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FABA ENZIMAS EM ALIMENTOS Enzimas Enzimas - são proteínas de alta massa molecular (MM > 15000 Da) produzidas por células vivas e que têm a capacidade de aumentar a velocidade das reações biológicas por ativação específica permitindo que um estado de equilíbrio seja rapidamente atingido. São polímeros biológicos, catalizadores de reações químicas, que tornam a nossa vida possível. São catalizadores efetivos e altamente específicos. Reações baratas e seguras; São altamente eficientes, acelerando a velocidade das reações (108 a 1011 + rápida); Enzimas São econômicas, reduzindo a energia de ativação; Não são tóxicas; Condições favoráveis de pH, temperatura, polaridade do solvente e força iônica. Enzimas como catalisadores Enzimas Energia de ativação Diferença entre os níveis de energia do estado basal e do estado de transição Caminho da Reação Energia de ativação sem enzima S P Energia de ativação com enzima Diferença entre a energia livre de S e P Enzimas As reações enzimáticas seguem a seguinte equação: E + S ES EP E + P São ptn com alto poder catalítico. Cofatores – íons metálicos. Coenzimas - moléculas orgânicas complexas. Haloenzima – enzima + cofatores + coenzimas = atividade catalítica Hipóteses de Formação de ES Chave-fechadura Encaixe induzido PRINCIPAIS FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA 1. pH - existe um pH ÓTIMO, onde a distribuição de cargas elétricas da molécula da enzima e, em especial do sítio catalítico, é ideal para a catálise. Acima ou abaixo desse valor, a atividade enzimática é diminuída. 2. Temperatura 3. Concentração da enzima 4. Concentração do substrato 5. Cofatores 6. Inibidores 7. Atividade água. Inibição Enzimática inibidor competitivo I substrato S Inibidor não competitivo substrato S inibidor não competitivo I Tipos de Enzimas 1. Oxirredutases 2. Transferase 3. Hidrolases 4. Liase 5. Isomerase 6. Ligase Enzimas em Alimentos Papel destacado - Influe na composição, processamento e deterioração dos alimentos Portanto, ora são úteis ora são indesejáveis Detecção da atividade em determinado produto pode servir de indicador da eficiência de uma determinada operação; Ex. vegetais branqueados – atividade da peroxidase = indicador do processo térmico empregado Enzimas em Alimentos: Efeito indesejáveis Escurecimento de frutas e vegetais causado pelas polifenoloxidases; Rancidez de farinhas causada pela ação de lipases e lipoxigenases; Amolecimento de tecidos vegetais provocado pelas enzimas pécticas. Escurecimento Enzimático Alterações como: Diminuição da textura de frutas e de vegetais – atividade das enzimas pectinolíticas – leva a formação da massa de tomate por exemplo; Supermaturação das frutas – deve ser evitada pelo branqueamento; Sucos de frutas cítricas – pode provocar precipitação do liquido; Escurecimento Enzimático Escurecimento Enzimático Escurecimento Enzimático Duas enzimas são relevantes na degradação oxidativa dos compostos fenólicos por causarem a produção de polímeros de coloração marrom (melaninas): a polifenoloxidase (PPO) e a peroxidase (POD) (TOMÁS-BARBERÁN e SPÍN, 2001). Função = oxidam os polifenóis a quinonas; Escurecimento Enzimático Compostos fenólicos São considerados como metabólitos secundários. Estruturalmente contêm um anel aromático com um ou mais grupos hidroxilas, juntamente com outros substitutos. Escurecimento Enzimático Compostos fenólicos A composição fenólica de frutas e hortaliças varia de acordo com a: espécie, cultivo, grau de amadurecimento e condições ambientais de desenvolvimento e de armazenamento. Escurecimento Enzimático Escurecimento Enzimático Compostos fenólicos O tipo e a concentração do substrato fenólico afetam diretamente o escurecimento enzimático, conforme afirmam MARTÍN-BELLOSO e SOLIVA-FORTUNY (2006). Escurecimento Enzimático Agente causador de alteração : ENZIMA POLIFENOL OXIDASE Produzem quinonas – substancias que possuem carbonilas Polimerizadas Geram MELANOIDINAS = COLORAÇÃO ESCURA Oxidam compostos fenólicos do alimento (taninos e tirosina) Escurecimento Enzimático Os sucos cítricos ricos em Vitamina C tem ação de impedir o desenvolvimento