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Atributos Normativos

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ATRIBUTOS	NORMATIVOS	
1.	VIGÊNCIA	 1-4	CONCEITO	 1	VIGÊNCIA	DETERMINADA	E	INDETERMINADA	 1	CADUCIDADE	 1		REVOGAÇÃO	(TOTAL	VS.	PARCIAL	E	EXPRESSA	VS.	TÁCITA)	 2	E	3	INCIDÊNCIA	(MEDIATA	VS.	IMEDIATA)	 3	E	4	REPRISTINAÇÃO	 4		
2.	VIGOR	 4-5	CONCEITO	 4	TEMPUS	REGIT	ACTUM	E	SUAS	EXCEÇÕES	 4	E	5	 	
3.	EFICÁCIA	 5-6	CONCEITO	 5	EFETIVIDADE	 5	APLICABILIDADE	 6	LEGITIMIDADE	 6			
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	 1	
1. VIGÊNCIA 
Conceito: é atributo normativo que expressa o tempo de validade das normas 
jurídicas. Em outras palavras, vigência diz respeito ao período de tempo que 
entra em vigor até o momento em que ocorre a sua revogação total ou parcial, 
ou o fenômeno de caducidade. 
Existem normas de vigência determinada (quando estabelecem 
previamente o término da sua validade, exemplo: medida provisória e leis 
orçamentarias anuais), como também normas de vigência indeterminada 
(quando não estabelecem previamente o término da sua validade, exemplo: 
CF de 1988). 
A maioria das normas jurídicas são compostas por vigência indeterminada, 
e em paralelo a tal afirmação, pode-se comparar a tal tipo de vigência a vida 
humana. 
Existem algumas normas - minoria - que são compostas por normas de vigência 
determinada. Estas apresentam um limite temporal. Medidas provisórias são 
exemplos de tais normas, e podem ser conceituadas como atos normativos 
com força de lei elaborados pelo presidente da república e apresentam o 
tempo de vigência de 60 dias. O congresso Nacional pode renovar esse 
prazo, totalizando 120 dias. Após tal período de tempo, o congresso é 
obrigado a converter ou não em lei. Em ambos os casos, ela deixa de 
existir. 
Quando falamos em vigência, necessitamos diferenciar revogação e 
caducidade. 
Entende-se por caducidade, o fenômeno normativo que se manifesta toda 
vez que o prazo de validade de uma norma jurídica de vigência 
determinada se funda. Exemplificando, Após 60 dias, se a medida 
provisória não for renovada, ocorre a caducidade. A medida provisória 
caduca. E em caso de renovação, caducará ainda sim, mas neste caso 
após o total de 120 dias. 
 
 
	
	 2	
Já a revogação trata-se da cessação dos efeitos de uma norma jurídica de 
vigência indeterminada por conta da sua substituição por outra norma 
jurídica, de igual ou superior hierarquia, que trata do mesmo tema de modo 
diverso. Como por exemplo, a Constituição de 88 revogou a Constituição 
Brasileira de 1967. Revogação é substituição. Esse fenômeno é muito 
frequente, uma vez que ao passo que a sociedade muda, as normas 
jurídicas são substituídas por outras que supostamente são mais 
adequadas aos novos tempos, contextos políticos, econômicos, sociais, 
etc. 
[pode haver revogação de normas jurídicas de vigência determinada (não é 
usual - 0,1% dos casos)]. 
 
Ressalta-se que, uma revogação só pode acontecer se a nova norma ter a 
mesma ou superior hierarquia. Pode, por exemplo, uma lei revogar uma 
constituição? Não. Pode um ato administrativo revogar uma lei? Não. Pode uma 
lei revogar outra lei? Sim. 
 
