Buscar

Apostila História Parte 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
PHD CONCURSOS E VESTIBULARES 
PREPARATÓRIO ENEM/IFAL/VESTIBULARES 
DISCIPLINA: CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
CULTURA GERAL 
 
 
A prova exige dos candidatos uma 
visão globalizante do processo 
transformacional das sociedades ocidentais 
através dos tempos. 
O candidato, além de ser capaz de 
fazer uma análise estrutural dos fatores 
econômicos, históricos, geográficos, políticos 
e sociais, deve interpretar mapas, tabelas, 
organogramas, textos e gráficos, 
estabelecendo relações com as condições às 
quais se referem ou nas quais foram 
gerados. 
 
 
 
 
CONHECIMENTOS ENGLOBADOS 
 
 Geografia 
 História 
 Atualidades 
 
 
 
II - O MUNDO CONTEMPORÂNEO 
 
 
2.1 A Independência dos Países 
americanos 
 
 
Entre os séculos XVIII e XIX, o 
Absolutismo e as práticas mercantilistas 
desmoronaram em quase toda a Europa 
ocidental. Era o prenúncio de um novo 
tempo, caracterizado pela produção 
industrial, pelo livre comércio e pela 
igualdade de direitos. 
 
 Esses ares de renovação não 
tardariam a se espalhar por todo o mundo. 
Na América, começaram a soprar 
em 1776, quando os colonos ingleses da 
América do Norte colocaram fim ao domínio 
colonial. Com isso, abriram um caminho que 
seria rapidamente trilhado por colonos de 
outras partes do continente. 
 
Os primeiros a tomar esse rumo 
foram os habitantes da colônia francesa de 
São Domingos, na América Central. Nessa 
região, cuja maioria da população era 
formada por pessoas de origens africana, 
teve início um dos movimentos de 
independência mais radicais de toda a 
América, que resultaria na formação do Haiti. 
 
Os colonos espanhóis, por sua vez, 
começariam a conquistar sua independência 
no início do século XIX. O vasto território 
controlado pelos espanhóis se fragmentaria 
então em vários países. A domínio colonial 
apenas em 1822. 
 
Características dos movimentos de 
independência 
 
1. A Causa Estrutural da Crise do Sistema 
Colonial Ibérico - O Sistema Colonial Ibérico 
entrou em grave crise, provocada pelo 
desenvolvimento do Capitalismo Industrial, 
que não permitia as barreiras do monopólio 
comercial e a continuidade do regime de 
trabalho escravo. 
 
2. A Independência das Colônias 
Espanholas da América Revoltas 
Nacionalistas - Os diversos países da 
América alcançaram sua independência por 
meio de diversas revoltas no período de 1810 
a 1828. Simón Bolívar e San Martin foram os 
principais líderes dessas revoltas, 
principalmente na América do Sul. 
 
Apoio da Inglaterra e dos Estados 
Unidos: desenvolvendo a industrialização, a 
Inglaterra apoiou a independência latino-
americana, tendo interesse em expandir seu 
2 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Mercado Consumidor de produtos 
industrializados. Com a Doutrina Monroe (a 
América para os americanos), os Estados 
Unidos já revelaram suas pretensões de 
manter o continente americano sob sua 
influência. 
 
3. A Independência do Brasil - Proclamada 
a 7 de setembro de 1822, a independência 
brasileira não alterou a ordem econômica 
vigente no país. O Brasil saiu dos laços 
coloniais portugueses para cair na esfera de 
dominação Inglesa. 
 
 
TEXTO I: 
AMÉRICA LATINA 
 
 
O termo “América Latina” ou “Ibero-América” 
designa a região que inclui o México, a 
América Central e a América do Sul. O 
conjunto ocupa pouco mais da metade do 
continente americano e abriga quase dois 
terços da população. 
 
CINCO GRANDES REGIÕES 
 
O extenso território latino-
americano foi colonizado principalmente por 
espanhóis e portugueses. A maioria da 
população é mestiça, pratica a religião 
católica e fala espanhol ou português, 
embora também se conservem algumas 
línguas e culturas ameríndias. A população 
concentra-se nas planícies costeiras e nos 
planaltos, e dedica-se fundamentalmente ao 
setor primário. 
 
Brasil, México e Argentina são os 
maiores países da América Latina. Os outros, 
em geral, apresentam dimensões médias, e 
somente os da América Central têm pouca 
extensão territorial. Os menores localizam-se 
nas Antilhas. Além disso, nesse arquipélago 
ainda há ilhas dependentes do Reino Unido, 
França, Estados Unidos e Países Baixos. É o 
caso da Martinica, das Ilhas Virgens, de 
Montserrat e de Guadalupe. 
 
Na América Latina, é possível 
diferenciar vários conjuntos: México, América 
Central, América Andina, o Brasil, os países 
platinos e as Guianas. 
 
 
México. É um país que faz ponte 
entre a América Anglo-Saxônica e a América 
Latina, apesar de fazer parte, territorialmente, 
da América do Norte. A maioria da população 
é miscigenada e habita as planícies costeiras 
e o planalto. 
 
América Central. Compreende os 
pequenos Estados situados nas ilhas e no 
istmo entre a América do Norte e a do Sul. 
Nas ilhas predomina a população negra, 
descendente dos escravos trazidos da África 
no período colonial para trabalhar nas 
plantações. Em alguns países do istmo, 
como a Guatemala, os povos ameríndios 
assumem grande importância. 
 
América Andina. Engloba os 
países por onde se estendem os Andes, 
sistema montanhoso que influi no clima, na 
distribuição da população e na economia. A 
maioria da população indígena concentra-se 
no planalto, onde estão as principais cidades. 
 
Brasil. A população de origem 
branca é predominante no país, embora a 
população de ascendência africana também 
seja significativa, assim como a miscigenada. 
A maior parte dos habitantes vive no litoral; 
em algumas áreas amazônicas das regiões 
Norte e Centro-Oeste são encontrados 
numerosos grupos indígenas. 
 
Países platinos. Localizam-se em 
torno do rio da Prata, estuário criado pelos 
rios Paraná e Uruguai, na zona mais 
meridional da América. A maior parte da 
população é branca de ascendência europeia 
e concentra-se nas capitais Buenos Aires 
(Argentina) e Montevidéu (Uruguai). 
 
Guianas. Região dividida entre três 
países que foram colonizados por povos não-
ibéricos. Ocupa o extremo setentrional da 
América do Sul. É uma área de fraco 
desenvolvimento socioeconômico, que ainda 
abriga um enclave colonial francês. 
 
A COLONIZAÇÃO 
 
A América do Sul, a América 
Central e uma parte da América do Norte 
3 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
foram povoadas e colonizadas por espanhóis 
e portugueses; grande parte da população 
nativa miscigenou-se com os povos ibéricos, 
que impuseram sua língua e a religião 
católica. Entretanto, em uma parte das 
Antilhas, foi a colonização britânica que se 
impôs e, com ela, a língua inglesa e as 
diferentes religiões evangélicas de raz 
protestante. A maioria dos Estados latino-
americanos atuais conquistou sua 
independência nas três primeiras décadas do 
século XIX. 
 
DAS DITADURAS À DEMOCRACIA 
 
Ao longo do século XX, a América 
Latina teve uma evolução distinta da dos 
outros países do mundo subdesenvolvido. No 
início daquele século, muitos países, 
especialmente os do Cone Sul, gozavam de 
grande prosperidade econômica, até mesmo 
superior à de muitas nações europeias. 
Contudo, várias décadas de instabilidade 
política ocorreram: diversas tentativas 
revolucionárias, golpes de Estado, 
intervenções norte-americanas na América 
Central e, finalmente, no contexto da Guerra 
Fria, o aparecimento de movimentos 
guerrilheiros e de ditaduras sanguinárias que 
exerceram a repressão; em quase todos os 
países, houve milhares de vítimas da tortura 
e de casos de desaparecimento ou de 
assassinato. 
 
A partir da década de 1980, os 
sistemas democráticos foram sendo 
restabelecidos na região, apesar de as 
investigações sobre os crimes políticos do 
passado continuaremem aberto. É o caso da 
Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, Peru e 
Guatemala, entre outros. 
 
Por outro lado, a corrupção 
continua fortemente enraizada e, em muitos 
casos, a instauração da democracia tem sido 
apenas formal. Na realidade, as mesmas 
elites que exerceram o poder durante 
décadas e que detêm o controle da economia 
continuam dominando a política ou formando 
grupos de pressão sobre os governantes. 
Essa situação provoca o aparecimento de 
líderes populistas, que arrebanham um 
amplo apoio popular, enquanto as 
insurreições dos cidadãos mais pobres são 
frequentes. 
 
DESIGUALDADE E POBREZA 
O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO 
 
Muitos países têm uma alta taxa de 
natalidade e uma taxa de mortalidade em 
declínio, o que promove o rápido crescimento 
da população. O alto crescimento 
demográfico, aliado à deficiente distribuição 
da propriedade da terra e às péssimas 
condições salariais, educacionais e de saúde 
do trabalhador do campo, tem provocado um 
significativo êxodo rural. Em muitas cidades 
latino-americanas a população é concentrada 
em assentamentos que formam extensos 
bairros carentes de serviços básicos. 
 
A falta de perspectiva na área 
urbana faz com que muitos de seus 
habitantes emigrem para a Europa e os 
Estados Unidos. 
 
UM BAIXO PADRÃO DE VIDA 
 
As populações desses países 
enfrentam grande precariedade em saúde, 
educação e infraestrutura. Nos últimos anos 
do século XX, a intervenção Social do Estado 
foi reduzida, dando início à aplicação de 
políticas de ajustes, que em alguns casos 
aumentaram a desnutrição, o analfabetismo 
e a degradação dos serviços sanitários. 
 
OS CONTRASTES ESPACIAIS E SOCIAIS 
 
Há grandes diferenças econômicas 
e demográficas entre as regiões da América 
Latina. A distribuição da riqueza também é 
desigual: existe uma minoria muito rica, 
enquanto grande parte da população vive em 
condições de extrema pobreza. 
 
ECONOMIA INFORMAL 
 
Em muitos países 
subdesenvolvidos, as atividades econômicas 
informais são uma alternativa constante para 
conseguir trabalho e renda. Uma das 
atividades não regulamentadas é o comércio 
ambulante, presente em inúmeras ruas e 
praças das cidades latino-americanas. 
 
