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Sara Steffens- ATM 2018.2 FRATURAS DE MEMBRO INFERIOR Prof. Tiango Aguiar Ribeiro 1) Fraturas do Fêmur: Fatores relacionados: osteoporose, osteopenia, atividades físicas/laborais, cobertura muscular (+ musc absorve impacto. Ex= tíbia mt exposta), cinemática. Traumas podem ser diretos ou indiretos (entorce= maior lesão condral, ligamentar). 1.1) Fraturas diafisárias: - Grande lesão de partes moles: Absorver impacto; Garantir nutrição: fornecem suprimento sanguíneo. Lesão de partes moles = comprometimento da viabilidade óssea, dificuldade de consolidação. Infecção Hemorragia: até 3L de sangue em cada coxa. Lesões no TRÍGONO DE HUNTER, onde passa a Artéria Femoral, têm grade risco de morte. Rabdomiólise. - Pacientes Jovens, trauma automobilístico. Diagnóstico: Sinais/sintomas clássicos = deformidade angular, mobilidade anormal, encurtamento, edema, dor, etc. EXAME VASCULAR. Radiografia = 2 planos AP e Perfil. Inclusão de extremidades = sempre incluir a articulação de cima e de baixo da fratura (ex. quadril e joelho) 10 a 25% das fraturas de diáfise tem comprometimento de articulações Tratamento: 1. Conservador = imobilização (gesso) apenas. Problemas: TVP, TEP, escaras, atrofia muscular e rigidez articular. Demorado: a tensão, movimentação estimulam o crescimento ósseo. Crianças: é usado tto conservador, com gesso pelve- podálico. Tração contínua em caso de encurtamento do membro. 2. Cirúrgico= mobilização precoce. 2.1. Fixadores externos = controle de danos. Colocado longe do foco de fratura (menor risco de osteomielite). Usado quando houver demora na cirurgia definitiva. 2.2 Haste intramedular = padrão. Haste de kuntcher. Se adequa ao tamanho do fêmur, tutor intramedular = guia o fêmur a se manter reto. Paciente pode deambular (não há necessidade de repouso). Biológico: não altera o foco fraturado. HASTE BLOQUEADA: É o padrão ouro hoje; com parafusos para fixação da haste. Problemas da haste: - Limitada p/ fraturas de extremidades (distais e proximais). - Custo elevado, limita o uso em alguns serviços. 2.3. Placa em Ponte = placa passa por cima do foco fraturário, não alterando o envelope, a musculatura e a vitalidade (também é um tratamento biológico) Segundo padrão ouro quando custo da haste é muito elevado. Anos 60 = grupo AO = placas evolução do tto. Complicações Imediatas: lesão arterial < 2%, lesão de nervo ciático. Tardias: consolidação viciosa (fora do lugar), pseudoartrose (osso não consolidado - falta de aporte biológico ou excesso de movimentação), infecção. 1.2) Fraturas Distais do Fêmur: Côndilos = osso esponjoso, trabeculado. Comum na pessoa idosa = perda de densidade óssea, mais susceptível a fraturas com trauma de baixa energia. Incomum no jovem e adulto = trauma de alta energia e alta velocidade. 5% das fraturas de fêmur. Tratamento: Idoso = dificuldade de tratamento = osso frágil, osteopênico. Difícil de pegar no parafuso. O tratamento com gesso tem alto risco de consolidação viciosa (não usar). Os ligamentos, o músculo gastrocnêmio geram forças puxam estruturas e causam vícios na consolidação (deformidade angular). RISCO DE ALTERAÇÃO NO EIXO DE CARGA. Fraturas de patela: fazem parte das fraturas de fêmur distal. Idosos = cortical fina, e medular alargada. Adultos = cortical grossa e medular ‘normal’. Tratamento para fraturas Fêmur Distal: CIRÚRGICO. Normalmente parafuso canulado + placa angulada. 2) FRATURAS DA TÍBIA: OSSO LONGO QUE MAIS FRATURA Sem envelope muscular para dissipar energia, fratura mais fácil que o fêmur. Comum ocorrer fraturas expostas Pode fraturar a fibula também Entre tíbia e fibula = membrana interóssea = ajuda a estabilizar a movimentação, traz invervação e vascularização. Trauma direto = maioria = fratura de grande energia com grandes desvios e lesão das poucas partes moles que o osso possui. Trauma indireto= FRATURAS DO PLATÔ TIBIAL (região proximal / joelho/ articulação) ocorrem por forças em varo e valgo associadas a compressão axial. Ocorre em pacientes que cairam em pé. Comum em idosos e nos adultos quando há alta energia. “fratura do para choque” Cuidado com as fraturas de Schatzker IV = platô tibial medial= lesoes da artéria poplitea. Complicações Lesao ligamentar esta associada a 20% dessas fraturas. Lesao da artéria poplítea = fossa poplítea atrás do joelho. Lesão da camada íntima da artéria (endotelio vascular) que podera evoluir para trombose e isquemia - uso de heparina terapêutica é mandatório nesses pacientes. Sara Steffens- ATM 2018.2 *Lembrar do risco de isquemia arterial aguda em caso de Entorce de Joelho. Nervo femoral que se bifurca nesta região. Diagnóstico = Dor intensa, impede deambulação. Edema, deformidade. Radiografia em 2 planos. Fatores prognosticos= de maior importância, segundo NICOLL: Grau de desvio inicial, Gravidade da cominição, Lesoes de partes moles. Tratamento: cirurgico Padrão ouro - Haste intramedular bloqueada para diáfise. Pode ser conservador, SE: não tiver degrau articular e se desvio < 4mm. Tto com 6 semanas sem movimentar, 2 a 3 semanas sem carga. Complicações: Imediatas = Lesão vascular (tibial anterior). Síndrome compartimental = Anterior, lateral, posterior superficial, posterior profundo. --> aumento da pressão que leva a diminuição da perfusão com isquemia tecidual 4 PS = Pain (dor, é 1° a surgir), diminuição da pulsação, paralisia, palidez. Dor insuportavel à movimentação passiva/ n melhora com medicação= risco de sindrome compartimental Paralisia do N. Fibular Tardias = Infecção, Retardo de consolidação, Deformidade, Pseudoartrose, Rigidez, Artrose. 3) FRATURAS DO TORNOZELO Articulação talocrural Elasticidade conferida pela sindesmose complexo quanto aos ligamentos. Traumas diretos ou indiretos (rotacionais). REGRAS GRUPO DE OTTAWA Quando solicitar RX em torções de tornozelo? Quando apresentar alguma das condições abaixo: 1) perguntar sobre o acidente a capacidade de apoiar o pé = se conseguir andar não precisa pedir RX 2) Palpar o tornozelo concentrando-se na borda posterior dos maléolos (tanto medial quanto lateral) de proximal para distal, em seguida apalpar a base do 5º metatarsal e do navicular (dor somente na borda anterior dos maléolos costuma ser por lesão de ligamentos e não por fraturas). Lembrar que para a pinça articular funcionar adequadamente a fíbula precisa: Ter comprimento e rotação normal, Possicionada em local correto, Correta sindesmose (articulação fibrosa, ossos unidos por ligamento). Tratamento: Conservador se as fraturas não tiver desvios = 6 semanas de gesso. Consegue recuperar o movimento com a fisioterapia. Cirúrgico= se houver desvio. “A redução aberta é seguida de fixação interna com placas + parafusos na fíbula e parafusos no maléolo medial.” 