Geomorfo Aula 09

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INTEMPERISMO 
INTEMPERISMO: Conjunto de processos 
físico-químicos que resultam na 
decomposição e desintegração das rochas 
in situ. 
Não envolve transporte de massa. 
Rocha => Regolito => Sedimentos. 
Fatores que controlam o intemperismo: 
- Resistência da rocha 
- Clima (Temperatura e umidade) 
- Declividade e relevo 
- Tipo e densidade da cobertura vegetal 
 
Tipos de Intemperismo 
FÍSICO (ou MECÂNICO): 
Decomposição e desintegração das rochas 
devido a variações de temperatura. 
 
Não afeta a composição química das 
rochas. 
 
*Exfoliação: resultado da expansão-
contração térmica e/ou alívio de pressão 
quando as rochas são soerguidas e 
expostas. 
*Frost wedging 
*Salt wedging 
 
 
A exfoliação de rochas plutônicas 
gera formas de relevo dômicas 
(ex: pão-de-açúcar) 
Wedging: fraturamento da rocha devido à 
expansão de gelo (frost) ou sal (salt) infiltrados 
em fissuras na rocha. 
Intemperismo alveolar (honeycomb): forma de 
salt wedging comum em granitos, arenitos e 
calcários de ambientes costeiros e semi-áridos. 
Intemperismo mecânico de origem biológica 
Intemperismo mecânico de origem biológica 
QUÍMICO: 
Alteração na composição dos elementos 
constituintes da rocha. 
 
Rochas sedimentares são mais suscetíveis 
(dissolução do cimento). 
 
Ao contrário do físico, não produz linhas de 
fratura retas. 
 
*Carbonatação (chuva ácida) 
*Hidratação (H2O + minerais) 
*Oxidação (reação de minerais com o O2) 
*Hidrólise (decomposição de minerais) 
 
Carbonatação (dissolução de rochas por ácido carbônico) 
=> Origina o relevo cárstico 
=> Mais eficiente em climas frios (maior solubilidade do CaCO3) 
Hidratação (gretas de contração) 
Oxidação (laterização) 
Hidrólise (decomposição de certos minerais) 
Tors (formas esculpidas pelo intemperismo em granitos) 
Fatores que controlam o intemperismo: 
- Área superficial: mais fraturas = maior superfície. 
 
- Composição: certos minerais são mais resistentes ao 
 intemperismo do que outros (ex: quartzo > calcita). 
 
- Clima: as taxas de intemperismo são maiores em 
 climas quentes e úmidos. 
 
- Vegetação: áreas com vegetação mais desenvolvida 
 apresentam maiores taxas de intemperismo. 
PERDA DE MASSA 
Processo de movimentação do solo, 
regolito, sedimentos e rochas nas encostas, 
principalmente pela ação da gravidade, mas 
também facilitado pela presença de água. 
Ocorrem quando a gravidade supera a 
resistência, coesão e fricção interna (= força 
de cisalhamento) do material. 
Formam depósitos denominados aluvios e 
colúvios. 
Podem ser lentos (áreas muito secas ou 
vegetadas) ou muito rápidos. 
Processos de Perda de Massa: 
Rastejamento – processo lento, resultante da combinação 
de movimentos do solo em pequena escala, formando 
pequenos terraços. Resulta de ciclos de congelamento-
degelo (soliflucção) ou aquecimento-resfriamento. 
Deslizamento – escorregamento translacional de um 
grande volume de material, causado por sobrecarga. 
Slump – escorregamento rotacional de material coeso, o 
longo de uma superfície recurvada. 
Queda – movimento gravitacional de rochas, facilitado por 
planos de fraqueza na rocha ou regolito. 
Fluxo – movimento de solo ou regolito, similar ao de um 
fluido, resultante da saturação em água. 
Encosta íngreme, 
saturada de água 
Rastejamento 
Slump (escorregamento) 
Fluxo 
Queda 
Fragmentos 
de rocha 
Fluxo Deslizamento 
Fluxo (mudflow) 
Fluxo (mudflow) 
Fluxo (lahar) 
Rastejamento 
1 a 3 mm/ano em clima temperado, 10 
mm/ano em regiões tropicais. 
Deslizamento translacional 
Deslizamento rotacional (slump) 
Translacional Rotacional 
Queda 
Queda (avalanche) 
EVOLUÇÃO DAS VERTENTES 
Os processos de perda de massa e erosão 
influenciam a paisagem através da 
modelagem das vertentes. 
As formas das vertentes refletem os 
processos dominantes de intemperismo, 
transporte e deposição. 
Os processos atuantes e cobertura vegetal 
das vertentes sao fortemente controlados 
pelo clima. 
Classificação das vertentes 
Modelo de quatro 
unidades (Wood, 
1942) 
Classificação das vertentes 
Modelo de nove 
unidades (Dalrymple, 
1968) 
Retilínea Convexa Côncava 
Vertentes convexas 
Vertentes côncavas 
Vertentes côncavas 
(leques aluviais) 
Ângulo Descrição 
0° plana 
0° a 30' levemente inclinada 
2° a 5° pouco inclinada 
5° a 15° fortemente inclinada 
15° a 25° acentuada 
25° a 35° muito acentuada 
35° a 55° precipício 
mais de 55° vertical 
Inclinação das vertentes 
Paralela: seção reta 
 
