Estudo do Espaço

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GEOGRAFIA 
 
Editora Exato 1 
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA SOLAR E 
FORMAÇÃO DA TERRA 
1. OBJETIVO DA GEOGRAFIA 
O Objetivo da geografia é o estudo do espaço, 
espaço este físico e social, buscando determinar uma 
compreensão das transformações que alteram e con-
dicionam esse espaço de inter-relações humanas. A 
palavra geografia vem do grego e significa “descri-
ção da terra”. Durante vários anos, os especialistas 
dessa ciência restringiram-se a descrever a paisagem, 
estudando o espaço como algo estático à sociedade. 
Contudo, com a evolução da geografia, houve uma 
mudança de foco de estudo, em que pode se perceber 
que a análise do espaço vai além da descrição da pai-
sagem, inserindo-se dentro do contexto da análise das 
relações humanas, entende-se assim que a sociedade 
participa ativamente da construção do espaço através 
do trabalho. 
2. GEOGRAFIA TRADICIONAL VERSUS GE-
OGRAFIA CRÍTICA 
Geografia Tradicional: esse ramo da geografia 
trabalhava com a idéia de que o ambiente natural de-
terminava as características da sociedade. Essa ver-
tente trabalhava com a descrição da natureza, 
relacionando muito pouco o papel ativo do homem 
no meio. 
Geografia Crítica: também, conhecida como 
geografia marxista, busca explicar a atuação do ho-
mem no meio geográfico, pelo aspecto das transfor-
mações sociais. O objetivo é integrar a relação entre 
trabalho, sociedade e natureza, buscando diferenciar 
os espaços construídos segundo os interesses da soci-
edade vigente. Esse ramo da geografia possui um ca-
ráter mais analítico e politizador. 
3. ESPAÇO CONSTRUÍDO 
Espaço Construído Pelo Homem: são os es-
paços resultantes da ação antrópica (humana). Esse 
espaço se transforma pela ação do homem sobre o 
meio. Exemplos dessa ação são facilmente percebi-
dos no meio ambiente em que vivemos, como nos ca-
sos das residências; “shopping centers”; indústrias; 
dentre outros. Esse espaço pode ser chamado de pai-
sagem cultural 
Espaço Construído Naturalmente: esse espa-
ço é determinado por fatores físicos e naturais (ven-
tos, chuvas, temperatura, movimentos internos…). 
Esses fatores formam a paisagem natural. Exemplos: 
ilhas, chapadas, dentre outros. 
 
4. ESPAÇO GEOGRÁFICO 
O espaço geográfico é formado pela paisagem 
natural associado ao meio social, que cresce a cada 
dia e se torna mais dinâmico. Podemos caracterizar a 
paisagem como uma “fotografia”, e o espaço geográ-
fico como uma sucessão dessas fotografias, “um fil-
me”. 
A sociedade determina a construção do espaço 
através do trabalho, esse fator ocasiona as diferentes 
formas de lugar presentes no espaço, no sentido de 
que o ambiente construído é gerado através de fatores 
típicos do grupo que vivência o lugar. 
A modificação no espaço geográfico, a qual é 
realizada pela sociedade, está se tornando cada vez 
mais intensa. Grande parte das vezes essas transfor-
mações têm acarretado grandes prejuízos para o am-
biente e para a própria sociedade, por ser feita sem 
um planejamento eficaz. A ação do homem sobre o 
espaço se tornou tão intensa que hoje já é possível 
determinar que não exista mais paisagens plenamente 
naturais (primeira natureza), pois o homem, direta ou 
indiretamente, já interferiu no ambiente. Essa interfe-
rência é fácil de ser notada, como o desmatamento e 
o aumento das áreas de deserto; as mudanças climáti-
cas; o buraco na camada de ozônio, dentre outros. 
5. TIPOS DE ESPAÇO 
O conceito de espaço pode determinar vários 
significados: 
� Espaço socioeconômico: espaço ligado às 
transformações sociais e econômicas; 
� Espaço como conceito físico: referente a 
lugar; 
� Espaço sideral: conjunto de sistemas do u-
niverso; 
� Espaço virtual: atualmente muito presente 
no nosso cotidiano, espaço nas redes mun-
diais de computadores. 
Paisagem e Lugar 
Paisagem: uma imagem vista e percebida pelo 
homem. As paisagens podem retratar aspectos natu-
rais e físicos, aspectos históricos, socioculturais e e-
conômicos, ou apresentar uma interação desses 
fatores que formam o espaço cultural (Paisagem geo-
gráfica). 
Lugar: caracteriza-se como espaço vivencia-
do, local onde se cria uma identidade, na nossa casa 
temos o nosso lugar preferido, esse lugar pode ser o 
 
