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ESTUDODIRIGIDO - Durkheim e Weber

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ESTUDO DIRIGIDO - INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO SOCIAL
- 1ª Parte → Max Weber.
1. Para Weber, qual é o objeto de estudos e o objetivo da Sociologia? Qual é o método de abordagem científica? (Ver p. 114).
Objeto de estudo: Ação Social
Objetivo da Sociologia: Weber concebe a Sociologia como “uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la casualmente em seu curso e em seus efeitos”
Método: Comparativo/Compreensivo
 
2. Qual é a definição que Weber dá para o conceito de ação e ação social?
Ação seria qualquer conduta humana e ação social seria uma “ação que, quanto a seu sentido visado pelo agente ou os agentes, refere-se ao comportamento de outros, orientando-se por este em seu curso”.
 
3. Explique com suas palavras o que são os tipos ideais. Dê exemplo.
Os chamados tipos ideais, “são instrumentos para se chegar à realidade, e não à própria realidade”. Weber criou a noção de tipo ideal para permitir uma análise sociológica com conceitos rigorosos, ele é um instrumento de análise da realidade empírica. Ele afirma que “podemos representar e tornar compreensível pragmaticamente a natureza particular dessas relações mediante um tipo ideal”. Os tipos ideais representam um mecanismo técnico para se proceder à análise da realidade social. Trata-se de um esquema conceitual para permitir o estudo das ações sociais. “O tipo ideal é um conceito de grandes recursos, uma vez que alia o rigor da pesquisa ao rigor científico”
 
 
4. Quais os limites e possibilidades do modelo interpretativa-investigativo denominado tipo-ideal? Explique.
Os tipos ideais possuem três características básicas que definem suas possibilidades e limites: (1) racionalidade (ou estrutura lógica) - quando são avaliados os meios e as conseqüências previsíveis, examinadas as condições que podem afetar o plano construído abstratamente sob a forma de tipo ideal da ação futura; (2) unilateralidade - permite dar rigor ao tipo ideal, por ser a condição ao mesmo tempo de amplificação dos traços característicos e da elaboração do quadro de pensamentos em conjunto coerente e não contraditório; (3) caráter utópico - o tipo ideal não é, e nem pretende ser, reflexo ou repetição da realidade.
 
5. Qual é o papel da sociologia e da história, como ciências da cultura, segundo Weber?
 
 
6. Resuma, com suas palavras, sobre os quatro tipos ideais de ação e ação social.
Ação Racional com Relação a Fins: Determinada pelo cálculo racional previamente definido, objetivo.
Exemplos: Buscar uma aprovação em um concurso, investir na bolsa de valores, etc.
 
Ação Racional com Relação a Valores: Está associada a fidelidade aos valores individuais (ético/religioso), aos princípios do indivíduo.
Exemplos: Ir à igreja, escolher um partido político, etc.
 
Ação Tradicional: Aquela estabelecida pela crença nos hábitos e/ou costumes.
Exemplos: Utilizar talheres, relaxar aos domingos, etc.
 
Ação Afetiva: É definida por uma reação emocional ou humor do sujeito.
Exemplos: Comemorar a vitória de um time, mãe maltratar um filho ao corrigi-lo, etc.
 
