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RESUMAO PENAL II PARA AV1 E AV2 (3)

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PENAL II 
AULA 01 
TEORIA DA PENA 
CONCURSO DE CRIMES 
CONCURSO MATERIAL 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de 
liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de 
reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
Concurso homogêneo – Vários crimes de mesma espécie (vários crimes de roubo, 
ou vários crimes de furto...). 
Concurso heterogêneo – Vários crimes de espécies diferentes (estupro, roubo, 
homicídio). 
 CONCURSO FORMAL 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se 
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até 
metade. 
CONCURSO FORMAL PERFEITO ou PRÓPRIO 
1. Vontade designada a uma finalidade 
(Desígnio único); 
2. O sujeito deseja 01 (um) resultado; 
3. Só resultado culposo ou um 
resultado culposo e um doloso; 
4. Sistema de aplicação da pena: 
exasperação. 
CONCURSO FORMAL IMPERFEITO ou IMPRÓPRIO 
1. Pluralidade de desígnio; 
2. O sujeito deseja vários resultados; 
3. Mais de um resultado doloso; 
4. Sistema de aplicação da pena: 
cúmulo material. 
 
SISTEMA DE APLICAÇÃO DA PENA 
1. CÚMULO MATERIAL 
 
CÚMULO MATERIAL 
CONCURSO FORMAL IMPERFEITO 
CONCURSO MATERIAL 
Determina simplesmente a soma das penas, as sanções serão somadas. 
2. EXASPERAÇÃO 
 
EXASPERAÇÃO 
CONCURSO FORMAL PERFEITO (1/6 até ½) 
CRIME CONTINUADO (1/6 até 2/3) 
Evita-se a desproporção da aplicação da lei penal. 
- Crime mais grave mais fração de aumento. 
ACRÉSCIMO – (1/6 até ½) O aumento da pena é calculado de acordo com o 
resultado. 
1º crime 2º crime 3º crime 4º crime 5º crime 
1/6 1/5 ¼ 1/3 ½ 
Obs.: O sistema da exasperação serve para beneficiar o réu, se não beneficiar não 
pode ser aplicado, portanto quando a EXASPERAÇÃO é prejudicial aplica-se o 
CÚMULO MATERIAL. 
Art. 70. (segunda parte) As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a 
ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios 
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
CONCURSO MATERIAL BENÉFICO – Compara-se o cúmulo material e a 
exasperação, quando a exasperação não favorecer o réu, aplica-se a o cúmulo 
material. 
CRIME CONTINUADO 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como 
continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou 
a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
Crimes de mesma espécie em condições tempo, lugar e modo de execução. 
Condições semelhantes (requisitos objetivos): 
1. Tempo (prazo máximo de 30 dias); 
2. Lugar; 
3. Modo de execução; 
4. Outros, a critério do juiz. 
Diferença - concurso material (intenção é cometer vários crimes) e crime continuado 
(intenção é praticar crime único). 
REQUISITO SUBJETIVO - INTENÇÃO 
Segundo entendimento de doutrina MAJORITÁRIA o CRITÉRIO SUBJETIVO não 
precisa fazer parte do crime (dispensado). 
Em alguns casos o STF exigiu o requisito subjetivo, antes de 2009, em casos de 
crimes sexuais. Sistema de aplicação da pena: exasperação (1/6 até 2/3). 
CRIMES DE MESMA ESPÉCIE 
Crimes previstos no mesmo DISPOSITIVO DE LEI ou aqueles previstos no mesmo 
ARTIGO (entendimento majoritário nos TRIBUNAIS). 
Aqueles que têm descrição típica assemelhada ou que atinge o mesmo bem 
jurídico tutelado (entendimento de DOUTRINA majoritária). 
Obs.: a pena é aplicada ao crime continuado pelo sistema da exasperação (1/6 
até 2/3). A pena é aplicada ao concurso formal perfeito também pelo sistema da 
exasperação (1/6 até 1/2). 
CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO 
Art. 71. (Parágrafo único) - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos 
com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a 
culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem 
como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se 
idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do 
parágrafo único do Art. 70 e do Art. 75 deste Código. 
Requisito – Violência ou grave ameaça contra vítima diferente. 
Aplicada a pena do crime mais grave, aumentada de até o triplo (3x) – Exasperação. 
CRIME CONTINUADO CRIME PERMANENTE CRIME HABITUAL 
02 OU MAIS CRIMES 01 CRIME 01 CRIME 
PUNIDO COMO SE 
FOSSE CRIME ÚNICO 
PROLONGA-SE NO 
TEMPO 
VÁRIAS CONDUTAS, 
QUE ISOLADAMENTE 
NÃO CARACTERIZA O 
CRIME. 
 
PENAL II 
AULA 02 
FUNÇÕES DA PENA 
Três grandes escolas tentam explicar a função da pena, a principal foi a teoria 
absoluta ou retribucionista. 
ESTADO ABSOLUTISTA VS ESTADO LIBERAL 
TEORIAS ABSOLUTAS 
No Estado absolutista, aquele que viola a lei, é um pecador, portanto se alguém 
comete uma infração, esta sofre uma pena ou um pecado. Surge então a 
penitenciária (de penitência). O sujeito sofre a pena como retribuição (retribucionista) 
ao pecado por ele causado. 
Com a ascensão da Burguesia surge o Estado Liberal, o povo no poder, e com a 
separação entre Igreja e Estado o conceito de pena deixa de ser pecado, a pena, 
então, passa a ser perturbação da ordem pública. 
A pena no estado liberal é imposta porque uma lei foi violada. 
Surge a teoria de KANT 
Imperativo categórico de Kant - ¨A lei é uma finalidade em si mesma.¨ A sua função 
é garantir a própria lei, um estado sem regra tende a morrer. Logo, o réu deveria ser 
castigado pela única razão de haver delinquido, sem levar em conta nenhum 
utilitarismo da pena para ele ou para os demais integrantes da sociedade. 
KANT - A lei é uma finalidade em si mesma.¨ 
Teoria de HEGEL 
Hegel por sua vez, pregava que a racionalidade e a liberdade são, pois, a base do 
direito. Assim, o delito é a negação do direito, manifestação de uma vontade 
irracional, vontade particular em contraposição à vontade geral. 
A infração é uma negação das leis, ou seja, quando o delinquente infringe a lei ele 
está negando sua aplicabilidade, assim a pena deve ser imposta como pena de 
negação a conduta do criminoso. 
HEGEL – o delito é a negação da lei. 
As teorias implicam na retribuição da infração através do castigo, por isso são 
chamadas de retribucionistas. 
Quanto mais grave a contuta do sujeito, maior será a pena aplicada. 
Com o ILUMINISMO surgem as chamadas teorias relativas. 
TEORIAS RELATIVAS 
Cesare Beccaria – O marquês Cesare Beccaria, em sua obra, Dos Delitos e das 
Penas, de 1764, recomenda que é melhor prevenir o crime do que castigá-lo. as 
penas têm que ser úteis, o estado precisa ser voltado para um fim, a pena é imposta 
porque busca um objetivo. 
FUNÇÃO PREVENTIVA GERAL de FEUERBARCH – Tal teoria tem como base o 
homem racional, que pensa que não vale a pena delinquir, vez que será castigado – 
coação psicológica, sob pena de coação física. A pena voltada para a sociedade. 
FUNÇÃO PREVENTIVA ESPECIAL de VON LISZT – Para Von Lszt, a aplicação da 
pena obedece uma ideia de ressocialização e reeducação do delinquente, à 
intimidação daqueles que não necessitam resocializar-se e também para neutralizar 
os incorrigíveis. 
É voltada exclusivamente para o criminoso. A prevenção especial visa segregar o 
sujeito do núcleo social para que esse não viole as leis novamente. 
Num segundo momento a prevenção especial tem a finalidade ressocializadora da 
pena,ao sofrer uma pena o criminoso passa por um processo de reeducação, uma 
vez que o indivíduo aceite as regras do convívio social. 
TEORIAS MISTAS- Teoria adotada pelo CP brasileiro. 
Visa mesclar as teorias absolutas e as teorias relativas, sendo retributiva e 
preventiva ao mesmo tempo. 
Art. 59 – (caput) O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem 
como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente 
para reprovação e prevenção do crime. 
 
