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DISCURSIVAS FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO E ÉTICA DA EDUCAÇÃO(GUIA DE ESTUDO)

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Leia o trecho a seguir:
“Ambas, ética e educação, dizem respeito à ação humana, referindo-se à maneira de agir das pessoas e essas dispõem, em algum grau, de um senso comum moral oriundo do processo de socialização.”
Com base na citação e no livro da disciplina, explique o processo de socialização e sua relação com a ética e educação.
Pelo fato de viverem em comunidades, numa associação com seus semelhantes, os humanos são seres sociais, políticos e comunitários. A convivência com os outros indivíduos faz com que a pessoa estabeleça juízo de valor sobre seu modo de ser e também de seus companheiros. Disso nasce a ética, que é incorporada por cada indivíduo através da educação. (ALENCASTRO, p 28)
 
A tese spenceriana de que os conhecimentos a ser adquiridos devem ser avaliados a partir de sua possibilidade de contribuição para a “vida completa” do homem, permite formular um critério para a seleção desses conhecimentos. No entanto, essa avaliação exige, ainda, o reconhecimento prévio de que a vida humana é composta de diferentes gêneros de atividades, ordenadas por ordem de prioridade, da mais para a menos importante. [...] 
 
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, responda: quais as disciplinas escolares Spencer considera imprescindíveis? E por quais motivos são imprescindíveis?
Desse modo, segundo o autor, disciplinas escolares como Matemática, Química, Física e Biologia são imprescindíveis, pois fornecem um conhecimento sobre a natureza, que, por sua vez, permite o avanço da ciência e consequentemente o progresso da humanidade. [...] (p. 78)
 
Voltaire foi um ardente e destemido defensor da liberdade de culto, de pensamento e de expressão, sobre a primeira publicando o seu Tratado Sobre a Tolerância (1763). O romance Cândido ou o Otimismo, escrito em três dias é, para muitos, a sua obra-prima, uma amostra de seu talento como escritor, marcado pela mordacidade e a ironia. Em uma época de confiante otimismo – e o Iluminismo foi extremamente otimista quanto aos poderes emancipadores da razão -, esse livro foi uma crítica áspera sobre a ingenuidade muitas vezes subjacente ao otimismo. [...]
 
De acordo com o texto e com os conteúdos e livro da disciplina percebe-se que Voltaire é à defensor da valorização da ração e dos ideais burgueses. Além dos seus ideais filosóficos, em sua obra “Cândido, ou o Otimismo”, é possível perceber suas concepções de educação, por quais motivos?
	No livro Cândido (2001), Voltaire retoma os mesmos tema – valorização da razão e do ideal burguês, crítica Igreja e à monarquia absolutista -, mas dois aspectos devem ser ressaltados. Em primeiro lugar, trata-se daquilo que seu próprio autor chamou de romance filosófico. Em vez de escrever um tratado, Voltaire nos conta uma história na qual o personagem principal, um jovem chamado Cândido, vive uma série de desventuras. Em segundo lugar, a obra nos dá uma oportunidade de discutirmos a concepção iluminista de educação, uma vez que Cândido tem aulas com um preceptor, uma espécie de professor particular em tempo integral, algo muito comum entre a nobreza da época. (p. 50-51)
 
Suchodolski, Manacorda e Dangeville articulam seus escritos partindo do pressuposto de que existe uma pedagogia marxiana que, acrescida da contribuição de outros teóricos e educadores, conformam uma pedagogia marxista. Em linhas gerais, os trabalhos publicados por esses autores possibilitam organizar a contribuição marxiana à educação em três grandes aspectos ou direções:
Crítica à educação, ao ensino e à qualificação profissional burguesa. [...]
Relação do proletariado com a ciência, a cultura e a educação.   [...]
Educação comunista e formação integral do homem. [...]  
A partir do texto e com base nos conteúdos e livro da disciplina, explique a crítica marxista à educação, ao ensino e qualificação profissional.
Resposta:a proposta marxista para a transformação da sociedade é essencialmente humanista, trata-se de promover a formação de uma consciência critica na classe proletária para que ela possa se libertar da alienação e se emancipar economicamente e socialmente, a vertente marxista procura portanto, estudar a sociedade para identificar suas contradições e a partir dela vislumbrar possibilidades de transformação social e melhoria das condições de vida e de trabalho do proletariado.
Marx e Engels empreendem uma dura critica a educação escolar de seu tempo, afirmando que a escola serve aos propósitos mesquinhos da classe capitalista, pois pode ser comparada a uma empresa, na qual o professor assume o papel de trabalhador assalariado, cujo produto, a instrução de crianças e jovens, visa formar mão de obra para o trabalho alienante da indústria, o projeto de Marx CONHECE O TRABALHADO como principio educativo para superar a alienação.
 “Ambas, ética e educação, dizem respeito à ação humana, referindo-se à maneira de agir das pessoas e essas dispõem, em algum grau, de um senso comum moral oriundo do processo de socialização. ”
Com base na citação e no livro da disciplina, explique porque a pessoa é o sujeito da educação.
	O mundo em que está inserida a pessoa é o mundo que lhe foi passado ou ensinado, sendo apreendido com bases em suas experiências vividas. Na escola, é importante que os professores tenham uma postura moral e ética e que compreendam que o estudante é o sujeito dessa ação. O elemento moral de referência é a coerência com o projeto político pedagógico, com a vivência prática, com a cultura local e crença no que se faz. O respeito à pluralidade de entendimento do muno, do outro e da sociedade implica um esforço do educador na coerência teórica e prática (pg. 51-52).
“Assim como ele explicou por qual caminho o organismo humano constrói as estruturas mentais na interação incessante que estabelece com o meio físico e social, ele buscou explicar também o percurso que conduz o ser humano da anomia à autonomia moral”.
 
 O trecho faz menção às concepções de Piaget sobre a formação da consciência moral dos indivíduos. Cite quais são as quatro fases do processo de construção da consciência moral e suas características.
 
ANOMIA: comportamento puramente instintivo, se orienta pela busca do prazer e evitar a dor. Não apresenta qualquer senso de responsabilidade, respeito nem por si, nem pelo outro ou pelo patrimônio público.
HETERONOMIA, obedece ás ordens para receber recompensa ou para evitar o castigo. Observa as leis apenas para não ser punido.
SOCIONOMIA, interiorizando as noções de responsabilidade, respeito e justiça. Começa a não fazer com os outros o que não gostaria que fizessem a ela. Seria o caso da pessoa preocupada consigo mesma, mas sobretudo, com o que os outros pensam dela.
AUTONOMIA, interiorizou as normas morais e passa a comportar-se de acordo com elas. Passa a se comportar de acordo com as normas estabelecidas, mas também por seus princípios internos de conduta, incorporados no mais íntimo do seu ser.É a etapa mais madura do comportamento humano.
 
 “Uma boa teoria ética deveria atender a pretensão de universalidade, ainda que simultaneamente capaz de explicar as variações de comportamento, características das diferentes formações culturais e históricas”.
Com base na citação e no livro da disciplina, explique a importância das teorias éticas.
	Desde a Grécia antiga diversas teorias têm sido criadas para explicar o comportamento ético d ser humano. São formulações que surgem em diversas épocas e sociedades como resposta aos problemas trazidos pelo comportamento das pessoas. Cada uma delas tem um pretensão a universalidade, isto é, pretende descrever de uma maneira ampla as questões éticas, mas, ao mesmo tempo, buscam responder às indagações da sua época, sociedade e cultura específica. (ALENCASTRO, p 33)
 
Norberto Bobbio observou que Gramsci introduziu uma inovação profunda na tradição marxista ao incluir a sociedade civil na superestrutura, como parte do Estado, ao invés de situá-la na estrutura básica da sociedade(1976). Seguindo essa linha proposta por Gramsci, Althusser propôs que no Estado encontramos um “aparelho ideológico”, constituído das igrejas, das escolas públicas e privadas, das famílias, das leis, dos partidos políticos, dos sindicatos, dos sistemas de massa, das instituições culturais [...] e esportivas (1970: 142-143). Para Althusser, não importa se as instituições que funcionam como aparelhos ideológicos do Estado são públicas ou privadas. O importante é que elas funcionam principalmente “através de ideologia”, e não “através da violência” [...]
 
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro-base de disciplina, caracterize os “aparelhos ideológicos de Estado”, na concepção de Louis Althusser:
Resposta:
 Para Althusser, não importa se as instituições que funcionam como aparelhos ideológicos do Estado são públicas ou privadas. O importante é que elas funcionam principalmente "através da ideologia", e não "através da violência". Postula que a escola é um aparato ideológico do Estado e deve servir sempre aos interesses burgueses.
 “[...] uma ética teleológica, isto é, uma ética cuja a validade depende da bondade do fim.”
[...] uma ética deontológica, para a qual o uniformizar-se à regra é um bem, independente da avaliação das consequências.”
Com base nas citações e no livro da disciplina, dê os significados de “ética teleológica” e “ética deontológica”.
	A ética teleológica é aquela que flexibilizam os meios porque o importante são os fins, os objetivos finais. Se os fins são bons, os atos dos meios seriam justificados, por piores que sejam. A ética deontológica enfatiza as normas e deveres já pré-estabelecidos, que devem ser cumpridos à risca, sem admitir exceções. (ALENCASTRO, p 44)
“Para Lima Vaz a tendência a apresentar uma distinção semântica entre os termos Ética e Moral provém, possivelmente, do teor de complexidade da sociedade moderna frente ao estudo do agir humano, em seu enfoque individual e social”.
 Considerando os estudos realizados na disciplina de Ética e Educação, explique o que há de comum entre Ética e Moral e quais as suas diferenças.
 
