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Resenha Caso dos Exploradores

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Exposição dos fatos
No ano de 4299, Roger Whetmore, adentrou com mais quatro exploradores no interior de uma caverna, na qual toda a história se desenvolve até chegar o dia do julgamento. Por azar, esses homens ficam presos, pois ocorre um desmoronamento de terra que impedia a saída dos mesmos daquele local. 
A família notifica o secretário da Sociedade do desaparecimento dos exploradores, e uma equipe é enviada para o local afim de que possam salvá-los.
Foram diversas tentativas para que os integrantes pudessem ser retirados do interior da caverna, visto que, ocorreram novos deslizamentos que dificultaram ainda mais no resgate. Dez operários contratados acabaram falecendo na tentativa de salvar os exploradores.
Descobriram que os exploradores levaram consigo um rádio transistorizado, que seria capaz de enviar e receber mensagens. Sabiam também que esses homens tinham escassos alimentos e que dentro da caverna não havia nenhuma substância animal ou vegetal.
Conseguiram contato com os exploradores através desse rádio, e que os mesmos queriam informações de quanto tempo levaria para serem retirados do interior da caverna. Os engenheiros responderam a eles que necessitavam de aproximadamente dez dias, se caso não ocorresse novos deslizamentos. Pediram então para falar com o médico responsável, afim de que pudesse lhes informar se poderiam ou não sobreviver por mais dez dias sem ter com o que se alimentar. Logicamente que isso seria impossível, e que morreriam de fome em poucos dias, então tentaram restabelecer o contato com os médicos novamente para indagar se poderiam sobreviver por mais dez dias caso se alimentassem de carne humana. Disseram que isso seria possível, então Whetmore fez uma proposta na qual nenhuma autoridade ali presente (religiosos, políticos, e médicos) quis se manifestar se aquilo seria ou não correto. 
Sua proposta era a de lançar um dado que trouxera junto consigo, e quem perdesse seria sacrificado, todos os integrantes acabaram concordando. No entanto, antes que os dados fossem lançados e que a vítima surgisse, Whetmore refletiu melhor sobre a sua proposta, e declarou que desistia e que iria esperar outra semana, afim de que observasse se aquilo seria realmente a melhor solução a ser tomada. Os quatro integrantes os acusaram de violação do acordo, o fizeram cumprir com o que havia prometido e procederam com o lançamento. Um dos integrantes lançou o dado no lugar de Whetmore, que declarou não ter nenhuma objeção a fazer, e pela sua infelicidade ele perde e é assassinado pelos outros exploradores.
Após trinta e dois dias são resgatados, levados para um tratamento em um local adequado, e acusados de homicídio. São encaminhados para o tribunal, afim de que fossem julgados. Foster, Tatting, Keen e Handy são os juízes responsáveis pelo caso, e que argumentam e procuram soluções adequadas sobre o que deve ser feito para resolver essa situação. 
Segundo a lei Penal de Commonwealth: “quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte”, sendo que essa mesma lei não haveria nenhum tipo de exceção ou uma espécie de “piedade” para com as pessoas. Ela deve ser seguida para que a ordem sempre se estabeleça na sociedade. Entretanto, nessa triste história, nos coloca a fazer certas concessões, devido à trágica situação na qual essas pessoas estavam envolvidas.
No julgamento, o porta voz dos jurados (advogado), perguntou ao juiz se os jurados podiam emitir um veredicto especial, deixando assim o juiz declarar conforme os fatos apresentados se os réus eram ou não culpados do assassinato. Depois de diversas discussões, o juiz aceitou o pedido, o júri acolheu a prova dos fatos, e se os exploradores fossem considerados culpados deveriam ser condenados. O juiz de primeira instância decidiu que os réus eram culpados e sentenciou-os à forca. O advogado relatou um veredicto desfavorável aos homens sobreviventes, então os demais membros do júri optaram por oferecer uma petição ao tribunal, na qual substituiria a pena de morte por uma prisão de seis meses. Surge assim um julgamento de segunda instância no tribunal de Newgarth.
Análise dos votos dos juízes
Truepenny (Presidente do Tribunal): Para ele não há elementos na lei que exclua a culpabilidade dos réus, mas em tal circunstância na qual esses exploradores se encontraram e pelo pedido do público, o melhor a ser feito é perdoá-los da pena por parte do Poder Executivo. 
Foster (juiz): Não se aplicaria a esse caso as leis legais, ou seja, as leis vigentes dentro da sociedade, mas sim as leis naturais. Esses homens não se encontravam em um estado de sociedade, agiram dessa forma para garantir a sobrevivência. Seriam absolvidos e não pagariam pelo crime, pois o mesmo não seria configurado, já que foi provado que passaram por uma situação crítica e de legitima defesa. A lei aplicada de forma muito rígida pode causar injustiças, já que essa mesma lei é incapaz de prever toda a relação da humanidade.
Tatting (juiz): Critica os argumentos colocados por Foster, já que não se tem um conhecimento e uma validade dessas leis naturais, que se impostas quebrariam com todo o ordenamento jurídico. Apesar de acusar os exploradores de assassinato, acaba se comovendo emocionalmente com o caso, deixando então de se mencionar por questões morais.
Keen (juiz): Assim como Tatting, ele crítica os argumentos de Foster, já que o seu trabalho dentro da Justiça não é moral, e sim, aplicar a lei vigente e condenar os exploradores. A própria lei diz “quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte”, já que esses homens sabiam o que estavam fazendo e tinha plena consciência de que aquilo seria crime, logo os condena com base na lei. 
Handy (juiz): Como diz o velho ditado: “A voz do povo é a voz de Deus”. Em seus argumentos, ele fala sobre o acordo feito entre os exploradores, onde todos concordaram. Em seguida mostra uma pesquisa feita entre o povo, onde a maioria diz que os réus devem ser absolvidos, já que sofreram demasiadamente. Fortalece com as idéias de que se o júri não fizesse parte da área do Direito, com toda a certeza ele absolvia esses homens. Handy diz que os exploradores são inocentes. 
Como há empate, a decisão que prevalece é a da primeira instância, ou seja, de que os exploradores da caverna são culpados e condenados a morte.
 
