Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE BIOMEDICINA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Câncer e Imunotarapia. RIBEIRÃO PRETO NOV 2016 Câncer e Imunoterapia A guerra contra o câncer começou um pouco mais de 40 anos atrás, como um programa de pesquisa nacional para melhorar radicalmente a sobrevivência de pacientes com câncer, a principal causa de morte nos Estados Unidos e no mundo. As principais armas têm sido implantadas cirurgia, radiação, e quimioterapia, que muitas vezes os tratamentos acarretam em riscos e / ou causar efeitos secundários adversos. Embora haja algumas formas de rendimento de câncer a estas terapias, nem todos o fazem e, assim, a mortalidade permanece alta. Para essa lista acrescentam-se agora uma quarta arma, Imunoterapia do câncer. Construída ao longo de décadas, ela começou a demonstrar tais resultados promissores em pacientes com câncer que selecionamos como o avanço do ano de 2013. A escolha de um tema que é clínico na natureza é algo de uma partida para a Ciência. Mas acreditamos que 2013 marca um momento significativo na história do câncer, e os resultados de hoje merecem reconhecimento e celebração, mesmo que as incertezas permanecem. Como mais pessoas agora vivem muito além dos 65 anos, a incidência de câncer está projetada para subir muito nos próximos anos. Assim, a população que pode se beneficiar de Imunoterapia é potencialmente muito grande. Imunoterapia do câncer tem como objetivo aproveitar o próprio sistema imunológico do organismo para combater o câncer. Os sucessos de hoje estão enraizados no início da investigação fundamental no final de 1980 nos laboratórios de James Allison e outros para decifrar os receptores da proteína que coloca freios em células T (ver a notícia na p. 1432). Investigam se a hipótese de que estes receptores podem ser bloqueados, o sistema imune pode atacar as células cancerosas. Pelo menos em princípio, estas terapias de base imunológica oferecem duas vantagens sobre outros medicamentos contra o câncer: Estes tratamentos podem ser aplicados a uma grande variedade de tipos de tumores, e não se espera que os pacientes desenvolvam resistência aos mesmos. A investigação levou ao desenvolvimento de várias terapias de anticorpos, um dos quais está agora no mercado. Enquanto isso, em outra frente, os pesquisadores analisam geneticamente células de engenharia T para atingir células tumorais. Embora dezenas de ensaios clínicos ainda estão em andamento, os resultados são encorajadores: Alguns pacientes com doença metastática em fase terminal que não responderam a outras terapias agressivas estão sobrevivendo por muito mais tempo do que os médicos poderiam prever. Um artigo publicado em julho relatou que entre 52 pessoas com melanoma avançado, os tumores encolheram em 21 dos que receberam uma combinação de dois anticorpos. Descobertas mais recentes apresentadas em reuniões sugerem que a promessa de Imunoterapia está sustentando, ainda há muitas incertezas e os efeitos colaterais de alguns dos tratamentos. Certamente temos um longo caminho a percorrer. Alguns pacientes fazem mais tarde seu progresso no câncer ou morrem com ele. Muitas questões permanecem sobre por que os outros não respondem a Imunoterapia em tudo. No longo prazo, há sempre o risco de que a estratégia vai provar ser decepcionante para qualquer número de razões. As respostas não podem persistir a longo prazo, e os efeitos secundários inesperados podem tornar-se evidente que um maior número de pacientes recebem estes novos tratamentos. Cientistas do laboratório já estão a trabalhar arduamente na concepção de novas formas de fazer essas terapias mais eficazes e seguras, como ilustrado em um artigo publicado na revista Science Translational Medicine, na semana passada. Como Pearl Harbor estava sofrendo com o ataque japonês, de 7 de dezembro de 1941, meu pai saiu do seu primeiro ano em Harvard, renunciado à isenção por um sopro no coração, e se alistou na