Ambos estão ligados às questões que dizem respeito ao certo e errado, bom e mau, justo e injusto, e valores que foram constituídos historicamente em cada sociedade. A moral diz respeito ao conjunto de normas, regras, valores, costumes e condutas consideradas como válidas para um grupo específico. Estes códigos de conduta e valores é que determina o que é certo, errado, justo, injusto, bom, mau, etc. Tais valores e costumes podem variar de um grupo para outro, ou seja, a moral é sempre relativa, nunca universal. Já a Ética diz respeito à capacidade que cada ser humano, racional, tem de refletir sobre os padrões morais de cada grupo. Quando estamos refletindo sobre o porquê da existência de certas regras, costumes, normas e valores de um grupo de pessoas, estamos fazendo uma reflexão ética. Como esta reflexão sobre a moral se trata de uma capacidade própria de todos os seres humanos, a ética é universal. Ou seja, todos os seres racionais tem esta capacidade, ela é intrínseca a todos os seres humanos. Deste modo, enquanto a moral é relativa, a ética é universal; enquanto a moral é coletiva (diz respeito ao grupo), a ética é individual. (p.32-33)
 
 
Dewey relaciona esse falibilismo, numa maneira um tanto peirciana, ao que pode ser chamado de uma teoria probabilística da verdade. Não podemos jamais estar certos de que algo é verdadeiro, mas, dadas as condições apropriadas, podemos estar garantidos em sustentar sua verdade. Embora Dewey hesitasse em igualar verdade com assertividade garantida, ele mantinha não haver diferença prática alguma entre as duas coisas.
  
	De modo geral, os pragmatistas concordam que a verdade não é imutável, isto é, a concepção daquilo que consideramos verdade hoje pode mudar em função de fatores práticos que alterem nosso ponto de vista. William James é mais radical, acreditando que a verdade pode mudar de uma época a outra ou de uma pessoa a outra. Mas Peirce, que foi professor de James e sua principal fonte de inspiração filosófica, evita essa posição extrema. Para Peirce, o conhecimento teórico deve ser testado na prática, como forma de demonstrar sua validade, o que não significa que a ideia de cada verdade deva se conformar a cada situação ou problema em particular (Peirce, 1990). John Dewey, nesse sentido, aproxima-se mais de Peirce. Segundo o filósofo, afirmar que algo é verdadeiro significa afirmar que algo é confiável em cada situação concebível (Dewey, 1980). (p. 147-148)
 
“O primeiro esforço da cultura moral é lançar os fundamentos da formação do caráter. O caráter consiste no hábito de agir segundo certas máximas. Estas são, em princípio, as da escola e, mais tarde, as da humanidade”.
De acordo com o texto citado e o livro base da disciplina, como a escola pode cumprir esse papel de formação da consciência moral das crianças?
  
 
 Segundo Piaget, as crianças passam por fases de desenvolvimento da sua consciência moral. Os hábitos morais vão sendo incorporados ao longo da sua formação e a escola tem um papel fundamental, para que a criança saia da anomia e chegue a autonomia. As crianças vão construindo seus critérios morais no convívio com os outros e vão interiorizando as noções de responsabilidade, obrigação e justiça até que estes virem princípios internos pelos quais ela orienta sua ação (autonomia). (ALENCASTRO, p 36-39)
  
 
No prefácio da segunda edição de seu livro As regras do método sociológico, Durkheim (1995) reconhece como sua principal contribuição metodológica uma maior acuidade no tratamento dos Fatos Sociais. 
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, de que forma os fatos sociais devem ser estudados, na perspectiva de Durkheim?
Segundo Durkheim, os fatos sociais dever ser estudados como coisas. Em outras palavras, o pesquisador deve colocar de lado seus preconceitos e estudar os fenômenos ocorridos nas sociedades humanas quase do mesmo modo como analisa um fenômeno da física e da biologia. Página 79.
 “Os valores éticos não nascem com a gente, não pertencem ao que se possa chamar de “natureza humana”. O ser humano, segundo Saviani (2003), não nasce humano, mas se torna ao ser acolhido no meio social, no convívio afetivo com outras pessoas.”
Com base no livro da disciplina, explique porque “o ser humano não nasce humano”.
Quase todas as ações humanas, desde o andar, o dormir e o alimentar-se, não são atividades puramente naturais, pois são marcadas pelas soluções dadas pela cultura em que o homem sujeito vive. A estrutura da personalidade de cada indivíduo, que orientará suas ações e comportamentos, é sempre influenciada pelos valores essenciais da cultura a que pertence. Esses valores lhe foram transmitidos pelo seu meio cultural e de alguma forma assimilados e internalizados por ele. Página 31
Segundo Vasconcelos (2011), o filósofo marxista Louis Althusser é considerado anti-humanista, pois relega ao mínimo o papel dos sujeitos individuais no processo histórico. No campo da educação, qual é a contribuição mais importante do filósofo Althusser?
Nota: 16.0
	 Expectativa de resposta: a contribuição mais importante é o conceito de aparatos ideológicos do Estado. Para esse autor, o Estado é formado por uma série de instituições, como a administração pública, o exército, a polícia etc., que exercem um controle coercitivo na sociedade.BUARQUE, C. Da Ética à Ética: minhas dúvidas sobre a ciência econômica. Curitiba: Ibpex, 2012.
Vasconcelos (2011) aponta em seu livro que o Iluminismo representa o auge de uma ruptura com a tradição medieval. Nesse sentido, discorra sobre o Iluminismo.
 
Expectativa de resposta: o iluminismo é um movimento de ruptura com a tradição medieval. Para protestar contra os privilégios dos nobres, os filósofos iluministas de inspiração burguesa, empreendiam uma dura crítica ao regime monárquico e à Igreja. Os iluministas criticavam o clero,visto como uma categoria que, ao lado da nobreza, mantinha vantagens políticas e econômicas indevidas.
 
