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RELATÓRIO ACADÊMICO VISITA NA ESCOLA

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� PAGE \* MERGEFORMAT �12�
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA 
DIDÁTICA E PRÁXIS PEDAGOGICA I
RELATÓRIO ACADÊMICO
ASSOCIAÇÃO ALECRIM
ALUNOS:	
SALVADOR – BA
2010.1
�
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.........................................................................................3
2. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PELO GRUPO.....................................3
3. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL	.................................................................4
4. AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA....................................................................5 
5. AUTOAVALIAÇÃO	.................................................................................10
�
1. APRESENTAÇÃO
Produto de um trabalho de avaliação da disciplina Didática e Práxis Pedagógica I, este relatório acadêmico tem como objetivo principal, um primeiro contato da equipe com a práxis pedagógica através da análise do processo pedagógico de uma organização não-governamental e sem fins lucrativos, a Associação Alecrim. Pois ainda não tínhamos, até fazermos o trabalho, qualquer tipo de contato com o processo educacional, visto da perspectiva de um profissional da educação. 
Em relação à prática pedagógica, focamos nosso trabalho no reforço escolar, uma das várias atividades oferecidas pela ONG avaliada. Escolhemos essa atividade por estar mais próxima da educação institucional – convencional - já que os assuntos abordados são os mesmos dados em sala de aula. Procuramos identificar o perfil dos educadores, se há diferenças entre estes e os professores de instituições formais de ensino, no que se refere à formação acadêmica, e quais a suas perspectivas em relação à educação alternativa. 
	Além disso, o relatório traça o perfil pedagógico de uma organização formada por membros uma de comunidade específica, o que nos ajuda a entender como ações coletivas e voluntárias podem contribuir para a educação do indivíduo e na formação de sua consciência cidadã. 
2. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PELO GRUPO
Para a escolha da organização que iríamos trabalhar, levamos em conta o conhecimento e envolvimento de um dos membros da equipe, que nos indicou a Associação Alecrim. 	
Pelo fato do nosso foco estar relacionado na prática pedagógica e não no resultado desta prática, decidimos entrevistar os professores e a coordenação, não tivemos contato com os alunos. Por isso, fizemos duas visitas à Associação. Nestas visitas, coletamos as informações necessárias para o conhecimento da ONG, suas atividades e seu projeto pedagógico. 
Depois de feita a coleta das informações, iniciamos a elaboração do relatório, seguindo o roteiro estabelecido pela docente Jamile Borges da Silva, que ministra a disciplina Didática e Práxis Pedagógica I.
Para fazermos a autoavaliação da equipe em relação ao trabalho, discutimos as questões levantadas, respondendo-as individualmente. 
3. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Com a finalidade de “responder, de modo mais organizado, estável e concreto, aos desafios” da realidade do Bairro da Santa Cruz e arredores, a Associação Alecrim foi criada no ano de 2003. Ela é parte de uma longa trajetória de serviços comunitários em prol da educação, motivados pela igreja católica no bairro, desde fins da década de 60, principalmente através do serviço missionário. 
Neste período foram criados no bairro dois centros comunitários, o da Paróquia de Santo André e o Centro Comunitário Cristo Redentor (hoje também Paróquia). A iniciativa foi liderada pela missionária leiga italiana Ana Sironi, que chegou a cidade em 1965, no arcebispado de Dom Eugênio Sales. Estes centros foram o ponto de partida.
A amizade nascida do encontro nesses espaços proporcionou a alguns membros da comunidade a oportunidade de refletir coletivamente, sobre as dificuldades, demandas e diferentes aspectos de sua própria realidade. Foi percebida a “falta de espaços para a socialização e uma desarticulação entre os movimentos sociais existentes. Essa ausência contribui para a redução da possibilidade do entendimento e do diálogo.”
 É dessa experiência que nasce a iniciativa de criar a associação. Por conceber que “todo ser humano precisa de espaços afetivos e sociais para o estabelecimento de relações de amizade, para a construção e transformação de suas vidas”, a associação empenha-se na criação desses espaços, como tentativa de minimizar a violência decorrente do distanciamento entre os moradores, o que propicia a formação de gangs. 
