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Avaliacao final Gestao e Fiscal de Contratos

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Iniciado em segunda, 12 Dez 2016, 22:49 
Estado Finalizada 
Concluída em segunda, 12 Dez 2016, 23:48 
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empregado 
59 minutos 36 segundos 
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Questão 1 
Incorreto 
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Texto da questão 
A prefeitura de um determinado município e uma empresa promotora de eventos 
assinaram um contrato, em 15/10/X1, para a organização das festividades 
comemorativas do aniversário da emancipação municipal. As festividades aconteceriam 
de 12 a 14 de janeiro de X2, contudo em 10 de janeiro de X2, fortes chuvas caíram 
sobre toda a região do município, levando ao transbordamento de rios, inundações de 
áreas urbanas e rurais e à decretação do estado de calamidade pública pelo prefeito. 
Consequentemente, as festividades relativas ao aniversário da emancipação municipal 
foram canceladas e o contrato com a empresa promotora do evento foi rescindido 
unilateralmente pela prefeitura. A empresa solicitou ressarcimento por despesas 
incorridas e prejuízos sofridos. Por isso, você, como fiscal do contrato, foi chamado a 
opinar. 
Avalie essa situação e marque a alternativa correta. 
 
a. A empresa não tem direito a nenhum ressarcimento, devido à decretação do estado de 
calamidade pública no município. 
A alternativa está errada. De acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 8.666/93, 
a empresa contratada tem direito de ser ressarcida prejuízos regularmente comprovados 
que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da 
rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização. 
b. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a 
data da rescisão, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. 
c. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a 
data da rescisão, e ao custo de desmobilização, pela ocorrência de uma situação de caso 
fortuito. 
d. A empresa tem direito apenas ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a 
data da rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos por ela incorridos, pela 
ocorrência de uma situação de caso fortuito. 
e. A empresa tem direito ao pagamento das despesas que tiver incorrido até a data da 
rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos que ela regularmente comprovados 
que houver sofrido, pela ocorrência de uma situação de caso fortuito. 
Feedback 
Ocorrendo a rescisão unilateral do contrato por parte da Administração, sem que haja 
culpa por parte da contratada, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 
8.666/93, a contratada tem direito ao ressarcimento dos prejuízos regularmente 
comprovados que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela execução do contrato 
até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização. 
Gabarito: A empresa tem direito ao pagamento das despesas que tiver incorrido 
até a data da rescisão, ao custo de desmobilização e aos prejuízos que ela 
regularmente comprovados que houver sofrido, pela ocorrência de uma situação 
de caso fortuito. 
A alternativa está correta. De acordo com o parágrafo 2º do artigo 79 da Lei nº 
8.666/93, a empresa contratada tem direito ao ressarcimento dos prejuízos 
regularmente comprovados que houver sofrido, aos pagamentos devidos pela 
execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da 
desmobilização. 
Questão 2 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
João é um experiente contador e auditor de determinado município que foi designado 
como fiscal de um contrato firmado com uma construtora local para a realização de 
obras de pavimentação de ruas da cidade. 
Qual das alternativas a seguir melhor representa o atendimento da obrigatoriedade de 
designação de um fiscal para acompanhar os contratos administrativos? 
 
a. João não deveria ter sido designado fiscal de um contrato de obras, pois a sua 
formação de contador o impede de exercer essa atividade, ainda que não existissem 
engenheiros nos quadros da prefeitura. 
b. João, aproveitando conhecimentos e experiência de contador e auditor, confere 
individualmente os serviços indicados como realizados nos boletins de medição, e os 
compara com aqueles que constam da planilha que integrou a proposta vencedora da 
licitação. 
c. Na hipótese de João contar com o auxílio de engenheiro contratado para as 
verificações de campo quanto ao que estava sendo executado, cabe a esse profissional 
todas as atividades de fiscalização quanto aos aspectos técnicos, restando para João 
apenas referendar os documentos elaborados e os encaminhar para as instâncias 
superiores. 
d. Na hipótese de os boletins de medição terem sido elaborados com o 
acompanhamento do engenheiro contratado para auxiliar João, , ele deve checar in loco, 
e por amostragem, alguns serviços realizados, conferindo todos os dados dos boletins 
com a planilha do contrato. 