O trabalho do fundador do estruturalismo europeu, Ferdinand Saussure, com suas propostas de delimitação e tratamento do objeto de estudo, fez escola nas chamadas ciências humanas e influenciou de maneira decisiva uma grande gama de disciplinas que floresciam buscando um estatuto científico científico [ ]- fazendo com que uma diversidade de trabalhos inspirados metodologicamente em se Curso de Linguística Geral [1977]fossem situados sob o mesmo rótulo de estruturalistas.
De acordo com o texto e com os conteúdos do livro base da disciplina, o estruturalismo de Saussure ultrapassou o âmbito da linguística e foi incorporado a outros campos do saber. Quais seriam estes campos? Cite dois exemplos.
O modelo linguístico inaugurado por Saussure ficou conhecido como estruturalismo (seria ele então o pai do estruturalismo) e ultrapassou o âmbito da linguística, sendo incorporado também a outros campos como a ANTROPOLOGIA, A PSICANÁLISE E A FILOSOFIA.
O antropólogo Lévi-Strauss,por exemplo, interpreta as relações de parentesco de sociedades tribais em termos linguísticos, nos quais as milheres permutadas de um clã para outro eram comparadas a sinais dotados de significados.
No campo da filosofia destaca-se o filósofo Michel Foucault, que produziu importantes obras de cunho estruturalista.
A partir do conceito de disciplina ou poder disciplinar, Foucalt é capaz de identificar estruturas comuns a instituições sociais tão diversas como o hospício, o hospital, o exército as prisões e a escola.
“Os textos dos filósofos do passado são tão atuais hoje em dia como na época em que foram escritos.” (VASCONCELOS, 2011) 
Com relação às questões colocadas pela filosofia, na perspectiva da consideração anterior, escreva um texto dissertativo, justificando a afirmação do autor. Para sua resposta, considere as reflexões realizadas na disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação.
Nota: 20.0
	Expectativa de resposta: as questões colocadas pela filosofia dizem respeito a condições existenciais universais, por isso são válidas em todos os tempos e interessam praticamente a todos os povos e em todas as épocas. Não se tratam de questões pontuais que logo são substituídas no decorrer do tempo histórico, mas questões perenes que sempre voltam e exigem respostas. Estas questões, como “Quem somos?” “De onde viemos?” “Para onde vamos?” “Qual o sentido da vida?”, fazem parte da história da humanidade, acompanham todas as gerações. São, portanto, questões atemporais que interessam a todos os povos em todas as épocas. (livro base, p. 20)BUARQUE, C. Da Ética à Ética: minhas dúvidas sobre a ciência econômica. Curitiba: Ibpex, 2012.
Vasconcelos (2011) afirma que as implicações da fenomenologia para a filosofia da educação são inegáveis. Redija um texto dissertativo sobre isso.
	Por ser um processo teórico, o aprendizado se transforma em passividade, evitando o desperdício de tempo com os desafios de situações-problema. Não existe intencionalidade no método fenomenológico, por isso, o desafio na resolução de situações-problema fica sob responsabilidade única do educando. O aprendizado se transforma ao mesmo tempo em reflexão e contemplação, como também em convocação e desafio diante de situações-problema. Nesse ato de conhecimento intencional, toda a subjetivação, todo o ato de abstração é representado de tal modo que o processo ensino-aprendizado passa a ser encarado como um desafio para ambos, educador e educando. (VASCONCELOS, 2011, p.123)
De acordo com Vasconcelos (2011), qual é um dos mais importantes legados positivistas para a educação?
	 -A valorização do conhecimento científico e suas consequentes implicações para o currículo a fim de superar a superstição e o irracionalismo ainda presente na sociedade são, talvez, os mais importantes legados positivistas. (VASCONCELOS, 2011, p.83). Para o positivismo, as crianças são mais inclinadas a explicações mítico-religiosas, envolvendo fadas e personagens semelhantes. Os adolescentes são mais questionadores, mas é na fase adulta que o ser humano se apresenta maduro, buscando explicações científicas para os problemas. Por isso, a educação deve ser adaptada conforme a idade. (VASCONCELOS, 2011, p. 72-73)
.
	Como já afirmamos, durante a Idade Média a filosofia não era vista como uma disciplina particular, mas como o conjunto das disciplinas científicas. A obra de Boécio não somente não foge a essa regra. Mais do que isso, constitui um esforço para determinar o lugar da teologia cristã entre as ciências antigas. Esse lugar, Boécio encontrou interpretando os escritos de Aristóteles.
De acordo com o texto e com os conteúdos e livro da disciplina, é possível dizer que durante o período medieval a filosofia tratou de muitos dos aspectos que eram tratados pelos filósofos da antiguidade. Quais assuntos seriam esses? Cite, no mímimo quatro deles, relacionando-os com a religião:
O que é o ser?; Qual é a natureza do pensamento?; Qual é o sentido da vida?; Qual é o fundamento dos valores?; O que é a liberdade? O que é a política? A cultura medieval sofreu forte influência do cristianismo, cujos princípios os gregos ignoravam. A religião cristã, em muitos aspectos, era um obstáculo à livre reflexão filosófica. Se, por um lado, muitos pensadores desse período foram condenados por apresentarem ideias contrárias à fé cristã, por outro, inúmeros problemas teológicos serviam como estimulo à reflexão filosófica. A relação entre a religião e a filosofia, portanto, resultou em formas de pensamento bastante originais, nas quais temas antigos – o conhecimento, a ética, a política, a metafísica etc. – passavam a ser vistos sob nova luz. (p. 31)
 “Outro exemplo: até pouco tempo atrás, as mulheres eram consideradas seres inferiores aos seres humanos, e, portanto, não merecedoras de direitos iguais (deviam obedecer a seus maridos). Outro exemplo ainda: na Idade Média, a tortura era considerada prática legítima, seja para a extorsão de confissões, seja como castigo. Hoje, tal prática indigna a maioria das pessoas e é considerada imoral. Portanto, a moralidade humana deve ser enfocada no contexto histórico e social”
Com base na citação e no livro da disciplina, explique como podemos entender essas mudanças culturais e éticas ao longo do tempo.
	As diferentes formas de cultura têm uma racionalidade própria e precisam estar relacionadas aos contextos sócio históricos nas quais foram produzidas. As culturas são dinâmicas e mudam ao longo do tempo, acompanhando as mudanças da sociedade em que estão inseridas. Por exemplo, a violência contra a mulher que vem desde o inicio dos tempos e era reconhecida como algo normal, onde as mulheres eram vistas como propriedade, hoje são completamente intoleráveis, são costumes que acabaram se modificando ao longo do tempo. (ALENCASTRO, p 30)
“Moral e ética, às vezes, são palavras empregadas como sinônimos: conjunto de princípios ou padrões de conduta. Ética pode também significar Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas. Em outro sentido, ética pode referir-se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício profissional”.
Na nossa linguagem corrente, muitas vezes, as palavras ética e moral são usadas como sinônimos, mas na linguagem filosófica essas palavras assumem sentidos mais precisos. Com base no livro da disciplina, dê os significados filosóficos para as palavras ética e moral.
	No campo da filosofia, a palavra ética é usada para designar a disciplina ou ciência que tem por foco o estudo das normas morais, seria uma reflexão filosófica sobre a moral. Também a palavra ética está ligada teoria ou ciência do comportamento moral em sociedade.A moral, por sua vez, seriam os costumes e as normas de comportamento internalizadas e aceitas no interior de uma determinada sociedade humana. (ALENCASTRO, p 33)“Partes do heroísmo do Homem – Aranha, ele não precisaria fazer o que faz. Peter Parker tem a permissão para viver uma vida comum. O fato de escolher outro caminho, o de ser o Homem – Aranha, é que faz suas ações serem dignas de louvor. A grande responsabilidade que vem com o grande poder não é o dever de usar esse poder como O Homem – Aranha (um super – herói), é, no máximo, uma obrigação de não prejudicar os outros usando – o de modo errado. Isso é um ato nobre. Escolher e cumprir o dever, combater o crime, ajudar os indefesos e proteger estes das perversas maquinações dos vilões. Isso sim o torna em um super – herói.”
Analisando o texto lido e com base no livro da disciplina, podemos dizer que o Homem-Aranha age usando quais tipos de ética? Justifique.
	o Homem-Aranha segue em suas ações uma ética do dever, pois age por uma obrigação moral maior, um imperativo categórico, que o impele a ser herói. É uma visão deontológica, pois acredita que existem deveres a serem seguidos. Além disso, age sob uma ética da responsabilidade, pois sintoniza suas convicções e princípios a uma conduta que considere prioritariamente os efeitos e consequências do que faz, de modo que seus atos não provoquem resultados negativos de longo alcance. (ALENCASTRO, 41;45;48)
 [...] O único ponto fundamental sobre o qual Platão vai discordar é a falta de compreensão deles [dos sofistas] de que o fluxo dos fenômenos não é o fim da história – deve-se procurar alhures a verdade, que é o objeto do verdadeiro conhecimento; [...] deve-se buscar entidades mais permanentes, seguras e confiáveis, as famosas Formas platônicas. Isto, por sua vez, sugere que a base real da hostilidade de Platão aos sofistas não era porque, a seu ver, estivessem inteiramente errados, mas porque elevavam meia verdade a verdade toda, confundindo a fonte da qual vêm todas as coisas com as suas consequências (fenomenais) (Fédon 101 e 1-3). Isso os tornava muito mais perigosos. De fato, quando alhures Platão sugere, como o faz repetidamente, que os sofistas não estavam preocupados com a verdade, podemos começar a supor que era porque eles não estavam preocupados com o que ele considerava ser a verdade, e não porque eles não estavam preocupados com a verdade tal como a viam.
Com base no texto e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, descreva o modo como os sofistas percebiam a “verdade”.
	sofistas, concluíam que a verdade, aquilo que todos anseiam conhecer, simplesmente não existe. Sendo incapazes de conhecer a verdade, deveríamos nos voltar para o domínio da opinião, que seria então o máximo que nossa inteligência poderia alcançar. Em outras palavras, deveríamos abandonar a pretensão de um conhecimento certo, total e objetivo e aceitar o fato de que o conhecimento humano é sempre duvidoso, parcial e subjetivo. A solução sofista para o problema da verdade tem consequências éticas tremendas. [...] (p. 24)
Resposta:Os sofistas acreditavam que a verdade era impossível de ser alcançada, isto acabava levando o individuo ao relativismo.
 
[...] O contrato social não tem realmente qualquer teoria contratual. Tudo o que Rousseau usa da ideia de contrato é a noção de que a filiação numa associação civil deve ser vista como voluntária; ninguém se filia e obedece à associação por motivos que nada tenham a ver com a promoção do seu próprio bem. [...] Em vez de supor-se que ele foi uma espécie de teórico do “contrato social”, deveríamos assinalar a visão de Rousseau do Estado bom no seguinte: “Não pode haver patriotismo sem liberdade, liberdade sem virtude, virtude sem cidadãos; criem cidadãos e terão tudo do que necessitam; sem eles, não terão mais do que escravos aviltados, dos governantes do Estado para baixo” [...].
 
