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Anestesia Inalatória Foi descoberta em 1876 usando o éter etílico. É a anestesia produzida pela introdução de um princípio ativo, pela via respiratória, para absorção pulmonar e passagem imediata para a corrente sanguínea, atingindo o sistema nervoso central. Existem dois tipos de anestésico é o gás anestésico e o anestésico volátil. Prerrogativas × Acesso as vias aéreas - Máscara - Soda orotraqueal do tamanho adequado para o porte do animal - Evitar intubação seletiva, a não ser que ela seja necessária. - Inflar o cuff adequadamente garantindo que a atmosfera que o animal vai receber é aquela que você está fornecendo. Isso permite um melhor controle do plano anestésico e do estado fisiológico do animal. Cuidado para não inflar o cuff demais e comprimir a sonda (principalmente as de silicone) ou machucar a traqueia. × Abre boca (dispensável em cães e gatos). Como no ruminante você precisa colocar a mão dentro da boca do animal e abaixar a glote, se a anestesia estiver muito superficial o animal irá mastigar a mão do anestesista. Nos equinos, a mastigação pode danificar as sondas que são bem caras. × Laringoscópio é fundamental para suínos, coelhos, pequenos ruminantes e ruminantes pequenos (bezerros, cabritinhos e outros). × Equipamentos específicos para o procedimento. São eles o vaporizador, fluxômetro, balão respiratório, válvula redutora de pressão e gás medicinal. Vantagens Segurança, pois permite um melhor monitoramento do animais. Recuperação rápido, muitas vezes em minutos. A condição geral do paciente não é fator limitante (metabolização e eliminação). Como a anestesia inalatória não é metabolizada, animais hepatopatas e nefropatas não são prejudicados. Economia pois o Isoflurano, por exemplo, é 3 vezes mais barato que o propofol quando avaliamos a quantidade de medicamente necessária para anestesiar o animal por 1 hora. Desvantagens Necessita de equipamento próprio Necessita de treinamento para monitorar o animal e interpretar os reflexos e os parâmetros do paciente Produz poluição ambiental Investimento inicial mais alto Pacientes com muita secreção respiratório dificultam a utilização da anestesia. Características da anestesia inalatória × Administração pela via inalatória × Permitem rápida indução e recuperação. O grande motivo pelo qual o animal normalmente são induzidos com MPA é porque eles tendem resistir a máscara e não gostam de respirar o anestésico. Contudo, animais debilitados ou que aceitam bem a máscara podem ser induzidos só com a anestesia inalatória. × Taxa de biotransformação mais baixa × Excreção pulmonar × Utilização de equipamentos específicos × Requer um profissional especializado Anestésico inalatório ideal Ele não deve ser inflamável, facilmente vaporizável em condições ambiente, promover anestesia em baixa concentrações inspiradas e ter baixa solubilidade sanguínea, pois quando mais baixa a solubilidade mais rápida é a indução. Ele também deve ser compatível com a aparelhagem existente, não ser irritante, não produzir alterações cardiovasculares, produzir miorelaxamento e não ser biotransformado ou tóxico Farmacocinética × Coeficiente de Partição Velocidade de indução e recuperação anestésica é dependente da solubilidade e do coeficiente de partição. A concentração do anestésico entre dois meios diferente após o equilíbrio de pressão parcial entre eles. Existem 3 áreas que o anestésico deve percorrer, que é no pulmão indo através da corrente sanguínea para o SNC (órgão alvo). Quando um fármaco tem baixo coeficiente de partição sangue gás, isso significa que o fármaco é menos solúvel no sangue (acomoda pouco) indo direto para os