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* TOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii * Definição Doença sistêmica causada por um protozoário parasita intracelular obrigatório, que invade vários tecidos do organismo de várias espécies animais, inclusive o homem. * Histórico 1908 – Brasil - Afonso Splendore – Tecidos de coelhos. 1908 – Tunísia (África) – Nicolle e Manceaux – Roedor Norte Africano (Ctenodactylus gondii). 1909 – Nicolle e Manceux – Criaram o gênero Toxoplasma e a espécie Toxoplasma gondii 1923 – Jankú - Praga (Tchecoslováquia) – Toxoplasmose congênita em humanos. - Avaliou o perigo da doença à criança dentro do ventre materno. * Histórico 1939 – Wolf, Cowan e Paige – grande interesse devido a encefalite difusa e coriorretinite em bebê de 21 dias. 1940 – Pinkerton e Weinman – descreveram um caso “fatal generalizado” em adulto jovem. 1970 – Frenkel, Dubey e Miller – definiram o ciclo biológico completo do parasita Toxoplasma gondii. * Posição sistemática Classe Ordem Família Gênero Eucoccidiida Eimeriidae Isospora Cryptosporidiidae Cryptosporidium Sarcocystidae Sarcosystis Sporozoa Toxoplasma Hemosporidiida Plasmodiidae Plasmodium Reino : Protista Sub-reino: Protozoa Filo: Apicomplexa * TOXOPLASMOSE: Generalidades INFECÇÃO IMPORTÂNCIA Zoonose Cosmopolita Infecção crônica assintomática Grande adaptação do parasitaria Prevalência da infecção humana Problemas de Saúde Pública: gestante e imunodeprimido Importância veterinária * TOXOPLASMOSE BIOLOGIA ESTÁGIOS MORFOLOGIA Reprodução intracelular (assexuada) Multiplicação por endodiogenia Esporozoítos (Oocistos) Taquizoítos (Pseudocistos e formas livres) Bradizoítos (cistos tissulares) Complexo Apical : Organelas do aparelho excretor * TOXOPLASMOSE BIOLOGIA ESTÁGIOS MORFOLOGIA Reprodução intracelular (assexuada) Multiplicação por endodiogenia Esporozoítos (Oocistos) Taquizoítos (Pseudocistos e formas livres) Bradizoítos (cistos tissulares) Complexo Apical : Organelas do aparelho excretor * Reprodução intracelular * Multiplicação por endodiogenia * TOXOPLASMOSE BIOLOGIA ESTÁGIOS MORFOLOGIA Reprodução intracelular (assexuada) Multiplicação por endodiogenia Esporozoítos (Oocistos) Taquizoítos Bradizoítos Complexo Apical : Organelas do aparelho excretor * Taquizoítos 4-8 m comprimento 2-4 m largura Forma de divisão rápida Fase aguda da infecção * Anel polar (AP), condide (C), micronemas (M), roptrias (R), grânulos densos (GD), apicoplasto (A), microporo (Mp), membrana plasmática (MP), complexo da membrana interna (CMI), retículo~endoplasmático (R€), complexo de Golgi (CG), núcleo (N) e mitocôndria (Mi). * Micronemas: suas proteínas têm papel na adesão e invasão. Roptrias: têm papel na invasão e formação do vacúolo parasitóforo. Apicoplasto: alberga um genoma circular e acredita-se que seja um vestígio de cloroplasto herdado de algas verdes. * Bradizoítos 20-200 m de diâmetro Rodeados por envoltórios císticos Forma de divisão lenta Fase crônica da infecção * Os taquizoítas: dividem-se rapidamente e agressivamente, destruindo tecidos. podem cruzar a barreira hemato-encefálica e transplacentária. Bradizoítas: marcam o início da fase crônica da infecção. são resistentes a pH baixo e a enzimas digestivas quando passam pelo estômago. são resistentes a todas as drogas disponíveis atualmente. Cistos formam-se preferencialmente