PREVENÇÃO POSITIVA FUNDAMENTADORA 
Logo, para Welzel há preponderância da sociedade em face do indivíduo, uma vez 
que, quando o delito ocorre o direito individual já foi violado irreversivelmente, 
devendo-se, pois, resguardar o interesse social. 
PREVENÇÃO POSITIVA LIMITADORA 
A pena seria a reação estatal perante fatos puníveis, para proteger a consciência 
social da norma. Hassemer acredita que essa proteção consistiria na ajuda prestada 
ao delinquente na medida do possível. 
Obs.: tem como objetivo restringir a atividade estatal. 
CATEGORIAS DE PENAS NO CÓDIGO PENAL 
 
 
PENAS DO 
CÓDIGO PENAL 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL) 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD) 
PENAS PECUNIÁRIAS 
PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada 
(casos excepcionais) 
Obs.: hoje, a principal sanção é a pena privativa de liberdade (prisão). 
Prisão (pena) – Direito Penal 
Prisão cautelar – prisão do Direito Processual 
Instrumentos que garantem a eficácia da ação penal. 
 
PRISÃO CAUTELAR 
PRISÃO TEMPORÁRIA (L. 7.960/89) 
PRISÃO PREVENTIVA (Art. 312, CPP) 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA (L. 7.960/89) 
Garante a eficiência da investigação, dura 05 dias, renovável por igual período. 
Salvo em caso de crimes HEDIONDOS, prazo de 30 dias, renovável por igual 
período. 
 
 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: 
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, 
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
Rol dos crimes hediondos (L. 8.072/90)
1. Homicídio qualificado ou Praticado 
por grupo de extermínio; 
2. Latrocínio; 
3. Extorsão com resultado morte; 
4. Extorsão mediante sequestro; 
5. Estupro; 
6. Estupro de vulnerável; 
7. Epidemia com resultado morte; 
8. Falsificação de documentos; 
9. Genocídio. 
 
Tráfico de drogas, tortura e terrorismo – Não são crimes hediondos, mas são 
equiparados a hediondos. 
PRISÃO PREVENTIVA (Art. 312, CPP) 
A prisão preventiva se difere da temporária por, normalmente, ocorrer durante a 
ação penal, durante o processo. 
Duração – Dura o tempo razoável (Razoabilidade) 
PRISÂO POR ALIMENTOS – prisão unicamente civil (Duração de 90 dias) 
PRISÂO ADMINISTRATIVA – Infração 
PRISÂO (Pena) – Surge depois da condenação transitado em julgado, só surge com 
condenação irrecorrível. 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL) 
 
PENA PRIVATIVA DE 
LIBERDADE (PRISÃO) 
RECLUSÃO Fechado/ Semi-Aberto/ 
Aberto 
DETENÇÃO Semi-Aberto/ Aberto 
PRISÃO SIMPLES - 
(Contravenção penal) 
Aberto 
Pressupõe encarceramento do condenado. 
Formas de cumprimento da pena de prisão (L. 7210/84 – Lei de Execução Penal). 
Art. 34, CP. O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a 
exame criminológico de classificação para individualização da execução. 
 
 
 
 
REGIMES 
PENITENCIÁRIOS 
FECHADO (segurança máxima 
ou média) 
Cumprido em 
Penitenciária 
SEMI – ABBERTO 
Cumprido em Colônia 
Agrícola, industrial. 
ABERTO (trabalho durante o 
dia s/ vigilância) 
Cumprido em Casa de 
Albergado (a noite) 
 
Art. 88, LEP. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, 
aparelho sanitário e lavatório. 
Parágrafo único - São requisitos básicos da unidade celular: 
a) salubridade do ambiente 
b) área mínima de 6 m2 (seis metros quadrados). 
 
Art. 89, LEP. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres 
será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças 
maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a 
criança desamparada cuja responsável estiver presa. 
 
Regime inicial - Art. 33, LEP. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime 
fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, 
salvo necessidade de transferência a regime fechado. 
§ 1º - Considera-se: 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima 
ou média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento 
adequado. 
 
REGIME FECHADO (PENITENCIÁRIA) 
1. Cela individual, 6m2; 
2. Condições de salubridade; 
3. Trabalho (trabalho comum ou 
estudo) diurno e isolamento noturno 
Obs.: trabalho EXTERNO em regime FECHADO só é possível em obras públicas. 
REGIME SEMI – ABERTO 
1. Cumprido em COLÔNIA AGRÍCOLA ou industrial; 
2. Trabalha INTRA ou EXTRA muros (Dentro ou fora da colônia, também pode ser 
em obras públicas, assim como iniciativa privada) 
3. A principal diferença do regime fechado e aberto se da na cela ou no lugar onde 
trabalha. 
REGIME ABERTO 
A pena é cumprida em CASA de ALBERGADO. 
Art. 33, § 2º, LEP - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em 
forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes 
critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em 
regime fechado; 
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não 
exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, 
poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. 
 
SISTEMA RECLUSÂO - Média e Maior 
gravidade 
DETENÇÃO – Média e 
Menor gravidade 
FECHADO Pena superior a 8 anos 
Pena superior a 4 anos + 
Reincidência 
 
SEMI – ABBERTO 
Pena superior a 4 até 8 anos 
(primário) 
Pena superior a 4 até 8 
anos (primário) 
Pena igual ou inferior a 4 anos 
+ Reincidência 
Pena igual ou inferior a 
4 anos + Reincidência 
ABERTO Pena igual ou inferior a 4 anos 
(primário) 
Pena igual ou inferior a 
4 anos (primário) 
STJ Súmula nº 269 - É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos 
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as 
circunstâncias judiciais. 
Posição MAJORITÁRIA – mesmo que o indivíduo seja reincidente, começa no 
regime SEMI – ABERTO. 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado. 
REGIME INTEGRALMENTE FECHADO 
Em 2007 o STF declarou inconstitucional o regime integralmente fechado, efeito ERGA 
OMNES. 
Argumento do STF – Princípio da humanidade das penas e princípio da individualização das 
penas. 
O legislador, então, declara o REGIME INICIALMENTE FECHADO em substituição ao 
REGIME INTEGRALMENTE FECHADO. 
O STF declara REGIME INICIALMENTE FECHADOinconstitucional para o PEQUENO 
TRAFICANTE. 
Argumento do STF – Princípio da proporcionalidade. 
Obs.: No cumprimento das penas, as mais graves serão cumpridas antes das mais brandas. 
As penas devem ser aplicadas distintas e integralmente. 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: 
§ 2 o. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, 
dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 
3/5 (três quintos), se reincidente. 
PENAL II 
AULA 03 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL) 
 
PENA PRIVATIVA DE 
LIBERDADE - PRISÃO 
RECLUSÃO Fechado/ Semi-Aberto/ 
Aberto 
DETENÇÃO Semi-Aberto/ Aberto 
PRISÃO SIMPLES - 
(Contravenção penal) 
Aberto 
 
PROGRESSÃO DE REGIME 
STJ Súmula nº 269 - É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos 
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as 
circunstâncias judiciais. 
 