4 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Os vendedores ambulantes não 
pagam impostos, porém estão totalmente 
desprotegidos pela legislação social e 
trabalhista. 
 
 
DISCUSSÃO 
 
 
1. Que realidades expostas no texto 
são comuns ao nosso cotidiano? 
2. Que discussões são levantadas no 
texto? Argumente. 
 
 
QUESTÕES 
 
 
1. (PUC-RIO 2009) Sobre os movimentos de 
independência ocorridos na América inglesa, 
em 1776, e na América hispânica nas 
primeiras décadas do século XIX, estão 
corretas as alternativas, À EXCEÇÃO de 
uma. Indique-a. 
 
a) Em meados do século XVIII, nas treze 
colônias inglesas, os colonos americanos 
reagiram contra as leis impostas pelo 
Parlamento britânico e organizaram-se para 
defender a sua autonomia político 
administrativa, a liberdade de comércio e a 
igualdade de direitos entre os habitantes do 
Reino e das colônias. 
 
b) Em 1776, as colônias inglesas votaram a 
Declaração de Independência, que defendia 
princípios fundamentais do Iluminismo como 
a igualdade, o direito à liberdade e a 
instituição de governos fundados no 
consentimento dos governados. 
 
c) Os movimentos de independência na 
América hispânica estão diretamente 
relacionados à invasão napoleônica da 
Espanha em 1808 e à deposição do rei 
Fernando VII, que resultaram no 
estabelecimento de juntas de governos locais 
na América, iniciando um intenso e amplo 
período revolucionário. 
 
d) Assim como ocorreu com as treze colônias 
inglesas, todas as colônias espanholas na 
América tornaram-se independentes ao 
mesmo tempo, apesar de não terem mantido 
a unidade territorial existente e terem se 
dividido em vários estados nacionais 
independentes. 
 
e) A revolução de independência das treze 
colônias inglesas e também os ideais 
iluministas depositários de novos princípios 
de organização política e social, contrários à 
monarquia, ao direito divino dos reis e a favor 
da soberania popular, tiveram uma enorme 
influência nos movimentos de independência 
da América hispânica. 
 
 
2. UFPR 2010) A mão de obra utilizada nas 
plantations que se estabeleceram nas 
colônias europeias na América era formada 
majoritariamente por escravos trazidos da 
África e seus descendentes. Sobre os 
processos de independência na América e 
sua relação com a escravidão de africanos e 
afrodescendentes, assinale a alternativa 
correta. 
 
 
a) A libertação dos escravos na América do 
Norte foi o principal motivador da 
Independência das Treze Colônias inglesas. 
 
b) Os escravos e os negros e mestiços livres 
haitianos armaram-se para a luta e 
tiveram papel fundamental nos levantes 
contra as autoridades francesas que 
culminaram na Independência do Haiti e na 
abolição da escravidão nesse território. 
 
c) As palavras Liberdade, Igualdade, 
Fraternidade, tornadas lema da Revolução 
Francesa, foram estendidas às suas colônias 
e concretizadas quando o governo 
revolucionário da França aboliu 
simultaneamente a escravidão em todos os 
seus territórios na América, desencadeando 
as guerras de independência. 
 
d) Somente Colômbia, Venezuela e Equador 
levaram a cabo a abolição da escravidão 
durante seus processos de independência. 
 
e) O Haiti e as Treze Colônias inglesas 
declararam sua independência das 
metrópoles, respectivamente França e 
5 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Inglaterra, proibindo o tráfico de escravos nas 
últimas décadas do século XVIII. 
 
 
3. (UFPR 2009) Vários movimentos 
contrários à opressão colonial ocorreram nas 
Américas, sobretudo no século XIX, visando 
à independência em relação às metrópoles. 
Sobre esses movimentos, é correto afirmar: 
 
 
a) A maioria deles fracassou, permanecendo 
os países submetidos às suas metrópoles, 
como colônias, até o século XX. 
 
b) San Martín e Simón Bolívar foram líderes 
de movimentos de independência ocorridos 
na América Latina. 
 
c) A Guerra dos Farrapos foi o principal 
movimento pela independência do Brasil em 
relação a Portugal. 
 
d) Os movimentos de independência foram 
inspirados no exemplo das colônias 
africanas, que estavam tornando-se países 
independentes no século XIX. 
 
e) Os movimentos de independência da 
América Latina foram determinantes na 
independência das colônias norte-
americanas. 
 
 
4. (UFG) A Inglaterra apoiou os movimentos 
da independência das colônias luso-
espanholas devido ao (à). 
 
a) Receio da expansão comercial das 
colônias. 
 
b) Influência das idéias geradas pela 
Revolução Francesa. 
 
c) influência das novas idéias políticas do 
século XVIII sobre a Espanha e Portugal. 
 
d) Necessidade de aumentar a produção 
industrial das colônias. 
 
e) Necessidade de assegurar novos 
mercados para seus produtos. 
 
 
 
5. (UFU) No início do século XIX, a 
independência da América Espanhola 
ocorreu num contexto político internacional 
marcado por fatos. Dentre os fatos que 
favoreceram a independência da América 
Espanhola, podemos mencionar. 
 
a) A Revolução Industrial Espanhola. 
 
b) A derrota dos americanos na guerra de 
independência dos Estados Unidos. 
 
c) O Despotismo Esclarecido. 
 
d) O triunfo do absolutismo de direito divino 
na Espanha. 
 
e) As guerras napoleônicas. 
 
 
6. (OSEC-SP) Os movimentos de 
independência do Brasil e das colônias 
espanholas na América podem ser 
explicados em função: 
 
a) Do desenvolvimento do capitalismo 
industrial e das restrições impostas pelo 
Pacto Colonial. 
 
b) Do desenvolvimento industrial 
metropolitano, que exigia mercados abertos e 
diversificaçãoda produção. 
 
c) Da difusão das ideias liberais. 
 
d) As alternativas a e c estão corretas. 
 
e) As alternativas b e c estão corretas 
 
 
7. (OBJETIVO-SP) Não podemos considerar 
como fator de crise do Antigo Sistema 
Colonial. 
 
a) A Revolução Industrial. 
 
b) O Iluminismo. 
 
c) A independência dos Estados Unidos da 
América. 
 
d) A Revolução Francesa. 
 
6 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
e) A Primeira Guerra Mundial. 
 
 
8. (FUVEST – 1997) Sobre o processo de 
independência política da América Espanhola 
é possível afirmar que: 
 
a) diferentemente do Brasil, a longa guerra, 
que teve importante participação popular, fez 
emergir interesses sociais conflitantes. 
 
b) a Espanha, sob domínio francês, ficou de 
mãos atadas, sem poder intervir no combate 
aos rebeldes. 
 
c) a participação maciça de escravos ao lado 
dos rebeldes contrastou com a apatia das 
massas indígenas. 
 
d) a Igreja Católica e os comerciantes 
abastados assumiram posições idênticas, a 
favor da Coroa espanhola. 
 
e) os acordos políticos, levados à frente 
pelas elites, garantiram aos menos 
privilegiados as reformas sociais pelas quais 
tinham lutado. 
 
 
9. (FEI – 2000) Estimuladas pelas ideias 
iluministas e pelo exemplo vitorioso da 
Revolução Americana, muitas colônias da 
América tornaram-se independentes ao longo 
das duas primeiras décadas do século XIX. A 
independência do Haiti, colônia francesa, foi 
a mais singular de todas porque: 
 
a) foi feita pelos escravos que, ao mesmo 
tempo proclamaram a independência e 
aboliram a escravidão. 
 
b) levou à criação de um país que adotou a 
monarquia absoluta como forma de governo. 
 
c) tornou-se uma monarquia constitucional, 
diferentemente do restante dos novos países, 
que se tornaram repúblicas 
 
d) instituiu o primeiro governo socialista, com 
a coletivização das terras. 
 
e) reintroduziu a escravidão na região, o que 
havia sido abolido na Revolução Francesa. 
 
 
10. (UFPB – 1999) As invasões de Espanha 
e Portugal pelos exércitos de Napoleão 
Bonaparte desencadearam o processo de 
independência das colônias ibéricas na 
América. Entre as causas que levaram estas 
colônias à independência, considere as 
seguintes: 
 
I. A Inglaterra apoiou os movimentos de 
independência, porque estava interessada 
em expandir os mercados para seus 
produtos industrializados. 
 
II. Um surto de revoltas de escravos índios e 
negros, motivados pela independência do 
Haiti, levou as elites coloniais a desejarem a 
independência como um meio de fazer frente 
a estas revoltas. 
 
III. A independência dos Estados Unidos e as 
ideias iluministas de liberdade individual e 
autogoverno serviram como forte estímulo, 
para que as elites coloniais lutassem pela 
separação das potências ibéricas. 
 
É (são) verdadeira(s) apenas 
 
a) I 
 
b) II 
 
c) I e III 
 
d) II e III 
 
e) todas estão corretas. 
 
 
2.2 Revolução Industrial 
 
Foi um conjunto de mudanças que 
aconteceram na Europa nos séculos XVIII e 
XIX. A principal particularidade dessa 
revolução foi a substituição do trabalho 
artesanal pelo assalariado e com o uso das 
máquinas. 
 
Até o final do século XVIII a maioria 
da população europeia vivia no campo e 
produzia o que consumia. De maneira 
artesanal o produtor dominava todo o 
processo produtivo. 
 
7 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
Apesar de a produção ser 
predominantemente artesanal, países como 
a França e a Inglaterra, possuíam 
manufaturas. As manufaturas eram grandes 
oficinas onde diversos artesãos realizavam 
as tarefas manualmente, entretanto 
subordinados ao proprietário da manufatura. 
 
A Inglaterra foi precursora na 
Revolução Industrial devido a diversos 
fatores, entre eles: possuir uma rica 
burguesia, o fato do país possuir a mais 
importante zona de livre comércio da Europa, 
o êxodo rural e a localização privilegiada 
junto ao mar o que facilitava a exploração 
dos mercados ultramarinos. 
 
Como muitos empresários 
ambicionavam lucrar mais, o operário era 
explorado sendo forçado a trabalhar até 15 
horas por dia em troca de um salário baixo. 
Além disso, mulheres e crianças também 
eram obrigadas a trabalhar para sustentarem 
suas famílias. 
 
