Buscar

trabalho sobre Empreendedorismo e Plano de Negócios

Prévia do material em texto

sistema de ensino presencial conectado 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
CLAUDIA REGINA DOS SANTOS FELIPETO 
EMPREENDEDORISMO 
Alegrete - RS 
2009 
CLAUDIA REGINA DOS SANTOS FELIPETO 
EMPREENDEDORISMO 
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Administração á Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, para a disciplina (Empreendedorismo e Plano de Negócios). 
Prof. Leonardo Fávero Sartori 
Alegrete- RS 
2009 
INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem como objetivo uma visão geral do empreendedorismo, o processo empreendedor, bem como a importância de um plano de negócios como ferramenta fundamental na criação e gestão de novos negócios, produtos ou serviços, o perfil do empreendedor, os fatores críticos de sucesso para organizações empreendedoras, em processo de consolidação. 
O processo empreendedor é responsável também pela diferença no nível de desenvolvimento econômico de cada país, qual a importância social e econômica do empreendedorismo, a evolução do pensamento sobre o assunto e tratar de aspectos práticos do processo de empreendedorismo , seja iniciando novos negócios, com a ajuda do plano de negócios, seja impulsionando organizações estabelecidas através do empreendedorismo interno. 
Quando tentamos compreender todos os fatores relacionados com o ato de empreender um novo negócio, constatamos que embora o empreendedorismo seja um tema amplamente discutido nos dias atuais, seu conteúdo, ou seja, o que ele representa, varia muito de um lugar para outro, de país para país, de autor para autor. 
Embora o empreendedorismo tenha se originado a partir de pesquisas em economia, recebeu fortes contribuições da psicologia e de sociologia, o que provocou diferentes definições para o termo e como conseqüência variações em seu conteúdo. 
Assim podemos verificar diferentes significados de empreendedorismo: 
• Dicionário de Língua portuguesa Aurélio (1999): Empreendedor, que 
empreende, ativo, arrojado, cometedor. Aquele q empreende. 
• Grande Dicionário enciclopédico Larousse (1983): Chefe de uma empresa, 
chefe de umas empresa especializada na construção; nos trabalhos públicos, nos trabalhos de habitação. Pessoa que, perante contrato de uma empresa, recebe remuneração para executar determinado trabalho. 
• Robert Dicionário (1963) : Aquele que empreende qualquer coisa. Pessoa que 
se encarrega da execução de um trabalho por contrato empresarial. Toda pessoa que dirige um negócio por sua própria competência e que coloca em execução os diferentes fatores de produção, tendo em vista vender os produtos ou serviços. 
• Dicionário Webster (1970): Pessoa que organiza e gere um negócio, 
assumindo o risco em favor do lucro. 
• Dicionário de Ciências Sociais (1954): o termo empreendedor de nota a
pessoa que exercita total ou parcialmente as funções de: Iniciar, coordenar, controlar e instituir maiores mudanças no negócio da empresa, e /ou assumir os riscos nessa operação, que decorrem da natureza dinâmica da sociedade e do conhecimento imperfeito do futuro, e que não pode ser convertido em certos custos através de transferência, cálculo ou eliminação. 
Muitas pesquisas nesta área tiveram como foco as características pessoais do individuo empreendedor, os economistas associando o empreendedor com a inovação, enquanto os psicólogos e sociólogos concentrando-se nos aspectos ligados a criatividade e intuição. 
Empreender é essencial para continuar no mercado, empresários não podem cometer o pecado de achar que já têm seu lugar fixo neste ambiente, é preciso usar as palavras “inventar e buscar”. 
Enquanto isso as empresas que já possuem nome na esfera dos negócios tentam desenvolver formas de empreendimento que propiciem o desenvolvimento e bom andamento da organização utilizando do intraempreendedorismo buscando de dentro para fora soluções e parcerias com o intuito de transformar idéias ou projetos em um produto lucrativo para os envolvidos. 
Desenvolvimento 
Idéia de inovação, as características convencionalmente associadas com empreendimento, liderança, inovação, risco estão associadas ao conceito, precisamente porque em uma cultura altamente comercializada como a nossa, elas são características essenciais da efetiva organização dos negócios. 
O empreendedor queira ou não, também exerce a função de gerente, tem uma função diferente. É seu trabalho localizar novas idéias e colocá-las em prática. 
