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D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 1! AULA 03 - TEORIA Sociedade Empresária: Classificação e Características. Sociedade simples. Sociedade limitada. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar no 123/2006). 1. INTRODUÇÃO Olá, tudo bem?! Como tem passado?! Espero que esteja bem, e com bastante ânimo para mais uma etapa de nossa aula com teoria e exercícios comentados! Nossa meta de hoje é estudar os seguintes temas: ⇒ Sociedade Empresária; ⇒ Sociedade simples; ⇒ Sociedade limitada; e ⇒ Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar no 123/2006). Muito bem! Antes de iniciar nossas matérias de hoje, quero lhe dizer que já conversei com certas pessoas que me disseram nunca ter visto nenhuma dessas matérias. É verdade, isso é possível! Acontece muito! Nesse caso, minha sugestão para ter sucesso no estudo é ler repetidas vezes os assuntos, até criar familiaridade com os termos novos. Depois, é claro, aos exercícios, para ajudar na fixação das matérias! Gosto muito das palavras de incentivo de JOHN WOODEN, ex-técnico e ex- jogador de basquete norte-americano: “Aquilo que você aprende depois do que já aprendeu é o que mais tem valor." Vamos lá?! 2. SOCIEDADE EMPRESÁRIA Na verdade, nós já conversamos sobre sociedades na aula passada, e pudemos falar sobre sociedade empresária. Mas, considero bom fazer algumas recapitulações! D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 2! Uma informação extremamente necessária para guardar sobre sociedade empresária, é que ela explora atividade econômica do empresário sujeito a registro empresarial! Por sua vez, difere-se da sociedade simples, que está sujeita a registro civil. A característica de ser empresarial ou não empresarial revela a natureza da sociedade. Portanto, quanto à natureza, temos duas opções: ⇒ Sociedade empresária, que pode ser: • exploradora de atividade de empresário sujeito a registro; e • as sociedades por ações, independentemente do objeto. ⇒ Sociedade simples, que pode ser: • sociedade exploradora de atividade não empresarial; e • sociedade cooperativa, independentemente do objeto. 2.1. IMPORTÂNCIA DO REGISTRO Aspecto muito importante para saber sobre toda sociedade: temos que recordar que toda sociedade precisa obter o registro (ou inscrição) de seus atos constitutivos no cartório competente, que é o ato que faz gerar a personalidade jurídica de cada sociedade! Assim sendo, ao identificar uma sociedade empresarial em uma questão de prova, devemos lembrar que seu registro deve ter sido feito no cartório de registro empresarial, cuja atribuição compete às Juntas Comerciais! Repetindo: por outro lado, a sociedade simples está, por sua vez, sujeita ao registro de seus atos constitutivos em Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. CC: “Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 3! ........................................................ Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.” Portanto, é a partir do registro que a sociedade se torna uma pessoa jurídica! E, sem o registro dos atos constitutivos, como também vimos na aula passada, poderemos estar diante de uma sociedade sem personalidade jurídica, a qual poderá ser: ⇒ uma sociedade em comum (irregular ou de fato); ou ⇒ uma sociedade em conta de participação. IMPORTANTE: os atos constitutivos que serão levados a registro podem ser de duas espécies, a depender do tipo societário adotado: a. contrato social: documento responsável pela formação de uma sociedade contratual; no caso, o capital será dividido em cotas (ou quotas); e b. estatuto social: responsável pela formação de uma sociedade estatutária (ou institucional); cujo capital é dividido em ações; somente as sociedades por ações (sociedade anônima e sociedade em comandita por ações) podem utilizar esse modelo de ato constitutivo. ! E, pelo art. 1o, § 2o, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (EOAB), criado pela Lei no 8.906, de 4 de julho de 1994, todos os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 4! 2.2. REGISTRO PARA SOCIEDADE RURAL Lembrem-se que as sociedades rurais também podem optar pelo registro empresarial. E, somente a partir do registro é que elas passarão a ser revestidas da natureza empresarial (art. 971, do CC). Guardem que essa é uma opção, não é obrigatório o registro empresarial para as sociedades rurais, ou seja, trata-se de uma faculdade! Porém, ao optar pelo registro empresarial, a sociedade rural deverá se adequar a um dos tipos de sociedade empresária. A propósito, o registro empresarial também é uma faculdade para o empresário rural individual! CC: “Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. ........................... Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação.” 2.3. NATUREZA DA SOCIEDADE � TIPO SOCIETÁRIO D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br! 5! Galera! Novamente, peço que tomem bastante cuidado para não misturar as coisas! A natureza das sociedades (que pode ser empresária ou simples) não se confunde com os tipos (formato escolhido para a sociedade)! ATENÇÃO: Quanto à natureza, as sociedades podem ser: a. sociedade empresária: as que praticam atos sujeitos a registro de empresário (art. 982, caput, primeira parte, do CC); ou b. sociedade simples: as quem praticam atividades civis não empresariais (sociedades de médicos, sem terceiros contratados para a atividade-fim; sociedades de advogados; sociedade rural não registrada na Junta Comercial, etc.). E, quanto ao tipo, as sociedades empresárias podem ser: a. sociedade em comandita simples (C/S); b. sociedade em nome coletivo (N/C); c. sociedade limitadas (Ltda.); d. sociedade anônima (S/A); ou e. sociedade em comandita por ações (C/A)! Tanto as sociedades de natureza empresária, quanto as sociedades natureza simples, podem adotar qualquer um desses tipos societários (art. 983, caput, primeira parte, do CC). As sociedades simples que não adotarem nenhum desses tipos serão regidas por normas próprias das sociedades simples (arts. 983, caput, segunda parte, e 997/1.038, do CC). Toda S/A e C/A sempre será de natureza empresária, e toda sociedade cooperativa sempre será de natureza simples, independentemente de seu objeto (art. 982, parágrafo único, do CC). CC: “Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 6! empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.” Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias. Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo.” 3. SOCIEDADE SIMPLES Agora que fizemos uma boa revisão, lembramos que as sociedades que não tiverem natureza de sociedade empresária, terão a natureza de sociedade simples. E a sociedade simples possuem regras próprias, as quais estão previstas no art. 997 ao 1.051, do CC. IMPORTANTE: para termos uma ideia da importância do estudo, vejamos que as normas da sociedade simples podem ser aplicadas à sociedade limitada, de forma subsidiária. Por outro lado, o contrato social da sociedade limitada poderá prever a regência supletiva das normas da sociedade anônima! CC: “Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.” 3.1. CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE SIMPLES D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 7! A seguir, enumero características sobre a sociedade simples: a. são aquelas que praticam atividades não empresariais: conforme já falamos neste curso; p. ex.: sociedades de médicos em que os sócios são os únicos que exercem a atividade-fim, ou seja, sem que haja outros médicos contratados (que não sejam sócios); sociedade rural não registrada na Junta Comercial; b. as sociedades simples podem assumir qualquer tipo de sociedade empresária (art. 983, caput, do CC): lembrem-se que, ao assumir o tipo de S/A ou de C/A, passará a ser sociedade empresária por definição legal (art. 982, parágrafo único, do CC); c. também podem assumir o modelo básico: próprio das sociedades simples (arts. 1.039/1.092, do CC); d. não estão sujeitas à Lei de Falências (art. 1o, da Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005): mas submetem-se ao regime geral de execução universal contra devedor insolvente, previsto no art. 748 e seguintes, do Código de Processo Civil (Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973). 3.2. NATUREZA CONTRATUAL Sobre o contrato social da sociedade simples: a. as sociedades simples possuem natureza contratual: o acordo de vontades entre os sócios é considerado pela doutrina como contrato plurilateral, visto que os sócios assumem responsabilidades perante terceiros e perante os demais sócios; b. o contrato social pode ser feito por instrumento público ou particular; c. o contrato social deve ser levado a registro (inscrição): em cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da sede da sociedade, no prazo de 30 dias, de sua constituição (art. 998, do CC), para que a sociedade adquira personalidade jurídica e possa desempenhar regularmente suas atividades; D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 8! i. deve mencionar as cotas subscritas por cada sócio e como serão integralizadas (sinônimo de realizadas ou pagas); ii. o pedido de inscrição será acompanhado do instrumento autenticado do contrato e das procurações e autorizações necessárias; iii. o contrato social deve ser assinado por todos os sócios, podendo haver representado de sócio por procurador, mediante a prova da respectiva procuração; d. o contrato social deve ser celebrado em um único instrumento escrito: as cláusulas constantes de instrumento em separado não valem contra terceiros (art. 997, parágrafo único, do CC); e. esse instrumento deve conter requisitos essenciais: previstos do art. 997, do CC (I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais). 3.3. NOME SOCIAL Quanto ao nome social: apesar da redação dada ao art. 997, inciso II, do CC (que fala em denominação de sociedade simples), a doutrina e o Conselho da Justiça Federal (Enunciado 213) firmaram o entendimento de que as sociedades simples podem usar: ⇒ firma (aplicando o nome civis dos sócios na formação de seu nome social); ou D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS,ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 9! ⇒ denominação social (utilizando expressão linguística qualquer na formação de seu nome). 3.4. SÓCIOS E CAPITAL SOCIAL Quanto aos sócios e ao capital da sociedade simples: a. os sócios podem ser: pessoas físicas ou jurídicas; b. capital social (contribuição dos sócios): é dividido em cotas (ou quotas), deve ser expresso em moeda corrente nacional, e pode compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária (bens que possuam valor em dinheiro; pode ser inclusive bens imateriais, tais como: marcas, patentes, etc.); c. “sócio de indústria”: a contribuição para a sociedade pode se dar em serviços também (essa possibilidade não é válida para sociedades limitadas, para sociedades por ações e para o sócio comanditário em sociedades em comandita simples); d. os bens apresentados pelos sócios, para a formação do capital social, estão sujeitos a avaliação, e se a integralização for em: i. imóvel: o sócio responderá pela evicção do bem, ou seja, deverá ressarcir caso a sociedade venha a perdê-lo, total ou parcialmente, para terceiros, em razão de disputa por direitos anteriores, por decisão judicial; ii. crédito: responderá o sócio pela solvência do devedor, isto é, caso o devedor não pague o crédito à sociedade, o sócio que o apresentou deverá pagar o equivalente à sociedade; iii. serviços: o sócio não poderá, salvo convenção em contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído; e. sócio remisso: caso seja verificada a mora (inadimplência do sócio em integralizar a cotas subscritas), os demais sócios poderão, por maioria, decidir pela: D. 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ADMINISTRADORES Quanto aos administradores da sociedade simples: a. administradores: a sociedade simples deve ser administrada por pessoa física ou natural, que poderá ser sócio ou pessoa estranha à sociedade (as pessoas jurídicas não podem assumir esse encargo, podem apenas ser sócias): i. teoria orgânica: os administradores são meros órgãos da sociedade, por isso são chamados de “presentantes legais” (é a mais aceita, tendo em vista que os administradores fazem parte da estrutura da sociedade; nesse caso, a sociedade não está se valendo de terceiros para a representar, mas está usando sua própria estrutura); ii. teoria da representação: os administradores representam a sociedade na condução de seus atos, por isso são chamados de “representantes legais” (é a corrente menos aceita, muito embora o art. 1.011, do CC, diga: “§ 2o Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições concernentes ao mandato”); b. os poderes e atribuições do administrador devem ser especificados no contrato social: nesse caso, será irrevogável a nomeação, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios); D. 