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Politica Macroeconômica Cambial

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POLÍTICAS	MACROECONÔMICAS	
3.	POLÍTICA	MACROECONÔMICA	CAMBIAL	 1-5	DEFINIÇÃO	 1	TAXA	DE	CÂMBIO	 1		BALANÇO	DE	PAGAMENTOS	 2	ESTRUTURA	DE	BALANÇO	DE	PAGAMENTOS	 2-4							BALANÇO	COMERCIAL	(X-M)	DE	BENS	 2							BALANÇO	DE	SERVIÇOS	E	RENDAS	 2							BALANÇO	DE	TRANSAÇÕES	UNILATERAIS	(FUNDO	PERDIDO)	 2							BALANÇO	DE	TRANSAÇÕES	CORRENTES	 2							BALANÇO	DE	CAPITAL	 3	E	4	RESERVA	INTERNACIONAL	 4	RISCO	SOBERANO		 5					
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Luiz Marques Novembro 11, 2016 
Anotações e slides Fundamentos de Economia 1 
 
1. Políticas Macroeconômicas 
1.1 Fiscal 
1.2 Monetária 
1.3 Cambial 
(didaticamente, as três são importantes) 
 
Macroeconomia é as relações econômicas entre os governos e países que buscam controlar as 
variáveis macroeconômicas. Basicamente são elas: 
- taxa de crescimento do PIB (comportamento da economia); 
- taxa de desemprego; 
- taxa de inflação. 
Analisamos a Macroeconomia através da Curva de Philips. 
 
1.3 Política Cambial 
I - Definição: política macroeconômica cambial é a gestão estratégica da taxa de 
câmbio, feita pelo Banco Central. 
Taxa de câmbio é a relação de paridade entre duas moedas. 
Normalmente, em qualquer país do mundo, a taxa de câmbio é definida pela razão: 
 
 
 
 
Na Grã Bretanha, a relação é inversa. 
 
Toda vez que a taxa de câmbio aumenta, isso significa uma desvalorização da moeda 
nacional diante da moeda estrangeira, e uma valorização da moeda estrangeira, 
partindo da lógica da razão supracitada. 
Toda vez que a taxa de câmbio diminui, isso significa uma valorização da moeda 
nacional diante da moeda estrangeira, e uma desvalorização da moeda estrangeira, 
partindo da lógica da razão supracitada. 
 
É a partir da Política Cambial que um país “fala” com outro, que é visto pelo outro. 
 
Professor Luiz Marques Novembro 11, 2016 
Anotações e slides Fundamentos de Economia 2 
 
II - Balanço de pagamentos 
É o documento contábil (faz parte da contabilidade do governo) controlado pelo Banco 
Central que registra todas as entradas e saídas de moeda estrangeira no país, 
decorrentes de operações formais — aquelas que passam pelos bancos — entre 
residentes e não-residentes deste país, no período de um ano. 
É um fluxo de entrada e saída de moeda estrangeira durante um ano. 
 
III - Estrutura do Balanço de pagamentos 
1. Balanço Comercial (X-M) de bens é o saldo 
Entrada menos saída de moeda estrangeira (dólar, euro, libra) 
Exportações menos importações de bens físicos (produtos industriais, agrícolas, 
commodities, etc.) 
 
2. Balanço de Serviços e Rendas 
a) Frete é o serviço fundamental para o comércio, visto que é, basicamente, o 
transporte dos produtos comercializados. 
b) Aluguéis — qualquer espécie de aluguel é um serviço. 
c) Royalties — pagamento pelo direito de usar uma marca. 
d) Serviços Empresariais diversos — serviços de arquitetura, engenharia, informática, 
consultoria, etc. 
e) Cartões de Crédito/Viagens internacionais 
f) Salários de Funcionários de Empresas Multinacionais e Organismos multilaterais 
em trânsito 
g) Lucros de Multinacionais 
h) * Rendimentos de aplicações financeiras (lucros derivados de aplicações 
financeiras) 
i) * Juros da dívida externa 
 
3. Balanço de Transações unilaterais (Fundo perdido) 
Doações - todo e qualquer dinheiro dado e que não possui “volta”. 
 
4. Balanço de Transações correntes = Balanço Comercial + Balanço de Serviços e 
Rendas + Balanço de Transações unilaterais 
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Anotações e slides Fundamentos de Economia 3 
 