Diante disso, alguns trabalhadores 
se revoltaram com as péssimas condições de 
trabalho oferecidas, e começaram a sabotar 
as máquinas, ficando conhecidos como “os 
quebradores de máquinas“. Outros 
movimentos também surgiram nessa época 
com o objetivo de defender o trabalhador. 
 
O trabalhador em razão deste 
processo perdeu o conhecimento de todo 
a técnica de fabricação passando a 
executar apenas uma etapa. 
 
A PRIMEIRA ETAPA DA REVOLUÇÃO 
INDUSTRIAL 
 
Entre 1760 a 1860, a Revolução 
Industrial ficou limitada, primeiramente, à 
Inglaterra. Houve o aparecimento de 
indústrias de tecidos de algodão, com o uso 
do tear mecânico. Nessa época o 
aprimoramento das máquinas a vapor 
contribuiu para a continuação da Revolução. 
 
A SEGUNDA ETAPA DA REVOLUÇÃO 
INDUSTRIAL 
 
A segunda etapa ocorreu no 
período de 1860 a 1900, ao contrário da 
primeira fase, países como Alemanha, 
França, Rússia e Itália também se 
industrializaram. O emprego do aço, a 
utilização da energia elétrica e dos 
combustíveis derivados do petróleo, a 
invenção do motor a explosão, da locomotiva 
a vapor e o desenvolvimento de produtos 
químicos foram as principais inovações 
desse período. 
 
A TERCEIRA ETAPA DA REVOLUÇÃO 
INDUSTRIAL 
 
Alguns historiadores têm 
considerado os avanços tecnológicos do 
século XX e XXI como a terceira etapa da 
Revolução Industrial. O computador, o fax, a 
engenharia genética, o celular seriam 
algumas das inovações dessa época. 
 
 
TEXTO II 
A NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
 
O tênis abaixo não foi fabricado. Ele foi 
impresso. A tecnologia das impressoras 
tridimensionais pode transformar a forma de 
criação dos objetos 
 
 
No início do século XVIII, não era 
fácil ter um sapato. Um artesão tinha de 
cortar e costurar cada parte manualmente. 
Esse trabalho levava dias. Nas décadas 
seguintes, sua fabricação ficou mais ágil com 
a introdução, na Inglaterra, das máquinas de 
corte e costura operadas manualmente. Foi o 
início da primeira Revolução Industrial. 
 
O sapato ficou mais acessível, mas 
ainda custava caro. Em meados do século 
8 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
XIX, a produção fabril ficou ainda mais 
eficiente com a invenção de máquinas 
movidas a eletricidade. No início do século 
XX, nos Estados Unidos, o empresário Henry 
Ford usou-as nas primeiras linhas de 
produção. Assim como os carros da Ford, 
milhares de sapatos passaram a ser 
fabricados simultaneamente, em tempo 
recorde e a um custo baixo. 
 
Essa produção em massa em 
grandes fábricas se tornou o símbolo da 
segunda Revolução Industrial. Agora, após 
um século, uma nova transformação se 
anuncia. Ela é trazida por aparelhos do 
tamanho de um micro-ondas que constroem 
um objeto real a partir de um arquivo digital: 
as impressoras tridimensionais. 
 
Até há pouco tempo, esses 
equipamentos custavam centenas de 
milhares de reais e ficavam restritos às 
grandes indústrias. Hoje já é possível levar 
para casa uma impressora 3D e usá-la para 
fabricar objetos. Como um sapato. “Uma 
terceira revolução industrial está a caminho”, 
diz o jornalista e físico Chris Anderson, 
editor-chefe da revista Wired, em seu livro 
Makers (Os produtores, numa tradução livre, 
sem previsão de lançamento no Brasil), que 
saiu neste mês nos Estados Unidos. “Assim 
como a internet mudou, redistribuiu e 
acelerou a difusão da informação, essa 
tecnologia pode transformar a fabricação de 
produtos de algo rígidoe dependente de 
capital num processo flexível, baseado em 
criatividade.” 
 
 
http://revistaepoca.globo.com/Ciencia-e-
tecnologia/noticia/2012/10/nova-
revolucao-industrial-muda-forma-como-
os-objetos-sao-criados-produzidos-e-
consumidos.html 
 
 
 
 
QUESTÕES 
 
11. (Cesgranrio) A consolidação do processo 
de industrialização na Inglaterra, ocorrida na 
primeira metade do século XIX, relaciona-se 
corretamente com a (o): 
 
a) extinção do processo de cercamento dos 
campos ("enclousures"). 
 
b) supremacia da ideologia liberal. 
 
c) fortalecimento da produção através das 
corporações de ofício. 
 
d) surgimento do capitalismo financeiro e 
oligopolista. 
 
e) êxodo da mão-de-obra especializada das 
cidades para o campo. 
 
 
12. (Fatec) “A produção em larga escala 
exigia não só a divisão de trabalho e 
ferramentas especializadas, mas também um 
sistema organizado de transporte, comércio e 
crédito. Segundo todos os testemunhos 
contemporâneos, as comunicações internas 
da Inglaterra estavam muito longe de 
satisfazer as necessidades dos industriais. 
As estradas inglesas, dependentes, como 
estavam, na construção e consertos, de 
fiscais amadores e do estatuto relativo ao 
trabalho não especializado, eram, na maior 
parte das vezes, impróprias para o tráfego 
rodoviário; e o transporte mais em uso era o 
cavalo de carga, que viajava, às vezes, em 
filas de mais de cem, em calçadas de pedra 
dispostas lado a lado ou ao meio das 
estradas". 
 (T. S. Ashton) 
 
Dentre outras coisas, o texto se refere ao fato 
de que: 
 
a) as ferrovias inglesas dependiam, para a 
sua manutenção, de trabalhadores não 
apropriados à tarefa. 
 
b) a divisão social do trabalho e as 
ferramentas especializadas provocaram um 
aumento significativo na produção. 
 
c) as necessidades industriais na Inglaterra, 
apesar de tudo, eram satisfeitas pelas 
estradas de pedra. 
 
d) as rodovias inglesas, graças a seu ótimo 
estado de conservação, foram responsáveis 
pelo aumento da produção industrial. 
 
luanm
Realce
9 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
e) as deficiências nas comunicações internas 
na Inglaterra eram motivadas pelo péssimo 
calçamento das estradas, impróprio para os 
cavalos de carga. 
 
 
13. (Fei). Podem ser apontadas como 
características da Revolução Industrial: 
 
a) A substituição da manufatura pela 
indústria, a invenção da máquina-ferramenta, 
a progressiva divisão do trabalho e a 
submissão do trabalhador à disciplina fabril. 
 
b) O aprimoramento do artesanato, a 
crescente divisão do trabalho, um forte êxodo 
urbano e o aumento da produção. 
 
c) A substituição do artesanato pela 
manufatura e o consequente aumento da 
produção acompanhado pelo 
recrudescimento da servidão. 
 
d) A total substituição do homem pela 
máquina e o aumento do nível de vida da 
classe trabalhadora. 
 
e) A modernização da produção agrícola, o 
êxodo rural e uma diminuição do nível geral 
da produção. 
 
14. (G1) A Revolução Industrial Inglesa só foi 
possível pelo processo histórico de 
acumulação primitiva criador tanto do 
CAPITAL quanto do TRABALHO. A liberação 
da mão-de-obra e formação do proletariado 
ocorreu com: 
 
a) os cercamentos dos campos e a expulsão 
dos camponeses das terras comuns. 
 
b) o intenso cultivo de algodão nos campos 
ingleses. 
 
c) o processo de reforma agrária na 
Inglaterra. 
 
d) o intenso processo de imigração de 
trabalhadores de outras nações europeias 
para as indústrias inglesas. 
 
e) a produção agrícola organizada em 
técnicas feudais. 
 
15. (Puccamp) "O duque de Bridgewater 
censurava os seus homens por terem voltado 
tarde depois do almoço; estes se 
desculparam dizendo que não tinham ouvido 
a badalada da 1 hora, então o duque 
modificou o relógio, fazendo-o bater 13 
badaladas." 
 
Este texto revela um dos aspectos das 
mudanças oriundas do processo industrial 
inglês no final do século XVIII e início do 
século XIX. A partir do conhecimento 
histórico, pode-se afirmar que 
 
a) os trabalhadores foram beneficiados com 
a diminuição da jornada de trabalho em 
relação à época anterior à revolução 
industrial. 
 
b) a racionalização do tempo foi um dos 
aspectos psicológicos significativos que 
marcou o desenvolvimento da maquinofatura. 
 
c) os empresários de Londres controlavam 
com mais rigor os horários dos 
trabalhadores, mas como compensação 
forneciam remuneração por produtividade 
para os pontuais. 
 
d) as fábricas, de modo em geral, tinham 
pouco controle sobre o horário de trabalho 
dos operários, haja vista as dificuldades de 
registro e a imprecisão dos relógios naquele 
contexto. 
 
e) os industriais criaram leis que protegiam 
os trabalhadores que cumpriam corretamente 
o horário de trabalho. 
 
 
2.3 Imperialismo 
 
 
Imperialismo é a prática através da 
qual, nações poderosas procuram ampliar e 
manter controle ou influência sobre povos ou 
nações mais pobres. 
 
Algumas vezes o imperialismo é 
associado somente com a expansão 
econômica dos países capitalistas; outras 
vezes é usado para designar a expansão 
europeia após 1870. Embora Imperialismo 
luanm
Realce
luanm
Realce
luanm
Realce
luanm
Realce
10 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
signifique o mesmo que Colonialismo e os 
dois termos sejam usados da mesma forma, 
devemos fazer a distinção entre um e outro. 
 
Colonialismo normalmente implica 
em controle político, envolvendo anexação 
de território e perda da soberania. 
 
Imperialismo se refere, em geral, ao 
controle e influência que é exercido tanto 
formal como informalmente, direta ou 
indiretamente, política ou economicamente. 
 
AÇÕES IMPERIALISTAS NA ÁFRICA E NA 
ÁSIA 
 
África - Na metade do século XIX a presença 
colonial europeia na África estava limitada 
aos colonos holandeses e britânicos na 
África do Sul e aos militares britânicos e 
franceses na África do Norte. 
 
A descoberta de diamantes na 
África do Sul e abertura do Canal de Suez, 
ambos em 1869, despertaram a atenção da 
Europa sobre a importância econômica e 
estratégica do continente. Os países 
europeus rapidamente começaram a disputar 
os territórios. 
 
