o rompimento,
observar se o segmento de lingüeta de fechadura exposta permitiria a abertura da porta, sem o rompimento do seu encaixe fêmea. Se negativo, poderia haver a abertura pelo afastamento da folha contra as dobradiças,
determinar a orientação dos rompimentos de obstáculo,
avaliar se os vestígios são contemporâneos à data suposta do fato.
Verificar se existem outros arrombamentos no imóvel, especialmente nas portas internas e seus respectivos sentidos de produção.
Buscar todos os tipos de vestígios possíveis, dentre os quais: fragmentos de impressão digital, fragmentos vítreos, limalhas metálicas, serragem, fibras, segmentos de tecidos, restos de vegetais, tinta, etc., ou seja, qualquer coisa que possa ter sido produzida, deixada ou manuseada pelo autor. Um elemento importante é a possibilidade de identificação do autor de delito pela coleta de impressões dígito-papilares deixadas no local de crime. Impressão digital é a reprodução do desenho existente nas pontas dos dedos, formados pelas cristas papilares, deixados em suportes adequados.
Existem sob três formas : 1º) visíveis , 2º) plásticas e 3º) latente
As visíveis são aquelas facilmente observadas a olho nu. São produzidas pelos dedos impregnados por substâncias de cor contrastantes, como tinta e graxa.
As plásticas são produzidas pelos dedos pressionados contra materiais sutilmente moldáveis, marcando assim a impressão negativa das cristas papilares. São suportes como barras de chocolate, pedras de sabão, queijos, demãos frescas de tinta etc...
As latentes serão visíveis aos olhos treinados de um especialista em certas circunstâncias e tornar-se-ão facilmente observáveis quando reveladas através de processos utilizando-se de material específico.
A identificação pela impressão colhida pode ocorrer se confrontada com fichas criminais e apresentar as características particulares que a individualizem e correspondam ao confronto com uma delas.
Esta pesquisa é facilitada por uma classificação existente. As impressões são classificadas em quatro tipos fundamentais, conforme a existência e localização de um desenho de união de linhas chamado delta. São os tipos: arco, presilha interna, presilha externa e verticilo. 
Verificar, os objetos furtados (“res furtiva”) do interior do imóvel, tentando caracterizar alguns dos bens que foram retirados pelos vestígios deixados, como por exemplo, uma área delimitada de uma estante, sem deposição de pó ou sujidade, onde estaria disposta a aparelhagem de som, ou televisão, ou qualquer outro objeto, bem como fios de conexão rompidos, etc.
Como nas profissões regulares, o ladrão aprende e aperfeiçoa-se numa modalidade ou forma de agir. Assim teremos a “falsa doméstica”, o “oportunista”, o “fura pneu”, o “punguista” - “batedor de carteira”, o “espianto”, o aplicador do “suadouro”, o “ventanista” ( usa de escalada e ingresso por vias de ventilação abertas); o “mioleiro” ( remove o cilindro da fechadura para desativá-la); o “arrombador” ( rompe obstáculos para liberar a via de acesso); o “marmotista” ( rompe cofres), o “assaltante” etc...
Basicamente, o indivíduo se especializa e dificilmente abandona esta maneira de agir, que considera superior, inatingível e mais segura.. 
Desta forma, procurar sempre que possível estabelecer a maneira de agir (“ modus operandi”) do agente da infração, ou seja, que tipo de técnica, rotina ou procedimento ele utiliza para atingir o seu objetivo, tais como: extração do tambor de fechaduras, corte de vidros para acessar a fechadura, ripas e montantes de portas arrancados, marcas de compressão nos montantes em função de alavanca para destrancá-la, delitos cometidos somente em residências, ou então, somente em escolas, estabelecimentos comerciais, bancos, acesso somente por telhados, escavações, janelas ou escalada, as “assinaturas” deixadas pelo mesmo (fezes espalhadas pelo imóvel, alimentos e bebidas consumidos, pichações, utilização do banheiro), especificidade do bem subtraído (somente roupas de determinadas marcas ou cores, brinquedos, aparelhos eletrônicos,etc).
O exame do ambiente interno, deve contemplar uma descrição detalhada de toda a desordem constatada, tais como desalinho dos objetos, móveis e utensílios, armários e gavetas abertos, ou então a falta de, constatando-se apenas um cofre aberto. Tais elementos são importantes para se estabelecer se houve busca, conhecimento do local, o objetivo específico de se subtrair determinado bem, etc.
Exames em local de encontro de veículo, furto de veículo ou furto em veículo
Além dos exames de identificação do veículo, deve ser feita uma detalhada vistoria externa no veículo e no local do encontro (se for o caso), relacionando quaisquer irregularidades constatadas, registrando se tais vestígios estão relacionados ao fato investigado (recentidade).
Assim, ao examinar um veículo, deve-se ficar atento para alguns tipos de vestígios, considerando-se as formas mais comuns de arrombamento, que possibilitaram o acesso ao seu interior, tais como:
Marcas de arrombamento no próprio orifício da fechadura (normalmente na porta do motorista), por intermédio da introdução de instrumento contundente (chave de fenda ou similar), até liberar o sistema de trancamento,
Marcas de arrombamento pela retirada total do cilindro externo da fechadura da porta (só encontrado em veículos mais antigos), mediante o emprego de alicates de pressão.
2.3- Fratura do vidro da janela da porta, da janela quebra-vento ou espia, a fim de facilitar o acesso ao sistema de trancamento interno das portas, podendo-se observar a maior quantidade de fragmentos do vidro na parte interna correspondente do veículo, estando junto – às vezes – o instrumento utilizado para tal fim, denotando-se por essa disposição o sentido de orientação do dano.
2.4- Marcas de atritamento na base metálica da porta, sob a esquadria da janela, produzido pela introdução de chave de fenda ou instrumento similar, a fim de liberar a trava interna (quando esta é evidente). Dependendo da posição da trava interna, as marcas poderão estar em outra posição; também podem existir perfurações ou marcas de compressão na borracha de vedação dessa janela.
2.5- Retirada do vidro pára-brisa anterior ou posterior, também é uma das formas de acesso ao interior do veículo que os delinqüentes se utilizam. Normalmente o respectivo vidro é deixado nas proximidades, onde será farta a pesquisa de impressões dígito-papilares. 
Atingido o objetivo de acesso ao interior do veículo, podem ser encontrados vestígios que irão caracterizar a intenção de furto do próprio veículo ou somente o furto de objetos em seu interior. Os vestígios mais comuns nesses casos são: 
Fratura do arcabouço do sistema de ignição, ou do próprio cilindro, para viabilizar a ligação direta do motor do veículo,
Em veículos mais antigos o sistema de ignição não é protegido, assim pode se constatar a exposição dos fios, sem a retirada do cilindro.
Fratura do painel para retirada do rádio ou qualquer outro sistema de som,
Pesquisa cuidadosa de impressões dígitos-papilares, principalmente naquelas áreas mais prováveis, tais como: volante, câmbio, espelho retrovisor interno, maçanetas internas, painel, face interna do vidro da porta do motorista e outros,
Vistoria interna geral, numa verdadeira varredura (verificação do interior do porta-luva, cinzeiro, porta-mala, face interna do quebra-sol, área sob os tapetes, área sob os bancos, interior dos bolsões das portas, cavidades do painel, etc.), pois é comum encontrarmos alguns vestígios que possibilitem a identificação do autor do delito, bem como vestígios denunciadores de outros crimes, tanto do próprio delinqüente, quanto – não raro – do proprietário ou usuário do veículo. Atentar para manchas de substância hematóide, líquido seminal, fibras, vegetação, presença ou resquícios de substânciaentorpecente, armas de fogo, documentos, cartões comerciais ou pessoais, agendas, etc.