Editora Exato 2 
quarto. Nesse lugar nós vivenciamos e nos identifi-
camos. 
Como Dividir o Espaço 
Para a geografia, o estudo do mundo atual está 
intimamente ligado às transformações que a própria 
humanidade proporciona ao meio. Com isso, existe a 
idéia de que se deve estudar o mundo em que vive-
mos a partir de certos critérios de divisão, que se tor-
nam, na maioria das vezes, aspectos de agrupamento, 
como no caso: 
� Divisão entre países ricos e pobres em áreas 
continentais; 
� Segundo o nível de desenvolvimento ou 
subdesenvolvimento industrial e tecnológi-
co; 
� Segundo as organizações econômicas; 
� Segundo aspectos físicos (relevo, vegeta-
ção, clima…) 
� Segundo aspectos culturais e religiosos. 
6. EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO ESPACIAL 
O homem determinou sua ocupação pelo terri-
tório, gradativamente, através de mudança de menta-
lidade e busca por novas riquezas. Esse 
conhecimento espacial do globo só veio a se concre-
tizar no século XVIII. 
� Durante o século XIII, o conhecimento ter-
ritorial dos europeus restringia-se ao conti-
nente europeu, norte da África, e uma 
parcela do oriente Médio; 
� Nos séculos XV e XVI, com o desenvol-
vimento das navegações e dos instrumentos 
de navegação, a área conhecida do globo se 
expandiu para as Américas (novo mundo) e 
regiões da Ásia e da África; 
� No século XVIII, houve uma ampliação do 
horizonte geográfico, foram visitadas novas 
áreas como Austrália, Nova Zelândia, co-
nhecidas como novíssimo mundo. 
Em 1415, os portugueses conquistaram Ceuta, 
no norte da áfrica. 
Vasco da Gama (1460-1524), português, che-
gou em 1498 a Calicute, descobrindo o tão procurado 
caminho marítimo para a Índia. 
Fernão de Magalhães (1480-1521), navegador 
português a serviço da Espanha, empreendeu a pri-
meira viagem de circunavegação do mundo, provan-
do o formato arredondado da Terra. Partindo de 
Sevilha, em 1519, a expedição contornou a Patagônia 
(no atual Estreito de Magalhães) e atingiu a Ásia (Fi-
lipinas) pelo Pacífico. Magalhães morreu nas Filipi-
nas em 1521. A expedição chegou a Sevilha em 
1522, sob o comando de Sebastião Elcano (1460-
1526), pela rota do Cabo da Boa Esperança, permi-
tindo a partir daí uma maior precisão das medidas e 
das observações. 
Bartolomeu Dias (1450-1500), português, che-
gou em 1488 a um grande cabo ao sul da África, a 
que deu o nome de Cabo das Tormentas, mais tarde 
chamado de Boa Esperança. 
Cristóvão Colombo (1451-1506), genovês, 
planejou chegar às Índias navegando pelo ocidente. A 
serviço dos reis da Espanha, chegou ao continente 
americano em 1492. 
7. TEORIA DO BIG BANG (GRANDE EXPLO-
SÃO) 
Essa teoria busca explicar a formação do uni-
verso. Ela determina que toda matéria hoje existente 
no universo estava concentrada em um elemento ini-
cial, a cerca de 20 bilhões de anos atrás. Essa concen-
tração de matéria extremamente densa e quente 
determinou uma grande explosão, gerando posteri-
ormente as galáxias e corpos celestes que observa-
mos atualmente. 
8. EVOLUÇÃO DO UNIVERSO 
Fator de grande discussão no meio científico. 
Existem os defensores do universo finito e os defen-
sores do universo infinito, contudo sem um critério 
formalmente definido. 
a) Universo Finito: determina que o universo so-
frerá no futuro um processo de retração cha-
mado de “Big Crush”. 
b) Universo Infinito: baseia-se na idéia de que o 
universo está em constante evolução. 
9. SISTEMAS DA TERRA 
a) Geocêntrico: esse sistema teve como autor 
Cláudio Ptolomeu e baseava-se na idéia da terra co-
mo centro do universo,e esse universo seria constitu-
ído por ar, éter e fogo. Foi sustentado pela igreja por 
cerca de 13 séculos. Com os avanços científicos foi 
fácil determinar a falsidade do sistema, no sentido 
que, um corpo maior não pode orbitar em torno de 
menor. 
b)Heliocêntrico: sistema determinado por Ni-
colau Copérnico. Determinava na sua tese que o cen-
tro do nosso sistema era o sol e todos os planetas 
giravam em torno dele, formando órbitas circulares. 
Atualmente é o sistema aceito, fazendo a devida cor-
reção em relação à órbita, que não é circular e, sim, 
elíptica. 
A nossa galáxia é a Via Láctea. Esse nome foi 
dado em homenagem às mães. 
O Nosso sistema é o solar. O sol é o principal 
gerador de energia e vida na terra. É a principal estre-
la e centro do nosso sistema planetário. 
 
