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Sem Filmes Aula 4 - 02 XILOGRAVURA dia 01-03

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IMPRESSÃO COM MATRIZES EM RELEVO
XILOGRAVURA
Profa. Anna Maria Affonso dos Santos
http://www.centrovirtualgoeldi.com/paginas.aspx?Menu=agravura
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IMPRESSÃO EM RELEVO
Xilo (=madeira); matriz de madeira.
A xilogravura é a mais antiga gravura, a mais direta, e, em virtude da sua extrema simplicidade, é a forma mais democrática de um meio artístico. A madeira possui texturas que indicam sua idade e seu caráter, podem ser macias ou duras, com veios ou lisas. 
Na xilogravura as matrizes são cavadas. As áreas cavadas (rebaixadas) correspondem ao branco do papel e as áreas salientes recebem a tinta e a transfere para o papel.
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CARACTERÍSTICAS 
Sistemas de cortes da madeira: `A FIO (sentido favorável aos veios; madeira“deitada” em forma de tábua) e EM TOPO (contrário a fibra, placas cortadas transversalmente no tronco).
Diferenças entre as Madeiras: dureza, secagem, presença de nós e veios na superfície. 
Tipos de madeira: pereira, cerejeira e nogueira (sistema à fio), bucho (madeira mais dura, sistema em topo, para trabalhos mais precisos). 
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Gravura de topo em ipê amarelo
GRAVURA EM TOPO
Os modelados são obtidos por cortes paralelos e cruzados feitos com buris. 
Traço perfeito, minuciosos em diferentes tonalidades.
Gravura do século XVIII
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GRAVURA À FIO
Liberdade criativa, volta a simplicidade e arte primitiva. Valorização da textura da madeira e uso da cor em grandes áreas.
Oswaldo Goeldi. CHUVA, assinada xilogravura a cores, 2/12 22 x 29,5 cm, 1957. Coleção Frederico Mendes de Moraes
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FERRAMENTAS
 As ferramentas de corte são: goivas, facas e formões, para madeira de fio. Cada família de ferramentas tem aberturas variadas e são empregadas conjuntamente de modo a evitar um resultado estereotipado. Além disso, podem ser usadas lixas grossas para se obter efeitos especiais de texturas e massas, para deixar algumas áreas chapadas.
Faca: confere precisão e nitidez nos contornos.
Goiva em V: também serve para os contornos e para criar hachuras finas.
Goiva em U (arredondadas): utilizada em contornos sem a precisão proporcionada pelas facas e pelas goivas em V. Servem especialmente para abrir luzes nos fundos.
Formão reto: serve para desbaste de grandes áreas, deixando irregularidades na superfície, nos intervalos de cada corte.
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FERRAMENTA: BURIL
 Usados em xilogravura de Topo
Os buris de haste curva e ponta losangular são manejados com maior mobilidade em todas as direções. 
Buris retos dificultam as curvas, porém se adaptam às linhas longas.
Os buris de seção triangular também, servem à gravação de linhas.
O buril de ponta arredondada desbasta fundos e produz texturas aproximadas à gravura de fio. 
Os meios-tons são feitos com buris raiados, os quais possuem linhas paralelas em sua base. A quantidade de linhas dos raiados varia de acordo com a numeração.
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TINTAS À BASE DE ÓLEO
Uso comum de tinta tipográfica (quando seca resulta mais opaca) e tinta de off-set. A tinta a óleo confere um "peso“ e profundidade às cores.
Antes de se aplicar a tinta com o rolo de borracha, prepara-se à tinta sobre um vidro,esticando-a com uma espátula de aço,afim de torná-la maleável (plástica). Por fim, passa-se o rolo sobre a tinta "esticada",de modo a uniformizá-la tanto no vidro quanto no rolo. Seguem-se várias passadas de rolo na matriz, até que esta adquira homogeneidade sem brilho excessivo. 
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TINTAS À BASE DE ÁGUA
Procedimento oriental, cuja tinta é composta de pasta de arroz pigmentada. Na tradição oriental é aplicada com pincéis apropriados, após umedecimento prévio dos papéis e da matriz. O Baren é um instrumento mais apropriado para este tipo de impressão rápida. Uma opção mais direta é a tinta à base de água industrializada cujos resultados podem se assemelhar à transparência da aquarela.
Baren: ferramenta para pressionar gravuras
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Autor: Katsushika Hokusai  Onde ver: Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA.  Ano: 1829 - 1833  Técnica: Xilogravura  Tamanho: 26cm x 38 cm  Movimento: Arte Japonesa
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"A grande onda de Kanagawa" faz parte da série Trinta e seis vistas do Monte Fuji e foi considerada uma inovação temática. Nas xilogravuras do século XVIII as paisagens eram usadas meramente como cenário das atividades humanas, mas a obra de Hokusai, no entanto, dá à natureza o centro da cena. Oscilando precariamente no mar furioso são retratados minúsculos barcos que parecem prestes a serem engolidos pela onda gigantesca. O pintor ainda dá a impressão de mais perigo por meio do céu ameaçador por detrás do Monte Fuji, no centro da cena, ao fundo. A obra sugere a fragilidade da existência humana perante as forças da natureza.