Exames em local de roubo
Normalmente nesse tipo de delito a quantidade de vestígio é menor do que a encontrada nos locais de furto; no entanto, existem alguns cuidados que devem ser observados. Tanto para os casos de roubos a residências, estabelecimentos comerciais e outros, quanto aos veículos em geral.
Em residências e outros estabelecimentos, deve-se atentar para objetos, móveis e utensílios deslocados, evidenciando busca e indicando possíveis fontes de coleta de impressões dígito-papilares.
Em veículos o procedimento é o mesmo, considerando-se o levantamento de impressões dígito-papilares em especial na porta do motorista, retrovisor interno, maçanetas internas e externas, painel; bem como uma vistoria detalhada no interior do mesmo, pois o infrator poderá esquecer ou perder objetos pessoais. O levantamento dos dados registrados em celulares da vítima – em especial as chamadas recebidas e efetuadas – pode fornecer elementos para a identificação do autor.
Em locais de roubo observamos, com freqüência, desdobramentos criminais, tais como: disparo de arma de fogo, acidente de trânsito, resistência e morte (confronto com policiais militares ou civis), devendo-se atentar para os vestígios decorrentes de tais ações:
cavidades, perfurações e resvalos provenientes do embate e/ou passagem de projétil ou projéteis de arma de fogo. Tais vestígios devem ser examinados minuciosamente, determinando-se a orientação e trajetória do projétil ou projéteis, sendo que os mesmos – se encontrados – devem ser coletados, examinados e descritos,
colisão e abalroamento decorrentes de acidentes de trânsito envolvendo dois ou mais veículos,
choque decorrente de acidente de trânsito envolvendo veículo contra obstáculo fixo (poste, muro, árvore, imóveis em geral),
atropelamento decorrente de acidente de trânsito envolvendo veículo contra pessoa ou animais em geral,
na resistência, seguida ou não de morte, em virtude dos fatores fuga e confronto estarem sempre presentes, os vestígios acima mencionados serão encontrados de maneira isolada ou sobrepostos.
Exame em local de Roubo seguido de Morte (Latrocínio)
O latrocínio é a situação extrema de um caso de roubo, em que o agente da infração intensificou a tal modo a sua ação que veio a provocar a morte da vítima. 
Para os casos de latrocínio as técnicas a serem aplicadas à realização dos exames periciais são as mesmas empregadas nos locais de homicídios em geral, bem como dos vestígios que possam caracterizar a subtração de objetos e outros valores patrimoniais.
Exame em local de dano material
Os procedimentos que envolvem constatação de danos, quer seja em imóveis, objetos ou veículos, praticamente são os mesmos adotados na verificação daqueles produzidos em locais de furto onde ocorreu violência nas vias de acesso.
Deve-se estabelecer a relação entre o fato, o instrumento utilizado e o vestígio.
Na vistoria geral deverá ser registrada qualquer outra irregularidade que possa não estar relacionada com o evento em si, principalmente quanto à época em que fora produzida.
Conforme já referido, os crimes de danos materiais têm como objeto os mais variados tipos de bens. Dentro desse universo diversificado, podemos destacar os veículos, os eletrodomésticos, aparelhos eletro-eletrônicos, roupas e obras de arte como os mais visados. Por essa razão vamos elencar alguns dos procedimentos periciais para esses casos:
verificar, examinar e descrever todos os danos produzidos, indicando aqueles que estão relacionados com a ocorrência que está sendo investigada,
procurar estabelecer a recentidade do dano, considerando-se a data da ocorrência,
nos veículos os exames devem ser externos e internos,
nos eletrodomésticos e aparelhos eletro-eletrônicos, além da descrição e caracterização dos danos, os mesmos devem ser testados quanto ao funcionamento e, caso seja constatada a inoperância, se a mesma é decorrente dos danos produzidos,
nas peças de vestuário caracterizar o tipo de dano e o instrumento que o produziu (se possível), bem como se as mesmas ainda podem ser utilizadas,
nas obras de arte, além da constatação imediata dos danos, poderá ser necessário uma avaliação posterior, bem como exames complementares, no intuito de estabelecer o seu valor e real prejuízo,
Exames em local de extorsão mediante seqüestro
Geralmente os exames relacionados com este tipo de delito, restringem-se ao local do cativeiro, pois ali é onde todos os envolvidos permanecem por mais tempo.
Não obstante, pode ser objeto de exame o local da abordagem, o veículo ou veículos envolvidos, o local das negociações, o local do pagamento do resgate, o local da libertação da vítima cativa e muito freqüentemente o local da fuga, quase sempre com a intercorrência de confronto, tiroteio, resistência e outros delitos, pois nesta fase – em tese – já não há mais perigo para a vítima.
Os procedimentos adotados são os mesmos utilizados para o levantamento de local de crime envolvendo furto, roubo, cárcere privado (crime contra pessoa).
Merece especial atenção o exame do veículo utilizado para o transporte da vítima de confinamento, bem como o local do cativeiro, sendo este último aquele onde, normalmente, encontraremos o maior número de vestígios.
No cativeiro o exame deve ser minucioso, com descrição pormenorizada do espaço destinado ao confinamento, com vistas a constatar as condições de manutenção da vítima, grau de especialização e “modus operandi” dos autores, bem como a identificação dos mesmos. Assim, deve-se estar atento para:
dimensões, ventilação, iluminação, mobiliário e sistema de segurança (fechaduras, trancas, etc.) da dependência,
localização: se é parte integrante de alguma edificação (residências, prédios abandonados, estabelecimentos comerciais, etc.), se a área é urbana ou rural, se há vizinhança nas proximidades,
se é improvisado ou foi construído especificamente para aquele fim,
especialização das instalações, tais como existência de monitoração por sistema interno de televisão, isolamento térmico e acústico, dentre outros,
sistema de alimentação da vítima,
descrição, identificação e serventia de todo e qualquer objeto ou instrumento ali encontrado, tais como: cordéis, correntes, algemas, vendas,
constatação de manchas, impregnações e marcas de qualquer espécie,
constatação da possibilidade da vítima manter algum tipo de contato com o meio externo (através de janelas, frestas, vãos), bem como – se for o caso – da própria vizinhança perceber ou ter conhecimento da existência do cativeiro
Exames em local de exercício ilegal da profissão
Para cada caso de exercício ilegal de atividade profissional, é preciso que se saiba o tipo de profissão exercida para que, a partir das suas peculiaridades de execução, se busque os vestígios característicos dessa operação.
Os casos mais comuns de exercício ilegal da profissão são relativos à medicina em geral e à odontologia. No campo de atividades médicas, os casos de aborto são os mais correntes e, na odontologia, a prática em geral da atividade, tais como extração de dentes, restaurações, próteses, etc.
Nesses locais médicos e odontológicos, requer atenção as instalações físicas, mobiliário, aparelhagem, equipamentos e instrumentos, procedendo a uma descrição pormenorizada e técnica de cada peça, sendo ideal o subsídio de manuais específicos e orientação de colegas com formação acadêmica nestas áreas. 