Essa é a resposta correta. Como João não é engenheiro, e conta com o auxílio desse 
profissional, as verificações da correta execução dos serviços, em qualidade e 
quantidades contratadas, devem ser realizadas pelo engenheiro, cabendo a ele (João), 
como fiscal do contrato, criar procedimento de checagem das informações prestadas 
pela empresa e pelo engenheiro auxiliar, de modo a assegurar a correta fiscalização do 
contrato. 
e. Apesar de João não ser engenheiro, a sua experiência de contador e auditor fez com 
que adotasse procedimentos corretos quanto à fiscalização, pois ele confere os serviços 
indicados como realizados com os serviços constantes da planilha da proposta 
vencedora da licitação, o que lhe garante que o contrato está sendo cumprido à risca. 
Feedback 
A Lei 8.666/1993, especificamente o Capítulo III da Lei 8.666/1993 (que vai do art. 54 
ao art. 80), traz as disposições legais acerca dos contratos administrativos, regulando a 
sua formalização, alterações, forma de execução, e consequências de inexecuções. 
Nesse contexto, o art. 67 da referida Lei traz comando expresso quanto à 
obrigatoriedade de a Administração designar um servidor para acompanhar e fiscalizar a 
execução dos contratos administrativos: 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um 
representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de 
terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. 
Essa designação deve recair sobre servidor com condições de executar o 
acompanhamento e a fiscalização com efetividade, de modo a cumprir com os objetivos 
do comando legal. Nesse sentido, além do conhecimento sobre o objeto da contratação a 
ser fiscalizado, deve possuir um perfil psicológico adequado à atividade, pois ele irá 
constantemente interagir com o contratado (através do preposto da empresa) e, em 
muitas situações, deverá ser rigoroso nas exigências quanto ao cumprimento das 
obrigações assumidas e consignadas no contrato.Preferencialmente, e quando possível, a 
fiscalização deve ser executada por servidor do setor solicitante do objeto. 
Na impossibilidade técnica ou material de contar exclusivamente com servidores do 
quadro de pessoal do órgão contratante, a Lei faculta a contratação de terceiros para 
auxiliar o fiscal do contrato nessa tarefa (parte final do caput do art. 67 da Lei 
8.666/1993). 
Desse modo, a fiscalização deve se dar de tal modo que garanta para a Administração a 
segurança quanto à execução do contrato na forma acordada, evitando-se pagamentos 
por serviços não realizados ou realizados em descordo com o pretendido. 
A fiscalização deficiente, sem observar os procedimentos necessários para a efetiva 
verificaçãoda conformidade do que se está executando com o que fora contratado, além 
de prejuízos para a Administração pode levar à responsabilização de gestores e fiscais 
de contratos, especialmente quanto à atestos de serviços não realizados: 
Instrua os fiscais de contrato quanto à forma de verificar e medir a execução de serviços 
e o recebimento de bens, observando os preceitos dos arts. 73 e 76 da Lei 8.666/1993, 
alertando-os para a responsabilidade pessoal pelos "atestos" emitidos. Acórdão 
1488/2009 Plenário. 
Por fim, observar que a fiscalização, ainda que feita de forma efetiva, de acordo com o 
que prescreve a Lei, não desobriga a empresa contratada de responder por danos 
causados à Administração ou a terceiros como consequência da execução defeituosa do 
contrato. É o que dispõe o art. 70 da Lei de Licitações: 
Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração 
ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo 
ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão 
interessado. 
Gabarito: Na hipótese de os boletins de medição terem sido elaborados com o 
acompanhamento do engenheiro contratado para auxiliar João, , ele deve checar in 
loco, e por amostragem, alguns serviços realizados, conferindo todos os dados dos 
boletins com a planilha do contrato. 
Essa é a resposta correta. Como João não é engenheiro, e conta com o auxílio desse 
profissional, as verificações da correta execução dos serviços, em qualidade e 
quantidades contratadas, devem ser realizadas pelo engenheiro, cabendo a ele 
(João), como fiscal do contrato, criar procedimento de checagem das informações 
prestadas pela empresa e pelo engenheiro auxiliar, de modo a assegurar a correta 
fiscalização do contrato. 
