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Exercícios terapêuticos Alongamento

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CINESIOTERAPIA
EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS
Faculdade do Vale do Jaguaribe
Exercício terapêutico, conceito também expressado
 por cinesioterapia, é o treinamento sistemático e planejado de movimentos corporais, postura ou atividade física com finalidades preventivas ou curativas.
 
CINESIOTERAPIA
Definição:
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FUNÇÃO
Resistência cardio pulmonar
Desempenho muscular
Estabilidade
Controle e equilíbrio postural
Mobilidade e flexibilidade
Controle neuromuscular/coordenação
Aspectos da função física
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Tipos de Intervenção com Exercícios Terapêuticos:
Condicionamento aeróbico
Desempenho muscular
Mobilização articular
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Tipos de Intervenção com Exercícios Terapêuticos:
Controle neuromuscular
Reeducação Postural
Estabilização segmentar
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Tipos de Intervenção com Exercícios Terapêuticos:
Exercício de agilidade
Exercícios de equilíbrio
Exercícios respiratórios
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Tipos de Intervenção com Exercícios Terapêuticos:
Exercícios de relaxamento
Exercícios funcionais
Exercícios mistos
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ALONGAMENTO
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“ É um termo geral usado para descrever qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento (alongar) estruturas de tecidos moles patologicamente encurtadas e desse modo aumentar a amplitude de movimento.” (Kisner C, 1998).
ALONGAMENTO
“ O alongamento pode ser definido como uma forma de trabalho físico que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade e à realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível” (Deliberato, P. C.P.,2007)
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ALONGAMENTO
Para que serve o alongamento?
AUMENTAR A MOBILIDADE
MOBILIDADE: “ É a habilidade das estruturas ou segmentos do corpo de se moverem ou serem movidos, permitindo que haja amplitude de movimento para atividades funcionais ( ADM funcional)”. (Kisner; C. ,2010). 
A mobilidade está relacionada com a integridade articular e a flexibilidade dos tecidos moles.
Além de mobilidade e da ADM articular é necessário que haja força muscular, resistência à fadiga e controle neuromuscular para ter mobilidade funcional. Além do que a mobilidade, a força, a resistência á fadiga e o controle neuromuscular são importantes para a prevenção de lesões ou de reincidências no sistema músculo esquelético.musculoesquelético.
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FLEXIBILIDADE
É a habilidade para mover uma articulação ou um segmento corporal através de uma amplitude de movimento livre de dor e sem restrições. É determinada pelo comprimento do músculo, integridade articular e da extensibilidade dos músculos,e dos tecidos conectivos que cruzam e cercam a articulação.
* Extensibilidade: É a capacidade de alguns tecidos de alterar sua posição de repouso, relaxar ou deformar e ceder á ação de uma força de alongamento, distendendo-se.
Flexibilidade dinâmica ou ADM ativa:
Refere-se ao grau de amplitude de movimento de uma articulação realizada por uma contração muscular ativa. Ou seja, o grau de movimento que uma articulação pode atingir realizando uma contração muscular ativa e da quantidade de resistência oferecida pelos tecidos moles adjacentes durante o movimento ativo.
Flexibilidade passiva ou ADM passiva:
Refere-se ao grau de movimento que uma articulação atinge passivamente através da amplitude de movimento disponível e da extensibilidade dos tecidos adjacentes circundantes.É um pré – requisito para a flexibilidade ativa,mas não a garante. 
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Fatores que limitam a flexibilidade e ADM:
Sedentarismo;
Imobilização (aderências, contraturas ou cicatrizes dos tecidos moles)
Restrição total do paciente ao leito;
 Quadro inflamatório e álgico;
Deformidades congênitas e/ou adquiridas;
Fraqueza muscular local ou generalizada ( Ex. Doenças neuromusculares)
Desvios posturais
Desequilíbrios musculares
Distúrbios ou lesões neurológicas ( levam a encurtamentos e contraturas)
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ALONGAMENTO
Quando temos a mobilidade restrita/diminuída:
 
A hipomobilidade prolongada pode contribuir para rigidez dos tecidos moles, o desenvolvimentos de contraturas e perda potencial da ADM.
HIPOMOBILIDADE
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Quando temos então uma redução desta flexibilidade ou da ADM podemos encontrar:
Hipomobilidade: Termo geral para definir uma condição onde se observa a mobilidade diminuída, restrita ou limitada.Pode ser causada pelo encurtamento adaptativo dos tecidos moles como resultado de vários distúrbios ou situações.