tecidos. Quando o fármaco tem um alto coeficiente de partição, isso quer dizer que o sangue acomoda muitas moléculas assim demora mais tempo para atingir o equilíbrio e fica menos fármaco no SNC. Assim, o processo de indução e recuperação é mais demorado, pois a corrente sanguínea funciona como uma reserva de anestésico. Fármaco Coeficiente de Partição Fármaco Coeficiente de Partição Desfluorano 0.42 Óxido Nitroso 0.47 Sevoflurano 0.68 Isoflurano 1.46 Halotano 2.54 Clorofórmio 10.2 × Potencia Anestésica Coeficiente de partição óleo-gás. Indica a solubilidade do anestésico nos lipídios. Sendo o mais potente o Halotano seguido pelo Isoflurano. - Concentração alveolar mínima (CAM) Concentração alveolar mínima para abolir a resposta motora a um estimulo doloroso em 50% dos indivíduos. A potência anestésica é inversamente proporcional ao CAM, ou seja quanto maior a CAM mais anestésico tem que te no alvéolo para anestesiar o animal e assim, menos a potência do fármaco. O CAM é utilizado para utilizar para comparar a potência entre os fármacos, sendo que a anestesia cirúrgica é necessário no mínimo 1.5CAM. CAM Necessário Tipo de anestesia 1 CAM Anestesia Leve 1.5 CAM Anestesia cirurgia 2 CAM Anestesia profunda Espécie N20 Desfluorano Sevofluorano Isofluorano Halotano Cão 188 – 297 7.2 – 10.3 2.1 – 2.36 1.2 – 1.5 0.86 – 0.93 Gato 255 9.79 – 10.27 2.58 – 3.41 1.2 – 2.2 0.99 – 1.19 Boi 223 -- -- 1.14 0.76 Cavalo 205 7.02 – 8.06 2.3 – 2.8 1.3 – 1.6 0.88 – 1.05 Homem 104 6 1.58 – 2.05 1.15 0.73 – 0.77 Menos Potente Mais potente × Captação do Anestésico - Concentração inspirada: vaporização e circuito - Ventilação pulmonar: FR e volume corrente - Captação do anestésico pelo sangue: Solubilidade no sangue e débito cardíaco - Captação do anestésico pelos tecidos: concentração do sangue venoso. × Eliminação do agente - Recuperação da anestesia redução da concentração do anestésico no SNC - Ventilação alveolar - Solubilidade do agente - Biotransformação em graus variados, sendo maior no Halotano e menor no óxido nitroso. Efeitos sobre sistemas × SNC O mecanismo de ação dos anestésicos inalatórios ainda é desconhecido. Se sabe que tem ação no tálamo, córtex e medula espinhal. Os anestésicos inalatórios causam redução no metabolismo cerebral, sendo que todos os fármacos reduzem a taxa metabólica cerebral e consumo de O2. O Fluxo sanguíneo cerebral aumenta dependendo do medicamento usado. O fluxo sanguíneo cerebral aumentando mais com halotano > enf > isof > desf > sevo. Eles também promovem o aumento da pressão intracraniana pelo aumento do fluxo sanguíneo cerebral sendo o menos contraindicado o sevoflurano. × Hemodinamicos - Redução da pressão arterial dose dependente: Isofluorano > sevoflurano >desflurano. - Frequencia cardíaca: isoflurano, desflurano e sevoflurano promovem aumento compensatório. × Ritmo cardíaco Halotano apresenta potencial arritmogênico. Associação com agonista adrenérgicos. Isoflurano e sevoflurano são menos arritmogênicos. × Respiratório Causam depressão respiratória dose-dependente. Depressão de quimioceptores de PaCO2 e irritação das vias aéreas (desflurano). × Renal - Sevoflurano – degradação na cal soldada/baritada gerando um composto A que está associado a lesão renal e morte em ratos. A concentração encontradas dentro dos limites utilizados na anestesia são seguras, MAS mesmo assim é bom evitar o sevoflurano em animais nefropatas. Ocorre um maior risco na anestesia prolongada e com baixo fluxo de diluente. × Hepatico Halotano pode causar lesões hepáticas em animais com predisposição. Óxido Nitroso É um gás inorgânico, não explosivo e comburente. Possui baixo coeficiente de solubilidade, pouca depressão