Julgamento pessoal
Chegar a uma conclusão exata do que se deve ou não fazer acerca do ocorrido é muito difícil, e nos leva a refletir profundamente antes de tomar qualquer decisão e encontrar argumentos apropriados para expressar e convencer as pessoas do que foi decidido, e de que essa escolha foi a mais conveniente para aquela situação. Acredito que esses exploradores são em partes inocentes, pois eles estavam em plena consciência de que aquilo era errado, de que privar alguém da vida é crime, já que está escrito em lei e que ambos poderiam responder por essa ação judicialmente.
Mas, ninguém além deles passou por essa situação aterrorizante. Provavelmente não saberíamos como agir se essa situação enfrentada por esses homens viesse a ser imposta a nós. Concordo fielmente nas palavras de Foster e de Handy, a justiça é feita pelas pessoas e deve ser por elas modificadas, claro, sempre mantendo a ordem e o desejo da maioria. Como observamos, foi realizado um acordo onde todos aceitaram, e mesmo Whetmore decidindo abandonar o que havia proposto, um acordo é um acordo e ele não se manifestou durante o sorteio dos dados, declarando que não tinha nenhuma objeção a fazer, sendo assim, ele estava consciente do que estava acontecendo e que a qualquer momento poderia matar alguém ou ser a vítima. 
Em primeiro momento, com poucas análises sobre o fato ocorrido, pensei na possibilidade de que poderiam ao invés de fazer um acordo na qual envolvia a morte de um dos integrantes, mutilar partes do próprio corpo afim de que saciasse a fome, mas essa mutilação envolvia materiais inadequados e que poderiam causar graves doenças, já que o local no qual se encontravam provavelmenteestaria cheios de bactérias, assim sendo, diversas infecções afetariam esses homens e os levariam a óbito. Creio que em uma situação crítica como essa, eles não iriam vir a pensar sobre essa possibilidade, tão pouco saciar a fome com alguns pedaços do próprio corpo.
Além de terem cumprido com um acordo proposto por eles mesmos, julgo os réus como inocentes e que agiram diante de um estado de necessidade.

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