O Brasil adotou o sistema progressivo Irlandês, onde o apenado vai conquistando 
pouco-a-pouco sua liberdade de acordo com seu mérito (Sistema de cumprimento 
da pena). Aquele condenado que está no sistema fechado pode passar para o 
sistema semi-aberto. 
Art. 112, LEP. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva 
com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, 
quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e 
ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do 
estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. 
Obs.: Critério objetivo – Crime comum 1/6 da pena. 
Sujeito está no regime fechado e passa obrigatoriamente pelo regime semi-aberto 
para chegar no sistema aberto. 
O condenado não pode ser punido pela ineficiência do estado, se fazia jus pode 
passar do sistema fechado para o aberto. 
Esse benefício será calculado de acordo com a pena fixada (cálculo de regime 
prisional) 
Essa regra não se aplica ao exposto nos casos Hediondos ou equiparados. 
Aplica-se: 
 Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: (requisito objetivo p/ progressão – 2/5 ou 3/5) 
§ 2 o. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, 
dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 
3/5 (três quintos), se reincidente. 
De 1990 até 2007 era vedada a progressão de regime. 
Em 2007 o STF declarou inconstitucional o regime integralmente fechado, efeito ERGA 
OMNES. 
Argumento do STF – Princípio da humanidade das penas e princípio da individualização das 
penas. 
O legislador, então, declara o REGIME INICIALMENTE FECHADO em substituição ao 
REGIME INTEGRALMENTE FECHADO. 
O STF declara REGIME INICIALMENTE FECHADO inconstitucional para o PEQUENO 
TRAFICANTE. 
Argumento do STF – Princípio da proporcionalidade. 
Em 2007 0 congresso passou a admitir a progressão de 2/5 ou 3/5. 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 
insuscetíveis de: 
§ 2 o. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, 
dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 
3/5 (três quintos), se reincidente. 
OSTENTAÇÃO DE BOM COMPORTAMENTO CARCERÁRIO 
O Diretor do estabelecimento carcerário emite um boletim para o Juiz da VEP e este 
determina a progressão de regime. 
Obs.: O regime anterior a 2007 não entra na regra da progressão de 2/5 ou 3/5. 
EXAME CRIMINOLÓGICO – Testa as condições de ressocialização do apenado. 
Art. 112 - A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a 
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o 
preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom 
comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas 
as normas que vedam a progressão. 
A única previsão do exame criminológico, hoje, serve apenas para determinar onde 
ficará o apenado. 
O exame criminológico deixou de ser obrigatório e passou a ser facultativo. 
 5 anos 
Crime Ação 
penal 
Condenaçã
o Recorrível 
Novo 
Crime 
Condenação 
Irrecorrível 
Extinção ou 
cumprimento 
da pena 
N/C Novo 
Crime 
 Reincidência 
A condenação IRRECORRÍVEL por crime anterior marca a reincidência. 
Excluem-se aqui os crimes militares próprios (Aqueles que só existem no CPM). 
Crimes militares próprios não geram reincidência. 
O sujeito que comete o crime depois de 5 anos da extinção do crime ou do 
cumprimento da mesma não mais é reincidente, esse sujeito tem tão somente maus 
antecedentes. 
Obs.: REINCIDENTE É QUEM PRATICA CRIME DEPOIS DE CONDENAÇÃO 
IRRECORRÍVEL POR CRIME ANTERIOR. 
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar 
em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer 
crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção. 
Condenado por crime (Irrecorrível), comete uma contravenção, no Brasil ou no estrangeiro: é 
reincidente. 
Condenado por contravenção (Irrecorrível), comete outra contravenção, no Brasil: é 
reincidente. 
PROGRESSÃO DE REGIME 
Art. 118 - A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma 
regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o 
condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena 
(Unificação) em execução, torne incabível o regime (Art. 111). 
 
Art. 111 - Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo 
ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo 
resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a 
detração ou remição. 
Pela unificação da pena, crime doloso e a falta grave o apenado pode regredir de 
regime. 
Art. 52 - A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando 
ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou 
condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com 
as seguintes características: 
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da 
sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena 
aplicada; 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de 
duas horas; 
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a 
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
§ 2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório 
ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou 
participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. 
O RDD (art. 52) fere o princípio da taxatividade. 
REMISSÃO E DETRAÇÃO 
REMISSÃO – É o perdão de dias da pena pelo trabalho carcerário, o preso que 
trabalha tem direito a desconto de sua pena pelos dias trabalhados. 
A cada 3 dias de trabalho/ 01 dia de pena. 
Trabalho – Até ¾ do saláriomínimo. Ainda que não haja trabalho pra todo mundo o 
preso não pode solicitar remissão da pena. 
O ACIDENTE DE TRABALHO é a única hipótese em que o preso pode ter os dias 
de penas remidos. 
O trabalho é pressuposto para concessão do regime aberto. O regime aberto não 
cabe remissão de dias da pena. O JUIZ DA VEP determina o desconto por dias de 
trabalho. 
Caso o preso cometa falta grave perde os dias de trabalho remidos, os dias que por 
sentença o Juiz já havia determinado não serão perdidos. 
 
DETRAÇÃO Faz-se em virtude do tempo de cumprimento de prisão processual ou 
administrativa, ou de internação provisória. A pena cumprida em prisão preventiva 
pode ser descontada através de detração. 
Art. 387, § 2º (Código Penal) O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa 
ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de 
determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº 
12.736, de 2012) 
A Lei 12.736/12 alterou a regulamentação da detração penal. 
Segundo a nova lei o JUIZ de ALICAÇÃO DA PENA, na própria sentença 
condenatória, verifica a DETRAÇÃO. (Quando for útil para o criminoso) 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA 
STF Súmula nº 716 - Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena 
ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito 
em julgado da sentença condenatória. 
 
A execução provisória da pena visa garantir todos os princípios de natureza 
processual. 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD) 
Através de estudos da ONU, surgem as regras de Tóquio, segundo a qual as penas 
de prisão precisam ser evitadas e somente aplicadas aos casos mais extremos. 
Art. 43, CP. As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - (VETADO) 
IV - prestação de serviço à 
comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana. 
A prestação pecuniária e a perda de bens e valores são PENAS PECUNIÁRIAS que 
atingem o patrimônio do condenado. 
Art. 117, LEP - Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto 
em residência particular quando se tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV - condenada gestante. 
Prisão domiciliar - sujeito precisa está em regime aberto. O Estado que não tem 
CASA de ALBERGADO aplica-se a PRISÃO DOMICILIAR. 
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA 
Art. 45, § 1º (Código Penal) A prestação pecuniária consiste no pagamento em 
dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com 
destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário 
mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago 
será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se 
coincidentes os beneficiários. 
O Juiz fixa um valor de 01 a 360 Salários Mínimos. 
A pena de multa se da em favor do Estado (Fundo Penitenciário Nacional) 
A pena de prestação pecuniária te caráter substitutivo, assim como todas as penas 
restritivas de direitos. O Juiz primeiro fixa, obrigatoriamente, a pena de prisão e 
depois é substituída por pena pecuniária (se o sujeito não cumpre a pena pecuniária 
volta a valer a pena de prisão). A pena de multa pode ser aplicada cumulativamente 
ou alternativamente a pena de prisão e não ter o caráter de conversibilidade (sujeito 
não paga multa, não pode ser preso, a multa deverá ser cobrada como se tributo 
fosse). A pena de prestação pecuniária é fixada em salário mínimo, a pena de multa 
é fixada pelo sistema de dias-multa (prestação pecuniária e multa podem ser 
cumulativas). 
Prestação Inominada - O sujeito ativo pode pagar a pena pecuniária através de 
bens. 
Art. 43, § 2º (Código Penal) No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do 
beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. 
PERDA DE BENS E VALORES 
Não corresponde ao patrimônio ilícito, mas sim ao patrimônio lícito (Condenação é 
um confisco, atingindo ao patrimônio do sujeito). 
Art. 45, § 3º (Código Penal) A perda de bens e valores pertencentes aos 
condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo 
Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto - o que for maior - o montante do 
prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em 
consequência da prática do crime. 
PENAL II 
AULA 04 
 