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Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 11! c. no silêncio contratual: os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; d. caso não pertença ao objeto da sociedade, ou venha causar a oneração ou a venda de bens imóveis: o ato dependerá do que a maioria dos sócios decidir; e. excesso do administrador: pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: i. se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade; ii. provando-se que era conhecida do terceiro; ou iii. tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade (acolhimento da chamada teoria dos atos “ultra vires”); f. a atividade do administrador é personalíssima (deve realizar o encargo com exclusividade), mas pode delegar a prática de alguns atos, por procuração, indicando os poderes, os atos e as operações que poderão ser praticadas pelo mandatário; g. é dever dos administradores: de ter o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios; h. os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados: por culpa no desempenho de suas funções (trata-se de responsabilidade subjetiva: deve-se demonstrar a culpa do administrador); i. se administrador aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, sem consentimento escrito dos sócios: deverá restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e indenizar os prejuízos, se houver; j. responde o administrador: que tome parte em deliberação relacionada a operação de interesse contrário ao da sociedade; k. caso o administrador venha a ser nomeado por instrumento em separado: deve averbá-lo à margem da inscrição da D. 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D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 13! 3.6. DELIBERAÇÕES Sobre deliberações, em sociedade simples: a. alteração do contrato social: i. nas matéria indicadas no art. 997, do CC: dependem do consentimento de todos os sócios (unanimidade); ii. demais matérias: podem ser decididas por maioria absoluta de votos (são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital), salvo se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime; iii. qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades cabíveis (art. 999, parágrafo único, do CC); b. outras deliberações: i. quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre os negócios da sociedade: as deliberações serão tomadas por maioria de votos, segundo o valor das quotas de cada um (a maioria é do capital social e não dos votos unitários de cada sócio); ii. em caso de empate: prevalece a decisão do maior número de sócios (agora sim, é voto por voto, de cada sócio), e, se este persistir, quem decide é o Judiciário; iii. responde por perdas e danos o sócio que: tendo em alguma operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a seu voto. c. criação de sucursal, filial ou agência: deve ser averbada no cartório de registro da sede. 3.7. DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS Sobre direitos e obrigações dos sócios: a. principais direitos e obrigações dos sócios: D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! 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Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 15! iii. distribuição de lucros ilícitos ou fictícios: acarreta responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade. b. responsabilidade dos sócios pelas dívidas sociais: i. subsidiária: Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais (art. 1.024, do CC); ii. ilimitada e proporcional às cotas de cada um: os credores da sociedade podem executar os bens dos sócios, caso a sociedade tenha esgotado seus recursos para pagar a dívida, sendo que cada um pagará na proporção da distribuição de cotas (p. ex.: uma sociedade de três sócios que tenham contribuído igualmente com R$ 1.000,00, cada um: na responsabilidade pelas dívidas sociais que somem R$ 150.000,00, calcula-se um terço da dívida para cada sócio); iii. solidária: pode haver previsão, em contrato social, de responsabilidade solidária entre os sócios, de acordo com o art. 1.023, do CC (se houver, o credor poderá requerer de qualquer sócio o pagamento da dívida, após terem se esgotado os recursos da sociedade para honrar suas obrigações; cabe ação de regresso do que pagou contra os demais); ATENÇÃO: essa solidariedade é entre os sócios apenas, e não entre os sócios e a sociedade! iv. sócio novo: ao ser admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão (art. 1.025, do CC). Agora vamos falar sobre tipos societários, relembrando que, além da divisão por natureza (sociedade empresária ou simples), as sociedades podem assumir diversos tipos, quais sejam: D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 16! ⇒ sociedade em comandita simples (C/S); ⇒ sociedade em nome coletivo (N/C); ⇒ sociedade limitadas (Ltda.); ⇒ sociedade anônima (S/A); ou ⇒ sociedade em comandita por ações (C/A)! Uma DICA para memorizar esse assunto é retornar ao tema sobre nome empresarial. Por lá, fizemos uma ampla abordagem, inclusive falando sobre nome de sociedades cooperativas, EIRELI, empresário individual, etc. A seguir, trataremos sobre a sociedade limitada! Prosseguindo?! 4. SOCIEDADE LIMITADA A sociedade limitada (art. 1.052 ao 1.087, do CC) é o tipo societário de maior presença no cenário brasileiro. Consta que o seu percentual de existência corresponde a mais de 90% das inscrições societárias realizadas no Brasil. Detalhe importante a ser ressaltado a respeito da sociedade limitada é a possibilidade de assumir formas diferentes: ⇒ 1a forma: admite-se a aplicação subsidiária das normas da sociedade simples (é a regra geral); ou ⇒ 2a forma: podem ser aplicadas, supletivamente, por expressa previsão contratual, as regras da sociedade anônima. 