 
 
 
 
 
Editora Exato 3 
Ficha Técnica do Sol 
Distância Terra-Sol 150.000.000 Km 
Diâmetro 1.390.000 Km 
Volume 1.300.000 vezes o da Terra 
Massa 330.000 vezes a da Terra 
Densidade Média 1.4 
Composição 75% Hidrogênio; 25% Hélio 
Marcos Amorim Coelho.geografia Geral. P.64. 
Plutão (1 satélite)
Netuno
(8 satélites)
Urano
(15 satélites)
Saturno
(17 satélites)
Júpiter
(16 satélites)
Asteróides
Marte
(2 satélites)
Terra
(1 satélites)
Vênus
Mercúrio
SOL
 
10. PLANETA TERRA 
A terra formou-se há cerca de 4,3 bilhões de 
anos. O nosso planeta possui a forma geóide (dilata-
da na parte central e achatada nos pólos). Pode ser 
chamada de elipsóide de rotação. As principais evi-
dências que determinam a certeza sobre a forma da 
terra são: fotografias aéreas, observação direta dos 
astronautas e curvatura dos mares. 
 
 
 
 
 
Ficha Técnica da Terra 
Diâmetro equatorial 12.700 km 
Diâmetro polar 12.713 km 
Achatamento 1/298 
Circunferência equatorial 40.110 km 
Circunferência polar 40.009 km 
Superfície 510.000.000 km2 
Volume 1.083.000.000.000 km3 
Massa 6 sextrilhões de toneladas 
Marcos Amorim Coelho.Geografia Geral. P.64. 
11. TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL 
OU TRANSLAÇÃO CONTINENTAL 
Essa teoria foi formulada por Alfred Wegener 
(também é conhecida como teoria de Wegener). Se-
gundo a teoria, os continentes movimentam-se não 
apenas no sentido vertical, mas também no sentido 
horizontal. Wegener admitiu que inicialmente havia 
apenas um único bloco continental, chamado de pan-
géia (pan=todo e gea=terra). A partir de então, a cros-
ta foi fragmentada por movimentos internos, 
iniciando a formação de dois grandes blocos conti-
nentais: um chamado de Laurásia, que englobava a 
América do Norte e Eurásia e a região Ártica; o outro 
chamado de Gondwana, que agrupava a África, An-
tártica, América do Sul, Oceania e inicialmente a Ín-
dia. Posteriormente com o movimento das massas 
continentais a Índia chocou-se com a Ásia, e as Amé-
ricas separaram-se da Europa e África, formando a 
configuração atual dos continentes. Essa teoria foi 
formulada em 1912 e não foi aceita no período por 
não ter forte embasamento científico. Atualmente 
possui respaldo. 
Argumentos Favoráveis à Teoria de 
Wegener: 
� Semelhança entre fósseis de animais na Á-
frica e América do Sul; 
� Presença de massas cristalinas entre os con-
tinentes africano e americano; 
� Semelhante corte litorâneo, que determina a 
idéia de um quebra-cabeça global. 
América 
do Norte 
Eurásia 
África 
Índia
 