Questão 3 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
O novo fiscal de contratos da prefeitura resolveu fazer um "batimento" entre todas as 
compras e serviços em execução na prefeitura e os correspondentes contratos 
arquivados no seu setor, quando verificou que não existia termo de contrato formalizado 
para uma compra recente de equipamento, no valor de R$ 79.900,00, com prazo de 
entrega imediato e necessidade de assistência técnica. 
Indica a conclusão tecnicamente correta que fiscal poderia chegar sobre o fato descrito? 
 
a. A Prefeitura deve formalizar termo de contrato com o fornecedor, uma vez que a 
compra prevê a necessidade de assistência técnica. 
Este item está correto. O art. 62, § 4º da Lei 8.666/93, estabelece a obrigatoriedade do 
termo de contrato nas compras, independente de seu valor, quando resultem obrigações 
de assistência técnica. 
b. Não há necessidade de firmar termo de contrato, em função do valor da compra de 
R$ 79.900,00. 
c. Não há necessidade de contrato, pois a entrega do bem é imediata. 
d. A Prefeitura deve formalizar o contrato, em função do valor do bem. 
e. A Prefeitura deve firmar contrato em razão unicamente da previsão de entrega 
imediata. 
Feedback 
O art. 62 da Lei nº 8.666/93 prevê que o instrumento de contrato é obrigatório nos casos 
de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades 
cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas últimas modalidades de 
licitação (a Lei 10.520/2002 também obriga o uso do contrato das compras feitas pela 
modalidade Pregão), e facultativo nos demais casos em que a Administração puder 
substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho 
de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. 
O parágrafo 4º do art. 62 da Lei nº 8.666/93 estabelece a excepcionalidade de que é 
dispensável o "termo de contrato", independente de seu valor, nos casos de compra com 
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações 
futuras, inclusive assistência técnica. 
As compras para entrega imediata são entendidas como aquelas com prazo de entrega 
até trinta dias depois da data prevista para apresentação da proposta (art. 40, § 4º da Lei 
nº 8.666/93). 
O Tribunal de Contas da União também já expressou seu entendimento quanto ao 
assunto: 
A Administração é obrigada a firmar contrato nas compras de qualquer valor das quais 
resultem obrigações futuras, por exemplo: entrega futura ou parcelada do objeto e 
assistência técnica (Acórdão TCU 2.720/2011 - 1ª Câmara). 
Gabarito: A Prefeitura deve formalizar termo de contrato com o fornecedor, uma 
vez que a compra prevê a necessidade de assistência técnica. 
Este item está correto. O art. 62, § 4º da Lei 8.666/93, estabelece a obrigatoriedade 
do termo de contrato nas compras, independente de seu valor, quando resultem 
obrigações de assistência técnica. 
Questão 4 
Incorreto 
Atingiu 0,00 de 1,00 
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Texto da questão 
Uma entidade de pesquisa assinou contrato com a Administração Pública para o 
desenvolvimento de software de gerenciamento de concessão de bolsa de pesquisas, no 
dia 2 de fevereiro de 2013. O prazo para entrega do produto era de 180 dias, com 
cláusula prevendo multa de 5% para cada trinta dias corridos de atraso na entrega. A 
entidade publicou o extrato deste contrato no dia 20 de março de 2013. Em 5 de outubro 
do mesmo ano, o fiscal do contrato propôs à Administração a aplicação de multa junto à 
contratada, pois já havia passado 30 dias do prazo da entrega. 
Em relação à proposta do fiscal para aplicação de multa podemos afirmar: 
 
a. Está correta, pois passaram-se mais de 30 dias do prazo pactuado para a entrega . 
b. Está correta, pois já passou do prazo de entrega do produto contratado, previsto para 
16 de setembro. 
c. Que não se aplica, pois o prazo de inicio da contagem era dois de fevereiro, portanto 
estava dentro do prazo pactuado. 
d. Que não se aplica, pois os primeiros trinta dias serão completados em 16 de outubro. 
e. Que é válida, sendo a multa proporcional aos dias, contados a partir de 1 de 
agosto. 
Item errado. Primeiro de agosto completa 180 dias da data da assinatura e não a data da 
publicação. A contagem do prazo começa em 20 de março, portanto o prazo é 16 de 
setembro (180 dias após a publicação). 