Em algumas áreas os europeus 
usaram forças militares para conquistar os 
territórios, em outras, os líderes africanos e 
os europeus entraram em entendimento a 
respeito do controle em conjunto sobre os 
territórios. Esses acordos foram decisivos 
para que os europeus pudessem manter tudo 
sob controle. 
 
Grã-Bretanha, França, Portugal e 
Bélgica controlavam a maior parte do 
território africano, a Alemanha também 
possuía lá, muitas terras, mas, as perdeu 
depois da I Guerra Mundial. 
 
Os estilos variavam, mas, os 
poderosos colonizadores fizeram poucos 
esforços para desenvolver suas colônias. 
Elas eram apenas locais de onde tiravam 
matérias-primas e para onde vendiam os 
produtos manufaturados. 
 
Talvez o pior legado do 
Colonialismo tenha sido a divisão da África 
em mais de 50 Estados cujas fronteiras 
foram demarcadas sem dar a menor 
importância aonde as pessoas viviam e como 
organizavam sua própria divisão política. 
 
As fronteiras atuais, em geral, 
dividem uma única comunidade étnica em 
duas ou mais nações. Por exemplo: embora 
a maioria dos Somalis vivam na Somália, 
eles constituem uma significativa minoria no 
Quênia e na Etiópia e muitos deles gostariam 
de ser cidadãos da Somália. 
 
Outro legado ruim do Colonialismo 
foi o seu efeito na vida econômica dos povos 
africanos. O sistema colonial destruiu o 
padrão econômico que lá existia. O 
colonialismo também ligou a África 
economicamente às grandes potências e os 
benefícios desse sistema sempre vão para 
os países poderosos e nuncade volta para 
África. 
 
A história da exploração econômica 
teve um papel importante na forma como 
certos governos africanos independentes, se 
preocuparam em desenvolver suas próprias 
economias. Alguns países como a Costa do 
Marfim, criaram uma base econômica 
orientada para a exportação dentro das 
regras coloniais. Outros, como a Tanzânia, 
procuraram redirecionar sua economia para a 
produção de grãos e de bens necessários 
para o seu povo. 
 
O terceiro mal causado pelo 
colonialismo foi a introdução das ideias 
europeias de superioridade racial e cultural, 
dando pouco ou nenhum valor às 
manifestações culturais dos povos africanos. 
Aos poucos os africanos estão recuperando 
o orgulho por sua cor, raça e cultura. 
 
Ásia O período da conquista europeia na 
Ásia começa por volta de 1500 e continua até 
a metade do século 20. Alguns historiadores 
acreditam que esse período ainda não 
terminou. 
 
O interesse europeu pela Ásia 
começou com a curiosidade e se tornou o 
desejo de explorar as riquezas deste 
continente. Para isso, os europeus tiveram 
que conquistar e colonizar essas terras, isso 
11 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
aconteceu nos séculos 19 e 20. Na época da 
I Guerra Mundial, a maior parte da Ásia 
estava sob controle europeu. 
 
Três ou quatro séculos de contato e 
controle europeu trouxeram boas e más 
consequências para Ásia. As contribuições 
europeias foram, novas ideias e técnicas 
para agricultura, indústria e comércio, saúde 
e educação e administração política. 
 
Poucas culturas asiáticas estavam 
aptas para se adaptar a essas novas regras 
e ideias, mas aquelas que, como o Japão, 
conseguiram, tiraram muito proveito após sua 
independência. 
 
Dentre os problemas do 
Colonialismo, a exploração das riquezas, que 
os europeus levavam para as metrópoles, a 
divisão da Ásia sem levar em conta suas 
culturas, povos e regiões físicas. Houve 
também os problemas políticos e sociais 
causados pelas minorias estrangeiras, como 
a cultura francesa na Indochina, que se 
chocava com a cultura existente nesse país. 
 
Até hoje existem problemas desse 
tipo nas nações asiáticas. É assim que 
podemos compreender as dificuldades que 
certos países têm até os dias atuais. As 
marcas profundas deixadas pelo colonialismo 
se refletem em suas culturas, políticas, 
economias e são vistas com clareza nas 
guerras e massacres causados por 
diferenças étnicas. São países ainda, de 
certa forma, dominados pelas nações 
poderosas 
 
 
É a esse domínio que chamamos 
Imperialismo 
 
 
 
QUESTÕES 
 
16. (PUC-RIO 2009) A caricatura abaixo 
representa de forma satírica a expansão 
imperialista na Ásia por parte dos Estados 
Unidos (tio Sam), da Grã-Bretanha (leão), da 
França (galo), da Alemanha (águia imperial 
germânica) e da Rússia (urso siberiano). 
Com base em seus conhecimentos e a partir 
da imagem, é possível afirmar que ela se 
refere: 
 
 
 
a) à disputa pela Coréia, na primeira guerra 
sino-japonesa (1894/95) e na guerra entre 
Japão e o Império Russo (1905). 
 
b) à divisão de parte da China em áreas de 
influência europeia, bem como à 
reivindicação americana de também se 
beneficiar com a abertura dos portos 
chineses. 
 
c) à Revolta dos Cipaios, sufocada pelas 
potências europeias e pelo Japão no século 
XIX, de modo a abrir caminho para a 
penetração imperialista na China. 
 
d) à imposição de tratados desiguais à China 
(como o Tratado de Nanquim) por meio de 
ameaça de bombardeio por parte do navio 
US Mississipi do Comodoro Perry (1853), 
com o objetivo de forçar a abertura dos 
portos daquele país. 
 
e) à força expedicionária de várias nações 
que sufoca o levante dos Boxers 
(1900/1901), derruba o governo Manchu e 
estabelece uma República. 
 
 
luanm
Realce
12 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
17. (PUC-RIO 2007) “...Nós conquistamos a 
África pelas armas...temos direito de nos 
glorificarmos, pois, após ter destruído a 
pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no 
século XIX é uma vergonha para a Europa 
inteira, agora temos outra missão não menos 
meritória, de fazer penetrar a civilização num 
continente que ficou para trás...” (“ Da 
influência civilizadora das ciências aplicadas 
às artes e às indústrias”. 
 Revue Scientifique, 1889) 
 
A partir da citação acima e de seus 
conhecimentos acerca do tema, examine as 
afirmativas abaixo. 
 
I - A ideia de levar a civilização aos povos 
considerados bárbaros estava presente no 
discurso dos que defendiam a política 
imperialista. 
II - Aquela não era a primeira vez que o 
continente africano era alvo dos interesses 
europeus. 
III - Uma das preocupações dos países, 
como a França, que participavam da 
expansão imperialista, era justificar a 
ocupação dos territórios apresentando os 
melhoramentos materiais que beneficiariam 
as populações nativas. 
IV - Para os editores da Revue Scientifique 
(Revista Científica), civilizar consistia em 
retirar o continente africano da condição de 
atraso em relação à Europa. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) Somente a afirmativa IV está correta. 
 
b) Somente as afirmativas II e IV estão 
corretas. 
 
c) Somente as afirmativas I e III estão 
corretas. 
 
d) Somente as afirmativas I, II e III estão 
corretas. 
 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
 
18. (UDESC 2008) No decorrer do século 
XIX, as grandes potências europeias 
lançaram-se à conquista colonial da África e 
da Ásia. Sobre a ocupação da África e suas 
consequências, é incorreto afirmar: 
 
 
a) A violência em que se deu a colonização 
provocou grandes distorções nas estruturas 
econômicas, sociais e culturais dos territórios 
dominados. Intrigas entre etnias foram 
estimuladas e antigos reinos destruídos, 
vencidos pela superioridade militar dos 
colonizadores. 
 
b) Os europeus demarcaram fronteiras, 
confiscaram terras, forçaram grupos 
nômades a fixar-se em territórios específicos. 
Em consequência disso, os Estados 
africanos atuais, na sua maioria, não têm a 
mesma unidade cultural, linguística e social. 
 
c) A ocupação do território africano destruiu 
estruturas tradicionais; a economia 
comunitária ou de subsistência foi totalmente 
desorganizada, pela introdução de cultivos e 
outras atividades, destinadas a atender 
exclusivamente às necessidades das 
metrópoles. 
 
d) A ocupação europeia beneficiou o 
continente africano, pois possibilitou a 
inserção da África na economia capitalista 
mundial. Antes da colonização europeia, a 
economia africana restringia-se a suprir as 
necessidades básicas de sua população; 
assim, os africanos viviam sob condições de 
vida bastante atrasadas. 
 
e) A ocupação das colônias criou sérios 
problemas (muitos ainda não resolvidos, 
mesmo na atualidade). Pode-se dizer que 
muitos dos conflitos étnicos que existem hoje 
na região são consequências da dominação 
colonial da África. 
 
 
19. (UDESC 2008) É incorreto afirmar, sobre 
o imperialismo do final do século XIX: 
 
a) A unificação de Itália e Alemanha não se 
relaciona com as políticas imperialistas do 
período. 
 
b) O Nacionalismo foi um dos suportes da 
política imperialista. 
 
luanm
Realce
luanm
Realce
luanm
Realce
13 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
c) "O sol nunca se põe no império Britânico" 
é uma expressão que nos fornece uma ideia 
sobre as extensões das políticas 
imperialistas. 
 
d) O imperialismo provocou aumento da 
pobreza, em países como a Índia. 
 
e) A política imperialista não ficou restrita à 
África. 
 
 
20. A política imperialista consistia na busca, 
principalmente, de novos mercados 
consumidores para os países industrializados 
e foi assim que vários países daÁfrica e da 
Ásia sofreram com a prática da 
neocolonização nos séculos XIX e XX. 
Portanto, sobre a justificativa construída 
pelas potências europeias para invadir as 
nações do continente africano e asiático é 
correto dizer que: 
 
a) As potências europeias justificavam a 
invasão nos países periféricos afirmando que 
essa ação contribuiria para o 
desenvolvimento industrial e que incentivaria 
a adoção de um regime socialista nos países 
asiáticos. 
 
b) As principais alegações utilizadas na 
prática do Imperialismo foram as teorias 
darwinistas que defendiam a superioridade 
cultural dos países europeus, sendo eles os 
países que levariam o progresso e o 
desenvolvimento social para os países da 
África e da Ásia através da missão 
civilizadora. 
 
c) Uma das justificativas era que os europeus 
aprenderiam técnicas industriais com os 
africanos e asiáticos, o que acarretaria no 
desenvolvimento econômico e científico dos 
países desenvolvidos. 
 
d) O fardo do homem branco era uma das 
legitimações europeias durante a política 
imperialista. Esse fardo consistia numa 
missão que contribuiria para o 
desenvolvimento industrial dos países 
africanos e asiáticos, gerando assim o 
crescimento da burguesia local, fazendo com 
que os países não desenvolvidos tivessem 
suas próprias indústrias. 
e) Justificavam suas ações pela pura e 
simples exploração com o intuito de lucro e 
crescimento econômico. 
 
