Aula 3 Petição Inicial Rito Sumaríssimo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ
		BRUNO SILVA, brasileiro, solteiro, empacotador, filho de Valmir Silva e Helena Silva, nascido em 20/02/1990, RG nº 0011, CPF nº 0012, CTPS nº 0010, PIS nº 0013, residente e domiciliado à Rua das Oliveiras, nº 150, CEP 20.000-000, Cuiabá, vem, por seu Advogado (Endereço, Art. 106, I, CPC/15), ajuizar
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Pelo rito sumaríssimo,
		Em face de CENTRAL DE LEGUMES LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº__, com sede à Rua das Acácias, nº 58, CEP 20.000-010, com base nos feitos e fundamentos a seguir:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
		Inicialmente afirma o declarante, nos termos dos Artigos 98 e seguintes do CPC/15, não possuir condições de arcar com o pagamento de custas e honorários advocatícios sem prejuízo de seu próprio sustento ou de sua família, razão pela qual faz jus ao benefício da Justiça Gratuita.
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
		Declara o reclamante não ter se submetido à Comissão de Conciliação Prévia, o que faz prevalecer o disposto no Art. 5º, XXXV, da CF, garantindo assim o seu acesso à Justiça.
DO CONTRATO DE TRABALHO
		O reclamante foi contratado há exatos 3 anos pela reclamada tendo sua CTPS assinada na função de empacotador, percebendo remuneração no valor de R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais), com dispensa sem causa há exato 1 mês, momento em que recebeu corretamente as verbas rescisórias.
DO DANO MATERIAL
		O reclamante, nas atribuições de sua função, trabalhava com empacotamento de legumes congelados com auxilio de uma máquina própria para tal fim. Acontece que, há exato um ano, sofreu um acidente no âmbito do trabalho, do qual lhe resultou lesões e sua mão esquerda e, portanto, foi submetido a tratamento medico e psicológico e fez a utilização de medicamentos, totalizando um gasto de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).
		Cabe ressaltar que o reclamante ainda tinha como atividade laborativa extra, a digitação de trabalhos universitários e deles recebia o valor de R$ 200,00 (duzentos reais) por mês. Porém, em razão do acidente de trabalho o reclamante teve que se afastar também dessa atividade pelo prazo de 6 meses, período em que recebeu auxílio doença acidentário junto ao INSS.
		Com a devida vistoria realizada pela CIPA da empresa ré na máquina causadora do acidente do reclamante, constatou-se que a empresa foi responsável pela retirada de uma peça de segurança da referida máquina para aumento da produtividade. Diante disso, fica claro que a empresa agiu com culpa, tendo praticado ato ilícito, uma vez que agiu visando aumento de sua produtividade sem, no entanto, preocupar-se com a segurança de seu funcionário.
		Ao que dispõe o Artigo 186 e Artigo 927, ambos do CC/02, a empresa ré, por responsabilidade extracontratual, está obrigada a reparar o dano causado ao reclamante, sendo de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) de dano material emergente pelo tratamento médico, psicológico e medicamento e R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) de lucro cessante uma vez que o reclamante deixou de receber esse valor pela atividade de digitação de trabalhos universitários em razão do acidente.
DO DANO MORAL
Dentre todos os atos sofridos pelo reclamante, não se pode deixar de observar o dano moral sofrido por este, o qual em razão do ato ilícito da reclamada passou dias e noites com problemas psicológicos necessitando de acompanhamento por parte de especialista, bem como fazer uso de medicamentos. Desta forma, fica claro que o reclamante teve violado seu direito da personalidade, razão pela qual, de acordo com o Artigo 5º, incisos V e X da Constituição Federal de 1988, deve ser compensado pelo dano moral suportado, arbitrados no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
DOS PEDIDOS
		Diante de todo exposto, requer:
Seja deferido o benefício da Justiça Gratuita;
Seja julgado procedente o pedido para condenar a reclamada ao pagamento de R$ 3.700,00 (três mil e setecentos) reais a título de dano material ao reclamante;
Seja julgado procedente o pedido para condenar a reclamada ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de dano moral ao reclamante;
Seja a empresa ré condenada ao pagamento das custas.
DA NOTIFICAÇÃO DA RECLAMADA
		Requer a notificação da reclamada para comparecer à audiência a ser designada por este Juízo, oportunidade em que deverá apresentar contestação, se quiser, sob pena de revelia.
DAS PROVAS
		Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, bem como as moralmente legítimas, na amplitude do Art. 369, CPC/15, em especial prova documental e testemunhal.
DO VALOR DA CAUSA
		Dá-se a causa o valor de R$ 13.700,00 (treze mil e setecentos reais).
		Termos em que
Pede deferimento.
Local, data.
ADVOGADO
OAB