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Prof.: William Xavier d’Alcântara Centro Universitário Newton Paiva Engenharia Mecânica Disciplina: Sistemas Hidraúlicos e Pneumáticos Prof.: William Xavier d’Alcântara CÁLCULOS DOS CILINDROS PNEUNÁTICOS F = P . A A = ¶ D2 4 Força (Kgf). A = Superfície útil do êmbolo (cm²). P = Pressão de trabalho (Kgf/cm²). D = Diâmetro do êmbolo (cm) Obs.: Para a força efetiva do êmbolo, deve-se considerar a resistência por atrito (de 3 a 20% da força teórica - normalmente 10%). Prof.: William Xavier d’Alcântara Força do êmbolo A força do êmbolo exercida com o elemento de trabalho depende da pressão de ar, do diâmetro do cilindro e da resistência de atrito dos elementos de vedação. A força teórica do êmbolo é calculada segundo a fórmula abaixo: Ft = P. A Onde: Ft = Força teórica do êmbolo (Kgf) A = Superfície útil do êmbolo (cm²) P = Pressão de trabalho (Kgf/cm²) Prof.: William Xavier d’Alcântara Fe = P . A – (FA + Fm) Cálculo da força efetiva do êmbolo a) Do cilindro de ação simples Onde: Fe = Força efetiva do êmbolo (Kgf) A = Superfície útil do êmbolo (cm²) P = Pressão de trabalho (Kgf/cm²) FA = Resistência do atrito (Kgf) Fm = Força da mola de retorno (Kgf) Prof.: William Xavier d’Alcântara Do cilindro de dupla ação Cilindro de dupla ação (avanço) Fe = P. A – F A Cilindro de dupla ação (retorno) Fn = P . A’- F A Onde: Fe = Força efetiva do êmbolo (KGf) A = Superfície útil do êmbolo (cm²) Prof.: William Xavier d’Alcântara A' = Superfície útil do êmbolo (cm²) (D² - d² ) . ¶ /4 P = Pressão de trabalho (Kgf/cm²); FR = Resistência do atrito (Kgf) (3 - 20% de Fe); FF = Força da mola de retrocesso (Kgf); D = Diâmetro do êmbolo (cm); d = Diâmetro da haste do êmbolo (cm); Prof.: William Xavier d’Alcântara Consumo de ar Em uma determinada pressão de trabalho, num determinado diâmetro de cilindro e num determinado curso, calcula-se o consumo de ar como se segue: Relação de compressão x superfície de êmbolo x curso A relação de Compressão P2 será calculada assim: P1 1.013 + pressão de trabalho em bars 1.013 Prof.: William Xavier d’Alcântara cálculo do consumo do ar Q = s.n.d².¶ Relação de compressão 4 Onde: Q = s.n.q Para cilindro de dupla ação: Q = (s.D².¶ + s.(D² - d²) ).¶.n relação de compressão Onde: Q = 2 (s.n.q). Prof.: William Xavier d’Alcântara Dados: Q = Volume de ar (L/min). s = Comprimento do curso (cm). n = Número de cursos por minuto. D = Diâmetro do cilindro (cm) d = Diâmetro da haste do êmbolo (cm) q = Consumo de ar por cm de curso. Prof.: William Xavier d’Alcântara Sob temperatura constante, o volume de um gás fechado em um recipiente é inversamente proporcional à pressão absoluta, quer dizer, o produto da pressão absoluta e o volume é constante para uma determinada quantidade de gás. P1. V1 = P2 . V2 = P3 . V3 = constante (transformação isotérmica). Prof.: William Xavier d’Alcântara Exemplo: Um volume V1 = 1 m³, sob pressão atmosférica P1=100 kPa (1 bar) é reduzido pela força F2 para um volume V2 = 0,5 m³, mantendo-se a temperatura constante, a pressão resultante será: P1 . V1 = P2 . V2; P2 = P1 . V1 V2 P2 = 100 KPa . 1 m³ = 200 kPa (2bar) 0,5 m³ Prof.: William Xavier d’Alcântara Se o volume V1 for comprimido pela força F3 para um volume V3 = 0,05 m³, a pressão resultante será: P3 = P1 . V1; V3 P3 = 100 kPa . 1 m³ = 2000 kPa (20 bar) 0,05 m³ Prof.: William Xavier d’Alcântara O VOLUME DE AR SE ALTERA EM FUNÇÃO DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA Se a pressão permanece constante e a temperatura se eleva 1 K partindo de 273 K o ar se dilata 1 do seu volume. 