A partir do texto, e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, sintetize a compreensão de Rousseau a respeito do “contrato social”.
	A resposta, segundo o pensador, é que, na passagem do estado de natureza ao de civilização, os seres humanos estabelecem um “contrato social”, isto é, criam um conjunto de leis e instituem um poder soberano para garantir o seu cumprimento. Desse modo, embora tenhamos o caráter degenerado, ainda assim conseguimos viver com uma certa medida de harmonia social, pois tememos os castigos previstos na lei. [...] (p. 55)
 “Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam. A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum.”
O trecho acima aponta as diferenças entre a moral e o direito e livro-base complementa, apresentando uma conceituação sobre ética. Explique a conceituação de ética proposta pelo autor.
	O fazer é ético é marcado primeiramente pelo objetivo da ética que é fazer o bem. Além desse objetivo fundamental, a ética se caracteriza como um saber normativo e de orientação. Elabora uma reflexão sobre as formas de agir moral. Avalia a do ponto de vista da liberdade e da responsabilidade as condutas humanas. Classifica as ações humanas a partir de parâmetros de certo e errado, bem e mal. (p. 79-81).
:
“Já na Ética a Nicômaco aparecem mais as coisas relativas e também necessárias, de modo que o autor busca igualmente as normas mais relativas. [...] No entanto, Aristóteles insiste em que "os verdadeiros prazeres do homem são as ações conforme a virtude". A felicidade verdadeira é conquistada pela virtude. As virtudes são então analisadas longa e detalhadamente”
VALLS, A. L. M. O que é Ética. Brasília: Editora Brasiliense, 1994. p. 32.
Conforme o livro-base da disciplina e analisando a citação, defina como deveria agir o homem virtuoso segundo o pensamento de Aristóteles.
	A ética, para Aristóteles, seria a responsável por averiguar como se chega à felicidade. O homem virtuoso agiria de forma livre e responsável e seria aquele capaz de refletir e escolher sobre o que é mais adequado, movido por uma sabedoria prática que busca encontrar o ponto de equilíbrio entre o excesso e a deficiência. (ALENCASTRO, p 35)
.
 
As noções matriciais do universo do discurso moderno – na sua dupla vertente racionalista e empirista – geram-se, portanto, nos finais da Idade Média. O método especulativo dissocia a realidade em duas regiões simétricas; a substância aristotélica como sujeito real de predicação sofrerá uma idêntica dissociação. No caso do racionalismo metafísico, ver-se-á reduzida à eidetização de predicativos intelectualmente intuídos (em casos extremos, a substância será a hipostaziação de um predicado essencialíssimo). A metafísica essencialista aparece-nos assim, de acordo com o já referido, como um cântico á substância (o caso mais extremo é o monismo da substância de Espinosa). No caso do empirismo, a substância aristotélica, como sujeito real e activo, será considerada progressivamente como um resto, um resíduo que se difumina (Locke) para desaparecer definitivamente (Hume). A existência fica aqui reduzida a pura posição pontual, à cega facticidade.
 
Com base no texto e nos conteúdos e livro da discplina, pode-se dizer que a filosofia moderna, em sua origem, apresenta-se em duas grandes correntes de pensamento: o racionalismo e o empirismo.
 Nesse sentido, responda: Quais as principais características do Empirismo? E qual foi o mais conhecido filósofo empirista?
	Para o empirismo, ao primeiramente pela experiência. Desse modo, o empirismo privilegia o método indutivo, pelo qual, por meio de experiências particulares, somos capazes de alcançar um conhecimento mais amplo. [...] Em oposição a Descartes, os filósofos emperistas não aceitam a teoria das ideias inatas. Francis Bacon, filósofo empirista inglês do início da Idade Moderna, ao contrário do filósofo francês, enfatiza a importância de coletarmos informações pela experiência parasó então submetê-las à razão. [...] (p. 34-35)contrário, tudo o que há de verdadeiro na mente humana deve ter passado 
Bacon foi quem fez uma primeira boa observação sobre a divisão entre as duas correntes de pensamento moderno. Chamou os racionalistas de aranhas e os empiristas de formigas. Os primeiros lançam teias a partir de si e os empiristas coletam coisas para o seu uso. 
Com base no texto e nos conteúdos e livro da discplina, pode-se dizer que a filosofia moderna, em sua origem, apresenta-se em duas grandes correntes de pensamento: o racionalismo e o empirismo.
Quais as principais características do racionalismo? E qual foi o mais influente dos filósofos racionalistas?
	Para o racionalismo, todo conhecimento verdadeiro deriva da pura razão. Sendo assim, essa corrente privilegia o método dedutivo, no qual, com base em enunciados gerais, chegamos a conclusões de caráter particular, sem o auxílio da experiência. [...] (p. 34)
René Descartes, que viveu no século XVII, foi um dos mais influentes filósofos racionalistas. [...] (p. 35)
Analise a tirinha a seguir:
DUAS PESSOAS, UM EXIGINDO O SANDUÍCHE DO OUTRO USANDO ATÉ A FORÇA.·.
Com base no livro da disciplina e analisando a tirinha, explique quais os campos de atuação da ética?
A ética é, teoria. Seja como ciência do comportamento ou reflexão filosófica sobre a moral, ela tem como objetivo de estudo um determinado tipo de costumes, sujas normas são interiorizadas por socialização e coletivamente aceitas numa dada sociedade.
O interesse maior da ética é compreender como se dá a formação dos hábitos, dos costumes e até mesmo das regras e leis que regem uma determinada sociedade.
Dentro da reflexão filosófica podemos subdividir o estudo da ética em:
Ética normativa, ética aplicada, metaética, ética descritiva e ética moral.
De forma simplificada e didática, é possível dividi-las, em função de suas motivações básicas, em: ética das virtudes, ética religiosa, ética do dever, finalismo e utilitarismo. 
Uma resposta bastante satisfatória possa ser encontrada nas pesquisas de Jean Piaget, que definiu quatro etapas que fazem parte da formação da consciência moral dos indivíduos: Anomia, Heteronomia, Socionomia e Autonomia.
Nas tirinhas acima podemos então ver o encontro da anomia com a autonomia.
No século XVIII, surge a figura de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Embora vários teóricos já tivessem se ocupado da questão pedagógica, foi Rousseau quem deu expressão viva e concreta ao “naturalismo” pedagógico e marcou o fim da “ilustração” na França, pois percebeu que a educação calcada na razão nada contribuía para melhorar a humanidade. Ao materialismo sensualista prevalecente, Rousseau valorizou outros aspectos, por ele considerados “mais humanos”: a natureza do afeto, da personalidade, do culto à vida interior, de caráter individual. Em seu livro Émile (1762), defende a idéia de que a educação se constitua a partir da natureza da criança e que, portanto, a vida moral deve ser um prolongamento da vida biológica. [...]
  
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, descreva a concepção de educação apresentada por Rousseau no livro Emílio:
Resposta: Obra de ficção, que, segundo seu autor, não pretendia apresentar um roteiro prático para pais e professores, mas sim estimular a imaginação, fazer com que as pessoas pensassem a função de educar um aluno. No caso Emilio desde nascimento ate a fase adulta na ideia de Rousseau e que a criança cresça e se desenvolva em um alto grau de isolamento tendo praticamente só um orientador que deve ser uma pessoa especial alguém dotado de um caráter moral irrepreensível, ou seja, estimula a criança no convívio com o mundo e a sociedade, ou seja, prepara lá (p.55-56).
 “Com seu juízo, a virtude moral não pode ser transmitida, nem é algo inato, resta que tem que ser aprendida e isso deve ocorrer na tenra idade.”
A citação faz menção a ética das virtudes, em especial às ideias de Aristóteles. Explique como esse filósofo entendia as virtudes.
	Aristóteles acreditava que as virtudes são atributos ou qualidades que o ser humano deve cultivar para chegar a ser feliz. Ele dividias as virtudes em “éticas” (morais), às quais se chega pelo exercício continuo, pelo hábito; e as “dianoéticas (não morais/intelectuais), que são obtidas através do ensinamento. (ALENCASTRO, p 35)
 “A virtude é de duas espécies: a intelectual e a moral. A virtude intelectual depende, em grande medida, tanto para sua produção quanto para o seu desenvolvimento, do ensino recebido”. 
De acordo com a citação e o livro da disciplina, apresente as características das duas espécies de virtudes pensadas por Aristóteles.
	Aristóteles dividiu as virtudes em éticas (morais), às quais se chega pelo exercício contínuo do habito. estariam a justiça, a temperança, a lealdade, a honestidade e a fidelidade
 e as dianoéticas (não morais/ intelectuais), que são obtidas e moldadas pelo ensinamento, faz parte a coragem, a sapiência e a prudência. Os dois grupos se apoiam mutuamente e o homem, para ser virtuoso, deveria saber achar o equilíbrio entre o excesso e a escassez. . Por exemplo, é preciso coragem (dianoética) para que se exija publicamente que se faça justiça (ética) (ALENCASTRO, p 35)
 “Todo direito está historicamente enraizado na moralidade. O contexto moral, com suas características econômicas, sociais, políticas, religiosas e culturais, está presente nos fundamentos e nas justificativas legais.” 
Analisando o texto citado e o livro base da disciplina, descreva a relação entre moralidade e lei.
R: A moral seria um conjunto de hábitos e costumes efetivamente vivenciados por um grupo humano e a lei seria aquele conjunto de hábitos e costumes considerados fundamentais e indispensáveis, de caráter obrigatório. A lei é formal (escrita e promulgada) quando rejeitada, gera a punição representaria o mínimo moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. (ALENCASTRO, p 46)
O estudo da ética é muito antigo. Já na Grécia Clássica, Sócrates afirmava que a pergunta “como devemos viver nossas vidas?”era a principal questão a ser respondida pela filosofia. É um problema que a ética procura resolver, o que faz dela um assunto importantíssimo. Hoje, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros outros pesquisadores do
conhecimento dedicam-se ao seu estudo. Dentre os inúmeros assuntos relacionados ao tema maior em discussão, não cessam aqueles que analisam os aspectos da vida humana em sociedade e, consequentemente, a construção das crenças e valores dos seres humanos. Nessas discussões alguns termos são empregados com maior recorrência, tais como: Ser humano; Homo Sapiens e Homo Faber.
Descreva cada um destes termos.
R: De acordo com Alencastro (2010, p.28) o ser humano pode ser visto como um ente material, pois possui um corpo, tem instintos e impulsos inconscientes e, principalmente, porque interage constantemente com o meio físico que habita; o homo sapiens é o ser humano dotado de inteligência; e, o homo faber é aquele que, pelo manejo da técnica, transforma o mundo material e é por ele transformado.
Os filhos das camadas intelectuais conseguem obter na vida familiar uma preparação que constitui uma espécie de “prolongamento” da vida escolar. Aí, eles adquirem hábitos, como a concentração da atenção, a contenção física, o regime alimentar, que são uma espécie de “pré-requisito” fundamental à predisposição psicofísica para o trabalho intelectual. Esses jovens parecem conseguir absorver “no ar”, diz Gramsci, “uma grande quantidade de noções e de aptidões que facilitam a carreira escolar propriamente dita”. Eles já conhecem e, assim, podem desenvolver ainda mais o “meio de expressão e de conhecimento, tecnicamente superior aos meios possuídos pela média da população escolar dos seis aos doze anos” [...]. 
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro da disciplina, descrevas os motivos pelos quaisGramsci criticava a educação de sua época:
	Gramsci critica o sistema educacional de sua época, que mantinha dois tipos de ensino formal: um academicista, de maior duração e nível de profundidade, voltado à formação das elites; e outro profissionalizante, voltado às camadas populares, visando dar-lhes o mínimo de qualificação profissional. Como alternativa a esse modelo dicotômico, esse intelectual propõe uma educação pública e unitária, que não faça distinções de classes sociais (Gramsci, 2000).Gramsci era ainda um intelectual extremamente preocupado com o papel da cultura – que ele chamava de civilitá – nas transformações sociais. Para ele, a cultura da classe dominante – também chamada de classe hegemônica – é produtora de valores ideológicos que contribuem para a manutenção das classes subalternas em um regime de submissão (Gramsci, 2000). [...] (p. 105)
 