cardiorrespiratória e toxicidade baixa. É totalmente eliminado no ar expirado (0.004%). Anestesico fraco para pessoas e animais, administrado em concentracoe altas. Não produz anestesia cirurgica (CAM 188), mas causa uma reduçãona quantidade utilizada do agente primário (injetável ou inalatório). Reduz a concentração fornecida do halotano (12%), isflurano (37%) e sevflurano (21%). Utilizado coadjuvante de outros anestésicos (75 e 50%). Efeito do segundo gás, causando o aumento da captação alveolar do agente que está sendo utilizado aumentando a concentração alveolar do segundo gas (halogenano). × Efeito Sistêmico - Estimulação do sistema nervoso simático - Aumento da pressão arterial discreto - Aumento da frequência cardíaca - Promove a elevação da pressão intracraniana - Quando utilizado frequentemente promovem depressaõ da medula óssea, gerando aplasia de medula e anemia. × Desvantagens - Transferencia para espaços gasosos com muita facilidade sendo 35 vezes mais solúvel que o nitrogênio e distende esses espaços gasosos. - Hipóxia de difusão: pois ele se difunde muito ocupando o lugar do nitrogênio e oxigênio principalmente em animais sob o uso de gas atmosférico. Quando o fluxo de oxido nitroso é interrompido este difndese do sangue para os alveoplas rapidamente, assim é recomendado que se forneça 10 minutos de oxigênio puro antes e depois da anestesia com óxido nítrico. FALTOU UM PEDAÇO Fisiologia da Respiração Espontânea × Inspiração Envolve os músculos intercostais que relaxam e o diafragma relaxa (abaixa) causando uma pressão pleural negativa que faz com que o ar seja sugado para dentro dos pulmões. Quando você tem um pneumotórax ou alguma coisa que perfure o tórax o pulmão colaba (atelectasia). Quando ocorre o aumento da pressão de CO2 no sangue arterial ocorre um estimulo no _______ que faz com que ocorra a inspiração. × Expiração É um movimento passivo. Respiração Controlada O suporte ventilatório é obrigatório quando ocorre uma perda da pressão negativa intratorácica ou uma hérnia diafragmática onde órgãos abdominais migram para a cavidade toráxica. Pressão Alveolar Pressão Intrapleural V. Espontânea V. Controlada V. Es V. Controlada Inspiração -1 +16 -10 +3 Expiração 0 0 -5 -5 (Volume corrente de 800ml, complacência de 0.05L/cmH2O) - Baro Trauma: trauma que ocorre no alvéolo quando a pressão utilizada é grande demais. A menor pressão necessária para manter os níveis de O2 e CO2 × Regulagem do Ventilador 1. Frequência Respiratória - Cão e Gato é 10 a 20movimentos/min - Equinos potros: 8 a 12 mov./min e adultos 6 a 8 mov./min Manutenção da capnometria em 35 – 45mmHg. 2. Pressão Intrapulmonar Cão e Gat 10 a 20cm de H2O sendo que 10 e 15 é o suficiente. Equinos 30 a 60cm H2O sendo que 15 e 20 já é o suficiente. 3. Volume Corrente Cão e Gato 10 a 20ml/kg Equinos potros: 20ml/kg Adultos: 15ml/kg 4. Relação Inspiração/Expiração Varia de ½ até 1/4 Conceitos - Volume corrente (Vt) – FOTO NO CELULAR × Complacência pulmonar: Medida de distensibilidade pulmonar. É a mudança de volume assumida por um pulmão para cada unidade de pressão a ele aplicada. Basicamente, quando mais força você precisa fazer para inflar o pulmão, menor é a distensibilidade do pulmão e menos complacente ele é. Neonatos e filhotes tem pulmão mais complacente, enquanto animais idosos e atletas são menos complacentes. × Elastância Pulmonar Tendência dos pulmões a se colabarem após insuflação. É a facilidade que o pulmão tem de voltar ao seu tamanho inicia. Efeitos Nocivos da respiração Controlada Efeitos relacionados ao aumento da pressão intratorácica. - Abolição do mecanismo de Bomba Torácica. - Tamponamento cardíaco (compressão) - Interferência com o