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[RELATÓRIO] Identificação de sólidos - Extração, Recristalização, Ponto de Fusão, Solubilidade e Spot-test

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Universidade Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Química 
Professora: Débora de Almeida Azevedo
Disciplina: IQO – 130 (Química Orgânica Experimental I)
Aluna: Lidiane Moraes da Silva 
1. Introdução
1.1. Extração ácido-base.
Extração ácido-base é um método utilizado para separar e purificar misturas contendo ao menos uma substância com característica ácida ou básica, baseando-se na transferência de um soluto de um meio para um solvente. Nesse processo, utiliza-se um solvente para solubilizar a amostra inicialmente e em seguida adiciona-se uma solução de um ácido ou base concentrada para que esta interaja com a base ou com o ácido da amostra. Por conseguinte, com o auxílio de um funil de separação, as duas fases que serão formadas são separadas. A fase menos densa – que estará, portanto, na parte superior – é a fase que contém o ácido, ou a base, da amostra, também chamada de fase aquosa, enquanto a fase mais densa é chamada de fase orgânica.
Uma vez separadas, as fases orgânica e aquosa devem ser separadas de seus solventes. Isso pode ser feito através da adição de um reagente para que ocorra a precipitação ou através da evaporação do solvente. Dessa forma, os sólidos presentes na amostra original serão recuperados.
Para compreender o funcionamento desse método, é necessário compreender como ocorre a interação entre o ácido ou a base forte adicionada ao sistema, e a parte ácida ou básica da amostra a ser separada. Supondo que se deseja fazer uma extração em que um dos componentes da amostra é o ácido benzóico, após a adição do solvente que solubilize toda a amostra, adiciona-se um pouco de solução de NaOH concentrado e a seguinte reação ocorre.
Figura 1 - Reação entre ácido benzóico e hidróxido de sódio
Essa reação possibilita que a parte ácida da amostra se separe da parte neutra, tornando a extração possível. 
O objetivo desse experimento é separar os dois componentes sólidos (um ácido e um neutro) presentes na Amostra 4.
1.2. Recristalização
A recristalização é uma técnica utilizada na purificação de compostos que é baseada na diferença de solubilidade do composto em questão num solvente em temperatura ambiente e em temperaturas mais elevadas. Dessa forma, a escolha do solvente torna-se essencial, pois é importante que o composto seja insolúvel, ou pouco solúvel, em temperatura ambiente e muito solúvel em temperaturas mais altas. 
Figura 2 – Gráfico de solubilidade por temperatura ilustrando a escolha e um bom solvente.
A escolha do melhor solvente para a recristalização é feita testando a solubilidade de uma pequena quantidade da amostra (um cristal) em um microtubo. Em seguida a amostra é solubilizada no solvente escolhido, mantendo o sistema aquecido, e então é feita a filtração e aguarda-se a precipitação do sólido anteriormente solubilizado.
É importante ressaltar, que após a filtração a quente, a recristalização deve ocorrer de forma lenta para que a qualidade do cristal seja a melhor possível. Um resfriamento rápido contribui para o arraste de impurezas, o que diminui a eficácia desse método.
O objetivo desse experimento é purificar os sólidos provenientes das fases orgânica e aquosa da amostra 4, para que os testes de identificação posteriores possam ser realizados com maior acurácia.
1.3. Ponto de Fusão
O Ponto de Fusão é uma propriedade física de uma substância, corresponde à temperatura em que ocorre a mudança do estado sólido para o líquido. O processo de fusão se dá pela adição de calor e não é instantâneo, por esse motivo, durante a fusão coexistem as fases sólida e líquida no sistema.
É importante ressaltar que, quando uma substância pura passa pelo processo de fusão, sua temperatura permanece constante (sendo aceitável a variação de ±1°C), até que todo o material passe para o estado líquido, só então a temperatura volta a aumentar. Quanto mais impura é a amostra em questão, maior será sua faixa de fusão. No entanto, experimentalmente, eventuais erros ou imprecisões nos métodos utilizados podem dificultar na determinação do valor dessa propriedade.
Vale salientar ainda, que essa propriedade pode ser determinada com uma pequena quantidade de cristais da substância de interesse. A vantagem desse fato é que com menos matéria, o tempo para que a fusão aconteça se torna menor, pois a energia necessária para que o processo ocorra também diminuirá.