no cérebro, nos músculos esqueléticos e cardíaco e no globo ocular. ü são altamente infectivos se ingeridos * Cisto tecidual contendo bradizoíto * Morfologia Toxoplasma gondii Oocistos (2 esporocistos com 4 esporozoíto) * Esporozoítos (Oocistos) 10 – 12 m de diâmetro Forma subesférica ou elipsóide 1- 5 dias para esporulação no solo (esporogonia) Forma infectante do ciclo * T. gondii : Ciclo de Vida * * oocistos maduros (contendo esporozoítos); cistos (contendo bradizoítos); ou taquizoítos eliminados no leite. * Os esporozoítos, bradizoítos, ou taquizoítos * Taquizoítos no órgão reproduz assexuada formando os bradizoítos (cistos teciduais – infecção do homem – ingestão de carnes bovinos, caprinos, suínos) Provocam reação inflamatória e imunológica com formação de anticorpos que limitam o crescimento do cisto; Cisto permanece em forma latente durante toda a sua vida no hospedeiro. Alterações clínicas só serão observadas caso haja uma queda de imunidade do hospedeiro que proporcionará uma reprodução ativa do parasita e conseqüentemente sintomas clínicos. * TOXOPLASMOSE: Vias de Transmisão Transmissão Horizontal (ingestão): *Esporozoitos em oocistos esporulados (formas resistentes presentes na água, terra, alimentos mal lavados, etc) *Bradizoítos de cistos tissulares presentes em carnes cruas ou pouco cozidas (suína e ovina) Transmissão vertical (congênita): *Taquizoítos pasam ao feto em caso de infecção aguda materna * TOXOPLASMOSE BIOLOGIA ESTÁGIOS MORFOLOGIA Reprodução intracelular (assexuada) Multiplicação por endodiogenia Esporozoítos (Oocistos) Taquizoítos (Pseudocistos e formas livres) Bradizoítos (cistos tissulares) Complexo Apical : Organelas do aparelho excretor * T. gondii: Ultraestrutura (Complexo Apical) * * Toxoplasma gondii - invasão * Imunidade Produção de IgM Produção de IgG Produção de IgA CCR5, um receptor de quimiocininas importante relacionado com o recrutamento celular e a inflamação. (Ciclofilina 18) * Patogenia Forma Adquirida (em indivíduos imunocompetentes): Período de incubação (1 a 4 semanas) Normalmente assintomática Quando sintomática (em menos de 1% dos casos): • Febre • Mialgia • Adenopatia • Cefaléia Lesão ocular (Coriorretinite) – normalmente unilateral * Forma congênita: Gestante em fase aguda Primo-infecção Marcador sorológico – IgM e IgA Risco de transmissão aumenta com o tempo de gravidez •Primeiro trimestre – 15% •Segundo trimestre – 25% •Terceiro trimestre – 65% Gravidade da doença no feto é inversamente proporcional ao tempo de gestação. * Patogenia Doença febril: febre e manchas pelo corpo como sarampo ou rubéola; Podem haver sintomas localizados nos pulmões, coração, fígado ou sistema nervoso; Linfadenite: presença ínguas; Doença ocular: é a doença mais comum no paciente com boa imunidade, inicia com dificuldade para enxergar, inflamação, podendo até terminar em cegueira. * * Toxoplasmose neonatal: infecção que ocorre no feto quando a gestante fica doente durante a gravidez, podendo ser sem sintomas até fatal dependendo da idade da gestação; quanto mais cedo se contaminar, pior a infecção. * Toxoplasmose neonatal: Os achados comuns são: prematuridade, baixo peso, coriorretinite pós-maturidade, estrabismo, icterícia e hepatomegalia. * * Se ocorreu no segundo trimestre, o bebê pode: nascer prematuramente, mostrando sinais de encefalite com convulsões, Pode