Em 1881, Miguel Lemos e Teixeira Mendes, apoiados em Pierre Lafitte, positivista ortodoxo, fundam a Igreja e o Apostolado Positivista do Brasil; recorde-se que, já em 1875, Miguel Lemos publica seus primeiros trabalhos sobre o positivismo – Pequenos ensaios positivistas –, passando então a chefiar o grupo dos ortodoxos, ou seja, daqueles que aceitam o conjunto da obra de Comte, aí incluídas suas incursões místicas. Benjamin Magalhães também pode ser chamado de ortodoxo, embora não pertença oficialmente à Igreja Positivista do Brasil.
 
Conforme o texto e de acordo com os conteúdos e livro base da disciplina, pode-se dizer que Comte criou uma espécie de “religião da humanidade”, cultuada em templos positivistas. Cria-se, assim, a existência de um positivismo ortodoxo. Nesse sentido, responda: Quais os motivos que levaram Comte à criação de uma religião? E por quais razões muitos dos seus seguidores diziam que isso era uma contradição?
	No sul do Brasil predominou um positivismo dito ortodoxo, em sintonia com os últimos desdobramentos do pensamento de Auguste Comte, que no fim da sua vida, criou uma “religião da humanidade”, na qual se cultuava a ciência em templos positivistas. Era provavelmente uma tentativa de imitar a estrutura da Igreja Católica, que ele considerava muito eficiente no ponto de vista organizacional, embora discordasse de sua doutrina. Contudo, muitos de seus seguidores viam nessa iniciativa uma contradição, pois, se o estágio positivo ou científico significava uma superação do mito e da metafísica, nada mais incoerente do que fundar uma religião positivista. [...] (p. 73)
 
A reflexão filosófica nesse período vai procurar responder uma das grandes indagações que afeta o homem moderno: é possível o conhecimento? Caso seja afirmativa a sua resposta, ele parte da experiência ou da razão, ou é uma síntese de ambas? O que dizer a esse respeito? Há pelo menos duas vertentes filosóficas que procuram responder essa inquietação: o racionalismo e o empirismo. O racionalismo afirma que nossos conhecimentos têm sua origem independentemente da experiência sensível, isto é, independentemente de qualquer acesso imediato às coisas externas a nós. O empirismo, por sua vez, considera que a experiência sensível é a fonte de todos os nossos conhecimentos. Uma possível superação desse dualismo será postulada por Immanuel Kant.
 
De acordo com o texto e com os conteúdos e livro base da disciplina, Kant encontrou uma possível solução para o impasse entre o racionalismo e o empirismo. Qual a posição de Kant sobre a questão do conhecimento? Em sua resposta, explique o que Kant caracterizou como erros de racionalistas e de empiristas.
	 Para ele, o conhecimento envolve sempre dois elementos: o sujeito e o objeto (aquilo que é conhecido). Segundo Kant, o erro dos racionalistas é acreditar que o conhecimento deriva da pura ação do sujeito, independentemente do objeto. Os empiristas, por sua vez, equivocam-se ao achar que o conhecimento decorre do puro objeto, como se o sujeito se comportasse de modo puramente passivo nesse processo. Portanto, o conhecimento é resultado não só do sujeito, nem só do objeto, mas da ação combinada de ambos. É a ação do sujeito que permite conferir universalidade ao conhecimento, mas é a experiência que o mantém sempre renovado. Com isso, Kant consegue explicar filosoficamente aquilo que os cientistas já realizavam na prática. (p. 36-37)
 