O objetivo desse experimento é determinar o ponto de fusão dos dois componentes da amostra 4, já separados e purificados.
1.4. Spot Test
O termo “spot-test” é usado para nomear procedimentos químicos simples e rápidos utilizados para identificar uma substância. Uma parte da amostra de análise é aplicada no vidro de relógio e um reagente específico é adicionado. O reagente varia conforme o teste de interesse. A alteração de cor no sistema indica presença do tipo de composto pesquisado, enquanto a não alteração de cor indica ausência.
Existem diversos tipos de spot-test, no entanto, neste experimento, serão realizados apenas dois deles: Le Rosen e 2,4-dinitrofenilhidrazina.
1.4.1. Le Rosen
O teste de Le Rosen é um meio de identificar espécies aromáticas. Os reagentes utilizados são metanal e ácido clorídrico (proveniente de uma solução concentrada). 
Figura 3 – Teste de Le Rosen
O objetivo desse experimento é verificar a presença ou ausência de anel aromático nas estruturas dos componentes da Amostra 4. 
1.4.2. 2,4-dinitrofenilhidrazina
Esse teste é ideal para identificar aldeídos e cetonas e se utiliza a 2,4-dinitrofenilhidrazina como reagente. 
Figura 4 – Teste da 2,4-dinitrofenilhidrazina.
O objetivo desse experimento é verificar a presença ou ausência dos grupos funcionais aldeído e cetona nas estruturas dos componentes da Amostra 4.
1.6. Solubilidade
Solubilidade é um conceito relacionado à interação de uma determinada substância em um solvente. Quando um soluto se dissolve, suas moléculas ou íons se encontram distribuídas na solução de forma aproximadamente aleatória, envoltas pelas moléculas do solvente. 
A capacidade de interação entre as moléculas do soluto com as do solvente pode ser explicada pela polaridade, entretanto, esse não deve ser o único aspecto a ser considerado. Além de polaridade ser um aspecto muito relativo, fatores como acidez e basicidade também precisam ser considerados. Um ácido carboxílico que não seja solúvel em água pode se solubilizar em solução de hidróxido de sódio, por exemplo, neste caso ocorreria uma reação de neutralização formando um sal orgânico que permaneceria em solução. Da mesma forma que uma amina que não solubilize em água pode ser solúvel numa solução de ácido clorídrico concentrado.
Para os compostos orgânicos pode-se afirmar a presença de grupos funcionais possibilita um caráter polar a essas estruturas. Todavia, esse caráter polar só irá prevalecer se a parte apolar da molécula for pequena o suficiente. A diferença no tamanho da cadeia carbônica pode determinar se ele é ou não é solúvel em água, por exemplo, e o quão solúvel é.
Figura 5 – Marcha para a identificação de compostos pela solubilidade.
	S2
	Sais de ácidos orgânicos, hidrocloretos de aminas, aminoácidos, compostos polifuncionais com grupos funcionais hidrofílicos (carboidratos, poliálcoois, ácidos, etc.).
	SA
	Ácidos monocarboxílicos, com cinco átomos de carbono ou menos, ácidos arenossulfônicos.
	SB
	Aminas monofuncionais com seis átomos de carbono ou menos.
	S1
	Álcoois, aldeídos, cetonas, ésteres, nitrilas e amidas monofuncionais com cinco átomos de carbono ou menos.
	A1
	Ácidos orgânicos fortes: ácidos carboxílicos com mais de seis carbonos, fenóis com grupos eletrofílicos em posições orto e para, β-dicetonas.
	A2
	Ácidos orgânicos fracos: fenóis, enóis, oximas, imidas, sulfonamidas, tiofenóis com mais de cinco átomos de carbono, β-dicetonas, compostos nitro com hidrogênio em α, sulfonamidas.
	B
	Aminas alifáticas com oito ou mais carbonos, anilinas e alguns éteres.
	MN
	Diversos compostos neutros de nitrogênio ou enxofre contendomais de cinco átomos de carbono.
	N1
	Álcoois, aldeídos, metil cetonas, cetonas cíclicas e ésteres contendo somente um grupo funcional; éteres com menos de oito átomos de carbono; epóxidos.
	N2
	Alcenos, alcinos, éteres, alguns compostos aromáticos (com grupos ativantes) e cetonas (além das citadas em N1).