Feedback 
Prazo de duração ou prazo de vigência é o período em que os contratos firmados 
produzem direitos e obrigações para as partes contratantes. A clausula sobre vigência é 
obrigatória para todo contrato, que só terá validade e eficácia após assinado pelas partes 
contratantes e publicado o respectivo extrato na imprensa oficial. Assim, a publicação 
resumida dos respectivos extratos na imprensa oficial, qualquer que seja o valor 
envolvido, ainda que se trate de contrato sem ônus, constitui condição indispensável 
para eficácia do contrato e aditamentos. Logo, os prazos contratuais são contados a 
partir da data da publicação e não da data da assinatura. Ver Acórdão/TCU 400/2010 - 
Plenário. 
Gabarito: Que não se aplica, pois os primeiros trinta dias serão completados em 16 
de outubro. 
Item correto. Muito embora o prazo pactuado já tenha expirado em 16 de outubro 
de 2013, tendo como base a data de publicação do contrato, ainda não completou 
um mês, prazo previsto para aplicação da penalidade. Nada impede, no entanto, 
que a administração alerte ao contratado do atraso na entrega do produto. Ver 
Acórdão/TCU 400/2010 - Plenário. 
Questão 5 
Incorreto 
Atingiu 0,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
A Lei nº 8.666/93 em seu artigo 71, caput, estabelece que a responsabilidade pelos 
encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do 
contrato é do contratado. 
No entanto, na hipótese de inadimplementodos direitos trabalhistas dos empregados das 
empresas prestadoras de serviços terceirizados, o Tribunal Superior do Trabalho já 
estabeleceu entendimento no sentido de responsabilizar o tomador de serviços - no caso, 
a Administração Pública. 
De acordo com os mandamentos da Lei e da Jurisprudência apresentados no material 
didático, marque a alternativa que NÃO corresponde ao correto tratamento das questões 
relacionadas à contratação de serviços da Amnistração. 
 
a. A contratação de serviços caracterizados como atividade-meio se submete às regras e 
aos princípios do Direito Administrativo. No entanto, há casos em que se vincula 
também o contrato ao Direito do Trabalho. 
b. A Administração Pública não poderá realizar licitação para a contratação de 
fornecimento ou locação de mão-de-obra. 
c. A Administração Pública não poderá contratar atividades que façam parte da 
atividade-fim do órgão ou que sejam inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo 
plano de cargos, salvo determinados casos. 
d. De acordo com os dispositivos legais vigentes, a Administração Pública pode 
contratar, por meio de empresa, a prestação dos serviços e não diretamente a mão-de-
obra. Os serviços caracterizados como atividade-meio e que podem ser contratados são: 
conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática, copeiragem, 
recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios e equipamentos. 
No âmbito da Administração Federal, a contratação desses serviços é regulada 
especificamente pelas seguintes bases legais e normativas: Lei 8.666/93; Decreto-Lei nº 
200/67 (art. 10, § 7); Decreto nº 2.271/97 (art. 1º); IN/SLTI/MP nº 02/08 e suas 
alterações (art. 6º ao 13º) e IN/SLTI/MP nº 04/08. Além da Súmula 331 – TST e, apesar 
de não se constituirem em norma, devem ser considerados também os entendimentos 
constantes das deliberações do TCU. 
e. De acordo com o entendimento do STF, via de regra, ocorrerá a transferência da 
reponsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas à Administração Pública, por 
inadimplência da empresa. 
Feedback 
O fiscal deve, necessária e obrigatoriamente, adotar mecanismos próprios que o ajudem 
no acompanhamento da execução dos serviços que envolvam mão-de-obra, 
estabelecendo formas de controle da execução dos serviços e, principalmente, não 
permitir, admitir, possibilitar ou dar causa a atos que ensejem a caracterização de 
vínculo empregatício dos empregados com a Administração Pública. 
A questão trabalhista na terceirização reveste-se de primordial importância, pois a maior 
parte das decisões judiciais na matéria têm atribuído culpa à Administração pelo 
inadimplemento das obrigações legais devidas pelas empresas aos trabalhadores. 
