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Iniciado em segunda, 12 Dez 2016, 22:49 Estado Finalizada Concluída em segunda, 12 Dez 2016, 23:48 Tempo empregado 59 minutos 36 segundos Notas 6,00/10,00 Avaliar 18,00 de um máximo de 30,00(60%) Questão 1 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão A prefeitura de um determinado município e uma empresa promotora de eventos assinaram um contrato, em 15/10/X1, para a organização das festividades comemorativas do aniversário da emancipação municipal. As festividades aconteceriam de 12 a 14 de janeiro de X2, contudo em 10 de janeiro de X2, fortes chuvas caíram sobre toda a região do município, levando ao transbordamento de rios, inundações de áreas urbanas e rurais e à decretação do estado de calamidade pública pelo prefeito. Consequentemente, as festividades relativas ao aniversário da emancipação municipal foram canceladas e o contrato com a empresa promotora do evento foi rescindido unilateralmente pela prefeitura. A empresa solicitou ressarcimento por despesas incorridas e prejuízos sofridos. Por isso, você, como fiscal do contrato, foi chamado a opinar. Avalie essa situação e marque a alternativa correta. a. A empresa não tem direito a nenhum ressarcimento, devido à decretação do estado de calamidade pública no município. A alternativa está errada. De acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 8.666/93, a empresa contratada tem direito de ser ressarcida prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização. b. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. c. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, e ao custo de desmobilização, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. d. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos por ela incorridos, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. e. A empresa tem direito ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos que ela regularmente comprovados que houver sofrido, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. Feedback Ocorrendo a rescisão unilateral do contrato por parte da Administração, sem que haja culpa por parte da contratada, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 8.666/93, a contratada tem direito ao ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização. Gabarito: A empresa tem direito ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos que ela regularmente comprovados que houver sofrido, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. A alternativa está correta. De acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 8.666/93, a empresa contratada tem direito ao ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização. Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão João é um experiente contador e auditor de determinado município que foi designado como fiscal de um contrato firmado com uma construtora local para a realização de obras de pavimentação de ruas da cidade. Qual das alternativas a seguir melhor representa o atendimento da obrigatoriedade de designação de um fiscal para acompanhar os contratos administrativos? a. João não deveria ter sido designado fiscal de um contrato de obras, pois a sua formação de contador o impede de exercer essa atividade, ainda que não existissem engenheiros nos quadros da prefeitura. b. João, aproveitando conhecimentos e experiência de contador e auditor, confere individualmente os serviços indicados como realizados nos boletins de medição, e os compara com aqueles que constam da planilha que integrou a proposta vencedora da licitação. c. Na hipótese de João contar com o auxílio de engenheiro contratado para as verificações de campo quanto ao que estava sendo executado, cabe a esse profissional todas as atividades de fiscalização quanto aos aspectos técnicos, restando para João apenas referendar os documentos elaborados e os encaminhar para as instâncias superiores. d. Na hipótese de os boletins de medição terem sido elaborados com o acompanhamento do engenheiro contratado para auxiliar João, , ele deve checar in loco, e por amostragem, alguns serviços realizados, conferindo todos os dados dos boletins com a planilha do contrato. Essa é a resposta correta. Como João não é engenheiro, e conta com o auxílio desse profissional, as verificações da correta execução dos serviços, em qualidade e quantidades contratadas, devem ser realizadas pelo engenheiro, cabendo a ele (João), como fiscal do contrato, criar procedimento de checagem das informações prestadas pela empresa e pelo engenheiro auxiliar, de modo a assegurar a correta fiscalização do contrato. e. Apesar de João não ser engenheiro, a sua experiência de contador e auditor fez com que adotasse procedimentos corretos quanto à