 
PENAS DO 
CÓDIGO PENAL 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL) 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD) 
PENAS PECUNIÁRIAS 
PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada 
(casos excepcionais) 
Penas restritivas especiais 
 - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
 - interdição temporária de direitos; 
 - limitação de fim de semana. 
 
Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas. 
 
Art. 46 - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável 
às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. 
§ 1º A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na 
atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. 
§ 2º A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, 
hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas 
comunitários ou estatais. 
§ 3ºAs tarefas a que se refere o § 1º serão atribuídas conforme as aptidões do 
condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de 
condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. 
§ 4º Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir 
a pena substitutiva em menor tempo (Art. 55), nunca inferior à metade da pena 
privativa de liberdade fixada. 
A prestação de serviço é aplicada a condenações superiores a 6 meses. 
A prestação de serviço é uma pena, por isso não é remunerada. 
O tempo é fixado em 1h/dia para não atrapalhar a atividade remunerada do 
condenado (1h/dia após ou antes do horário de serviço). 
Se a pena restritiva é de 1 ano, a pena de prestação é também de 1 ano. 
Segundo o § 4º do art. 46, o sujeito que tem a pena superior a 1 ano é facultado 
cumprir a pena em até metade do tempo. 
Segundo entendimento da doutrina, esse cidadão irá trabalhar o dobro de 
HORAS/DIA (2h) para que as penas possam ser proporcionais. 
Limitação de fim de semana 
Obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5h diárias em casa de 
albergado. 
Todas as penas restritivas com exceção da interdição temporária de direito são 
genéricas. 
Interdição temporária de direitos - Específica 
Só podem ser aplicadas em determinados crimes, o crime praticado tem que ser 
proporcional a natureza da pena. 
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de 
mandato eletivo; 
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de 
habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; 
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
IV - proibição de frequentar determinados lugares. 
Obs.: Prisão não cumula com pena restritiva 
Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas 
de liberdade, quando: 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena 
aplicada, se o crime for culposo; 
II - o réu não for reincidente em crime doloso; 
III - aculpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa 
substituição seja suficiente. 
Crime de ameaça – Crime de menor potencial 
MENOR POTENCIAL OFENSIVO – pena máxima de até 2 anos. 
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio 
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
Nas infrações de menor potencial ofensivo aplica-se a lei 9.099/95 (JECrim). 
A intenção do Juizado especial criminal era evitar a aplicação da pena. 
 
MÉDIO POTENCIAL OFENSIVO – Pena mínima de até 1 ano. 
GRANDE POTENCIAL OFENSIVO – O que não for menor ou médio potencial. 
HEDIONDOS ou EQUIPARADOS (l.8.072/90) 
INSTIRUTOS DESPENALIZADORES DA L. 9.099/95 
TRANSAÇÃO PENAL (principal instituto) 
Antes de denunciar o promotor oferece ao autor dos fatos algumas condições, se o 
autor do fato aceita as condições extingue-se a punibilidade. 
Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas 
de liberdade, quando: 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena 
aplicada, se o crime for culposo; 
II - o réu não for reincidente em crime doloso; 
Obs.: A reincidência impede aplicação da pena restritiva de direito. 
§ 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, 
em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a 
reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 
Pode ser o requisito do § 3º afastado ou flexibilizado pelo juiz. Com exceção da 
REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA. 
REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA – É a reincidência no mesmo crime, esta não permite 
a aplicação da pena restritiva de direito. 
Art. 44, III (Prognose favorável)- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social 
e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias 
indicarem que essa substituição seja suficiente. 
O art. 44, L.11.343/06 (lei de drogas) vedou expressamente a conversão do art. 33 
em penas restritivas de direitos. 
Em 2007 passou a vigorar o regime inicialmente fechado em substituição ao anterior 
(integralmente fechado) 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são 
inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, 
vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. 
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o 
livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua 
concessão ao reincidente específico. 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, 
expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, 
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas 
de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se 
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
Obs.: Segundo o STF o § 4o é inconstitucional. 
O STF não pode negar ao pequeno traficante a aplicação da pena restritiva de 
direito em substituição as penas privativas de liberdade. 
Art. 44. § 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita 
por multa ou PRD; se superior a um ano, a PPL pode ser substituída por uma PRD e 
multa ou por duas PRD. 
O Juiz escolhe multa ou RDD em pena igual ou inferior a 1 ano, só pode cumular 
PRD quando superior a 1 ano. (Não aplica a regra ao art. 28 L.11343/06). 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer 
consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
Em regra, PRD são penas substitutivas, as penas do art. 28 são principais. 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
As três penas podem ser aplicadas cumulativamente, não são penas substitutivas, 
são penas principais. 
 
 
PENAS DO 
CÓDIGO PENAL 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL) 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD) 
PENAS PECUNIÁRIAS 
PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada 
(casos excepcionais) 
 
PENAS DE MULTA 
Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas 
de liberdade, quando: 
§ 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por 
multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa 
de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por 
duas restritivas de direitos. 
 
Art. 49 (Código penal)- A pena de multa consiste no pagamento ao fundo 
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no 
mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um 
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 
5 (cinco) vezes esse salário. 
 
Regra do código penal para calcular multa. 
SISTEMA DOS DIAS MULTA - Art. 49 
1. Fixação do número de dias multa entre 10 e 360 dias-multa. 
2. 1/30 até 5X (valor) 
3. Multiplicação. 
Como fixar os dias e o valor (Critério) 
1. Fixação dos dias-multa 
(Posição mais antiga) Calculado de acordo com a reprovabilidade da conduta, a 
análise é calculada de acordo com base na pena de prisão. 
POSIÇÃO MAJORITÁRIA (Mais moderna) Capacidade econômica do condenado 
(quanto melhores condições tiver o condenado, maior será o valor a ser pago na 
multa). 
2. Fixação do valor de cada dia-multa 
Calculado de acordo com a Capacidade econômica do condenado. 
Obs.: A posição mais moderna é mais adotada porque a pena de multa perdeu seu 
caráter de conversibilidade. 
ANTIGAMENTE – Se o sujeito não pagasse a multa, esta seria convertida em pena 
de prisão (até 1996), desde então a conversibilidade da pena de multa foi abolida, 
hoje uma vez aplicada se torna dívida de valor, se o sujeito não paga essa multa 
(será inscrito na dívida ativa do Estado) sendo cobrada como dívida ativa através de 
execução fiscal por meio da fazenda pública, se executado e o sujeito não pagar, os 
bens serão penhorados, se não tiver bens? AZM. Art. 51, CP 
Se a multa não pode ser convertida em prisão, as condições econômicas do 
condenado serão afetadas. 
 