Escolhendo como campo de atuação a educação por conta da própria história, sensibilidade e desejo dos próprios paroquianos, estes espaços, alguns com a construção ainda em andamento, promovem atividades, cursos de formação, entretenimento voltados para públicos diversificados e iniciativas educacionais como escolas de educação infantil e reforço escolar, sem fins lucrativos.
Para construir e manter os espaços, financiar e realizar as atividades, a associação conta com a colaboração das pessoas que estão em posição de liderança, estas, realizam eventos (bingos, festas, bazar...) para angariar fundos; dos comerciantes locais, que contribuem financeira ou materialmente; dos membros da comunidade, que adotam parte da obra, assinam um carnê de colaboração, ou oferecem serviços e contribuições de amigos e instituições de fora do país. 
Esse contato com outros países, principalmente com a Itália, é viabilizado pelo principal idealizador da Associação, o Arcebispo de Paulo Afonso Dom Guido Zendron. Italiano da cidade de Lisignago, o atual bispo, foi vigário paroquial da Paróquia de Santo André e da Paróquia Cristo Redentor. 
Dom Guido também exerceu importantes funções ligadas ao âmbito educacional, como a de coordenador da Pastoral Catequética, membro da Comissão Estadual para o Ensino Religioso, responsável pela Pastoral da Educação e responsável pelos estudantes do Movimento Comunhão e Libertação no Brasil. O Bispo ingressou no movimento Comunhão e Libertação (CL) ainda na Itália, chegou em Salvador em 1994 e é hoje uma grande referência do movimento no Brasil. 
Essa relação com o CL, estabelecida por meio dele, nas comunidades do Vale das pedrinhas, Nordeste e Santa Cruz é responsável pela escolha do projeto pedagógico e filosófico. 
A filosofia do projeto pedagógico da Associação Alecrim é baseada no pensamento de Dom Luigi Giussani (1922-1995). Nascido na Itália, Dom Giussani, ainda muito jovem, entrou para o seminário de Milão, durante a sua vida conciliou suas atividades religiosas às atividades educativas. Desde o seminário, já exercia a profissão de professor. 
Sua atividade de pesquisa está centrada no problema da educação, principalmente dos jovens. “A idéia fundamental de uma educação voltada para os jovens vem do fato de que através deles se reconstrói uma sociedade; por isso, o grande problema da sociedade é, antes de mais nada, educar os jovens [...]” (GIUSSANI apud SANTOS, 2009, p. 183)� 	
Como educador, Dom Giussani propõe a “educação para a libertação”, e é esse pensamento que a Associação Alecrim traz como base do seu projeto pedagógico. Somente com a educação as crianças e jovens estarão livres das mazelas sociais e poderão construir uma sociedade mais justa e humana. 
4. AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA
A Associação Alecrim, como já foi dito, promove diversas iniciativas abertas a toda comunidade e voltadas a públicos diversificados:
	ESPAÇOS
	LOCAL
	CURSOS
	PÚBLICO
	RECURSOS
	CENTRO COMUNITÁRIO PE. MÁRIO VERONESI
	VALE DAS PEDRINHAS-SSA - BA
	CAPOEIRA
REFORÇO ESCOLAR
ARTESANATO
DANÇA DE SALÃO
CORAL
CULINÁRIA
	CRIANÇAS
JOVENS E ADULTOS
	DOAÇÕES
	CENTRO EDUCATIVO SANTA MADRE PAULINA
	SANTA CRUZ – SSA-BA
	ESCOLA DO MATERNAL À 2º SÉRIE DO FUNDAMENTAL - I
	CRIANÇAS
	DOAÇÕES
	CENTRO NOSSA SENHORA DA GRAÇA
	NORDESTE DE AMARALINA – SSA - BA
	REFORÇO ESCOLAR
	CRIANÇAS
	DOAÇÕES
	CENTRO COMUNITÁRIOMARANATH – CASA PE. VIRGILIO RESI
	SANTA CRUZ – SSA - BA
	MANICURE
CABELELEIRO
ARTESANATO
	JOVENS
	DOAÇÕES
	CASA DA JUVENTUDE ANA SIRONI
	NORDESTE DE AMARALINA – SSA - BA
	PROFISSIONALIZANTES
	JOVENS
	PARCERIA COM O SENAC
	CENTRO ALVORADA
	POJUCA - BA