Ele deve liderar, talvez ainda inspirar, ele não pode deixar que as coisas se tornem rotineiras e , para ele, a prática de hoje já mais será suficientemente boa para amanhã, ele é inovador, é o individuo que exercita o que na literatura da administração é chamado “liderança”, mesmo não estando presente, ele é percebido como se estivesse. 
Um empreendimento empresarial é aquele cujo os principais objetivos são lucratividade e crescimento. 
Um negócio é caracterizado pelas práticas estratégicas inovativas. Um empreendedor é um individuo que estabelece e gera um negócio com a principal intenção de lucro e crescimento. 
Empreendedorismo pode se definir como a apropriação e a gestão dos recursos humanos e materiais dentro de uma visão de criar, desenvolver e implantar resoluções permanentes de atender as necessidades dos indivíduos. 
Identificação de oportunidades refere-se a dois tipos de empreendedores: O empreendedor profissional ou artesanal é o empreendedor que identifica oportunidades. Os primeiros são limitados em termos de bagagem cultural e engajamento social, os últimos são de um maior grau de instrução e de engajamento social e são mais agressivos no desenvolvimento e expansão da organização. 
Segundo a definição de Shumpeter (1983), desenvolvida dentro de um amplo contexto econômico, ‘’empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa’’. De acordo com esse autor um empreendedor tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa, como alguém comprometido com a inovação em empresas já constituídas. O ponto principal dessa definição é que o empreendedorismo, em empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas é o fator que permite que os negócios sobrevivam e prosperem num ambiente econômico de mudanças. Esse autor concebe o empreendedorismo como um processo continuo conforme novas oportunidades apareçam na economia, os indivíduos com visão empreendedora as percebam e as exploram. 
A importância de empreender, inovar permite que as empresas e as pessoas quebrem a distância, geração de empregos e renda, originando uma melhor qualidade e padrão de vida. O grande desafio do empreendedor atual é criar mecanismos, produtos e serviços, que faça com que a economia se movimente, através da identificação de novas tendências . 
O empreendedorismo pode ser tanto corporativo quanto de “start-up”: 
Empreendedorismo corporativo – procura trabalhar os conceitos do empreendedorismo e da inovação através de programas voltados ao desenvolvimento do perfil empreendedor de funcionários e executivos e na implementação de novos projetos e negócios corporativos. Aplica-se a empresas já constituídas, de médio e grande porte, através de treinamentos, palestras, seminários, workshops e consultorias. 
O intraempreendedor surgiu quando grandes corporações começaram a identificar a necessidade de incentivar o empreendedorismo dentro dos departamentos da organização. "Os intra-empreendedores têm abordagens fora do convencional para os problemas, buscam soluções a qualquer custo". Segundo Uriarte (2000) apud Moreira (2003) o Intra-Empreendedor é: 
"Aquele profissional que a partir de uma idéia, e recebendo a liberdade, incentivo e recursos da empresa onde trabalha, dedica-se entusiasticamente em transformá-la em um produto de sucesso. Não é necessário deixar a empresa onde trabalha, como faria o empreendedor, para vivenciar as emoções, riscos e gratificações de uma idéia transformada em realidade". 
As principais características do Intra-Empreendedor e que diferenciam dos demais funcionários são: 
a) Tem visão sistêmica:não tem olhos apenas para o seu departamento, mas 
consegue visualizar a companhia como um todo. 
b) Atribui significado pessoal a tudo o que faz: tanto pelo trabalho como pela empresa onde atua. Isso inclui acreditar no negócio e ter a sensação de que a experiência está valendo à pena. 
c) Tem capacidade de implementar as idéias: implanta projetos com começo, meio e fim. Não basta ser um poço de idéias, é preciso implementá-las. É persistente: faz de tudo para que os projetos e negócios dêem certo. Tem capacidade de encontrar saídas para obstáculos que apareçam. 
d) É pró-ativo e se antecipa ao futuro: Faz as coisas antes mesmo de ser solicitado ou forçado pelas circunstâncias. Consegue antecipar a necessidade e vai além do pré-estabelecido. 