PRINCÍPIOS ATINENTES A SANÇÃO PENAL 
PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA ou DA PERSONALIDADE ou DA 
RESPONSABILIDADE PESSOAL 
A pena não pode passará da pessoa do condenado, ou seja, ninguém pode ser 
punido pela conduta de outrem. As penas não são transmissíveis, não podem 
passar para os herdeiros. As penas tributárias podem ser cobradas, de multa não. 
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS 
As penas não podem expor o condenado a tratamento indigno, ou seja, os 
condenados não podem ser atingidos na sua honra, ou na sua integridade física, 
como penas vexatórias, corporais, caráter perpétuo, morte... 
Devem ser garantidas ao preso as condições mínimas de salubridade. 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
Voltada principalmente para o legislador, orienta o legislador no momento da criação 
da pena, não podem ser nem excessivamente altas, assim como nãopodem ser 
ridiculamente baixas, devem ser compatíveis coma magnitude do crime ou a 
responsabilidade do sujeito. O legislador precisa ser ponderado, razoável. 
PRINCÍPIO DA NECESSIDADE CONCRETA DA PENA 
Só pode ser aplicada quando necessária para a reprovação da conduta. 
Art. 59 – (caput) O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem 
como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente 
para reprovação e prevenção do crime. 
O legislador diz se a pena é necessária ou não, o juiz tem uma margem mínima de 
discricionariedade. 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
Assim como as leis, as penas também não retroagem. 
Uso de Documento Falso 
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se 
referem os arts. 297 a 302: 
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
Uma cominação de pena indireta, embora não exista cominação direta é fácil 
identificar o dispositivo de lei. 
Esse tipo de pena não ofende em nada o princípio da legalidade. 
 
PENAL II 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
 
PRINCÍPIO DA 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
LEGISLATIVA 
JUDICIAL 
EXECUTÓRIA 
Cominação de uma pena em abstrato, o legislador cria o crime sem nenhum caso 
concreto em consideração, trabalha com situações genéricas. 
O legislador fixa margens penais (pena fixada no limite mínimo e máximo), 
estabelece a reprovabilidade mínima e a reprovabilidade máxima. 
A fixação de pena de certa forma se dirige a sociedade, assim serve como um 
instituto de garantia para o criminoso, evitando que o estado possa ultrapassar os 
limites de aplicação da pena, serve principalmente para o Juiz (o legislador 
balizando a atividade judicial). 
 
PRINCÍPIO DA 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
LEGISLATIVA 
JUDICIAL 
EXECUTÓRIA 
O sujeito infringe a lei, surge então o momento da DOSIMETRIA DA PENA (a 
individualização judicial). 
O Juiz, balizado nos limites mínimos e máximos, estabelece a pena necessária para 
o caso concreto, fixando, individualizando, fazendo calculo, aquela pena que era 
abstrata passa a ser uma pena concreta (aplicação da pena em concreto). 
 LEGISLATIVA 
PRINCÍPIO DA 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
JUDICIAL 
EXECUTÓRIA 
Efetivação da pena aplicada com todas as suas intercorrências, a pena aplicada 
será efetivada. 
DOSIMETRIA DA PENA – Calculo da PPL (Prisão) 
SISTEMA TRIFÁSICO (Sistema Nelson Hungria) 
 
SISTEMA TRIFÁSICO 
PENA-BASE 
PENA PROVISÓRIA 
PENA DEFINITIVA 
 
PENA BASE 
A aplicação da pena começa no art. 59, CP(Circunstâncias Judiciais). 
QUALIDADE DA PENA 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, 
bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e 
suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
Dentro dos limites estabelecidos pelo legislador o juiz precisa da pena inicial. 
Parte da doutrina diz que a pena precisa ser começada pelo termo médio, esse é o 
equilíbrio, é justo que a pena comece pelo termo médio (Opinião de parcela 
amplamente minoritária). 
A doutrina majoritária rejeita esse raciocínio, segundo seu entendimento a pena 
inicial tem que ser a mínima, por dois motivos: 
1. A lei não determina qual a pena inicial; 
2. A pena média não é a pena justa, a pena equilibrada, ao começar aplicar a pena 
pelo meio, indiretamente já se reprova a culpabilidade do sujeito, na constituição 
vigora o princípio da presunção da inocência, por isso, a aplicação da pena deve 
começar pelo mínimo. 
PENA-BASE – É o marco pelo qual se começa fazer o calculo. 
PENA-BASE – PENA INICIAL + CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS 
Circunstâncias judiciais, art. 59 (caput), CP. 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, 
bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e 
suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
 
A pena inicial só será alterada se houver circunstancias judiciais abonadoras. 
2º PASSO – O resultado da pena base é transportado para a pena provisória. 
A pena provisória começa com a PENA-BASE mais AGRAVANTES e 
ATENUANTES (chega-se a um novo resultado). 
O resultado da PENA PROVISÓRIA é repassado para a PENA DEFINITIVA. 
PENA DEFINITIVA – PENA PROVISÓRIA mais CAUSA DE AUMENTO E 
DIMINUIÇÃO DA PENA. 
QUALIFICADORAS 
AGRAVANTES 
CAUSAS DE AUMENTO 
PREVILÉGIOS 
ATENUANTES 
CAUSA DE DIMINIUÇÃO 
Cada palavra significa um instituto diferente. 
PENA-BASE 
 
QUALIFICADORAS e PREVILÉGIOS 
As qualificadoras e privilégios influenciam na pena inicial. 
Homicídio Simples 
Art. 121 - Matar alguém: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. 
 
Homicídio Qualificado 
§ 2º - Se o homicídio é cometido: 
II - por motivo fútil; 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
A pena por MOTIVO FÚTIL é uma pena autônoma, diferente da pena do Caput, a 
pena do § 2º é, portanto, QUALIFICADORA. 
 
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; 
ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente 
ao estado civil: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: 
Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. 
 No Art. 242, Parágrafo único, há uma pena mais branda que a pena do caput, é 
também uma pena autônoma, pois não depende da pena do caput. Nesse caso o 
crime é PREVILEGIADO. 
CAUSAS DE AUMENTO e DIMINIUÇÃO de PENA 
Causa de aumento (Majorado) 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
 
Causa de diminuição (Minorado ou Minorante) 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode 
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou 
aplicar somente a pena de multa. 
O ARREPENDIMENTO POSTERIOR é uma causa de diminuição da pena. 
Arrependimento Posterior 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado 
o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
 
AGRAVANTES e ATENUANTES 
Nas agravantes e atenuantes o legislador não fala o quanto a pena é agravada ou 
atenuada. 
PENA PROVISÓRIA 
Circunstâncias Agravantes 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem 
ou qualificam o crime: 
I - a reincidência; 
REINCIDÊNCIA – É uma causa que sempre agrava a pena. 
II - ter o agente cometido o crime: 
(...) 
Agravantes no Caso de Concurso de Pessoas 
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais 
agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III- instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-
punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
 
 
Circunstâncias Atenuantes 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) 
anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, 
evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o 
dano; 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem 
de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato 
injusto da vítima; 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 
 
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, 
anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
 