Antartica
Austrália 
G
O
NDW
ANA 
LAURÁSIA 
MAR TETHYS
América do Sul
 
Pangéia – a América do Norte estava ligada à 
Eurásia (Europa e Ásia) e a América do Sul ligada à 
África. A Austrália e a Antártida também estavam 
 
Editora Exato 4 
unidas ao mesmo conjunto, e a Índia, por sua vez, es-
tava perfeitamente encaixada entre a África e a Aus-
trália. 
América 
do Norte 
América 
do Sul 
África 
Eurásia 
Antartica 
Índia 
Austr
alia 
LAURÁSIA 
GONDWANA 
MAR DE TETHYS
 
Divisão da Pangéia – Há mais ou menos 180 a 
200 milhões de anos, a partir do período jurássico, os 
continentes começaram a se afastar, tanto na direção 
oeste (América) quanto em direção à ilha do Equa-
dor. Formaram-se dois supercontinentes: a Laurásia e 
Gonwdana. Observe que a América do Norte afastou-
se da África e da América do Sul e a Índia separou-se 
da Antártida, indo em direção à Ásia. 
Oceano 
O
ce
an
o 
Oceano 
Am
érica 
África 
Europa Ásia 
Antártica 
Índia 
Oceania
Pacífico 
At
lâ
nt
ic
o 
 
Índico Pacifíco 
Oceano 
 
Distribuição atual dos continentes – final-
mente, nos últimos 65 milhões de anos, as Américas 
se juntaram, a Austrália separou-se da Antártida e a 
Índia “chocou-se” com a Ásia, formando a Cordilhei-
ra do Himalaia. A Groelândia afastou-se da América 
e os continentes ficaram separados pelos oceanos. 
Teoria Tectônica de Placas 
Essa teoria foi formulada por Maurice Ewing e 
Harry Hess para dar embasamento à teoria de Wege-
ner. 
Com o desenvolvimento da sondagem acústi-
ca, pôde-se conhecer o fundo oceânico, desenvolven-
do a partir daí um mapeamento das dorsais 
submarinas. Com esse estudo, foi constatado que as 
áreas de vulcanismo e terremotos coincidem com as 
dorsais submarinas e acompanham as grandes cadeias 
de montanhas dos continentes. Grandes falhas geoló-
gicas nessas regiões sugerem que a crosta terrestre 
está dividida em grandes placas, que foram denomi-
nadas de falhas tectônicas. A Crosta terrestre movi-
menta-se a partir de grandes placas sobre um magma 
pastoso, viscoso de altas pressões e temperaturas. 
Constatou-se também que as idades das rochas do 
fundo dos oceanos aumentam à medida que se apro-
ximam do continente. 
Europa 
Focos de terremotos 
Direção do movimento das placastectônicas Placa da Antârtica
Placa 
do Pacífico 
Placa 
Norte-Americana
Placa 
de Nazca 
Placa 
de Escócia
Placa 
Africana 
Placa 
Eurasia
Placa 
sul Ameircana 
Placa 
de Cocos 
Placas 
Indo-Australiana 
Placa das 
Filipinas 
3.470 Km 0
 
12. CAMADAS DA TERRA 
O nosso planeta possui várias camadas: atmos-
fera (gasosa), hidrosfera (líquida), biosfera (seres vi-
vos) e litosfera (sólida). 
6.300 km
Atmosfera ou camada gasosa
subdividida em:
Hidrosfera ou Camada líquida
formada principalmente pelos 
oceanos (+/- 98% do total)
Biosfera ou camada dos 
seres vivos formada pelos 
reinos animal e vegetal
Litosfera ou camada sólida
formada pelos minerais e rochas
Troposfera (+/- 12 km)
Estratosfera (+/- 70 km)
Ionosfera (+/- 400 km)
Exosfera (+/- acima de 480 km)
1
2
3
4
Marcos de Amorim Coelho. Geografia geral. p. 73
2
3
4
1
 
