Relatório 6 Relatório 5 Determinacão da CMC por Condutimetria UFC 2016.2

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Turma A1 	Curso de Farmácia	Disciplina de Fisico-quimica 
Relatório de Determinação da Concentração Micelar Crítica de Surfactantes por Condutimetria
ISSN 18088449		Universidade Federal do Ceará /2016.11
Darlan Brasileiro de Araújo 375496
Universidade Federal do Ceará – Curso de Farmácia
darlan.brazilian@gmail.com
Objetivo
Determinar, graficamente, a concentração micelar crítica de um surfactante por condutimetria. 
Procedimento Experimental
	Foi preparada uma solução estoque de 100 mL de dodecilsulfato de sódio (SDS) a 30 mM e colocada em uma bureta de mesma capacidade. Em seguida usou-se um bécher com 50 mL de água destilada para que, com as devidas orientações dadas sobre a utilização do condutivímetro, fosse medida a condutância inicial dessa primeira amostra e registro da mesma. Em seguida os alunos se revezaram em adicionar, aos 50 mL de água destilada iniciais, 2 mL da solução na bureta por vez para fazer uma medição do valor de condutância da nova solução acompanhando o aumento das concentrações de surfactante. Os volumes de solução SDS adicionados foram 2 mL, 4 mL, 6 mL, 8 mL, 10 mL, 12 mL, 14 mL, 16 mL, 18 mL, 20 mL, 22 mL, 24 mL, 26 mL, 28 mL, 30 mL, para que após colhidas as medições fossem calculados os valores de concentração em cada um dos volumes citados anteriormente, além do registro da condutância observada e do cálculo da condutância final para construção do gráfico de determinação da concentração micelar crítica nas misturas.
Resultados e Discussão
A temperatura ambiente registrada foi de 24,0º.
O volume inicial de água foi de 50 mL
A concentração de surfactante na solução estoque era de 30 mM.
A condutância inicial da água (Li) era de 5,76 μS (unidade microsiemens). Esse valor será usado para o cálculo da condutância final,
	Lf = Lobs - Li
Onde Lf é a condutância final, Lobs é a condutância medida diretamente a partir do condutivímetro, e Li é a condutância da substância padrão, no caso, a água destilada.
Para o cálculo da concentração de surfactante foi utilizada a fórmula
C1 x V1 = C2 x V2
Onde C1 e C2 são as concentrações iniciais e finais, respectivamente e V1 e V2 os valores dos volumes iniciais e final, respectivamente.
Por exemplo, para o cálculo da concentração de surfactante em 2 mL de substância, calcula-se:
C1 x V1 = C2 x V2
30 mM x 2 mL = C2 x 52 mL
C2 = 1,15 mM.
Já no cálculo da condutância final (Lf), pode-se exemplificar:
Lf = Lobs - Li
Lf = 90,5 – 5,76
Lf = 84,74
	V (mL)
	C (mM)
	Lobs (μS)
	Lf (μS)
	2
	1,15
	90,5
	84,74
	4
	2,22
	163,9
	158,1
	6
	3,21
	238
	232
	8
	4,14
	290
	284
	10
	5,00
	338
	332
	12
	5,80
	377
	371
	14
	6,56
	411
	405
	16
	7,27
	440
	434
	18
	7,94
	472
	466
	20
	8,57
	494
	488
	22
	9,16
	515
	509
	24
	9,73
	536
	530
	26
	10,26
	555
	549
	28
	10,77
	571
	565
	30
	11,25
	589
	583
	Com o aumento das concentrações de surfactante observou-se um proporcional aumento da condutância elétrica da água, o que pode ser justificado já que com a adição da mistura de SDS e os monômeros presentes na substancia assumindo uma posição de eletrólitos fortes é registrado esse maior potencial de condutibilidade da solução. Porém ao se chegar a determinadas concentrações de surfactante a formação de micelas faz com que seja diminuído o incremento da conduntividade na solução. O ponto que marca a transição entre a reta de ascensão da condutância e o desvio que ela sofre ao serem administradas quantidades demasiadas de surfactante é chamado de concentração micelar crítica, pois tal ponto mostra até que quantidade de tensoativos é eficiente em uma amostra.
Conclusão
		
A técnica de condutimetria é de grande importância e constante utilização em práticas laboratoriais, tendo a básica, porém fundamental, função de atestar a qualidade da água para utilização nos mais diversos experimentos, de fins acadêmicos a industriais. Com o presente relatório pode-se observar a simplicidade e eficiência do condutivímetro, um instrumento básico para criação de qualquer laboratório.
Referências
MANUAL de práticas: Disciplina: Físico - Química aplicada à Farmácia. Ceará: Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Química Analítica E Físico- Química, 2009.2.