5. Balanço de Capital 
O que faz parte do Balanço de Capital? 
a) Entrada e saída de IED’s (Investimentos Estrangeiros Diretos) - valor 
monetário o qual, ao chegar no país é direcionado para a criação ou 
ampliação de empresas e, que por conseguinte, gera empregos. É 
considerado como “dinheiro bom”, pois gera empregos. 
b) Entrada e saída de operações para compras de casas (negociações 
imobiliárias) 
c) * Aplicações no mercado financeiro ou Operações de Portifó lio - valor 
monetário de aplicação em bancos, títulos públicos ou privados (é chamada 
operação de renda fixa, uma vez que baseia-se em taxa de juros) e nas 
bolsas de valores ou mercado de capitais (é chamada de operação de renda 
variável, uma vez que baseia-se em ações). É considerado como “dinheiro mau”, 
pois não gera empregos, somente movimenta o mercado financeiro. 
- Um indivíduo FULANO leva do Japão para o Brasil 100 milhões de dólares para 
serem aplicados. Ao fazer essa operação, o valor monetário supracitado sai do 
Japão e entra no Brasil por Balanço de Capital (letra c). Dois anos depois, os 100 
milhões de dólares, ao gerar rendimento positivo, transforma-se em 140 milhões de 
dólares. FULANO, então, leva os 140 milhões de dólares para o Japão, saindo do 
Brasil. 100 milhões desse valor sairá do Brasil e entrará no Japão ainda como 
Balanço de Capital. No entanto, o restante (40 milhões) sairá e entrará no Japão 
como Balanço de Serviços e Rendas (letra h). 
 
d) Amortizações da Dívida externa 
- A prestação é o que se paga ao banco. Prestação = Amortização + Juros. 
Amortização é a quitação do saldo devedor original, enquanto Juros é o custo 
pelo serviço. 
- O país A paga a parcela de 13 bilhões de dólares ao FMI. A amortização foi de 10 
bilhões, e os juros 3 bilhões. O valor monetário correspondente a amortização sai do 
país A pelo Balanço de Capital (letra d), enquanto o valor monetário correspondente 
aos juros sai pelo Balanço de Serviços e Rendas (letra i). 
 
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Anotações e slides Fundamentos de Economia 4 
e) Novas operações na dívida externa: o que entrou e saiu durante o ANO (o 
fluxo anual). 
A dívida externa não está no balanço de pagamentos. 
Balanço de pagamentos = Balanço de Transações Correntes + Balanço de Capital 
- FULANO começa o mês devendo 1000 mil reais ao banco (estoque da dívida). 
Pegou emprestado mais 500 reais. Terminou o mês devendo 1500 reais. O Fluxo 
corresponde aos 500 reais. 
 
[Explicação Matemática] 
Reservas: estoque de moeda estrangeira - não faz parte do balanço - pertencente 
a União que é responsável pelos pagamentos no exterior desse país. 
Reservas é um filtro e um colchão. É filtro, pois tudo que entra, entra como 
dó lar, mas transforma-se em real dentro do Brasil, enquanto tudo que sai como 
real, transforma-se em dó lar no território exterior, funcionando da mesma forma 
em outros países. 
E colchão por ser o colchão de liquidez, sem ele não tem como pagar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O país A começou o ano com 100 bilhões de dó lares de reservas. Seu balanço 
comercial do ANO foi superavitário em 50 bilhões de dó lares. Seu balanço de 
serviços e rendas foi deficitário em 150 bilhões de dó lares. Seu balanço de 
transações unilaterais foi superavitário em 5 bilhões. E seu balanço de capital 
foi superavitário em 40 bilhões. 
Professor Luiz Marques Novembro 11, 2016 
Anotações e slides Fundamentos de Economia 5 
conclusões a partir do enunciado: 
Balanço de transações correntes foi negativo em 95 bilhões 
Balanço de capital foi positivo em 40 bilhões 
Balanço de pagamentos foi negativo em 55 bilhões 
 
Pergunta 1) Qual o saldo em conta corrente? 
negativo em 95 bilhões. 
Pergunta 2) Qual o saldo do balanço de pagamentos? 
negativo em 55 bilhões. 
Pergunta 3) Qual o saldo final das suas reservas? 
positivo em 45 bilhões. 
 
 
 Risco Soberano: é a probabilidade de um país não pagar suas dívidas. 
- Toda vez que o balanço de pagamentos for negativo, as reservas diminuem e 
os riscos sobem. 
- Toda vez que o balanço de pagamentos for positivo, as reservas crescem e os 
riscos caem. 
 
O PROBLEMA BRASIL É EMINENTEMENTE
FISCAL.

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