	ESPAÇO DE ENTRETERNIMENTO
	TODOS OS PÚBLICOS
	DOAÇÕES
	ESCOLA COMUNITÁRIA CRISTO REDENTOR
	CHAPADA DO RIO VERMELHO – SSA - BA
	1ª – 4ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL - I
	CRIANÇAS
EJA
	PARCERIA COM A PREFEITURA – SSA - BA
	ESCOLA ANA SIRONI
	NORDESTE DE AMARALINA – SSA - BA
	1ª – 4ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL - I
	CRIANÇAS
	PARCERIA COM A PREFEITURA – SSA - BA
Nós visitamos o Reforço Escolar do Centro Comunitário Pe. Mário Veronesi (Vale das Pedrinhas). Conversamos com Rosidasia Borges (graduanda do 7º semestre do curso de pedagogia do Instituto Social da Bahia), que responsável pela coordenação do Reforço Escolar que nos falou sobre o Centro e a Associação Alecrim.
Atualmente a presidente do Centro é a Senhora Solange Maria Peixoto. O reforço escolar é dirigido Pela Professora Iara de Jesus (pedagoga). O quadro de funcionários é composto por: duas educadoras (ambas com graduação em andamento no curso de pedagogia), uma funcionária de serviços gerais, um diretor espiritual para os educadores (diácono), um administrador de finanças - que é par todo o centro – (formado) e uma tesoureira (graduanda do B.I. da UFBa).
O reforço funciona em dois turnos: matutino e vespertino e tem capacidade para atender 50 crianças por turno, 25 por turma. Atualmente tem 170 crianças matriculadas, funcionando 5 dias na semana (seg. – sex.). Neste espaço as crianças fazem as atividades escolares, esclarecem suas dúvidas e participam de atividades recreativas. As crianças e suas famílias são acompanhadas pelo seu educador, que faz visitas regulares, quinzenais, às casas. Bem como as visitas as reuniões de planejamento interno acontecem quinzenalmente, onde os educadores recebem orientação pedagógica e espiritual.
Apesar da relação de estreitos laços de afetividade entre os educadores e educandos, devido ao acompanhamento familiar, as crianças se dirigem aos educadores e dirigentes como “Pró.”, independente do cargo, se hierarquizações. Isso para não criar diferenças de níveis de autoridade, de maneira que eles entendam que devem respeito a todos igualmente. E a escolha do “Pró.” ao invés de, por exemplo, “Tia” é para reforçar o sentido do escolar do espaço.
O reforço escolar também tem a capoeira como atividade desportiva. A capoeira é aberta, também, a crianças que não são do reforço escolar, mas que desejam participar. 
Além dos educadores que desenvolvem as atividades diárias, o reforço está sempre aberto colaboradores, que vem realizar atividades e momentos diferenciados com as crianças de forma voluntária. As despesas são mantidas por meio de doações, e atividades para angariar fundos, também é solicitada uma taxa de R$ 20,00, mas que não tem obrigatoriedade mediante a situação financeira da família, essa taxa é destinada a compra de merenda e material.
4.1. AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA: Batendo um papo
Nós entrevistamos as duas educadoras, uma trabalha no reforço manhã e tarde e outra só pela manhã. A entrevista foi feita com base neste questionário. As perguntas foram feitas segundo o questionário sugerido e alguns aspectos considerados relevantes para o grupo. Elas escreveram suas respostas em folhas de papel que ficaram posteriormente conosco.
Paula Barreto dos Santos
“Ajudar as crianças a entenderem que educação não é só ler e escrever. E sim educar para vida”
Você acha que sua contribuição faz alguma diferença na formação dessas crianças ou jovens?
R: Sim. Pois elas encontram em nós algo que desperta o desejo de viver melhor.
Você acredita que essa criança ou jovem tem alguma perspectiva de futuro?