AGRAVANTES e ATENUANTES GENÉRICAS 
Aplicam-se a quase todos os crimes. 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena. 
EXCEÇÕES 
1. Se a pena já está fixada no seu limite máximo, a agravante não produz efeito se a 
pena já atingiu seu limite máximo. 
2. Quando não constitui ou não qualificam o crime (BIS IN IDEM é vedado em direito 
penal) 
3. A circunstância agravante não será aplicada quando houver uma atenuante 
preponderante 
Reincidência é circunstância preponderante. 
Atenuante ou agravante, uma delas vai prepondera sobre a outra. 
Concurso de Circunstâncias Agravantes e Atenuantes 
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do 
limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as 
que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da 
reincidência. MOPERE 
 
Segundo o STF a confissão espontânea é uma causa de circunstância 
preponderante. 
 Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) 
anos, na data da sentença; 
Se o agente é menor que 21 (18 a 21) e maior que 70 (menoridade ou maioridade 
vão preponderar). 
Art. 61, II - ter o agente cometido o crime: 
a) por motivo fútil (BOBO, BANAL) ou torpe (REPUGNANTE); 
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação (DESCONHECIMENTO DO 
CRIME), a impunidade ou vantagem de outro crime; 
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que 
dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido; 
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, 
ou de que podia resultar perigo comum; 
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge (PESSOAS QUE VIVEM EM 
MATRIMÕNIO); 
A LEI FOI OMISSA QUANTO AO COMPANHEIRO, PORTANTO NÃO SE PODE 
USAR ANALOGIA (malam partem) NESSE CASO, POIS ESTA PREJUDICARIA O 
RÉU. 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei 
específica; 
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou 
profissão; 
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; 
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; 
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou 
de desgraça particular do ofendido; 
l) em estado de embriaguez preordenada. 
 
ENFERMO – Aquele que tem menor capacidade de defesa. 
EMBRIAGUEZ PREORDENADA – Aquele sujeito que usa a embriaguez para 
perder seus freios inibitórios. 
Agravantes no Caso de Concurso de Pessoas 
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais 
agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-
punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; 
 
Art. 242, Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida 
nobreza: 
Divergência entre duplicidade de avaliação (Doutrina majoritária diz que não). 
Para ZAFARONI pode-se avaliar duas vezes a mesma atenuante. 
 
STJ Súmula nº 231 
Circunstâncias Atenuantes - Redução da Pena - Mínimo Legal 
 A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena 
abaixo do mínimo legal. 
PROPORCIONALIDADE - A pena não pode ser nem tão alta, nem tão baixa. 
 
PENAL II 
AULA 06 
 
 
SISTEMA TRIFÁSICO 
PENA-BASE Circunstâncias judiciais (art. 59) 
PENA PROVISÓRIA Agravantes e atenuantes 
PENA DEFINITIVA Causas de Aumento e Diminuição 
da pena. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) 
anos, na data da sentença; 
A pessoa deste artigo trata do sujeito de 18 a 21 anos. 
Em Direito Penal as HORAS não serão consideradas para calculo, somente os 
DIAS. 
Considera-se a MAIORIDADE na data em que a sentença é proferida. 
Na MENORIDADE interessa a data do crime. 
Qualquer que seja a sentença, se o sujeito já era maior de 70 anos a pena é 
atenuada. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
II - o desconhecimento da lei; 
ERRO – Falsa representação da realidade, não existe desconhecimento da lei. 
IGNORÂNCIA – Ninguém pode alegar ou utilizar o desconhecimento da lei para não 
ser punido (LEGIS MEMINEM EXCUSA, o desconhecimento da lei não exime de 
punição). 
O desconhecimento da lei não exclui punição, mas diminui a pena. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, 
evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o 
dano; 
Essa atenuante é admitida Até o julgado (antes do julgamento). 
A atenuante da alínea B será aplicada nas hipóteses em que não são cabíveis a 
desistência voluntaria, o arrependimento eficaz e o arrependimento posterior. 
Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou 
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
Desistência Voluntária – O sujeito inicia a execução, durante os atos executórios 
desiste e evita a consumação. 
Arrependimento Eficaz - O sujeito inicia a execução, depois de terminados os atos 
executórios, desiste e evita a consumação. 
Arrependimento Posterior 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado 
o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
Arrependimento Posterior - Ocorre a consumação do crime e só depois o sujeito 
tenta reparar o dano. 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem 
de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato 
injusto da vítima; 
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL – Só responderá pelo crime aquele que executa 
a coação, sendo o coagido inimputável.OBEDIÊNCIA HIERARQUICA – Se a ordem é manifestamente legal, diminuição de 
pena. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; 
Confissão provocada não é confissão espontânea. 
O sujeito precisa ter o desejo de contribuir para a justiça, nesse caso a confissão 
espontânea é obrigatória para que se configure atenuante. 
A confissão só vai atenuar a pena quando for total (Cabal). 
A confissão só atenua a pena quando for repetida em juízo. 
A confissão espontânea é considerada pelo STF como circunstâncias 
preponderantes. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 
Crime multitudinário – Crime praticado sob influência de multidão. 
O sujeito que pratica crime multitudinário tem sua pena atenuada, salvo quando este 
deu início. 
Ex.: CRIME DE RIXA. 
Rixa 
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa. 
 
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, 
anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
ATENUANTES INOMINADAS 
Qualquer outra circunstância que se apresente relevante para o juiz mesmo não 
estando previsto em lei. 
As agravantes sempre serão legalmente prevista. 
PENA DEFINITIVA – 3ª FASE 
Na fase definitiva os limites mínimos e máximos da pena podem ser ultrapassados. 
Furto na modalidade tentada – pena base de 1 ano, pena provisória de um ano, 
pena definitiva pode ser menor que um ano. 
O legislador estipulou o quanto a pena deve ser amentada ou diminuída. 
A uma autorização legislativa para que os limites mínimos e máximos sejam 
violados. 
Se a lei diz que a pena pode ser aumentada ou diminuída e não fala o quanto, esta é 
uma hipótese atenuante. 
Após o SISTEMA TRIFÁSICO o juiz fixa o REGIME PENITENCIÁRIO e depois se 
houver calcula PENA DE MULTA, depois, se comportar, PRD , esta será 
substitutiva, só depois o juiz verifica se é cabível a SUSPENSÃO CONDICIONAL da 
pena. 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS) 
O sistema FRANCO-BELGA (SURSIS) é uma hipótese de impedimento da 
execução de pena em que o sujeito ativo assume o compromisso de cumprir certas 
condições em troca de seu não recolhimento ao cárcere, depois de aplicada a pena 
pelo juiz. 
Se o sujeito concorda com a pena do Juiz, o sujeito terá sua pena suspensa. 
REQUISITOS (SURSIS): 
 Requisitos da Suspensão da Pena 
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, 
poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no Art. 44 deste Código. 
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. 
§ 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá 
ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta 
anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
1. Só a pena de prisão apresenta SURSIS; 
2. Pena igual ou inferior a 2 anos ou não superior a 4 anos (maior de 70 ou saúde); 
3. Não reincidência em crime doloso (subjetivo); 
Exceção ao art. 77, § 1º (mesmo cometido crime doloso e condenado a pena de 
multa). 
4. Pro gnose favorável (subjetivo); 
5. Impossibilidade de substituição por PRD. 
No SURSIS o tempo de punição pode ultrapassar a própria condenação. 
SURSIS não é pena, é suspensão da pena. 
Obs.: os requisitos precisam existir cumulativamente. 
Se os requisitos forem cumpridos o Juiz não pode negar, mas é um instituto 
condicional e só será aplicado caso ocorra aceitação por parte do beneficiário, o Juiz 
então faz uma AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA, se o réu concorda com as condições 
que lhe são impostas começa o PERÍODO DE PROVA que será de 02 a 04 anos 
dependendo das circunstâncias (se o réu não aceitar, vai preso). 
As condições imposta pelo Juiz: 
Art. 78, CP - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à 
observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade 
(Art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (Art. 48). SURSIS SIMPLES 
§ 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e 
se as circunstâncias do Art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz 
poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, 
aplicadas cumulativamente: 
a) proibição de frequentar determinados lugares; 
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e 
justificar suas atividades. 
 