Exames em local de constatação, uso e/ou tráfico de entorpecentes
Inicialmente deverão ser adotadas as técnicas gerais de levantamento de local de crime, descrevendo e constatando tudo que puder ser observado naquele ambiente. Numa segunda etapa dedicar-se com atenção e particularidade para a constatação simples da presença de substância entorpecente, bem como – se for o caso – o plantio, manuseio, preparo, acondicionamento, transporte, venda e consumo dessassubstâncias. Para tanto, deve-se proceder: 
à descrição detalhada do local ou objeto onde se encontrava acondicionada a substância, atentando para esconderijos, passagens secretas, fundos e laterais falsas de malas, solados falsos de calçados, etc,
à descrição detalhada das embalagens e se as mesmas são dotadas de algum tipo de camuflagem que pudesse dificultar a localização e identificação da substância ali acondicionada,
à verificação da presença de trituradores industriais, liquidificadores, utensílios domésticos (panelas, calderões, colheres, conchas, peneiras), prensas, balanças domésticas, comerciais ou industriais, estufas, embalagens plásticas variadas, rolos de fita adesiva, rolos de papel alumínio. Em geral tais objetos encontram-se impregnados ou com resquícios de substância entorpecente, caracterizando a utilização dos mesmos para o preparo e manuseio da substância, bem como para a pesagem, embalagem e transporte,
nos veículos examinar os vãos existentes entre a lataria e o revestimento interno, interior de estepes, pára-choques, pára-lamas, estribos e assoalho. Nos veículos de carga, atentar para os produtos que estão sendo transportados,
se possível realizar a coleta, pesagem e o acompanhamento das substâncias constatadas no local, até os laboratórios especializados visando a realização do exame completo,
Exames em local de tentativa de fuga, fuga, motim, rebelião
Nos locais de tentativa de fuga ou fuga, além da descrição minuciosa do local, deve-se dar especial atenção aos sistemas de segurança existentes (trancas, ferrolhos, grades, cadeados, alambrados, muros, cercas eletrificadas, guaritas, etc) e à rotina diária das atividades ali desenvolvidas (horários das refeições, banho de sol, visitas, confinamento dos detentos, etc.). 
	Especificar o mecanismo utilizado para a fuga (túneis, fratura de ferrolhos, seccionamento de grades, intimidação dos policiais ali presentes, etc.) e quando possível a dinâmica com o trajeto realizado pelos envolvidos, bem como a inviabilidade de tal ato sem a ajuda de funcionários.
	Já nos casos de motim e/ou rebelião, praticamente o trabalho se resumirá na constatação e caracterização dos danos existentes.	Em alguns desses casos pode se encontrar vítimas de homicídio, sendo que o procedimento a ser adotado é mesmo para os casos de crimes contra a pessoa, principalmente no que tange ao exame perinecroscópico.	
Exames em local de parcelamento irregular do solo
Basicamente devem ser buscados os seguintes elementos:
constatação geral de área original, observando os seus marcos ou as delimitações primárias ou originais, inclusive confrontando com plantas, mapas ou escrituras registradas nos cartórios e no próprio INCRA,
a localização da área examinada é fator importante no exame, pois será a base para a veracidade das demais informações. Utiliza-se para tal qualquer ponto de referência, como rios, estradas, rodovias federais e estaduais, ferrovias,
mensuração da área original e de cada um dos fracionamentos, de tal forma a definir com clareza quanto mede a área original e em quantas parcelas foi fracionado,
verificação do tipo de material utilizado para demarcar os limites de cada fração,
verificação das benfeitorias existentes em cada uma das frações, tais como edificações, instalações elétricas e hidráulicas, saneamento, pavimentação, etc. Através da constatação destas benfeitorias os peritos criminais têm condições de avaliar a destinação daquele parcelamento, por exemplo, áreas de lazer, casas de campo ou recreio, moradias urbanas, dentre outros,
constatação dos danos ao meio ambiente, possivelmente causados pelos referidos fracionamentos daquela área. Atentar para a existência de nascentes, rios ou córregos, tipo de vegetação, e o grau de comprometimento para a sua preservação. O tipo de fauna e se a área fracionada limitou a existência de determinada espécie, e tudo o mais relacionado a prováveis danos ecológicos, os quais podem ser parciais, irreversíveis ou recuperáveis.
Exames em local de furto de energia elétrica, televisão a cabo, água e telefone
Tais furtos ocorrem de maneira bastante diversificada, porém a predominância é para os casos de furtos de energia visando suprir residências ou economia de consumo.
Quando se trata de economia de consumo, é o próprio morador da residência que procura efetuar ligação da energia diretamente do ponto antes do marcador, ligando-o à sua rede interna.
 O outro grupo é aquele onde o autor, que não tem energia elétrica ligada em sua residência, providencia uma ligação clandestina desde a rede externa até o interior da sua casa.
Apesar da maior quantidade de ocorrências de furtos de energia estar presente nos grupos acima comentados, é no âmbito das pessoas jurídicas (indústria, comércio, etc.) que ocorre o maior volume de energia furtada, tendo em vista o elevado consumo e respectivo desvio. 
Os casos mais incidentes de furto de água também ocorrem para o consumo doméstico, mediante ligação adicional na rede externa até a rede interna da residência, desviando da passagem pelo medidor, para os casos de tentativa de economia de consumo ilegal. Outra situação se dá quando não existe esse serviço na residência e o morador providencia uma ligação clandestina, oriunda da rede da companhia fornecedora ou – em alguns casos – dos próprios vizinhos, na mesma sistemática dos furtos de energia elétrica. Também para os casos de furto de água, são as pessoas jurídicas que dão o maior prejuízo nesses consumos ilegais.
Furtos de sinal telefônico são mais comuns em edifícios, onde o infrator providencia uma ligação compartilhada com algum dos vizinhos, diretamente da caixa de distribuição do prédio. Menos comum, mas também podem ocorrer, ligações efetuadas diretamente das caixas de ligação que se encontram nos pontos da rede aérea de telefonia, em frente às residências ou em caixas colocadas em áreas públicas.
O furto de sinal de televisão a cabo se enquadra nas mesmas circunstâncias descritas acima, sendo os casos mais incidentes aqueles destinados ao consumo doméstico, mediante ligação adicional da rede externa ou vizinha, até à rede interna da residência do autor. Nestes casos, quase sempre, o próprio instalador profissional do serviço disponibiliza o produto, através de ligação clandestina e mediante pagamento à parte.
Ao realizar os exames em locais desses tipos de furtos, além dos exames normais e genéricos para exames de local, devem ser observados determinados aspectos específicos, tais como:
exame detalhado do sistema original/regular de ligação daquele serviço, levando em consideração as regras contratuais de prestação de serviços das respectivas empresas,
constatação da ligação irregular, descrevendo minuciosamente como se encontrava, a fim de poder comparar com o sistema regulamentar previsto para o tipo de serviço,
verificação da existência de qualquer vestígio que possa determinar com precisão o beneficiário daquela ligação irregular,
se necessário buscar subsídios junto às empresas.
Exame em local e equipamentos de furto de combustível
 
Duas modalidades podem ser desenvolvidas, de acordo com o tipo de posto de abastecimento, ou seja, aqueles de uso restrito, não comercial, como os de órgãos públicos ou empresas privadas; ou aqueles comerciais de venda de combustível ao público em geral.
No primeiro tipo de posto o infrator irá alterar o sistema de medição de maneira que o marcador registre menos combustível do que realmente fora retirado do tanque e, assim, manter o controle numérico até acabar o estoque. Em momento oportuno ele irá retirar o “estoque” de combustível para o uso ilegal.
No segundo tipo de posto (comercial), o infrator fará o contrário, alterando o sistema de medição para registrar mais do que de fato saiu do estoque, lesando, assim, as pessoas que abastecem seus veículos. Estas são as duas modalidades mais encontradas nesse tipo de delito.
Dessa forma os peritos deverão desenvolver umtrabalho minucioso, procurando constatar, além dos aspectos gerais já comentados, os vestígios produzidos diretamente para fraudar o sistema de medição da bomba onde ocorreu o furto de combustível.
exame geral de todo o espaço físico onde estejam localizadas as bombas de combustível e demais benfeitorias, a fim de dar uma visão geral do ambiente examinado,
descrição detalhada do sistema original de medição das bombas de combustível, verificando, inclusive, se todas têm o mesmo tipo de mecanismo de medição e, caso contrário, descrevê-las separadamente,
verificação das alterações feitas no sistema de medição, valendo-se dos vestígios deixados nesta ação delituosa,
fotografar ou fazer esquemas elucidativos do sistema original e do adulterado, a fim de facilitar a compreensão dos usuários do laudo pericial.