  Detalhes de “A grande onda de Kanagawa” se destacam:
1. A assinatura de Hokusai
A assinatura do pintor aparece à esquerda, ao lado da cartela do título e diz "Hokusai aratame litsu hitsu, que significa "pela pena de litsu, antes Hokusai". 
 2. Ondas em formato de garras:
Hokusai retrata a crista da onda em seu ápice, prestes a esmagar os barcos. A espuma tem o formato de garras e parece viva, realçando a força da natureza. A tensão criada no primeiro plano, com a queda iminente da onda, contrasta com a imagem serena do Monte Fuji ao fundo. 
 3. A atmosfera celeste
O pintor se utiliza de um efeito de gradação de cores para criar um efeito atmosférico envolvente ao redor do Monte Fuji. A técnica é conhecida como bakashi e consiste em remover parcialmente a cor do bloco de madeira antes da gravação.
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A GRAVURA JAPONESA
Tem suas origens na China, no séc. IX. A impressão é com tinta a base de água e usa o corte à fio. 
Teve papel mais abrangente nas atividades artesanais ligadas à decoração, como ornamentação de leques, kimonos ou mesmo na impressão de estampas soltas.
Casal recostado lendo uma carta de amor, c. 1804-1818. Kikugawa Eizan ( Japão, 1787-1867). Xilogravura policromada, Universidade de Princeton, NJ
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PAPÉIS PARA IMPRESSÃO
Para gravuras em relevo usa-se papel com grande capacidade de dilatação e que não se rompa. O papel tipo Canson é o mais indicado.
A impressão manual requer  papéis de gramatura baixa,sendo que a impressão mecânica pede papéis mais encorpados (gramatura alta). 
Qualquer tipo de papel serve para a xilogravura (sulfite, canson nacional, vergê, Kraft, papel arroz japonês, papéis importados para desenho). Independentemente da qualidade do papel, este deve ser de superfície lisa e absorvente.
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IMPRESSÃO
A impressão da gravura em relevo poderá ser realizada com colher achatada de madeira, osso ou bambu e Baren. 
A impressão mecânica se faz com a prensa para gravura em metal (prensa de cilindros). O uso da prensa na xilogravura contribui para que a pressão se distribua uniformemente por toda a matriz. Uma manta de feltro deverá ser interposta entre o cilindro e o papel que está sobre a matriz.
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PRENSAS MECÂNICAS
Prensa mecânica para xilogravura, 1568
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COMO SE FAZ UMA “XILO”
Preparação da madeira: lixar e aplicar uma camada de óleo de linhaça (para que a madeira não empane, pois fecha os poros). A espessura da placa para impressão deve ser entre 22 a 25mm.
Usar um papel transparente para fazer o translado do desenho para a madeira (ele possibilita a inversão da imagem). Também pode-se passar o nanquim (ou tinta china) sobre a madeira para riscar o desenho.
Talhar a favor da fibra da madeira, para evitar que esta fique lascada. Evitar gravar muito fundo.
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A GRAVURA A CORES
É necessário uma matriz para cada cor. As madeiras devem ter tamanhos iguais.
Gravadas as matrizes, iniciam-se as impressões pela cor mais clara, terminando com a impressão das cores mais escuras (caso o projeto exija, essa ordem pode ser alterada). 
As tintas manipuladas podem ser opacas para efeitos de cobertura ou transparentes para obtenção de veladuras (sobreposição de duas cores para obtenção de uma terceira). As tintas setornam transparentes, quando mescladas e batidas com o branco transparente que, é transparente, sem pigmentação.
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REGISTROS PARA 
IMPRESSÃO À CORES
Cada impressor pode criar a sua forma de registro.
A madeira é fixada em uma prancha de duratex com registros.
Registro usando esquadrias de madeira.
Registro utilizando uma agulha em pontos coincidentes no papel e na prancha gravada.
Registro usando uma madeira em forma de esquadria, da largura da margem da estampa que se pretende imprimir
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IMPRESSÃO “PLACA PERDIDA”
Método usado por Picasso.
Usa-se uma só placa para diferentes cores. À medida que as pranchas são impressas, vão sendo recortadas e impressas novamente. 
O artista imprime cada cor por sua vez, cavando a cada nova impressão. Após o término de todas as impressões, a matriz já não pode ser reaproveitada, devido aos vários cortes que sofreu.
Pablo Picasso. Cabeça de mulher, 1962. Linoleogravura a cores segundo o método de placa perdida.