3.1) FRATURAS DO PILÃO TIBIAL: Exclui o maléolo medial, normalmente são cirúrgicas, conservador somente se não deslocada, não cominutiva (raro!). “E uma fratura caracteristicamente intra-articular, e possui grande chance, se não tratada corretamente, de provocar osteoartrose (mais que nas fraturas de tornozelo clássicas), chegando a quase 100% nas fraturas gravemente cominutivas.” DICA FRATTURAS DE MMII= Extremidade: placa+ parafuso Diafise: haste Gesso: só p criança. FRATURAS DE MEMBROS SUPERIORES Prof. Tiango Aguiar Ribeiro FRATURAS DO ÚMERO 3% de todas e 20% acontecem em adultos 60% no 1/3 médio (diáfise). 30% 1/3 proximal cabeça úmero, em IDOSO, em múltiplas partes. 10% 1/3 distal. 1.1 FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS: Transversas, obliquas, espirais. Segmentar é maior e cominutiva em vários pedaços. Relação com inserção do peitoral e deltoide. TRATAMENTO/ IMOBILIZAÇÕES: De acordo com o que aconteceu no RX, devem ser feitas diferentes formas de imobilização. Sara Steffens- ATM 2018.2 ÚMERO NÃO GOSTA MUITO DE CIRURGIAIsso pq tem que chegar próximo ao radial e há alto risco de cair a mão. Também, tem que desperiostizar. Hastes p úmero não funcionam bem. “Brace” funcional: quando a fratura já tem calo ósseo; coloca como se fosse 2 caneleiras e deixa o cotovelo livre. Tentar liberar logo a articulação. Pinça de confeiteiro Imobilização com goteira em U Resultados de até 20 de angulação lateral, 30° em varo e 2,5 cm de encurtamento podem ser aceitos ou seja, mesmo com alterações grosseiras como essas, é mantida a funcionalidade. Por isso TRATAMENTO É CONSERVADOR. ”O conservador é indicado ~90% das fraturas deste segmento; feito com imobilização com o braço junto ao corpo e cotovelo num ângulo de 90°; tala gessada ou plástica tipo “pinça de confeiteiro” ou gesso cilíndrico com tipoia. Após 1-2 semanas, pode ser trocado por uma órtese denominada “BRACE” (deixa livre a articulação). Permite a mobilização precoce do ombro, mas não é recomendado nos pacientes pouco cooperativos. Deve ser mantido por 6 semanas.” TRATAMENTO CIRÚRGICO- TRATAMENTO CRUENTO: Indicações: 1. Fraturas oblíquas do 1/3 distal (pode ter lesão de radial); 2. Fraturas patológicas sempre (com exceção do osteosarcoma); 3. Fraturas segmentares (grande instabilidade); 4. Quando há lesão vascular associada; 5. Múltiplas fraturas de MMSS que necessitem de mobilização- não consegue imobilizar direito; 6. Fraturas expostas; 7. Politraumatizados- muitas vezes vão p UTI; precisam de mobilização precoce, gesso gera rigidez e risco aumentados p/ eventos tromboembólicos. “A redução aberta + fixação interna com placa e parafusos é o método mais usado. A mobilização precoce no pós-operatório. Os fixadores externos reservados para as fraturas expostas grau IIIB ou IIIC de Gustillo-Anderson.” Pode ser colocada haste medular rígida, que se entra por cima e por isso tem risco de lesar o manguito rotador. “A simples associação com paralisia do nervo radial não indica cirurgia pois a maioria das lesões nervosas são neuropraxia e recuperam espontaneamente (exceto nos casos de paralisia após manipulação para redução).” COMPLICAÇÕES: 1. Pseudoartrose (ausência de consolidação)- fratura que não consolida e adquire impressão de articulação com artrose. 1º motivo é falta de estabilidade (osso gosta de pressão p/ consolidar, mas não muito movimento que destrói calo ósseo). Muito calo ósseo em formação, mas que não cola por falta de estabilidade- “em pata de elefante” pseudoartrose hipertrófica (mt calo). Pseudoartrose atrófica/ hipotrófica- não forma calo ósseo. Falta aporte sanguíneo, nutrição. É mais comum quando coloca placa e despariostiza muito. É mais difícil de resolver que a outra. Além disso, cirurgia grande tb traz risco de infecção. Problema do tto cirúrgico: coloca placa grande, desperiostiza muito. 2. Lesão Nervo Radial: Fratura goteira radial na transição 1/3 medial e 1/3 distal = Mão caída. 3. Lesão artéria radial 4. Infecção Havendo lesão neurológica, não pode simplesmente imobilizar!! Descrever lesão! Fraturas do cotovelo Nervo ulnar: passagem posterior, na inserção do tendão do tríceps. Nervo mediano e artéria braquial correm juntos, Anteriormente na fossa cubital. Superficiais no tendão do bíceps. Nervo radial anterior passando na cabeça do radio. Músculo braquioradial (supinador), pode passar embaixo o nervo interosseo e levar a perda da extensão dos dedos. Articulação do Radio com capitulo e com côndilos. 1.2 FRATURAS DO UMERO DISTAL a. Fratura supracondileana (crianças) Muito comum em crianças Geralmente com hiperextensão 98%. Hiperflexão é raro. Fraturas deslocadas tem indicação cx. “A classificação de Gartland é a mais utilizada: tipo 1: sem desvio ou desvio mínimo, tipo II: desvio angulado com uma das corticais em contato, tipo III: desvio sem contato entre as corticais.” Grau I- sem deslocamento tala e gesso. G II e III fixação percutânea vendo por imagem. Em adulto é fixação CRUENTA. “geralmente é uma queda com o apoio da mão no momento em que o cotovelo está estendido. As forças do trauma fazem as extremidades proximais do rádio e ulna empurrarem os côndilos para trás, fraturando a região supracondileana. fratura em extensão” Sara Steffens- ATM 2018.2 b. Fraturas dos côndilos Mais em crianças c. Fraturas da cabeça do radio ADULTOS: em adultos de tds idades, por queda sobre membro. Com deslocamento e fraturas cominutivas tto cx, é o + comum. Conservador qnd n tem deslocamento. CRIANÇAS: na maioria reduz de forma incruenta, consegue pq tem maior elasticidade. Redução incruenta + gesso ou redução incruenta e fixação percutânea. Criança gosta de gesso. Se não der, fixação percutânea. Raramente cx aberta. c. Fraturas do olécrano: Articulares, geralmente com desvio pq é onde se fixa o tríceps. Deslocamento geralmente não usar método conservador (só redução aberta, sem redução incruenta). Usada banda de tensão p/ fixar e liberar p/ movimentação.--> quanto mais movimento, mais estimula a consolidação da fratura (método de cerclagem). 6. Fratura intercondilar LUXAÇÕES DO COTOVELO Na maioria 3ª década (30-45 anos). 2ª luxação (+ comum, a mais é ombro) Dx pelo RX Reduzir o cotovelo, quando reduz passa a dor, pois passa a distensão da capsula articular. Chega com cotovelo estendido. PRONAÇÃO DOLOROSA LUXAÇÃO MAIS FREQUENTE EM CRIANÇAS. Muitas resolvem sozinho Puxar criança hiperextensão externa e lateral?? + M, + lado Esquerdo e recorrência elevada. 