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PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 4
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
 		TICIO, brasileiro, casado, engenheiro, portador do documento de identidade nº…, inscrito no CPF/MF sob o nº… , residente e domiciliado na Rua… , nº… Bairro… Cidade/Estado, por seu advogado infra assinado, inscrito na OAB nº…, com endereço profissional na Rua…, nº… Bairro… Cidade /Estado, CEP:… , local indicado para receber intimações (art. 106, do CPC/2015), vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art.5º, LXXII, da Constituição Federal de 1988 e Lei 9.507/1997,  impetrar
HABEAS DATA
 Em face do ato praticado pelo MINISTRO DE ESTADO DE DEFESA, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
DA COMPETÊNCIA
O artigo 105, I, “b”, da Constituição Federal, bem como o artigo 20, I, “b”, da Lei 9507/97, estabelece que: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça, processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Superior Tribunal de Justiça.
DO INTERESSE DE AGIR
Nos termos do art.8º, parágrafo, único da Lei 9507/1997, comprovado o interesse de agir do Impetrante, legitimador do presente Habeas Data, pois junta-se cópia do anterior indeferimento do pedido à ficha de informações pessoais, no período em que, impetrante foi monitorado pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, como se verifica nos documentos juntados, a atitude da Autoridade Coatora viola flagrantemente, o direito do Impetrante em ter acesso, às suas informações pessoais e, portanto, de seu pessoal interesse, que estão nos arquivos públicos do período em que foi monitorado e preso para averiguações.
DOS FATOS
O Impetrante na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações, sendo seus movimentos monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. 
O Impetrante no ano de 2010, requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas sendo este ato decisório lastreado pelo Ministro de Estado da Defesa, pela necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos.
Resta claro o arbitrário indeferimento por parte do impetrado. Sendo assim, não vislumbrou outra alternativa a não ser a propositura da presente ação para ver satisfeito um direito constitucional que lhe assiste.
DO DIREITO
Conforme se depreende, o Habeas Data é concedido para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público como estabelece o artigo 5º, LXXII, da CRFB/1988. No mesmo sentido é a redação do art.7º, da Lei 9507/1997. De outra banda o artigo 5º, XIV da CRFB/1988 diz que é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
Ademais, o artigo 37, caput da CRFB/1988, assenta que administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
 	E certo que houve desrespeito aos dispositivos constitucionais ora elencados, pois ainda que haja ressalva do sigilo imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, não se pode confundir a preservação das atividades do Estado, com o direito, também, constitucional de ter-se acesso, somente, às suas informações pessoais, de interesse claramente particular, assim sendo não assegurando ao cidadão o direito a informação como dispõe o artigo 5 º, X da CRFB/1988. 
A matéria é pacífica e não encanta o debate, valendo conferir ainda a ementa abaixo transcrita:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. OBTENÇÃO DE CERTIDÃO. FISCALIZAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS. INTERESSE PARTICULAR OU COLETIVO. DIREITO À INFORMAÇÃO. SEGURANÇA CONCEDIDA. PROVIMENTO NEGADO. 1. O art. 5º, XXXIII, da CF/88 assegura o direito à informação de interesse particular, como o exercício do direito de petição perante a própria Administração Pública ou a defesa de um direito individual perante o Judiciário, ou de interesse coletivo, como a defesa do patrimônio público, desde que respeitados o direito à intimidade e as situações legais de sigilo. 2. Na espécie, inexiste justificativa para não se conceder a certidão solicitada, pois o caso não envolve informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 3. O não fornecimento da certidão pleiteada constitui ilegal violação de direito líquido e certo do impetrante de acesso à informação de interesse coletivo, assegurado pelo art. 5º, XXXIII, da Constituição Federal e regulamentado pela Lei n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação)”. 4. Agravo regimental não provido. STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA AgRg no RMS 29489 RJ 2009/0089431-9 (STJ) - Data de publicação: 30/03/2015
O sigilo estaria preservado assim como o respeito à Lei, pois o acesso pretendido o é somente dos dados pessoais do Impetrante, não havendo pedido para acesso de dados de terceiras pessoas constante dos arquivos públicos do período desejado.
Resta patente que o ato denegatório no fornecimento de informações do Impetrante, inclusive com o esgotamento da via administrativa, se mostra ilegal e abusivo, já que é contrário aos dispositivos Constitucionais que garantem o direito de acesso à informação de dados do Impetrante.
	Desta forma, conforme demonstrado o impetrante teve seu pedido indeferido, conforme documentação em anexo, em todas as instancias administrativas, comprovando o requisito essencial para a impetração da presente ação como dispõe o art. 8º da Lei 9507/97.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
 a) a notificação da autoridade coatora, para que, querendo, no prazo legal, preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo 9º da Lei nº 9.507/97; 
b) a procedência do pedido de habeas data, para que seja assegurado ao Impetrante o acesso às informações de seu interesse;
c) a intimação do Ilustre Membro do Ministério Público, na forma do artigo 12 da Lei nº 9.507/97.
DAS PROVAS
Requer a análise das provas anexadas a presente ação.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) artigo 291, do CPC/2015.
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB/UF n.

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