A terra analisada do ponto de vista da sua 
composição sólida é dividida em crosta terrestre ou 
litosfera e magma. 
A litosfera corresponde à parte sólida da terra e 
possui espessura de cerca de 40 a 60 Km, e se subdi-
vide em sial e sima. 
SIAL: Abrange a parte superior da litosfera 
(sua área de abrangência é cerca de 45 Km). É for-
mada basicamente por rochas sedimentares e magmá-
ticas, destaque para o silício e alumínio. 
SIMA: Abrange a parte inferior, formada por 
rochas basálticas, além dos minerais silício e magné-
sio. 
A Crosta Terrestre e o Manto são divididos pe-
la descontinuidade de Mohorovicic. 
O MANTO é uma camada da terra que se divi-
de em: 
Magma: também conhecido como astenosfera, 
é uma camada pastosa. As perturbações geológicas 
que atingem a crosta, como terremotos e vulcanis-
mos, originam-se das pressões exercidas nessa regi-
ão, uma região de alta pressão; 
 
Editora Exato 5 
Camada Intermediária: Com espessura de 
1.700 Km tem temperatura em torno de 4.000º C; 
NÚCLEO OU NIFE: O núcleo se divide em: 
núcleo superior, de material pastoso; e núcleoinferi-
or, de material sólido. A composição baseia-se prin-
cipalmente em ferro e uma parcela de níquel. Varia 
de 3000 a 5000º 
Composição da Terra
Comportamento das camadas
Litosfera ou
crosta terrestre
Sial
Sima
Magma
Manto
camada intermediária
Nife ou núcleo
Litosfera
Marcos de Amorim Coelho. Geografia Geral. p. 73.
A
st
en
os
fe
ra
Mesosfera
Núcleo
 externo
Núcleo interno
(sólido)
 
13. MOVIMENTOS DA TERRA 
Dentre os vários movimentos que a terra exe-
cuta, destacam-se alguns como: 
Rotação: Movimento que a terra executa em 
torno do seu próprio eixo. Esse movimento tem dura-
ção de 24 horas, ou mais precisamente 23 horas, 56 
minutos e 4 segundos, em uma velocidade de 1.666 
Km/h na altura do equador. Principais conseqüências 
desse movimento: 
� Dias e noites; 
� Movimentos das massas de ar (ventos); 
� Movimento das Marés; 
� Diferentes horários (fusos horários); 
� Achatamento dos pólos e dilatação da parte 
central. 
A terra executa esse movimento de Oeste para 
Leste, com isso tem-se a impressão de que o sol se 
move ao redor da terra, nascendo no Leste e se pondo 
no Oeste. 
Translação: Movimento que a terra e os ou-
tros planetas executam em torno do Sol. Esse movi-
mento possui uma trajetória ligeiramente oval, por 
esse motivo é determinado como uma órbita (cami-
nho) elíptica. A distância da órbita varia: quando está 
mais próxima do sol é chamado de Periélio, quando 
está mais afastado é chamado de Afélio. As conse-
qüências principais desse movimento são: 
� As estações do ano. 
� Ângulo de inclinação dos raios solares. 
O Movimento de Translação tem duração de 
365 dias e seis horas. Essas seis horas são acrescidas 
no mês de fevereiro (passando a possuir 29 dias). Es-
se acontecimento ocorre de quatro em quatro anos, 
sempre em ano de olimpíadas, esse ano especial re-
cebe a denominação de ano bissexto. 
14. ESTAÇÕES DO ANO 
23º Pólo norte
Pólo sul
AB
1. Inclinação da
Terra em relação
ao plano de sua
eclíptica.
Terra
Outono
Primavera
21 mar.
1
4
Terra
Inverno
Equador
21 dez.
Verão
Outono
Terra
3
Primavera
Terra Inverno
2
Verão
Equador
21 jun.
Equador
23 set.
Equador
 