fiscalização, pois ele confere os serviços indicados como realizados com os serviços constantes da planilha da proposta vencedora da licitação, o que lhe garante que o contrato está sendo cumprido à risca. Feedback A Lei 8.666/1993, especificamente o Capítulo III da Lei 8.666/1993 (que vai do art. 54 ao art. 80), traz as disposições legais acerca dos contratos administrativos, regulando a sua formalização, alterações, forma de execução, e consequências de inexecuções. Nesse contexto, o art. 67 da referida Lei traz comando expresso quanto à obrigatoriedade de a Administração designar um servidor para acompanhar e fiscalizar a execução dos contratos administrativos: Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. Essa designação deve recair sobre servidor com condições de executar o acompanhamento e a fiscalização com efetividade, de modo a cumprir com os objetivos do comando legal. Nesse sentido, além do conhecimento sobre o objeto da contratação a ser fiscalizado, deve possuir um perfil psicológico adequado à atividade, pois ele irá constantemente interagir com o contratado (através do preposto da empresa) e, em muitas situações, deverá ser rigoroso nas exigências quanto ao cumprimento das obrigações assumidas e consignadas no contrato.Preferencialmente, e quando possível, a fiscalização deve ser executada por servidor do setor solicitante do objeto. Na impossibilidade técnica ou material de contar exclusivamente com servidores do quadro de pessoal do órgão contratante, a Lei faculta a contratação de terceiros para auxiliar o fiscal do contrato nessa tarefa (parte final do caput do art. 67 da Lei 8.666/1993). Desse modo, a fiscalização deve se dar de tal modo que garanta para a Administração a segurança quanto à execução do contrato na forma acordada, evitando-se pagamentos por serviços não realizados ou realizados em descordo com o pretendido. A fiscalização deficiente, sem observar os procedimentos necessários para a efetiva verificaçãoda conformidade do que se está executando com o que fora contratado, além de prejuízos para a Administração pode levar à responsabilização de gestores e fiscais de contratos, especialmente quanto à atestos de serviços não realizados: Instrua os fiscais de contrato quanto à forma de verificar e medir a execução de serviços e o recebimento de bens, observando os preceitos dos arts. 73 e 76 da Lei 8.666/1993, alertando-os para a responsabilidade pessoal pelos "atestos" emitidos. Acórdão 1488/2009 Plenário. Por fim, observar que a fiscalização, ainda que feita de forma efetiva, de acordo com o que prescreve a Lei, não desobriga a empresa contratada de responder por danos causados à Administração ou a terceiros como consequência da execução defeituosa do contrato. É o que dispõe o art. 70 da Lei de Licitações: Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado. Gabarito: Na hipótese de os boletins de medição terem sido elaborados com o acompanhamento do engenheiro contratado para auxiliar João, , ele deve checar in loco, e por amostragem, alguns serviços realizados, conferindo todos os dados dos boletins com a planilha do contrato. Essa é a resposta correta. Como João não é engenheiro, e conta com o auxílio desse profissional, as verificações da correta execução dos serviços, em qualidade e quantidades contratadas, devem ser realizadas pelo engenheiro, cabendo a ele (João), como fiscal do contrato, criar procedimento de checagem das informações prestadas pela empresa e pelo engenheiro auxiliar, de modo a assegurar a correta fiscalização do contrato. Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão O novo fiscal de contratos da prefeitura resolveu fazer um "batimento" entre todas as compras e serviços em execução na prefeitura e os correspondentes contratos arquivados no seu setor, quando verificou que não existia termo de contrato formalizado para uma compra recente de equipamento, no valor de R$ 79.900,00, com prazo de entrega imediato e necessidade de assistência técnica. Indica a conclusão tecnicamente correta que fiscal poderia chegar sobre o fato descrito? a. A Prefeitura deve formalizar termo de contrato com o fornecedor, uma vez que a compra prevê a necessidade de assistência técnica. Este item está correto. O art. 62, § 4º da Lei 8.666/93, estabelece a obrigatoriedade do termo de contrato nas compras, independente de seu valor, quando resultem obrigações de assistência técnica. b. Não há necessidade de firmar termo de contrato, em função do valor da compra de R$ 79.900,00. c. Não há necessidade de contrato, pois a entrega do bem é imediata. d. A Prefeitura deve formalizar o contrato, em função do valor do bem. e. A Prefeitura deve firmar contrato em razão unicamente da previsão de entrega imediata. Feedback