7. Quais os principais contornos do conceito de relação social proposto por Weber?
 
- 2ª Parte → Durkheim.
1. Segundo Durkheim, qual a definição de sociologia? E qual é o seu objeto de estudo? Qual o seu significado? Cite e explique suas três características básicas.
Definição de sociologia: Segundo Durkheim, à sociologia é definida como “a ciência das instituições, da sua gênese e do seu comportamento”, ou seja, toda crença e comportamentos instituídos pela coletividade.
Objeto de estudo: Fato social
Significado de fato social: De acordo com Émile Durkheim, “é geral na extensão de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independente de suas manifestações individuais”.
Coercitividade - possuem força imperativa e coercitiva sobre os indivíduos; são imposições.
Exterioridade - esta característica transmite o fato desses padrões de cultura serem "exteriores aos indivíduos", ou seja ao fato de virem do exterior e de serem independentes das suas consciências.
Generalidade - os fatos sociais existem não para um indivíduo específico, mas para a coletividade. Podemos perceber a generalidade pela propagação das tendências dos grupos pela sociedade, por exemplo.
 2. Explique a frase: "O grupo possui, portanto, uma mentalidade que não é idêntica à dos indivíduos, e os estados de consciência coletiva são distintos dos estados de consciência individual".
	“O grupo possui, portanto, uma mentalidade que não é idêntica à dos indivíduos, e os estados de consciência coletiva são distintos dos estados de consciência individual”.
	Isso se atribui devido aos fatos sociais, pois essa frase é um exemplo de suas três características, que vão condizer que o indivíduo, em primeiro momento, serve como contribuição, seu pensamento somado a outros formam um pensamento coletivo, que será imposto a todos os indivíduos da sociedade, e todos deverão ser adeptos, independente de sua vontade, deverá seguir a este pensamento, onde se relaciona com o meio ao qual vivemos.
	A frase demonstra o processo de coerção efetuado com sucesso, pois se inicia com “o grupo possui” e não o “indivíduo possui”.
 3. Os fatos sociais podem se manifestar como maneiras de agir e maneiras de ser. Explique e dê exemplos.
	Os fatos sociais se manifestam através da maneira de agir e da maneira de ser, estas duas maneiras coagem os membros da sociedade a adotar determinadas condutas e formas de sentir, as duas imperam sobre o indivíduo. Elas podem e são geralmente passadas de geração para geração, como os costumes e tradições. São exemplos de maneiras de agir, as correntes sociais os movimentos coletivos que nos induzem a aderir determinado modo de compreensão sobre assuntos de destaques, ou não, da época (casamento, suicídio). Já a maneira de ser abrange as regras morais, leis, dogmas religiosos, formas de expressão, costumes, crenças, vestimentas, arquitetura, etc; enfim, são coisas que vão sendo estabelecidas por gerações, e vão sendo adotadas conforme os grupos e valores. 
 4. Qual é o papel do processo educativo? Qual a figura de professor que podemos deduzir deste conceito de educação?
	O papel do processo educativo é o de preparar o indivíduo desde ao nascer para seguir as normas e costumes da sociedade, e não os nossos somentes, criamos nossos filhos para seguirem regras, iniciadas desde o simples fato de seguir horários e rotinas (“desde muito pequenas as crianças são constrangidas, ou educadas ...”), logo aprenderão os comportamentos e valores dos grupos de que participam, mas não devemos nos iludir pensando que educamos nossos filhos como queremos, educamos conforme a sociedade demonstra os valores necessários. Com o pensamento de que “a educação cria o homem um ser novo, insere-o na sociedade”, levando-no a compartilhar sua “bagagem histórica familiar”com os demais indivíduos, na educação escolar, cabe ao professor proporcionar momentos de interação com este fim, dinâmicas e atividades que demonstrem a cada aluno que ele tem uma espaço para mostrar o que é importante para ele, mas acima de tudo, o professor deve prezar o zelo com os costumes de cada um, sem que desmereça o do outro, e com muito respeito, deve-se mostrar que todos são importantes e que cada um sente de uma maneira com relação ao do outro, mas que não se deve menosprezar, ao contrário, deve-se acrescentar.
 