Outras características que o tornam diferente dos demais funcionários, são as seguintes: 
a) Tem atitude de dono na empresa: não tem olhos apenas para o seu departamento, mas para a companhia como um todo. As organizações podem estimular isso com um plano de obtenção de stock options (ações) da empresa, fazendo com que os funcionários virem sócios do negócio. 
b) Tem paixão pelo que faz: tanto pelo trabalho como pela empresa onde atua. Isso inclui acreditar no negócio e ter a sensação de que a experiência está valendo a pena. 
c) É persistente: faz de tudo para que o negócio dê certo e dissemina a idéia para os outros colaboradores, atuando como líder da equipe e encorajando-os a continuar. 
d) Tem prazer em ensinar aos outros o que sabe: gera efeito cascata e forma outros executivos empreendedores. Este tópico é importante porque é praticamente impossível a empresa funcionar com apenas um único empreendedor. 
f) É um profissional extra-muros: ele excede os limites, vai além do pré-estabelecido e realmente faz acontecer. 
Importância 
Em um mundo onde as mudanças são constantes, é de suma importância que as organizações acompanhem estas mudanças. E é neste contexto que entra o papel do Intra-Empreendedor, movimento em que o funcionário se torna um colaborador, passando a agir na empresa como parte integrante do processo, uma peça do sistema, tornado a empresa mais competitiva. Ele é importante porque o profissional com este perfil traz inovações à empresa, provocando o surgimento de valores adicionais para a empresa, tornando-se uma grande vantagem competitiva. Ele ainda tem uma certa dose de ousadia e sabe solucionar de forma inusitada diversos problemas corporativos e ainda traz experiência e conhecimento de vários outros locais agregando ao que a empresa e o grupo já possui. A importância dos profissionais Empreendedores está no fato de que eles são os verdadeiros agentes de mudanças nas empresas. 
Segundo Hashimoto(Especialista em Intra-Empreendedorismo da FGV-PR) apud Aquino (2005) "O perfil Intra-Empreendedor é extremamente importante, sobretudo no nível de competitividade que as grandes empresas estão vivendo". Porém este perfil não é uma qualidade que não pode ser aprendida, no entanto como se trata de comportamento pode ser treinado e aprimorado. E para se desenvolver um espírito empreendedor é necessário que ele tenha aspectos em sua personalidade que sejam compatíveis com esse perfil. No comentário a seguir, realizado por Aquino (2005) poderá ser observado porque o Intra-Empreendedor é tão importante: 
Não basta mais ter somente diploma de graduação e especializações para se 
destacar no mercado de trabalho. As corporações querem cada vez mais profissionais que tragam soluções inusitadas para seus problemas, sejam pró-ativos e inovadores, ou seja, que tenham um perfil Intra-Empreendedor. Basicamente, eles querem que os funcionários apliquem as características Empreendedoras em prol da própria empresa. 
A importância dos profissionais empreendedores está no fato de que eles são os verdadeiros agentes de mudança nas empresas. Segunda a tese de Luís Ricardo Uriarte, "a experiência mostra que as empresas bem-sucedidas são aquelas que iniciaram mudanças em tecnologia, marketing ou organização e conseguiram manter uma liderança em relação aos concorrentes. Portanto, os empreendedores são necessários não somente para iniciar novos empreendimentos em pequena escala, mas também para dar vida às empresas existentes, em especial as grandes", conclui ele. 
É importante que os colaboradores não vejam a empresa como apenas um emprego, mas tenham o perfil de dono de um negócio. A postura de dono de negócio é a chave para o sucesso de nossa empresa. Respeitamos cada colaborador como se fosse dono de seu pequeno negócio, dentro de nosso grande negócio. 
Como desenvolver e estimular o intra-empreendedorismo 
Algumas empresas se dizem empreendedoras ao simplesmente colocar em prática algum programa interno de sugestão de funcionários, a famosa “Caixa de sugestões”, só que o intra-empreendedorismo é muito mais do que isto. Requer uma radical mudança cultural interna que permita o surgimento de novos modelos de negócio e agilidade para implantação dos projetos. Para se implantar o Intra-empreendedorismo é preciso que a empresa desenvolva alguns passos decisivos: 
a) Deve existir clara intenção da alta administração em aumentar sua capacidade empreendedora; 
b) Devem ser revistos os processos de delegação e atribuição de responsabilidades; 
c) Gestores que tenham a capacidade de assumir riscos e mais delegação devem ser identificados, pois conduzirão o processo; 
d) A organização deve ser reestruturada em pequenas unidades de negócios, dimensionadas a partir da identificação de mercados e clientes; 
f) Os atuais líderes de negócios (presidente e diretores) devem se comportar como treinadores dos futuros empreendedores internos; 
g) Um sistema de acompanhamento, suporte e um processo específico de recompensas devem ser concebidos, para sustentação do modelo. Para desenvolver o espírito Intra-empreendedor nos seus funcionários e colegas, uma boa opção é usar as ferramentas de Treinamento e Desenvolvimento disponíveis, hoje em dia cada vez mais acessíveis a todo tipo de empresa. 