Tipos de Revogação 
 
Quanto à extensão 
a) Revogação total: ocorre quando a nova norma jurídica modifica 
globalmente os preceitos da norma jurídica anterior, como por exemplo, o 
Código Civil de 2002 revogou totalmente o Código Civl de 1916. 
 
b) Revogação parcial: ocorre quando o novo diploma normativo modifica 
apenas alguns dispositivos da norma jurídica anterior. Exemplificando, o 
Código Civil de 2002 revogou parcialmente o Código Comercial de 1850 
(parte primeira relativa as sociedades comerciais). 
 
É mais comum a revogação parcial do que a revogação total. 
 
	
	 3	
Quanto ao modo de realização 
a) Revogação expressa: será expressa a revogação toda vez que a nova 
norma jurídica modificar textualmente a norma jurídica anterior. Como por 
exemplo, o Código Civil de 2002 revogou expressamente o Código Civil de 
1916. 
 
b) Revogação Tácita: a revogação será tácita (não-expressa) toda vez que 
não houver uma menção textual da modificação normativa, decorrendo em 
verdade da incompatibilidade lógica da norma anterior com a norma 
posterior. Quando a nova norma é incompatível com a anterior. Embora a 
nova norma não mencione isso textualmente, ela é tão incompatível que 
entender que as duas convivem é reconhecer uma impropriedade lógica, e 
o sistema jurídico não pode ser incoerente. Citando caso análogo, a 
revogação tácita da antiga Lei de Imprensa (censura da Ditadura Militar) 
pela CF de 88. 
 
É mais comum a revogação tácita do que a revogação expressa. 
 
Ainda há outra importante diferenciação quando estudamos tal tema. Dessa vez, 
necessitamos distinguir os conceitos de vigência (início do estudo) e incidência. 
Incidência é o fenômeno normativo que exprime a relação entre o 
momentos da publicação e o momento de início da vigência. Será imediata 
a incidência quando o início da vigência coincidir com o momento da 
publicação da norma jurídica. Exemplo: A CF de 88 fora publicada em 5 de 
Outubro. No mesmo dia, iniciou-se a sua vigência. Não houve nenhum 
lapso temporal entre o momento que fora publicada e o momento que 
entrara em vigência. Por sua vez, uma norma jurídica terá uma incidência 
mediata toda vez que o início da sua vigência ocorrer após o momento da 
sua publicação. Chama-se o intervalo entre a publicação e o início da 
vigência de vacatio legis (vacância normativa). O Código de Processo Civil 
que está em vigor previu um prazo de vacatio legis de um ano. O vacatio 
	
	 4	
legis serve para que a sociedade se acostume como o novo regramento 
normativo. 
Conforme estabelece o Art. 1º da LINDB, se a lei não dispuser sobre a 
incidência (mediata ou imediata) será ela considerada dotada de uma 
incidência mediata de 45 dias. O prazo vacatio legis será de 45 dias para 
brasileiros no país, e de 3 meses para brasileiros no exterior. Essa diferença 
existe devido a falha de comunicação presente na época que a LINDB fora 
criada. 
 
Ademais, distinguimos repristinação e revogação. 
Repristinação é a restauração dos efeitos jurídicos de uma norma 
revogada pela revogação da norma revogadora. 
Digamos que temos norma A, norma B e norma C. Imaginamos que norma B 
revogue norma A, e posteriormente, norma C revogue norma B. Norma C irá, 
então, restaurar os efeitos da norma A. Norma C repristinou norma A. 
Trata-se de fenômeno normativo pouco usual, pois gera uma atmosfera de 
insegurança jurídica. 
No direito brasileiro, a repristinação das leis e das normas jurídicas em 
geral pode acontecer, desde que seja aceita de modo expresso (art. 2º da 
LINDB), isto é, no exemplo citado norma C necessitará exprimir 
textualmente que norma A voltará a produzir seus efeitos. Se isso não 
ocorrer, não haverá repristinação. Casos análogos são apresentados 
principalmente no Direito Tributário. 
 