2 a 3 anos, raras após 5 anos. Ocorre pronação fazer redução e ouvir click. Se ocorrer com > 48h, pelo edema, dei Ligamento orbicular fruxo predispõem (ele prende a cabeça do radio) FRATURAS ANTEBRAÇO Independente do tipo de fratura, ele deve ser considerado como articulação, pois tem 3 articulações proximais e 3 distais. Perda de pronosupinação e flexo-extensão Reduzidos de forma ANATÔMICA, sem desvio, sem deslocamento, p/ dar estabilidade e proporcionar mobilidade precoce. * 99% cirúrgica no adulto (muita pseudoartrose e consolidação viciosa – só se for fratura só da ulna e sem deslocamento-máx. 10°-, do radio é sempre cx). * Em criança gesso (após 12-13 anos já fica difícil, aí geralmente passa fio). Membrana interossea traz vascularização. Articulação sem mov. fica rígida Dx geralmente fácil: edema, encurtamento, dor mobilidade e palpação. Perde função da mão (movimento e força). Paciente adulto encaminhar direto p/ exame de imagem, não tentar reduzir p/ não lesar vasos e nervos. Cuidar com Síndrome Compartimental (regiões Superficial, Média e Profunda) (menos comum que em MMII). Grande edema pode levar à isquemia tecidual (Dor, palidez, perda pulso, parestesia).Fraturas da Ulna: Sara Steffens- ATM 2018.2 Localização superficial, mínima cobertura musc. (risco osteomielite), predomina cortical (consolida menos). Conhecida como fratura do cassetete. Em grandes deslocamentos, suspeitar de Luxação radioulnar distal. FRATURA DE GALLEAZI Fratura rádio + luxação radio-ulnar: distal Cx sempre! Incomum, ocorre em 6% das frat de antebraço. Fratura de radio e ulna placa e parafuso mobilização precoce. No punho! Fratura radio e luxa ulna Monteggia é o contrario FRATURA DE MONTEGGIA Fratura de 1/3 proximal de ulna + luxação anterior da cabeça do rádio no cotovelo. Redefinida por Bado em 4 subtipos de lesão. 2% das fraturas de antebraço. Tratamento cirúrgico. Têm muita complicação: - Lesões nervosas principalmente no interósseo posterior - Consolidação viciosa também pode ocorrer: tto é osteotomia da ulna. Raramente ocorre qnd coloca placa e parafuso, ocorre mais qnd faz tto conservador. - Pseudo-artrose por falha da fixação ou se tratar com gesso. - Sinostose: é uma das complicações, quando ocorre consolidação de membrana inter-óssea que diminui prono-supinação. Junção dos dois ossos (radio + ulna). 3%. FR sinostose: TCE (ossificação heterotropica, consolida fraturas mais rápido), Infecção, Mesma incisão p/ 2 ossos, Parafusos muito longos. Mesmo nas fraturas de antebraço, pela remodelação, as crianças corrigem angulações (só não corrige rotacionais). Fazer tratamento conservador. FRATURA DO RÁDIO DISTAL Fratura de Colles Sentinela p osteoporose É a Fratura MAIS COMUM DO MEMBRO SUPERIOR Lesões complexas; cair com mão espalmada. Diferença de altura e distância entre rádio e ulna devem ser de 2mm. NÃO há fratura de articulação se tiver não é de Colles. Deve ter deslocamento DORSAL ver foto. Fratura de BARTON Mesmo tipo de fratura, com fratura da superfície ARTICULAR. Tb tem deslocamento dorsal ? Fratura de SMITH Colles invertido Extra-articular, com descolamento anterior/ palmarmente. FRATURA DE CHAUFFER Fratura só processo estiloide do radio. Critérios de Instabilidade- Tendo 2 ou + tem indicação cx (em caso de fratura do radio distal (note que pode não ser cx). Cominução metafisária volar (dorsal ou ventral). Sara Steffens- ATM 2018.2 Tilt inicial > 20° (colles que desvia mais de 20º para cima). Afastamento dos fragmento > 5 mm Encurtamento inicial 8-10 mm Desloc intra-articular > 2 mm Associação de frat da ulna. Pcts > 60 anos e osteoporose. Cominução dorsal > 30%. Traumas de alta energia. Sem critério de instabilidade pode só usar gesso. Fixação percutânea pinagem Redução aberta Complicação imediata: Compressão nervo, ruptura tendão (qnd faz passagem de fio), distrofia simpática reflexa (sudorese, palidez, atrofia, edema rígido, rigidez articular, osteopenia de desuso- quando paciente não que mexer; distrofia de Sudek). Complicação Tardia: mesmas + consolidação viciosa, intabilidade, RUD, artrose (fratura articular), pseudo-artrose. FRATURAS DA COLUNA VERTEBRAL Prof. Tiango Aguiar Ribeiro Lesões cervicais 40% Maioria 15-24 anos (cinemática grave) e após 55 anos (laborais). Toraco-lombares: 20% 20-40 anos e geriátricas. 90% das fraturas da coluna vertebral. 66% t-l em T11-L12 50% em T12 transição da cifose p/ lordose= zona de instabilidade; área de cisalhamento. 60% da lombares em L1 Cada segmento vertebral tem pars articular em um sentido diferentes eixos de estabilização. Dorsal: anterior e post Lombar: lateral e medial. 40% das lesões neurológicas são no segmento torácico: rigidez, menor tamanho do canal vertebral e arredondado. Segmento Lombar é o + flexível (dçs por desgaste), canal maior e triangular. DIAGNOSTICO Clinico Exame físico pelo ATLS: reflexos, força, sensibilidade, escala ASIA, Escala Frankel (não são muito utilizadas, muito complexas). Palpar cervical e coluna vertebral como um todo. Litros de sangue: coxa (cada): 3L; pelve: 5L. Dermatomos: T4- mamilo T7- xifoide T10- umbigo T12- pelve Reflexos: L4: reflexo patelar / rotação interna pé (inversão)/ sensibilidade medial dedão e da perna. L5: reflexo tibial posterior (raro)/ musc. extensor longo do halux / sens. Dorso do pé. Teste: Andar com os calcâneos. S1: reflexo calcâneo (aquileu) / everção pé/ Sens parte lateral da perna/ ficar na ponta dos pés EXAMES DE IMAGEM Sempre: AP, P (trans-oral fazia parte, mas n mais). OBS: para Mão e pé tb pede obliquo; ombro: tb pede axilar. Raio-X série trauma = cervical, tórax e pelve. Fazer TC e RM, pois: 24% RX T-L normais em vigência de fratura. 5-8% RX cervicais normais. Lesões da Coluna Cervical Cervical Alta= complexo occipitocervical Occipital Atlas Axis Cervical Baixa= C3- C7. FRATURA DOS CÔNDILOS Por compressão axial (mergulhar e bater cabeça, peso cair na cabeça). Geralmente com luxação atlanto-occip Lesões neuro não são comuns quando lesão isolada Prognóstico favorável se lesão isoldada. Classificação Anderson e Montesano Tipo I: impactada (cominutiva) Tipo II- frat base d crânio Tipo III- avulsão ligamentar alar. Tipo I e II: estáveis, só colar de Filadérfia por 2-3 meses. Suporta queixo para não rotar nem hiperflexaõ. FRATURAS SEM DESLOCAMENTO Tipo III (FRATURAS COM DESLOCAMENTO): artrodese. LUXAÇÃO ATLANTO-OCCIPITAL Lesão associada à alta mortalidade 2x > criança (cai de arvore/ telhado) do que adulto (AR favorece instabilidade) Compromete neuro na maioria dos casos: bulbo, ponte e medula. Luxação anterior é + comum- 50% (cervical é anterior) TC essencial p/ confirmar dx (difícil definir com rx) Tratamento definitivo com FUSÃO OCCIPITO-CERVICAL é OBRIGATORIO, pelo elevado grau de ruptura ligamentar. FRATURAS DO ATLAS (C1) Massas anteriores, laterais. Sara Steffens- ATM 2018.2 Lesão ligamento transverso: determina estabilidade. Artrodese se ele for lesado. Processos transversos: artérias vertebrais. Sem processo espinhoso ou bífido Dente de C2 10% das fraturas cervicais 50% com outras lesões cerv Compressão axial é mecanismo Lesão neuro rara Dor suboccipital, cefaleia... Fazer TC, RX não mostra mts vezes. Tipos de Frat.. Colocar colar cervical e Encaminhar! LUXAÇÃO ATLANTO- AXIAL Rx trans-oral. Limita movimento e dor suboccipital Rx com desvio dos processos *Muitas vezes associada à fratura do odontóide Em tipo I: pode fazer tração mentoneira (risco de infecção) seguida de colar Filadelfia. HOJE SE PREFERE FAZER LOGO ARTRODESE (menor risco de infecção) Luxação de outras V (C3 em diante) se usa mais a tração, aumentando peso. FRATURA ODONTÓIDE C2 5-15% das frat cerv 25% lesão neuro (geralmente n são permanentes)- Déficit neuro é incomum Geralmente estabilização rígida (parafuso?) ESPONDILOLISTESE TRAUMÁTICA DO AXIAS- ENFORCADO Acidente automobilístico- maioria Mortalidade 25-40% Sem deslocamento= colar cervidal Com deslocamento= artrodese. FRATURAS DA COLUNA CERVICAL BAIXA C3-C7 Trauma em flexão maioria 50% Causas: automobilístico, desportivos, mergulho agua rasa. Rx de cervical sempre deve mostrar transição cérvico-torácica (C7- T1). Cervical retificada: dor, fratura, colar cervical, CLASSIFICAÇÂO UNIVERSAL, PARA QLQR SEGMENTOVERTEBRAL Tipo A: Compressão (hiperflexão) Tipo B: distração (hiperextensão) Tipo C: Rotação= mais grave. 