Gabarito: De acordo com o entendimento do STF, via de regra, ocorrerá a 
transferência da reponsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas à 
Administração Pública, por inadimplência da empresa. 
Esse não é o entendimento do STF. Ao decidir sobre a questão, a maioria dos 
ministros se pronunciou pela constitucionalidade do artigo 71 da Lei 8666/93 e seu 
parágrafo único e houve consenso no sentido de que o TST não poderá generalizar 
os casos e terá de investigar com mais rigor se a inadimplência tem como causa 
principal a falha ou falta de fiscalização pelo órgão público contratante. 
Questão 6 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
O Secretário de Administração solicitou à Procuradoria do Município a elaboração de 
minuta de contrato para pregão, que seria realizado com o objetivo de adquirir 
computadores com entrega parcelada. 
Escolha, dentre as alternativas abaixo, aquela que melhor definirá o procedimento 
técnico a ser adotado pela Procuradoria. 
 
a. A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato em que foram utilizadas 
cláusulas leoninas, conhecidas também como exorbitantes, de acordo com a Lei de 
Licitações. 
b. A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato com algumas normas da 
Lei nº 8.666/93, mas a maioria regida pelo Direito Privado. 
c. A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato regida integralmente pelo 
Direito Privado 
d. A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato regido primordialmente 
pela Lei 8.666/93 e aplicação subsidiária das normas do Direito Privado. 
Este item está correto! A prefeitura firmará com o particular um Contrato 
Administrativo comum para realização de obras públicas, prestação de serviço e 
fornecimento, que é regido primordialmente pela Lei 8.666/93 e aplicação subsidiária 
das normas do Direito Privado. O Contrato Administrativo tem como característica a 
Cláusula Exorbitante, que decorre do princípio da supremacia do interesse público, 
dando várias prerrogativas à Administração, como por exemplo, a possibilidade de 
alteração unilateral do contrato, a rescisão unilateral, a fiscalização e a possibilidade de 
aplicação de penalidades por inexecução. 
e. A Procuradoria do Município emitiu parecer dispensando o termo de contrato. 
Feedback 
O contrato Administrativo tem como característica as Cláusulas Exorbitantes, que não 
deve ser confundida com leoninas ou abusivas. 
A Administração Pública pode firmar contrato: 
- Administrativo - regido primordialmente pela Lei nº 8.666/83; 
- Semipúblico - regido por algumas normas da Lei nº 8.666/93 (arts. 55 e 58 a 61); 
- Privado - regido integralmente por normas de Direito Privado. 
Gabarito: A Procuradoria do Município elaborou minuta de contrato regido 
primordialmente pela Lei 8.666/93 e aplicação subsidiária das normas do Direito 
Privado. 
Este item está correto! A prefeitura firmará com o particular um Contrato 
Administrativo comum para realização de obras públicas, prestação de serviço e 
fornecimento, que é regido primordialmente pela Lei 8.666/93 e aplicação 
subsidiária das normas do Direito Privado. O Contrato Administrativo tem como 
característica a Cláusula Exorbitante, que decorre do princípio da supremacia do 
interesse público, dando várias prerrogativas à Administração, como por exemplo, 
a possibilidade de alteração unilateral do contrato, a rescisão unilateral, a 
fiscalização e a possibilidade de aplicação de penalidades por inexecução. 
Questão 7 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
Em contrato firmado com a Administração, e por exigência do edital da licitação que o 
antecedeu, e atendendo ao previsto na Lei 8.666/1993 quanto às cláusulas essenciais, o 
contratado prestou a garantia exigida, no valor de R$ 100.000,00, em dinheiro, 
depositado conforme orientação do órgão contratante. Como estava precisando fazer 
caixa em sua empresa, o contratado substituiu a garantia prestada na modalidade 
"caução em dinheiro" pela "caução em títulos da dívida pública", utilizando-se da 
prerrogativa de escolha da modalidade de garantia dada pelo § 1º do art. 56 da Lei de 
Licitações. 
Acerca do procedimento adotado pelo contratado, indique a opção correta. 
 
a. O procedimento foi errado, pois uma vez prestada a garantia, na modalidade 
determinada pela Administração, não poderá haver substituição. 
b. O procedimento foi correto, pois cabe ao contratado escolher a modalidade de 
garantia de execução do contrato. 
c. O procedimento foi errado, pois não cabe ao contratado, unilateralmente, substituir a 
garantia prestada, somente por acordo com a Administração. 