infantaria EUA. Com cigarros livres em suas rações do governo, começou assim a sua longa relação com o tabaco, que terminou apenas alguns anos antes de sua morte por câncer de pulmão em 2001. Avanços na Imunoterapia do câncer podem ter chegado tarde demais para o meu pai, mas há muitos pacientes com câncer em todo o mundo, cujas vidas poderiam potencialmente ser alargadas à medida que aprendemos mais sobre esta nova abordagem promissora. Como funciona a Imunoterapia do câncer A principal estratégia da imunoterapia no tratamento do câncer é fortalecer o sistema imunológico do paciente 1. DISFARCE Os tumores têm a capacidade de passar despercebidos pelo sistema imunológico por causa de proteínas presentes na célula cancerosa que se ligam às células de defesa. Quando essa ligação acontece, o sistema imunológico não reconhece a célula do câncer como ameaça. 2. ANTICORPOS Com o avanço das pesquisas da imunoterapia, foi possível reconhecer os receptores da célula de defesa que se ligam à célula cancerosa. Dessa forma, foram produzidos anticorpos para impedir esta ligação. 3. MEMÓRIA IMUNOLÓGICA O sistema imunológico suspende este “freio”, que passa atacar a célula do tumor como um corpo estranho no organismo. A memória do sistema imunológico faz com que as células gravem esta informação. Mesmo que o paciente deixe de tomar o medicamento, depois que a doença foi controlada, o sistema passa a reconhecer as células do câncer combatido como uma ameaça, caso o tumor retorne. 01) Quais são os tratamentos convencionais para o tratamento do câncer? Quais as desvantagens destes tratamentos? Os principais tratamentos para o Câncer são Cirurgia, Quimioterapia, Radioterapia, Hormonioterapia e Terapia Alvo. Desvantagens Cirurgia: Em geral, um sintoma comum a todas as cirurgias é a dor do pós-operatório, geralmente na região operada e nas cicatrizes. Outros sintomas podem ser: falta de apetite, dor para caminhar ou fazer esforço, alteração do hábito intestinal, pneumonia, febre, perda de peso, infecção das feridas (quando houver), infecção dos pulmões e trombose nas veias da perna. É mais utilizada quando a doença está num estágio inicial não mostrando total eficácia em casos avançados. Desvantagens Quimioterapia: Queda de cabelo, enjoos, vômitos, aftas, diarreia, perda do apetite, fraqueza, dor no corpo e febre com baixa da imunidade. A longo prazo pode acarretar em infertilidade, problemas cardíacos e até danos ao Sistema Nervoso central e órgãos vitais. Dependendo do quimioterápico usado, alguns desses efeitos podem ser mais fortes do que o outro ou até podem não existir para alguns pacientes. Desvantagens Radioterapia: Se relacionam aos órgãos que estão sendo tratados, uma vez que os efeitos da radiação são locais, ou seja, diferente da quimioterapia, que possui efeitos sistêmicos (corpo todo). De modo geral, a pele irradiada pode ficar avermelhada e coçar ou arder, podendo evoluir para bolhas e descamação. Dependendo da região tratada, podem surgir: dor, náusea, vômito, diarreia, falta de apetite, cansaço, ardência urinária, etc. Desvantagens Hormonioterapia: Como o objetivo da hormonioterapia é eliminar o efeito de determinado hormônio no organismo, a falta deste poderá acarretar o mau funcionamento dos locais do corpo que estão saudáveis. Com isso, podem surgir sintomas adversos pela falta desses hormônios. Os mais comuns são os fogachos (ondas de calor no corpo), impotência sexual, ressecamento vaginal, perda do desejo sexual, alterações dos níveis das gorduras do sangue, ganho de peso e maior risco de entupimento das veias das pernas (trombose). Desvantagens da Terapia Alvo: alterações cutâneas (lesões acneiformes), surgimento de fadiga, hipertensão arterial, alterações na coagulação e cicatrização ou mesmo complicações mais graves como perfuração intestinal ou mesmo insuficiência cardíaca. 