	I
	Hidrocarbonetos saturados, alcanos halogenados, haletos de arila, éteres diarílicos, compostos aromáticos desativados.
Tabela 1 – identificação dos compostos orgânicos por solubilidade
O objetivo desse experimento é verificar para quais solventes os componentes da Amostra 4 são solúveis ou insolúveis, para que seja possível identificar esses componentes.
1.7. Cromatografia em Camada Delgada
Cromatografia consiste num método de separação de uma mistura caracterizado pela passagem uma fase móvel sobre uma fase estacionária. Existem diversos tipos de cromatografia, o mais simples é a chamada cromatografia em camada delgada.
A Cromatografia em Camada Delgada é um tipo de cromatografia por adsorção em que a fase móvel é o solvente e a fase estacionária encontra-se adsorvida à superfície da placa. A fase estacionária é composta geralmente de sílica gel. E a fase móvel é composta pelo solvente escolhido.
Durante o processo a fase móvel elui por ação da capilaridade. Na presença de outras substâncias, estas também eluem, variando em altura dependendo de sua polaridade e do solvente usado. As substâncias mais apolares tendem a eluir antes das mais polares sobre a placa de sílica gel.
Figura 6 – Representação da placa utilizada na cromatografia antes, durante e após a eluição.
A análise qualitativa de uma substância é realizada através do seu fator de retenção (Rf). Calculado a partir da seguinte razão:
O fator de retenção facilita essas análises, pois ele não varia com diferentes condições de temperatura ou pressão. Para calculá-lo, é necessário contornar as manchas observadas no ultravioleta e marcar o centro de massa de cada uma delas. Em seguida, medir as distâncias indicadas na fórmula.
É importante ressaltar que, para amostras sólidas, é necessário solubilizá-las antes da aplicação na placa de sílica gel.
O objetivo desse experimento é determinar a composição da fase aquosa e orgânica a partir dos padrões presentes no laboratório.
Os experimentos anteriores possuem como objetivo adquirir informações sobre os componentes da amostra 4 de modo a identificá-los a partir dos resultados encontrados.
2. Material e Métodos
2.1. Extração
Béquer
Espátula
Proveta
Argola
Funil de separação
Funil de Buchner
Kitassato
Suporte
Mufa
Solução de NaOH concentrado
Solução de Clorofórmio
Solução de HCl concentrado
Amostra
Primeiramente a mufa foi presa ao suporte e a argola apoiada na mufa de modo que o funil de separação ficasse a uma altura ideal para que seu conteúdo fosse transferido ao béquer abaixo dele. Em seguida, verificou-se se o funil de separação provocava vazamentos ao colocar algum líquido em seu interior, como isso não acontecia, o funil pôde ser utilizado e foi, então, encaixado na argola.
A amostra recebida foi colocada no béquer com o auxílio de uma espátula e dissolvida em 30 ml de clorofórmio, adicionados de 10 em 10 ml medidos na proveta. Agitou-se a solução com bastão de vidro. Em seguida, a solução de NaOH foi adicionada ao béquer a fim de dissolver o ácido da amostra e transferiu-se a solução para o funil de separação.
Por conseguinte, o funil de separação foi tampado e agitado delicadamente segurando-o com as duas mãos. Para liberar a pressão, o funil foi ventilado segurando-o de cabeça para baixo (segurando a tampa firmemente) e abrindo vagarosamente a torneira. O ruído dos vapores saindo pela abertura pôde ser ouvido. O processo foi repetido três vezes. O funil foi então colocado na argola e a tampa foi removida.
Houve a formação de duas fases (uma aquosa e a outra orgânica). As duas fases puderam ser separadas uma da outra drenando primeiramente a fase orgânica, que por ser mais densa ficou na parte inferior do funil, num erlenmeyer. Quando a interface entre as fases superior e inferior começou a entrar na torneira, esta foi fechada. O béquer foi trocado para que a fase aquosa fosse armazenada. Esse procedimento foi repetido mais duas vezes com a fase orgânica, colocando sempre mais da solução de NaOH.
Para poder recuperar o ácido inicial, misturou-se a solução que continha a fase aquosa com ácido clorídrico concentrado e houve a precipitação do ácido inicial. Após a precipitação, a solução foi filtrada a vácuo, ligando o Kitassato à bomba de vácuo e encaixando o funil de Buchner, onde o papel de filtro foi colocado para reter o sólido. Depois da filtragem, os cristais foram envolvidos em um papel toalha.