Essa é a resposta correta. A possibilidade de substituição da garantia de execução de 
contrato prestada é prevista na Lei 8.666/1993, desde que seja conveniente para a 
Administração e ocorra por acordo entre as partes, conforme previsto no art. 65, inciso 
II, aliena 'a', da Lei de Licitações.d. O procedimento foi correto, pois a caução em dinheiro e a caução em títulos da 
dívida pública tem a mesma natureza (capitulados no inciso I, do art. 56, da Lei 
8.666/1993), razão pela qual podem ser substituídos sem a oposição da Administração. 
e. O procedimento foi errado, pois o motivo apresentado pela empresa não caracteriza 
conveniência para a Administração e por reduzir a liquidez da garantia inicialmente 
prestada. 
Feedback 
A prestação de garantia está prevista na Lei de Licitações em dois momentos: quando da 
formulação das propostas (garantia de proposta) e quando da contratação (garantia de 
execução). 
A garantia de proposta integra a documentação relativa à qualificação econômico-
financeira do licitante (art. 31, inciso III, da Lei 8.666/1993). 
Observar que o § 2º do mesmo art. 31 condiciona a apresentação de garantia 
alternativamente a outras exigências de comprovação da qualificação econômico-
financeira, quais sejam: comprovação de capital ou patrimônio líquido mínimos. Assim, 
como requisito de habilitação econômico-financeira não se pode exigir garantia 
juntamente com capital mínimo ou patrimônio mínimo como condição de qualificação. 
O TCU tem o entendimento firmado acerca dessa impossibilidade, materializado em 
diversos acórdãos. Cite-se como exemplo os acórdãos 0701/2007-Plenário, 6795/2012-
1ª Câmara e 1842/2013-Plenário. 
Além disso, a inserção de exigência de garantia de participação deve ser vista com 
cautela, pois pode representar uma limitação à competitividade do certame, além de 
poder atentar contra a economicidade do certame, considerando que impõe aos licitantes 
o ônus de contratar uma garantia, ônus este que certamente será transferido para as 
propostas. Assim, a exigência deve se justificar quando o objeto da licitação, seja pelo 
porte, seja pela complexidade e materialidade, assim o exigir para dar maior segurança à 
Administração quanto à capacidade dos licitantes em ofertarem propostas que possam 
cumprir. 
Quanto à garantia de execução do contrato, ela está prevista no inciso VI do art. 55 e 
art. 56, ambos da Lei 8.666/1993, e tem como objetivo assegurar a efetiva execução do 
contrato e ressarcir à Administração dos prejuízos decorrentes do inadimplemento das 
obrigações avençadas pelo particular. 
Enquanto a garantia de participação está limitada a 1% do valor estimado da 
contratação, a garantia de execução está limitada a 5% do valor do contrato. Neste 
último caso, é importante que no edital haja a previsão do prazo para que o contratado 
apresente o documento de garantia ou a sua efetiva prestação, quando em dinheiro. 
É importante para o fiscal de contratos ficar atento quando das alterações 
contratuais que importem em majoração do valor da avença de modo a 
compatibilizar os novos valores às garantias inicialmente prestadas, sob pena de 
ter parcelas do contrato sem garantia de execução, importando em 
descumprimento contratual e de previsões editalícias. 
 
Gabarito: O procedimento foi errado, pois não cabe ao contratado, 
unilateralmente, substituir a garantia prestada, somente por acordo com a 
Administração. 
Essa é a resposta correta. A possibilidade de substituição da garantia de execução 
de contrato prestada é prevista na Lei 8.666/1993, desde que seja conveniente para 
a Administração e ocorra por acordo entre as partes, conforme previsto no art. 65, 
inciso II, aliena 'a', da Lei de Licitações. 
