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Vinda da Família Real para o Brasil

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1808 – 2008:
De D. João a Lula 
O Brasil da Família Real e o Brasil Atual
Léo
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Vinda da Família Real para o Brasil
Bibliografia:
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Contexto Europeu:
Após o Golpe do 18 Brumário, em 1799, Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França e expandiu a guerra pra toda a Europa Ocidental.
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Contexto Europeu
Porém, no mar, as forças de Napoleão, mesmo somadas às forças espanholas, não conseguiam vencer os ingleses de Nelson.
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Contexto Europeu
Sem outra alternativa para vencer seu principal inimigo, Napoleão decreta o BLOQUEIO CONTINENTAL
Proibição dos países europeus de negociar com a Inglaterra
Portugal tem a Inglaterra como principal parceiro comercial, político e militar
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Invasão de Portugal
Como Portugal não aderiu ao Bloqueio, Napoleão envia tropas para invadir a região. 
Essas tropas eram comandadas pelo General Junot.
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Fuga para o Brasil
Pela 1ª vez uma corte européia transferia-se para território colonial
A fuga foi organizada às pressas, tendo em vista a marcha das tropas napoleônicas
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A Viagem
Uma Viagem completa: Despreparo, improvisação, desconforto, sujeira,
Calor, mau cheiro, piolhos, ratos, doenças, ... 
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Teorias para o Desvio de D. João
Tempestade;
Diplomacia;
1ª parada: Salvador
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Chegada no Brasil
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A Corte no Brasil
As Cidades Brasileiras:
Salvador, Rio de Janeiro;
A Estrutura:
Casas, Ruas, Prédios, ...
As Finanças:
Recursos próprios, Empréstimos.
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D. João e a Política Externa:
Medidas que favoreceram a Inglaterra:
 Logo da Abertura dos Portos, as taxas sobre os produtos estrangeiros eram fixadas em 24% sobre o valor. 
 Por pressões dos comerciantes portugueses, as taxas para os seus produtos foi reduzida pra 16%.
 Mas, em 1810, através da assinatura do tratado de Navegação e Comércio com a Inglaterra, as taxas sobre os produtos ingleses foram reduzidas para 15%, tendo uma taxa preferencial, mais baixa que a dos portugueses.
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Investimentos na Estrutura:
Criação do Banco do Brasil;
1º BB – 1808 – 1829 | 2º BB – 1853 – 2008...
Criação da Casa de Suplicação;
Criação de Ministérios:
Guerra e Estrangeiros, Marinha, Interior, Fazenda, ...
Construção de Estradas;
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D. João VI e Carlota Joaquina
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Sustentar a Corte
Aumento de Impostos;
Guerras de Expansão;
Empréstimos:
Herança do Brasil.
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Guerras de Conquista:
Invasão da Guiana Francesa:
1809 – 1817:
Revanchismo;
Carta na Manga para o Congresso de Viena;
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Decadência de Napoleão:
Derrota na Guerra Peninsular;
Invasão da Rússia:
600 mil homens;
Inverno e Terra Arrasada;
Derrota;
Governo dos Cem dias;
Derrota em Waterloo.
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Conquista da Banda Oriental:
Invasões de 1815, 1816.
Anexação em 1821.
Província Cisplatina.
Independência da Região:
1825 – 1828: Guerra de Cisplatina.
Atual Uruguai.
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Revolução Pernambucana 1817
Motivos:
Abandono da Região;
Declínio econômico:
Açúcar.
Aumento dos Impostos pela Corte:
Para financiar suas despesas no Rio de Janeiro;
Para financiar as guerras de conquista;
Insatisfação com o Regime Político;
Grave crise agrícola.
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Governo Provisório:
República:
5 membros: Agricultura, Comércio, Clero, Justiça e Militar.
Emissários enviados à Inglaterra, à Argentina e aos Estados Unidos;
A Paraíba e o Rio Grande do Norte apóiam a revolução.
Influências da Revolução Francesa;
Apoio da população do Recife;
Contudo os Rebeldes mantiveram a Escravidão;
O Governo Revolucionário durou apenas 74 dias
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Últimos anos de D. João no Brasil
O desejo de permanecer;
O fim do Império Americano;
Curiosidades de D. João no Brasil;
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Revolução do Porto - 1820
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Revolta das tropas portuguesas sediadas na cidade do Porto;
Principais Motivos:
Insatisfação dos portugueses com o Domínio Inglês em Portugal;
Empobrecimento do país devido às sucessivas guerras e ocupações;
Sentimento de abandono em relação à Corte que estava no Brasil.
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Os Ingleses são expulsos de Portugal;
Os Rebeldes exigem o retorno de D. João VI para Portugal;
O Rei é obrigado a aceitar uma constituição liberal;
É criado o Parlamento (as Cortes), com representantes de Portugal, do Brasil e de Algarves;
Contudo a idéia dos revoltosos era RECOLONIZAR O BRASIL;
A revolução recebe apoio no Brasil, contudo a idéia de recolonização seria repelida pela maioria dos brasileiros.