Para estimular o Intra-empreendedorismo muitas empresas, para fazer com seus colaboradores contribuam mais com a empresa dividem o lucro da empresa. Entretanto não existe um modelo padrão a ser seguido pelas organizações. Cada empresa cria o seu próprio modelo, adequado ao seu negócio, com objetivo de se tornar competitiva e gerar valor. Na maior parte dos modelos algumas características são fundamentais para se obter sucesso nos projetos, segundo CRA-SP, tais como: 
a) Estímulo ao empreendedorismo; 
b) Delegação, Autonomia, Empowerment; 
c) Donos do Negócio; 
d) Tolerância ao erro; 
f) Inovação e qualidade; 
g) Comunicação Formal e Informal; 
h) Motivação, energia/sonhos e desafios; 
i) Importância de um modelo; 
j) Desenvolvimento de Pessoas; 
l) Remuneração Variável. 
De acordo com o último ranking de empreendedorismo corporativo (2006), realizado pelo IBIE (Instituto Brasileiro de Intra-empreendedorismo) os fatores apontados pelos colaboradores que mais estimulam a inovação nas empresas não é o aumento de salário ou promoção de cargos. O fator mais apontado pelos colaboradores conforme quadro abaixo é a satisfação pessoal, ou seja, as pessoas dão idéias em função de se sentirem úteis e capazes de propor melhorias. 
Os fatores que mais estimulam a inovação nas empresas Satisfação Pessoal: 34%; Contribuição para a imagem e o crescimento da empresa: 22%; Possibilidade de facilitar o próprio trabalho: 17%; Reconhecimento Moral dos Chefes e colegas: 12%; Aumento de Salário: 9%; Promoção de Cargo: 6%. 
Ainda, segundo o ultimo ranking de empreendedorismo corporativo (2006) os fatores que mais atrapalham as iniciativas dos funcionários nas organizações, demonstrados na tabela a seguir, está a falta de políticas de recompensas e reconhecimento, pois sem esses fatores muitos colaboradores deixam de propor novas soluções. 
Os fatores que mais atrapalham a inovação nas empresas Ausência de políticas de reconhecimento e recompensa 25% Falta de comprometimentodas pessoas: 22%; Falta de incentivo de chefes e colegas: 21%; Despreparo e desinteresse dos funcionários: 16%, escassez de recursos 16%. 
Segundo CRA-SP (2007), Gifford Pinchot estabeleceu 10 Mandamentos que devem ser seguidos pelo Intra-empreendedor para que este tenha sucesso: 
1) Forme sua equipe. Intra-empreendedorismo não é uma atividade solitária; 
2) Compartilhe o mais amplamente possível as recompensas; 
3) Solicite aconselhamento antes de pedir recursos; 
4) É melhor prometer pouco e realizar em excesso; 
5) Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho, independentemente de sua descrição de cargo; 
6) Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão; 
7) Tenha sempre em mente os interesses de sua empresa e dos clientes, especialmente quando você tiver que quebrar alguma regra ou evitar a burocracia; 
8) Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido; 
9) Seja leal à suas metas, mas realista quanto ás maneiras de atingi-las; 
10) Honre e eduque seus patrocinadores. 
Empreendedorismo de start-up – procura trabalhar com potenciais empreendedores e empresas inovadoras em estágio inicial de desenvolvimento, através de treinamentos, palestras e consultorias relacionadas ao empreendedorismo, plano de negócios, inovação e capital de risco. 
Empreendedorismo em 7 Passos 
1. Assumir riscos: Esta é a primeira e uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles. 
2. Identificar oportunidades: Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom negócio é outra marca importante do empresário bem-sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta. 
3. Conhecimento, organização e independência: Quanto maior o domínio de um empresário sobre um ramo de negócio, maior será sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas" de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes. 
Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização principalmente no início do empreendimento compromete seu funcionamento e seu desempenho. 
Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão, enfim, buscar a independência é meta importante na busca do sucesso. O empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se transformar em obstáculos aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer seus direitos de cidadão-empresário. 
4. Tomar decisões: O sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com a capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que exige o levantamento de informações, análise fria da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões corretas, na hora certa. 
5. Liderança, dinamismo e otimismo: Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre presente. 
Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de fazer com que simples idéias se concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar um certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos. 