60% déficit neurológico. Gravidade crescente, tem relação com déficit neurológico. Objetivo: alinhar cervical, estável, com função neurológica. URGÊNCIA NA REDUÇAÔ, operar em até 48 h. Metilprednisolina facilita recuperação neurológica Tto conservador: luxação e fraturas redutíveis: tração longitudinal com halo craniano. Redução fechada (pesos crescentes e monitorização com RX perfil p ver se reduziu). – cerca de até 2 dias. Se não reduzir, surgir sintoma neurológico artrodese Mesmo com redução da RM p ver se rompeu ligamento, que confere instabilidade. Tto cx: Instabilidade e piora neurológica Via anterior prevalece na necessidade de descompressão do canal por hérnia discal traumática ou frat explosão do corpo Via posterior tem indicação de luxações irredutíveis LESÕES COLUNA TORACO-LOMBAR Coluna torácica: 12 vertebras alinhada em cifose Angulação da cifose 20-45° Corpo arredondado maior que cervical, mas me Pedículo Tubular Processos articulares anterior e posterior Coluna lombar: 5 vertebras alinhadas em lordose Angulação 40-60° Medial e lateral Maior corpo vertebral Pedículo oval Classificação de Frank- Denis é específica para lombar. Lesão de 2 colunas de Denis indica cx. Tto: Alinhar Prevenir lordose/ cifose Prevenir instabilidade: dor, protrusão discal, herniação Prevenir complicações não espinhais: TEP, pneumonia, ITU, escara pela imobilidade. TIPO A: maioria instáveis, lesão anterior do corpo vertebral. Ortese= colete OTLS ou Jewett por 6-12 semanas. ~3 meses. TIPO B: Geralmenate tem dano neuro Indicação cirúrgica Mais déficit Neuro que A. Exceto fraturas tipo Chance TIPO C: Mais grave, com mais déficit (60%) TÓRAX: Urgência e Emergência Prof. Airton COMPLICAÇÕES DA DRENAGEM TORÁCICA • Laceração ou perfuração de órgãos intratorácicos e/ou intra- abdominais, que podem ser evitados com a técnica de introduzir o dedo antes do dreno. • Contaminação da pleura - empiema pleural • Lesão de nervo, artéria ou veia intercostal: transformando o pneumotórax em hemopneumotórax ou neurite ou nevralgia intercostal Sara Steffens- ATM 2018.2 OBS: vômica secreção pulmonar. Lei de Laplace Pressão sobre superfície curva é proporcional ao raio da curvatura. Havendo maior raio nas bolhas, há maior pressão e, por isso, ali há maior probabilidade de rompimento. Espaços aéreos pleurais: 1- Blebs: pequenas bolhas apicais. 2- Bulas ou bolhas: Classificação de Line- Reid: Tipo I- Pediculadas Tipo II- Sésseis Tipo III- Intraparenquimatosas PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO Pode ser estável ou hipertensivo Radiologia é obrigatoriamente ins e expiração forçada. Tratamento: ConservadorFornecer O2: adicional de 4L/min, para absorver mais rápido, pois O2 é mais difusível que o CO2 e vai ser mais absorvido pela pleura. Na prática, quase sempre se drena. *Sempre fornecer O2, pegar acesso. Drenagem quando 30% do pulmão em expiração (na expiração é maior). Em 95% o pneumotórax se refaz, devido à existência blebs, bulhas (vistas na TCAR, RM). Após ter sido drenado, deixar dias até re-expandir. Drenagem simples resolve 85% da cx torácica. Quando não expandir (bulhas muito grandes, refaz pneumotórax). Pode-se tentar expandir: deixando 2 drenos, sendo o 2º com aspiração contínua. Ficando 40 cm entre 1 e outro frasco. A pressão negativa se faz pela diferença de ALTURA da coluna líquida. No primeiro frasco há 2-3 cm de água e no 2º cerca de 25 cm. 25 cm - 3 cm= 22 cm será a pressão de água para re- expandir pulmão. Outra opção: ressecção (tirar pleura com vídeo) Tentar reexpandir o mais rápido possível e acompanhar com Hemograma (fuga aérea pode trazer bac. empiema pleural) RX (em 60°) todos os dias p/ acompanhar expansão. Pleurotomia fechada é o dreno. Pleurotomia aberta. Forçar p/ reexpandir logo fechar válvula. Pleurodese: em oncológicos é feito com talco (será que é a pleurodese ou a quimio que faz n refazer o DP). Contraindicações: Inexpansibilidade pulmonar (deve ter expansibilidade, não deve ter linfangectasia carcinomatora, atelectasia). Pleurodese pode ser feita com: Abrasão ou Pleurectomia ou Química: talco ou oxitetraciclínica –tetrex- ou a mistura dos 2 –preferência do prof-). Um sinal da efetividade e a dor (pela inflamação da pleura que faz colar a pleura). PNEUMOTÓRAX ABERTO NA URGÊNCIA: Curativo de 3 pontas no atendimento inicial faz não entrar ar, efeito de válvula. Drenar e reobstruir com curativo Drenagem + Reconstrução. Coloca-se curativo compressivo até chegar ao local que possa corrigir. NÃO COLOCAR DRENO NA MESMA INCISÃO= causa infecção. TORAX INSTÁVEL ATLS: fratura de 2 ou + Respiração paradoxal: Para estabilização imediata: compressão Bimanual / ou colocar peso (2-3 Kg), até conduzir. *Respiração Paradoxal: expiração faz expandir (c/ ar do outro pulmão) e inspiração faz afundar. Fraturas geralmente são mais laterais e posteriores (linha da escápula). Comprimir bimanualmente a parede torácica Contusão pulmonar é a prioridade!! É o que faz não oxigenar. Tt conservador tem morbimortalidade baixa, diferente da VM prolongada. Drenagem precoce à VM Estabilização é por hiperexpansão pulmonar. Dados importantes: pneumopatia previa, extensão da contusão pulmonar, coleção pleural associada, idd do pct (menos importante). Tto conservador x VM x Fixação Cx: Depende de: grau hipoxemia, extensão contusão, necessidade de intervenção invasiva. Não colocar pct com fraturas de arco costal em VM antes de fazer drenagem caso contrário pode haver a perfuração de pulmão pela fratura e pneumotórax hipertensivo rápido e fatal!!!!! Colocar dreno do lado fraturado, mas pode até colocar bilateralmente. Sara Steffens- ATM 2018.2 Tratamento conservador do Tórax instável: TTo da dor: bloqueio intercostal, cateter peridural, analgésicos. Fisio Resp. Restrição Hídrica: 20 ml/Kg/ dia Cuidados com intercorrências Pleurais (hemograma diário): ver leucocitose, febre. VM imediata: Quando PA < 80 Disfunção ventilação (Pa O2 < 60) 3 lesões ou + associadas (laparotomia) Lesão pulmonar prévia TCE grave Fratura de 8 ou + costelas (depende da clínica) Idade > 65 Fixação cx- indicações: Dificuldade de VM (prof. nunca teve)Ex: Pacientes pediátricos, com asma. Necessidade de toracotomia. Fraturas associadas: esterno (é a pior- operar logo) e clavícula (não há necessidade de corrigir). PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO: Ar sob tensão que produz desvio das estruturas mediastinais. A tendência é fazer enfisema subcutâneo (não ter medo, ele não mata) (pode tomar conta da pele até do rosto). O tratamento é PUNÇÃO