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Retorno de D. João VI para Portugal
Sem alternativas, o Rei é forçado a retornar à Europa em 1821;
Porém, antes disso, algumas manifestações ocorridas no Brasil forçam o Rei a jurar o cumprimento da constituição;
Contudo, numa radicalização das manifestações, populares exigiram, ainda no Brasil, que D. João jurasse a constituição espanhola, que era liberal. 
D. Pedro, manda as tropas dispersarem a população e cerca de 30 pessoas são mortas.
Com a ida de D. João, encerra-se o período joanino no Brasil;
Em 1822, D. Pedro proclamaria a Independência do Brasil, começando o período Imperial. 
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A Importância de D. João VI para o desenvolvimento da História do Brasil
O Desenvolvimento da estrutura e da sociedade brasileiras, sendo que durante 13 anos o Brasil foi a sede de uma corte européia;
A Manutenção da Unidade Brasileira;
A tendência Monárquica;
O Desenvolvimento econômico e comercial;
A expansão territorial;
A Abertura do Brasil para o mundo;
E a criação de uma situação irreversível: O Brasil não retornaria à condição de Colônia. 
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Algumas Imagens
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Brasil Atual:
O Brasil de hoje é muito diferente do país encontrado por D. João VI em 1808. naquele período o Brasil contava com uma população de cerca de 5 milhões de pessoas, dentre as quais muitos escravos. A maior cidade do país, o Rio de Janeiro contava com apenas 60 mil habitantes e a estrutura dessa cidade era extremamente precária. 
O Brasil não tinha indústrias, as regiões eram muito isoladas, sem estradas que as ligassem ou qualquer tipo de interação mais profunda, mesmo que comercial, com algumas exceções.
Contudo, algumas práticas do período podem ser percebidas ainda hoje. Com D. João no Brasil, uma imensa e numerosa corte foi sustentada e financiada com os recursos brasileiros. Esses recursos foram retirados de empréstimo feitos junto à Inglaterra ou através do aumento de impostos.
No Governo atual, o do Presidente Luís Inácio LULA da Silva, percebe-se algumas permanências. Acusações de corrupção foram feitas de todas as formas, contudo nada pode ser provado contra LULA. Escândalos como o caso do mensalão, de dinheiro em malas – e até em roupas íntimas –, financiamentos ilícitos para a campanha presidencial e, além disso, o recente escândalo dos cartões corporativos, utilizados de forma abusiva por membros do Governo, incluindo até membros da família do Presidente. 
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D. João era o Rei absoluto, contudo, devido à sua indecisão, era cercado por uma grande quantidade de ministros e auxiliares, que muitas vezes interferiam de forma decisiva nos destinos do poder.
Assim como seu predecessor, o Presidente LULA é cercado por representantes dos grupos que compõem o PT. Muitos desses exerciam e exercem forte influência nos desígnios presidenciais.
Por outro lado, D. João e LULA eram figuras populares, que começaram com enorme apoio popular, muito embora esse apoio fosse diminuindo com o tempo. É incorreto fazer conjecturas ou especulações sobre como seria algo que não ocorreu, tendo em vista que na História, devemos analisar os fatos, não o que deveria ou poderia ter acontecido. Mas segundo alguns autores, caso D. João não tivesse vindo para o Brasil, a Independência e a República poderiam ter ocorrido entes do tempo e talvez até o Brasil não fosse do tamanho que é. Em outra conjectura analisa-se que se LULA não tivesse mudado seu discurso e sua prática, jamais atingiria seu objetivo de chegar à Presidência do Brasil. Sustentado por práticas assistencialistas, não podemos – de forma rígida – comparar o governo
de LULA, ou a popularidade dele, com o Período Vargas. Não se pode comparar populismo de Getúlio Vargas com as práticas políticas do atual Presidente. Contudo, se a comparação for feita, deve-se estar preparado para localizar as diferenças.
 
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Questões de Provas de Vestibular:
1) Durante o período em que a Corte esteve instalada no Rio de Janeiro, a Coroa portuguesa concentrou sua política externa na região do Prata, daí resultando:
A constituição da Tríplice Aliança, que levaria à Guerra do Paraguai.
A incorporação da Banda Oriental ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina.
A formação das Províncias Unidas do Rio da Prata, com destaque para a Argentina.
O fortalecimento das tendências republicanas no Rio Grande do Sul, dando origem à Guerra dos Farrapos.
A coalizão contra Juan Manuel de Rosas, que foi obrigado a abdicar de pretensões sobre o Uruguai.
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2) A Independência se explica por um conjunto de fatores, tanto internos como externos, mas foram os ventos trazidos de fora que imprimiram aos acontecimentos um rumo imprevisto pela maioria dos atores envolvidos, em uma escalada que passou da defesa da autonomia brasileira à idéia de independência.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1997. p.129.