02) Porque a imunoterapia do câncer foi considerada o grande avanço do ano de 2013? A pesquisa sobre a imunoterapia vem muito antes de 2013 no ano de 1980 foi onde começou a descoberta cientifica através dos linfócitos T, onde vários ramos se interessaram até mesmo as indústrias farmacêuticas. Mas foi em 2013 que teve a publicação da pesquisa e os resultados, onde os médicos já não tinham duvida sobre os benefícios da imunoterapia, por mas que aja poucos pacientes que utilize esse método a resposta dele é muito significativa por isso que em 2013 ela foi considerada um grande avanço , porque tinha resultados de melhora sem ter efeitos adversos , porém esta pesquisa com o tempo vai se aperfeiçoando para outros tipos de câncer. 03) Qual é o principal objetivo da imunoterapia do câncer? O objetivo da imunoterapia aos tumores é aumentar as respostas imunes ativas contra esses tumores ou administrar efetores imunes tumor- específico aos pacientes. As respostas imunes podem ser aumentadas ativamente pela vacinação com células ou com antígenos tumorais, pela administração de tumores modificados para expressarem altos níveis de co- estimuladores ou de citocinas que estimulem a proliferação e diferenciação das células T e pela administração sistêmica de citocinas. As abordagens para imunoterapia passiva incluem a administração de anticorpos antitumorais, de anticorpos conjugados à drogas toxicas (imunotoxinas), células T, e células NK isoladas do paciente e expandidas em cultura com fatores de crescimento. 04) Quais são as duas vantagens que a imunoterapia pode oferecer em relação aos medicamentos contra o câncer? A imunoterapia possui algumas vantagens, ela permite atingir diferentes tipos de tumores sem que os pacientes desenvolvam uma resistência aos tratamentos. Diferente da quimioterapia, a imunoterapia do câncer permite que o sistema imunológico observe melhor as células cancerosas reconhecendo-as como corpos estranhos e atuando para destruí-las sem agredir muito o organismo do paciente. Outra vantagem é a capacidade de usar técnicas do sistema imunológico, como por exemplo, a memória das células de defesa, para prevenir que a doença volte mesmo depois que o paciente deixar de fazer uso dos medicamentos. REFERÊNCIAS IMUNOTERAPIA traz esperança para tratamento de câncer agressivo: Resultados de testes clínicos para o tratamento de melanoma e câncer de útero foram classificados como 'animadores e impressionantes' pelos cientistas. 13/06/2014. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/saude/imunoterapia-traz-esperanca-para- tratamento-de-cancer-agressivo/>. Acesso em: 19 out. 2016. BEAL BORDIN, Laura. Imunoterapia: a eficiente e cara estratégia de combate ao câncer: A técnica não é nova, mas avanço nas pesquisas diminuíram a toxicidade dos medicamentos que fortalecem o sistema imunológico como forma de combater tumores. Porém, o custo ainda é alto demais para ser acessível. 03/04/2016. Disponível em:<http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e- cidadania/imunoterapia-a-eficiente-e-cara-estrategia-de-combate-ao-cancer- abczo15coa1n6z7uz8q5385fk>. Acesso em: 19 out. 2016. IMUNOTERAPIA anticâncer entre os 10 maiores avanços da Ciência em 2013, segundo a Science. 19/12/2013.Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas- noticias/afp/2013/12/19/imunoterapia-anticancer-entre-os-10-maiores-avancos- da-ciencia-em-2013-segundo-a-science.htm>. Acesso em: 17 out. 2016. TRATAMENTOS do Câncer. 29/08/2013. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamentos/77/50/>.Acesso em: 14 out. 2016. TRATAMENTOS. Disponível em: <https://www.hcancerbarretos.com.br/opcoes- de-tratamento>. Acesso em: 15 out. 2016. Imunologia Celular e Molecular – ABBAS, AK, 2003, Quarta Edição. Páginas 396 à 402. IMUNOTERAPIA. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=104>. Acesso em: 22 out. 2016. QUAL o objetivo da imunoterapia?. 15/09/2015. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/qual-o-objetivo-da-imunoterapia-no- tratamento-do-linfoma-nao-hodgkin/5340/751/>. Acesso em: 24 out. 2016
Compartilhar