Durante todo o ano há diferente duração de di-
as e noites, a não ser nos dias equinócio, período em 
que a terra é igualmente iluminada. 
Movimentos da Lua 
A Lua é o satélite natural da Terra. Esse satéli-
te executa vários movimentos, dentre os quais: 
� Rotação: movimento que executa em torno 
do seu próprio eixo. 
� Translação: movimento que executa em 
torno da terra. 
� Revolução: movimento que executa em 
torno do sol. 
Fases da Lua 
Nova: uma das fases da lua em que a maré está 
alta. Pode ocorre nessa fase o eclipse solar 
Crescente: lua de quadratura. Ocorre nesse pe-
ríodo a maré baixa. 
Cheia: também ocorre maré alta nessa fase. 
Pode vir a ocorrer eclipse lunar. 
Minguante: é caracterizada também como lua 
de quadratura e ocorre maré baixa. 
 
15. LEITURA COMPLEMENTAR 
A Europa nunca esteve tão perto da África e 
deverá ficar ainda mais. Nos últimos 5 milhões de 
anos, os dois continentes já se aproximaram 50 qui-
lômetros, à média de um centímetro por ano, como 
conseqüência do movimento oposto das placas tectô-
nicas sobre as quais eles estão situados. 
A descoberta foi feita por geólogos europeus 
durante expedição realizada ano passado no mar Me-
diterrâneo, que separa os continentes; e foi revelada 
pelo semanário The European. Durante dois meses, 
cientistas britânicos, holandeses, alemães e franceses 
estudaram o fundo do mar, colhendo sedimentos, que 
estão hoje sendo analisados em laboratórios de seus 
países. 
O efeito do que está acontecendo com os con-
tinentes é semelhante ao de duas folhas de papel em-
purradas urna contra a outra. Uma (a Europa) acaba 
sendo forçada para cima, e outra (a África) para bai-
xo. Em termos reais, esse fenômeno vem tornando o 
 
Editora Exato 6 
Mediterrâneo mais profundo e as cadeias européias 
de montanhas, como os Alpes, cada vez mais altas. 
Mudanças climáticas na região mediterrânea 
também são previstas para longo prazo (algumas cen-
tenas de milhares de anos) em conseqüência da con-
vergência das duas placas tectônicas. Grécia, Itália e 
a região dos Bálcãs, em particular, ficarão mais quen-
tes e áridas no verão. 
Outra importante descoberta da expedição é o 
movimento feito por uma montanha submarina, cha-
mada Erastotenes, que se dirige lenta e irreversivel-
mente rumo ao Norte. O sedimentologista Alan 
Kemps, da Universidade de Southampton, na Ingla-
terra, um dos membros da expedição, explica que por 
trás desse fenômeno está a criação da ilha de Chipre, 
há 1,5 milhão de anos. 
Amostras sedimentares colhidas dessa monta-
nha, típicas da plataforma continental norte-africana, 
comprovam que originalmente Erastotenes era ligada 
ao Egito. Seu contínuo deslocamento poderá, no futu-
ro, provocar o surgimento de novas ilhas na região 
mediterrânea e o posterior encolhimento da superfície 
do mar. 
O estudo também confirmou que o Mediterrâ-
neo nem sempre esteve coberto de água. "Podemos 
afirmar que havia períodos em que o Mediterrâneo 
ficava completamente seco, transformando-se numa 
grande plataforma de sal", explica Jim Briden, diretor 
do comitê executivo do Ocean Drilling Programme, 
que coordenou a expedição. 
O fenômeno poderá se repetir com a contínua 
colisão das placas dos dois continentes. Se o movi-
mento continuar nos níveis atuais, em dois milhões 
de anos (relativamente pouco tempo tratando-se da 
Terra), África e Europa estarão unidas no Estreito de 
Gibraltar. 
GUERRA, Kido. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 26 fev. 1996. p. 22. 
ESTUDO DIRIGIDO 
1 O objetivo da geografia é o estudo do espaço ge-
ográfico, espaço este físico e social,buscando de-
terminar uma compreensão das transformações 
que alteram e condicionam esse espaço de inter-
relações humanas. Durante a evolução da geogra-
fia, surgiram duas grandes formas de estudo, a 
geografia tradicional e a crítica. Determine as 
principais diferenças entre elas. 
 