Exame em peças relacionadas com crimes contra o patrimônio (celulares, máquinas, etc.)
O artigo 175 do CPP é claro quanto ao exame dos instrumentos de crime: “..SERÃO SUJEITOS A EXAME OS INSTRUMENTOS EMPREGADOS PARA A PRÁTICA DA INFRAÇÃO, A FIM DE SE LHES VERIFICAR A NATUREZA E A EFICIÊNCIA”.
	Segundo Camargo Aranha, todos os instrumentos usados como causa eficiente para a realização do crime, os objetos materiais servidos pelo agente para delinqüir, constituem os instrumentos do crime.
	O exame do instrumento do crime, portanto, constitui uma análise técnica dos objetos utilizados pelo agente para delinqüir e com base nos quais serão apreciadas a natureza e a eficiência, potencialidade danosa, intensidade dolosa e grau de culpa, e, por derradeiro, a periculosidade do criminoso.
	Cabe, ao examinar um instrumento de crime: identificá-lo, individualizá-lo e tecer considerações.
Identificá-lo: consignar se é um artefato, uma peça de uso doméstico ou profissional e, se possível, especificar o seu uso.
Individualizá-lo: descrever pormenorizadamente a peça, consignando-se, se for um artefato, as partes que o compõem e suas funções; se é usado, as características do arcabouço, marca de fabricação, modelo, números de identificação (série, tipo, código de barras, outros), acompanhamentos, ausência de componentes e, dependendo da peça se liga/desliga, se está operante/inoperante, a eficácia, e a funcionabilidade.
Após a individualização, consignar todos os vestígios nele constatados: marcas, manchas, ação de outros instrumentos, etc.
Se necessário, encaminhar a peça para os exames laboratoriais específicos.
Tecer as considerações. Neste item, deve-se concluir que, além das finalidades a que se destina aquela peça, pode também ser utilizada COM EFICÁCIA, dependendo das circunstâncias e/ou da habilidade do agente,:
Para romper e/ou destruir obstáculos (nos casos de furto qualificado, danos, fuga),
Para propiciar escalada (nos casos de furto qualificado, danos, fuga, roubo, etc.),
Para destravar mecanismos de fechadura, em especial as do tipo (Gorja, Yale, etc.), inclusive as existentes em veículos automotores (nos casos de furto qualificado, roubo, etc.),
Para impossibilitar ou dificultar a identificação de quem a veste, quando a peça examinada é uma touca (tipo passa-montanha ou ivanhoé) ou máscara utilizada em furtos, roubos, etc.,
Para provocar danos, se arremessada (nos casos de danos),
Como simulacro de arma de fogo (nos casos de roubo, fuga, seqüestro, etc.),
ou então se a peça examinada pode ser utilizada como instrumento (contundente, cortante, perfuro-cortante, etc.) para intimidar, ameaçar, agredir e/ou lesionar pessoas (nos casos de roubo, seqüestro, etc.).
Outras considerações podem ser feitas, dependendo de cada caso e dos quesitos porventura formulados pela Autoridade requisitante.
 Se a perícia envolver constatação de autenticidade, falsidade ou contrafação, é imprescindível o exame de confronto entre a peça questionada (de qualquer natureza) e o padrão fornecido pelo fabricante, destacando-se minuciosamente as características de ambos, as similaridades ou diferenças e quando possível oferecer a conclusão. Não raro, nestes casos, faz-se necessário o contato com a indústria ou fabricante, com o intuito de obter informações complementares, que irão subsidiar o trabalho.
	Em algumas ocasiões o exame solicitado se refere a avaliação do bem, ou peça . Nestes casos os peritos devem recorrer, para subsidiarem seus trabalhos, aos fabricantes do produto, representantes legais, revendedoras autorizadas e outros, bem como ao próprio comércio, evidentemente consignando nos laudos todas as fontes utilizadas.
	Cabe também perícias em material relacionado ao jogo do bicho, jogos de azar, telefones celulares e máquinas eletrônicas de jogos (bingos e similares).
	Basicamente, ao examinar aparelhos de telefones celulares, deve-se consignar as características externas (arcabouço, cor, marca, modelo), os números que o identificam e o individualizam (série, Anatel, ESN, MSN, etc.), se está acompanhado da respectiva bateria, se está operante ou não.
	É de praxe o levantamento do número do celular, bem como dos dados registrados em sua memória (ligações efetuadas, recebidas, agenda, mensagens), tomando cautela quanto a degravação das mensagens de voz na caixa postal( que deve ser realizado mediante autorização judicial).
	Se o aparelho estiver bloqueado por senha, existem alguns comandos de destravamentos específicos para cada marca e modelo (os mais antigos), e atualmente softwares para os modelos modernos.
	Já para os exames em máquinas de jogos eletrônicos, principalmente quando em grandes quantidades, os peritos devem tomar os seguintes cuidados:
cientificar-se da Lei das Contravenções Penais:
. art. 50: estabelecer o jogo de azar em lugar público ou acessível, mediante o pagamento de entrada ou sem ele (pena prisão simples, de 3 meses a 1 ano e multa, estendendo-se os efeitos da condenação a perda dos móveis e objetos de decoração.
. Parágrafo 3º: consideram-se jogo de azar: a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte; b) as apostas sobre corrida de cavalos fora do hipódromo ou de local onde sejam autorizadas; c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva.
procedimento:
identificar a máquina, colocando na etiqueta: DP, BO/TC/IP, LOCAL DA APREENSÃO, DATA DO EXAME, Nº DO LAUDO e colocar “OK”, após a realização dos exames,
fotografia geral da máquina, de frente, etiquetada (com a etiqueta descrita no item a),
cada fotografia a ser realizada da máquina, deve aparecer nitidamente a etiqueta descrita no item a, pois facilita a futura identificação para feitura do laudo;
detalhe fotográfico da plaqueta ou similar que identifique o fabricante da máquina, quando houver, etiquetada,
abrir a máquina com a respectiva chave, quando houver, caso contrário usar ferramentas,
fotografar o interior da máquina, quando danificada, etiquetada,
fotografar os contadores eletromecânicos, etiquetados,
Quanto á recolha de moedas ou valores em dinheiro, deixar esse procedimento sob a responsabilidade da Autoridade Policial, que efetuara o devido Auto de Apreensão, 
ligar a máquina para saber se está funcionando,
verificar se os contadores eletromecânicos estão funcionando corretamente,
fotografar e detalhar as tabelas de premiações, teclado, nº de rodilhos e mecanismo do jogo, etiquetada,
verificar se a placa de jogo é dedicada ou HD,
quando se tratar de máquina nova: 
fotografar detalhadamente as tabelas de premiação, por partes,
detalhar o teclado, mostrando os dizeres do mesmo,
fotografar as telas de jogo, quando a máquina é de vídeo (monitor)
O procedimento para os casos de Bingos e Maquinas de rua são os mesmos porém, as máquinas não deverão ser violadas (arrombadas), caso seja necessário, que se proceda mediante ordem judicial ou da Autoridade Policial, evitando assim, qualquer tipo de procedimento contrario ao procedimento.
Constar o valor ou quantidade de moedas arrecadadas
outras considerações:
Após a publicaçãono Diário Oficial do Estado de São Paulo de 12/02/2003, “Poder Executivo Seção I”, de manifestação do Procurador Geral de Justiça, foram introduzidos quesitos para que seja respondidos no laudo:
“O Procurador Geral da Justiça no uso de suas atribuições legais e a pedido do Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, Dr. José Oswaldo Molineiro, avisa aos Senhores Membros da Instituição que em reunião entre o Ilmo Dr. Diretor da Superintendência da Polícia Técnica Científica, o corpo técnico daquela Superintendência e os assistentes técnicos deste CAEX- CRIM, ficou estabelecido a formulação dos seguintes quesitos versando sobre a caracterização do crime contra a economia popular (art. 2º, inciso IX da Lei nº 1521/51) em razão da exploração de máquinas eletrônicas programáveis( caça-níqueis, vídeo-bingo, etc):
Quesitos para as máquinas de jogos eletrônicos:
Quais os dados de identificação da máquina apreendida, relacionadas com marca, origem, fabricação e importador? Qual o modelo ou marca da máquina?