 
2.4 A Primeira Guerra Mundial: a guerra 
imperialista 
 
 
 
A Primeira Guerra Mundial (também 
conhecida como Grande Guerra antes de 
1939, e Guerra das Guerras) foi um conflito 
mundial ocorrido entre 28 de julho de 1914 e 
11 de novembro de 1918. 
 
 
CONTEXTO HISTÓRICO 
 
As disputas coloniais entre as 
nações industrializadas da Europa 
(Neocolonialismo). 
 
O clima de instabilidade entre as 
potências europeias. 
 
O revanchismo francês. 
 
Os movimentos nacionalistas: 
 
Pan-eslavismo e o 
Pangermanismo. 
 
A paz armada. 
 
 
A POLÍTICA DE ALIANÇAS 
 
 
luanm
Realce
luanm
Realce
luanm
Realce
luanm
Realce
luanm
Realce
14 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
 
A Tríplice Entente: Inglaterra, 
França e Rússia. 
 
A Tríplice Aliança: Alemanha, 
Áustria e Itália. 
 
 
 
O assassinato do arquiduque Francisco 
Ferdinand – causa imediata. 
 
 
 
AS FASE DA GUERRA 
 
 
Primeira Fase (1914-1915): Guerra 
de movimento. 
 
Segunda Fase (1915-1917): 
Guerra de trincheiras. 
 
A guerra das trincheiras aconteceu 
na fronteira entre a Alemanha e da França, a 
sul da Bélgica e a norte da Suíça. Aconteceu 
em 1915 e 1917. As trincheiras eram uma 
espécie de caverna, em que os soldados 
faziam “túneis”, viviam, bombardeavam o 
inimigo com canhões de grande alcance e 
combatiam corpo-a-corpo quando era 
necessário. 
 
Terceira Fase (1917-1918): Saída 
da Rússia e entrada dos Estados Unidos. 
 
 
CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA 
 
Rendição alemã e a assinatura do 
Tratado de Versalhes. A formação da liga 
das Nações e Ascensão econômica e política 
dos Estados Unidos. 
 
A Primeira Guerra Mundial foi uma 
mistura de tecnologia do século XX com 
tácticas do século XIX. A guerra química e o 
bombardeamento aéreo foram utilizados pela 
primeira vez em massa nessa guerra 
 
A guerra gerou aproximadamente 
10 milhões de mortos, o triplo de feridos, 
arrasou campos agrícolas, destruiu 
indústrias, além de gerar grandes prejuízos 
econômicos. 
 
FIM DO CONFLITO 
 
Em 1917 ocorreu um fato histórico 
de extrema importância: a entrada dos 
Estados Unidos no conflito. Os EUA 
entraram ao lado da Tríplice Entente, pois 
havia acordos comerciais a defender, 
principalmente com Inglaterra e França. 
 
Este fato marcou a vitória da 
Entente, forçando os países da Aliança a 
assinarem a rendição. 
 
Os derrotados tiveram ainda que 
assinar o Tratado de Versalhes que impunha 
a estes países fortes restrições e punições. 
 
 
A Alemanha teve seu exército reduzido, sua 
indústria bélica controlada, perdeu a região 
do corredor polonês, teve que devolver à 
França a região da Alsácia Lorena, além de 
ter que pagar os prejuízos da guerra dos 
países vencedores. 
 
 
 
 
 
O Tratado de Versalhes teve repercussões 
na Alemanha, influenciando o início da 
Segunda Guerra Mundial. 
 
 
Na Europa Central os novos 
estados Tchecoslováquia, Finlândia, Látvia, 
Lituânia, Estônia e Iugoslávia "nasceram" 
depois da guerra e os estados da Áustria, 
Hungria e Polônia foram redefinidos. 
15 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
AO FINAL DA GUERRA O MUNDO 
PRESENCIOU: 
 
Isolamento político norte-
americano 
 
Crise econômica e perda de 
liderança mundial dos países europeus. 
 
Expansão da economia norte-
americana. 
 
Declínio do liberalismo e 
ascensão dos regimes autoritários de 
direita 
 
Conquista sociais e políticas, leis 
trabalhistas, sufrágio universal 
 
Criação da liga das nações (SDN) 
(Paz) 
 
 
A SOCIEDADE DAS NAÇÕES 
 
 
A Sociedade das Nações (SDN), 
fundada em 1919, começou por agrupar 32 
dos países vencedores da guerra. O principal 
objetivo da Sociedade das Nações era 
manter a paz do mundo. Apesar dos 
esforços feitos para defender a paz, a SDN 
não conseguiria atingir esse objetivo. 
 
 
TEXTO III: 
TRATADO DE VERSALHES - 
OPINIÃO DE UM PSICANALISTA 
 
 
Tido, muitas vezes, como o estopim 
para a ascensão do Nazismo de Hitler e 
supostamente o motivo principal da II Grande 
Guerra, o polêmico Tratado de Versalhes, 
guarda suas contradições. 
Assinado na Galeria dos Espelhos 
do Castelo de Versalhes, na França, em 28 
de junho de 1919, num simbolismo de 
vingança, pois 48 anos antes, naquele 
mesmo local, havia sido proclamado o 
Império Alemão. 
O Tratado de Versalhes - houve 
outros no final da I Guerra e foram chamados 
de "tratados da periferia parisiense" -, foi 
para pôr fim à I Grande Guerra e assim os 
países selarem a paz mundial. 
A Alemanha foi condenada a pagar 
132 bilhões de marcos-ouro, mas somente 
depositaria próximos de 23 bilhões, inclusive, 
o pagamento era para ser parcelado em 59 
anos - até 1988 -, e foi na Conferência de 
Lausanne, em junho-julho de 1932, que a 
Alemanha alegou colapso econômico e não 
mais pagou a dívida. 
O Tratado de Versalhes e demais 
não visaram somente reparações 
monetárias, mas também, territoriais, o que 
fez o território alemão ser reduzido 
drasticamente e o povo alemão comer "o pão 
que o diabo amassou" com crises 
econômicas e hiperinflação por conta das 
altas parcelas da dívida contraída 
involuntariamente. 
De tão escandaloso, arbitrário e 
impraticável, o Senado americano não 
corroborou o Tratado de Versalhes e os 
valores da condenação acabaram levando a 
Alemanha à derrocada, pois, além de 
destruída, tinha que pagar essa dívida 
impagável - uma comissão independente de 
investigação composta por notáveis, talvez 
mudasse completamente a história das duas 
Grandes Guerras. 
O sociólogo alemão Max Weber 
usou o seu prestígio e credibilidade 
intelectual para sugerir que foi a Rússia, e 
não a Alemanha, a provocadora da I Guerra 
Mundial, inclusive fundou em fevereiro de 
1919, a "Associação para uma Política do 
Direito" para que o estudo das origens do 
conflito fosse proclamado para a opinião 
pública. 
A História é escrita pelos 
vencedores que se apropriam da verdade 
para manipulá-la em seu favor, exemplo: a 
criação do mito do Hitler sanguinário e o do 
mega terrorista Osama Bin Laden... 
 
http://diariodonordeste.verdesmares.c
om.br/cadernos/opiniao/tratado-de-
versalhes-1.77446. 
 
 
DISCUSSÃO 
 
1. E você, acha justas as cláusulas do 
tratado de Versalles?Justifique. 
 
16 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
QUESTÕES 
 
21. (Puccamp 2001) A imagem simboliza o 
fim da Primeira Guerra Mundial. Ao associar 
a imagem aos acontecimentos daquele 
momento histórico, pode-se afirmar que: 
 
 
a) os conflitos prosseguiram depois da 
assinatura dos Tratados de Versalhes, já que 
a França não concordou em ceder à 
Alemanha as regiões da Alsácia e Lorena. 
 
b) não foram resolvidos os problemas que 
deram origem à Primeira Guerra, já que os 
tratados de paz previam apenas uma trégua, 
com a suspensão dos conflitos bélicos. 
 
c) na verdade não houve paz, uma vez que a 
Alemanha se recusou a assinar o Tratado de 
Versalhes, elaborado pela França e 
Inglaterra, que estabelecia o término dos 
conflitos 
 
d) os países europeus não tinham condições 
bélicas de prosseguir os conflitos, motivo 
pelo qual se pode explicar a rendição de 
todos os países envolvidos na guerra. 
 
e) apesar da paz estabelecida, a guerra 
afetou profundamente a economia dos 
países europeus, que tiveram que arcar com 
prejuízos imensos, mesmo os países 
vitoriosos. 
 
22. A Grande Guerra de 1914 foi uma 
consequência da remobilização 
contemporânea dos anciens regimes da 
Europa. Embora perdendo terreno para as 
forças do capitalismo industrial, as forças da 
antiga ordem ainda estavam suficientemente 
dispostas e poderosas para resistir e retardar 
o curso da história, se necessário recorrendo 
à violência. A Grande Guerra foi antes a 
expressão da decadência e queda da antiga 
ordem, lutando para prolongar sua vida, que 
do explosivo crescimento do capitalismo 
industrial, resolvido a impor a sua primazia. 
Por toda a Europa, a partir de 1917, as 
pressões de uma guerra prolongada afinal 
abalaram e romperam os alicerces da velha 
ordem entrincheirada, que havia sido sua 
incubadora. Mesmo assim, à exceção da 
Rússia, onde se desmoronou o antigo regime 
mais obstinado e tradicional, após 1918 - 
1919 as forças da permanência se 
recobraram o suficiente para agravar a crise 
geral da Europa, promover o fascismo e 
contribuir para retomada da guerra total em 
1939. 
 
(MAYER, A. "A força da tradição: a 
persistência do Antigo Regime". São 
Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 
13 - 14.) 
 