O art. 62 da Lei nº 8.666/93 prevê que o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas últimas modalidades de licitação (a Lei 10.520/2002 também obriga o uso do contrato das compras feitas pela modalidade Pregão), e facultativo nos demais casos em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. O parágrafo 4º do art. 62 da Lei nº 8.666/93 estabelece a excepcionalidade de que é dispensável o "termo de contrato", independente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. As compras para entrega imediata são entendidas como aquelas com prazo de entrega até trinta dias depois da data prevista para apresentação da proposta (art. 40, § 4º da Lei nº 8.666/93). O Tribunal de Contas da União também já expressou seu entendimento quanto ao assunto: A Administração é obrigada a firmar contrato nas compras de qualquer valor das quais resultem obrigações futuras, por exemplo: entrega futura ou parcelada do objeto e assistência técnica (Acórdão TCU 2.720/2011 - 1ª Câmara). Gabarito: A Prefeitura deve formalizar termo de contrato com o fornecedor, uma vez que a compra prevê a necessidade de assistência técnica. Este item está correto. O art. 62, § 4º da Lei 8.666/93, estabelece a obrigatoriedade do termo de contrato nas compras, independente de seu valor, quando resultem obrigações de assistência técnica. Questão 4 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Uma entidade de pesquisa assinou contrato com a Administração Pública para o desenvolvimento de software de gerenciamento de concessão de bolsa de pesquisas, no dia 2 de fevereiro de 2013. O prazo para entrega do produto era de 180 dias, com cláusula prevendo multa de 5% para cada trinta dias corridos de atraso na entrega. A entidade publicou o extrato deste contrato no dia 20 de março de 2013. Em 5 de outubro do mesmo ano, o fiscal do contrato propôs à Administração a aplicação de multa junto à contratada, pois já havia passado 30 dias do prazo da entrega. Em relação à proposta do fiscal para aplicação de multa podemos afirmar: a. Está correta, pois passaram-se mais de 30 dias do prazo pactuado para a entrega . b. Está correta, pois já passou do prazo de entrega do produto contratado, previsto para 16 de setembro. c. Que não se aplica, pois o prazo de inicio da contagem era dois de fevereiro, portanto estava dentro do prazo pactuado. d. Que não se aplica, pois os primeiros trinta dias serão completados em 16 de outubro. e. Que é válida, sendo a multa proporcional aos dias, contados a partir de 1 de agosto. Item errado. Primeiro de agosto completa 180 dias da data da assinatura e não a data da publicação. A contagem do prazo começa em 20 de março, portanto o prazo é 16 de setembro (180 dias após a publicação). Feedback Prazo de duração ou prazo de vigência é o período em que os contratos firmados produzem direitos e obrigações para as partes contratantes. A clausula sobre vigência é obrigatória para todo contrato, que só terá validade e eficácia após assinado pelas partes contratantes e publicado o respectivo extrato na imprensa oficial. Assim, a publicação resumida dos respectivos extratos na imprensa oficial, qualquer que seja o valor envolvido, ainda que se trate de contrato sem ônus, constitui condição indispensável para eficácia do contrato e aditamentos. Logo, os prazos contratuais são contados a partir da data da publicação e não da data da assinatura. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. Gabarito: Que não se aplica, pois os primeiros trinta dias serão completados em 16 de outubro. Item correto. Muito embora o prazo pactuado já tenha expirado em 16 de outubro de 2013, tendo como base a data de publicação do contrato, ainda não completou um mês, prazo previsto para aplicação da penalidade. Nada impede, no entanto, que a administração alerte ao contratado do atraso na entrega do produto. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. Questão 5 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão A Lei nº 8.666/93 em seu artigo 71, caput, estabelece que a responsabilidade pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato é do contratado. No entanto, na hipótese de inadimplementodos direitos trabalhistas dos empregados das empresas prestadoras de serviços terceirizados, o Tribunal Superior do Trabalho já estabeleceu entendimento no sentido de responsabilizar o tomador de serviços - no caso, a Administração Pública. De acordo com os mandamentos da Lei e da Jurisprudência apresentados no material didático, marque a alternativa que NÃO corresponde ao correto tratamento das questões relacionadas à contratação de serviços da Amnistração. a. A contratação de serviços caracterizados como atividade-meio se submete às regras e aos princípios do Direito