Cicatriz cirúrgica
Escoliose
Imobilização
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* Todas essas alterações que surgem com os processos patológicos como a dor, inflamação, redução da mobilidade articular,edema, isquemia,hemorragia, cicatrizes cirúrgicas, espasticidade,fraqueza muscular, assim como as doenças do tecido conjuntivo (esclerodermia), doenças articulares, podem levar a produção de um tecido fibroso, denso, que substitui o tecido mole normal. Esses tecidos moles perdem a elasticidade e plasticidade, resultando em retrações e contraturas. 
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CONTRATURA: Termo utilizado para definir um encurtamento adaptativo do músculo e outros tecidos moles que cruzam ou cercam uma articulação, trazendo algum grau de prejuízo funcional para a pessoa.
Contratura em flexão de punho e cotovelo
RETRAÇÃO: geralmente é utilizado para definir uma limitação leve de ADM,na qual apenas os extremos do arco de movimento encontram-se ausentes.A retração não traz prejuízo funcional.
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Classificação das contraturas:
Grau de prejuízo funcional: 
Leve – prejudicam pouco o paciente;
 Moderada: prejudicam muito o paciente;
 Grave: colocam o paciente em situação de desvantagem reversível;
-Gravíssima ou irreversível: colocam o paciente em situação de desvantagem irreversível. Contraturas irreversíveis de uma articulação são chamadas de Anquilose Articular.
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Classificação das contraturas:
Tipo de tecido envolvido:
Miogênica ou miotática – Há comprometimento muscular mas não há patologia específica nessa estrutura. A unidade músculo tendínea está adaptativamente encurtada ocorrendo um perda significativa da ADM.
Pseudomiogênica – comprometimento muscular é secundário a presença de lesão ou distúrbio neurológico.
Artrogênica – comprometimento das estruturas articulares ou periarticulares (capsulite adesiva).
Fibrótica- alterações fibróticas no tecido conjuntivo ou do músculo ou das articulações periarticulares. (perda frequentemente permanente. Ex. cicatriz) 
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Classificação das contraturas:
- Óssea: Há substituição do tecido mole por tecido ósseo após um processo de degeneração e calcificação ( espondilite anquilosante)
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Estruturas envolvidas no alongamento
Ossos - Controla a quantidade e o tipo de movimento articular.
Cartilagens- superfície deslizante para o movimento.
 Sinóvia- lubrificação intra articular.
 Disco e menisco- Promove ajustes e molda a superfície óssea.
Cápsula- estabiliza passiva as articulações e evita excessos.
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Estruturas envolvidas no alongamento
Ligamento- Auxilia a capsula articular.
Músculo- características contráteis, distensíveis, elásticas e plásticas relacionadas com o alongamento.
Tendão e Fáscia- Permitem ou restringem o movimento dependendo da sua composição tecidual e característica mecânica adaptativa.
* Quando o alongamento é aplicado sobre os tecidos moles, a velocidade, a intensidade, a duração da força do alongamento irão afetar a resposta dos diferentes tecidos.Ocorrem tanto alterações elásticas quanto plásticas.A elasticidade é a capacidade de um tecido de retornar ao seu comprimento de repouso após o alongamento passivo. A plasticidade é a tendência do tecido de assumir um comprimento novo após o alongamento (capacidade adaptativa).
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* Tanto os tecidos contráteis como os não contráteis tem propriedades elásticas e plásticas.
Músculo – O
tecido contrátil
*O músculo é composto de tecido contrátil mas é entrelaçado com o tecido não contrátil como o tendão e a fáscia. A principal fonte de resistência ao alongamento passivo do músculo é o tecido conectivo que encontra-se dentro dele e não os componentes contráteis ativos.
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Elementos contráteis do músculo
Os músculos são compostos por:
Fibras musculares
Miofibrilas
Sarcômeros (se apresentam em séries – unidade contrátil da miofibrila)
* O sarcômero dá ao músculo a capacidade de contrair-se e relaxar-se*
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O sarcômero é composto de pontes transversas de actina e miosina que se sobrepõe. Quando o músculo se contrai os filamentos de actina e miosina deslizam juntos e o músculo se encurta.Quando o músculo relaxa as pontes transversas se separam levemente e o músculo volta ao seu comprimento de repouso.