De acordo com o texto, é correto afirmar que 
a Primeira Guerra Mundial: 
 
a) Teria sido resultado dos conflitos entre as 
forças da antiga ordem feudal e as da nova 
ordem socialista, especialmente depois do 
triunfo da Revolução Russa. 
 
b) Resultou do confronto entre as forças da 
permanência e as forças de mudança, isto é, 
do escravismo decadente e do capitalismo 
em ascensão. 
 
c) Foi consequência do triunfo da indústria 
sobre a manufatura, o que provocou uma 
concorrência em nível mundial, levando ao 
choque das potências capitalistas 
imperialistas. 
 
d) Foi produto de um momento histórico 
específico em que as mudanças se 
processavam mais lentamente do que fazem 
crer os historiadores que tratam a guerra 
como resultado do imperialismo. 
 
17 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
e) Engendrou o nazi-fascismo, pois a 
burguesia europeia, tendo apoiado os 
comunistas russos, criaram o terreno propício 
ao surgimento e à expansão dos regimes 
totalitários do final do século. 
 
 
23. (Enem 2009) A primeira metade do 
século XX foi marcada por conflitos e 
processos que a inscreveram como um dos 
mais violentos períodos da história humana. 
 
Entre os principais fatores que estiveram na 
origem dos conflitos ocorridos durante a 
primeira metade do século XX estão: 
 
a) a crise do colonialismo, a ascensão do 
nacionalismo e do totalitarismo. 
 
b) o enfraquecimento do império britânico, a 
Grande Depressão e a corrida nuclear. 
 
c) o declínio britânico, o fracasso da Liga das 
Nações e a Revolução Cubana. 
 
d) a corrida armamentista, o terceiro-
mundismo e o expansionismo soviético. 
 
e) a Revolução Bolchevique, o imperialismo e 
a unificação da Alemanha. 
 
 
24. (Ufpel 2008) "Artigos do Tratado de 
Versalhes (séc. XX): 
 
Art. 45 - Alemanha cede à França a 
propriedade absoluta [...], com direito total de 
exploração, das minas de carvão situadas na 
bacia do rio Sarre. 
Art. 119 - A Alemanha renuncia, em favor das 
potências aliadas, a todos os direitos sobre 
as colônias ultramarinas. 
Art. 171 - Estão proibidas na Alemanha a 
fabricação e a importação de carros 
blindados, tanques, ou qualquer outro 
instrumento que sirva a objetivos de guerra. 
Art. 232 - A Alemanha se compromete a 
reparar todos os danos causados à 
população civil das potências aliadas e a 
seus bens". 
 
 MARQUES, Adhemar Martins et all. 
"História Contemporânea Textos e 
documentos". São Paulo: Contexto, 
1999. 
 
 
De acordo com o texto e com seus 
conhecimentos, é correto afirmar que o 
Tratado de Versalhes: 
 
a) Encerrou a 2ª Guerra Mundial, fazendo 
com que a Alemanha perdesse as colônias 
ultramarinas para os países dos Aliados. 
 
b) Extinguiu a Liga das Nações, propondo a 
criação da Organização das Nações Unidas 
(ONU), em 1945, com o objetivo de preservar 
a paz mundial. 
 
c) Estimulou a competição econômica e 
colonial entre os países europeus, 
culminando na 1ª Guerra Mundial. 
 
d) Permitiu que as potências aliadas 
dividissem a Alemanha no fim da 2ª Guerra 
Mundial, em quatro zonas de ocupação: 
francesa, britânica, americana e soviética. 
 
e) impôs duras sanções à Alemanha, no fim 
da 1ª Guerra Mundial, fazendo ressurgir o 
nacionalismo e reorganizando as forças 
políticas do país. 
 
 
25. Considerando a influência do 
Imperialismo no contexto da Primeira Guerra 
(1914-1918), podemos apontar que são 
fatores que o justificam, EXCETO: 
 
a) a necessidade de controlar regiões 
produtoras de matérias-primas essenciais à 
indústria capitalista. 
 
b) a ideologia da superioridade racial dos 
povos europeus que levariam aos “povos 
atrasados” os benefícios da civilização 
superior. 
 
c) a conquista de pontos estratégicos para 
defesa de colônias existentes ou da própria 
metrópole. 
 
d) a necessidade de exportar capitais para 
áreas pobres do mundo, no sentido de ajudá-
las a superar seu atraso econômico. 
 
e) a retração dos mercados europeus, após a 
crise que impulsionou a Europa e EUA a 
buscar mercados consumidores. 
18 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
2.5 A Revolução Russa 
 
 
 
A Revolução Russa foi um dos principais 
acontecimentos do século XX e irrompeu na 
Rússia czarista em meio à Primeira Guerra 
Mundial. 
 
 
 
A Revolução Russa de 1917 foi um 
dos principais acontecimentos do século XX. 
Acontecimento esse que irrompeu durante a 
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), apesar 
de seus antecedentes remeterem ao ano de 
1905, em que o correu a primeira tentativa 
revolucionária, que teve como estopim o 
episódio marcante conhecido como Domingo 
Sangrento. 
 
 
 
O principal aspecto da Revolução 
Russa é ela ter sido orientada pela doutrina 
comunista, desenvolvida pelo filósofo alemão 
Karl Marx no século XIX – com a ressalva de 
que tal doutrina foi complementada e 
acrescida de um plano estratégico por aquele 
que se tornou o mais importante líder da 
revolução: Lenin. 
 
Na virada do século XIX para o 
século XX, a Rússia, então um império 
czarista que vinha sendo governado por mais 
de trezentos anos pela mesma dinastia 
(Romanov), começava a sofrer pressões de 
ordem econômica e de ordem política. Um 
dos grandes problemas que a Rússia 
enfrentava era o atraso tecnológico. 
O Império Romanov não havia 
conseguido ainda promover transformações 
profundas na área da indústria e permanecia 
sendo uma sociedade profundamente agrária 
e com uma população insatisfeita,tanto 
camponeses e operários quanto a classe 
burguesa que se formava. 
 
Além disso, o Império czarista 
gastava boa parte de seu orçamento com 
guerras, como a Guerra Russo-Japonesa, 
desencadeada entre 1904 e 1905. Nesse 
contexto, ganharam força os partidos 
políticos que buscavam dar representação 
aos setores da sociedade russa mais 
insatisfeitos com o regime do czar. Além de 
partidos de matriz liberal, o Partido Operário 
Social-Democrata Russo (POSDR) destacou-
se como um partido de inspiração marxista, 
porém com grande divergência de 
pensamento entre seus membros. As 
tendências divergentes do POSDR 
polarizaram-se entre os mencheviques, a 
minoria, e os bolcheviques, a maioria. 
 
Os mencheviques eram liderados 
por Yuly Martov e Georgy Plekanov e tinham 
uma postura mais ajustada com o 
pensamento do marxismo ortodoxo, isto é, 
defendiam que a revolução comunista na 
Rússia deveria seguir as etapas definidas por 
Marx. Sendo assim, a burguesia deveria 
desenvolver o país por intermédio de uma 
reforma industrial capitalista profunda, 
enterrar o regime czarista e só depois a 
classe operária protagonizaria uma revolução 
na esteira do comunismo. 
 
Os bolcheviques, que tinham como 
líder Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido como 
Lenin, propunham uma alternativa diferente 
daquela sustentada pelo marxismo ortodoxo. 
Para Lenin, a revolução poderia ser 
acelerada em um país sem quadros 
econômicos com alto desenvolvimento 
capitalista (como era o caso da Rússia). 
 
Essa “aceleração” poderia ser 
operada e protagonizada pela aliança entre a 
classe operária e o campesinato – sendo que 
ambos receberiam a orientação de um 
comitê revolucionário formado por 
intelectuais e por dirigentes partidários. 
 
19 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Após as rebeliões e greves 
iniciadas em 1905, o Império Russo procurou 
articular-se com os liberais para tentar 
promover reformas que beneficiassem 
camponeses, operários e burgueses. A saída 
para isso foi a criação da Duma, isto é, 
Assembleia de representação popular. 
Enquanto isso, havia também o processo de 
organização política dos trabalhadores em 
torno dos sovietes, isto é, conselhos 
deliberativos que foram extintos após a 
retomada da ordem pelo czar e que só 
voltariam a ter destaque em 1917. 
 
Com a entrada da Rússia em mais 
uma guerra, a Primeira Guerra Mundial, o 
poder do czar Nicolau II começou a ficar 
ainda mais debilitado. Em fevereiro de 1917, 
uma junção de manifestações, greves e 
vários atos de insubordinação por parte de 
camponeses, operários e militares por toda a 
Rússia provocou a queda do czar e o fim do 
Império. 
 
Esses acontecimentos ficaram 
conhecidos como Revolução de Fevereiro. 
Seguiu-se, a partir desses acontecimentos, o 
que alguns historiadores denominaram de 
“etapa democrático-burguesa”, constituída de 
um Governo Provisório, resultante de uma 
aliança entre o soviete de Petrogrado, que 
era controlado por trabalhadores e militares, 
e um poder central controlado pela burguesia 
liberal. 
 
Essa aliança, entretanto, logo se 
mostrou frágil. A dualidade dos interesses 
burgueses e proletários acirrou-se nos meses 
seguintes. Um dos principais pontos de 
divergência entre os dois comandos era a 
continuação da presença na guerra, 
defendida pelo Governo Provisório e 
repudiada pelo soviete de Petrogrado. Em 
abril de 1917, Lenin encaminhou aos 
bolcheviques as teses, ou propostas, que 
retirariam a Rússia da guerra e dissolveria o 
Governo Provisório. 
 
A proposta de Lenin apregoava 
sobretudo o lema: “Todo poder aos sovietes”. 
Lenin e Leon Trotsky foram os principais 
responsáveis pelo encaminhamento da 
revolução a um caráter bolchevique. 
O cenário provocado pela Primeira 
Guerra Mundial deu as condições favoráveis 
para tanto, como acentuou o pesquisador 
Silvio Pons: “A visão revolucionária de Lenin 
nasceu em estreita interação com a 
experiência e a psicologia da guerra. Ela se 
robustecia mais com o próprio esquematismo 
do que com sua retaguarda intelectual, 
empregando a legitimidade marxista com 
vistas a uma ruptura política. Lenin 
compreendeu que a guerra mundial, iniciada 
como guerra entre estados, trazia o risco de 
profundo dilaceramento na ordem civil 
europeia. E, ao mesmo tempo, via as 
potencialidades que a mobilização bélica e 
seu impacto social apresentavam para a 
explicitação de uma nova política de 
massas”. 
 