Figura 7 – Equipamento para a filtração a vácuo.
A fim de recuperar o sólido proveniente da fase orgânica, uma parte da solução foi transferida a um vidro de relógio que foi deixado na capela para que o clorofórmio evaporasse. Colocou-se mais solução a medida que os cristais se formavam até que a maior quantidade possível de sólido fosse recuperada. Os cristais que ficaram no vidro de relógio foram, então, retirados com o auxílio de uma espátula e envolvidos no papel toalha.
2.2. Recristalização
Espátula
Béquer
Erlenmeyer
Papel de filtro
Funil de sólidos
Kitassato
Funil de Buchner
Etanol
Placa de Aquecimento
Microtubos
Primeiramente foram testados os solventes ideias para os sólidos provenientes da fase orgânica e da fase aquosa da extração feita anteriormente. Para isso, transferiu-se uma pequena quantidade da amostra a um microtubo e adicionou-se cerca de um terço do volume do microtubo em água, em seguida, agitou-se para verificar se o composto era solúvel a frio. O procedimento foi repetido utilizando etanol como solvente.
Uma vez verificada a insolubilidade dos compostos a frio, os microtubos contendo a amostra com o solvente foram colocados num béquer com água e o sistema foi aquecido com o auxílio da placa de aquecimento. Caso solúvel a quente, o solvente em questão será escolhido.
Realizada a escolha do solvente, transfere-se a amostra ao Erlenmeyer com o auxílio de um funil de sólidos e em seguida adiciona-se o solvente pouco a pouco, com agitação constante, posicionando o Erlenmeyer acima da placa de aquecimento. A solução do Erlenmeyer é então, transferida a outro Erlenmeyer, com o auxílio de um funil de sólidos e um papel de filtro. Aguardou-se então a recristalização pelo resfriamento (retirando o Erlenmeyer da placa de aquecimento).
Figura 8 – Filtração a quente
É importante ressaltar que o papel de filtro utilizado para a transferência da solução ao segundo Erlenmeyer foi pregueado, a fim de aumentar a superfície de contato com a solução e permitir uma filtração mais rápida.
Figura 9 – Como preguear um papel de filtro.
Ao final da recristalização, o sólido proveniente da fase aquosa foi filtrado a vácuo para retirar as impurezas presentes na água-mãe. Em seguida os cristais filtrados foram envolvidos com o papel de filtro utilizado no funil de Buchner e guardados.
Para a fase orgânica, utilizou-se o etanol como solvente, pois se observou que, apesar desse composto ser solúvel a quente, em água, sua precipitação quando o sistema resfriava era muito demorada. Então o composto foi solubilizado em etanol e em seguida realizou-se a evaporação do solvente com a placa de aquecimento. Ao final do processo, o sólido restante foi retirado com o auxílio de uma espátula e envolvido com papel toalha.
2.3. Ponto de Fusão
Capilares
Termômetro
Elástico de borracha
Tubo de Thiele (com óleo)
Suporte 
Garras
Mufas
Bico de Bunsen
Primeiramente, prende-se a mufa ao suporte para servir de apoio para a garra que prenderá o tubo de Thiele (com maior parte de seu volume ocupada pelo óleo). Deve-se fazê-lo de modo a deixar o tubo a uma altura acessível à chama que será produzida pelo bico de Bunsen. 
Em seguida, uma das extremidades de cada um dos capilares é fechada utilizandoa chama do bico de Bunsen para que o sólido da amostra possa se depositar em seu interior. Após a deposição de uma pequena parte da amostra, prende-se o capilar ao termômetro utilizando o elástico de borracha, de modo que a ponta do capilar que contem a amostra esteja na mesma altura do bulbo de mercúrio. 
Então, prendeu-se outra garra no suporte, através de outra mufa, para segurar o termômetro. Isso foi feito de modo a não deixar que a borracha entre em contato com o óleo. Por fim, iniciou-se o aquecimento, com a chama na direção da alça do tubo de Thiele. Os testes foram realizados três vezes a fim de aumentar a precisão.