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LINÓLEOGRAVURA 
(ou Gravura em Linóleo)
Esta técnica assemelha-se ao entalhe da Xilogravura, no entanto, ao invés de madeira, a matriz é de material sintético - placas de borracha, chamadas "linóleo". Esta técnica é mais recente do que a Xilogravura devido ao material de sua matriz, e foi muito utilizada pelos artistas modernos, como Picasso, por exemplo.“ É talhada em diferentes direções.
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HISTÓRIA DA XILOGRAVURA
A mais antiga, em papel, foi feita no ano de 868 na China, ilustrando um exemplar da oração budista Sutra Diamante.
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As primeiras xilogravuras européias do século XIV
Com a introdução do papel na Europa Medieval, a oportunidade de gerar grandes tiragens de livros e gravuras, criou um veículo de enorme circulação de ideias entrando na vida das pessoas, especialmente dos mais pobres, que conseguiam entender facilmente as imagens que contavam histórias, em geral religiosas. Os antecessores do livro impresso foram os manuscritos feitos por monges copistas em seus escritórios monásticos.
Autor anônimo, iluminura portuguesa do séc. XII. Monges durantes a cópia de manuscritos.
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Inicialmente a xilogravura apresentava um aspecto um pouco rude, e ingênuo aproximando-se das gravuras orientais budistas. Eram temas ligados a superstições, medo e demônio. No final da Idade Média a Europa alcançou formas estéticas mais rígidas e canônicas e, com uma próspera classe média atingiu padrões econômicos elevados. Como consequência, a xilogravura voltou-se para temas seculares e perdeu sua ingenuidade formal. Os santos começaram a ter uma aparência mais dimensional e menos ascética. Os principais trabalhos do início da impressão eram tiragens semi-artesanais.
Livro de Horas com xilogravura colorida à mão imitando as iluminuras dos monges copistas
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Nos séculos XIV e XV a xilogravura foi usada para produzir imagens sacras (santinhos) e cartas de baralho, em papel ou em pergaminho.
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“Calendário dos Pastores” 
Mostram, por meio dos signos do zodíaco, as atividades do homem medieval, como a poda das videiras (áries), a colheita das flores (touro), o passeio a cavalo (gêmeos), a tosquia dos carneiros (câncer), o tempo da ceifa (leão), a colheita (virgem), a vindima (balança), a semeadura (escorpião), o sacrifício do porco (sagitário), a panificação (capricórnio), a refeição (aquário) e o aquecimento da casa (peixes).
 
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Os principais livros foram impressos e publicados nos Países Baixos, na primeira metade do século XV. Os temas escolhidos eram populares como, tratados sobre a fé, avisos de como evitar as pestes e a morte. Estes livros de tipologia gravada em madeira, com ilustrações xilográficas tentavam imitar os manuscritos e as iluminuras dos monges copistas. Muitas vezes após a impressão eram acrescentadas cores nas imagens para que o resultado final fosse o mais próximo possível de um manuscrito. 
Livro  ”A arte de bem morrer” (Ars moriendi) - século XV, Antuérpia.
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A XILOGRAVURA NO RENASCIMENTO
Albrecht Dürer: sua carreira de gravador inclui vários livros de xilogravura como o Apocalipse datado de 1498. Dürer produzia seus livros, publicando-os e autenticando-os com um monograma que criou para identificá-las. Entre suas inúmeras xilogravuras em madeira pode-se citar A Vida da Virgem, A Grande Paixão e A Pequena Paixão. Os livros gravados em madeira foram trabalhos executados paralelamente à sua obra gravada em metal e à pintura. 
Albrecht Dürer - Os quatro Cavaleiros do Apocalipse, xilogravura, 1498.
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A TÉCNICA DO CHIAROSCURO
Invenção da gravura em chiaroscuro (claro-escuro meios-tons) em que se usam várias matrizes de madeira que são entintadas em tons aproximados. A técnica tenta imitar os desenhos a lápis em cores usados pelos grandes mestres.
Ugo da Carpi - Diógenes. (1527)
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A xilogravura de topo foi muito usada no século XVIII, devido a riqueza de detalhes.
Gravura inglesa de Israel Van Heckenem 1816
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GRAVURA E ARTES
No final do séc. XIX e meados do séc. XX a gravura passa a fazer parte do processo criativo de vários artistas modernos. São explorados seus recursos expressivos.
Edward Munch, Ansiedade. (1896) 
Paul Gauguin, Nave, Nave Fenua (Terra maravilhosa). 
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A GRAVURA MODERNISTA
Lasar Segall. Casal no mangue, 1929.
Oswald Goeldi. [PEIXE VERMELHO]
sem título, 1950. gravura premiada na I Bienal de São Paulo, 1951 
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A GRAVURA POPULAR: 
“CORDEL” (corda)
Realizada por artistas populares, se caracterizam pelo corte vertical a canivete ou faca. Barata e de fácil reprodução ilustram folhetos, romances e poemas. As madeiras usadas para este fim são macias (imburana, pinho e cedro)

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