Questão 8 
Incorreto 
Atingiu 0,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Em um contrato de fornecimento de bens, antes da primeira entrega, e com fundamento 
no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993, foi feito um pedido pelo setor requisitante, de 
elaboração de termo aditivo alterando as quantidades dos produtos licitados, conforme 
detalhamento da tabela a seguir: 
 Item Produto Contrato Aditivo Contrato com 
aditivo 
 1 Papel para impressão 35.000,00 9.000,00 44.000,00 
 2 Caneta 1.200,00 -200,00 1.000,00 
 3 Pasta classificadora 1.800,00 -600,00 1.200,00 
 4 DVD 10.000,00 1.000,00 11.000,00 
 5 Cartucho p/ HP 5020 12.000,00 -2.000,00 10.000,00 
 6 Tonner p/ HP 1102 40.000,00 12.000,00 52.000,00 
 Valor Total 100.000,00 19.200,00 119.200,00 
Como fiscal do contrato, você deve verificar a pertinência e conformidade legal da 
alteração proposta, opinando quanto à possibilidade ou não da alteração pretendida. 
 
 
a. A alteração é possível, pois as alterações consensuais são de livre pactuação em um 
contrato. 
Essa resposta está errada. A alteração do exemplo é unilateral (imposta pela 
Administração). Além disso, mesmo nas alterações consensuais, há limites 
quantitativos, conforme § 2º do art. 65, da Lei 8.666/1993. 
b. A alteração não é possível, pois acréscimos ou decréscimos de quantitativos só são 
possíveis em contratos de obras. 
c. A alteração é possível, pois o valor total do contrato variou dentro dos limites do 
mencionado artigo. 
d. A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido 
na Lei 
e. A alteração é possível, pois as mudanças quantitativas promovidas antes da primeira 
entrega não configuram alteração contratual, desde que não se altere o objeto do 
contrato. 
Feedback 
Observar que, ao contrário de um contrato de obras- que, por sua vez, é composto por 
diversos outros serviços ou insumos e cuja consequência é a impossibilidade de separá-
los sem comprometer a execução da obra como um todo, em um contrato para 
fornecimento de bens, cada item licitado, adjudicado e contratado é independente e 
autônomo, devendo ser analisado em separado para fins de verificação do 
cumprimento dos limites impostos pelos §§ 1º e 2º, do art. 65, da Lei 8.666/1993. Veja 
que a própria licitação pode contemplar cada item para licitantes diferentes, havendo, no 
caso, um contrato para cada adjudicado. 
No exemplo, os itens 1, 3 e 6 estão acima do limite estabelecido, qual seja, de 25% para 
acréscimos e supressões. Ressalte-se que o item 3 poderia ser alterado desde que fosse 
resultante de acordo entre os contratantes, conforme previsto no inciso I, do § 2º, do 
mencionado art. 65. 
A tabela abaixo mostra as variações da proposta de alteração, para cada item do 
contrato: 
 Item Produto Contrato Aditivo Contrato com 
aditivo Variação 
 1 Papel para 
impressão 35.000,00 9.000,00 44.000,00 25,7% 
 2 Caneta 1.200,00 -
200,00 1.000,00 17,0% 
 3 Pasta classificadora 1.800,00 -
600,00 1.200,00 - 33,3% 
 4 DVD 10.000,00 1.000,00 11.000,00 
 10,0% 
 5 Cartucho p/ HP 5020 12.000,00 -
2.000,00 10.000,00 16,7% 
 6 Tonner p/ HP 
1102 40.000,00 12.000,00 52.000,00 30,0% 
 Valor Total 100.000,00 19.200,00 119.200,00Gabarito: A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima 
do permitido na Lei 
Essa é a resposta correta. As alterações de quantitativos na aquisição de bens 
devem ser feitas observando os limites para cada item, como se fossem 
contratações autônomas. 
Questão 9 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
A Administração Pública necessita de instrumentos para viabilizar a consecução de seus 
objetivos e interesses, para tanto há a necessidade de realizar obras, adquirir bens ou 
produtos e contratar serviços. Para realizar essas contratações a Administração Pública 
deve seguir o correto procedimento para aquisição. Esse procedimento tem a seguinte 
ordem cronológica: Planejamento, Licitação e Contratação. 
Sobre a fase de Planejamento é INCORRETO afirmar que: 
 
a. O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública Federal e, 
portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos. 