(PONS, Silvio. A revolução global: história do 
comunismo internacional, 1917-1991. Rio de 
Janeiro: Contraponto Editora; Brasília: 
Fundação Astrojildo Pereira, 2014. p.50) 
 
Em outubro de 1917, Lenin e 
Trotsky comandaram a Revolução 
Bolchevique, que depois passou a ser 
denominada de Revolução de Outubro. A 
primeira tática da revolução bolchevique foi o 
chamado comunismo de guerra, usado 
sobretudo na luta do Exército Vermelho, 
liderado por Trotsky, contra o Exército 
Branco, de matriz conservadora e 
contrarrevolucionária. 
 
De 1919 em diante, a ofensiva 
bolchevique passou ao plano político e, 
sobretudo, político-econômico, com a criação 
da NEP (Nova Política Econômica), 
desenvolvida por Lenin em 1921. O governo 
de Lenin assentou as bases do que seriam 
as “repúblicas soviéticas”. 
 
 
 
20 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO IV: 
VINTE ANOS SEM COMUNISMO 
 
 
Na Praça Vermelha, na região 
central de Moscou, os tempos do comunismo 
parecem um ponto distante na história. Vinte 
anos depois do fim da União Soviética, em 
dezembro de 1991, o capitalismo se infiltrou 
por todos os flancos. Na entrada principal, 
um grupo de camelôs, outrora vistos como 
expressão do “individualismo burguês” e 
proibidos pelo regime, vende livremente 
lembranças aos turistas. 
Em frente ao Kremlin, epicentro do 
poder soviético e hoje residência oficial do 
presidente russo, fica o Gum, um sofisticado 
shopping center instalado num prédio de 
1890 restaurado recentemente. Antes uma 
loja de departamentos estatal que vivia com 
prateleiras vazias e filas imensas, o Gum 
agora atrai uma clientela sofisticada e abriga 
grifes internacionais, como Louis Vuitton, 
Burberry, Armani e Kenzo, além de um 
supermercado recheado de produtos 
importados e cafés requintados. Em volta da 
praça, as largas avenidas construídas por 
Josef Stálin, ditador soviético que comandou 
o país de 1922 a 1953, já não são suficientes 
para abrigar a frota de Bentleys, BMWs e 
Mercedes. 
O clima predominante na praça é 
de descontração. Em lugar da atmosfera 
sombria do passado, uma profusão de estilos 
contrastantes revela uma Rússia vibrante e 
cosmopolita. Dois sacerdotes da Igreja 
Ortodoxa Russa, dominante no país e 
perseguida na era soviética, caminham lenta 
e despreocupadamente entre adolescentes 
de calças jeans com os fones de seus iPods 
plugados no ouvido. Em outro canto, uma 
estudante de cinema tira fotografias com sua 
máquina digital de última geração. Uma 
senhora de guarda-chuva desfila com seu 
tênis Nike, em meio à fina garoa de outono. 
O totalitarismo soviético cedeu 
lugar a um regime autoritário comandado por 
Putin, legitimado pela frágil democracia 
russa. Putin é acusado de perseguir os 
críticos e os desafetos e de beneficiar os 
camaradas com privilégios ilimitados e 
negócios polpudos, muitas vezes ilegais. A 
célebre frase do escritor George Orwell em 
seu livro A revolução dos bichos – “todos os 
animais são iguais, mas alguns são mais 
iguais que os outros” – ganhou um novo 
significado na Rússia pós-comunista. “A lei 
neste país é a seguinte: se você é amigo do 
Putin, pode fazer o que quiser”, diz Bóris 
Nemtsov, ex-vice-primeiro-ministro da Rússia 
na gestão de Ieltsin e um dos principais 
líderes da oposição.“Se é inimigo, vai para a 
cadeia.” 
Em 26 de setembro, Putin, de 59 
anos, foi novamente escolhido como 
candidato do Rússia Unida para disputar a 
Presidência da República nas eleições de 
março de 2012. Seu nome foi proposto na 
convenção do partido pelo próprio Medvedev, 
de 46 anos, o atual presidente. Medvedev 
deverá se tornar o primeiro-ministro do novo 
governo, invertendo de posição com Putin. 
Com o aumento do mandato presidencial de 
quatro para seis anos em 2008, Putin poderá 
permanecer no poder mais 12 anos, caso 
seja eleito agora e reeleito em 2018. 
Somados aos oito anos que ele já ficou na 
Presidência, entre 2000 e 2008, poderão ser 
20 anos no poder. Só Stálin, no auge do 
totalitarismo soviético, ficou mais que isso no 
comando do país. “Putin está tentando unir o 
emblema da Rússia imperial, o hino da União 
Soviética e a bandeira da Rússia 
democrática, mas essas coisas não 
combinam”, diz Grigori Iavlinski, candidato 
duas vezes derrotado à Presidência e líder 
do Partido Democrático Unido Russo 
(Iabloko). 
Mesmo autoritário, Putin é o político 
mais popular da Rússia. Sua popularidade 
alcançou o pico de 78% no final de 2008 e 
hoje gira em torno de 68%, segundo o 
21 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
Levada Center, um instituto de pesquisas 
independente. Beneficiado pela alta do 
petróleo, ele conseguiu equilibrar as finanças 
do Estado e estabilizar a inflação e o câmbio. 
Reajustou fartamente os benefícios dos 
aposentados e pensionistas, corroídos pela 
hiperinflação na gestão Ieltsin. Putin também 
voltou a ampliar a presença do Estado na 
economia. Nacionalizou a Gazprom, o 
gigante russo do setor de gás, e boa parte da 
indústria de petróleo. A renda média da 
população cresceu quatro vezes em dólar em 
dez anos, de acordo com dados do Banco 
Mundial. Ao enfrentar os rebeldes 
nacionalistas da Tchetchênia, reforçou sua 
imagem de durão, apesar da estatura baixa – 
1,70 metro – para os padrões russos. Putin 
lida mal com a questão. Ele costuma usar 
sapatos de salto plataforma, cobertos por 
calças exageradamente longas. Quando vai 
à TV, nunca é mostrado ao lado de alguém 
mais alto. Seus opositores dizem que ele só 
indicou Medvedev para lhe suceder em 2008, 
porque Medvedev, com 1,58 metro, era mais 
baixo que ele. Chamado pelos blogueiros 
russos de “nanopresidente”, Medvedev 
costuma usar saltos de até 6 centímetros 
para aumentar sua estatura. 
À medida que sua popularidade 
subia, Putin foi fechando o cerco à oposição. 
Hoje, ela praticamente inexiste no país. Os 
velhos comunistas e socialdemocratas são 
tolerados por Putin por não representarem 
uma real ameaça a seu governo. 
O registro de novos partidos 
dificilmente é aprovado. Só os políticos e os 
partidos que apoiam o governo recebem sinal 
verde para participar das disputas eleitorais. 
Quando Putin estava na Presidência, uma 
ampla reforma eleitoral proposta por ele 
dificultou o acesso dos pequenos partidos à 
Duma (a Câmara dos Deputados russa). 
Putin também acabou com a eleição direta 
dos governadores das 83 unidades 
federativas da Rússia. Agora, eles são 
indicados pelo presidente, e seus nomes têm 
de ser aprovados pelos Legislativos 
regionais. Isso levou à submissão das 
lideranças locais ao poder do Kremlin. As 
fraudes eleitorais também são comuns. 
Muitas vezes as cédulas em branco são 
preenchidas posteriormente para beneficiar 
um candidato oficial. 
“A Rússia é um típico país 
autoritário. Não tem eleições transparentes, 
competição política, um Parlamento de 
verdade, independência da Justiça. O que 
temos é uma imitação barata de democracia 
e um sistema de partido único e de pequenos 
partidos para os quais ninguém liga”, diz 
Nemtsov. No final de 2010, ele tentou 
registrar o Partido da Liberdade Popular, do 
qual foi um dos fundadores, para concorrer 
às eleições. Em maio deste ano, o registro do 
partido, centrado na defesa do liberalismo e 
da democracia, foi negado, sob a alegação 
de que havia discrepâncias nos documentos 
apresentados e assinaturas falsas de 
eleitores listados como membros do partido. 
Em agosto, Nemtsov foi preso duas vezes 
em São Petersburgo ao participar de 
manifestações. 
Para Oslon, do instituto de 
pesquisa FOM, o futuro da Rússia depende, 
basicamente, do tipo de mentalidade que 
predominará na sociedade. Segundo ele, há 
três grandes grupos sociais na Rússia, que 
não se entendem. O primeiro, quase metade 
da população adulta, depende do Estado 
para sobreviver – são aposentados, 
pensionistas, inválidos. 
O segundo, um terço da população 
adulta, reúne os que estão aptos a cuidar de 
si mesmos, mas levam uma vida provinciana, 
acomodados em suas rotinas. De manhã, 
vão trabalhar; ao meio-dia, almoçam; à noite, 
voltam para a casa e vão a um bar; aos 
sábados, vão à sauna. O terceiro grupo, 15% 
da população adulta, é o motor da sociedade. 
Inclui o pessoal mais ambicioso, que quer 
comprar uma casa na Espanha e sabe que 
tem de trabalhar para isso, mesmo que tenha 
de conviver com a corrupção. “Se o terceiro 
grupo for dominante, a Rússia vai se 
desenvolver bem. Se o primeiro ou o 
segundo grupo ganharem, haverá 
estagnação”, diz Oslon. A volta de Putin à 
Presidência certamente não traz um bom 
presságio. 
 
http://revistaepoca.globo.com/te
mpo/noticia/2011/11/vinte-anos-
sem-comunismo.html 
 
 
 
 
 
 
22 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
 
26. Responder à questão com base nas 
afirmativas abaixo, sobre a Revolução Russa 
de 1917: 
 
I. A Revolução teve origem no fracasso das 
negociações diplomáticas entre Rússia e 
Alemanha em torno da cidade de Dantzig e 
do desejado Corredor Polonês. 
 
II. A Revolução caracterizou-se como um 
movimento liberal, organizado pelos 
intelectuais orgânicos dos Sovietes dos 
Camponeses, Burgueses e Operários. 
 
III. As questões sociais relacionadas à terra, 
à carência de abastecimento (e fome crônica) 
e à permanência da Rússia na Primeira 
Guerra foram fundamentais para a eclosão 
dessa Revolução. 
 