A descoberta da existência das ligações, sejam estáticas ou dinâmicas, é considerada a essência do que seja ciência para Comte (1990, p. 23); é, portanto, a redução à busca do nexo, do “ligar”, no interior do material empírico que é o imprescindível no fazer ciência.
A partir do texto, relacionando-o com os conteúdos e livro-base da disciplina, é possível afirmar que, para Comte, as leis sociais eram duas: a da estática e a das dinâmicas sociais. Essas duas resumem-se num único lema: qual? E onde é mais visível tal lema, no Brasil?
	Resposta: Na filosofia de Conte, a educação tem que promover a ordem para que seja possível o progresso de acordo com a lei da estática social o desenvolvimento só pode ocorrer se a sociedade se organizar de modo a evitar o caos, a confusão. Essas duas leis são resumidas no lema visto em nossa bandeira nacional. Ordem e progresso. (p. 72)
 “[...] na sociedade brasileira não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentar e promover a desigualdade, humilhar, etc. Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática: sem esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida seja como ausência de regras, seja como total relativização delas. ”
O texto faz referência a uma etapa da formação da consciência moral que é a “anomia”. Com base no livro da disciplina, as quatro características do mundo atual, segundo o autor.a
: 16.0
R: Artificialidade: caracterizada pela perda da criatividade e estímulo ao consumo. Obstrução da arte de pensar: caracterizada pela alienação com a perda do projeto de via e futuro. Excesso de informação: torna a memória um banco de dados e não se valoriza a reflexão e a convivência. Não formação das crianças e dos jovens para a vida: a informação sobrepõe-se à formação e detrimento do autoconhecimento. (pg. 20-22).
	 “A ética apresenta um cunho finalista [...] O bem tem caráter de causa final. Toda arte, todo método, assim como toda escolha parecem apetecer algum bem. O bem é aquilo que apetece todas aas coisas. O que se diz de tantas maneiras como o ser”.
 O texto faz referência à ética finalista. Com base no livro da disciplina, descreva no que consiste esta teoria ética. 
Os finalistas não partem de regras, mas de objetivos e avaliam suas ações à medida que favorecem esses objetivos. Assim, para se determinar o rumo correto de uma ação, deve-se escolher um fim apropriado e, depois, decidir sobre o meio para alcança-lo. Em síntese: os fins justificam os meios. (ALENCASTRO, p 42)
.
 “Um dos parâmetros fundamentais para estruturar a relação ética e educação hoje por eles legado reside na necessidade da educação, concebida como formação, propiciar o desenvolvimento de um núcleo referencial constitutivo da identidade do sujeito. [...] É esta que lhe permite vir a ser ele próprio e desenvolver a capacidade de agir de modo autônomo”.
 Com base no livro da disciplina, apresente as características da etapa da formação da consciência moral a qual o texto citado faz referência.
	O texto faz referência a autonomia e é a última etapa da formação da consciência moral das crianças. Nesta fase, a criança já interiorizou as normas morais e passa a comportar-se de acordo com elas. Além de orientar as suas ações e atitudes no ambiente escolar pelas normas estabelecidas, ela também age por seus próprios princípios internos de conduta incorporados ao seu ser. É a etapa mais madura do comportamento moral.
 “O cristianismo, portanto, passa a considerar que o ser humano é, em si mesmo e por si mesmo, incapaz de realizar o bem e as virtudes. Tal concepçãoleva a introduzir uma nova ideia na moral: a ideia do dever”.
 Com base no livro da disciplina, descreva a qual teoria ética a citação faz referência.
	A citação faz referência a ética religiosa que tem por parâmetros as regras e princípios revelados por Deus. Esse é um tipo de ética que prega o cumprimento dos deveres religiosos e não permite que sejam questionados. (ALENCASTRO, p 39)
 “Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como um fim e nunca simplesmente como um meio.”
“[age] apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”
Os trechos citados fazem parte dos “imperativos categóricos” de Kant. Com base no livro da disciplina, explique o que são esses “imperativos categóricos”.
	Os imperativos categóricos são regras que os seres humanos, por meio do uso da razão, se obrigam a obedecer. Deles nascem o dever. Kant chama a lei moral de "imperativo categórico" que – contrariamente aos "imperativos hipotéticos" – é incondicionado e absoluto, podendo ser formulado com as palavras: "Age de tal maneira que o motivo que te levou a agir possa ser convertido em lei universal". Sendo a razão pura por si mesma prática, o "imperativo categórico" afirma a autonomia da vontade. (ALENCASTRO, p 41)
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 “Kant buscava uma ética de validade universal, que se apoiasse apenas na igualdade fundamental entre os homens. Sua filosofia se volta sempre, em primeiro lugar, para o homem, [...]. No centro das questões éticas, aparece o dever, ou obrigação moral, uma necessidade diferente da natural, ou da matemática, pois necessidade para uma liberdade. O dever obriga moralmente a consciência moral livre, a vontade verdadeiramente boa deve agir sempre conforme o dever e por respeito ao dever.”
Com base na citação e no livro da disciplina, explique o que é o dever para Kant.
Resposta:o dever nasce do reconhecimento por parte do ser humano ser racional, por meio do uso da sua razao da necessidade obrigatória de obedecer a certas regras ou imperativos categóricos. Essas regras devem ser universais e tratar o ser humano como fim e não como meio. (ALENCASTRO, p. 41)
Redija um texto dissertativo, a partir das considerações de Vasconcelos (2011), abordando questões relacionadas ao objeto de estudo da filosofia da educação.
	Expectativa de resposta: A filosofia da educação lida com questões como: “O que é o aprendizado?” “Quais são os fins da educação?’. Interessa à filosofia da educação a reflexão de caráter especulativo sobre o processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Vasconcelos (2011), a questão que mais interessa nesse contexto é a reflexão de caráter especulativo sobre os processos de 
ensino-aprendizagem que constituem a filosofia da educação. Ao procurarmos entender como os filósofos concebiam o processo de ensino-aprendizagem no passado, podemos entender melhor os desafios que a educação nos apresenta no presente.BUARQUE, C. Da Ética à Ética: minhas dúvidas sobre a ciência econômica. Curitiba: Ibpex, 2012.
Em nossa rota de aprendizagem da nossa primeira aula de Ética e Educação há a sugestão de um vídeo do YouTube que é uma entrevista do Jô Soares com o filósofo Mario Sergio Cortella. 
Qual a definição de ética que este filósofo apresenta?
	Expectativa de resposta: o filósofo Mario Sergio Cortella apresenta uma definição de ética baseado na seguinte ideia: ética é o conjunto de princípio que é utilizado para decidir as três grandes questões da vida: “Quero?” “Posso?” “Devo?”. De forma hábil, o filósofo apresenta essas três questões humanas de um jeito irreverente, com uma fórmula bem humorada: “Tem coisas que quero, mas não posso. Tem coisas que posso, mas não devo. Tem coisas que devo, mas não quero”. Com essa fórmula, o filósofo procura sintetizar o ideal de sempre refletirmos acerca dos princípios que envolvem as decisões dos seres humanos em seu cotidiano e define que, quando estamos refletindo sobre isso, estamos agindo de maneira ética.
Considerando o pragmatismo de Dewey, para você, como futuro docente, qual seria a proposta para a escola superar o modelo de repetição e memorização?
	Propor a transformação da sala de aula em uma comunidade de investigação científica. Dewey propõe a apresentação de problemas para que os alunos, por si mesmos, busquem soluções. Desse modo, a aprendizagem tem em vista consequências práticas dos conteúdos trabalhados e está em sintonia com a vida dos educandos (VASCONCELOS, 2011, p. 150)
Leia a descrição do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar:
“O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, criado em outubro de 2001, é o órgão encarregado do procedimento disciplinar destinado à aplicação de penalidades em casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar no âmbito da Câmara dos Deputados. Cabe ao Conselho, entre outras atribuições, zelar pela observância dos preceitos éticos, cuidando da preservação da dignidade parlamentar[...]”.
Podemos justificar a existência do Conselho de Ética da Câmara através da visão de Weber de que uma ética apoiada em convicções íntimas não seria adequada para os “tomadores de decisão”. Para eles existiriam uma ética da responsabilidade. Com base no livro, descreve o que seria a ética da responsabilidade para Weber.
	A ética da responsabilidade se orienta pelos efeitos e consequências dos nossos atos, de modo que estes não provoquem catástrofes ou resultados negativos a longo alcance.A decisão dos homens de ação, como estadistas e líderes políticos, orienta-se pelas consequências de suas ações, carregando uma alta dose de responsabilidade. (ALENCASTRO, p 45)
 
 “Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros”.
Conforme o livro da disciplina, explique a importância de se entender que cada cultura institui uma moral própria.
	As diferentes formas de cultura possuem racionalidade própria. Assim, para entendermos determinada cultura ou moral, devemos entender a sociedade em que esta foi produzida. Essa moral é que vai estabelecer as regras de convivência das pessoas dentro da cultura que a criou, por isso a importância de se entender o contexto em que certas regras e normas surgiram. (ALENCASTRO, p 29-30)
O objeto de Wittgenstein no Tractatus é declarado em seu prefácio. Consiste em mostrar que os problemas de filosofia podem ser solucionados quando se chega a uma compreensão adequada de como a linguagem funciona. Ele formula isso dizendo que solucionaremos os problemas de filosofia quando entendermos a "a lógica de nossa linguagem" [...]. Esse é, de fato, o pensamento dominante em toda a filosofia de Wittgenstein e representa o que é contínuo entre sua primeira e sua segunda fase. No entanto, como veremos, as visões de Wittgenstein sobre "a lógica de nossa linguagem" diferem consideravelmente nessas duas fases, com a segunda tendo por base a rejeição de alguns dos temas mais centrais da primeira.
A partir do texto, e fundamentado no conteúdo e livro da disciplina, descreva a concepção de linguagem na primeira fase do pensamento de Wittgenstein:
Para Wittgenstein (1975), a linguagem, tendo uma função designativa e comunicativa, estabelece a correspondência entre o mundo e o pensamento por meio da figuração. Como o mundo é entendido por ele como a totalidade dos "fatos" isolado (algo impensável para esse autor), mas a frase, isto é, a expressão correspondente a uma figuração que, por sua correspondência estrutural com um determinado estado de coisas, representaria um fato, uma relação entre objetos. (p. 153)
Muitos pensam que a análise de Sartre da situação do ser humano é demasiado negativa. Ele mesmo afirmou que a sua era uma filosofia positiva, e por certo sua ênfase na liberdade é muito atraente. Mas a sua descrição da “náusea” e do absurdo da existência parece efetivamente pessimista:Meu pensamento sou eu: e por isso não posso parar. Existo naquilo que penso... e não posso me impedir de pensar. Nesse exato momento – e isso é terrível –, se existo é porque detesto existir. Sou eu, sou eu que me arranco do nada a que aspiro: o ódio e o desgosto pela existência são apenas maneiras de me fazer existir, de me lançar na existência.
 
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro da disciplina, responda: por que a filosofia de Sartre pode ser acusada de anti-humanista? E de que forma Sartre se defende de tal acusação?
O existencialismo sartreano em função de seu caráter pessimista, ao afirmar que a vida humana não vale a pena ser vivida ou que tanto faz viver ou não viver ou, ainda, por negar a fé cristã e os valores morais dela decorrentes, foi frequentemente acusado de ser uma filosofia anti-humanista.
Para se defender dessas críticas, Sartre explica o que é o existencialismo a partir da distinção entre essência e existência. As coisas existem no mundo em geral são seres em sí, isto é, possuem uma essência determinada e são definidas em função dessa essência.
Um grampeador, por exemplo, foi pensado e produzido para cumprir uma função definida: grampear papéis. Desse modo, sua essência, isto é, aquilo que a coisa é, procede sua existência concreta.
O ser humano é, ao contrário, a existência precede a essência: aquilo que sou é resultado de um processo: eu primeiro existo e me faço a cada momento da minha existência. Nesse processo, são as decisões livres que tomo que determinam meu ser, minha essência. Página 127 e 128.
 
