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RESUMO EMPRESARIAL I AV2

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PRESSUPOSTOS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL: 
DA CAPACIDADE: 
         Segundo o artigo 972 do Código Civil “podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos”. A capacidade abordada é que todo indivíduo possui, após completar 18 anos, tornando – se apto a realizar todos os atos civis, que inclui a prática mercantil. Toda pessoa maior de 18 anos ou emancipado, seja homem ou mulher, nacional ou estrangeira, estando em pleno gozo de suas faculdades mentais, pode exercer a profissão mercantil no Brasil. 
DA MULHER CASADA: 
De acordo com o código civil anterior, a mulher era impossibilitada de constituir atos mercantis em decorrência de ser relativamente incapaz, necessitando de autorização do marido. Tal instituto foi revogado, tornando capaz a mulher de exercer atividade empresarial. 
DA INCAPACIDADE: 
o CC distingue o absolutamente incapaz ( REPRESENTADO ) e o relativamente incapaz ( ASSISTIDO ) , sendo os primeiros os menores de 16 anos e os segundos os maiores de 16 e menores de 18 anos. (Pelo instituto anterior, a maioridade se atingia após completos 21 anos. Para exercer atividade empresarial, era necessária autorização paterna).
* Cessará a incapacidade p/ o menor com mais de 16 anos, adquirindo, portanto, plena capacidade para exercer o comércio, ao se estabelecer com economia própria, mesmo sem autorização paterna (torna – se EMANCIPADO). * Menor, caso seja emancipado poderá exercer o comércio. A prova da sua emancipação deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis.
É vedado o exercício de atividade empresarial para os INCAPAZES (absolutamente / relativamente), exceto os EMANCIPADOS. Não poderão se estabelecer no comércio e nem mesmo o curador poderá fazer em seu nome (não podem criar empresa, dar início a atividade empresarial ainda não exercida).
DA CONTINUAÇÃO DA EMPRESA (ATIVIDADE EMPRESARIAL): 
Poderá o INCAPAZ (absolutamente representado ou relativamente assistido) prosseguir com a atividade empresarial, todavia, tais casos são PRECEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, podendo ser revogado por juiz a qualquer instante.
É vedado ao incapaz exercer administração / gerência da empresa. Conta também com a criação de um patrimônio especial protegido. 
DOS PROIBIDOS: 
Não são incapazes, mas define o ordenamento jurídico como inaptos a exercer atividade empresarial: 
Condenado por crime que cuja pena vede acesso à atividade empresarial (pelo período da condenação ou da medida) 
- senadores E deputados 
- Governadores de Estado
- Funcionários públicos (federais, estaduais, municipais)
- Militares da ativa (violou=crime militar)
- Magistrados (podem ser acionistas ou cotistas)
- corretores E leiloeiros (impedidos de comprar bens de cuja venda estejam encarregados)
- Cônsules 
- Médicos, em farmácias, drogarias ou laboratórios farmacêuticos.
- Devedores do INSS - Podem, entretanto, ser acionista, cotista ou comanditário.
- Caso violem a proibição, sofrerá penalidades administrativas a que a sua falta corresponder, e consequências penais - tornar-se-á passível das sanções da contravenção penal cometida pelo exercício ilegal de profissão  
Falidos, enquanto não reabilitados, não podem comerciar (após a declaração da extinção das obrigações será reabilitado, caso tenha havido crime falimentar, deverá ter a declaração da extinção das obrigações e a reabilitação penal)
- Certos casos, pode o falido prosseguir com seu comércio, desde que o juiz permita.
Estrangeiros residentes no país podem exercer o comércio, nos limites que a lei ordinária determinar
- A sociedade entre marido e mulher, ou entre cônjuge e terceiro, não necessita de outorga conjugal, apenas se eles forem casados no regime de comunhão universal de bens ou separação obrigatória (art. 977, CC); 
- O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
 