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Resposta mecânica da unidade contrátil ao alongamento
 Quando um músculo é alongado passivamente o alongamento ocorre no componente elástico em série aumentando a tensão.Depois de um tempo ocorre um comprometimento mecânico das pontes transversas a medida que os filamentos se separam com o deslizamento e ocorre um alongamento brusco do sarcômero (os sarcômeros cedem). Quando cessa a força de alongamento cada sarcômero retorna ao seu comprimento de repouso. A tendência do músculo de retornar ao comprimento de repouso após um alongamento de curta duração chama-se elasticidade.
 Se o músculo for imobilizado numa posição de alongamento por um período prolongado o número de sarcômeros em série irá aumentar, permitindo uma forma mais permanente (plástica) de alongamento muscular. O músculo irá ajustar seu comprimento de modo a manter uma maior sobreposição funcional entre a actina e miosina.
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Resposta mecânica da unidade contrátil ao alongamento
Se o músculo for imobilizado na posição de encurtamento será produzida quantidade crescente de tecido conectivo. Nesse caso ocorrerá uma redução do número de sarcômeros devido a absorção dos mesmos.
Após imobilização prolongada do músculo, ocorre diminuição de proteínas e mitocôndrias musculares levando a atrofia e fraqueza.
* A adaptação dos sarcômeros tanto a posições de encurtamento quanto de alongamento é transitória se for permitido ao músculo voltar ao seu comprimento normal após a imobilização.
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Propriedades neurofisiológicas do tecido contrátil
O fuso muscular – Principal órgão sensitivo do músculo – composto por fibras intrafusais que ficam paralelas à fibras extrafusais.O fuso muscular monitora o comprimento muscular ou velocidade da variação do comprimento do músculo. 
Órgão tendinoso de Golgi (OTG)- Localiza-se próximo a junção músculotendínea, enrola-se nas extremidades das fibras extrafusais do músculo e é sensível a contração causada tanto pelo alongamento quanto pela contração muscular.É um mecanismo de contração que inibe a contração do músculo. Dispara facilmente tanto no alongamento passivo como na contração ativa. Transmite informação sobre a tensão ou a velocidade da variação da tensão.
* Quando se desenvolve tensão excessiva em um músculo, os OTG disparam, inibindo a atividade dos motoneurônios alfa diminuindo a tensão no músculo. Durante o alongamento a tensão dentro do tendão determina se os sarcômeros no músculo estão alongados.
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* Quando se desenvolve tensão excessiva em um músculo, os OTG disparam, inibindo a atividade dos motoneurônios alfa diminuindo a tensão no músculo. Durante o alongamento a tensão dentro do tendão determina se os sarcômeros no músculo estão alongados.
Propriedades neurofisiológicas do tecido contrátil
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Resposta neurofisiológica do músculo ao alongamento
 Quando um músculo é alongado muito rapidamente ,as fibras aferentes primárias estimulam os motoneurônios alfa (promovem a contração da fibra muscular) na medula espinhal e facilitam a contração das fibras extrafusais, aumentando a tensão no músculo. Esse mecanismo chama-se: Reflexo de estiramento monossináptico. Alongamentos que são realizados numa velocidade muito alta podem na verdade aumentar a tensão no músculo que deveria ser alongado.
 Quando se aplica uma força de alongamento lenta em um músculo,o OTG dispara e inibe a tensão do músculo permitindo que o componente elástico em paralelo do músculo (sarcômero),se alongue.
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Características mecânicas do tecido mole não contrátil
 O tecido mole não contrátil permeia o corpo todo e é organizado em vários tipo de tecido conectivo para dar suporte as estruturas do corpo.São eles os tendões, fáscias, capsulas articulares, ligamentos, tecidos não contráteis dentro do músculo e pele. Esses tecidos tem propriedades que podem levar ao desenvolvimento de aderências e contraturas podendo afetar a flexibilidade e ADM.
 Quando esses tecidos requerem alongamento, temos que compreender que a única maneira de aumentar a flexibilidade no tecido conectivo é através da remodelagem da sua arquitetura básica.
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Composição do tecido conectivo
Fibras de colágeno – resistentes a tensão de deformação e são responsáveis pela força e rigidez do tecido.Os tendões e ligamentos são de colágeno tipo I que são altamente resistentes. A medida que a fibra de colágeno se desenvolve e amadurece maior é a estabilidade mecânica do tecido.
Fibras de elastina – Dão extensibilidade.Os tecidos com maior quantidade de elastina tem maior flexibilidade.
Fibras reticulares – Dão volume ao tecido.