Figura 10 – material utilizado para o experimento de ponto de fusão
2.4. Spot Test – Le Rosen
Vidro de Relógio
Pipeta
Etanol
Amostra
Solução de H2SO4 concentrado.
Formaldeído
Espátula
Uma pequena quantidade de cada amostra (ácida e neutra) foi transferida para vidros de relógio diferentes e solubilizada com etanol. Em seguida adicionaram-se algumas gotas de formaldeído e de ácido sulfúrico concentrado. 	
2.5. Spot Test – 2,4-dinitrofenilhidrazina
Vidro de Relógio
Pipeta
Etanol
2,4-dinitrofenilhidrazina
Espátula
Amostra
Uma pequena quantidade de cada amostra (ácida e neutra) foi transferida para vidros de relógio diferentes. Em seguida, adicionou-se uma gota de etanol e uma de 2,4-dinitrofenilhidrazina. 
2.6. Solubilidade
Hidróxido de sódio concentrado
Bicarbonato de sódio
Etanol
Hidróxido de sódio concentrado
Acetona
Microtubos
Espátula
Pipeta Pasteur
Um cristal de cada fase da amostra foi colocado em um microtubo, em seguida adicionou-se água até cerca de um terço do volume do microtubo. Agitou-se o sistema e verificou-se se ocorria a solubilização. O teste foi repetido para outros solventes (etanol, acetona, solução de hidróxido de sódio concentrado, solução de bicarbonato de sódio). 
2.7. Cromatografia em Camada Delgada
Capilares;
Placas de sílica gel;
Béquer;
Acetato de Etila;
Microtubos;
Etanol;
Pipeta Pasteur;
Amostra;
Padrões;
Proveta.
Vidro de relógio;
Preparam-se as placas de sílica gel com as amostras e padrões, antes solubilizados com etanol – aplicados com o auxílio de um capilar – a serem analisados, marcando uma distância de 50 mm das extremidades das placas para que uma delas sirva de referência para aplicar a amostra e os padrões e a outra para indicar quando finalizar o processo quando o solvente eluir até a altura indicada. 
Figura 11 – Preparação das placas para cromatografia em camada delgada. 
Com a pipeta, parte do solvente – acetato de etila – é transferida para a proveta para que possa ser levada ao béquer no qual ocorrerá a análise das amostras. O solvente é transferido ao béquer até completar uma altura de aproximadamente 50 milímetros. 
Deposita-se uma placa de sílica gel, com as amostras e padrões já aplicados, no béquer, cobrindo sua superfície com o vidro de relógio. É importante que, nesta etapa, a placa de sílica gel com alumínio se mantenha o mais próximo possível de uma posição vertical para que a análise seja mais acurada. É fundamental, ainda, que a placa se mantenha em equilíbrio durante o processo.
Figura 12 – Representação esquemática da unidade de cromatografia em camada delgada. 
Após o solvente eluir até a medida determinada, leva-se a placa até a câmara com luz ultravioleta para que se possa observar o deslocamento de cada componente analisado nos padrões e nas amostras. As manchas visualizadas são, então, contornadas com auxílio de lápis grafite, o centro de cada mancha é também marcado. 
Então, calcula-se o fator de retenção referente a cada aplicação para que os componentes das amostras possam ser identificados.
3. Resultados
3.1. Extração ácido-base
O final do processo resultou em dois sólidos brancos que seriam purificados e identificados nos testes posteriores.
3.2. Recristalização
Tabela 2 – Resultados de solubilidade da fase orgânica e aquosa para a escolha do melhor solvente para a recristalização.