Qual o jogo contido na máquina?
Qual a marca e origem das placas de CPU?
As máquinas contam com nota fiscal e/ou guia de importação?
Os dados específicos constantes na nota fiscal e/ou guia de importação são coincidentes com os apresentados na máquina examinada? E os componentes eletrônicos (placas e CPUs) são coincidentes com as informações da nota fiscal e/ou guia de importação?
Há lacres nas máquinas ou dispositivos que impeçam a substituição de componentes eletrônicos e/ou da própria placa de processamento?
Segundo os exames periciais a CPU, as placas e/ou componentes de programação (memória) constantes das máquinas permitem suas substituições? Estas substituições se ocorridas deixam vestígios?
É possível que a substituição da placa e/ou CPU, ou de outros componentes eletrônicos, se efetuada, altere a porcentagem de pagamento da máquina ao jogador?
Há no equipamento algum dispositivo interno ou externo como receptor de rádio dispositivo comunicador de infra-vermelho, conexão tipo telefônica ou de rede, ou outro dispositivo comunicador de infra-vermelho, conexão tipo telefônica ou de rede, ou outro semelhante, ou dispositivo mecânico ou de outra natureza, que possa ser utilizado para alterar o comportamento do jogo,ou seja, que modifique o grau de dificuldade de ganho do jogador?
Qual a porcentagem de pagamento da máquina e qual a metodologia utilizada para identificar essa porcentagem?
Diante do exame realizado o ganho ou a perda do jogador dependem da habilidade do jogador ou, exclusiva ou principalmente, da sorte?
III -	TÉCNICAS E MÉTODOS EMPREGADOS NOS EXAMES
	Os exames nos locais de crimes contra o patrimônio empregam metodologias e técnicas semelhantes para todas as suas modalidades. Evidentemente que alguns tipos de crimes requerem técnicas mais específicas, mas de modo geral os procedimentos a serem utilizados são: 
Divisão da área a ser examinada, de forma a facilitar a constatação dos vestígios que estejam dispersos no local.
Exame e anotações preliminares das condições gerais do local a ser examinado.
Exame visual do local, inicialmente de forma geral, mas já adotando sentidos de visualização, para conhecer todo o ambiente a ser examinado, com registro fotográfico.
Exame visual de cada vestígio constatado no local, com registro fotográfico dos mesmos.
Coleta de vestígios e/ou amostras para exames complementares, tais como fragmentos de impressão digital, manchas, instrumentos utilizados no crime, etc.
Elaboração do laudo, com descrição minuciosa e estabelecimento do nexo causal entre ação do agente, vestígio e instrumento.
IV - ROTEIRO BÁSICO PARA O LEVANTAMENTO DE LOCAL DE FURTO QUALIFICADO
	
	Basicamente o levantamento de um local de crime contra o patrimônio deve levar em conta os seguintes quesitos:
1-Qual a natureza do local examinado?
Em se tratando de um prédio, relacioná-lo com a natureza da ocorrência e endereço,
Utilização,
Projeto de construção (número de pavimentos, seu nível com relação à via pública),
Seu posicionamento junto aos vizinhos, ao terreno, ao alinhamento geral das construções,
Delimitação física nos limites do terreno e junto ao passeio público,
Sua abrangência (área) e composição (dependências).
2-Qual o meio usado para o acesso a esse local? Com destruição ou rompimento de obstáculo, ou mediante escalada, uso de chave falsa ou outro? Considerando-se a presença de violência contra as vias de acesso, esclarecer:
Em qual via de acesso? Voltada para onde?
Apresenta qual tipo de vedação? Qual sistema de segurança a guarnece?
Que tipo de instrumento fora ali utilizado?
Especificamente onde fora aplicado? Quais vestígios deixou?
Com a aplicação deste instrumento o que se obteve? O que propiciou a desobstrução da via de acesso?
Com a desobstrução da via de acesso, que vão resultou?
Este vão é mensurável? De qual forma?
Possibilitaria a passagem de indivíduo com qual compleição física?
3-Há internamente vestígios de destruição ou rompimento de obstáculo, ou teria ocorrido escalada, uso de chave falsa ou outro meio tendente à subtração da coisa?
O que foi violado internamente e de onde?
Aplicou-se instrumento? Qual?
Como se encontrava o mobiliário e o seu conteúdo?
A vítima já havia arrumado o local?
4-Em que época se presume tenha ocorrido o fato?
Normalmente os elementos materiais constatados não são suficientes para precisar a data da ocorrência.
No entanto, os peritos podem colher informações esclarecendo o período em que o local se encontrava sem a presença de vítima ou outros, bem como informar a data e hora da saída do último indivíduo a sair do local e o primeiro a chegar, antes e após o fato.
5-Houve emprego de instrumento ou instrumentos? Quais?
Os vestígios indicavam o uso de instrumentos?
Ainda que os vestígios não indicassem o uso, haveria necessidade destes para realizar a abertura da via de acesso?
Onde e para que teriam sido utilizados?
Teriam sido utilizados à guisa de que tipo de instrumento?
Foram identificados? Coletados?
6-Existem vestígios, objetos, documentos ou outros que possibilitem a identificação do autor ou autores?
A pesquisa de fragmentos dígito-papilares resultou positiva?
Onde foram colhidos? Por quem?
Outros vestígios poderiam ajudar na identificação?
 
V - 	ESTRUTURA MÍNIMA DO LAUDO PERICIAL RELACIONADO A CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
A investigação é válida e eficiente na medida que o laudo pericial é compreendido e assimilado.
Tão importante quanto esclarecer um fato é transmiti-lo com precisão e compreensão; a credibilidade de um laudo está diretamente ligado ao seu desenvolvimento, clareza, precisão e coerência.
Sendo que um laudo vai muito além de um documento pessoal, temos que utilizar formas convencionadas de descrições, de palavras simples e eficientes, também se valendo de termos técnicos que possam indicar com precisão o fato descrito. 
A riqueza de detalhes na descritiva é importante, porém sem tornar o relato rebuscado, prolixo ou cansativo. 
Num laudo, ainda que de maneira simples, devemos seguir a idéia que melhor se entende um fato se cada parte desenvolvida é precedida dos dados elementares para sua compreensão.
Poderíamos seguir a seguinte ordem:
Preâmbulo ou Histórico
Preliminares
Objetivo da perícia ou quesitos
Dos Exames Periciais
Considerações ou Discussão
Anexos
Preâmbulo ou Histórico: oferece as razões da investigação, o que se vai apurar, a ordem cronológica dos fatos e de seus trabalhos.
Preliminares: neste tópico o relator vai consignar as informações referentes a preservação e isolamento do local e quaisquer outras alterações que forem relevantes ao caso, ou que prejudicaram o andamento dos trabalhos periciais. Nos casos de exames em peças, este tópico destina-se à consignação de qualquer fato conflitante entre a requisição e o objetode exame, tais como número de peças distinto do constante na requisição (para mais ou para menos), peças que não estão discriminadas, objetivos do exame incompatíveis com o tipo de peça a ser examinada, tais como: solicitação de levantamento da memória de chamadas recebidas e efetuadas em carregadores de aparelhos de telefones celulares; recentidade de disparo em facas, etc.
Objetivo da perícia ou quesitos: descrever, conforme consta na requisição, qual(is) o(s) objetivo(s) a ser(em) buscado(s) na perícia, os quais deverão estar contidos na requisição da perícia ou nos quesitos formulados. Não sendo especificado na requisição o(s) objetivo(s) da perícia, é de bom alvitre que os peritos descrevam com certa precisão quais são os objetivos periciais pertinentes àqueles exames.