Substância de fundo – Praticamente um gel contendo água, reduzem a fricção entre as fibras, transportam nutrientes e metabólito se podem evitar a ligação excessiva entre as fibras mantendo um espaço entre elas.
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Tecido conjuntivo
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Comportamento mecânico do tecido não contrátil
È determinado pela proporção de fibras de colágeno e elastina e pela orientação estrutural das fibras (em série ou paralelo – o tendão está em série com a fibra muscular, porém desenvolvem-se em paralelo entre si.Por isso são muito resistentes à deformação). O colágeno é a parte estrutural que absorve a maior parte da sobrecarga e tensão.
O colágeno se alonga rapidamente sob cargas leves e resistem fortemente as forças de deformação, que começam a quebrar as pontes entre as fibrilas de colágeno e as moléculas.Quando um número grande de pontes é quebrado, as fibras cedem.
O tecido com maior proporção de colágeno proporciona maior estabilidade, pois o colágeno é cinco vezes mais forte que a elastina.
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Alterações no colágeno que afetam a resposta ao alongamento
Efeitos da imobilização: ocorre o enfraquecimento do tecido devido a reabsorção do colágeno. Ocorre a formação de aderências devido a um maior cruzamento de ligações de fibras de colágeno desorganizadas e o aumento da substância de fundo para manter o espaço e a lubrificação entre as fibras.A volta da força de tensão normal ocorre de forma lenta.
Efeitos da inatividade(diminuição da atividade normal):ocorre uma diminuição no tamanho e quantidade de fibras colágenas, resultando um enfraquecimento do tecido. Ocorre um aumento proporcional das fibras de elastina, resultando em uma complacência aumentada.
Efeitos da idade:Ocorre diminuição na força máxima de tensão , uma diminuição no módulo elástico,e a adaptação às sobrecargas fica mais lenta. Existe um aumento na tendência para síndromes por uso excessivo, falhas por fadiga e rupturas ao alongamento.
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- Efeitos dos corticoesteróides: Ocorre um efeito deletério a longo prazo sobre as propriedades mecânicas do colágeno, com uma diminuição na força de tensão. Ocorre morte de fibrócitos perto do local da injeção com atraso para reaparecimento de mais de 15 semanas.
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Indicações do exercício de alongamento
Quando a ADM está limitada como resultado de contraturas, aderências,formação de tecido cicatricial,levando ao encurtamento de músculos, tecido
conectivo e pele;
Quando as limitações podem levar a deformidades estruturais que podem ser prevenidas;
 Quando as contraturas interferem com as atividades funcionais cotidianas;
Quando existe fraqueza muscular e retração dos tecidos opostos. Os músculos retraídos devem ser alongados antes que os fracos possam ser efetivamente fortalecidos.
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Metas do exercício de alongamento
- A meta geral do alongamento é recuperar a amplitude de movimento normal das articulações e a mobilidade dos tecidos moles que cercam uma articulação;
As metas específicas são:
 - Prevenir contraturas irreversíveis;
 - Aumentar a flexibilidade geral de uma parte do corpo antes de exercícios vigorosos de fortalecimento;
 - Evitar ou minimizar o risco de lesões musculotendíneas relacionadas a esportes e/ou atividade física específica.
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Precauções para a realização do Exercício de alongamento 
Cuidados adicionais com pacientes com osteoporose(devido ao uso de corticóides,idade,repouso prolongado no leito)
Evite alongamento vigoroso em músculos e tecidos conectivos que foram imobilizados por períodos prolongados;
Os programas de alongamento devem ser combinados com os exercícios de força para que o paciente possa desenvolver um equilíbrio apropriado entre flexibilidade e força;
Dor com duração maior que 24hs após o exercício é sinal de que foi utilizada muita força durante o alongamento.
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Tanto o alongamento ativo como o alongamento dinâmico com forte tensão podem causar rompimento parcial ou total das fibras musculares;
Em baixas temperaturas devemos ter cuidado especiais para realizar exercícios de alongamento, pois nessas circunstâncias os ligamentos e tendões ficam rígidos.