O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 
6º do Decreto Lei nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública deve 
obedecer ao princípio fundamental do Planejamento. 
b. Desde a fase de planejamento devem ser avaliados os critérios de eficácia, eficiência, 
efetividade e economicidade. 
c. O planejamento é fundamental para a melhoria da gestão pública. 
d. O Tribunal de Contas da União já manifestou-se sobre a importância da realização do 
planejamento estratégico institucional e o planejamento de TI. 
e. A falta de planejamento poderá acarretar a responsabilização do agente público que 
descumpriu tal incumbência. 
Feedback 
Além de um princípio fundamental previsto no decreto nº 200/67, o planejamento é 
umas das fases mais importantes de uma contratação, pois é nesta fase em que se deve 
analisar o que será feito, quando, como, onde, por quanto e porque. 
O bom planejamento evita uma série de problemas futuros na contratação e possibilita a 
correta fiscalização da entrega de bens ou prestação de serviços, além de prevenir a má 
utilização dos recursos públicos. 
Gabarito: O planejamento não é um princípio fundamental da Administração 
Pública Federal e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos. 
O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O 
art. 6º do Decreto Lei nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública 
deve obedecer ao princípio fundamental do Planejamento. 
Questão 10 
Correto 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Apesar da Lei 8.666/1993 aludir apenas ao fiscal de contratos, o gestor de contratos é 
figura importante na verificação da conformidade da execução de um contrato, nos 
termos pactuados. Além deles, o ordenador de despesas do órgão também participa de 
algumas etapas importantes ao longo da execução de um contrato. 
De acordo com o que foi estudado, qual das alternativas a seguir não seria de 
competência do fiscal de contrato? 
 
a. Anotação em registro próprio das ocorrências havidas na execução do contrato. 
b. Aplicar as penalidades por descumprimentos das obrigações contratuais. 
Essa é a resposta correta. A aplicação de penalidades ao contratado extrapola a 
competência do fiscal de contrato, que deve, no entanto, subsidiar tempestivamente de 
informações a autoridade competente, quando entender que a ocorrência é passível de 
penalidade. 
c. Realizar as medições dos serviços executados previamente ao atesto das respectivas 
notas fiscais 
d. Determinar a regularização de faltas ou defeitos na execução do contrato. 
e. Informar a ocorrência aos superiores quando alguma providência extrapolar a sua 
competência de agir 
Feedback 
O fiscal de contrato é o representante da administração que está na linha de frente da 
execução de contratos administrativos, razão pela qual possui uma importância capital 
para o sucesso das contratações públicas. 
Para isso, é importante que as designações de servidores para a atividade sejam 
baseadas na competência técnica (conforme o objeto do contrato a ser fiscalizado), 
como também nas características de personalidade, tais como: iniciativa, pró-atividade, 
firmeza de propósito e conduta funcional adequada, pois a atividade de fiscalização 
deve se dar de forma efetiva e sem embaraços para as partes. Por exemplo, um fiscal 
que tenha a timidez como uma característica forte em sua personalidade, pode encontrar 
dificuldades para se relacionar com o preposto da empresa, prejudicando a atividade de 
fiscalização. Ou outro que não tenha uma conduta funcional adequada, adotando 
comportamentos excessivamente permissivos ou informais, pode deteriorar a relação 
entre as partes envolvidas, criando dificuldades quando da necessidade de exigir 
correções ou aplicar penalidades. 
Vale a pena dar uma olhada na Portaria TCU 297/2012, que dispõe sobre a fiscalização 
de contratos de prestação de serviços de natureza continuada, pois tem importantes 
conceituações e procedimentos que podem ser aplicadas a diversos contratos. 
É importante também verificar a recente alteração da IN SLTI/MPOG 02/2008 
promovida pela edição da IN SLTI/MPOG 06, de 23 de dezembro de 2013, que impacta 
bastante as atividades de fiscalização dos contratos administrativos no âmbito do 
Sistema de Serviços Gerais (Sisg) no âmbito da União. 
Gabarito: Aplicar as penalidades por descumprimentos das obrigações 
contratuais. 
Essa é a resposta correta. A aplicação de penalidades ao contratado extrapola a 
competência do fiscal de contrato, que deve, no entanto, subsidiar tempestivamente 
de informações a autoridade competente, quando entender que a ocorrência é 
passível de penalidade.

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