dessa reação; O ácido ascórbico atua sequestrando o cobre, grupo prostético da polifenoloxidase, e reduzindo quinonas de volta a fenóis, antes de formarem pigmentos escuros (SAPERS, G.M.; MILLER, R.L, 1998). Como prevenir pH Gotas de ácidos (vinagre /suco de limão) Inativa a enzima que desencadeia o escurecimento Como prevenir PROTEASES VEGETAIS Papaína: Cisteína-protease Extraída do látex dos frutos do mamoeiro (Carica papaya) Comercializada na forma de extrato bruto Atividade em pH 5,0 a 9,0 Temperatura: 60 a 70o C PROTEASES VEGETAIS Bromelina: Cisteína-protease extraída do pedúnculo e do fruto do abacaxizeiro (Ananas cosmosus) Atividade ótima: pH de 6,0 a 8,0 Inativa em temperaturas superiores a 70o C Apresenta baixa especificidade para o substrato: hidrolisa ligações que envolvem diversos aminoácidos Ficina Cisteína-protease menos disponível comercialmente Extraída do látex de diversas espécies do gênero Ficus pH: 6,0 a 8,0 Temperatura: 60o C Apresenta baixa especificidade para o substrato: hidrolisa ligações que envolvem diversos aminoácidos PROTEASES VEGETAIS PROTEASES ANIMAIS Renina ou quimosina: Apresenta grande valor para indústria de alimentos Protease aspártica extraída do 4o estômago do bezerro (abomaso) Extraída do estômago seco ou fresco com ajuda de soluções salinas Sintetizada na forma de pró-enzima (zimogênio inativo) Altamente específica – hidrólise da ligação peptídica entre uma fenilalanina (aa aromático) e uma metionina PROTEASES MICROBIANAS Origem baceriana: Bacillus e Geobacillus Baixa especificidade – mais utilizadas na indústria de detergentes pH – 8,0 a 11,0 Tpt: 50 a 60o C Origem fúngica: Aspergillus oryzae (produz proteases ácidas, alcalinas e neutras) pH: 4,0 a 11,0 Tpt: 40o C Inativas em tpt>50o C Aplicação Industrial das proteases: Panificação GLÚTEN GLIADINA GLUTENINA Enzimas: proteases Proteases: 1. Causam a cisão das ligações peptídicas na estrutura do glúten 2. Inicia-se na mistura e continua na fermentação até o cozimento 3. Benefícios: redução de tempo de mistura, aumenta a extensibilidade da massa, e aumento da vida útil nos produtos de panificação 4. Melhoria de aroma e produtos mais macios 5. Proteases de Aspergillus oryzae e A. niger – seguras para consumo e baixa especificidade 6. Liberação de grupos NH2- e –COOH – reação de Maillard Aplicação Industrial das proteases: Coagulação do leite Existem quatro tipos de moléculas de caseína, alfa-s1, alfa-s2, beta e kappa. As caseínas alfa e beta sãoproteínas hidrofóbicas que são rapidamente precipitadas por cálcio. A caseína tipo kappa não precipita na presença de cálcio. Aplicação Industrial das proteases: Clarificação da cerveja Fermentação Maturação Baixa temperatura: 0o C Depende do tipo de cerveja Finalidade: destruição do diacetil (amargo) Diacetil se converte em acetoína (sem sabor) Turvação: interação entre compostos fenólicos e polipeptídeos que se insolubilizam a baixas temperaturas Aplicação Industrial das proteases: Amaciamento da carne Maciez – “atributo da carne cozida de ter fácil mastigabilidade sem perder sua textura característica” Maturação prolongada – catepsinas e calpaínas Aplicação de proteases: hidrolisam proteínas (miofibrilares e colágeno) da carne, tornando-a mais macia Papaína: mais aplicada – alta afinidade pela actina e boa atividade pelo colágeno desnaturado pelo calor A papaína possui temperatura de atividade 60 – 70o C – garante o amaciamento durante o cozimento. Aspergillus Niger - pH 3,5 - 4,5. Kluyveromyces lactis – pH 6,6 – 6,8. Sorvete, leite concentrado e doce de leite: prevenção da cristalização da lactose. Leite: estabilização das proteínas do leite em leites congelados por remoção da lactose. Hidrólise da lactose, permitindo o uso por adultos deficientes na lactase intestinal e em crianças com deficiência em lactase congênita. Lactase Beta amilase é uma exoenzima hidrolisa a molécula de amido a partir do final não redutor. Germinação – produção das enzimas. Paralisação da atividade biológica do grão e secagem para obtenção do aroma e sabor típico do malte, para a preparação de bebidas. Amilase - ENZIMAS PARA O MALTE
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