aparecer a Tétrade de Sabin: Coriorretinite (90% dos casos), calcificações cerebrais (69%), Perturbações neurológicas retardamento psicomotor (60%) Alterações do volume craniano– micro ou macrocefalia (50% dos casos). * Se a infecção ocorre no último trimestre, o bebê pode apresentar, principalmente: comprometimento ganglionar generalizado, hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, trombocitopenia e lesões oculares * Toxoplasmose e AIDS/Câncer: imunidade do paciente está muito diminuída, a doença se apresenta de forma muito grave, causando lesões no: Sistema nervoso; Pulmões; Coração; retina. * PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO Distribuição universal Incidência a nível mundial (10-75%) Brasil (50-80%) Toxoplasmose congênita no Brasil (subclínica) 1 – 4 / 1000 gestações Incidem hábitos alimentares, densidade de gatos de rua, situação sócio-econômica e cultural, etc Aumento com a idade TOXOPLASMOSE: Epidemiologia * TOXOPLASMOSE: Aspectos Clínicos HOSPEDEIRO IMUNOCOMPETENTE HOSPEDEIRO IMUNODEPRIMIDO Toxoplasmose pós-natal: Forma assintomática ( 80 a 90%) 1% Linfadenopatia febril com linfocitose Toxoplasmose congênita (5-15% aborto/ 8-10% lesões graves): Lesões do sistema nervoso (hidrocefalia ou microcefalia) Lesões da retina (coriorretinite) Reactivação de formas existentes Formas graves Toxoplasmose cerebral com maior frequência Toxoplasmose pulmonar * Toxoplasmose congênita Lesão na retina Lesão no cérebro * TOXOPLASMOSE: Diagnóstico MÉTODOS DIRETOS MÉTODOS IMUNOLÓGICOS Deteção microscópica de oocistos Coloração de cortes de tecidos Inoculação em camundongos Cultivo celular PCR Teste de Sabin-Feldman Reação de imunofluorescência indireta (RIF) ELISA HEMATOAGLUTINAÇÃO INDIRETA (HA) * Toxoplasma gondii : Diagnóstico sorológico Imunofluorescência indireta, ELISA, aglutinação: IgM - fase aguda (podem persistir por longos períodos) IgG - fase crônica Avidez IgG – alta avidez indica doença crônica (afasta doença nos últimos 3-4 meses) No RN: IgA, IgM, IgG * TOXOPLASMOSE : Tratamento pirimetamina e sulfonamidas em forma combinada (sulfadiazina, sulfadoxina) Adição do ácido folinico ou levedo de cerveja à dieta. atuam em forma sinérgica bloqueando, respectivamente as vias do ácido p-aminobenzóico o ciclo do ácido fólico (presente no Toxoplasma e outros protozoários, mas não em vertebrados) * TOXOPLASMOSE: Tratamento Em cães e gatos, clindamicina sulfonamidas ou combinações sinérgicas de sulfonamida e pirimetamina * Lesão ocular: Antiinflamatório e antiparasitários: Cloridrato de clidamicina, sulfadiazina e meticorten 93% de cura Colites Pirimetamina , sulfadiazina e meticorten 83% de cura, teratogênico Espiramicina, sulfadiazina e meticorten 65% de cura Azitromicina * * Pacientes aidéticos Encefalite em aidéticos: Associação de pirimetamina e sulfadiazina Pirimetamina e clindamicina Trimetoprirn e suldametoxazol: prevenção de reativação * TOXOPLASMOSE: Controle MEDIDAS PREVENTIVAS Não comer carne crua ou mal cozida Lavar as mãos após manipular carne crua Lavar com água abundante as frutas e verduras cruas Lavar bem as mãos após contato com gatos ou outros animais Evitar contato com sustâncias que possam estar contaminadas com fezes de gato Não alimentar os gatos com carne crua Acompanhamento sorológico das gestantes * *
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