R: Algumas sim, outras não. As que tem é por ter por perto alguém que ajuda, lhe incentiva. As que não tem é por [que] vivem soltas (sem ninguém pra incentivar).
que autor/escritor da área de educação você considera referencia para seu trabalho ?
R: Nenhum. Ainda estou estudando.
Porque?
Se você tivesse o poder de decisão dos rumos desta instituição que mudanças você faria?
R: Mudaria pra creche-escola (no reforço). Se possível aumentaria o espaço, contratar mais pessoas e atender mais crianças.
Há quanto tempo você trabalha aqui?
R: 2 anos
Você iniciou o trabalho nesta instituição antes ou depois de dar início a sua graduação? Isto influenciou de alguma forma sua escolha profissional?
R: Antes. Influenciou um pouco.
Qual sua maior satisfação em realizar esse trabalho?
R: Em ver as crianças se desenvolverem
A seu ver, como é o retorno da comunidade?
R: Aparentemente gostam, ajudam quando podem.
Vera Lucia da Conceição Santos
“Espero alcançar o bom desenvolvimento dos alunos e fazer com que este trabalho cresça cada vés [vez]mais.”
Você acha que sua contribuição faz alguma diferença na formação dessas crianças ou jovens?
R: Sim. Porque na medida do possível, faço para que eles compreenda e o tempo é que veremos o esforço de tudo que lhe foi passado.
[Sim. Porque na medida do possível, me esforço para que eles compreendam. E só com o tempo veremos o resultado de tudo que lhes foi passado.]
Você acredita que essa criança ou jovem tem alguma perspectiva de futuro?
R: Sim, porque para o ser humano sempre tem que haver um [uma] espectativa [expectativa] para o futuro.
Que autor/escritor da área de educação você considera referencia para seu trabalho?
R: Cagliari.
Porque?
R: Porque ele é uma referência muito importante para o meu trabalho de TCC.
Se você tivesse o poder de decisão dos rumos desta instituição que mudanças você faria?
R: Ao invés de fazer as atividades da escola trabalharia os conteúdos que eles tem dificuldade na escola.
Há quanto tempo você trabalha aqui?
R: 3 meses.
Você iniciou o trabalho nesta instituição antes ou depois de dar início a sua graduação? Isto influenciou de alguma forma sua escolha profissional?
R: Depois. Não foi o reforço que me influenciou na minha escolha.
Qual sua maior satisfação em realizar esse trabalho?
R: O que me motiva é a forma de tentar passar algo de positivo para os alunos.
A seu ver, como é o retorno da comunidade?
R: Percebe-se que a comunidade tem uma boa referencia pelo espaço.
Nas entrevistas ficou visível o carinho das educadoras ao serviço que prestam, e em vários momentos, durante a visita chegavam pais e pessoas da comunidade do centro. Foi notável a relação amigável e a proximidade das educadoras com essas pessoas, até mesmo pelo fato delas pertencerem a comunidade. Em alguns momentos da conversa tanto com as educadoras, como com a coordenadora, fez-se presente o sentimento de gratidão e o trabalho como uma iniciativa de retorno a contribuição que a Associação proporcionou e proporciona na formação pessoal e profissional de cada uma.
5. AUTOAVALIAÇÃO
5.1 De que modo este trabalho alterou sua percepção dos processos educativos?
Diana Souza – Reforçou em mim, a certeza que educar é um compromisso com a vida, que exige atenção para a humanidade de cada pessoa e as circunstâncias que a realidade implica a cada uma delas. Que os processos de aprendizagem são múltiplos e irrestritos a qualquer espaço, só sendo possível aprender mediante a apropriação, viabilizada pela participação na construção do que deve ser aprendido. Educar está para além de ensinar uma serie de conteúdos ou seguir um currículo formal, os processos educativos é o próprio exercício de relacionamento, convivência, da troca de experiência. E se depois conseguimos fazer uma conta ou escrever um texto isso é mera conseqüência, mas seguramente estará aberta uma porta para aprender muitas outras coisas, pois isso é um indício de que deu-se alguns passos na aprendizagem da mais longa e difícil tarefa: O relacionamento humano.