fluxo sanguíneo pulmonar - Barotrauma pulmonar Como minimizar esses efeitos Tempo inspiratório menos que o expiratório Redução da pressão intrapulmonar Baixa Resistencia expiratória Ventiladores Assistor: Aquele só assiste e só completa o movimento do paciente Controlador: Vai realizar a função independente do estado fisiológico do paciente Assistor-Controlador Ou Pressométrico: Mede a pressão intratorácica. Volumétrico: mede o volume torácico Pressométrico-volumétrico Bloqueadores Neuromusculares Agem na junção neuromuscular na placa motora se ligando nos receptores pós-sinápticos impedindo a ação da acetilcolina. Objetivos Principais Relaxamento da musculatura esquelética Facilitar a intubação orotraqueal Permitir o controle da respiração: em pacientes com trauma cranioencefalico, pacientes que precisam ser mantidos em ventilação controlada por muito tempo ou pacientes que lutam contra o ventilador é utilizado o bloqueador com a função de causar apneia. Prevenção da movimentação do paciente em cirurgias que são muito sensíveis como cirurgia de coluna e cerebral. Cirurgias Oftálmicas: quando você anestesia o animal o olho rotacional, assim você usa o bloqueador neuromuscular que vão causar a centralização do globo ocular. Classificação × Despolarizantes ou não competitivos × Adespolarizantes ou competitivos Despolarizantes Foram os primeiros bloqueadores a serem desenvolvidos e promovem a despolarização persistente da membrana pós-juncional. Atuam por mimetização da acetilcolina. Os mais famosos são o Decametnio e a succinilcolina. Adespolarizante Atuam competindo com a aacetilcolina pelos receptores, contudo não são capazes de ativa-los. Promovem a fraqueza muscular progressiva ate a flacidez completa da musculatura. Os mais comuns são: pancurônio, vecurôno, rocurônio (pode ser feito por infusão), atracúrio, mivacúrio, doxacúrio e cisatracúrio. Sequência do Bloqueio Neuromuscular Face e Cauda Membros Pescoço Abdômen Tórax (m. intercostais) Diafragma que leva a paralisia respiratória. O término do bloqueio dá-se em ordem inversa! Monitoração do Paciente Durante a anestesia geral você avalia a profundida anestésica pela avaliação dos parâmetros hemodinâmicos, reflexos protetores, movimentação muscular espontânea, aumento de frequência respiratória. Quando faz o bloqueio neuromuscular o olho centraliza e você perde os seus reflexos protetores. Ele também perde reflexo muscular espontâneo. Assim, você só tem os parâmetros hemodinâmicos para avaliar o paciente. Avaliação da Ventilação: Reduz o volume corrente até a apneia, coloração de mucosas, capnometria e oximetria. Analgesia inexistente Inconsciência: avalia pela a concentração do anestésico (CAM) e pelo índice biespectral. Recuperação completa do paciente. Reverão do bloqueio neuromuscular - Adespolarizantes Uso de anticolinesterásicos pois ele aumentam a presença de acetilcolina na fenda sináptica. Assim, ele aumenta a acetilcolina nos receptores muscarinicos e nicóticos. A acetilcolina nos receptores muscarinicos leva a bradicardia, mas você pode reverter com atropina (antimuscarínicos). Neostigmina e Edrofônio são os mais comuns. Antes da Neostigmina você faz a atropina. - Despolarizantes Não é realizada a reversão do bloqueio, assim você tem que esperar a metabolização plasmática pelas pseudocolinesterases. Parada Cardiorrespiratória (PCR) A parada cardiorrespiratório (PCR) é dita como a interrupção súbita e inesperada do funcionamento cardíaco e respiratório efetivo que pode ser reversível por intervenção imediata, mas leva a morte na sua ausência. Ressuscitação cardiopulmonar cerebral (RCPC) tem o objetivo de fazer com que o animal não apenas sobreviva, mas