Dos Exames Periciais: discriminar todas as técnicas e métodos empregados e os respectivos exames levados a efeito naquela perícia. Em geral nos exames periciais relacionados com crimes contra o patrimônio, não é necessário o relato de técnicas e métodos. No entanto, é de bom alvitre consignar fontes bibliográficas, informações obtidas junto a fabricantes ou via internet. .Não é necessário que, nos exames periciais, constem de forma explícita os subitens seguintes, mas seu conteúdo deve obrigatoriamente integrar o texto relativo aos exames periciais:
Do Local: constitui a parte essencial. A descrição deve ser metódica, objetiva, fiel, minuciosa, clara, síntese do observado.Quando os fatos forem variados, convém distribuí-los em capítulos conforme sua natureza e interdependência.
Evitar informações, discussões, hipóteses, diagnósticos e conclusões.
Dos Vestígios: partindo-se das indicações (referências) maiores para as menores (detalhes). Descrever conforme a ordem de maior importância, como a acesso ao terreno, ao prédio, ao cômodo, à gaveta etc.
Aqui devem ser relacionados e devidamente descritos todos os vestígios constatados no exame pericial. Note-se que devemos nos ater somente à descrição dos vestígios, deixando para o tópico seguinte a respectiva análise e interpretação dos mesmos.
As técnicas ou métodos empregados devem sempre partir do mais geral para o particular, de exames macroscópicos para exames microscópicos. Quando for empregado mais de uma técnica na realização de um determinado exame, citá-la na ordem em que a mesma foi aplicada.. 
Considerações Técnicas ou Discussão: do histórico e das descrições (local e vestígios) defluem as conclusões. Porém, em certos casos há necessidade de cotejar fatos, de analisá-los, dissipar dúvidas ou ajustar obscuridades. Através da discussão asseguram-se conclusões lógicas, afastando-se as hipóteses capazes de gerar confusão, evidenciando-se aquelas que, depois de cotejadas, conduzirão e subsidiarão a conclusão.
Buscar a coerência ou não dos elementos observados e anteriormente citados. Confrontá-los com a normalidade.
Enfim, relatar neste tópico as análises e interpretações das evidências constatadas e respectivos exames, de maneira a facilitar a compreensão e entendimento por parte dos usuários do laudo pericial.
Conclusão
A conclusão pericial inserida no laudo deve ser – obrigatoriamente – uma conseqüência natural do que já fora argumentado e exposto nos tópicos anteriores do respectivo laudo.
Se na perícia solicitada, constarem quesitos, deve o perito se ater à resposta dos mesmos, transcrevendo-os textualmente e respondendo-os na seqüência formulada (art. 160 do Código de Processo Penal). Caso exista mais alguma informação e/ou conclusão importante, não abrangida na resposta aos quesitos, deverá ser colocada em parágrafo independente, neste mesmo tópico.
A conclusão deve obedecer aos critérios técnicos conforme já recomendados, ou seja: somente quando nos restar uma possibilidade para aquele evento, sob a ótica técnico-científica é que poderemos concluir de forma categórica.
	Para chegarmos a essa única possibilidade, teremos apenas duas situações capazes para tal.
	A primeira situação será quando, no conjunto dos vestígios constatados e examinados, tivermos um que, por si só, seja um vestígio determinante. Obviamente que vestígio determinante neste caso, deve estar caracterizado pela sua condição autônoma associada ao seu significado no evento periciado.
	Dois exemplos para entendermos melhor esse conceito: uma impressão digital individualmente é um vestígio determinante para a identificação do autor, se considerarmos um local de furto qualificado em que esta impressão encontra-se na via de acesso arrombada e não corresponde àquelas existentes normalmente naquele ambiente (eliminadas por exclusão). Por outro lado, o vestígio lesão pérfuro-incisa não é um vestígio determinante por si só, mas se tivermos esse vestígio repetido várias vezes em diversas partes do corpo de um cadáver, principalmente nas mãos e antebraços (defesa), certamente esse vestígio será determinante para fundamentar o diagnóstico por homicídio.
	A segunda situação em que se tem apenas uma possibilidade é quando num universo de vários vestígios, onde nenhum deles por si só seja determinante, mas se analisados no seu conjunto levem a uma única possibilidade. 
	Todavia, existem várias situações que, apesar da riqueza de vestígios, mesmo analisando-os em seu conjunto, não será possível chegar a uma definição quanto ao diagnóstico. Neste caso, não se fará qualquer afirmativa conclusiva quanto a ele, pois haverá mais de uma possibilidade técnico-científica para aquele evento.
	Mesmo que não seja possível uma conclusão sobre aquela perícia, deverá constar no laudo o tópico conclusão e, nele, informar a impossibilidade de conclusão face aos motivos que devem ser relacionados (exigüidade de vestígios, elementos de ordem material insuficientes, falta de preservação, etc.) de forma clara e explicativa.
	Em não sendo possível concluir um laudo pericial, restam algumas alternativas para auxiliar no contexto geral das investigações e, posteriormente, à justiça, em que o perito deverá ter todo o cuidado, tanto no exame quanto no texto dessas argumentações.
	Numa primeira situação, porder-se-a eliminar algumas possibilidades ou hipóteses e, com isso, delimitarem o trabalho dos investigadores da polícia e, posteriormente, da justiça. A eliminação de algumas dessas possibilidades na verdade é uma conclusão pela sua exclusão e, portanto, deve seguir o mesmo rigor técnico-científico já mencionado.
Uma segunda situação, onde os vestígios forem em menor quantidade, as conclusões limitar-se-ão a indicar mera probabilidade para um dos possíveis diagnósticos, devendo ser exaustivamente explicados e identificados, a fim de não gerar distorções de interpretação por parte dos usuários do laudo pericial. 
Poderíamos dizer que haveria ainda uma terceira situação, onde a pouca quantidade de vestígios é tamanha, que os peritos se limitarão a informar no laudo a impossibilidade de concluírem o evento periciado, face à exigüidade de vestígios. Apesar de não haver nenhuma conclusão, nesses casos, muitos laudos são expedidos dessa forma. 
Observação: O técnico-científico aqui mencionado se refere à técnica criminalística e o científico às demais leis da ciência. O perito poderá se valer, para as suas conclusões, ou de alguma técnica criminalística já consagrada ou de algum método científico de qualquer área do conhecimento humano, ou então de ambas, de acordo evidentemente com cada situação.
Anexos
Incluir ao final todos os anexos que foram produzidos e que seja necessário acompanhar o laudo para fins de melhor compreensão do mesmo, tais como, resultado de exames complementares, fotografias, gráficos, relatórios de outros peritos/profissionais, etc.
No entanto, considerando os avanços da informática, muitos recursos gráficos podem ser inseridos ao lado – ou logo abaixo – da parte do texto que se refere tal assunto. Especialmente para evidenciar algum detalhe que o texto esteja se referindo naquele momento da argumentação. As fotografias, quandodigitais ou digitalizadas, podem seguir esse mesmo critério.
VII – GLOSSÁRIO
Nomenclatura básica para descrição de um imóvel.
