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DIREITOS POLÍTICOS: UM BREVE RESUMO 14 a 17 CF Conceito – são o conjunto de regras que disciplina as formas de atuação da soberania popular, previsto no caput do art. 14, CF. São direitos públicos subjetivos que investem o indivíduo no direito de votar e ser votado, permitindo-lhe assim o exercício concreto da liberdade de participação nos negócios políticos do Estado, de maneira a conferir os atributos da cidadania. Cidadania – a doutrina afirma que a cidadania formal é a participação dos cidadãos (eleitores) na vida do Estado através do voto. Já a cidadania material ou real validaria desse ato (votar), com a participação da pulsação na fiscalização e resoluções dos problemas do Estado. Em sentido jurídico, cidadão é o indivíduo que possui capacidade eleitoral ativa (votar) podendo-se preencher determinadas exigências legais, também possuindo a capacidade eleitoral passiva (ser votado). ESPÉCIES DE DIREITOS POLÍTICOS Positivos – conjunto de normas, que asseguram o direito subjetivo de participação no processo político e nos órgãos fundamentais. Negativos – são determinações constitucionais que de uma forma ou de outra, importam em privar os cidadãos do direito de participação no processo político e nos órgãos fundamentais. COMO SE ADQUIRE A CIDADANIA? ATRAVÉS DO ALISTAMENTO ELEITORAL. IMPORTANTE: sufrágio universal não é só o voto. É o direito publico subjetivo de natureza política que tem o cidadão de votar, ser votado e participar da organização e atividade política de poder estatal. CONSULTAS POPULARES E INICIATIVA POPULAR Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matérias de acentuadas relevância, de natureza constitucional, legislativa e administrativa. IMPORTANTE: Plebiscito – é a convocação com anterioridade ao ato legislativo ou administrativo cabendo ao povo pelo voto aprovar ou rejeitar a consulta que lhes foi feita. IMPORTANTE: Referendo – é a convocação posterior ao ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição. IMPORTANTE: Iniciativa popular de lei – trata-se da participação popular direta e pode ser exercida pela apresentação à câmara dos deputados de projetos de lei subscrito por no mínimo 1% do eleitorado nacional distribuído pelo menos em cinco estados, com maiores de 3/10 % dos eleitores de cada um deles. Art 61, 2. IMPORTANTE: Capacidade eleitoral ativa – obrigatório para maior de 18 anos. Facultativo para analfabetos, maiores de 70, entre 16 e 18 anos. IMPORTANTE: Sufrágio – é o direito de eleger (ativo) e ser eleito (passivo), bem como de participar da formação da vontade política do Estado. Não é apenas o voto, como a maioria diz. IMPORTANTE: Voto – é o exercício do direito de sufrágio. DIREITO DE VOTO Direito – é aquele emitido pela escolha própria e independente do leitor, sem participações externas. Exceção – possibilidade de eleição do presidente e vice-presidente da republica pelo congresso nacional, em caso de vacância desses cargos nos últimos dois anos do período presidencial. IMPORTANTE: Não é verdadeiro afirmar que não existam formas indiretas para eleger o presidente da república (regra do art. 81). IMPORTANTE: Brasil – democracia semidireta, com eleição indireta e direta (plebiscito, sufrágio, etc.). O VOTO É DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL, PERIÓDICO, LIVRE, PERSONALÍSSIMO E COM VALOR IGUAL PARA TODOS. A. Direto – no sentido de que o cidadão vota diretamente no candidato. B. Voto secreto – o eleitor não é obrigado a revelar em quem votou. As finalidades são garantir a liberdade de escolha, e evitar intimidações e suborno. C. Universal – Já que o ser exercício não esta ligado a nenhuma condição discriminatória. D. Voto igual – todos os votos possuem o mesmo valor. E. Livre – pois a escolha pode dar-se por um ou outro candidato. F. Personalíssimo – tendo em vista que não se pode votar por procuração. G. Voto periódico – o exercício do direito de sufrágio baseia- se nas temporariedades dos mandatos eletivos, os quais tem prazo determinado para se extinguir. H. Voto obrigatório/facultativo – a regra é que o alistamento e o voto são obrigatórios e compulsórios para todos os brasileiros maiores de 18 anos. CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA (ALISTABILIDADE) O voto pressupõe: i. Alistamento eleitoral na forma da lei; ii. Nacionalidade