também que ele volte com sua funções plenas ou bem próximas a isso. Para que a recuperação seja completa o animal pode requer suporte básico, avançado e prolongado para a vida. Os proprietários podem/devem ser questionados no ato da admissão sobre a autorização dos procedimentos a serem realizados em caso de PCR. Normalmente, os proprietários de animal ASA 3 e 4 sãoquestionados de acordo com que medidas eles se sentem a vontade que o veterinário faça como a de não ressuscitar, somente compressão externa e compressão interna. Cabe o veterinário ver o que, dentro do desejo do proprietário, é possível. Por exemplo, não adianta fazer compressão interna, mesmo que autorizada, se o animal não tiver fazendo hematose ??? (troca gasosa). Causas Comuns - Hipóxia tecidual, secundárias a hipovetilação - Hipovolemia externa - Estimulo vagal excessivo - Distúrbios ácido-base ou metabólicos graves - Choque - Arritmias cardíacas importantes - Doses excessivas de anestésicos Reconhecimento Os animais que experimentam a PCR são normalmente classificados em 3 categorias Sucumbem devido a uma doença terminal ou multissistêmica. A PCR é questionada, porque você vai apenas estender o sofrimento do animal. Sofrem de condição severa, porém possivelmente reversível como um atropelamento severo, uma desidratação aguda e outras. A ressuscitação não é questionada. Complicações anestésico-cirúrgica, como hemorragias extremas e a sobre dose de medicação. Um animal em PCR sofre de um colapso, com perda de consciência e ausência de movimentos respiratórios espontâneos. Ausência de batimentos cardíacos e pressão arterial sistólica abaixo de 60 pois ela não gera pulso carotídeo ou pulso femoral não tendo circulação periférica adequada, assim em ambos os casos você deve começar a PCR. Equipe O ideal que seja uma equipe fixa. Cada um precisa saber a sua função e normalmente a equipe é formada de no mínimo 3 pessoas. Essas 3 pessoas tem a função de fazer a ventilação, compressão torácica, compressão abdominal, acesso venoso, administração de fármacos. Realizando a RCPC × Suporte básico para vida Airway, Breathing e Circulation (ABC) devem ser estabelecidas nessa ordem. Contudo, se a intubação for difícil você deve fazer pelo menos a circulação. A RCPC deve ser iniciada imediatamente, tão logo a PCR tenha sido identificada. Manter vida aérea, prover ventilação e gerar fluxo sanguíneo. É possível observar a midríase que ocorre 10 seg depois que o cérebro fica sem oxigênio e uma vez que a RCPC está sendo bem-feita a midríase diminui sendo um bom modo de você verificar se a ressuscitação está sendo eficaz. Vias Aéreas - Intubação orotraqueal ou traqueostomia - Ter certeza que efeturou o procedimento adequado se não só atrapalha. Ventilação - Ventilação pressão positiva (10-24 res/min) com oxigênio, volume corrente de 10ml/kg e pressão de pico de 15-20cm H2O - Frequência Respiratória (FR) pode ser maior, entretanto tem efeito negativo na perfusão coronariana e debito cardíaco - Apertar o balão para promover a ventilação e soltado para permitir a expiração. Você vê se a ventilação esta boa pela distensão do tórax do animal, mas cuidado para não fazer barotrauma. Circulação - Acesso venoso ou intraósseo é bom para animais neonatos. - Compressão torácica (CT): Existem 2 teorias que explicam o retorno da circulação, a primeira é a teoria da bomba cardíaca onde a CT gera compressão direta dos ventrículos. A segunda teoria é a da bomba torácica, onde a T eleva a pressão intratorácica fazendo com que o sangue flua dos vasos com paredes mais finas para os de paredes mais espessas como a carótida. Em animais maiores você faz a compressão com o animal em decúbito lateral