CONCEITO DE EMPRESÁRIO 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
DA TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO JURÍDICA 
Expressões sinônimas: Teoria da Superação – Teoria da Penetração – Teoria do Levantamento do Véu Corporativo. 
Desconsideração da Personalidade Jurídica é distinto de Despersonificação: são sociedades que não possuem personalidade jurídica, seja porquê teve personalidade e de alguma forma, a perdeu, ou porquê sequer a adquiriu, sendo assim, para essas sociedades, não será necessário a despersonificação. 
DESPERSONIFICAÇÃO indica ausência de personalidade, seja por que a adquiriu ou porque a perdeu . A finalidade desta teoria é alterar o campo de imputação da responsabilidade patrimonial e pela teoria clássica só atinge os sócios que participam da fraude. 
DESCONSIDERAÇÃO implica em tirar a proteção da personalidade jurídica para atingir pessoalmente os sócios que a integram e, por conseguinte, seu patrimônio pessoal. Somente é possível desconsiderar a personalidade jurídica de quem a têm, afastando – se momentaneamente e para situações pontuais a personalidade jurídica, que será episodicamente ineficaz. Não extingue a personalidade jurídica e só tem efeito no caso concreto e entre as partes do processo onde foi concedida. 
DA TEORIA MAIOR: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
DA TEORIA CLÁSSICA (REGRA GERAL): 
Requisitos para DESCONSIDERAR a personalidade jurídica: 
- Possuir personalidade jurídica
- Provimento judicial precisa ser necessário / útil
- Abuso de personalidade jurídica > Fraude (elemento subjetivo) é o alicerce dessa teoria, é o elemento à mais em relação a teoria menor. 
DA TEORIA MENOR (EXAÇÃO):
Regimes especiais, específicos: CDC / CLT, LEI AMBIENTAL, LEI DE CADE . 
Requisitos para DESCONSIDERAR a personalidade jurídica: 
- Possuir personalidade jurídica
- Provimento judicial precisa ser necessário / útil
- Prejuízo / Inadimplemento (Obrigação insatisfeita) 
DAS DERIVAÇÕES: 
TEORIA INVERSA: Na desconsideração inversa a responsabilidade ocorre no sentido oposto, isto é, os bens da sociedade respondem por atos praticados pelos sócios. Essa Teoria é muito utilizada em Direito de Família e Sucessões. 
TEORIA INDIRETA: é uma pessoa jurídica que está dentro de outra pessoa jurídica. 
TEORIA EXPANSIVA: essa teoria é utilizada quando se consegue provar que foi criada uma outra pessoa jurídica para não pagar os credores. 
OBS: essas 3 variações tanto podem ser utilizadas como fundamento na teoria maior quanto na menor. 
PROCEDIMENTO PARA INCIDENTE: Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidadejurídica.
DAS OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO: 
Os empresários têm certas obrigações que, uma vez não cumpridas, implicam em graves consequências, até mesmo penais. São elas: o registro na Junta Comercial, a escrituração regular de seus negócios e as demonstrações contábeis periódicas. O empresário que não as cumprir é chamado de empresário irregular e sua empresa informal.
O principal ato a ser cumprido tem a atual denominação de “Registro de Empresas Mercantis e Atividades Afins”, e deve ser efetuado pelas sociedades empresárias na Junta Comercial competente da unidade federativa em que se localiza. Já as sociedades simples devem registrar-se no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
DAS SOCIEDADES ENTRE CONJUGES: 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
LEMBRANDO:
 Regime de comunhão universal de bens - Todos os bens atuais e futuros de ambos os cônjuges serão comuns ao casal. 
Regime de comunhão parcial de bens - Todos os bens adquiridos após matrimônio serão comuns ao casal. 
Regime de separação total de bens - Todos os bens atuais e futuros de ambos os cônjuges permanecerão individuais mesmo após matrimônio. 
Regime de participação final nos aquestos - Todos os bens atuais e futuros de ambos os cônjuges permanecerão individuais mesmo após matrimônio. (Semelhante a separação total de bens), porém, se houver a dissolução do casamento (divórcio ou óbito), os bens que foram adquiridos na constância do casamento serão partilhados em comum.
VEDADO CONTRATAR ENTRE SI OU COM TERCEIROS, CONJUGES SOB REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS E DA SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS OBRIGATORIA (MATRIMONIO POR + 60 OU – 18) 
DA TEORIA DE EMPRESA: 
"empresa" pode ser conceituado como a "atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens".
“ Organização dos fatores de produção “: é critério de identificação da empresa. É a forma de organização dos fatores (capital, trabalho, insumos e tecnologia) para o exercício da atividade econômica com finalidade de produção ou circulação de bens / serviços. 
DE RECONHCERCER O ENQUADRAMENTO COMO EMPRESÁRIO OU NÃO: (LEI 123/06) 
Estabelece os critérios para que alguém seja enquadrado em uma das categorias (MEI – MICRO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – ME – MICRO EMPRESA – EPP – EMPRESA DE PEQUENO PORTE), recebendo assim, tratamento jurídico e tributário diferenciado. 
EMPRESÁRIO: 
PESSOA FÍSICA = EMPRESARIO INDIVIDUAL (pessoa física, natural, que exerce individualmente atividade empresaria, já nasce com personalidade jurídica). 
PESSOA JURÍDICA = EIRELI (pessoa jurídica c/ apenas 1 integrante, possui personalidade jurídica se corretamente registrado, quem possui a personalidade é a eireli e não a pessoa natural) 
 SOCIEDADE EMPRESÁRIA (pessoa jurídica com dois ou mais integrantes, possui personalidade jurídica se corretamente registrado) 
NÃO EMPRESÁRIO: 
PESSOA FÍSICA = PROFISSIONAL AUTÔNOMO LIBERAL 
PESSOA JURÍDICA = SOCIEDADE SIMPLES 
DA PERDA DE PERSONALIDADE JURÍDICA: 
O patrimônio da pessoa jurídica não se confunde com os das pessoas físicas que as compõe, através do princípio da autonomia patrimonial, essa separação decorre de sua própria personalidade jurídica. 
Devido a proteção patrimonial que possui a pessoa jurídica, em muitas situações ela utiliza-se desse benefício para se desviar de seus princípios e fins, cometendo fraudes e abusos. 
A desconsideração da personalidade jurídica permite superar a separação entre os bens da empresa e dos seus sócios para efeito de determinar obrigações
“Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.  
DO EMPRESÁRIO CASADO E SEUS BENS RELACIONADOS À ATIVIDADE EMPRESARIAL:
 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

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