evacuadora para drenar. Risco principal é a CAVA torcer e não há retorno venoso, não entra sangue no átrio e há choque. Idoso tem mais aderência do no pulmão, desvia menos. “O ar entra no espaço pleural, sem possibilidade de sair, determinando colapso total pulmonar, desvio contralateral mediastinal, diminuição do retorno venoso por torção da junção cava-atrial e parada cardíaca em assistolia.” Estase Jugular é Sinal importante. Diagnóstico é clínico! Não esperar pelo RX! Clínica: “Desconforto respiratório, taquicardia, hipotensãoarterial, desvio da traquéia contralateral, ausência unilateral de murmúrio vesicular*, abaulamento estático do hemitórax*, turgência venosa cervical e cianose como manifestação tardia.” *Diferenciar de Tamponamento Cardíaco. “Origina-se + rápido e é + grave do lado D devido à existência de uma víscera maciça – o fígado, que dificulta a descida da hemicúpula diafragmática direita e a topografia homolateral das cavas. Quando a pressão do espaço pleural ultrapassa 20 cm de água, ocorre a instabilidade hemodinâmica.” Tratamento: Punção no 2° EI., na linha hemiclavicular, no lado afetado (abocate não é tão bom, agulha de puncionar subclávia é melhor). Na prática, o abocate pode ser colocado em outros EI, em qual for + fácil. Após, faz-se Drenagem. TAMPONAMENTO CARDÍACO Ferimento não penetrante: Inicial: pericardiocentese Recidiva: toracotomia Ferimento penetrante: Toracotomia Trauma torácico sempre solicitar ECG Retirada de 50-100 ml de sangue pode melhorar condição clínica. Punção de Marfan? Ângulo 30°, da E D. Posição sub-xifoideia (para não lesar coronária). Para saber se sangue é venoso ou é do Pericárdio: colocar em gaze, se coagular é do A ou V, se não é do pericárdio (tem enzima que não permite que coagule). Se recidivante, mas não há possiblidade de toracotomia, usa-se abocate. Tríade de BECK: - abafamento de bulhas - estase jugular (aumento P venosa) - hipotensão HEMATOMA PULMONAR Associado a lesões severas Acompanhado de hemoptise Área de consolidação irregular (parece tumor) Reabsorção lenta 4-12 semanas (1-3 meses). Pode persistir e se organizar e gerar abcesso. Diferença de hematoma e contusão: mesmo tempo de reabs, ambos podem abcesso, mas hematoma tem sangue. LACERAÇÃO PULMONAR Trauma intenso “racha o pulmão” Sempre se acompanha de contusão (pode só ser visível depois que contusão desaparece) Regride em 4-12 semanas tb. Mecanismo: trauma na inspiração Muitas vezes tem que operar LESÃO DE TRAQUEIA E BRONQUIO 50% ocorre óbito na 1ª hora TOT com sonda ou broncoscópio, (seletiva). Sonda de karlens TOT p/ seletivar. Drenagem rápida do pneumotórax Traqueostomia?! HEMOTÓRAX MACIÇO Sangue é grande meio de cultura, necessário fazer antissepsia. Comprime e desvia. Punção evacuadora é medida urgente: correto seria imediatamente toracocentese, com punção evacuadora, mas na pratica aqui faz direto Drenagem. Fatores decisórios: volume acumulado, tempo evolução, fluco drenagem. Fatores de tratamento: toracocentese, drenagem pleural e depois Pleuroscopia (vídeo- para agredir menos, de repente é vaso pequeno), ou toracotomia convencional. Classificação Hemotórax/ forma de tratamento Mínimo (até 500 ml): toracocentese Moderado (500-1500 ml): DP Maciço (> 1500 ml): toracotomia Outra indicação de Toracotomia: 250 ml/h nas 4 primeiras horas. *Auto-transfusão: fatores de coagulação tb são perdidos, é bem importante. Tudo o q eu colocar no tórax, fazer RX de controle (ex: DT). Síndrome do coagulo intracavitário: hematócrito vai baixando e, em contato com a pleura ele vai crescendo, pela ação de enzima. Não há vaso sangrante aparente. Tratamento é só retirar coágulo e lavar muito (para retirar enzima). LESÕES DE ESÔFAGO Principais: ruptura instrumental, corpo estranho e traumatismos contusos (1/3 inferior). Quadro: dor! Causa Mediastinite e dor violenta. Mediastinite é das coisas que mais da dor. Dx confirmado por estudo contrastado usa contraste iodado!(não usa bário). Indicações cx: antes de 4h pode só suturar, rafia direta! Esofagoscopia previa. Abordagem Cirúrgica/ segmento acometido Sara Steffens- ATM 2018.2 Abordagem cervical: esof sup Toracotomia D: 1/3 médio Toracotomia E: 1/3 inferior LESÃO DIAFRAGMA Hérnia diafragmática: por ex. no RX de pé não tem DP e ao deitar aparece um Derrame muito grande. Passa líquido do abdome para o tórax e tto é cx imediata. Grandes lesões: 1. Abordagem Imediata: Laparo com correção; UTI. Por via abd para ver lesão dos órgãos. 2. Trauma tardio: toracotomia, correção com tela, UTI (5 dias rotina do serviço). Via tardia (1 dia depois já) toracotomia (faz muitas aderências vascularizadas e não consegue puxar). EXTRA: Toracocentese com Agulha (ATLS- pq 119) Indicado p/ Pneumotórax hipertensivo com risco à vida (em pct que não tem esse quadro, se feito pode gerar pneumotórax e/o u dano pulmonar). Sucesso de 50-75%. Passo-a-passo 1. Administrar altas concentrações de 02 e instalar um ventilador se necessário. 2. Identificar o 2° espaço intercostal na linha médio-clavicular no lado do pneumotórax. 3. Preparar o tórax para uma cirurgia. 4. Anestesiar localmente (se doente consciente e tempo permitir). 5. Posicionar o doente se uma lesão de coluna cervical for excluída. 6. Manter o Luer-Lok na porção distal do cateter, inserir um cateter sobre agulha (5 em de comprimento) através da pele e direcionar a agulha justa superiormente à costela para dentro do espaço intercostal. 7. Puncionar a pleura parietal. 8. Remover o Luer-Lok do cateter e ouvir o repentino escape de ar quando a agulha ultrapassar a pleura parietal, indicando que o pneumotórax foi aliviado. 9. Remover a agulha e reposicionar o Luer-Lok na porção distal do cateter. Deixar o cateter plástico no local e fixá-lo com fita ou aplicar um pequeno curativo sobre o local de inserção. 10. Preparar para a drenagem do tórax. O dreno de tórax é tipicamente inserido no nível do mamilo, imediatamente anterior à linha axilar média do hemitórax afetado. 11. Conectar o dreno de tórax num selo d'água ou num aparato valvular e remover o cateter utilizado para aliviar o pneumotórax hipertensivo inicialmente. 12. 0bter uma radiografia de tórax. Complicações: • Hematoma local • Pneumotórax • Laceração pulmonar Drenagem Torácica (ATLS- pg 119) Passo-a-passo 1. Determinar o local da drenagem usualmente no nível do mamilo (5 o espaço intercostal) imediatamente anterior à linha axilar média do lado afetado. Em caso de hemotórax, pode ser usado um segundo dreno torácico. 2. Preparar cirurgicamente o tórax no local predeterminado para a inserção do dreno e cobrir com os campos cirúrgicos. 3. Anestesiar localmente a pele e o periósteo do arco costal. 4. Fazer uma incisão transversa (horizontal) de 2 a 3 cm, no local predeterminado, e dissecar de forma romba as partes moles junto à borda superior do arco costal. 