Administrativo. No entanto, há casos em que se vincula também o contrato ao Direito do Trabalho. b. A Administração Pública não poderá realizar licitação para a contratação de fornecimento ou locação de mão-de-obra. c. A Administração Pública não poderá contratar atividades que façam parte da atividade-fim do órgão ou que sejam inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos, salvo determinados casos. d. De acordo com os dispositivos legais vigentes, a Administração Pública pode contratar, por meio de empresa, a prestação dos serviços e não diretamente a mão-de- obra. Os serviços caracterizados como atividade-meio e que podem ser contratados são: conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática, copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios e equipamentos. No âmbito da Administração Federal, a contratação desses serviços é regulada especificamente pelas seguintes bases legais e normativas: Lei 8.666/93; Decreto-Lei nº 200/67 (art. 10, § 7); Decreto nº 2.271/97 (art. 1º); IN/SLTI/MP nº 02/08 e suas alterações (art. 6º ao 13º) e IN/SLTI/MP nº 04/08. Além da Súmula 331 – TST e, apesar de não se constituirem em norma, devem ser considerados também os entendimentos constantes das deliberações do TCU. e. De acordo com o entendimento do STF, via de regra, ocorrerá a transferência da reponsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas à Administração Pública, por inadimplência da empresa. Feedback O fiscal deve, necessária e obrigatoriamente, adotar mecanismos próprios que o ajudem no acompanhamento da execução dos serviços que envolvam mão-de-obra, estabelecendo formas de controle da execução dos serviços e, principalmente, não permitir, admitir, possibilitar ou dar causa a atos que ensejem a caracterização de vínculo empregatício dos empregados com a Administração Pública. A questão trabalhista na terceirização reveste-se de primordial importância, pois a maior parte das decisões judiciais na matéria têm atribuído culpa à Administração pelo inadimplemento das obrigações legais devidas pelas empresas aos trabalhadores. Gabarito: De acordo com o entendimento do STF, via de regra, ocorrerá a transferência da reponsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas à Administração Pública, por inadimplência da empresa. Esse não é o entendimento do STF. Ao decidir sobre a questão, a maioria dos ministros se pronunciou pela constitucionalidade do artigo 71 da Lei 8666/93 e seu parágrafo único e houve consenso no sentido de que o TST não poderá generalizar os casos e terá de investigar com mais rigor se a inadimplência tem como causa principal a falha ou falta de fiscalização pelo órgão público contratante. Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão O Secretário de Administração solicitou à Procuradoria do Município a elaboração de minuta de contrato para pregão, que seria realizado com o objetivo de adquirir computadores com entrega parcelada. Escolha, dentre as alternativas abaixo, aquela que melhor definirá o procedimento técnico a ser adotado pela Procuradoria. a. A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato em que foram utilizadas cláusulas leoninas, conhecidas também como exorbitantes, de acordo com a Lei de Licitações. b. A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato com algumas normas da Lei nº 8.666/93, mas a maioria regida pelo Direito Privado. c. A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato regida integralmente pelo Direito Privado d. A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato regido primordialmente pela Lei 8.666/93 e aplicação subsidiária das normas do Direito Privado. Este item está correto! A prefeitura firmará com o particular um Contrato Administrativo comum para realização de obras públicas, prestação de serviço e fornecimento, que é regido primordialmente pela Lei 8.666/93 e aplicação subsidiária das normas do Direito Privado. O Contrato Administrativo tem como característica a Cláusula Exorbitante, que decorre do princípio da supremacia do interesse público, dando várias prerrogativas à Administração, como por exemplo, a possibilidade de alteração unilateral do contrato, a rescisão unilateral, a fiscalização e a possibilidade de aplicação de penalidades por inexecução. e. A Procuradoria do Município emitiu parecer dispensando o termo de contrato. Feedback O contrato Administrativo tem como característica as Cláusulas Exorbitantes, que não deve ser confundida com leoninas ou abusivas. A Administração Pública pode firmar contrato: - Administrativo - regido primordialmente pela Lei nº 8.666/83; - Semipúblico - regido por algumas normas da Lei nº 8.666/93 (arts. 55 e 58 a 61); - Privado - regido integralmente por normas de Direito