Foucault (1999b) destaca que as disciplinas são um mecanismo de poder que controla o corpo social em seus elementos mais tênues: os indivíduos. Trata-se de uma técnica de poder cujo efeito é o de individualização e que responde às questões de como vigiar alguém, de como controlar sua conduta, seu comportamento, suas atitudes, de como intensificar seus rendimentos, de como multiplicar suas capacidades, de como colocar seu corpo em um lugar que seja mais útil.
 
De acordo com o texto, e com base nos conteúdos e livro da disciplina, é possível afirmar que, a partir do conceito de disciplina, Foucault identifica características comuns a diversas instituições sociais. Quais instituições são essas? Cite-as.
A partir do conceito da disciplina ou poder disciplinar, Foucault é capaz de identificar estruturas comuns a instituições sociais tão diversas como o hospício, o hospital, o exército, as prisões e a escola.
No hospital psiquiátrico, a cura da loucura consiste em fazer um indivíduo dócil e útil. A docilidade é um objetivo político, pois visa produzir um sujeito que não desafie a autoridade. A utilidade, por sua vez, é um objetivo econômico; esse mesmo sujeito deve desempenhar algum tipo de atividade produtiva. Uma vez dócil e útil, o louco pode retornar à sociedade, integrando-se a ela. Na instituição escolar encontramos muitos dos elementos estruturais de ele havia identificado no hospício, especialmente na questão disciplinar visando a produção de seres dóceis e úteis.
Para Dewey, a relação entre o conhecimento e seu objeto e, assim, muito diferente da afirmação, feita pelos neo-realistas e por outros, de que o conhecimento – o produto da inquirição – deve ser uma cópia fiel dos objetos que entram na inquirição como seu material bruto. De fato, devemos levar em consideração o nó da madeira, sua elasticidade etc., mas, argumentaria Dewey, isso é muito diferente de exigir que nosso conhecimento seja uma réplica mental daquilo que encontramos na natureza. O material bruto com que começamos, segundo Dewey, “não são objetos mas meios, instrumentalidades, de conhecimento: coisas por meio das quais conhecemos em vez de coisas que conhecemos” [...]. Este é o coração do instrumentalismo de Dewey. [...] 
De acordo com o texto e com os conteúdos e livro-base da disciplina, é possível afirmar que John Dewey foi o filósofo pragmatista que mais se dedicou à educação. Para tanto, um dos conceitos mais explorados por ele foi de instrumentalismo. O que Dewey quer dizer, por “instrumentalismo”?
Instrumentalismo, conceito associado a filosofia de John Dewey, que afirma ser o pensamento um instrumento por meio do qual nos relacionamos com o mundo. Isto é, o pensamento é um instrumento por meio do qual nos relacionamos com as coisas e com as pessoas ao nosso redor, assim como um marceneiro usa ferramentas (serrote, martelo, pregos, etc.) em sua relação a madeira, também usamos o pensamento como intermediário entre nós e a realidade com a qual nos relacionamos.
Para Walter Pater, a Renascença foi um “movimento em que o amor pelas coisas do intelecto e da imaginação por elas mesmas” inspirou a busca dos “meios de fruição intelectual ou imaginativa” e, com isso, “dirigiu [as pessoas] não apenas para a descoberta das fontes antigas e esquecidas dessa fruição, como, a partir delas, à intuição de novas fontes”. Entre essas “fontes antigas e esquecidas” estavam os textos clássicos inacessíveis aos medievais. No sentido original, “humanismo” refere-se ao “interesse pelo estudo e pela imitação da Antiguidade clássica”, expresso pela preocupação com as “humanidades” ou studia humanitatis – que incluíam poética, retórica e história- em contraste com a curiosidade medieval por geometria, lógica e teologia. O termo passou a indicar, em um sentido mais vago, um interesse genérico pela condição humana e pelo aumento da “fruição do intelecto e da imaginação” a que Pater alude, que excluía as esferas mais áridas da investigação científica e filosófica que Petrarca denunciou como “curiosidade fútil”. 
A partir do texto e em relação ao conteúdo das aulas e livro da disciplina, é possível dizer que durante o período conhecido como Renascimento, valorizou-se, intensamente, o ser humano. Alguns aspectos da sociedade medieval, porém, ainda permaneceram. Quais foram esses aspectos? Descreva:
	Renascimento (séculos XIV a XVII), houve uma intensa valorização do ser humano e da busca pela origem do conhecimento, mas muitos aspectos da sociedade medieval ainda se mantinham, como a estrutura aristocrática da sociedade e o apego ao latim. Mesmo a Reforma Protestante, que abalou o domínio da Igreja Católica no mundo europeu do século XVI, não alterou o fato de que a fé cristã continuava exercendo um grande fascínio na mentalidade das pessoas da época. (p. 49)
A crise contemporânea do humanismo é um tema que determinou, em grande medida, a orientação e a evolução dos pensamentos de Edmund Husserl e de Emmanuel Levinas. A experiência dolorosa das guerras mundiais, a dissolução dos valores fundamentais do Ocidente e, sobretudo, a experiência cultural e existencial de uma dissolução do sentido do mundo, são fenômenos que permitem uma aproximação entre dois pensadores que, apesar da enorme diferença que possuem entre si, viveram, cada qual a seu modo, uma parte considerável do rico e trágico século XX. Husserl morreu em 1938, Levinas em 1995. Apesar desse espaço de tempo que os coloca em momentos específicos da cultura europeia do século passado, pode-se dizer que, do ponto de vista filosófico, é comum a ambos a preocupação com as relações entre ética e subjetividade, entre cultura e humanismo, e, sobretudo, entre filosofia e responsabilidade, num contexto histórico caracterizado pelo fim da metafísica e pelo predomínio  de estruturas impessoais, que põem em jogo toda uma tentativa de afirmar a liberdade humana no curso da história.
 
 A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro base da disciplina, responda: No que consiste a o método fenomenológico, para Husserl? E qual a sua crítica ao psicologismo?
	O método fenomenológico consiste, então, em uma descrição minuciosa dos atos psíquicos correspondentes às vivências intencionais. Husserl critica o psicolologismo, afirmando que ele confunde o ato mental (noésis) com o objeto de conhecimento (nóema): o primeiro é individual e subjetivo, mas o segundo pode ser universal e objetivo, isto é, pode ser o mesmopara diversos sujeitos. Com essa distinção, Husserl não só recupera a possibilidade da objetividade do conhecimento, que o psicologismo quevia tentado desacreditar, mas também garante a autonomia e a primazia da especulação filosófica. (p. 122)
Tudo isso – que é vital para a política marxista: que a sociedade seja compreendida, e cada conjuntura histórica analisada, em toda a sua complexidade – foi resumido por Althusser quando definiu a formação social como uma estrutura com dominante. Sua causalidade, por ele batizada de estrutural, governa o desenvolvimento histórico. Os seres humanos não são os autores ou os sujeitos desse processo que, descentrado, não tem sujeito que o acione. São apoios, efeitos, das estruturas e das relações da formação social. Marx, de acordo com Althusser, rejeitou a ideia de uma essência ou natureza humana universal, adotando, portanto, um anti-humanismo teórico. 
De acordo com o texto e com os conteúdos e livro-base da disciplina, responda: por que o pensamento de Louis Althusser é caracterizado como “anti-humanista”?
	A segunda linha, pretensamente científica e francamente anti-humanista, é representada principalmente pelo filósofo marxista francês Louis Althusser. Anti-humanista porque Althusser relega ao mínimo o papel dos sujeitos individuais no processo histórico. Nesse sentido, seu posicionamento parece semelhante ao do marxismo leninista-stalinista, também conhecido como marxismo vulgar, que parte de uma concepção cartesiana e mecanicista de causalidade histórica e, por isso, a metáfora “base-superestrutura” lhe cabe muito bem. Althusser também admite a relação base-superestrutura, mas, em vez de afirmar simplesmente que a primeira é causa da segunda, ele avança a tese de uma causalidade estrutural (Althusser; Balibar, 1980).  (p. 103)
Não existem fenômenos morais, apenas uma interpretação moral dos fenômenos...
NIETZCHE. Com base no livro da disciplina, analise a citação, explicando a idéia de como a moralidade é assimilada pelos indivíduos.
A moralidade é sempre assumida pela consciência individual (autônoma), as normas morais são incorporadas ao pelo indivíduo por adesão íntima. Já que as normas morais têm sua sanção estabelecidas a partir de uma pressão social difusa e pode variar de sociedade para sociedade.
Leia o trecho a seguir:
 “Pois a norma nos diz como devemos agir. E se devemos agir de tal modo, é porque (ao menos teoricamente) também podemos não agir deste modo. Isto é: se devemos obedecer, é porque podemos desobedecer, somos capazes de desobedecer à norma ou ao preceito. Também não tem sentido falar de responsabilidade, palavra que deriva de resposta, se o condicionamento ou o determinismo é tão completo que a resposta aparece como mecânica ou automática.” VALLS, A. L. M. O que é Ética. Brasília: Editora Brasiliense, 1994. p. 48-49
 Conforme o livro da disciplina, explique o que nos leva a agir moralmente.
 