O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades. 
6. Planejamento e plano de negócios: Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre presente. 
Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é notória a falta de cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre admirado pela sua criatividade e persistência. 
Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: o planejamento. 
Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio de maturidade é creditado ao empreendedor que planejou corretamente o seu negócio e realizou uma análise de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de colocá-lo em prática. 
Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados: 
1- Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes e para seus parceiros, sejam eles fornecedores ou seus funcionários. 
2- Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio. 
3- Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. A maioria destes é composta de micro e pequenos empresários, os quais não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio e projeções de faturamento. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios. 
7. Tino empresarial O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas características terá grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por conta própria no mercado brasileiro e, principalmente, alçar vôos mais altos na conquista do mercado externo deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só respeitam os que se mostram à altura do desafio. 
Nos dias de hoje ninguém mais duvida de que as empresas que desejam prosperar devem ter como estratégia prioritária a inovação. Isso é consenso, mais cedo ou mais tarde investir na excelência e na renovação dá resultados palpáveis. 
O que se discute, portanto, não é mais o impacto que a capacidade de se distinguir da concorrência é capaz de provocar nas relações de consumo, mas a própria forma de incorporar a inovação na rotina de trabalho. 
Num mercado onde a cultura do novo realmente faz a diferença e fala tão alto quanto o preço justo, a qualidade e o bom atendimento, o verdadeiro diferencial consiste em fazer melhor a mesma coisa a cada dia e tocar o seu negócio hoje com os olhos voltados para o amanhã. 
Outros instrumentos indispensáveis para o sucesso do negócio são a capacitação e o treinamento. Para manter atualizado e sincronizado com as oportunidades que o mercado oferece,. O empreendedor precisa literalmente mergulhar no seu universo de trabalho, adotando uma postura participativae investindo continuamente na própria reciclagem e de sua equipe de trabalho para desenvolver e estimular talentos, aptidões e competências. 
No mundo dos negócios, a geração de lucro é questão de vida ou morte. Seja qual for o empreendimento, ele precisa ser lucrativo para continuar em funcionamento . Se não for oxigenada com uma taxa de lucratividade compatível com suas necessidades, qualquer empresa está fadada a fechar as portas, mais cedo ou mais tarde. 
Por isso, a lucratividade deve ser entendida como um termômetro que mede a viabilidade de um empreendimento e a queda da taxa de lucro, um sinal de que ele pode estar seriamente vulnerável ou doente. 
Para ser rentável um empreendimento requer iniciativa, postura empresarial, comportamento pró-ativo e, claro, conhecimento do mercado. Ao manter-se em vigília constante e sintonizado com o mercado, o empreendedor acaba desenvolvendo uma competência valiosa para o seu sucesso profissional, torna-se capaz de avaliar e reavaliar constantemente as oportunidades que aparecem e enxergar bons negócios assim que eles se apresentam. Mas observe uma idéia inovadora só se transforma em oportunidade real quando aparece no momento certo, isto é, quando seu propósito vai ao encontro de uma necessidade do mercado. Vale também lembrar que toda oportunidade tem um tempo de vida útil, num primeiro momento, ela pode atender as necessidades do consumidor e até se tornar uma febre nacional, num segundo, pode simplesmente acabar ultrapassada e ser aposentada. Em outras palavras, oportunidades reais só se concretizam quando existem clientes potenciais para encampa-la, quando desperta interesse de consumo. 
Permanecer atualmente no mercado é estar atento as novas oportunidades que ele oferece e aproveita-las depois de bem planejar a ação, cercando-se de segurança e de muito aprendizado. 
O interesse de toda a sociedade em relação aos pequenos negócios é explicado pelo seu grande significado político e econômico. Político porque as micro 
e pequenas empresas funcionam como fator de equilíbrio da estrutura empresarial brasileira e coexistem com as grandes empresas. Econômico porque geram grande número de empregos, por isso, contribuem muito na geração de receitas e na produção de bens. 
No entanto, muitos empresários não conseguem manter as portas de suas empresas abertas por muito tempo. Pesquisas do SEBRAE-SP mostram que cerca de 58% das empresas de pequeno porte abertas em São Paulo não passam do terceiro ano de existência. 
O que leva tantas empresas à extinção? O que faz com que outras sobrevivam aos trancos e barrancos? 