IV. Stalin e Trotsky divergiram quanto aos 
rumos da revolução, já que o primeiro 
defendeu o “socialismo em um só país”, ao 
passo que o segundo propôs a “revolução 
permanente”. 
 
V. A revolução resultou na saída da Rússia 
da Primeira Guerra Mundial em 1917, por 
Lênin considerar esta uma guerra 
imperialista. 
 
A análise das afirmativas permite concluir 
que é correta a alternativa: 
 
a) I, II e III. 
 
b) I, III e IV. 
 
c ) I, III e V. 
 
d) II, III e V. 
 
e) III, IV e V 
 
27. “DECRETO SOBRE TERRAS DA 
REUNIÃO DOS SOVIETES DE 
DEPUTADOS OPERÁRIOS E SOLDADOS”. 
26 de outubro (8 de novembro) de 1917 
 
1) Fica abolida, pelo presente decreto, sem 
nenhuma indenização, a propriedade 
latifundiária. 
 
2) Todas as propriedades dos latifundiários, 
bem como as dos conventos e da igreja, 
acompanhadas de seus inventários, 
construções e demais acessórios ficarão a 
disposição dos comitês de terras e dos 
Sovietes de Deputados Camponeses, até a 
convocação da Assembleia Constituinte. 
 
3) Quaisquer danos causados aos bens 
confiscados, que pertencem, daqui por 
diante, ao povo, é crime punido pelo tribunal 
revolucionário. 
 
Presidente do Soviete de Comissários do 
Povo — Vladimir Ulianov — Lênin”. In: 
NENAROKOV, A. P. 1917 : a Revolução mês 
a mês. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 
1967. p. 169. 
 
A edição deste decreto pelo novo governo 
revolucionário russo imediatamente após a 
tomada do poder exprime a necessidade de 
 
a) explicitar o caráter camponês da 
Revolução Russa. 
 
b) dar a burguesia russa uma garantia de 
que seus bens e propriedades 
permaneceriam intocados. 
 
c) enfraquecer o poder dos antigos 
latifundiários e ganhar a imensa massa 
camponesa russapara a causa da 
Revolução, garantindo seu acesso à terra a 
partir de uma reforma agrária. 
 
d) permitir aos antigos proprietários das 
terras, a nobreza expropriada pela Revolução 
de fevereiro de 1917, a retomada de seus 
direitos. 
 
e) garantir a propriedade privada da terra 
para os novos detentores do poder, os 
Sovietes de Deputados e Camponeses. 
 
 
28. Na queda do regime czarista e 
deflagração da Revolução Russa em 1917, 
houve a participação de líderes, grupos e 
organizações de oposição com divergências 
na estratégia de encaminhamento do 
movimento. A esse respeito, assinale a 
alternativa correta. 
 
23 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
a) Para os mencheviques, sob a liderança de 
Stálin, era fundamental a saída da Rússia da 
Primeira Guerra Mundial, a fim de recuperar 
a economia, e a organização de um partido 
de revolucionários profissionais e 
disciplinados que liderasse os trabalhadores 
na deflagração imediata da revolução. 
 
b) Para os bolcheviques, liderados por Lênin, 
a burguesia deveria ser a condutora inicial da 
revolução de outubro de 1917, 
desenvolvendo o capitalismo e criando 
condições para a posterior implantação do 
socialismo. 
 
c) Os sovietes, conselhos formados por 
operários, camponeses e soldados, tiveram 
atuação decisiva na gestão da revolução, 
mas perderam força em seguida, com a 
centralização das decisões assumida pelo 
Partido Comunista. 
 
d) Trotsky, comandante do Exército 
Vermelho, defendia uma revolução limitada à 
Rússia, com a construção de um Estado 
revolucionário forte, para em seguida buscar 
a internacionalização do socialismo. 
 
e) defendiam o capitalismo financeiro com 
abertura total ao capital externo e liberdade a 
iniciativa privada. 
 
 
29. A Revolução Russa, que iniciou o 
processo de construção do socialismo na 
antiga URSS, teve o seu desfecho, em 1917, 
marcado por dois momentos. O primeiro, em 
fevereiro, quando os mencheviques 
organizaram o governo provisório e o 
segundo, em outubro, quando os 
bolcheviques assumiram a condução da 
revolução e a tornaram vitoriosa. A respeito 
dos mencheviques e bolcheviques, afirma-se: 
 
I. Os mencheviques defendiam a construção 
do socialismo por meio de alianças com os 
burgueses ligados ao grande capital. 
 
II. Os bolcheviques consideravam o 
capitalismo consolidado na Rússia e 
pretendiam a mobilização das massas em 
direção ao socialismo, sem quaisquer 
alianças com os setores burgueses. 
 
III. Mencheviques e bolcheviques eram 
denominações decorrentes da origem 
geográfica dos revolucionários: os 
mencheviques tinham sua origem social nos 
núcleos urbanos e os bolcheviques estavam 
ligados a bases rurais. Com relação a estas 
afirmativas, conclui-se que: 
 
a) Apenas a I e a II são corretas. 
 
b) Apenas a II é correta. 
 
c) Apenas a I e a III são corretas. 
 
d) Apenas a III é correta. 
 
e) Apenas a II e a III são corretas. 
 
Leia o texto a seguir. 
 
30. Em 1921, o problema nacional central era 
o da recuperação econômica - o índice de 
desespero do país é eloquente: naquele ano, 
36 milhões de pessoas não tinham o que 
comer. Nas novas e ruinosas condições da 
paz, o "comunismo de guerra" revelava-se 
insuficiente: era preciso estimular mais 
efetivamente os mecanismos econômicos da 
sociedade. Assim, ainda em 1921, no X 
Congresso do Partido, Lênin propõe um 
plano econômico de emergência: a Nova 
Política Econômica. NETO, J. P. "O que é 
Stalinismo". São Paulo: Brasiliense, 1981. 
 
Sobre a chamada Nova Política Econômica é 
correto afirmar que 
 
a) ela reintroduziu práticas de exploração 
econômica anteriores à Revolução Russa de 
1917 que se traduziram num abandono 
temporário de todas as transformações 
socialistas já feitas e um retorno ao 
capitalismo. 
 
b) ela consistiu na manutenção de elementos 
econômicos socialistas, na organização da 
economia (como o planejamento) e na 
permissão para o estabelecimento de 
elementos capitalistas por meio da livre 
iniciativa em certos setores. 
 
c) ela significou fundamentalmente uma 
reforma agrária radical que promoveu a 
coletivização forçada das propriedades 
24 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
agrárias e a construção de fazendas coletiva, 
os Kolkhozes. 
 
d) seu resultado foi catastrófico, mesmo 
permitindo a volta controlada de relações 
capitalistas na economia, já que ela ampliou 
ainda mais o nível de desemprego e produziu 
fome em grande escala. 
 
e) ela significou, com a abertura para o 
capitalismo, um aumento substancial da 
produção industrial, mas, ao mesmo tempo, 
por ter retirado todos os incentivos 
anteriormente concedidos à produção 
agrícola, foi a razão da ruína do campo. 
 
 
2.6 Período entre guerras: Nazifascismo e 
regimes totalitaristas 
 
 
O nazi-fascismo foi uma doutrina política que 
surgiu e desenvolveu, principalmente, na 
Itália e Alemanha entre o começo da década 
de 1920 até o final da Segunda Guerra 
Mundial. Esta doutrina ganhou o nome de 
nazismo na Alemanha e teve como principal 
representante Adolf Hitler. Na Itália, ganhou o 
nome de fascismo e teve Benito Mussolini 
como líder. 
 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO NAZI-
FASCISMO: 
 
Nacionalismo: valorização 
exacerbada da cultura, símbolos (bandeiras, 
hinos, heróis nacionais) e valores da nação. 
 
Totalitarismo: concentração de 
poderes nas mãos do líder da nação. Falta 
total de democracia e liberdade. No sistema 
totalitário as pessoas devem seguir tudo que 
é determinado pelo governo. Os opositores 
são presos e, em muitos casos, executados. 
 
Militarismo: investimentos 
pesados no desenvolvimento e produção de 
armas. Além de proteção, os nazifascistas 
defendiam o uso deste poderio militar para 
fins de expansão territorial. 
 
Anticomunismo: os comunistas 
foram culpados pelos nazifascistas como 
sendo os grandes responsáveis pelos 
problemas sociais e econômicos existentes. 
Muitos comunistas foram perseguidos, 
presos e executados pelos nazifascistas da 
Alemanha e Itália. 
 
Antiliberalíssimo: ao invés da 
liberdade econômica, defendiam o controle 
econômico por parte do governo. O governo 
deveria controlar a economia, visando o 
desenvolvimento da nação. 
 
Romantismo: para os nazifascistas 
a razão não seria capaz de gerar o 
desenvolvimento de uma nação, mas sim o 
auto sacrifício, as atitudes heroicas, o amor a 
pátria e a fé e dedicação incondicional ao 
líder político. 
 
Antissemitismo: atitudes de 
preconceito e violência contra judeus. De 
acordo com os seguidores do nazi-fascismo, 
os judeus eram, junto com os comunistas, os 
grandes responsáveis pelos problemas 
econômicos do mundo. Dentro deste 
pensamento, Hitler tentou eliminar os judeus 
durante a Segunda Guerra Mundial, 
matando-os em campos de concentração. 
Este evento ficou conhecido como 
Holocausto. 
 
Idealismo: transformação das 
coisas baseada nos anseios e instintos. 
 
Expansionismo: busca de 
expansão territorial através de invasões, 
ocupação e domínios de territórios de outros 
países. Para isso era necessário investir no 
setor bélico e promover guerras. Baseado 
neste ideal, a Alemanha Nazista invadiu a 
Polônia em 1939, dando início a Segunda 
Guerra Mundial. 
 
Superioridade racial: linha de 
pensamento que defende a ideia de que 
algumas raças são mais desenvolvidas do 
que outras. Os nazistas, por exemplo, 
defendiam que os arianos (no caso homens 
brancos alemães) eram superiores às outras 
raças e, portanto, deveriam exercer a 
supremacia mundial. 
 
 
 
25 
 
CULTURA GERAL 
PROFESSOR: LUAN MORAES 
 
 
QUESTÕES 
 
 
31. De acordo com seus conhecimentos 
sobre o Totalitarismo, indique a alternativa 
abaixo que está incorreta:

Outros materiais