4.1. CARACTERÍSTICAS DA LTDA. Sobre a Ltda., seguem aspectos relevantes: a. é um tipo de sociedade; b. a Ltda. é uma sociedade contratual: seu capital social é dividido em cotas, ou quotas, e seus subscritores são chamados de sócios; c. a responsabilidade dos sócios é limitada. D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTAEM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 17! ATENÇÃO: os dois maiores atrativos da Ltda., que beneficia os pequenos e médios empresários! a) ser uma sociedade contratual (maior liberdade para dispor de cláusulas contratuais do que a S/A, que, por sua vez, é formada por estatuto, regulado pela Lei das SA); b) ser de reponsabilidade limitada: reduz o risco patrimonial dos sócios, em caso de insucesso financeiro nos negócios sociais. CURIOSIDADE: a sociedade por quotas de responsabilidade limitada: ! era um tipo híbrido: ora era considerada sociedade contratual (de pessoas), ora institucional (ou estatutária, de capital). ! Foi regulada pelo Decreto no 3.078, de 10 de janeiro de 1919, e agora é substituída pela Ltda. do atual Código Civil. ! Pergunta sobre essa substituição parou, ultimamente, de cair em prova. De toda sorte, fica o nosso registro. d. mas, os sócios respondem ilimitadamente pela cotas não integralizadas. e. possíveis exceções à responsabilidade limitada dos sócios: i. os sócios que adotarem deliberação contrária à lei ou ao contrato social responderão ilimitadamente (1.080, do CC); ii. responderão ilimitadamente os administradores que fizerem o uso da firma ou razão social, sem o uso da expressão “Limitada” ou de sua abreviação “Ltda.”; iii. casos de desconsideração da personalidade jurídica (que será vista na Aula 05); iv. sociedade entre cônjuges, proibida pelo art. 977, do CC, conforme orientação do Supremo Tribunal Federal); D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 18! f. Lei de Falências: apenas a Ltda. de natureza empresarial sujeita- se ao regime falimentar e pode requerer os benefícios da recuperação judicial; a Ltda. simples é sujeita à possibilidade de execução universal contra devedor insolvente (art. 748 e seguintes, do Código de Processo Civil). 4.2. SÓCIOS Os sócios podem ser: pessoas físicas ou jurídicas. As pessoas jurídicas que participam como sócias de sociedades são chamadas pela doutrina de “holdings”: a. “holding pura”: que somente participa do capital de outras sociedades; b. “holding mista”: além de participar do capital de outras sociedades, também explora atividade própria; ATENÇÃO: sócio não é empresário! ! Veja bem que a regra do caput do art. 974, do CC, é para o empresário individual. ! E, como sócio não é empresário: somente se aplica ao sócio menor e ao incapaz a regra do § 3o do art. 974, do CC. ! Por isso, menor de 18 anos pode ser sócio de sociedade, desde que: ⇒ não exerça a administração da sociedade; ⇒ o capital esteja totalmente integralizado; e ⇒ seja assistido ou representado. CC: “Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. ....................................................... D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 19! § 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; II – o capital social deve ser totalmente integralizado; III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.” 4.3. CONTRATO SOCIAL Sobre contrato social: a. o contrato social pode ser feito por instrumento público ou particular; b. pode ser de natureza empresarial ou de natureza simples, a depender do objeto da atividade econômica a ser explorada da sociedade; c. o contrato social deve ser levado a registro (inscrição): no prazo de 30 dias, de sua constituição, para que a sociedade adquira personalidade jurídica e possa desempenhar regularmente suas atividades: i. em cartório de registro empresarial, conforme a natureza da Ltda. for empresária (se for ultrapassado o prazo de 30 dias, a aquisição da personalidade ocorrerá somente a partir da data do despacho (art. 36, da Lei no 8.934, de 18 de novembro de 1994); ATENÇÃO: prazo de 30 dias para sociedade empresária! Lei no 8.934, de 1994 (Lei do Registro Empresarial) “Art. 36. Os documentos referidos no inciso II do art. 32 deverão ser apresentados a arquivamento na junta, D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 20! dentro de 30 (trinta) dias contados de sua assinatura, a cuja data retroagirão os efeitos do arquivamento; fora desse prazo, o arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o conceder.” ii. em cartório de registro civil: para a Ltda. simples. d. o contrato social deve ser celebrado em um único instrumento escrito: as cláusulas constantes de instrumento em separado não valem contra terceiros (art. 997, parágrafo único, do CC); e. o instrumento contratual deve conter requisitos essenciais: por força do art. 1.054, do CC, devem ser aplicados os requisitos contratuais das sociedades simples, no que couber, os quais estão previstos do art. 997, do CC, naquilo que for cabível para as Ltdas. (não cabe, p. ex., a responsabilidade solidária entre os sócios, e a contribuição exclusiva de serviços pelo “sócio de indústria”); 4.4. NOME SOCIAL Nome social: pode usar firma (aplicando o nome dos civis sócios na formação de seu nome social) ou denominação social (utilizando expressão linguística na formação de seu nome), sempre seguidos da expressa “Limitada” ou de sua abreviação “Ltda.”. 4.5. CAPITAL SOCIAL Sobre o capital social: a. capital social (contribuição dos sócios): é dividido em cotas (ou quotas), deve ser expresso em moeda corrente nacional, e pode compreender: i. qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária (bens que possuam valor em dinheiro; pode ser inclusive bens imateriais, tais como: marcas, patentes, etc.); D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 21! ii. não é admitida a contribuição em serviços (vedação do “sócio de indústria”) cuja possibilidade não vale para as sociedades limitadas, para as sociedades por ações e para o sócio comanditário nas sociedades em comandita simples); b. os bens apresentados pelos sócios, para a formação do capital social, estão sujeitos a avaliação, e se a integralização for em: i.imóvel: o sócio responderá pela evicção do bem, ou seja, deverá ressarcir caso a sociedade venha a perdê-lo, total ou parcialmente, para terceiros, em razão de disputa por direitos anteriores, por decisão judicial; ii. crédito: responderá o sócio pela solvência do devedor, isto é, caso o devedor não pague o crédito à sociedade, o sócio que o apresentou deverá pagar o equivalente à sociedade. c. cotas (ou quotas): i. o capital social divide-se em cotas (quotas), iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio; ii. a cota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência; iii. na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente: i. a quem seja sócio: independentemente de audiência dos outros; ou ii. a estranho: se não houver oposição de titulares de mais de ¼ do capital social; iv. a cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros: a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes; v. enquanto não integralizada a quota de sócio remisso: os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, do