Divergente: crista, 
interflúvio 
 
Convergente: vale, 
depressão ou 
reentrância 
Classificação das vertentes vistas em plano: 
Em climas úmidos, com solos espessos e 
vegetados, predominam processos de 
rastejamento, que produzem relevos 
suavizados => encostas convexas. 
MODELOS DE RECUO DAS VERTENTES 
Nestas condições climáticas, a erosão é 
mais rápida na parte superior das encostas 
mais acentuadas e mais lentas nas vertentes 
mais baixas (pode ocorrer deposição no 
sopé) => Aplainamento. 
Declínio (Davis): 
MODELOS DE RECUO DAS VERTENTES 
O ângulo e comprimento da vertente 
permanece constante, enquanto a vertente 
recua paralela a si própria à medida que 
sofre perda de massa (encostas retilíneas) 
=> Pediplanamento. 
Recuo Paralelo (Penck): 
Taxa de Acumulação < Taxa de Erosão 
Em climas áridos, dominados pela perda de 
massa, a forma das vertentes é controlada 
pelas taxas de acumulação e erosão. 
MODELOS DE RECUO DAS VERTENTES 
A vertente de ângulo acentuado vai sendo 
substituída por outra mais suave, à medida 
que sua parte superior recua paralelamente 
e o material removido acumula no sopé => 
encostas côncavas. 
Substituição da Vertente (King): 
Taxa de Acumulação > Taxa de Erosão 
RELEVOS TABULARES 
- Vinculados à estrutura da rocha, são caracterizados por 
 camadas sedimentares horizontais. 
 
- Ocorrem no interior das bacias sedimentares. 
 
- O topo pode ser consequência da pediplanação => 
 correspondência entre a superfície de erosão e a 
 disposição dos estratos. 
Gênese dos Relevos Tabulares 
- Relacionada uma fase climática úmida, responsável pela 
 organização do sistema hidrográfico sobre um 
 pediplano em ascensão por esforços epirogenéticos 
Clima seco => evolução vertical do relevo 
Clima úmido => evolução horizontal do relevo 
Chapada: monte ou 
serra com topo plano. 
 
Chapadão: sucessão 
de chapadas. 
 
Tabuleiro: planalto 
pouco elevado, em 
geral arenoso e com 
vegetação rasteira. 
RELEVOS CUESTIFORMES 
- Diferem dos relevos tabulares por apresentarem 
 camadas inclinadas. 
 
- Ocorrem na borda das bacias sedimentares, 
 mergulhando em direção ao centro da bacia. 
 
- Morfologia específica de áreas de contato entre rochas 
 cristalinas e sedimentares.