Privado. Gabarito: A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato regido primordialmente pela Lei 8.666/93 e aplicação subsidiária das normas do Direito Privado. Este item está correto! A prefeitura firmará com o particular um Contrato Administrativo comum para realização de obras públicas, prestação de serviço e fornecimento, que é regido primordialmente pela Lei 8.666/93 e aplicação subsidiária das normas do Direito Privado. O Contrato Administrativo tem como característica a Cláusula Exorbitante, que decorre do princípio da supremacia do interesse público, dando várias prerrogativas à Administração, como por exemplo, a possibilidade de alteração unilateral do contrato, a rescisão unilateral, a fiscalização e a possibilidade de aplicação de penalidades por inexecução. Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Em contrato firmado com a Administração, e por exigência do edital da licitação que o antecedeu, e atendendo ao previsto na Lei 8.666/1993 quanto às cláusulas essenciais, o contratado prestou a garantia exigida, no valor de R$ 100.000,00, em dinheiro, depositado conforme orientação do órgão contratante. Como estava precisando fazer caixa em sua empresa, o contratado substituiu a garantia prestada na modalidade "caução em dinheiro" pela "caução em títulos da dívida pública", utilizando-se da prerrogativa de escolha da modalidade de garantia dada pelo § 1º do art. 56 da Lei de Licitações. Acerca do procedimento adotado pelo contratado, indique a opção correta. a. O procedimento foi errado, pois uma vez prestada a garantia, na modalidade determinada pela Administração, não poderá haver substituição. b. O procedimento foi correto, pois cabe ao contratado escolher a modalidade de garantia de execução do contrato. c. O procedimento foi errado, pois não cabe ao contratado, unilateralmente, substituir a garantia prestada, somente por acordo com a Administração. Essa é a resposta correta. A possibilidade de substituição da garantia de execução de contrato prestada é prevista na Lei 8.666/1993, desde que seja conveniente para a Administração e ocorra por acordo entre as partes, conforme previsto no art. 65, inciso II, aliena 'a', da Lei de Licitações.d. O procedimento foi correto, pois a caução em dinheiro e a caução em títulos da dívida pública tem a mesma natureza (capitulados no inciso I, do art. 56, da Lei 8.666/1993), razão pela qual podem ser substituídos sem a oposição da Administração. e. O procedimento foi errado, pois o motivo apresentado pela empresa não caracteriza conveniência para a Administração e por reduzir a liquidez da garantia inicialmente prestada. Feedback A prestação de garantia está prevista na Lei de Licitações em dois momentos: quando da formulação das propostas (garantia de proposta) e quando da contratação (garantia de execução). A garantia de proposta integra a documentação relativa à qualificação econômico- financeira do licitante (art. 31, inciso III, da Lei 8.666/1993). Observar que o § 2º do mesmo art. 31 condiciona a apresentação de garantia alternativamente a outras exigências de comprovação da qualificação econômico- financeira, quais sejam: comprovação de capital ou patrimônio líquido mínimos. Assim, como requisito de habilitação econômico-financeira não se pode exigir garantia juntamente com capital mínimo ou patrimônio mínimo como condição de qualificação. O TCU tem o entendimento firmado acerca dessa impossibilidade, materializado em diversos acórdãos. Cite-se como exemplo os acórdãos 0701/2007-Plenário, 6795/2012- 1ª Câmara e 1842/2013-Plenário. Além disso, a inserção de exigência de garantia de participação deve ser vista com cautela, pois pode representar uma limitação à competitividade do certame, além de poder atentar contra a economicidade do certame, considerando que impõe aos licitantes o ônus de contratar uma garantia, ônus este que certamente será transferido para as propostas. Assim, a exigência deve se justificar quando o objeto da licitação, seja pelo porte, seja pela complexidade e materialidade, assim o exigir para dar maior segurança à Administração quanto à capacidade dos licitantes em ofertarem propostas que possam cumprir. Quanto à garantia de execução do contrato, ela está prevista no inciso VI do art. 55 e art. 56, ambos da Lei 8.666/1993, e tem como objetivo assegurar a efetiva execução do contrato e ressarcir à Administração dos prejuízos decorrentes do inadimplemento das obrigações avençadas pelo particular. Enquanto a garantia de participação está limitada a 1% do valor estimado da contratação, a garantia de execução está limitada a 5% do valor do contrato. Neste último caso, é importante que no edital haja a previsão do prazo para que o contratado apresente o documento de garantia