O IMÓVEL
Casa: edificação destinado à habitação, morada;
Apartamento: parte de um prédio de habitação coletiva, destinada a residência particular,
Bangalô: pequena casa alpendrada, nos arredores da cidade;
Chalé: casa de madeira com telhados (2) bem inclinados, que avançam sobre a fachada;
Cabana: casa rústica, pequena, geralmente coberta com palha;
Loft: espaços amplos sem divisórias, usados como moradias;
Mirante: parte alta acima do telhado, de onde se observa a paisagem,
Átrio, Vestíbulo: pátio de entrada descoberto, cercado por telhados, 
Edícula: construção complementar independente, nos fundos da principal;
Galpão: depósito, construção que tem uma das faces aberta;
Quiosque: pequeno coreto, normalmente aberto,
Estufa: galeria envidraçada onde se cultivam plantas,
Gazebo: pequeno quiosque colocado no jardim, fechado por vidros ou treliça,
Tulha: depósito de café ou cereais,
Abrigo: local para se proteger das intempéries,
Alpendre: cobertura suspensa sobre portas e vãos.Quando grande, dá-se o nome de varanda,
Varanda: alpendre grande e profundo,
Terraço: cobertura plana, galeria descoberta,
Solário: local descoberto destinado a banhos de sol,
Sacada: pequena varanda,, também vestíbulo – pátio de entrada descoberto, cercado por telhado,
Saguão: pátio interno fechado por paredes altas,
Pátio: espaço interno descoberto e cercado pelos elementos da construção,
Marquise: pequena cobertura que protege a porta de entrada,
Caramanchão: armação de madeira pergolada, coberta de vegetação,
Acesso: rampa, escada, corredor, etc. que permite a entrada e saída,
Hall de entrada: saguão, vestíbulo de acesso ao interior do imóvel,
Closet: pequeno cômodo usado como quarto de vestir,
Lavabo: pequeno banheiro, sem espaço para o banho,
Mezanino: pavimento intermediário, piso que ocupa apenas parte da construção,
Sótão: cômodo pelo desvão entre o último pavimento e telhado,
Mansarda: sótão com janelas que se abrem sobre as águas do telhado,
Suíte: cômodos contíguos, sendo dormitório e banheiro,
Alcova: pequeno quarto sem aberturas para o exterior,
Adega ou cava: lugar destinado ao armazenamento de vinhos ou azeite, geralmente no subsolo,
Patamar: piso que separa os lances de escadas,
Balcão: projeção externa da laje, disposto diante de portas e janelas, guarnecido de grades ou peitoril,
Porão: parte da construção entre o chão e o assoalho,
Recuo: distância entre as faces da construção e os limites do terreno,
Recuada: construção afastada da linha do passeio público,
Assobradada: construção com mais de um pavimento,
Geminada: duas edificações unidas por uma mesma parede,
Nicho: reentrância na parede para abrigar armários, prateleiras, objetos, etc.,
Monta-cargas: pequeno elevador para transportar roupas, mercadorias, etc.,
Passarela: corredor estreito e elevado que interliga dois cômodos,
Passadiço: corredor, galeria ou ponte que liga dois setores de uma construção,
Pérgula: pergolado, proteção vazada, normalmente composta por elementos paralelos,
Pórtico: átrio, portal de entrada de uma residência, cuja abertura é apoiada em colunas,
Sebe: tapume feito com ramos ou varas para fechar terrenos,
Aclive-Declive: terreno em subida-descida, em relação à via pública,
Talude: rampa, inclinação de terreno por desterro,
Platô: parte elevada e plana de um terreno,
Pé-direito: altura entre o piso e o teto,
Rústico: construção com técnicas artesanais, utilizando-se material da região,
Torre: construção cuja base é bem menor que a altura.
A EDIFICAÇÃO
Parede: elemento de vedação ou separação de ambientes,
Alvenaria: conjunto de pedras, tijolos ou blocos que formam paredes, muros e alicerces,
Argamassa: material aglomerante para unir ou revestir elementos que formam ou dão acabamento à construção,
Reboco: revestimento de parede feito com massa fina,
Respaldo: última carreira de tijolos de alvenaria no encontro com o teto,
Contrapiso: camada de cimento e areia que nivela o piso antes do revestimento,
Baldrame: alicerces, vigas de concreto armado sobre a fundação,
Sapata: parte mais larga e inferior do alicerce,
Emboçamento: assentamento com argamassa de telhas da cumeeira,
Estuque: massa para fechamento de forros com estrutura aramada,
Lambril: revestimento de madeira ripada, usada em forros e paredes,
Elemento vazado: peça para paredes, dotada de aberturas para passagem de luz e ar,
Coluna: elemento estrutural de sustentação, quase sempre vertical,
Pilar: elemento estrutural vertical, quando de formato circular,
Pilastra: pilar com quatro faces, sendo que uma delas fica ligada à parede,
Pilotis: conjunto de colunas de sustentação que deixa livre o pavimento térreo,
Viga: elemento estrutural responsável pela sustentação de lajes,
Contraverga: viga de concreto usada sob a janela para evitar fissuras na mesma,
Caixa de escada: espaço em sentido vertical, destinado à escada,
Galeria: corredor largo, duto subterrâneo,
Manilha: tubo para instalação subterrânea que conduz águas servidas,
Vala: escavação longa e estreita para escoamento de água ou obras,
Sumidouro: ralo,lugar onde a água é escoada,
Arco – abóbada: parte superior de cobertura de vão, em semicircunferência,
Arcada: sucessão de arcos,
Frontão: arremate superior de janelas e portas, acabamento de parede,
Cornija: conjunto de molduras de arremate superior às obras de arquitetura,
Divisória: tapume, biombos, que separam compartimentos de uma construção,
Meia-parede: parede que não veda totalmente o ambiente, divisória,
Meio-nível: piso construído a meia-altura, que aproveita um pé-direito duplo,
Oitão: parede lateral de uma construção situada na linha de limite do terreno,
Muro de arrimo: muro usado na contenção de terra, pedras de encostas,
Parede solteira: aquela que não alcança o forro,
Alambrado: cerca feita com fios de arame entrelaçados, simétricos e de formatos geométricos, que delimitam o terreno ou determinada área,
Tapume: vedação provisória feita de tábuas e que separa a obra,
Cerca viva: arbustos plantados em forma de muro,
Tabique: parede divisória delgada entre dois ambientes, feita de tábuas, tijolos ou taipa,
Revestimento: designação genérica dos materiais aplicados para o acabamento,
Cantoneiras: peça em forma de L que arremata quinas,
Capitel: parte superior esculpida de uma coluna,
Fuste: parte intermediária de uma coluna,entre a base e o capitel,
Fissura: trinca superficial no concreto ou madeira,
Ressalto: qualquer saliência na fachada da construção,
Rodapé: faixa de proteção ao longo das paredes, junto ao piso,
Rufo: chapa metálica dobrada, que se encontra nos telhados e paredes,
Taipa: sistema de construção que usa barro molhado para paredes,
Abertura: rasgo na construção.
VEDAÇÃO DE PORTAS E JANELAS
Porta: abertura nas paredes até o nível do pavimento,
Umbral: entrada – parte superior das portas,
Cortina metálica de enrolar: grades ou lâminas na horizontal, de movimentação vertical,
Porta-balcão: aquela de duas folhas,
Postigo: pequena fresta ou portinhola na folha da porta, que permite a passagem de objetos, ou entrada de luz e ar,
Janela: abertura destinada a iluminar e ventilar,
Janela basculante: placas que giram em torno de eixos horizontais,
Janela de correr: aquela em que os caixilhos se movimentam horizontalmente,
Janela guilhotina: aquelas em que os caixilhos se movimentam verticalmente,
Janela máximo-ar: semelhante à basculante, feita de uma só peça,
Janela escotilha: de pequenas dimensões e arredondadas, semelhantes às dos navios,
Janela pivotante: se abre girando verticalmente,
Seteira: janela estreita e comprida,
Bay window: janela de trës faces que avançamalém da parede que a sustenta,
Vitral: painel artístico executado com segmentos vítreos coloridos e rejuntado com chumbo,
Soleira: parte inferior do vão da porta, no solo,
Peitoril: base inferior das janelas que se projeta além da parede e funciona como parapeito,
Parapeito: peitoril, proteção a altura do peito, sem grades ou balaústres,
Folha: parte da porta ou janela que faz o fechamento do vão,
Batente: rebaixo onde a folha da porta ou janela se encaixa ao fechar. Compõem o batente: o marco coiceira (onde são instaladas as dobradiças) e o marco testeira (onde é instalada a testa da fechadura, de encaixe da lingüeta),
Montante: moldura de folhas de portas e janelas, peça vertical que nos caixilhos divide as folhas. À semelhança do batente, é composto por: montante coiceira e montante testeira,
Veneziana: tipo de esquadria que permite ventilação, formada por palhetas,
Basculante: sistema onde as peças giram em torno de um eixo, abrindo vãos,
Caixilho: parte da esquadria que sustenta e guarnece os vidros,
Rosácea: caixilho grande, circular e ornado, que assemelha-se a uma rosa,
Verga: peça colocada horizontalmente no vão superior de portas e janelas,
Bandeira: caixilho fixo ou móvel, envidraçado, situado na parte superior de portas e janelas,
Guarnição: mata junta – régua ou sarrafo que cobre a junção da parede e batente,
Esquadria: caixilho usado numa obra (portas e janelas),
Aglomerado: placa prensada de serragem compactada, fechada com lâminas,
Mexicana: tipo de folha de porta composta pelo encaixe de montantes macho e fêmea,
Almofadada: tipo de folha de porta, geralmente maciça, que apresenta ressaltos de formatos geométricos distribuídos simetricamente.