5. Perfurar a pleura parietal com a ponta de uma pinça hemostática e introduzir o dedo enluvado na incisão para evitar lesões de outros órgãos e para remover aderências, coágulos, etc. Quando o tubo estiver no local adequado, remover o clampe do tubo. 6. Pinçar a extremidade proximal do dreno de toracostomia e introduzi-lo no espaço pleural na extensão desejada. O tubo deve ser direcionado posteriormente junto à parede interna da caixa torácica. 7. Observar o embaçamento do tubo torácico com a expiração ou prestar atenção para verificar se existe fluxo de ar. Conectar a extremidade do dreno de toracostomia a um sistema de selo d'água. 9. Fixar o dreno no local com fio de sutura. 10. Aplicar um curativo oclusivo e fixar o dreno ao tórax com esparadrapo. 11 . Fazer uma radiografia do tórax. 1 2.0bter gasometria arterial e/ou conectar um monitor de oximetria de pulso, se necessário. ABDOME AGUDO “Síndrome dolorosa abdominal aguda que leva o paciente a procurarmedico ou serviço de emergência e requer um tratamento imediato clínico ou cirúrgico. Não tratado evolui com piora dos sintomas e progressiva deterioração do estado geral.” 10% dos atendimentos na emergência. Causas podem ser extra-abd, como IAM e pneumonia. 25% fica sem dx. Causa mais comum: Apendicite aguda (começa central e migra p QIE). Exames Iniciais: Hemograma, EQU, Amilase, Lipase, B-hCG. RX: rotina de abdome agudo 1. Tórax PA 2. Abd ortostase 3. Abd decúbito dorsal Achados na imagem: PNEUMOPERITÔNIO Visto em ortostase ou decúbito lateral. > 1 ml de ar livre já é visto. Perfuração de víscera oca (75% das perfurações de úlcera péptica). Ao exame físico sinal de Jobert (perda da macicez à percussão na projeção hepática), AEROBILIA Por fistula entre via biliar e vísceras ocas (estômago/ intestino) ou manipulação da via biliar (CPRE). CALCIFICAÇÕES 10% dos cálculos biliares 90% dos cálculos renais 10% dos apendicolitos Algumas calcificações pancreáticas e flebolitos. DISTENSÃO DE ALÇAS OBSTRUÇAO Vômito, distensão, parada eliminação fezes e flatus. Se tiver febre: maior probabilidade de que seja clinica, é bem tardia em obstrução, fala mais a favor de inflamatório. Sara Steffens- ATM 2018.2 A) OBSTRUÇÃO INTESTINAL ALTA (delgado proximal, jejuno): Proximal à valva íleo-cecal. Muito vomito pouca distensão, timpanismo em quadrante mais superior (colon é em todo). Mais vomito, menos dor. 1º Brida é a principal: historia de cx previa. 2º Hérnia é mais comum no delgado que no grosso. É bem mais comum que tumor no delgado. 3º Tumor: GIST (tumor estromal, da parede) é o principal, adeno é raro. - Bolo áscaris - Intuscepção (que tb é ligada a bolo áscaris) ,- Bezoar fito, tricô. - Patologias Inflamatórias: crohn que geralmente acomete íleo terminal, apendicite (tem mais clinica de obstrução de delgado do que de grosso, que é a que bloqueia). B) OBSTRUÇÃO INTESTINAL BAIXA (Cólon): Obstr de intestino grosso é mais dolorosa. - Causas: volvo, fecaloma, tumor (adeno), corpo estranho, inflamatória (apendicite avançada, diverticulite). Tipos de obstrução Verdadeira: tumor, se não operar o colon explode (peritonite fecal mata muito). Suboclusões: geralmente brida (causa angulação da alça) (existe brida congênita) pode ter reversão espontânea, ou não. Parada parcial da eliminação de fezes e flatus. Diarreia paradoxal (como em caso de fecaloma) (tb em diverticulite com abcesso pericolônico). Paradoxal: obstrução é proximal e há fezes abaixo. Pseudobstrução intestinal: não tem causa mecânica, (síndrome de Ogilvie), institucionalizado, acamado, internação hospitalar de longa data, CTI. Relação com distúrbios hidroeletrolíticos (+ hipopotassemia). Clinica de obstrução de intestino grosso. Tratamento clínico sempre deve ser feito antes, mas pode necessitar de cirurgia. Tricíclicos, opioides são FR. OBSTRUÇÃO COM VÁLVULA COMPETENTE: intensa dilatação do cólon sem nenhum sinal de distensão de delgado. EXAMES: Necessidade dos exames é variável de acordo com a clínica. Laboratorio: hemograma, EQU, amilase, lipase (ideal é sempre descartar pancreatite antes de operar apendicite- não confiar somente no dx radiológico), B-hCG (+ quadro de abd agudo inflamatório, hemorrágico). Coagulograma (cx), eletrólitos, fç renal (desidratados), fç hepática RX abd agudo Principais DD: pancreatite, S. de Ogilvie casos não cirúrgicos. RX: grande dilatação gástrica: obstrução piloro/ bem alta. Obstrução I. delgado: empilhamento de moedas. S/ ar no reto= obst total. Ortos: pneumoperitônio, bolha gástrica. "O diagnóstico de obstrução intestinal deve ser feito pela clínica e confirmado por radiografias simples de abdome. A tomografia deve ser usada apenas em casos selecionados nos quais o diagnóstico é duvidoso". Parede intestinal fina transudação inicialmente para dentro da mucosa, depois a serosa começa a transudar e surge liq. livre na cavidade, o que é visto na TC é indica quadro avançado, com sofrimento de alça. TRATAMENTO Suboclusão: tto pode ser conservador, mas não qnd há sinal de sofrimento de alça, como liquido livre na cavidade. Quando clínica de obstrução alta: é SNG, além de hidratação, eletrólitos, e observação. Boa parte resolve com esse tto conservador (~ 50%). É o caso de Brida, evita cx, para não fazer ainda mais bridas. Outros abd agudos são CX. INFLAMATORIO APENDICITE: + jovens H=M Picos: primeira infância até inicio da idade adulta e nos idosos, mas pode em qlqr idade. O dx varia muito de acordo com a idade, em jovens é clássico e idosos tardio, mais difícil. Febre é mais comum na criança (lembrar de excluir pielonefrite). Apenas 50% têm o quadro clássico. ESCORE DE ALVARADO Sara Steffens- ATM 2018.2 Ponto de corte > = 5 (S 92,6%, E 63,6%, p/ o dx de apendicite aguda na criança e no adulto jovem imunocompetente). > 7, a intervenção cirúrgica já estaria indicada. 10% das cx devem ser brancas, e até mais em crianças (se suspeitar, opera!) Clássico: começa difusa e centralizada, depois migra p/ fossa ilíaca D. Dor: dor centralizada é visceral (como tb é a de abd obstrutivo), a dor localizada é peritoneal. Descompressão súbita do abd: Sinal obturador, pessoas, rovsig, Lasègue. É a dç com tto cx mais prevalente. Dx clínico (principalmente em H), laboratorial (hemo, coagulo, PCR)- H c/ quadro clássico, jovem, não precisa de nenhum exame. Imagens: mulheres, casos duvidosos. TC tem mais E, e US (+ em M, não obesas). Tratamento: Cx laparoscópica ou láparo mediana ou Mac Burney. Tendo acometimento da base do apêndice, está indicado deixar dreno, p evitar a principal complicação que é a fistula, que é difícil de tratar. Em casos de peritonite generalizada, o tratamento é lavar toda a cavidade (pode deixar Bolsa de Bogotá temporariamente). Quadro inicial não precisa ATB, mas em geral fica com ATB. ATB sempre em caso de peritonite, ou outras complicações sempre. Em casos de Mac Burney branco sempre se retira o apêndice e na videolaparoscopia tb. COLECISTITE Inflamação da vesícula Geralmente cálculo impacta no colo da vesícula e depois sai, vesícula contrai e aperta calculo. Ocorre estase dentro da vesícula e, como qlqr estase, promove proliferação bacteriana. Geralmente 1-2 cm qnd grande ou calculo menor e impacta no ducto cístico (vesícula hidrópica). Alitiásicas: mononucleose e outras infecções virais, áscaris. É dx de exceção, não é comum! Cuidado, pois pode ser outra patologia inflamatória abdominal, como apedangite (inflamação apêndice epiploide do colo – tta com anti-inflamatório), ICC descompensada tb simula (congestão de cápsula hepática de parede da vesícula). Clinica: Dor QSD, vômito, febre. Dor referida no ombro D e costas. Dor no ombro é diafragmática e vesícula tem contato direto com diafragma. Muitas vezes dor é epigástrica. Normalmente tem história de dor após refeições copiosas. A crise tb pode ser desencadeada por refeição gordurosa (muito ácida tb). US é mandatório, é o método mais preciso para dx de colecistite (> 2 mm). Diferencia de cólica litiásica. Laboratorial: define conduta cx hemograma, transamina, FA, GGT, Bilirrubinas. Se normais colecistectomia. Se alterados estudar via biliar, pelo risco de coledocolitíase (faz colângio transoperatória quando tiver alteraçãoprincipalmente de enzimas canaliculares de bilirrubina colangio trans-op. obrigatória CPRE trans ou após). Tendo calculo operar! Risco de pancreatite. Lama= micro cálculo. Tratamento ideal é operar o quanto antes, pois mais fácil a cx. Mas pode ser usado ATB e melhorar sem cirurgia, ou até ter resolução espontânea. Dreno: alguns deixam, outros não. Quando deixam, retira no dia seguinte, para resolver fistula precoce, por exemplo. Após o 4º dia do inicio dos sintomas agudos não é bom operar, pela grande quantidade de processo inflamatório. Nesses casos, opera- se somente após 3 meses. O Correto é operar logo!!!! DIVERTICULITE É uma complicação da dç diverticular (bem prevalente, especialmente em idosos, com dor, constipação crônica). 4% dos pacientes com diverticulose evolui com diverticulite em 10 anos (25% ao longo da vida). Dor tem um período breve de dor difusa/ cólica abdominal, que geralmente tem fezes amolecidas, com aumento do peristaltismo (diferente da apendicite, diverticulite tem + diarreia). Logo depois a dor localiza em FIE. Pode ter febre, náuseas e vômitos e até chegar com sinais de sepse. Classificação de HINCHEY 1- Abcesso Peri-cólico. No máx. 5% de mortalidade 2- Abcesso pélvico encapsulado (sem extravasa p/ abd, ainda é localizada), mortalidade 5%. 3- Peritonite generalizada > 10%, até 15%. 4- Peritonite fecal: É mais dramática. Fezes na barriga. Mortalidade de até 23-45% Tratamento Conservador 1 e 2 (geralmente) e cirúrgico p/ 3 e 4. 1- Só ATB, não precisa drenar. 2- Acima de 2 cm deve ser drenado (abcesso puncionado). Geralmente com punção guiada por TC ou US. Quando não é possível, faz-se laparoscopia. 3 e 4- Laparotomia. Até pode laparoscopia, mas é mais complicada p/ lavar (é mais indicado em obesos mórbidos, p. ex.). Faz-se ressecção ou colostomia em alça, desviando o trânsito da área afetada (para diminuir o risco de fístula, que é a principal complicação quando se tenta fazer reconstrução do trânsito no mesmo tempo). Geralmente se pode reconstruir o trânsito após 3 meses. Geralmente atinge sigmoide e reto proximal. Outras medidas: jejum, ATB de amplo espectro, antiespasmódico. Sara Steffens- ATM 2018.2 Pacientes que refazem diverticulites diversas vezes podem ser operadas com ressecção eletiva de uma área grande do cólon, retirando os divertículos, mas isso não é feito na urgência. PANCREATITE Dx: dor abdominal alta, associada a náuseas e vômitos e que piora com a alimentação. Principal dx diferencial de abd agudo cx. Laboratório: amilase e lipase 3 a 4x maiores. Amilase pouco elevada pode ocorrer por outras causas (perfurações em geral, como de ulcera, ...) Os níveis não servem p/ prognóstico, quanto mais alto não quer dizer que é mais grave. Mas serve como parâmetro de cura, se normalizar significa cura. Por ex. pancreatite necro-hemorrágica pode ter amilase e lipase normal. Critérios Prognósticos: APACHE pode ser usada Critérios de RASON são mais específicos p/ pancreatite. 1: leve 2: moderada 3 ou +: grave UTI Tratamento Hidratação e tratamento conservador. Gás no abcesso pancreático/ nível ou punção e cultura + com algum micro-organismo laparotomia p/ debridamento pancreático. Ou quando a clínica piora muito ou com piora clinica + PIA (pressão intra-abdominal) > 25 Laparotomia descompressiva (com ou sem debridamento pancreático) (PIA alta prejudica por ex. perfusão renal). ANAFILAXIA Emergências clínicas- 11 ed. Internação: choque anafilático ou insuficiência respiratória, + graves e que precisarão de UTI. Duração da observação para os demais: por 4 a 8h. Medicação de manutenção à alta: alguns autores sugerem a combinação de corticosteroides e anti-histamínicos por até 5 dias (período de risco para a resposta bifásica que ocorre em ~1/4 dos casos). Interrupção de b-bloqueadores (inclusive na forma de colírios indicados para o tratamento de glaucoma), se houver uso. Definição: manifestações clínicas sistêmicas características, potencialmente graves, desencadeadas por reações mediadas pela imunoglobulina-E (IgE), após exposição a um antígeno emindivíduos previamente sensibilizados. Quadro potencialmente grave e que mata! Que só reverte com ADRENALINA! Reações pseudoalérgicas ou anafilactoides: são clinicamente indistinguíveis da anafilaxia, mas não têm participação da IgE. Considerar as mesmas orientações. Epidemiologia: Fatal em 2% Incidência na Europa: 1,5 a 7,9 por 100.000 pessoas-ano. Estados Unidos: 500 a 1.000 mortes/ano. Etiologia e fisiopatologia: • Alimentos (33% a 34%)- frutos do mar, crustáceos, amendoins e semelhantes, clara do ovo, leite, conservantes. • Veneno de insetos da ordem Hymenoptera (abelhas e vespas, 14%). • Medicamentos (13% a 20%): AINE e ATB. Quimio, monoclonais, vacinas, heparina, contraste (não pela IgE, um paraefeito é causar hipotensão). • Exercício (associado a alimento ou isoladamente, 7%). • Imunoterapia (aplicação terapêutica de alérgenos, 3%). • Látex e transfusão de plasma: < l %. • Nenhuma causa identificada (19% a 37%). Outros: pólen, pelos. Atopia é FR para algumas reações. Mecanismo de hipersensibilidade tipo 1. IgEs ligadas a células circulantes (basófilos) e células tipicamente teciduais (mastócitos) produzidas em indivíduos a partir de um contato prévio a um antígeno (alérgeno). Reação aguda: segundos a minutos após a exposição; ação de mediadores pré-formados. Reação tardia: aparece horas depois; por novas cel. recrutadas (sem re-exposição). Fase crônica: tecidos ou órgãos expostos de forma repetida ao alérgeno, mudanças estruturais e funcionais do local. Ação de diversos mediadores, principalmente Histamina: vasodilatação e bronco-constrição, aumento da permeabilidade vascular, hipersecreção mucosa e ativação do sistema nervoso autônomo. Manifestações clínicas O diagnóstico é clinico, e tem dois pilares: - a exposição a um possível desencadeante - pico dos sintomas em ~ 30- 60 min após a exposição. Sintomas surgem em min a horas depois do contato, sendo + comuns na 1ª hora subsequente (a rapidez tem relação com a gravidade). Unifásico: sintomas aparecem e não mais retornam; Bifásico: sintomas reaparecerem 8 a 10h após, ou até mesmo 72 h após a resolução do quadro inicial. Ocorrem em 23%; + quando exposição oral e 1ºs sintomas após 30 min da exposição. As manifestações podem incluir: Sara Steffens- ATM 2018.2 Pele: é a apresentação + comum, em até 90% dos casos representados por urticária e angioedema, que podem ser precedidas por eritema e prurido. Normalmente difuso. Sintomas respiratórios: até 70% dos indivíduos e podem ser de via aérea alta (rinorreia, obstrução nasal, disfonia, rouquidão, sensação de garganta fechada, Estridor), como de via aérea baixa (tosse, sibilância, dispneia, sinais de esforço respiratório). Sintomas gastrointestinais: 45% dos casos e geram náusea, vômitos, diarreia e cólicas. Sintomas cardiovasculares: 45% dos casos, podendo variar de leves como tontura e taquicardia, passando por sincope, hipotensão e choque. Perda de controle de esfíncter. É um dos tipos de choque mais temidos! Além de diminuir PA, há obstrução de via aérea. TOT piora a PA, fica ainda mais chocado. Adultos: PAS < 90 ou redução de 30% da PA prévia. Crianças: 1 mês a 1 anos < 70 1 ano- 10 anos: < 70 + (2x a idade em anos). Ex: para2 anos < 74. Alguns sinais e sintomas de gravidade: - Rápida progressão dos sintomas a partir da exposição. - Esforço respiratório, tosse persistente, estridor laríngeo. - Vômitos persistentes. - Hipotensão, arritmia, dor torácica, síncope. Diagnóstico pode ser mais difícil em algumas situações, -Usuários de Bloqueadores histaminérgicos (pois podem não ter sintomas cutâneos), - Em asmáticos, pode-se esquecer da possibilidade de ser anafilaxia. - Usuários de vasodilatadores/hipotensores tem mais chance de hipotensão e choque anafilático. Pontos que falam a favor de anafilaxia: Presença de sintomas semelhantes no passado; Definir o agente causal: interrogar minuciosamente os agentes que mais comumente causam a anafilaxia (alimentos, medicamentos, esforço, picada de abelhas, vespas, formigas, látex). Todos os medicamentos usados pelo paciente Exames complementares Dx de anafilaxia é exclusivamente clinico. Dosagens de triptase e de histamina podem ser úteis, particularmente nos casos duvidosos, desde que disponíveis. Pesquisa in vitro de IgE específica, testes cutâneos ou de provocação. São feitos fora do ambiente de emergência, num seguimento ambulatorial c/ alergista. Diagnóstico diferencial Diagnóstico diferencial de anafilaxia ou reações anafilactoides 1) Causas orgânicas que determinem hipotensão, dispneia ou síncope: Arritmias, IAM, sepse, hipovolemia, urticária ao frio grave, aspiração de corpo estranho, TEP, hipoglicemia. 2) Causas orgânicas relacionadas ao aumento endógeno de histamina: Mastocitose, urticária pigmentosa, ingestão de peixe contaminado com histamina. 3) Causas não orgânicas que simulam anafilaxia: Reação vasovagal, alergia factícia, disfunção de cordas vocais, síndrome do pânico. 4) Causas de eritema difuso (flushing): Síndrome carcinoide, uso de clorpropamida, carcinoma medular da tireoide, epilepsia com manifestação autonômica, climatério, eritema facial idiopático. 5) Causas de urticária e angioedema: Angioedema hereditário, iECA, urticaria crônica. Tratamento TRATAR!!!!! Critérios, de acordo com o grupo de sintomas: 1. PELE e MUCOSA 2. VIA RESPIRATÓRIA 3. CARDIOVASCULARES 4. GASTRO-INTESTINAIS a. 1 + (2 ou 3) b. Com história de exposição a possível (pode não saber) agente e 2 ou mais grupos de sintomas. (OBS: abrange os que não têm sintoma de pele). c. Redução da PA após contato com CONHECIDO agente define choque anafilático. Ritmos: assistolia, e AESP (atividade elétrica s/ pulso)- são os + comuns na anafilaxia. Obstrução de via aérea é o que mais mata! GARANTIR VIA AÉREA! Há muito poucas evidências • Remova o agente causal Uma vez que o diagnóstico seja feito, inicie imediatamente epinefrina IM (NÃO ATRASE O INICIO DA EPINEFRINA). • A aplicação da adrenalina próximo ao local de injeção de substância implicada na anafilaxia e o uso de torniquetes não são recomendados. • Coloque o paciente em posição supina com os membros inferiores levantados. • Forneça oxigênio suplementar a 100%. • Consiga preferencialmente dois acessos venosos periféricos calibrosos (jelco 14 g ou 16 g). • Faça a ressuscitação hemodinâmica com cristaloides. • Mantenha o paciente sob monitorização. Via aérea: Se estridor ou sinais de insuficiência respiratória TOT. Se edema de língua e face: intubação não é obrigatoriamente imediata. Avaliação Circulatória: sempre que manifestações CV, principalmente hipotensão (ou hipotensão postural) pelo menos 5 a 10 ml/kg de SF nos 1ºs min, e mais fluidos a seguir, se necessário (30 ml/kg na l ª hora). Sara Steffens- ATM 2018.2 A EPINEFRINA (ADRENALINA) É A BASE DO TRATAMENTO. Não há contraindicação absoluta a seu uso. Deve ser feita por via IM, no músculo vasto lateral da coxa (picos + rápidos na circulação). Não fazer por via SC. A dose é de 0,3 a 0,5mg e pode ser repetida em intervalos de 5 a 15 minutos em pacientes com sintomas sistêmicos persistentes. - Na 1ª dose só 12% não reverte. - Fazer 2ª dose - A partir da 3ª dose, fazer epinefrina EV, mas n é comprovado. Glucagon tb pode ser usado nesse caso. - Difeniframina ou ranitidina e corticoide (na alta sempre, na hr nem sempre). Saindo do quadro agudo, observar por pelo 8h (12h é bom). Alta com orientações, anti-histamínicos e corticoide! Grupo refratário à adrenalina: usuários de B-BLOQUEADORES. Utilizar GLUCAGON para reverter os efeitos do BB e permitir a ação da epinefrina. O glucagon possui propriedades inotrópicas e cronotrópicas positivas e efeitos vasculares independentes dos receptores e induz o aumento de catecolaminas. Seus efeitos colaterais mais comuns são náuseas, vômitos e hiperglicemia. Persistência de hipotensão após expansão inicial com cristaloides e três doses de adrenalina = CHOQUE ANAFILÁTICO. Adrenalina EV em bomba de infusão continua na diluição de 4 μg/mL (0,004 mg/mL). Se o paciente ainda assim for refratário, a opção é usar a vasopressina (evidências escassas). Tratamento das demais manifestações: Sintomas cutâneos: prescrição de anti-histamínicos associando bloqueio Hl e H2. Não utilizar prometazina por conta do risco de induzir hipotensão e sedação no paciente. Utilizar difenidramina associada a ranitidina. Sintomas de broncoespasmo: tendem a melhorar com a adrenalina, mas pode ser necessário realizar inalações com B-2- agonistas inalatórios. • CORTICOSTEROIDES: papel em evitar a resposta bifásica do que reverter sintomas na fase aguda. Deve ser prescrito de início e mantido na alta por até 5 dias, assim como os anti- histamínicos. ***mesmo sem entrar nos critérios, que sabe que é alérgico e tem só manifestação cutânea, p. ex. pode usar ADRENALINA. Sempre deixar em observação (pelo menos 8h). Se tiver alergia conhecida, cada vez mais se USA EPINEFRINA! Algoritmo tratamento Anafilaxia: LER UP TO DATE DE ANAFILAXIA
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