Não force uma articulação além de sua amplitude de movimento normal. Lembre-se que esta varia mesmo entre indivíduos normais;
Fraturas bem (não) consolidadas devem ser protegidas através de estabilização entre o local de fratura a articulação onde ocorre o movimento; 
Precauções para a realização do Exercício de alongamento 
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Contra-indicações ao alongamento
Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular;
Após uma fratura recente;
Sempre que tiver evidência de um processo inflamatório ou infeccioso agudo(edema e calor)dentro ou ao redor de uma articulação;
Sempre que tiver dor aguda ao alongamento ou movimento articular;
Quando for observado hematoma ou outra indicação de trauma nos 
tecidos;
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Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados estiverem promovendo aumento na estabilidade articular em substituição à estabilidade estrutural normal ou força muscular;
Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados forem a base de habilidades funcionais,particularmente em pacientes com paralisia ou fraqueza muscular intensa.
Contra-indicações ao alongamento
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Cuidados na aplicação da técnica
Cuidado para que o segmento trabalhado não saia do alinhamento (devido ao encurtamento dos grupos musculares envolvidos);
Verificar se o exercício proposto abrange todos os ângulos necessários para o alongamento daquele grupo muscular que está sendo trabalhado;
Observar detalhadamente a maneira como os exercícios estão sendo executados a fim de evitar possíveis compensações (observar o corpo todo e não apenas o grupo muscular em alongamento);
No início ter como prioridade o ajuste postural e não apenas atingir as amplitudes de movimento pré-determinadas;
Na mudança de exercício procurar mudar a posição lentamente;
Não são necessárias tensões extremas nos exercícios de alongamento;
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Benefícios dos exercícios de alongamento
Evitam ou eliminam encurtamento musculoesquelético;
Diminuem o risco de alguns tipos de lesão musculotendíneas;
Aumentam e/ou mantém a flexibilidade;
Eliminam ou reduzem o incômodo provocados por nódulos musculares;
Aumentam o relaxamento muscular e melhoram a circulação sanguínea;
Melhoram a coordenação e evitam a utilização de esforços adicionais no trabalho e no esporte;
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 Reduzem a tensão muscular antagonista e aproveitam de forma mais econômica a força dos músculos agonistas;
 Diminuem o excesso de rigidez e possibilitam melhorar a simetria muscular;
 Evitam e/ou eliminam problemas posturais que alteram o centro de gravidade e provocam desvio musculoarticular.
Benefícios dos exercícios de alongamento
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Observações importantes antes de escolher e aplicar a técnica
Antes de decidir sobre qual o tipo de exercício de alongamento você utilizará é preciso realizar uma investigação sobre seu paciente como:
idade;
Condições de adaptação a um dos métodos;
Índices de flexibilidade e ADM
Lesões prévias do aparelho locomotor
Identificar limitações funcionais decorrentes da limitação da ADM
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Alongamento Estático
No alongamento estático, quando a posição articular desejada é alcançada, o indivíduo deve ficar nessa posição por um determinado período de tempo, geralmente entre 10 a 30 segundos, podendo essa posição ser repetida ou não. As principais vantagens desse tipo de alongamento são o controle máximo da posição, pouco ou nenhum movimento, e quase nenhuma velocidade de movimento.
Para aumento da amplitude de movimento, o alongamento deve ser mantido no ponto de maior desconforto. Progressivamente, o individuo deve tentar alcançar um novo estado de alongamento, para assim aumentar a amplitude do movimento, sempre mantendo no ponto de maior desconforto.
Tipos de alongamento
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- Melhor controle da tensão muscular;
-Pouco risco de lesões;
As posições podem ser aprendidas com facilidade e pode ser praticada sem a presença constante de outra pessoa;
Desvantagens
Não reflete as habilidades funcionais do segmento a ser tratado;
As vezes não se considera os detalhes corretos de posicionamento do grupo muscular;
Vantagens do alongamento estático
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Alongamento Estático
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• Alongamento Passivo
È realizado com a ajuda de forças externas, conduzindo a pessoa a uma posição de alongamento e passiva, ou seja, mantendo a musculatura relaxada e com um bom posicionamento do Sistema Osteoarticular.O terapeuta controla a velocidade, a direção, a intensidade e a duração do alongamento.Essa técnica trabalha além da amplitude de movimento livre.Pode ser trabalhado com ritmo respiratório (inspiração e expiração- alongamento passivo dinâmico). No alongamento passivo estático mantém-se a posição do final da AD por um determinado período de tempo.
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Vantagens do alongamento passivo:
 - Permite com a ajuda externa melhor posicionamento corporal.
Desvantagens:
Pode ocorrer compensações musculares;
Necessita de um profissional para orientar o exercício.