PRIMEIRO ANO – Prestação de serviço ou limitação de fim de semana (obrigatório). 
Art. 77, § 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro 
anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja 
maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
No § 2º do art. 77 temos SURSIS ETÁRIO ou HUMANITÁRIO. 
O período de prova do SURSIS ETÁRIO ou HUMANITÁRIO é de 4 a 6 anos, o 
SURSIS SIMPLES e ESPECIAL de 2 a 4 anos. 
O período de prova na PRISÃO SIMPLES (contravenção) e de 1 a 3 anos. 
Art. 78, § 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de 
fazê-lo, e se as circunstâncias do Art. 59 deste Código lhe forem inteiramente 
favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes 
condições, aplicadas cumulativamente: 
No § 2º do art. 78 temos o SURSIS ESPECIAL 
Quando o sujeito demonstra cooperação. 
O Juiz deve aplicar todas as condições do § 2º cumulativamente. 
Caso o condenado descumpra as condições a ele imposta (art. 81). 
Revogação Obrigatória 
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: 
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; 
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem 
motivo justificado, a reparação do dano; 
III - descumpre a condição do § 1º do Art. 78 deste Código. 
Revogação Facultativa 
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra 
condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por 
contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
Prorrogação do Período de Prova 
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, 
considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. 
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar 
o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. 
 
A REVOGAÇÃO FACULTATIVA de SURSIS fica a critério do Juiz. 
Se o sujeito cumpre todas as condições regularmente imposta por todo período de 
prova a pena é extinta. 
 
PENAL II 
AULA 07 
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
O Livramento será concedido considerado a soma total das condenações, 
mesmo que cada uma delas seja a pena inferior a 2 anos. 
Requisitos objetivos: 
a) PPL igual ou superior a 2 anos; 
b) Cumprimento da pena; 
 
ESPECIAL 
Cumprimento de mais 
de 1/3 da pena 
Condenado não reincidente em 
crimes dolosos + bons 
antecedentes 
ORDINÁRIO Cumprimento de maisde 1/2 da pena 
Condenado reincidente em 
crime doloso 
Crime hediondo Cumprimento de mais 
de 2/3 da pena 
Crime hediondo ou equiparado 
(salvo reincidência específica) 
c) Comportamento satisfatório durante a execução da pena (subjetivo); 
d) Bom desempenho no trabalho e aptidão para prover a própria subsistência pelo 
trabalho honesto (subjetivo); 
e) Reparação do dano (art. 83, IV, CP - salvo impossibilidade). 
O livramento condicional é a última etapa do processo (sujeito passa a ter liberdade 
plena) sem restrição ou liberdade de locomoção, embora ainda esteja cumprindo 
pena (serve para verificar se o sujeito adquiriu senso de responsabilidade, por isso é 
tratado como um homem livre). 
Se ficar comprovado que o indivíduo não apresenta essas qualidades a sua 
liberdade será cerceada. 
Não existe livramento condicional em PRD. 
A pena de 2 anos cabe tanto SURSIS quanto LIVRAMENTO CONDICIONAL. 
Só pode alcançar o livramento condicional aquela pessoa que cumpriu certo período 
da pena (Requisito temporal). 
Cumprimento de mais de 
1/2 da pena 
Condenado reincidente em crime doloso 
a) Se o réu não é reincidente, mas possui maus-antecedentes terá que cumprir 
período de pena intermediário (cumprimento de pena entre 1/3 a ½). 
POSIÇÃO MAJORITÁRIA – Se a lei não cuidou do condenado portador de maus-
antecedentes, se a lei foi omissa, não se pode prejudicar o condenado, basta que 
ele cumpra 1/3 da pena; 
b) Se o sujeito for condenado em crime hediondo ou equiparado, este precisa 
cumprir 2/3 da pena; 
Ressalva: Se o sujeito é reincidente em crime hediondo não pode alcançar o 
livramento condicional. 
c) Basta que seja satisfatório (o diretor do presídio atesta o comportamento 
satisfatório); 
d) Sujeito precisa demonstrar, durante execução da pena, bons antecedentes no 
trabalho; 
e) Reparação do dano. 
Progressão de regimes (requisitos) 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. 
§ 4º O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de 
regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou 
à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 
O sujeito só poderá progredir de regime se reparado o dano ou restituída a coisa. 
INTERPRETAÇÃO CONFORME – Interpretação da lei de acordo com a 
constituição. 
A progressão não é um instituto condicional, mas o livramento é. 
Se o sujeito comete crime durante a vigência do benefício, volta a cumprir toda a 
pena. 
Revogação do Livramento 
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena 
privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: 
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; 
II - por crime anterior, observado o disposto no Art. 84 deste Código. 
 
Revogação Facultativa 
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de 
cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente 
condenado, por crime ou contravenção (PRD ou MULTA), a pena que não seja 
privativa de liberdade. 
Crime cometido antes do período têm os dias de livramento descontado na 
condenação; crimes cometidos durante do período de provas faz com que o 
sujeito cumpra toda a pena que restava sem desconto na condenação; em 
caso de descumprimento de condições deverá o condenado cumprir 
integralmente a pena que estava suspensa. 
 
Extinção 
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado 
a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência 
do livramento. 
Obs.: O sujeito pode está no fim do prazo do período de provas e em paralelo pode 
está sendo processado, não podendo o Juiz declarar extinta a condenação antes do 
trânsito em julgado. 
Efeitos secundários extrapenais da sentença condenatória: 
Genéricos; Específicos. 
Um dos efeitos penais é a inclusão do nome do réu no rol dos culpados. 
Efeitos Genéricos e Específicos 
Art. 91 - São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-
fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, 
alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido 
pelo agente com a prática do fato criminoso. 
§ 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou 
proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se localizarem no 
exterior. 
§ 2º Na hipótese do § 1º, as medidas assecuratórias previstas na legislação 
processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou 
acusado para posterior decretação de perda. 
 
GENÉRICOS – São aqueles que existem em qualquer que seja o crime praticado, 
surgem em qualquer sentença condenatória, dispensam motivação pelo juiz. 
ESPECÍFICOS – Aqueles que surgem em certas categorias de crimes. 
Só existiram quando houver motivação judicial, obrigatoriamente o juiz deve abordar 
em sentença condenatória. 
Efeitos Genéricos (art. 91) 
Toda prática criminosa contra uma vítima individualizada gera dano material ou dano 
moral (dano psicológico), passível de indenização, ação cível EX-DELITO. 
A sentença penal condenatória gera título executivo em juízo cível. 
A Ação cível fica suspensa enquanto a ação penal corre normalmente (processo em 
duas esferas – Cível e Criminal). 
A sentença condenatória não terá nenhuma repercussão cível. 
INSTRUMENTO – A coisa usada para a prática criminosa. 
ANIMAL é considerado COISA (pessoa não é considerada coisa) 
PRODUTO – É tudo aquilo que se arrecada com a prática criminosa. 
PROVEITO – É tudo aquilo que é arrecadado através da prática criminosa. 
Consequências – Podem ser perdidos em favor da união, pode ser confiscado, 
podendo ser leiloado ou destitudo pela união. 
A regra do art. 91 não vale para o tráfico de drogas. 
Ex.: Carro que, embora lícito, transporta drogas (todos os bens usados para o tráfico 
são confiscados). 
De acordo com o STF perde toda a propriedade aquele que tem plantação de 
drogas 
Art. 92 - São também efeitos da condenação: 
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um 
ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a 
Administração Pública; 
A perda do cargo público só afeta a pessoa do condenado (o ato praticado precisa 
está ligado ao mandato). 
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) 
anos nos demais casos. 
 
