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Prát Sim VI_5_Consignação Fazenda

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... VARA da Fazenda Pública da Comarca ... DO Estado F
XISTO da Silva, brasileiro, administrador, solteiro, portador da carteira de identidade nº xxxx, inscrito no CPMF sob nº xxxx, residente e domiciliado na Rua x, nº xx, bairro Z, Município Y, Estado F, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, abaixo assinado,  (procuração anexa), com escritório na rua... n.º..., bairro..., cidade..., Estado, CEP..., onde recebe suas intimações, propor com fulcro nos artigos nº 164, I do Código Tributário Nacional-CTN e 890 e sgs do Código de Processo Civil – CPC,  
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
pelo rito especial em face do MUNICÍPIO Y, pessoa jurídica de direito público, com sede na Rua nº, pelos motivos de fato e de direito abaixo aduzidos.
DOS FATOS
No dia ..., o Autor recebeu cobrança simultânea, por meio de uma mesma guia de documento fiscal, de dois tributos: IPTU e Taxa de Conservação das Vias e Logradouros Públicos (TCVLP). 
No caso da referida taxa, por discordar de sua cobrança, o contribuinte Autor ajuizou a competente ação judicial com vistas à declaração de sua inconstitucionalidade (processo nº ....), havendo pedido liminar, ainda não apreciado, para afastar a obrigatoriedade do recolhimento da referida exação fiscal. 
Por outro lado, em relação ao IPTU, o Autor tentou efetuar o seu pagamento. No entanto, não logrou êxito, haja vista a guia de pagamento ser única e conter o valor global dos referidos tributos, tendo o banco rejeitado o pagamento parcial relativo somente ao IPTU.
Por restar infrutífera a solução pela via administrativa, o Autor, que pretende efetuar o pagamento do imposto municipal, recorre ao Poder Judiciário por meio da presente ação de consignação em pagamento para, assim, obter uma sentença declaratória da subsistência do depósito, com consequente declaração extintiva da obrigação.
do fundamento jurídico
1. DA INDEVIDA SUBORDINAÇÃO DO PAGAMENTO DO IPTU AO DA TAXA
Afigura-se evidente a intenção da Fazenda Municipal em subordinar o pagamento do IPTU ao pagamento da taxa, na medida em que emite uma guia de pagamento único com o valor global dos referidos tributos.
Ocorre que a subordinação do pagamento de um tributo a outro revela-se como exigência arbitrária, porquanto tratam-se de obrigações autônomas, oriundas de fatos geradores distintos.
Desta feita, em hipóteses como na do caso sub examine, em que o contribuinte pretende eximir-se do pagamento de parcela que considera indevido, tendo o Fisco condicionado o pagamento do tributo à satisfação desse, adequada a via da ação consignatória, constituindo esta 
como meio hábil ao adimplemento da parcela incontroversa da obrigação tributária. 
2. DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO DO IPTU
A ação consignatória está expressamente prevista no Código de Processo Civil (artigos 890 a 900), e “...visa liberar o devedor de uma obrigação, fazendo em juízo depósito de quantia ou de coisa devida”. (Dicionário Técnico Jurídico, Organização Deocleciano Torrieri Guimarães, São Paulo: Rideel, 1995).
Outrossim, prevendo a possibilidade de aplicação da ação consignatória em matéria tributária, o Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25de outubro de 1966), em seu artigo 156, inciso VIII, inclui a mesma no rol da modalidades extintivas do crédito tributário.
Diga-se que o artigo 164 do Código Tributário Nacional especifica as hipóteses de cabimento da ação de consignação em pagamento, dentre as quais a do caso em apreço: a “recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo” (inciso I).
A jurisprudência é pacífica quanto à possibilidade de propositura da ação consignatória em matéria tributária, conforme as ementas dos seguintes julgados:
TRIBUTÁRIO.CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO DE TRIBUTO. PRECEDENTES. 1. É correta a propositura da ação consignatória em pagamento para fins de o contribuinte se liberar de dívida fiscal cujo pagamento seja recusado ou dificultado pelos órgãos arrecadadores – arts. 15, VIII, e 164, do CTN. 2. Tem-se por legítima a consignação em pagamento de tributo que o Fisco se recusa a receber sem que esteja acompanhado de obrigação acessória 3. Precedentes desta Corte Superior. 4. Recurso provido. Baixa dos autos ao douto juízo de origem, para que prossiga com o exame das demais questões.(Resp 496747/SC 2003/0019236-5 DJ data: 09.06/2003, PG: 00191, Relator Min. José Delgado. 22/04/2003 T1 – Primeira Turma.
 