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Alongamento passivo
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Alongamento Dinâmico
O alongamento dinâmico, também chamado de balístico, consiste em realizar um balanceio ou movimentos de insistência durante o alongamento, sem manter a posição final do movimento. Ele ainda pode envolver a amplitude especifica de um movimento para determinado esporte. Esse tipo de alongamento não usa cargas excessivas e ficou conhecido como um tipo de aquecimento.
Pesquisadores colocam como principal ponto negativo dessa forma de alongamento, o alto potencial lesivo pra quem o pratica.
Vantagens do alongamento dinâmico
Aporte sanguíneo para a região trabalhada;
Atende as especificidades de determinadas habilidades esportivas;
Adequa-se ao perfil ativo de algumas pessoas;
Desvantagens
- Na presença de encurtamento é difícil direcionar o movimento para um ângulo específico sucessivas vezes.
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Alongamento Dinâmico ou Balístico
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Facilitação Neuromuscular Propioceptiva (FNP)
A FNP é um grupo de procedimentos de alongamento envolvendo a contração e o relaxamento de forma alternada dos músculos que estão sendo
solicitados (antagonistas e antagonistas) . Todas as técnicas de FNP envolvem algum padrão de contração e relaxamento de músculos agonistas (que ajudam a realizar o movimento do alongamento) e antagonistas (músculos que fazem o movimento contrário ao do alongamento), com o propósito de inibir estruturas que limitam o alongamento.
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Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP)
Esse método pode ser chamado também de Inibição Ativa, pois ocorre a inibição do sistema muscular pela contração isométrica realizada antes do alongamento.
Essa técnica reduz a resistência do músculo ao alongamento pela inibição dos fusos e ativação do órgão tendinoso de Golgi.Presume-se que os sarcômeros irão ceder mais facilmente se o músculo estiver relaxado e houver menor resistência ativa (tensão) no músculo quando for alongado.
Esse tipo e alongamento só é possível se o músculo alongado tem inervação normal e está sob controle voluntário.
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Métodos de FNP
Contração-relaxamento: Levar o segmento corporal até a amplitude possível, solicitar uma contração isométrica submáxima (5 a 10 segundos), em seguida solicita-se o relaxamento e aumenta um pouco a amplitude de movimento.
Contração-relaxamento e Contração-Agonista:Repete o procedimento inicial da técnica de contração-relaxamento e após o relaxamento solicita-se uma contração concêntrica do grupo muscular oposto ao músculo contraído (agonista), em seguida atingi-se um novo alcance da amplitude de movimento.
Contração do agonista: (agonista refere-se ao músculo oposto ao músculo retraído). O paciente realiza uma contração ativa contra resistência do músculo oposto ao músculo a ser alongado. Isso provoca uma inibição recíproca do músculo retraído e este alonga-se mais facilmente.
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Vantagens da Facilitação neuromuscular proprioceptiva
Pode-se desenvolver a flexibilidade mais rapidamente do que com outros métodos;
- Na FNP combina-se força e flexibilidade para o mesmo ângulo do grupo muscular exercitado.
Desvantagens da FNP 
Maior dificuldade em observar as compensações dos grupos musculares;
Deve-se evitar esse tipo de trabalho enquanto não tiver a recuperação completa de uma lesão.
Por ser um alongamento de alta intensidade produz menor extensibilidade dos tecidos moles do que os alongamentos mais prolongados.
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Limite anatômico
Limite tecidual
Início da ADM
Ponto zero
1
2
3
4
5
6
Alongamento
4- Ex. de alongamento – ultrapassa o limite tecidual em direção ao limite anatômico sem atingi-lo.
5- Ex. de alongamento partindo de um ponto da ADM livre, ultrapassa o limite tecidual em direção ao limite anatômico.
6- Ex. de alongamento com início no limite tecidual e chega no limite anatômico.
 
1- Ex. de ADM que explora parcialmente a ADM existente.
2- Ex. de ADM que explora o arco completo de ADM existente.
3- Ex. de ADM com início em um ponto da ADM livre até o limite tecidual.
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BIBLIOGRAFIA:
Achour, A.J. Exercícios de Alongamento: Anatomia e Fisiologia. 3ªedição. Barueri, SP: Manole, 2000.
2) Dangelo, J.G. , Fattini, C.A. Anatomia Humana Básica.São Paulo, SP: Atheneu, 1995.
3) Deliberato, P.C.P. Exercícios Terapêuticos: Guia Teórico para Estudantes e Profissionais. Barueri, SP: Manole, 2007.
4) Guyton, A.C.Fisiologia Humana e Mecanismo das Doenças. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara, 1989.

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