com a mão na porção mais larga do tórax e quando animal estiver em decúbito dorsal você faz sobre a porção mais alta do esterno. Em animais de pequeno porte e felinos você pode fazer a compressão com a mão com o animal em decúbito dorsal ou ventral (sobre a sua mão). Devem ser feitas 100compressões/min e o diâmetro do tórax deve ser reduzido em 1/3 do seu diâmetro com uma proporção de 1:1 de compressão e relaxamento. Vale lembrar que as CT não são interrompidas para acesso venoso ou intubação a não ser que a pessoa que está intubando ta sofrendo muito para intubar, mas isso não é o ideal. E se não for efetiva? Mudar o operador, posição das mãos ou mesmo a intensidade e frequência das compressões. Massagem cardíaca interna é um ponto polêmico. É indicada quando ocorre defeito da parede torácica, traumas penetrantes, tamponamento cardíaco e doença do espaço pleural. Não se deve esperar mais de 5 min se a externa for ineficaz. Deve ser feita no 4 a 5 espaço intercostal do lado esquerdo. × Suporte Avançado para a Vida Consiste na administração de fármacos, interpretação do ECG e desfibrilação elétrica. A adrenalina a 0.1mg/kg IV é a medicação de eleição, mas também pode ser feita por via intratraqueal e intraóssea. - Intratorácica:Dose de adrenalina deve ser diluída em 5 – 10ml de água para injeção ou NaCl 0.9%. Só deve ser feita se o tórax estiver aberto, usando uma agulha bem fininha no meio do septo. - Via periférica: administra 5 a 20ml bolus de fluido IV e elevar o membro. Eletorcardiografia é fundamental para orientar as novas condutas a serem tomadas e deve ser realizado de forma constante. Os ritmos de parada mais comum são a assistolia com atividade elétrica sem uso (dissociação eletromecânica) e fibrilação ventricular. Se deve avaliar sempre em conjunto com a auscultação e avaliação de pulso. - Realização a RCPC Terapia da fibrilação ventricular deve ser feita desfibrilação letrica e uso de farmacos anti-arritmogenicos como a amiodarona 5mg/kg IV. - Administração de fluidos na RCPC Admiração de grandes quantidades de fluidos durante da RCPC deve ser evitada, pois pode reduzir a pressão de perfusão coronariana (PPC). A PPC representa a diferente entre a pressão aórtica e a pressão atrial direita. Deve se evitar na PCR devido a ICC. Ser conservador no paciente normovolemico e reservar grNde volume naqueles hipovolêmicos. × Suporte prolongado para a vida Referese ao período após o retorno da circulcao espontânea e as medidas necessárias de suporte para prover perfusão, circulação e oxigenação. Bem como, tratar outras condições. Monitorar, dar suporte a todos os sistemas orgânicos e adotar outras medidas necessárias para manter normocapnia, normoxia e pressão adequada. Deve-se monitorar o debito urinário, pois o rim sobre muito com a hipóxia devido a parada. Considerar uso de vasopressores, inotrópicos positivos e manitol (diurético que ajuda na redução intracraniana). Hipotermia Hipotermia moderada (32-34) por 12 a 24 horas está associado a melhor recuperação neurológica em cães e humanos. Deve ser feito uma recuperação de no máximo de 1 grau por hora. Consideração finais As melhores taxas de sucesso da RCPC ocorrem quando a PCR é identificada rapidamente e quando o quadro clinico do paciente é favorável pela recuperação. Deve ser monitorada a glicose, pois esses animais acabam ficando em jejum por muito tempo e a RCPC demanda muita energia (glicose), assim os animais devem ser alimentados com alimentação parenteral ou microparenteral. Pode ocorrer uma cegueira cortical devido a uma falta de oxigenação cerebral, mas ela tende a ser revertida em torno de 10 dias.
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