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. A tutela típica do contribuinte, quando o Fisco subordina a quitação do tributo ao pagamento de juros e de correção monetária, é a da ação de consignação de pagamento. (Recurso Especial nº 9432023-0/SP, STJ, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 18.04.96,un., DJU 20.05.96,p.16.689).
 “PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. NATUREZA E FINALIDADE.UTILIZAÇÃO PARA CONSIGNAR VALOR DE TRIBUTO. POSSIBILIDADE. 1. O depósito em consignação é modo de extinção da obrigação, com força de pagamento, e a correspondente ação consignatória tem por finalidade ver atendido o direito – material – do devedor de liberar-se da obrigação e de obter quitação.Trata-se de ação eminentemente declaratória: declarar-se que o depósito oferecido liberou o autor da respectiva obrigação. 2. Com a atual configuração do rito, a ação de consignação pode ter natureza dúplice, já que se presta,em certos casos, a outorgar tutela jurisdicional em favor do réu, a quem assegura não apenas a faculdade de levantar, em caso de insuficiência de depósito, a quantia oferecida, prosseguindo o processo pelas diferenças controvertidas (CPC, art. 899, §1), como também a obter, em seu favor, título executivo pelo valor das referidas diferenças que vierem a ser reconhecidas na sentença (art.899, § 2º). 3. Como em qualquer outro procedimento, também na ação consignatória o juiz está habilitado a exercer o seu poder-dever jurisdicional de investigar os fatos e aplicar o direito na medida necessária a fazer juízo sobre a existência ou o modo de ser da relação jurídica que lhe é submetida a decisão. Não há empecilho algum, muito pelo contrário, ao exercício, na ação de consignação, do controle de constitucionalidade das normas. 4. Não há qualquer vedação legal a que o contribuinte lance mão da ação consignatória para ver satisfeito o seu direito de pagar corretamente o tributo quando entende que o fisco está exigindo prestação maior que a devida. É possibilidade prevista no artigo 164 do Código Tributário Nacional. Ao mencionar que “a consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe a pagar”, o § 1º daquele artigo deixa evidenciada a possibilidade de ação consignatória nos casos em que o contribuinte se propõe a pagar valor inferior ao exigido pelo fisco. Com efeito, exigir valor maior equivale a recusar o recebimento do tributo por valor menor.5. Recurso especial provido”. (RESP 659779/RS.Ministro Relator Teori Albino Zavascki. Primeira Turma. DJ 27.09.2004, p.281).
 
Dessarte, afigura-se indiscutível a adequação da presente ação consignatória, ficando autorizado o Autor contribuinte a recolher apenas o valor do IPTU, e liberando-se da respectiva obrigação tributária.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
a) Depósito da quantia na forma do artigo 893, incisos I e II do Código de Processo Civil, a ser efetuado no prazo de 5 (dias), a contar da data do deferimento da mesma;
b) Citação do Réu para levantar o montante ou oferecer resposta nos termos do artigo 893, inciso II do Código de Processo Civil;
c) Seja julgado procedente o pedido, declarando-se a subsistência do depósito e consequente extinção da obrigação referente ao IPTU, nos termos do artigo 156, inciso VIII do Código Tributário Nacional;
d) Condenação do réu aos ônus da sucumbência
PROVAS
Requer a produção das provas documental suplementar, se necessária, pericial e depoimento pessoal do representante do réu.
VALOR DA CAUSA
Para os efeitos legais e fiscais, dá-se à causa o valor de R$ ....... (quantia aser consignada)
Termos em que espera deferimento.
Rio de Janeiro, ... de ........ de 2012.
____________________________
Nome do advogado – OAB/RJ nº ....

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