O fracasso pode estar ligado à falta de dinheiro no mercado, escassez de recursos próprios, entrada de novos concorrentes e mudanças das políticas do governo. Mas, uma das causas mais freqüentes do fracasso está ligada, diretamente, aos próprios empreendedores, isto é, à falta de habilidade administrativa, financeira, tecnológica e mercadológica. 
A força que empurra o empresário para o sucesso é, sem dúvida, a vontade de enfrentar o desafio de abrir o próprio negócio. Mas somada a essa vontade tem que haver a disposição para adquirir conhecimentos e para desenvolver comportamentos adequados a empreendedores bem-sucedidos. 
Pesquisas feitas com empresários de sucesso identificaram qualidades especiais comuns a todos eles e que foram responsáveis por garantir o seu lugar no mercado. Dentre uma destas qualidades, está a importância que os empresários dão ao plano de negócios, utilizado-o não apenas como um documento para captação de recursos, mas como uma ferramenta de gestão empresarial, sendo visto como um mapa que guiará a empresa ao seu destino e ao cumprimento de seus objetivos. 
CONCLUSÃO 
Com o constante aumento do desemprego, muitos ex-funcionários de empresas têm se jogado, sem qualquer preparo, na aventura de montar um negócio próprio, com o sonho de independência financeira, de liberdade e de ficar rico. A história tem mostrado que uma pequena parcela desses mesmos aventureiros, também chamados de empreendedores, são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento econômico e crescimento do país. Porém, a grande maioria encontra uma nova decepção quando opta pelo negócio próprio e acaba conhecendo uma realidade cruel, a qual mostra quão vil é o mercado com aqueles que não estão preparados. 
A economia de mercado não permite aos principiantes ou apenas sonhadores saírem vitoriosos. Isso não significa que se devem aceitar os fatos e deixar que o mercado sempre imponha as regras do jogo. Pode-se sim, com um planejamento eficaz, contínuo e, o mais importante, com uma análise realista, construir empresas de sucesso mesmo em tempos de crise. Para isso, o futuro empreendedor deve compreender as regras do jogo antes de jogar e se convencer, a partir de dados concretos, que há uma possibilidade de sucesso no futuro empreendimento. 
O problema é que as ferramentas disponíveis a esses empreendedores, destinadas a fornecer-lhes suporte nesta tarefa, são mal compreendidas e precariamente utilizadas. O plano de negócios é um exemplo claro de ferramenta de gestão comprovadamente eficiente em muitos casos, mas que, em outros, pelo fato de não ser adequadamente compreendida, acaba não agregando valor à ação empreendedora e cai no descrédito. 
Os fatores principais que levam a esse cenário são muitos, mas o principal é o fator cultural do brasileiro que não crê no planejamento e prefere errar e aprender com os erros. Essa experiência de aprender com os erros seria sempre válida se fosse possível repeti-la mais de uma ou duas vezes, o que geralmente não ocorre por diversos fatores, tais como quantidade de recursos escassos, tanto financeiros como materiais, e número limitado de investidores dispostos a investir. 
Desta forma, é cada vez mais evidente e necessário que os empreendedores não apenas possuam as qualidades necessárias, mas principalmente, que vejam o planejamento, materializado por meio do plano de negócios, como a sua principal arma para construir ou levar o seu empreendimento a um crescimento com bases sólidas e rumo ao sucesso. 
REFERÊNCIAS 
Universidade Norte do Paraná. Catálogo do curso de graduação a distância: 2009- UNOPAR 
Artigo Proposto - “O INTRAPREENDEDORISMO E SUA RELAÇÃO COM A INOVAÇÃO EM EMPRESAS CONSOLIDADAS”, de Santos, Lenzi e Rodrigues, Caderno FACECA,2006. 
Artigo Proposto - “EMPREENDEDORISMO E CONSTRUÇÃO DA BASE DE RECURSOS”, de Brush, Greene e Hart, Rev. de Adm. de Empresas (RAE), 2002. 
Vídeo Aula, Prof. Leonardo Fávero Sartori, aula 1 – Empreendedorismo e seus conceitos, dia 13.03.2009. 
Vídeo Aula, Prof. Leonardo Fávero Sartori, aula 2 –Etapas do Processo Empreendedor, dia 17.03.2009. 
Vídeo Aula, Prof., Leonardo Fávero Sartori aula 3 –Desenvolver e Gerenciar um novo Negócio, dia 24.03.2009. 
Portal do Administrador, disponível em, http://www.administradores.com.br 
Guia SEBRAE – APOSTE NA SUA EMPRESA

Outros materiais

Perguntas Recentes