273 Isto é demonstrado pela lei de Gay-Lussac: V1 = T1 V2 T2 V1 = Volume na temperatura T1 V2 = Volume na temperatura T2 Prof.: William Xavier d’Alcântara Onde: V2 = V1 . T2 T1 A variação do volume é: V = V2 - V1 V = V1 . T2 - V1 T1 V = V1 . (T2 - T1) T1 O mesmo é válido para V2: V2 = V1 + V V2 = V1 + V1 (T2 - T1) T1 Prof.: William Xavier d’Alcântara As equações anteriores são válidas somente quando as temperaturas são indicadas em K (Kelvin). As temperaturas indicadas em °C (graus celsius) devem ser convertidas, portanto, para Kelvin (K). Para se calcular imediatamente em graus celsius, °C é necessário somar 273,15°C aos valores da temperatura. V2 = V1 + V1 [ (273°C + T2) - (273°C + T1) ] 273°C + T1 V2 = V1 + V1 (T2 - T1) 273°C + T1 Prof.: William Xavier d’Alcântara Prof.: William Xavier d’Alcântara Exemplo 0,8 m³ de ar com temperatura T1 = 293 K (20°C), será aquecido para T2 = 344 K (71°C). Qual será o volume final? Segundo a fórmula anterior temos: V2 = 0,8 m³ + 0,8 m³ (344 K - 293 K) 293 K V2 = 0,8 m³ + 0,14 m³ = 0,94 m³ O ar se dilata de 0,14 m³. Prof.: William Xavier d’Alcântara Explicação: Estado normal, segundo DIN 1343, é o estado de uma substância sólida, líquida ou gasosa, sob pressão e temperatura normal. O conceito técnico define: Como temperatura normal: Tn=293,15K; Tn=20°C; Como pressão normal: Pn=98.066,5 Pa=98.066,5N/m² = 0,980665 bar Prof.: William Xavier d’Alcântara O conceito define: Como temperatura normal: Tn = 273,15 K; Tn = 0°C Como pressão normal: Pn = 101.325 Pa = 101.325N/m² = 1,01325 bar Prof.: William Xavier d’Alcântara Exemplo: Em um reservatório de 2 m³, está armazenado ar a uma pressão de 700 kPa (7 bar) a uma temperatura de 298 K (25°C). Qual o volume de ar armazenado no reservatório? Prof.: William Xavier d’Alcântara 1º Passo: Conversão a uma pressão de 101.325 Pa (1,013 bar) ~100.000 Pa = 100 kPa (1 bar). Segundo a lei de Boyle-Mariotte temos: P1 . V1 = P2 . V2; V1 = volume a pressão P1 P1 = 100 kPa (1 bar) (pressão normal) V2 = 2 m³ P2 = 700 kPa (7 bar) (pressão absoluta) V1 = p2 . V2 = 700 KPa . 2 m³ = 14 m³ p1 100 KPa Prof.: William Xavier d’Alcântara 2º Passo Conversão a uma temperatura de 273 K (0°C). Para a dilatação é válido: V2 = V1 + V1 . (T2 - T1) T1 Se a temperatura T1 é maior que T2, V2 será menor que V1. Portanto, se a temperatura diminui, vale o seguinte: V2 = V1 - V1 . (T1 - T2) T1 Prof.: William Xavier d’Alcântara Se T2 = 273 K (0°C), pode-se usar no lugar de T2, To e no lugar de V2, Vo. Temos portanto: Vo = V1 - V1 (T1 - To) T1 Pode-se também calcular em graus celsius °C. A equação ampliada é a seguinte: Vo = V1 - V1 (T1 - 0°C) 273°C + T1 Vo = V1 - V1 . T1273°C + T1 Prof.: William Xavier d’Alcântara Esta equação é válida quando unicamente se deseja determinar Vo em graus celsius. Então se obtém o seguinte: Vo = V1 - V1 (T1 - To) T1 Vo = 14 m³ - 14 m³ = 12,83 m³ 298 K O depósito contém 12,83 m³ de ar (referindo-se a 0°C e uma pressão de 100 kPa, ou seja, 1 bar). Prof.: William Xavier d’Alcântara EQUAÇÃO DE ESTADO DOS GASES PERFEITOS Para todos os gases é válida a "Equação geral dos gases": p1 . V1 = p2 . V2 = constante T1 T2 Prof.: William Xavier d’Alcântara Cálculo do consumo de ar de um cilindro pneumático O primeiro passo para se calcular o consumo de ar em um cilindro pneumático é determinar a velocidade através da fórmula: V = L/t; onde: L = Curso do cilindro em dm. t = Tempo para realizar o curso (avanço ou retorno) vale o que for menor. V = Velocidade de deslocamento (dm/s). Ou V = nc . L . 2 onde: V = Velocidade de deslocamento (dm/s). nc = Número de ciclos por segundo. L = Curso do cilindro em dm. Prof.: William Xavier d’Alcântara Calculada a velocidade de deslocamento, determinamos o consumo de ar através da fórmula: Q = V . A . Tc onde: Q = Consumo de ar (N dm3/s ou NI/s), onde N = normal. V = Velocidade de deslocamento (dm/s) - usar sempre a maior. A = Área do cilindro (dm2). Tc (Taxa de compressão) = 1,013 + pressão de trabalho/1,013 Ou C = A x L x nc x (pt + 1,013)/ 1,013 x 10 6 C = Consumo de ar (l/seg) A = Área efetiva do pistão (mm2) L = Curso (mm) - para efeito de cálculos, considerar o curso de avanço e retorno do cilindro nc = Número de ciclos por segundo pt = Pressão (bar)
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