TELHADOS
Água de telhado: cada uma das superfícies inclinadas da cobertura,
Meia-água: telhado com único plano inclinado,
Água-furtada: ângulo formado por águas de telhado, por onde escorre as águas pluviais,
Cúpula: parte superior da construção,
Cumeeira: espigão, parte mais alta do telhado e de junção das águas,
Beiral: prolongamento do telhado além das paredes externas,
Desvão: espaço deixado entre as telhas e o forro,
Forro: material que reveste o teto,
Saia-e-blusa: forro de madeira com tábuas alternadamente sobrepostas,
Mão francesa: elemento estrutural inclinado, escora apoiada à parede,
Tesoura: armação de madeira triangular, em telhados que cobrem grandes vãos,
Terça: viga de madeira que sustenta os caibros do telhado. Peça paralela à cumeeira e frechal,
Frechal: viga assentada sobre o topo da parede e serve de apoio à tesoura,
Longarina: viga de sustentação,
Tirante: viga horizontal que nas tesouras está sujeita aos esforços de tração,
Platibanda: moldura contínua de proteção ou camuflagem do telhado,
Arquitrave: viga de sustentação com suas extremidades apoiadas em colunas,
Caibro: peça de madeira que sustenta ripas do telhado,
Sarrafo: ripa de madeira com largura entre 05 e 20 centímetros,
Ripa: peça de madeira em que se apóiam as telhas,
Sapé: tipo de vegetal que quando seca é usada para cobertura,
Clarabóia: abertura no teto fechada por caixilho, para iluminar o interior,
Alçapão: portinhola no piso ou no forro, que dá acesso a porão ou sótão,
Domo: peça utilizada na cobertura para iluminar e ventilar o interior, normalmente dotada de acabamento em material sintético,
Calha: canal, duto, que recebe águas pluviais e conduz a dutos,
Toldo: cobertura de lona ou similar, colocado junto à portas e janelas,
Telhas: peça usada para cobrir construções,
Shingle: telha em folha plana, geralmente em materiais industrializados (manta asfáltica).
ACESSÓRIOS
Corrimão: apoio para as mãos, colocado ao longo de escadas,
Assoalho: piso de madeira de tábuas corridas,
Deck: plataforma feita com tábuas para circundar piscinas ou espelhos d’água,
Floreira: recipiente para plantas, usada junto a janelas, sacadas, alpendres,
Gradil: armação de ferro em forma de grades para proteção ou vedação de uma abertura,
Guarda-corpo: grade ou balaústre de proteção em balcões, sacadas, escadas e varandas,
Balaústre: pequena coluna ou pilar que, alinhada lado a lado, sustenta corrimão ou similar,
Cisterna: poço de água potável,
Conduite – eletroduto: tubo flexível que conduz fiação elétrica,
Disjuntor: dispositivo destinado a desligar automaticamente um circuito elétrico (sobrecarga),
Quadro de distribuição: caixa que distribui a eletricidade, com chaves, disjuntores e fusíveis,
Arandela: todo e qualquer aparelho de iluminação apoiado em paredes,
Gambiarra: instalação provisória, fora das especificações técnicas,
Soquete: receptáculo, com rosca interna, onde se encaixa a lâmpada,
Dormente: madeira para assentar trilhos de ferrovia, também em escadas e peitoril,
Coifa: cobertura de metal que suga fumaça e gordura dos fogões,
Caixa de gordura: caixa de inspeção de água servida, instalada normalmente nos quintais de residências,
Duto: tubo que conduz (líquidos, fios, ar),
Cano: tubo que conduz água ou esgoto,
Sanca: moldura geralmente de gesso, no encontro do teto com as paredes,
Ofurô: banheira arredondada de madeira,
Alto-relevo: saliëncia criada e definida numa superfície plana,
Aplique: ornamento, enfeite fixado em paredes ou muros,
Bisotê: adorno por desbaste em vidros, deixando o contorno em ângulo mais baixo,
Mosaico: trabalho executado com caquinhos engastados em base de argamassa,
Maquete: reprodução tridimensional, em miniatura, de um projeto arquitetônico,
Demão: cada camada de tinta aplicada,
Desterro: ato de retirar terra de um local,
Fossa: cavidade que recebe os dejetos de uma construção ou esgoto,
Grelha: grade de ferro que protege bueiros e ralos,
Vergalhão: barra de ferro comprida e estrutural em construções,
Andaime: plataforma usada para alcançar pavimentos superiores das construções,
Canteiro de obras: local onde se armazena e se realizam os serviços auxiliares de uma construção,
Climatizado: ambiente cuja temperatura é controlada artificialmente,
Vidro aramado: aquele que tem uma trama de arame em seu interior,
Vidro temperado: que sofre tratamento (aquecimento/esfriamento rápidos) para resistir à impactos,
Tutor: armação que serve de guia para o crescimento de arbusto em paisagismo,
Treliça: armação formada pelo cruzamento de ripas de madeira,
Sifão: pe;a de hidráulica que retém porção de água para isolamento,
Escora: peça que serve de arrimo a um elemento construtivo,
Ferragem: peças metálicas para portas, janelas e portões,
Fechadura: peça que por meio de lingüeta, maçanetas e chaves, efetua o fechamento, trancamento e abertura de folhas de portas,
Tranca: barra de ferro ou madeira que trava horizontalmente a folha de portas ou janelas, pelo lado interno,
Trinco: pequena tranca, que se aciona por meio de chave, aldrava ou cordão,
Cadeado: fechadura portátil, móvel, que se introduz por meio de alça em duas argolas ou similares fixos à peça que se quer unir ou fechar,
Aldrava: tranqueta de metal com que se fecha a folha da porta, com dispositivo que permite abrir ou fechar pelo lado externo. Argola ou maça de metal com que se bate à porta, chamando a atenção de quem está dentro do imóvel,
Tramela ou taramela: peça de madeira que gira ao redor de um eixo (prego), para fechar folhas de portas ou janelas,
Cremona: ferragem com que se trancam folhas de portas e janelas, composta de duas hastes engranzadas em uma cremalheira, movida por maçaneta,
Chave para fechadura: peça destinada a acionar ou destravar mecanismos de fechadura. È formada, basicamente, pela empunhadura (revestida ou não) e o palhetão. Os tipos mais comuns de chave são: as do tipo GORJA, quando o palhetão é tubular, contendo apenas um dente ou ressalto na extremidade, sendo muito utilizada para fechaduras internas. O outro tipo é denominado YALE, quando o palhetão possui um encadeamento de ressaltos

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