A norma moral nos diz como agir, mas podemos escolher não agir de determinada forma. O que nos leva a agir moralmente é a nossa apropriação dos valores sociais sobre o que é certo e errado, que acaba sendo incorporado e interpretado pela razão e servem de bússola para a tomada de decisões éticas. (ALENCASTRO, p 51)
Os valores sociais fornecem padrões de certo e errado;
A pessoa incorpora emocionalmente (por meio da educação) esses valores;
Em outra palavras, registram no cérebro as referências de certo e errado que agora passam a orientar suas atitudes;
Essa incorporação, sob a interpretação da razão, assume a forma de decisão ética.
Husserl desenvolveu uma meditação acerca dessas Teorias do conhecimento. Criticou o empitismo que só levava em conta os processos psicológicos envolvidos no conhecimento, sem considerar a Lógica e qualquer tipo de Ontologia. Criticou o Racionalismo que considerava verdadeiro (correto) o conhecimento de um eu racional que se apreende com uma razão que é basicamente dedutiva – da Lógica formal do pensamento matemático – onde jamais foi levado em conta a estrutura subjetiva.
 Husserl propôs um retorno ao homem, visto como pessoa, na sua totalidade. Opondo-se à atitude naturalista, enfatizou uma atitude do pesquisador, na qual a estrutura do ambiente pessoal é focalizada em relações essenciais com a estrutura da vida pessoal, com os objetos do mundo ambiente, com as pessoas com as quais partilha algo comum na experiência, pensamento, ação.
 
 A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, escreva sobre fenomenologia de Husserl e as implicações para a educação.
 A consciência de si mesmo é o que faz do ser humano um ser reflexivo e também um ser de ação, já que somente ele é possuidor de pensamento e linguagem, o que lhe possibilita agir e refletir sobre si mesmo e sobre suas próprias ações neste mundo. Nesse sentido o processo ensino-aprendizado transforma os educandos em sujeitos plenamente “intentos” sobre a realidade que os circunda e capazes de descobrir o que já estava nela implícito, porém, inconspícuo no fenômeno percebido. A intencionalidade da consciência torna-se dessa forma, o principal elemento do processo ensino-aprendizado em que os objetos são encarados como objetos-problemas, ou seja, obstáculos com os quais os alunos se deparam e se sentem compelidos a resolver. O aprendizado se transforma ao mesmo tempo em reflexão e contemplação, como também convocação e desafio diante de situações-problema. O ato de aprender se constitui em tomar, criticamente, consciência da realidade. Nesse ato de conhecimento intencional, toda subjetivação, todo ato de abstração é representado de tal modo que o processo ensino-aprendizado passa a ser encarado como um desafio para ambos, educador e educando. (p. 123)
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Compare o pensamento de Platão com o de Aristóteles.Indique semelhanças e diferenças.
Semelhanças: Em ambos exisre a preocupação de explicar a relação entre a realidade e o pensamento, e em ambos a razão é o fundamento último da verdade.
Diferança: Para Platão o conhecimento é derivado da recordação de uma vida passada, na qual a alma habitava numa esfera superior, enquanto para Aristóteles o conhecimento deriva da experiência por meio de um processo abstração.
De que modo o cristianismo afetou a filosofia medieval? 
O cristianismo impôs limites, estabelecendo o que as pessoas da época poderiam ou não pensar(isto é, não poderiam se colocar contra a doutrina da igreja), mas, ao mesmo tempo, a religião cristã estimulava o pensamento filosófico ao propor questões que a filosofia antiga desconhecia.
Compare a concepção de educação em Althusser; Balibar (1980) e Demerval Saviani (1983), indicando semelhanças e diferenças.
Semelhanças: Ambos pensam a educação a partir dos conceitos do materialismo dialético.
Diferenças: Althusser postula que a escola é um aprarato ideológico do Estado e deve servir sempre aos interesses burgueses, enquanto Saviani vê na escola a possibilidade de construção da consciência crítica dos alunos.
Augusto Comte (1798-1857) foi um filósofo francês que fundou a escola filosófica conhecida como positivismo. Era antimetafísico e diz-se que foi tão admirado no início do século XX, como Aristóteles na Idade Média.
Abordando a relação entre a ciência e a filosofia do século XIX, Comte considera que cabe à filosofia coordenar os resultados das diversas ciências, a fim de criar uma tese que os harmonize, e que o filósofo será, portanto, um especialista em generalidades.
Suas reflexões sobre a história do pensamento humano levaram-no a estabelecer a “Lei dos Três Estágios”, segundo a qual o pensamento humano se desenvolveu em três estágios: teológico, metafísico e positivo.
 
A partir do texto e fundamentado nos conteúdos e livro-base da disciplina, descreva qual a compreensão de Comte para o último dos três estágios do pensamento humano, o estágio positivo.
	Assim se refere Comte (1978, p. 4) no que diz respeito ao estágio positivo ou científico:  Enfim no, estado positivo, o espíritohumano, reconhecendo a impossibilidade de obter noções absolutas, renuncia a procurar a origem e o destino do universo, a conhecer as causas íntimas dos fenômenos, para preocupar-se unicamente em descobrir, graças ao uso bem combinado do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, a saber, suas relações invariáveis  de sucessão e de similitude. A explicação dos fatos, reduzida então a seus termos reais, se resume de agora em diante na ligação estabelecida entre os diversos fenômenos  particulares e alguns fatos gerais, – cujo número o progresso da ciência tende cada vez mais a diminuir. (p. 71)
“O ‘pai do positivismo’, Auguste Comte (1798-1857), foi responsável pela circulação do termo com expressão da confiança dupla nas ciências como fontes soberanas de conhecimento e como nossa maior esperança de progresso moral. É evidente que essa confiança dava continuidade ao otimismo dos iluministas radicais, agora fomentando pelo sucesso de ciências como a química e a eletrodinâmica em proporcionar tanto a compreensão da natureza como os instrumentos para o avanço tecnológico. A história intelectual, para Comte, passa por três estágios: teológico, metafísico e positivo”.
A partir do texto citado e dos conteúdos do livro-base Fundamentos filosóficos da educação, sintetize o primeiro dos três estágios da história intelectual segundo Comte, qual seja: o estágio teológico.: 6.0
	No estado teológico, as pessoas buscam explicações sobrenaturais para os mistérios da natureza. A chuva, por exemplo, é explicada a partir da ação de deuses ou divindades que fazem a água cair do céu (livro-base, p. 70,71).
É na configuração histórica de uma analítica do poder que a pedagogia disciplinar aparece como elemento do quadro das relações sociais nos séculos XVIII e XIX, como uma forma específica de educação consubstanciada nos dispositivos de adestramento, os quais têm por alvo a ortopedização dos indivíduos na dinâmica permanente do sistema de poder. Os dispositivos de adestramento constituem-se nos mecanismos de produção dos corpos, estabelecidos em torno da organização do espaço e do tempo. A eles correspondem as operações de esquadrinhamento, classificação, hierarquização, registro, correção e sanção que tem no indivíduo o resultado de todo o seu processo, bem como a estruturação do seu conhecimento.
 
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, descreva o pensamento de Foucault no que diz respeito ao conceito de “classificação”, em relação à escola.
	A ordenação por fileiras, no século XVIII, começa a definir a grande forma de repartição dos indivíduos na ordem escolar: filas de alunos na sala, nos corredores, nos pátios; colocação atribuída a cada um em relação a cada tarefa e a cada prova; colocação que ele obtém de semana em semana, de mês em mês, de ano em ano; alinhamento das classes de idade umas depois das outras; sucessão dos assuntos ensinados, das questões tratadas segundo uma ordem de dificuldade crescente. E nesse conjunto de alinhamentos obrigatórios, cada aluno, segundo sua idade, seus desempenhos, seu comportamento, ocupa ora uma fila, ora outra; ele se desloca o tempo todo numa série de casas; umas ideais, que marcam uma hierarquia do saber ou das capacidades, outras devendo traduzir materialmente o espaço da classe ou do colégio essa repartição de valores ou dos méritos. Movimento perpétuo onde os indivíduos substituem uns aos outros, num intervalo escondido por espaços alinhados. (p. 135)
“Eu teria procurado um país no qual o direito de legislação fosse comum a todos os cidadãos; porque, quem melhor do que eles pode saber sob que condições lhes convém viver juntos em uma mesma sociedade?”
As Leis e a Moral surgiram da necessidade de organizar a vida em sociedade. Com base no livro da disciplina e no excerto, como podemos diferenciar a Lei e a Moral?
espera-se que o aluno saiba discorrer sobre as diferenças entre lei e moral, destacando que ambas são instrumentos de justiça, ambas se originam das necessidades humanas, ambas são históricas, sociais e questionáveis, ambas dependem de instituições que as preservem. Todavia, mesmo tendo várias semelhanças, eles são diferentes no que tange as ideias de que a moral é um instrumento informal de justiça, enquanto que a lei é um instrumento formal, escrita e promulgada; a moral possui variações dentro de um grupo, já a lei possui um sistema jurídico único aplicável a todos do grupo; a moral quando rejeitada provoca rejeição do grupo, já a lei quando rejeitada gera punição; a moral é indicada como boa e/ou má, a lei é imposta como obrigatória. (p 47-48)

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