ou a sua efetiva prestação, quando em dinheiro. É importante para o fiscal de contratos ficar atento quando das alterações contratuais que importem em majoração do valor da avença de modo a compatibilizar os novos valores às garantias inicialmente prestadas, sob pena de ter parcelas do contrato sem garantia de execução, importando em descumprimento contratual e de previsões editalícias. Gabarito: O procedimento foi errado, pois não cabe ao contratado, unilateralmente, substituir a garantia prestada, somente por acordo com a Administração. Essa é a resposta correta. A possibilidade de substituição da garantia de execução de contrato prestada é prevista na Lei 8.666/1993, desde que seja conveniente para a Administração e ocorra por acordo entre as partes, conforme previsto no art. 65, inciso II, aliena 'a', da Lei de Licitações. Questão 8 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Em um contrato de fornecimento de bens, antes da primeira entrega, e com fundamento no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993, foi feito um pedido pelo setor requisitante, de elaboração de termo aditivo alterando as quantidades dos produtos licitados, conforme detalhamento da tabela a seguir: Item Produto Contrato Aditivo Contrato com aditivo 1 Papel para impressão 35.000,00 9.000,00 44.000,00 2 Caneta 1.200,00 -200,00 1.000,00 3 Pasta classificadora 1.800,00 -600,00 1.200,00 4 DVD 10.000,00 1.000,00 11.000,00 5 Cartucho p/ HP 5020 12.000,00 -2.000,00 10.000,00 6 Tonner p/ HP 1102 40.000,00 12.000,00 52.000,00 Valor Total 100.000,00 19.200,00 119.200,00 Como fiscal do contrato, você deve verificar a pertinência e conformidade legal da alteração proposta, opinando quanto à possibilidade ou não da alteração pretendida. a. A alteração é possível, pois as alterações consensuais são de livre pactuação em um contrato. Essa resposta está errada. A alteração do exemplo é unilateral (imposta pela Administração). Além disso, mesmo nas alterações consensuais, há limites quantitativos, conforme § 2º do art. 65, da Lei 8.666/1993. b. A alteração não é possível, pois acréscimos ou decréscimos de quantitativos só são possíveis em contratos de obras. c. A alteração é possível, pois o valor total do contrato variou dentro dos limites do mencionado artigo. d. A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido na Lei e. A alteração é possível, pois as mudanças quantitativas promovidas antes da primeira entrega não configuram alteração contratual, desde que não se altere o objeto do contrato. Feedback Observar que, ao contrário de um contrato de obras- que, por sua vez, é composto por diversos outros serviços ou insumos e cuja consequência é a impossibilidade de separá- los sem comprometer a execução da obra como um todo, em um contrato para fornecimento de bens, cada item licitado, adjudicado e contratado é independente e autônomo, devendo ser analisado em separado para fins de verificação do cumprimento dos limites impostos pelos §§ 1º e 2º, do art. 65, da Lei 8.666/1993. Veja que a própria licitação pode contemplar cada item para licitantes diferentes, havendo, no caso, um contrato para cada adjudicado. No exemplo, os itens 1, 3 e 6 estão acima do limite estabelecido, qual seja, de 25% para acréscimos e supressões. Ressalte-se que o item 3 poderia ser alterado desde que fosse resultante de acordo entre os contratantes, conforme previsto no inciso I, do § 2º, do mencionado art. 65. A tabela abaixo mostra as variações da proposta de alteração, para cada item do contrato: Item Produto Contrato Aditivo Contrato com aditivo Variação 1 Papel para impressão 35.000,00 9.000,00 44.000,00 25,7% 2 Caneta 1.200,00 - 200,00 1.000,00 17,0% 3 Pasta classificadora 1.800,00 - 600,00 1.200,00 - 33,3% 4 DVD 10.000,00 1.000,00 11.000,00 10,0% 5 Cartucho p/ HP 5020 12.000,00 - 2.000,00 10.000,00 16,7% 6 Tonner p/ HP 1102 40.000,00 12.000,00 52.000,00 30,0% Valor Total 100.000,00 19.200,00 119.200,00Gabarito: A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido na Lei Essa é a resposta correta. As alterações de quantitativos na aquisição de bens devem ser feitas observando os limites para cada item, como se fossem contratações autônomas. Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão A Administração Pública necessita de instrumentos para viabilizar a consecução de seus objetivos e interesses, para tanto há a necessidade de realizar obras, adquirir bens ou produtos e contratar serviços. Para realizar essas contratações a Administração Pública deve seguir o correto procedimento para aquisição. Esse procedimento tem a seguinte ordem cronológica: Planejamento, Licitação e Contratação. Sobre a fase de Planejamento é INCORRETO afirmar que: a. O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública Federal e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos. O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 6º do Decreto Lei nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública deve obedecer ao princípio fundamental do Planejamento. b. Desde a fase de planejamento devem ser avaliados os critérios de eficácia, eficiência, efetividade e economicidade. c. O planejamento é fundamental para a melhoria da gestão pública. d. O Tribunal de Contas da União já manifestou-se sobre a importância da realização do planejamento estratégico institucional e o planejamento de TI. e. A falta de planejamento poderá acarretar a responsabilização do agente público que descumpriu tal incumbência. Feedback Além de um princípio fundamental previsto no decreto nº 200/67, o planejamento é umas das fases mais importantes de uma contratação, pois é nesta fase em que se deve analisar o que será feito, quando, como, onde, por quanto e porque. O bom planejamento evita uma série de problemas futuros na contratação e possibilita a correta fiscalização da entrega de bens ou prestação de serviços, além de prevenir a má utilização dos recursos públicos. Gabarito: O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública Federal e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos. O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 6º do Decreto Lei nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública deve obedecer ao princípio fundamental do Planejamento. Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Marcar questão Texto da questão Apesar da Lei 8.666/1993 aludir apenas ao fiscal de contratos, o gestor de contratos é figura importante na verificação da conformidade da execução de um contrato, nos termos pactuados. Além deles, o ordenador de despesas do órgão também participa de algumas etapas importantes ao longo da execução de um contrato. De acordo com o que foi estudado, qual das alternativas a seguir não seria de competência do fiscal de contrato? a. Anotação em registro próprio das ocorrências havidas na execução do contrato. b. Aplicar as penalidades por descumprimentos das obrigações contratuais. Essa é a resposta correta. A aplicação de penalidades ao contratado extrapola a competência do fiscal de contrato, que deve, no entanto, subsidiar tempestivamente de informações a autoridade competente, quando entender que a ocorrência é passível de penalidade. c. Realizar as medições dos serviços executados previamente ao atesto das respectivas notas fiscais d. Determinar a regularização de faltas ou defeitos na execução do contrato. e. Informar a ocorrência aos superiores quando alguma providência extrapolar a sua competência de agir Feedback O fiscal de contrato é o representante da administração que está na linha de frente da execução de contratos administrativos, razão pela qual possui uma importância capital para o sucesso das contratações públicas. Para isso, é importante que as designações de servidores para a atividade sejam baseadas na competência técnica (conforme o objeto do contrato a ser fiscalizado), como também nas características de personalidade, tais como: iniciativa, pró-atividade, firmeza de propósito e conduta funcional adequada, pois a atividade de fiscalização deve se dar de forma efetiva e sem embaraços para as partes. Por exemplo, um fiscal que tenha a timidez como uma característica forte em sua personalidade, pode encontrar dificuldades para se relacionar com o preposto da empresa, prejudicando a atividade de fiscalização. Ou outro que não tenha uma conduta funcional adequada, adotando comportamentos excessivamente permissivos ou informais, pode deteriorar a relação entre as partes envolvidas, criando dificuldades quando da necessidade de exigir correções ou aplicar penalidades. Vale a pena dar uma olhada na Portaria TCU 297/2012, que dispõe sobre a fiscalização de contratos de prestação de serviços de natureza continuada, pois tem importantes conceituações e procedimentos que podem ser aplicadas a diversos contratos. É importante também verificar a recente alteração da IN SLTI/MPOG 02/2008 promovida pela edição da IN SLTI/MPOG 06, de 23 de dezembro de 2013, que impacta bastante as atividades de fiscalização dos contratos administrativos no âmbito do Sistema de Serviços Gerais (Sisg) no âmbito da União. Gabarito: Aplicar as penalidades por descumprimentos das obrigações contratuais. Essa é a resposta correta. A aplicação de penalidades ao contratado extrapola a competência do fiscal de contrato, que deve, no entanto, subsidiar tempestivamente de informações a autoridade competente, quando entender que a ocorrência é passível de penalidade.
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