 5. Reconstrua com tuas palavras os argumentos de que os fatos morais apresentam uma dualidade. E de que os valores possuem uma realidade objetiva. Diante disso, qual a possibilidade de uma inovação?
	Apesar dessa característica de coerção, os fatos/regras morais apresentam uma dualidade, elas se mostram agradáveis e necessárias aos nosso olhos, ao mesmo tempo que ela impõe o sentimento de dever, ela nos é desejável, pois garante nossa coletividade.
	Os valores não são vistos e reconhecidos apenas nas pessoas, individualmente, eles independem deste sentimento individual,ao contrário, elas possuem uma realidade objetiva, os valores também abrangem o coletivo. Mas se somos a todo momento regrados e temos de seguir leis e costumes, como podemos inovar? Poderemos inovar, mudar alguma coisa de cunho coletivo, somente se unirmos a um grupo que irão lutar pelos mesmos interesses que nós, sozinhos dificilmente conseguiremos algo. Apesar de ir contra as regras e termos grandes dificuldades, quando algo não agrada uma massa, deve ser revisto.
 6. Como Durkheim responde a seguinte pergunta: "o que faz com que os homens mantenham-se em sociedade, ou seja, porque os agrupamentos humanos não costumam desfazer-se facilmente e, ao contrário, desenvolvem mecanismos para lutar contra ameaças de desintegração?"
O homem não consegue viver sozinho, isolado, ele precisa manter-se em grupos para que possa se proteger, dialogar, conviver, se relacionar, se alimentar, enfim. Dentro de nós há dois lados: o particular e o coletivo. O particular visa apenas nossos interesses, nosso bem-estar, já o coletivo visa o bem comum a todos e, por incrível que pareça, o lado coletivo é o maior, isso faz com que façamos as coisas pensando no outro, aqueles que já fizeram a parte deles e precisam da nossa para que se complete. Mesmo com a divisão do trabalho o individualismo tende a ser mais forte, mas nessa divisão não deixa de haver um trabalho em equipe, pois cada um faz a sua tarefa e no final o produto está completo. O indivíduo precisa do outro. A medida em que a comunidade ocupa um lugar menor, abre espaço para a individualidade, a personalidade autônoma.
	A esse espírito coletivo mesmo com a consciência individual com grandes possibilidades de se sobressair, há algo maior que resulta a consciência coletiva: a solidariedade social → ela liga o indivíduo com a sociedade.
Com isso terão mais força para lutar contra o desagradável.
 7. Quais as principais diferenças entre a solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica?
	A solidariedade são os laços que unem os indivíduos a sociedade. Ela divide-se em dois tipos: mecanica e organica. A solidariedade mecânica é aquela que preza o bem coletivo mais do que a individual. O indivíduo pertence a sociedade e não a si mesmo. Nesta solidariedade as consciências se assemelham, “liga diretamente o indivíduo à sociedade, constituindo-se de um conjunto organizado de crenças e sentimentos comuns. Porém, com a divisão do trabalho crescendo essa solidariedade mecânica dá espaço a solidariedade orgânica. Ocorre a interdependência entre todos, agora passam a ter uma esfera própria de ação. A função que cada um desempenha é o que marca seu lugar na sociedade, tornando-o independente.
 8. Quais as principais regras do método de estudo da Sociologia proposta por Durkheim?
A primeira regra a ser seguida ao analisar os fatos sociais, deve ser a de considerá-los como coisas, ou seja, como objetos e não como ideias, se extingue neste contexto os preconceitos já estabelecidos, eles precisam ser analisados a partir dessa nova roupagem, assim como eles independem das manifestações individuais, pois eles são originados em um contexto social. O sociólogo deve apostar em agir conforme os cientistas, estudando a moral dos indivíduos e o poder da coerção refletido na sociedade.
9. A causa predominante do suicídio para Durkheim é psicológica ou social? Explique.
	Durkheim enfatiza que a causa dos suicídios não são apenas psicológicas, elas vêm do exterior, portanto, sua causa surge na sociedade. Cada sociedade tem uma certa quantia de suicídios, eles dependerão da natureza dos indivíduos que compõem a sociedade, como estão organizados, e os acontecimentos que perturbam e abalam o funcionamento da vida coletiva. 
Suicídio egoísta - é o afastamento do indivíduo da sociedade, melancolia, depressão.
Suicídio anônimo - desregramento social, normas ausentes ou perda de respeito para com elas.
Suicídio altruísta - praticados por enfermos, o suicídio é visto como um dever cumprido, por viúvas perda de seus maridos ou atos heróicos durante guerras.
10. Sobre o tema moralidade e anomia (p.87), o autor enfatiza a importância dos FATOS MORAIS na integração dos homens à vida coletiva. Também o contrário, a tendência de desintegração da sociedade em períodos de fragilidade das normas morais (anomia). Qual é o diagnóstico (p.88) que o Durkheim faz da França de seu tempo?
