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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE PETRÓPOLIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Industria de Doces  Algodão de Açúcar Ltda., representada por seu administrador, com sede na Rua____, Bairro____, cidade de São Paulo – SP, por seu advogado inscrito na OAB/____ sob____, que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), com endereço na Rua ..., Bairro ..., local indicado para receber intimações (art. 39 do Código de Processo Civil), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente 
Execução de Título Extrajudicial
pelo rito ordinário, em face de Sonhos Encantados Comércio de Doces Ltda., com endereço (endereço completo), inscrita no CNPJ sob o nº ....., estabelecida no endereço ...., pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz.
DOS FATOS
A Autora é credora da empresa Ré, por meio de uma duplicata de venda de mercadorias, não aceita por esta, e vencida em 02/02/2011, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Ocorre que, não obstante a duplicata em questão ter sido remetida à Ré dentro do prazo legal de 10 (dez) dias (artigo 7º da Lei 5.474/68) e, ainda, em que pesem não restarem configuradas qualquer das hipóteses permissivas de recusa de aceite (artigo 8º da Lei 5.474/68), a Ré recusou-se a proceder ao aceite e nem tampouco justificou sua conduta. 
Diante da recusa injustificada da Ré, a empresa Autora efetivou o devido protesto de título por falta de pagamento (artigo 13 da Lei 5.474/68).
Impende ressaltar que a Autora detém o canhoto da correspondente fatura, assinado por preposto da devedora Ré, dando conta do recebimento da mercadoria, o que afasta qualquer alegação de não recebimento da mercadoria.
Desta feita, não restou outra alternativa à Autora senão escudar-se perante o Poder Judiciário.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
1. DA OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS ESTABELECIDOS PELA LEI DAS DUPLICATAS (Lei 5.474/68)
Como é cediço, na hipótese da duplicata, o aceite é obrigatório, cabendo sua recusa em apenas três situações previstas em lei (artigo 8º da Lei 5.474/68), quais sejam: não recebimento da mercadoria ou mercadoria recebida com avarias (inciso I), vícios na qualidade ou na quantidade das mercadorias (inciso II) e divergência no prazo e preço ajustados (inciso III).
Não se vislumbrando a ocorrência de qualquer dessas situações, o aceite da duplicata é obrigatório.
Todavia, inexistindo o aceite, para ganhar força executiva, a cobrança da duplicata demandará, conforme estabelece o artigo 15, inciso II, alíneas "a", "b", e "c", da Lei 5.478/68, a presença concomitante do protesto, do documento comprobatório da entrega da mercadoria e da inexistência de motivos legais para a recusa do aceite. 
Na hipótese sub examine, os requisitos para cobrança judicial da duplicata sem aceite restam cabalmente demonstrados, senão vejamos.
O competente protesto de título por falta de pagamento foi realizado, conforme comprovam os documentos acostados às fls....
De igual forma, existe documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria (fls ....), tal como exige a lei.
Por derradeiro, a empresa Ré não recusou o aceite no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos artigos 7º e 8º da Lei 5.474/68.
Os requisitos retro listados são exatamente aqueles exigidos pelos tribunais para casos como o da hipótese vertente:
Apelação Cível. Execução de Título Executivo. Embargos à Execução. Protesto de Duplicata sem aceite. A execução de duplicata sem aceite vem prevista no art. 15, inciso II, da Lei das Duplicatas, o qual fixou os requisitos indispensáveis de constituição do titulo executivo. Prova da entrega da mercadoria e da prestação do serviço. Ausência de prova do fato constitutivo do direito. Artigo 333, I do CPC. Prova robusta de que as mercadorias foram entregues. Assinaturas nas notas fiscais. Sentença de improcedência que não merece qualquer reparo. Precedentes citados: 0014226-35.2007.8.19.0042 - APELAÇÃO-DES. LETICIA SARDAS - Julgamento: 24/05/2012 - VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL. 0009120-53.2010.8.19.0021 - APELAÇÃOO- DES. MYRIAM MEDEIROS - Julgamento: 21/03/2012 - QUARTA CÂMARA CÍVEL.DESPROVIMENTO DO RECURSO. 
(Apelação Cível nº 0116188-88.2011.8.19.0001, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Nona Câmara Cível, Des. Regina Lucia Passos, Julgamento: 17/07/2012) 
AGRAVO INOMINADO NA APELAÇÃO CÍVEL. DUPLICATA. REQUISITOS. COMPROVANTE DE ENTREGA. 
1. A duplicata sem aceite, para valer como título executivo extrajudicial, precisa preencher os requisitos exigidos no artigo 15, inciso II, alíneas "a", "b", e "c", da Lei 5.478/68. Doutrina e precedentes.
2. Prova do protesto e de entrega das mercadorias. Precedentes.
3. Presunção não afastada de que as assinaturas constantes nos recibos de entrega de mercadoria sejam do preposto do sacado. Ausência de impugnação ou de prova de falsidade.