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes 
dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; 
Sujeito perde o poder familiar. 
Ex.: Sujeito estupra própria filha. 
Após cumprimento de pena o sujeito recupera o poder familiar dos filhos, salvo a 
filha vítima de estupro. 
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de 
crime doloso. 
 
REABILITAÇÃO 
Reabilitação 
Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, 
assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e 
condenação. 
Serve para restituir ao condenado o status que ele possuía antes da condenação (se 
o sujeito é considerado reabilitado o nome dele é apagado ou excluído do rol dos 
culpados). 
A certidão negativa de antecedentesvem em branco. 
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que 
for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o 
período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier 
revogação, desde que o condenado: 
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; 
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom 
comportamento público e privado; 
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta 
impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a 
renúncia da vítima ou novação da dívida. 
Decurso do tempo – depois de 2 anos. 
Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério 
Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a 
pena que não seja de multa. 
Gerada reincidência, acaba a reabilitação. 
 
 
PENAL II 
AULA 08 
MEDIDAS DE SEGURANÇAS 
GÊNERO ESPÉCIE 
 
 
SANÇÃO PENAL 
PENA IMPUTÁVEL 
MEDIDAS DE 
SEGURANÇA 
 
INIMPUTÁVEL 
MEDIDAS SOCIO-
EDUCATIVAS 
Pena – A sanção penal é destinada aos IMPUTÁVEIS. 
Medidas de segurança e medida sócio-educativa – São as sanções penais 
reservadas aos INIMPUTÁVEIS (falta discernimento ou auto-determinação). 
Medidas de segurança - Se o sujeito tem retardamento mental ou alienação. 
Medidas sócio-educativas – Idade de 12 a 18 anos (adolescente) Ato infracional 
análogo a crime. Duração máxima de até 3 anos. 
O sujeito pode cumprir medida sócio – educativa até 21 anos. 
 O Brasil adota o SISTEMA VICARIANTE (ou pena ou medida de segurança). 
 
ESPÉCIES 
INTERNAÇÃO (CP) CUSTÓDIA 
TRATAMENTO 
AMBULATORIAL 
POSSIBILIDADE DE IR E 
VIR 
O CP ESTABELECEU A REGRA DE INTERNAÇÃO. 
Espécies de Medidas de Segurança 
Art. 96. As medidas de segurança são: 
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro 
estabelecimento adequado; 
II - sujeição a tratamento ambulatorial. 
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem 
subsiste a que tenha sido imposta. 
Imposição da Medida de Segurança para Inimputável 
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (Art. 26). Se, 
todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-
lo a tratamento ambulatorial. 
Prazo 
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, 
perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de 
periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Perícia Médica 
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser 
repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. 
Desinternação ou Liberação Condicional 
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser 
restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, 
pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. 
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a 
internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. 
Caráter da medida de segurança – CURATIVA. 
FUNÇÃO PREVENTIVA ESPECIAL – Tenta-se aqui curar o alienado mental, a 
medida de segurança está sendo aplicada, baseada na periculosidade do agente (se 
é perigoso deve ser tratado). 
Inúmeros estudos comprovam que o tratamento ambulatorial vem sendo mais 
favorável, embora o art. 97 seja contrário. 
Duração mínima da medida de segurança – 1 a 3 anos. 
Através da perícia médica o juiz instaura durante a ação penal incidente de sanidade 
mental, ao ser constatada a imputabilidade pela perícia médica, o juiz instaura 
sentença absolutória denominada imprópria. 
Mesmo sendo absolvido, é aplicada medida de segurança ao condenado, por isso 
chama-se sentença absolutória imprópria. 
O prazo mínimo para a primeira perícia médica é de 1 a 3 anos (visa estabelecer se 
a pessoa continua perigosa ou não). 
A partir do 3 ano ou depois do prazo mínimo fixado, caso não tenha sessado a 
periculosidade do agente a perícia se torna anual. 
Se não for constatada a periculosidade - Art. 97, § 1º (prazo). 
Art. 97, § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo 
indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a 
cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Segundo os tribunais a medida de segurança do Art. 97, § 1º é inconstitucional, pois 
o Brasil proíbe pena de caráter perpétuo, então a duração máxima da medida de 
segurança será aquela que o sujeito receberia caso fosse imputável. 
Ex: pena máxima do furto – 4 anos. Então, a pena da medida de segurança será de 
4 anos. 
Inimputáveis 
Art. 26, CP - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Redução de Pena 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em 
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
O Parágrafo único do art. 26 trata dos semi - imputáveis. 
Semi – imputáveis – Aquele que tem parcial capacidade de entendimento ou auto 
determinação. A critério do juiz a pena pode ser substituída por uma medida de 
segurança. Ou o semi-imputável cumpre pena ou cumpre medida de segurança. 
SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL A Superveniência é cumprida como 
semi-imputável SEMI-IMPUTÁVEL – CONDENADO – PENA- MEDIDA DE 
SEGURANÇA 
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do Art. 26 deste Código e necessitando o 
condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser 
substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) 
a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. 
 
AÇÃO PENAL 
É o instrumento de que se vale o estado para buscar a satisfação do direito de punir. 
 Jus PUNIEND (direito de punir) este não pode ser exercitado pelo estado sem uma 
apreciação judicial. 
Jus Puniend é uma exclusividade estatal, é um direito atinente exclusivamente ao 
estado, no entanto a PERSECUTIO CRIMINIS (PERSECUTIO CRIMINIS IN 
JUDICIS) não é, mas pode ser delegada. 
 
 
 
 
AÇÃO 
PENAL 
PÚBLICA INCONDICIONADA 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
PÚBLICA CONDICIONADA MP (ofendido ou 
representante legal ou 
Ministro da justiça) 
PRIVADA PROPRIAMENTE DITA OFENDIDO ou 
REPRESENTANTE LEGAL 
PERSONALÍSSIMA OFENDIDO 
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA OFENDIDO 
A classificação leva em conta a proposição para abertura de ação penal. 
Quando o Estado é legitimado para a abertura da ação: 
PÚBLICA – oferecida através do MP. 
A ação penal pública é feita através de DENÚNCIA pelo MP (propositura pública). 
 O OFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL ao propor uma ação penal faz-se 
QUEIXA CRIME. 
O sujeito que vai a delegacia narrar um fato faz NOTÍCIA CRIME (delatio criminis) 
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA MINISTÉRIO PÚBLICO 
O MP pode agir independentemente de qualquer representação ou manifestação 
prévia. 
Ex: Homicídio, furto, roubo... 
AÇÃO PENAL PÚBLICA 
CONDICIONADA 
MP (ofendido ou representante 
legal ou Ministro da justiça) 
Quando a atuação do MP fica atrelada a uma manifestação prévia de vontade. 
Quem oferece a ação

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