Fabiano Silva – O processo de aprendizagem não deve estarrestrito somente às amarras acadêmicas. Essas são importantes para análise do processo e daí para as possíveis intervenções, no entanto, somente o olhar acadêmico, retira a sensibilidade para outros aspectos. Aprender e educar vai além da leitura e escrita, é um processo de interação entre pessoas, é troca de experiências. O processo educativo não deve somente buscar a capacitação restrita, mas motivar para a busca das inúmeras possibilidades do uso do saber. 
Karin Santos – Me fez perceber que a concepção de que só a formação acadêmica é eficaz para a qualificação do profissional da educação é equivocada. As vivências são muito importantes para a formação do profissional. E ainda que, o contato direto com a cultura, com o ambiente que os alunos e os professores estão inseridos, facilita o diálogo, a troca de experiências, o que poderá facilitar o processo de aprendizagem. 
]5.2. Como você avalia o trabalho das ONG’s na área da educação profissional?
Diana Souza – Como espaços de grande importância na socialização e construção do conhecimento, que oferece maior possibilidade de uma educação mais contextualizada e voltada a aspectos não contemplados pelo ensino formal. 
As ONG’s, como podemos ver, podem ser importantes ferramentas no combate e prevenção de uma série de problemas sociais, por funcionarem como espaços que possibilitam o relacionamento entre as pessoas, dificuldade latente em tantos bairros pobres, oriundos do crescimento desordenado. Esses espaços possibilitam o diálogo e a reflexão acerca das condições e problemas, bem como, mobilização e organização na luta por soluções e alternativas, funcionando como verdadeiras escolas de cidadania e humanidade, pois como diz minha avó “cada um sabe onde o sapato lhe aperta”.
	
Fabiano Silva – As ONG’s têm um papel importante na educação profissional pela suas diversas possibilidades de execução do processo educacional. O fato de não estar necessariamente ligada ao sistema formal de ensino, tem a possibilidade de apresentar propostas pedagógicas diferenciadas e a capacidade de rápida adaptação aos diversos contextos. Por ser uma ONG, não se quer dizer necessariamente, que seja uma ilha de excelência, por isso, é necessária a participação de profissionais capacitados e projetos estruturados para que se alcance uma educação profissional de qualidade aceitável e referenciada pelo mercado. 
Karin Santos – Trabalhar em ONG’s pode servir como laboratório profissional para o educador. Nessas organizações, o contato direto com a comunidade, ajuda o profissional a perceber mais de perto, os problemas sociais e encontrar formas alternativas de adaptar a sua prática pedagógica às diferentes realidades. Além disso, existe o aspecto da cidadania. A convivência no espaço da ONG’s pode estimular ao profissional da educação a prestar mais atenção para as questões coletivas e esse aspecto pode refletir-se em sala de aula, na medida em que o professor transmita em sua prática pedagógica a importância da cidadania para seus alunos. 
5.3 Que autores você julga referenciais para seu trabalho como profissional?
Diana Souza, Fabiano Silva e Karin Santos – Essa questão foi discutida pela a equipe e chegamos à mesma resposta. Ainda não temos conhecimento suficiente de autores da área de educação para podermos relacionar como referenciais para a nossa profissão. 
 
5.4 Por quê?
Diana Souza, Fabiano Silva e Karin Santos – Porque nenhum dos componentes da equipe trabalhou ou trabalha como educadores ou teve algum contato profissional com educação. Na faculdade, ainda não tivemos um conhecimento suficiente de autores que vão nos ser referencia enquanto professores. Trabalhamos com alguns autores de psicologia que tratam da educação e alguns autores que discutem a educação, mas nos falta um aprofundamento nos estudos destes autores e discussões em sala de aula, para escolhermos uma referencia para nosso trabalho profissional. 
� SANTOS. J.E.F.S. Se educar é um risco, o que significa educar? Considerações pedagógicas a partir de Luigi Giussani. Revista Pedagógica – UNOCHAPECÓ - Ano 11 - n. 23 - jul./dez.2009.

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