	 
	Fase aquosa
	Fase orgânica
	Água (frio)
	Insolúvel
	Insolúvel
	Água (quente)
	Solúvel
	Solúvel
	Etanol
	Solúvel
	Solúvel
3.3. Ponto de Fusão
Tabela 3 – Testes de ponto de fusão para a fase aquosa
	Testes (Fase Aquosa)
	P.F.i (°C)
	P.F.f (°C)
	Valor Médio
	1
	120
	124
	122
	2
	121
	123
	122
	3
	121
	122
	121,5
	Média
	121,8
	Desvio Padrão
	 0,3
Tabela 4 – Testes de ponto de fusão para a fase orgânica
	Testes (Fase Orgânica)
	P.F.i (°C)
	P.F.f (°C)
	Valor Médio
	1
	115
	118
	116,5
	2
	115
	115
	115
	3
	113
	115
	114
	Média
	115,75
	Desvio Padrão
	 1,25
3.4. Spot Test
Tabela 5 – resultados para os spot-tests realizados com a fase aquosa e com a fase orgânica
	Fases
	Spot-Test
	
	Le Rosen
	2,4-dinitrofenilhidrazina
	Fase aquosa
	Negativo
	Negativo
	Fase orgânica
	Positivo
	Negativo
3.5. Solubilidade
Tabela 6 – solubilidades das fases aquosa e orgânica
	 
	H2O
	Etanol
	NaOH
	NaHCO3
	HCl
	Acetona
	Fase aquosa
	Insolúvel
	Solúvel
	Solúvel
	Solúvel
	-
	Solúvel
	Fase orgânica
	Insolúvel
	Solúvel
	-
	-
	-
	-
3.6. Cromatografia em Camada Delgada 
O teste de cromatografia em camada delgada não foi realizado corretamente por ausência de tempo, não sendo possível observar quaisquer resultados, já que a camada de sílica gel presente na placa foi desfeita, caindo em solução.
4. Discussão
Com base nos resultados de ponto de fusão, as possibilidades para a composição da fase aquosa, considerando um erro de 5°C a partir da média seriam: ácido benzóico (122,35°C), ácido pícrico (122,5°C) e β-naftol (121,5°C). As estruturas desses compostos estão representadas a seguir.
Figura 13 – Estruturas químicas do ácido benzóico, ácido pícrico e β-naftol.
Entretanto, sabe-se que a cor da fase aquosa da amostra é branca, eliminando a possibilidade de se tratar do ácido pícrico, que apresenta coloração amarelada. Além disso, o teste de solubilidade realizado constatou que o sólido em questão era solúvel em solução de NaHCO3, indicando se tratar de um ácido carboxílico, e não um fenol, o que elimina então, a possibilidade de se tratar do β-naftol, e confirma a impossibilidade de ser o ácido pícrico. Resta, portanto, o ácido benzóico.
Os resultados de ponto de fusão para a fase orgânica, por sua vez, indicam as seguintes possibilidades: acetanilida (114,3°C) e m-nitroanilina (113,4°C).
Figura 14 – Estruturas da acetanilida e da m-nitroanilina.
Os demais testes realizados não foram suficientes para que a distinção entre esses compostos pudesse ser feita experimentalmente. No entanto, uma consulta à literatura torna possível afirmar que não se trata de m-nitroanilina, uma vez que esse composto apresenta coloração amarelada, e a amostra apresentava coloração branca. Dessa forma, é possível afirmar que a fase orgânica da amostra era composta por acetanilida.
O resultado do spot-test de Le Rosen foi diferente do esperado – negativo, quando deveria ser positivo – para a fase aquosa. Todas as possibilidades para essa fase apresentavam anel aromático em sua estrutura e, no entanto, o teste não foi eficiente para que isso fosse detectado. Isso se deve ao fato desse tipo de spot-test não ser eficaz para alguns sólidos.
5. Conclusão
A amostra 4 continha ácido benzóico e acetanilida, os testes de identificação de compostos orgânicos se mostraram uma forma eficiente de determinar a composição da amostra. No entanto, apenas um tipo de teste não seria suficiente para que a afirmação fosse feita. Além disso, caso o número de possibilidades para a composição das amostras fosse maior, é possível que mesmo com todos os testes realizados não seja possível chegar a uma conclusão, nesse caso, seria necessário, por exemplo, a realização de uma cromatografia em camada delgada.
6. Referências
SHRINER, R.L., et al., The Systematic Identification of Organic Compounds. 8th Edition. Wiley. John Wiley & Sons.Inc. 2004.
PAVIA, D. I., LAMPMAN, G. M.. KRIZ, G. S., ENGEL, R. G. Química Orgânica 
Experimental: Técnicas em escala pequena. 2ª Ed. Bookman, 2009
LIDE, David L., Handbook of Chemistry and Physics 87th Edition. CRC Press. 2006-2007.
PERRY, H.P., CHILTON, C.H. (1973) Chemical Engineers Handbook, Mc Graw Hill.
EATON, D. C. Laboratory Investigations in Organic chemistry. McGraw-Hill, 1976.

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