2 Destaque a diferença conceitual entre lugar e pai-
sagem na geografia. 
 
3 Explique como ocorreu o processo da Deriva 
Continental ou Translação Continental 
 
4 O planeta Terra executa vários movimentos im-
portantes para a manutenção do equilíbrio e da 
vida no planeta. Destaque as principais conse-
qüências dos movimentos de rotação e translação 
da Terra. 
 
5 Entre as teorias que explicam os movimentos dos 
planetas no sistema solar está a teoria heliocêntri-
ca. Apresente os principais pontos dessa teoria. 
 
EXERCÍCIOS 
1 Sobre os conceitos de lugar e paisagem, analise 
as questões abaixo, inserindo C ou E: 
1111 A paisagem é algo estático, que nunca altera. 
2222 Paisagem é a união de fatores naturais aliados 
a fatores criados pelo homem. 
3333 Lugar é um espaço vivenciado. 
4444 Lugar é a mesma coisa que paisagem. 
5555 Hoje ainda existem paisagens que não foram 
destruídas pelo homem. 
 
2 Sobre o objeto de estudo da geografia o espaço, 
destaque a opção incorreta: 
a) O espaço é estudado na parte física e social. 
b) Busca-se entender as transformações que alte-
ram e condicionam esse espaço. 
c) O termo geografia vem do grego e significa 
descrição da terra, esse é objetivo hoje da geo-
grafia, descrever as paisagens da terra. 
d) A geografia trabalha hoje com a análise da so-
ciedade, buscando entender as transformações 
espaciais, nos seus vários ramos, como o soci-
al, o político, o ambiental, o econômico, dentre 
outros. 
e) A sociedade hoje participa ativamente da cons-
trução do espaço. 
 
3 São considerados significados de espaço, exceto: 
a) espaço sideral. 
b) espaço socioeconômico.c) espaço virtual. 
d) espaço como conceito físico, referente a lugar. 
e) espaço plenamente natural, onde não existe a 
presença direta ou indireta do homem. 
 
4 Analise as questões abaixo sobre as formas de 
divisão do espaço e determine V (verdadeiras) e 
F (falsas). 
1111 O espaço pode ser dividido em continentes, 
como no caso de Ásia, Europa, África, Ocea-
nia e América. 
 
 
 
Editora Exato 7 
2222 Pode ser dividido em espaço socioeconômico, 
como no caso dos países desenvolvidos e sub-
desenvolvidos. 
3333 Pode ser dividido em espaços culturais e reli-
giosos – mundo cristão e mulçumano. 
4444 Pode ser dividido em aspectos climáticos e de 
vegetação. 
5555 Pode ser dividido segundo organizações eco-
nômicas, como os blocos econômicos. 
 
5 A terra executa um movimento ao redor do sol 
que possui duração de 365 dias e 6 horas, essas 6 
horas são acrescidas no mês de fevereiro de qua-
tro em quatro anos. Esse ano especial é chamado 
de bissexto, sendo que o mês de fevereiro nesse 
ano especial passa a possuir 29 dias. A pessoa 
que venha a nascer nesse dia deve ser registrada 
no dia 28 de fevereiro ou no dia 1º de março. De-
termine qual o nome do movimento que a terra 
executa em torno do sol: 
a) Separação. 
b) Revolução. 
c) Transformação. 
d) Condição. 
e) Translação. 
 
6 Dentre as opções abaixo, qual não é considerada 
uma fase da lua? 
a) Crescente. 
b) Cheia. 
c) Minguante. 
d) Nova. 
e) Bonita. 
 
7 O que vem a ser a teoria da deriva continental? 
a) Movimento que a terra executa em torno dela 
mesma. 
b) Movimentos internos da terra. 
c) Teoria que explica a formação dos continentes, 
a partir de uma massa única, chamada de pan-
géia, depois se dividindo em duas conhecidas 
por Laurásia e Gondwana e posteriormente 
formando a organização continental que nós 
conhecemos. 
d) Teoria que explica a formação dos planetas. 
e) Mecanismo de análise do fundo dos oceanos. 
 