Dentre esses fatores externos está a Revolução Liberal do Porto, ocorrida em Portugal em 1820. Esse movimento pode ser considerado, como analisa o autor do texto dado, como responsável pelo fortalecimento da “idéia de independência” porque:
a) Os partidários da Revolução pregavam, entre outras intenções, a recolonização do Brasil.
b) Foi uma rebelião inspirada em idéias iluministas que defendiam o fim do Antigo Regime e da colonização.
c) Enfraqueceu o poder real, impossibilitando a Coroa portuguesa que reagiu ao processo de independência que estava em curso no Brasil.
d) Como o nome acentua, era uma revolta liberal, portanto, contra os pressupostos mercantilistas que orientavam o sistema colonial.
e) Significou uma ruptura na aliança entre o rei e a burguesia, principal elemento de sustentação da colonização.
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3) Vários segmentos sociais se uniram em Pernambuco, em 1817, em um movimento que pretendia criam um país independente de Portugal. Apesar de os revoltosos terem dominado Recife e instalado um governo provisório, o movimento fracassou. 
Assinale a alternativa que indica a contradição interna ao governo revolucionário que foi responsável pelo fracasso da Insurreição Pernambucana de 1817.
a) A violenta repressão promovida pelas tropas do rei de Portugal.
b) O caráter elitista e escravista assumido pelo governo, contrariando as pretensões das camadas mais pobres da população.
c) A sua inspiração iluminista, que pregava um governo republicano, enquanto a intenção dos revolucionários era instalar uma monarquia.
d) A disputa entre liberais e moderados que defendiam, respectivamente, a instalação de uma república burguesa e de uma monarquia parlamentar.
e) A presença das tropas portuguesas, que vieram junto com a Família Real para o Rio de Janeiro, facilitou a repressão ao movimento e a prisão de seus líderes.
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4) 
CAMPOS, Flávio de e MIRANDA, Renan Garcia. Oficina de História. São Paulo: Moderna, 2000. [adapt.]
As emancipações políticas do México, da Grã-Colômbia, do Peru, do Chile, do Paraguai e da Argentina, expressas no mapa, estão relacionadas
(a) aos interesses ingleses em oposição à política adotada por Napoleão sobre a Península Ibérica, desde o Bloqueio Continental.
(b) às determinações do Congresso de Viena, que restauraram as fronteiras européias na América, vigorantes antes da Revolução Francesa.
(c) às unificações alemã e italiana, e às idéias nacionalistas que inspiraram os movimentos de independência na América.
(d) à política da “América para os americanos”, que serviu de fundamento para a independência dos Estados Unidos.
(e) à atuação da Santa Aliança na restauração das possessões na América Latina e à manutenção do equilíbrio político entre os países europeus.
(f) I.R.
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5) A sociedade brasileira, no período de 1808 a 1850, mantinha uma identidade com o período colonial quanto:
I - à existência de uma pequena minoria de senhores e um grande contingente de escravos;
II - ao critério de distinção social, que ainda estava ligado à posse de terras e escravos;
III - ao fato de os grandes proprietários monopolizarem os altos postos do Estado Monárquico;
IV - à reafirmação dos privilégios dos grandes proprietários com a Independência do Brasil.
Quais afirmativas estão corretas?
A) Apenas I e II.
B) Apenas I e III.
C) Apenas III e IV.
D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.
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6) ) “Poucos historiadores se arriscam a entrar na vida íntima de D. João VI. Dois deles, Tobias Monteiro e Patrick Wilcken apontam evidências de que, na ausência da mulher, ele manteve um relacionamento homossexual – mais por conveniência do que por convicção – com Francisco Rufino de Sousa Lobato, um dos camareiros reais. Monteiro sugere que as funções de Francisco Rufino incluíam masturbar o rei com certa regularidade. Um frade, identificado apenas como padre Miguel, teria assistido, sem querer, às cenas de intimidade entre o rei e seu vassalo na fazenda Santa Cruz, onde ficava o palácio de verão da corte no Rio.” 
GOMES, Laurentino. 1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2007. pp. 172 e 173.
O trecho acima, retirado do livro de Laurentino Gomes, 1808, demonstra um pouco da figura de D. João VI, que foi rei de Portugal, Brasil de Algarves. Nesse contexto de Vinda da Família Real para o Brasil, podemos afirmar:
a) Que D. João, contrariando uma aliança de vários séculos com a França, é obrigado a declarar guerra à Napoleão, tendo em vista as pressões exercidas pelos ingleses que queriam utilizar o território lusitano como base de entrada na Europa.
b) Que junto com a Família Real vieram para o Brasil inúmeras pessoas que seriam sustentadas pela corte, mesmo não exercendo tarefas importantes na nova sede. 
c) Durante a permanência da Família Real portuguesa no Brasil, nenhuma revolta separatista foi identificada.
d) O Aumento de impostos, para sustentar a corte em terras americanas, foi congelado devido aos inúmeros empréstimos feitos por Portugal junto à Inglaterra, empréstimos que seriam pagos pelo Brasil após a sua independência.
e) A Revolução do Porto foi fundamental para a Independência do Brasil, tendo em vista o apoio das Cortes à causa Brasileira.

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