CC, D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 22! tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as despesas; vi. quando lucros ou quantia forem distribuídas com prejuízo do capital: gera obrigação de reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato; d. pela exata estimação de bens conferidos ao capital social: respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade; e. sócio remisso: caso seja verificada a mora (inadimplência do sócio em integralizar a cotas subscritas), os demais sócios poderão, por maioria, decidir pela (art. 1.058, do CC): i. cobrar indenização pelos danos causados pela mora do remisso; ou ii. excluir o sócio remisso (via extrajudicial, sem precisar ir ao Judiciário); ⇒ com a anotação de redução do capital da sociedade; ou ⇒ permitindo a aquisição das cotas do sócio excluído pelos demais sócios ou por terceiros; f. alienação de cotas, aumento e redução do capital social: i. a quem seja sócio: no silêncio do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, independentemente de audiência dos outros; ii. a estranho: se não houver oposição de titulares de mais de ¼ do capital social; g. é possível o aumento do capital social, desde que integralizadas as cotas, com a correspondente modificação do contrato: D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 23! i. até trinta dias após a deliberação, terão os sócios preferência para participar do aumento, na proporção das quotas de que sejam titulares; ii. decorrido o prazo da preferência, e assumida pelos sócios, ou por terceiros, a totalidade do aumento, haverá reunião ou assembleia dos sócios, para que seja aprovada a modificação do contrato. h. é possível a diminuição do capital social, com a correspondente modificação do contrato: i. depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis (diminui-se proporcionalmente o valor das cotas; a ata de assembleia deve ser averbada em cartório para produzir efeitos); ii. se excessivo em relação ao objeto da sociedade (restitui- se parte do valor das quotas aos sócios, ou dispensam-se as prestações ainda devidas, com diminuição proporcional, em ambos os casos, do valor nominal das quotas); iii. credor quirografário por título anterior à redução do capital social: pode opor-se à deliberação, em até noventa dias, contados da publicação da ata da assembleia que aprovar a redução. 4.6. ADMINISTRADORES Sobre administradores: a. a Ltda. é administrável por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado; b. podem ser sócio ou estranho à sociedade (mas não poderá ser uma pessoa jurídica); c. a administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade (futuros sócios); D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 24! d. a designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3, no mínimo, após a integralização; e. pode ser destituído: a qualquer tempo ou pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução; f. administrador que for sócio nomeado pelo contrato: pode ser destituído por aprovação de titulares de quotas correspondentes, no mínimo, a 2/3 do capital social, salvo disposição contratual diversa; g. a cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrência; h. possibilidade de renúncia: eficaz, em relação à sociedade, desde o momento em que esta toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante, mas, quanto aos terceiros, somente após a averbação e publicação; i. uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os necessários poderes; j. prestação de contas: ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico. 4.7. DELIBERAÇÕES Quanto às deliberações em Ltda.: a. matérias que devem ser deliberadas pelos sócios: art. 1.071, do CC, e nos demais previstas em lei e no contrato social; as demais podem ser deliberadas pelo administrador (decisões singulares ou unipessoais); b. assembleias: i. deliberação em assembleia será obrigatória: quando o número dos sócios for superior a dez (11 ou mais sócios); D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 25! ii. podem convocar assembleia: administradores, sócios ou o conselho fiscal; iii. dispensáveis: quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas; iv. deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato: vinculam todos os sócios, ainda que ausentes ou dissidentes; v. quóruns de deliberações: ⇒ por maioria absoluta: regra geral; ⇒ por unanimidade: destituição de sócio nomeado no contrato, desde que não haja previsão de quórum diverso no contrato social; designação de não sócio, desde que o capital não estiver totalmente integralizado; e dissolução da sociedade com prazo determinado; ⇒ por decisão de ¾ do capital social: modificação docontrato social, salvo para as matérias de quórum específico; e aprovação da incorporação, fusão, dissolução ou levantamento da liquidação; ⇒ por decisão de 2/3 do capital social: designação de administrador não sócio, desde que o capital esteja totalmente integralizado; ⇒ maioria absoluta (mais da metade do capital social): designação do administrador nomeado por ato separado do contrato social; destituição de administrador sócio que tenha sido designado em ato separado do contrato social; destituição de administrador não sócio; expulsão do sócio minoritário, caso seja permitida pelo contrato social; e dissolução da sociedade contratada por prazo determinado; c. conselho fiscal: i. não é obrigatório: sua instituição é uma faculdade; D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 26! ii. composição: composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos por meio de assembleia anual; iii. atribuições de fiscalização e acompanhamento dos atos e decisões sociais: pode convocar assembleias e fazer denuncias erros, fraudes ou crimes, sugerindo providências à sociedade (art. 1.069 e incisos I a VI, do CC). d. as Ltdas. podem adotar a natureza capitalista (sociedade de capital, “intuito pecuniae”) ou a natureza personalista (sociedade de pessoas, “intuito personae”), de acordo com o estipulado no contrato social: i. natureza capitalista: os sócios adotam a regência supletiva das normas das sociedades anônimas: é admissível a inclusão de novos integrantes à sociedade, sem a necessidade de anuência dos demais sócios (p. ex.: casos de sucessão por herança; aquisição de cotas em hasta pública, etc); ii. natureza personalista: no silêncio contratual (por expressa previsão), os sócios adotam a regência subsidiária das regras de sociedades simples: fica impossibilitado o ingresso de novos integrantes à sociedade sem a anuência dos demais sócios. 5. MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE (LEI COMPLEMENTAR No 123/2006). São as pessoas físicas e jurídicas alcançadas pelo tratamento diferenciado e favorecido1 do Estatuto Nacional da Microempresa e da !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 1 Esse tratamento especial possui previsão expressa na Constituição: “Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.” D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 27! Empresa de Pequeno Porte (art. 3o, caput, da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006). Podem ser diretamente beneficiadas pelas regras desse Estatuto: ⇒ sociedade empresária; ⇒ sociedade simples; ⇒ empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI); e ⇒ empresário individual (pessoa física). 5.1. ENQUADRAMENTO Pelo art. 3o, do Estatuto da ME e EPP, o enquadramento é feito de acordo com a receita bruta2 do interessado: • Microempresa (ME): deve ter receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00, sendo que, no caso de início de atividade no próprio ano- calendário, esse limite será proporcional ao número de meses em que houver exercido a atividade, inclusive as frações de meses. • Empresa de pequeno porte (EPP): deve ter receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (idem, com relação ao início de atividades no próprio ano-calendário). • Microempresário individual (MEI): deve ter receita bruta, no ano- calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e ser optante pelo Simples Nacional3; e, no caso de início de atividades no ano-calendário, ter receita bruta de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 2 RECEITA BRUTA: “produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos”. 3 SIMPLES NACIONAL: é um regime tributário simplificado, em que são pagos diversos tributos em um único recolhimento, e de forma proporcional ao seu faturamento. ATENÇÃO: somente as MEs e as EPPs que optarem pelo Simples Nacional estão dispensadas de manter escrituração mercantil, só que continuam obrigadas a emitir nota fiscal e conservar e boa guarda os documentos relativos à sua atividade (art. 26, incisos I e II, do Estatuto da ME e EPP). D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 28! atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro. O ENQUADRAMENTO OU O DESENQUADRAMENTO NÃO PODE PREJUDICAR OU ALTERAR CONTRATOS EM CURSO JÁ CELEBRADOS pela ME, EPP ou pelo MEI (art. 3o, § 3o, do Estatuto). Essa parte tem bastante decoreba, não é verdade?! Por isso, e também pelo fato de já ter caído muito em provas diversas, sugiro ainda que GUARDEM A LISTA das pessoas jurídicas que não podem ser alcançadas pelo Estatuto Nacional da ME e da EPP (art. 3o, § 4o, incisos I a X, da Lei Complementar no 123, de 2006). 5.2. BENEFÍCIOS DO ESTATUTO DA ME E DA EPP A seguir, segue uma lista com benefícios do Estatuto: a) abertura e encerramento facilitados (arts. 8o a 10): o registro dos atos constitutivos, alterações e extinções, em qualquer órgão envolvido no registro empresarial e na abertura da empresa, pode ocorrer independente de regularidade tributária, previdenciária ou trabalhista, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios ou dos administradores, sem prejuízo da responsabilidade de cada um, bem como é desnecessária a apresentação de certidões e do visto de advogado em seus atos constitutivos, dentre outras dispensas; b) comprovação de regularidade em licitações públicas (arts. 42 e 43): a comprovação de regularidade fiscal somente será exigida para efeito de assinatura do contrato, sendo que, na participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição; se houver restrição na comprovação da regularidade fiscal, terá 2 dias úteis, a partir da declaração de vencedor na licitação, prorrogável por mais 2 dias úteis, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa, sob pena de decadência do direito à contratação; D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOLCOMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 29! c) critério de desempate em licitações, chamado por alguns de “empate virtual” (art. 44): preferência de contratação para ME e EPP (propostas que forem iguais ou em até 10% superiores à proposta mais bem classificada; em pregões, essa porcentagem é de apenas 5%), casos em que poderá ser chamada a ME ou EPP para apresentar proposta inferior à proposta considerada vencedora do certame (se não houver sucesso, na primeira convocação, podem ser chamadas as MEs e EPPs eventualmente remanescentes que tenham “empatado” por esse critério, dentro da ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito, ou, em caso de equivalências, serão chamadas por sorteio; d) incentivos à sociedade de propósitos específicos (art. 56): trata- se da associação entre MEs e EPPs por intermédio das chamadas sociedades limitadas de propósitos específicos (SPE), para a realização de negócios nacionais ou internacionais, com a percepção de alguns benefícios de natureza tributária; devem ser optantes do Simples Nacional e poderão participar, simultaneamente, de apenas uma sociedade desse tipo; e) fiscalização orientadora (art. 55): dupla visita para lavratura de auto de infração, salvo em caso de ausência de registro de empregado em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), ou ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização; essa conduta fiscal não é aplicável nas fiscalizações de natureza tributária, regidas pelos arts. 39 e 40, do Estatuto da ME e EPP; f) pagamento facilitado em protesto de título (art. 73): pagamento em cheque, que não precisa ser visado, e recebe desconto de vários tipos de emolumentos (custos) cartorários. Vamos para os exercícios?! AULA 03 - EXERCÍCIOS COMENTADOS Sociedade Empresária: Classificação e Características. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar no 123/2006). Sociedade simples. Sociedade limitada. D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 30! QUESTÃO 1: CESPE - 2011 - TJ-ES - JUIZ ( ) Não sendo empresárias as sociedades simples, suas normas não se aplicam aos tipos societários menores, como, por exemplo, às sociedades em nome coletivo. Comentários: Errada. A proposição contraria a regra do art. 983, caput, do CC, que prevê que a sociedade simples pode adotar qualquer um dos tipos societários previstos nos arts. 1.039 ao 1.092., do CC. Dentre eles está o tipo de sociedade em nome coletivo (S/C), regido pelos arts. 1.039 ao 1.044. Apenas complementando o comentário, não se esqueçam que a sociedade simples que não adotar nenhum daqueles tipos societários, será regida pelas normas que lhe são próprias. CC: “Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias. Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 2: MPT - 2012 - MPT - PROCURADOR ( ) A sociedade simples deve ser registrada no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede ou no de alguma de suas filiais. Comentários: Quase certa! Pegadinha, Pessoal! A questão falou demais, ao incluir o local de alguma de suas filiais, contrariando o CC. A REGRA É A SEDE, SEMPRE, inclusive para as eventuais sucursais, filiais ou agências! D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 31! CC: “Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede. § 1o O pedido de inscrição será acompanhado do instrumento autenticado do contrato, e, se algum sócio nele houver sido representado por procurador, o da respectiva procuração, bem como, se for o caso, da prova de autorização da autoridade competente. § 2o Com todas as indicações enumeradas no artigo antecedente, será a inscrição tomada por termo no livro de registro próprio, e obedecerá a número de ordem contínua para todas as sociedades inscritas. Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime. Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente. Art. 1.000. A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou agência deverá ser averbada no Registro Civil da respectiva sede.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 3: FGV - 2008 - TCM-RJ - AUDITOR ( ) A personalidade jurídica das sociedades se inicia com a sua constituição e início das atividades. Comentários: Errada! Outra pegadinha! Devem ser registrados (inscritos) os atos constitutivos em cartório competente, para que a sociedade adquira D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 32! personalidade jurídica. Essa regra vale para sociedade simples e empresária também! CC: “Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).” Resposta: Falsa. QUESTÃO 4: UPENET - 2012 - JUCEPE - TÉCNICO - REGISTRO EMPRESARIAL Os contratos de sociedade são aqueles celebrados por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Sobre as sociedades, é CORRETO afirmar que a) há de possuir apenas um único e determinado negócio especificado. b) a sociedade cooperativa será simples ou por ações. c) a sociedade simples pode adotar uma das formas da sociedade empresária. d) a sociedade cooperativa pode adotar uma das formas da sociedade empresária. e) a sociedade adquire personalidade jurídica com a elaboração de seus atos constitutivos. Comentários: Alternativa “A”: errada. A sociedade pode ter mais de um tipo de objeto a ser explorado. CC: “Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entresi, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.” D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 33! Alternativa “B”: errada. A sociedade cooperativa será sempre uma sociedade simples. Se ela fosse por ações, tornar-se-ia uma sociedade empresária. A frase fez confusão com os conceitos do parágrafo único do art. 982, do CC! CC: “Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.” Alternativa “C”: correta! No caso, a banca usou o termo “forma” como sinônimo de “tipo”! CC: “Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias. Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a constituição da sociedade segundo determinado tipo. Alternativa “D”: errada. A sociedade cooperativa segue um regime específico, pois contém regras próprias (arts. 1.093/1.096, do CC, e Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que “Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências”). CC: “Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo, ressalvada a legislação especial. ..................... D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 34! Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples, resguardadas as características estabelecidas no art. 1.094.” Alternativa “E”: errada. NÃO BASTA ELABORAR OS ATOS CONSTITUTIVOS, DEVE INSCREVÊ-LOS NO CARTÓRIO DE REGISTRO COMPETENTE! Outra questão parecida com a questão 3 da FGV. Vai que a ESAF aplica essa na prova também! CC: “Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).” Resposta: alternativa “C”. QUESTÃO 5: CESPE - 2008 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - 2 - PRIMEIRA FASE (SET/2008) Acerca do exercício da empresa em sociedade, assinale a opção correta. a) A constituição de sociedade para a realização de apenas um negócio determinado é incompatível com a atividade empresarial, pois impede a habitualidade de seu exercício. b) O conceito de sociedade implica o exercício de atividade econômica, embora nem toda sociedade que realize atividade econômica seja necessariamente considerada empresarial. c) A qualificação de uma sociedade como empresarial só ocorre quando ela exerce atividade própria de empresário sujeito a registro. d) A sociedade que precipuamente exercer atividade de empresário rural só poderá adotar tipo reservado às sociedades empresárias. Comentários: Alternativa “A”: errada. A sociedade pode ter mais de um tipo de objeto a ser explorado, de acordo com o CC. CC: D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 35! “Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.” Alternativa “B”: correta! Para ser uma sociedade empresária, deve: ⇒ estar explorando atividade empresarial sujeita a registro; ou ⇒ ser uma sociedade por ações (sociedade anônima ou sociedade em comandita por ações). Logo, não é apenas no caso de estar explorando atividade empresarial, como disse o enunciado! CC: “Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.” Alternativa “C”: errada! Como falamos na letra anterior, a sociedade anônima ou a sociedade em comandita por ações serão sempre empresárias, independentemente do objeto (art. 982, parágrafo único, do CC)! Alternativa “D”: errada, porque a sociedade rural que exercer atividade de empresário rural não é obrigada a solicitar o registro empresarial. Explico melhor: somente o registro empresarial é que determinaria que a sociedade rural adotasse, previamente, um dos tipos de sociedade empresária! Então, se a sociedade rural não optar pelo registro empresarial, ela pode assumir outro formato, que não seja, obrigatoriamente, um formato de sociedade empresária. CC: “Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 36! própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação.” Resposta: alternativa “B”. QUESTÃO 6: MPT - 2012 - MPT - PROCURADOR Leia e analise as assertivas a seguir: I – Na sociedade simples, os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções. II – O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. III – Na sociedade simples, os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade. Marque a alternativa CORRETA: a) todas as assertivas estão corretas. b) apenas as assertivas II e III estão corretas. c) apenas a assertiva II está correta. d) apenas as assertivas I e II estão corretas. Comentários: Alternativa “A”: correta, de acordo com o CC. CC: “Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções.”D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 37! Alternativa “B”: correta, de acordo com o CC. CC: “Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.” Alternativa “C”: errada, porque, de acordo com o CC, os bens dos sócios poderão ser executados por dívidas sociais após a execução dos bens da sociedade. CC: “Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.” Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 7*: ( ) O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá de restituí- los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá. Comentários: Correta, de acordo com o CC. CC: “Art. 1.017. O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá de restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá. Parágrafo único. Fica sujeito às sanções o administrador que, tendo em D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 38! qualquer operação interesse contrário ao da sociedade, tome parte na correspondente deliberação.” Resposta: Verdadeira. QUESTÃO 8: CESGRANRIO - 2011 - PETROBRÁS - ADVOGADO - 2011 Com relação às sociedades empresárias, analise as afirmações a seguir. I - Na sociedade limitada, os sócios, com a integralização do capital social, respondem de forma limitada pelas obrigações sociais. II - A sociedade limitada é constituídas por contrato social. III - Na sociedade limitada, os sócios têm responsabilidade solidária pela integralização do capital social. Está correto APENAS o que se afirma em a) I e II. b) I e III. c) I e II. d) II e III. e) I, II e III. Comentários: Item “I”: correto, de acordo com o CC. Explico mais: sobre o montante ainda não integralizado (vamos supor que existam R$ 1.000,00 ainda não pagos pelos subscritores de cotas), todos os sócios respondem solidariamente. Após a integralização, cada sócio responde limitadamente segundo o valor de suas cotas. CC: “Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.” Item “II”: correto. A sociedade limitada é uma sociedade contratual. D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 39! CC: “Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.” Item “III”: correto, a responsabilidade é solidária, em relação ao capital subscrito e não integralizado (art. 1.052, do CC). Resposta: alternativa “E”. QUESTÃO 9: ESAF - 2004 - IRB - ADVOGADO A classificação geral das sociedades, segundo o Código Civil, Lei no 10.406/2002, em sociedades empresárias e simples tem por finalidade: a) criar modelo geral de estrutura societária que é a sociedade simples. b) restringir o uso de sociedades empresárias pelas não empresárias. c) alterar a classificação anterior que era sociedades civis e comerciais. d) impedir sociedades atípicas no exercício da empresa. e) restringir cláusulas atípicas em sociedades empresárias. Comentários: Alternativa “A”: errada. As classificação de sociedades empresárias e simples não são caracteriza um tipo (modelo) geral para estruturas societárias. São várias formas possíveis, já que as regras das sociedades simples serão usadas somente em algumas situações, e as sociedades empresárias podem se adaptar a qualquer tipo de sociedade existente (N/C, C/S, Ltda., S/A ou C/A). Explicando mais, quanto à natureza, as sociedades podem ser: 1. sociedade empresária: as que praticam atos sujeitos a registro de empresário (art. 982, caput, primeira parte, do CC); ou 2. sociedade simples: as quem praticam atividades civis não empresariais (sociedades de médicos, sem terceiros contratados para a atividade-fim; sociedades de advogados; sociedade rural não registrada na Junta Comercial, etc.). D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 40! E, quanto ao tipo: 1. sociedade em comandita simples (C/S); 2. sociedade em nome coletivo (N/C); 3. sociedade limitadas (Ltda.); 4. sociedade anônima (S/A); ou 5. sociedade em comandita por ações (C/A)! Tanto as sociedades de natureza empresária, quanto as sociedades natureza simples, podem adotar qualquer um desses tipos societários (art. 983, caput, primeira parte, do CC). As sociedades simples que não adotarem um desses tipos serão regidas por normas próprias das sociedades simples (arts. 983, caput, segunda parte, e 997/1.038, do CC). Toda S/A e C/A sempre será de natureza empresária. E toda sociedade cooperativa sempre será de natureza simples, independentemente de seu objeto (art. 982, parágrafo único, do CC). Alternativa “B”: errada também, por não possuir nenhum fundamento. Alternativa “C”: errada, pelo gabarito. A ESAF considera que a substituição da classificação de sociedades civis e mercantis não foi um fim em si mesmo. Alternativa “D”: correta. Realmente, a regra do art. 983, caput, do CC, visa a impedir sociedades atípicas no exercício empresarial, ao dizer que as sociedades empresárias devem utilizar algum dos tipos previstos no CC. Alternativa “E”: errada, sem fundamento. Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 10: CESPE - 2008 - ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA – ADVOGADO ( ) O registro do contrato social ou dos estatutos sociais em cartório de registro de pessoas jurídicas ou nas juntas comerciais, a depender da natureza da pessoa jurídica (simples ou empresária), é requisito e condição para que seja adquirida personalidade. Comentários: D. EMPRESARIAL E SOCIETÁRIO EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/ANP CARGO: ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS, ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E GÁS NATURAL - ÁREA I AULA 03 - PROF. CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ ! Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br ! 41! Correto. É isso mesmo. A personalidade jurídica de sociedades apenas “nasce” quando
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