8 Sobre o Big Bang, é correto afirmar: 
a) Foi uma grande explosão que ocorreu em uma 
usina nuclear brasileira. 
b) Teoria que explica a formação do universo, a 
partir da explosão do átomo inicial. 
c) Nome que caracterizou a II guerra mundial. 
 
d) Nome de um míssil construído pelo Brasil. 
e) Teoria que explica a guerra entre judeus e pa-
lestinos. 
 
9 São conseqüências da rotação-movimento que 
terra executa em torno dela mesma, exceto: 
a) Dias e noites. 
b) Movimento das Marés. 
c) As estações do ano. 
d) Diferentes horários (fusos horários). 
e) Movimento das massas de ar (ventos). 
 
GABARITO 
Estudo Dirigido 
1 Geografia Tradicional: esse ramo da geografia 
trabalhava com a idéia de que o ambiente natural 
determinava as características da sociedade. Essa 
vertente trabalhava com a descrição da natureza, 
relacionando muito pouco o papel ativo do ho-
mem no meio; Geografia Crítica: também co-
nhecida como geografia marxista, busca explicar 
a atuação do homem no meio geográfico, pelo 
aspecto das transformações sociais. O objetivo é 
integrar a relação entre trabalho, sociedade e na-
tureza, buscando diferenciar os espaços construí-
dos segundo os interesses da sociedade vigente. 
Esse ramo da geografia possui um caráter mais 
analítico e politizador. 
2 
Paisagem: uma imagem vista e percebida pelo 
homem. As paisagens podem retratar aspectos natu-
rais e físicos, aspectos históricos, socioculturais e e-
conômicos, ou apresentar uma interação desses 
fatores que formam o espaço cultural. (Paisagem ge-
ográfica). 
Lugar: caracteriza-se como espaço vivenciado, 
local onde se cria uma identidade. Na nossa casa te-
mos o nosso lugar preferido, esse lugar pode ser o 
quarto. Nesse lugar nós vivenciamos e nos identifi-
camos. 
3 Essa teoria foi formulada por Alfred Wegener 
(também é conhecida como teoria de Wegener). 
Segundo a teoria, os continentes movimentam-se 
não apenas no sentido vertical, mas também no 
sentido horizontal. Wegener admitiu que inicial-
mente havia apenas um único bloco continental, 
chamado de pangéia (pan=todo e gea=terra). A 
partir de então, a crosta foi fragmentada por mo-
vimentos internos, iniciando a formação de dois 
grandes blocos continentais: um chamado de 
Laurásia, que englobava a América do Norte e 
Eurásia e a região Ártica; o outro chamado de 
Gondwana, que agrupava a África, Antártica, 
América do Sul, Oceania e inicialmente a Índia. 
 
Editora Exato 8 
Posteriormente, com o movimento das massas 
continentais, a Índia chocou-se com a Ásia, e as 
Américas separaram-se da Europa e África, for-
mando a configuração atual dos continentes. Essa 
teoria foi formulada em 1912 e não foi aceita no 
período por não ter forte embasamento científico. 
Atualmente possui respaldo. 
4 Rotação; Principais conseqüências desse movi-
mento: 
� Dias e noites; 
� Movimentos das massas de ar (ventos); 
� Movimento das Marés; 
� Diferentes horários (fusos horários); 
� Achatamento dos pólos e dilatação da parte 
central. 
Translação: 
� As estações do ano. 
� Ângulo de inclinação dos raios solares. 
5 Sistema determinado por Nicolau Copérnico. De-
terminava na sua tese que o centro do nosso sis-
tema era o Sol e todos os planetas giravam em 
torno dele, formando órbitas circulares. Atual-
mente é o sistema aceito, fazendo a devida corre-
ção em relação à órbita, que não é circular e, sim, 
elíptica. 
Exercícios 
1 E, C, C, E, C 
2 C 
3 E 
4 C, C, C, C, C 
5 E 
6 E 
7 C 
8 B 
9 C