brasileira; iii. Idade mínima de 16 anos; iv. Não ser conscrito durante o serviço militar obrigatório; CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA (ELEGIBILIDADE) i. Condições de elegibilidade: ii. Nacionalidade brasileira iii. Pleno exercício dos direitos políticos iv. Alistamento eleitoral v. Domicílio eleitoral na circunscrição vi. Filiação partidária vii. Idade mínima de acordo com o cargo ao qual se candidata Só se adquire a capacidade plena quando há a reunião da capacidade de direito ou de fato (jurídica). Importante notar que a capacidade eleitoral ativa é um pressuposto para a capacidade eleitoral passiva. Quer dizer que é preciso antes esta alistado eleitoralmente para que se possa concorrer depois a um cargo publico. Formas de aquisição PREENCHIMENTO DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE Não ocorrência de qualquer impedimento referente aos direitos políticos negativos, como – inelegibilidade e perdas ou suspensões dos direitos políticos. CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE PARA DETERMINADOS CARGOS: i. 18 anos para vereador; ii. 21 anos para deputado federal, estadual ou distrital, prefeito, vice-prefeito e juiz de paz; iii. 30 anos para governador e vice-governador de estado e do distrito federal; iv. 35 anos para presidente, vice-presidente da republica e senador. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS (A PARTIR DO PARÁGRAFO 4) Inelegibilidades – as inelegibilidades estão no campo dos direitos políticos negativos. São normas que restringem a participação dos cidadãos na condução dos negócios políticos da nação. Portanto, inelegibilidade é a ausência da capacidade eleitoral passiva, orneja, da condição de ser candidato e consequentemente poder ser votado. As inelegibilidades não interferem na capacidade eleitoral ativa, mas atingem a capacidade eleitoral passiva. Essa restrição pode ser total, nessa falamos em inelegibilidade absoluta, ou parcial, sendo esta a relativa. RESTRIÇÕES AOS DIREITOS POLÍTICOS i. Inelegibilidade: impede a elegibilidade ii. Instabilidade: impede o direito de votar iii. Incompatibilidade: impossibilita o eleito de exercer o mandato. Os direitos políticos negativos são ligados a pessoa e não ao cargo a qual anseia. O ANALFABETO PODE SE ALISTAR, MAS NÃO PODE SER ELEITO. PARA O ANALFABETO, A ALISTABILIDADE É FACULTATIVA. AS INELEGIBILIDADES SE DIVIDEM ENTRE: Absoluta – são impedimentos totais para pleitear qualquer cargo eletivo. Trata-se de medida excepcional. Relativa – são restrições temporárias e específicas previstas na CF/88 e na lei, a certos cargos ou funções relativas. SÃO INELEGÍVEIS ABSOLUTAMENTE - ANALFABETOS E INAVISTÁVEIS. QUEM SÃO OS INALISTÁVEIS? ESTRANGEIROS, CONSCRITOS E ANALFABETOS. Privação dos direitos políticos – é a privação de direitos políticos autorizados pela CF. Dividem-se em perda e suspensão. Perda dos direitos políticos– é a privação definitiva dos direitos políticos, retirando do cidadão o seu Status de eleitor, impedindo-o de concorrer às eleições. Mesmo na perda ha a temporariedades, sendo vedada a cassação de direitos políticos (ou seja, perda permanente). Suspensão dos direitos políticos – é a privação temporária dos direitos políticosativo (votar) e passivo (ser votado) Obs.: segundo o TSE, se o chefe do executivo deve renunciar seis meses antes da eleição, seu cônjuge, parentes ou fins, até segundo grau, poderão candidatar-se a todos os cargos eletivos da circunscrição. A renúncia aqui, seis meses antes do pleito, afasta toda e qualquer inelegibilidade reflexa. Ex: irmão de um governador poderá candidatar-se a deputado federal, senador da republica, deputado estadual, prefeito ou vereador desde que haja renuncia do governador ao seu mandato nos seis meses anteriores ao pleito eleitoral. O raciocínio seguido pela corte eleitoral é que se ao titular do cargo seria permitido um mandato a mais, não se poderia vetar a possibilidade de os parentes ocorrerem a esse mesmo cargo, em caso de renuncia do titular em tempo hábil. Casos de perda dos direitos políticos – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado (retorna ao estado de Estrangeiro, se tornando inavistável e consequentemente inelegível); recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa fixada em lei nos termos do art. 5, VIII.
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