4. Recurso não provido.
(Agravo Inominado na apelação cível nº 0034945-06.2008.8.19.0203, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Décima Quarta Câmara Cível, Des. José Carlos Paes, Julgamento: 19/05/2010) 
Por conseguinte, resta patente que o Autor procedeu às exigências impostas pela Lei 5.474/68 para abertura da execução, vislumbrando-se, por via de consequência, a perfeição formal do título. 
2. DA CONFIGURAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS DA EXECUÇÃO FORÇADA 
A admissibilidade da execução forçada exige a concorrência de dois pressupostos: o inadimplemento do devedor (artigo 580, CPC) e o título executivo, judicial ou extrajudicial (artigo 475-N e artigo 585, CPC).
Para que o título tenha força executiva, não basta a sua denominação legal. É indispensável que, por seu conteúdo, se revele uma obrigação certa, líquida e exigível, como dispõe textualmente o artigo 586 do CPC. 
No que toca aos elementos que asseguram a abertura da atividade executiva – certeza, liquidez e exigibilidade –, leciona Humberto Theodoro Júnior, citando Carnelutti:
O direito do credor “é certo quando o título não deixa dúvida em torno de seu objeto, líquido quando o título não deixa dúvida em torno de seu objeto; exigível quando não deixa dúvida em torno de sua atualidade”
(THEODORO JÚNIO, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Processo de Execução e Cumprimento da Sentença. Processo Cautelar e Tutela de Urgência. Rio de Janeiro: Forense, 2007)
Na hipótese vertente, dúvidas não pairam quanto à certeza da obrigação, consubstanciada na duplicata cuja perfeição formal decorre da observância dos requisitos impostos pela lei de regência (Lei 5.474/68).
Outrossim, verificam-se os elementos da liquidez e da exigibilidade, porquanto da análise da cambial em questão extraem-se, respectivamente, a importância da prestação (quantum) e a ocorrência do vencimento da dívida.
Diga-se que a exigibilidade da prestação relaciona-se com a idéia de inadimplemento, de maneira que, vencida a dívida sem que o pagamento dependa de termo ou condição nem esteja sujeito a outras limitações, configurados o descumprimento da obrigação pelo devedor e a exigibilidade da dívida. É o que se observa na hipótese dos autos.
Desta feita, as provas carreadas aos autos revelam-se suficientes para a abertura da execução, incumbindo ao Réu o ônus da prova em contrário, isto é, a demonstração de inexistência da cambial em que se funda a presente ação e/ou da inocorrência do inadimplemento do devedor.
	
3. DAS CONSEQUENCIAS DO INADIMPLEMENTO DE OBRIGAÇÃO CAMBIAL: DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR E DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL DO DEVEDOR
Ao assumir uma obrigação, o devedor contrai para si uma dívida e para seu patrimônio, uma responsabilidade.
A dívida é normalmente satisfeita pelo cumprimento voluntário da obrigação pelo devedor. A responsabilidade patrimonial atua no caso de inadimplemento, sujeitando os bens do devedor à execução forçada, que se opera através do processo judicial.
Assim, no caso em apreço, diante da inércia do devedor para o adimplemento da obrigação assumida, impõe-se a devida execução por quantia certa com vistas à expropriação de bens do devedor para satisfação do credor (artigo 646e ss. do CPC).
Nessesentido, estabelece o artigo 591 da legislação processual que “o devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei”.
Ainda, com vistas a conferir maior celeridade processual à ação executiva, autoriza o parágrafo 2º do artigo 652 do CPC a indicação, pelo credor, dos bens a serem penhorados, já na peça exordial.
Por consectário lógico das razões retro expostas, temos que, in casu, se do direito creditício do Autor surgiu um dever para o Réu devedor, da obrigação não adimplida surgiu uma responsabilidade para o patrimônio deste, autorizando a execução forçada contra o inadimplente como sanção legal, sanção esta que deverá se processar por meio da expropriação dos bens do Réu até a satisfação do direito do Autor exequente.
DO PEDIDO
Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
1. Citação para pagamento no prazo de 3dias (art. 652-A,§1º), sob pena de serem penhorados tantos bens quanto bastem para a satisfação do crédito, indicando, desde já, os bens do devedor suscetíveis de constricção (art. 653, CPC, art.652,CPC);
2. Condenação nas verbas sucumbenciais (art. 19, CPC);
DO TÍTULO EXECUTIVO
Junta à presente peça exordial, a cambial protestada por falta de aceite e pagamento com o comprovante da entrega da mercadoria
VALOR DA CAUSA
Dá à causa valor R$ ... (art. 259, inciso I do Código de Processo Civil)
Termos em que espera deferimento.
Rio de Janeiro, ... de ........ de 2012.
____________________________
Nome do advogado – OAB/RJ nº ....

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