	Ele acreditava que ela estava mergulhada numa crise devido ao vazio provocado pelo desaparecimento dos valores e das instituições “protetoras” do mundo feudal, como as corporações de ofícios. Conflitos e desordens estavam presentes nesse período da vida econômica da França. As instituições família e religião dão espaço às instituições profissionais, pois com essa crise a profissão ganha grande relevância. Por estar em crise, a sociedade torna-se incapaz de exercer sobre seus membros o papel de freio moral; possibilitando que seja interiorizado primeiro a cada indivíduo, para depois chegar a um todo.
11. Qual é a expectativa de Durkheim em relação às novas corporações? O que sua proposta difere das doutrinas socialistas?
Para Durkheim, as novas corporações se tornariam uma autoridade moral e seriam dignas de respeito e amor, pois exerceriam um domínio sobre os indivíduos a estabelecer regras de conduta que possuiriam um caráter obrigatório, e ainda, levariam os membros a sacrificarem em prol de um interesse comum, formando assim, um espírito de solidariedade. Pessoas com interesses em comum se atraem e se relacionam; seria um mundo que se decompunha moralmente.
Durkheim rejeitava as idéias socialistas, pois, traziam como ideal as soluções dos problemas sociais. Ele via o socialismo apenas como indicadores de um mal-estar social, expressado em símbolos, pela maneira como algumas camadas da sociedade eram atingidas pelo sofrimento coletivo. o socialismo já estava implicado nas sociedades superiores, onde estava o trabalho muito dividido, em decorrência disto a socialização natural da evolução das funções econômicas cada vez mais organizadas.
12. Para o autor, em certas circunstâncias, a divisão do trabalho pode agir de maneira dissolvente, deixando de cumprir seu papel moral: o de tornar solidárias as funções divididas. Quais são os três casos de anomia identificado pelo autor?
	A função da divisão do trabalho é produzir solidariedade e não aumentar a divisão entre os membros. A ausência de normas impossibilita que a competição presente na vida social seja moderada e que se promova a harmonia das funções. Há três casso que isso acontece: nas crises industriais e comerciais que denotam que as funções sociais não estão bem adaptadas entre si, nas lutas entre o trabalho e o capital que mostram a desarmonia entre os trabalhadores e seus patrões, e, por fim, na divisão extrema de especialidades no interior da ciência.
13. Qual a diferença entre Marx e Durkheim em relação à luta de classes?
	Para Durkheim a desarmonia e o gênero das tarefas que são atribuídas ao trabalhador por meio de co-ação constituem uma forma de perturbação da solidariedade da divisão do trabalho, porém, esta perturbação/desarmonia, não é uma característica própria desta divisão. Ele argumenta que “o trabalho só se divide espontaneamente se a sociedade está constituída de tal maneira que as desigualdades sociais expressam exatamente as desigualdades naturais. Ou seja, diz respeito a luta de classes (se não existisse desigualdade social advinda já da família, não teria porque a divisão do trabalho sobressair sobre outros). Ao contrário do que acredita Marx, que defende o mérito esforço pessoal que possui caráter moral e integrador, por defender este, ele critica a instituição da herança, pois os méritos de outros foram repassados para alguém que pode desperdiçar e não valorizar, os bens conseguidos, não terá o mesmo valor, pois não sabe o quanto foi sofrido para conquistá-lo (luta de classes → anormalidade ao nível das relações sociais - Marx)
14. O que é moral? Por que difere de outros sistemas de regras? Quais suas principaiscaracterísticas? Da onde provém a autoridade da moral? Por quê?
	A moral é “um conjunto/sistema de normas e condutas que designa como o sujeito deve conduzir-se em determinadas circunstâncias”. Se diferem de outros conjuntos de regras, por apresentar uma noção de dever, de obrigação, com um respeito especial e desejável e para ser cumprida é necessário superar sua natureza individual. Ela é o bem, quem a nega, nega a sociedade. É baseada nela que a opinião pública e os juízes julgam. É almejada. Existe uma moral comum e geral aqueles que pertencem a uma coletividade e uma infinidade morais particulares que a expressam de modo distinto. Entretanto, a autoridade moral provém da sociedade, pois, é ela que confere às normas morais, seu caráter obrigatório, o valor moral da sociedade deve ser uma soma ou síntese dos valores individuais. 
15. De acordo com o texto, qual o único sistema de crenças que pode garantir a unidade moral da sociedade moderna? Explique. 
	O único sistema de crenças que pode garantir a unidade moral da sociedade moderna é a moral individualista e a religião da humanidade, na qual o homem pode ser ao mesmo o fiel e o deus.
	É com esse ponto que chegamos a um dos elementos mais importantes da sociologia durkheimiana: o lugar do indivíduo na sociedade moderna, sua relação com o Estado, a proteção de seus interesses e a criação de seus direitos.
	É no equilíbrio surgido do jogo entre Estado e os grupos (família, igreja, distritos) que nascem as liberdades individuais. E esta concepção, Durkheim chama, individualista.

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