2. VIGOR 
Conceito: é a força vinculante da norma jurídica que traduz o principio de que o 
tempo rege o ato (tempus regit actum). 
Enquanto a norma estiver vigente, ela possui uma força vinculante, e consegue 
assim, abraçar todos os fatos que ocorrerem durante a sua vigência. É devido a 
essa relação entre vigor e vigência que muitos autores confundem seus 
conceitos. 
Podemos exemplificar da seguinte maneira: em 2001 é realizada um contrato de 
	
	 5	
compra e venda de um imóvel baseado no Código Civil que estava em vigor na época. 
Os contratantes se desentenderam, e um dos moveu uma ação contra o outro. No ano 
de 2002, é publicado um novo Código Civil, revogando o antigo, e só inicia sua vigência 
1 ano depois. Em 2004, o juiz tem em mãos a ação para decidir o direito de cada qual. 
A pergunta é: o juiz vai examinar o contrato com base na lei antiga ou na nova lei? A 
resposta é na lei antiga. 
Imaginando que o contrato tivesse sido celebradodurante o prazo de vacatio legis do 
Código Civil de 2002, em 2004 o juiz usaria que lei? Já que durante o prazo de 
vacatio legis a lei antiga continua vigente, a resposta é novamente “na lei antiga”. 
Como se vê do exemplo acima, o reconhecimento do vigor de uma norma jurídica 
e de que o tempo rege o ato implica a constatação do principio geral da 
irretroatividade, como decorrência do valor maior da segurança jurídica. Em 
outras palavras, a nova lei não retroage para alcançar o passado. 
exceções: existem situações específicas que autorizam o afastamento da 
sistemática geral do vigor, e consequentemente, possibilita a retroatividade de 
leis e de normas jurídicas para situações do passado. As principais hipóteses são 
encontradas no Direito Penal e do Trabalho. 
No que se refere a lei penal admite-se que a nova lei pode retroagir caso beneficie 
o réu, o denunciado, o investigado, ou mesmo o condenado, dependendo da fase 
que o processo se encontre. Tal afirmativa encontra-se no Artigo 5º da CF. 
Por sua vez, no Direito do Trabalho, admite-se a retroatividade da lei ou da norma 
trabalhista mais favorável ao trabalhador. 
 
3. EFICÁCIA 
Conceito: é um atributo normativo que designa a possibilidade concreta de 
produção dos efeitos jurídicos. 
Existem dois tipos de eficácia: a social (efetividade) e a técnico-jurídica (aplicabilidade). 
Eficácia social ou efetividade consiste na adequação da norma aos fatos sociais, 
a realidade fática, quando os preceitos normativos são observados pelos agentes 
sociais. Citando caso análogo, o artigo 5º da CF e a prisão da parte responsável pelo 
pagamento de pensão alimentícia devido a falta deste. 
A maioria das normas jurídicas brasileiras não são efetivas. 
 
 
	
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Eficácia técnico-jurídica ou aplicabilidade: será aplicada a norma jurídica cuja 
produção dos seus efeitos não dependa da criação de outra norma jurídica. 
Exemplifica-se através do artigo 18 paragráfo 1º da CF de 88. Caso a norma jurídica 
necessite da criação de outra norma jurídica para produzir os seus efeitos, NÃO 
HAVERÁ APLICABILIDADE, como por exemplo, o artigo 153 da CF. 
Norma A depende de norma B para produzir seus efeitos. 
Artigo 153 inciso VII - compete a união instituir imposto sobre grande fortuna nos termos 
de lei complementar. A CF necessita da criação de norma B para instituir imposto sobre 
grande fortuna. Enquanto essa lei complementar não for criada, a CF estará bloqueada. 
 
Legitimidade é um atributo normativo que se verifica toda vez que a norma 
jurídica é considerada justa pela maioria da sociedade em determinado contexto 
histórico e social. Por exemplo, a lei da ficha limpa. 
Não se pode confundir, portanto, legitimidade e efetividade. A lei pode ser 
legitima e não efetiva, e vice-versa.

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