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Sara Steffens ATM 2018/2 1 RESUMO PEDIATRIA PROVA 2 1- RECEPÇÃO DO RN EM SALA DE PARTO Profa. Ângela- 14/10/2016 Epidemiologia: 1/10 RN necessitam de alguma manobra de reanimação. A mais simples é a VPP (ventilação com pressão positiva). Intubação/massagem cardíaca 1/100 HUSM: seriam 2 bebês a cada mês. Mas na prática são +, pelo alto risco. Intubação + massagem e/ou medicação: 1/1000 Em RN prematuro: < 1500g: até 2/3 Idade gestacional 34-36 sem: 2/10 BR: 3 milhões nascimentos/ano. 98% hospitalar, grande maioria com boa vitalidade. 300 mil/ano necessitam de ajuda para iniciar respiração. BR: práticas de reanimação baseadas em diretrizes ILCOR. Padronização baseada em parâmetros mundiais, principalmente Americana. SBP desde 1994 preconiza curso de reanimação deve ser refeito a cada 5 anos. Fisiopatologia da Asfixia Perinatal: Apneia primária: primeira parada respiratória. Falta O2 ao feto= resposta com aumento dos movimentos respiratórios (MR). Se essa falta de O2 se mantiver, após alguns minutos ele para de respirar (apneia). FC se eleva qnd MR se elevam e cai na apneia. No entanto, a PA se mantém. ↓O2 ↑MR (↑FC) APNEIA PRIMÁRIA(↓FC, =PA) Apneia secundária: se a falta de O2 se prolonga, após alguns minutos o feto volta a respirar, mas de forma irregular (Gaspings), que após alguns minutos evolui para apneia secundária. A FC acompanha MR, mas nesse segundo momento, ao chegar à apneia secundária a PA cai juntamente. ↓↓O2 ↑MR (irregular, ↑FC) APNEIA SECUNDÁRIA (↓PA) Na hora do parto, não se sabe imediatamente se o nascimento ocorreu em apneia primaria ou secundária, pois não se afere PA no inicio. Estando o RN em apneia começa-se imediatamente a REANIMAÇÃO. Se estiver em apneia primária geralmente reage rapidamente e volta a respirar. Em 15-20-30 min de reanimação plena e não responde= interromper reanimação= óbito. Fluxo sanguíneo diminuído nos pulmões fetais: Pouco do sangue que sai do VD consegue ir p/ pulmão e boa parte é desviado pela ducto arterioso. Extra: “Ducto Arterioso/ canal arterial: entre a artéria pulmonar e a crossa da aorta. Por ele, o sangue venoso da artéria pulmonar é desviado parcialmente dos pulmões, que não funcionam na vida fetal. O sangue drena para a aorta, para ser encaminhado para a artéria umbilical que se dirige para a placenta, onde é reoxigenado”. “Quando a criança nasce a circulação pulmonar entra em funcionamento após a laqueação do cordão umbilical. O canal arterial fecha progressivamente e transforma-se no ligamento arterial”. Nascimento com boa vitalidade: feto começa a respirar, ar começa empurra liquido amniótico, preenchendo alvéolo de ar. Eleva pO2, que provoca vasodilatação das arteríolas pulmonares, que no feto eram vasoconstritas. Em alguns bebes esse mecanismo não funciona, manobras ajudam a tentar reverter padrão fetal de circulação. Asfixia (essa situação é a Hipertensão pulmonar persistente- HPP)= Há hipoxemia, com permanência do Padrão de Circulação Fetal (arteríolas pulmonares permanecem constritas e Ducto arterioso aberto). Cortar esse ciclo com a reanimação. Não é só asfixia que leva à HPP. Algumas causas são idiopáticas, tenta- se usar oxido nítrico, mas nem sempre funciona. Preparo para assistência em sala de parto: Anamnese materna. Disponibilidade do material para atendimento Equipe treinada. Atentar para Fatores Antenatais (DM, HAS, < 16 ou > 35 anos, anemia, sangramento 2-3 tri, etc) e fatores relacionados ao parto(cesárea emergência, fórceps, não cefálico, etc).= relação com necessidade de RCP. Material p/ intubação: só citou. Ex: cateter para adm drogas (acesso periférico dificil- cateterizar veia umbilical geralmente é feita + facilmente). Clampeamento do cordão umbilical: hj é feito em 1-3 min. Pouco + tarde do que se fazia antigamente (antes era feito em 1 min). Com + tempo recebe + glóbulos vermelhos e reduz risco de anemia fisiológica. Para RNPT com boa vitalidade não clampear imediatamente, mas com menos tempo, com +- 30s. Em RN com necessidade reanimação: Clampear imediatamente. Outra indicação p/ clampear imediatamente é feto isoimunizado (evita passagem de anticorpos). Se nascer bem: Ausência de Mecônio, não prematuro, sem apneia/gasping, não hipotônico= não é necessário fazer quase nada. Colocar em contado pele-pele com mãe e p/ mamar assim que possível. Cuidados com RN, junto da mãe: Secar RN, aspirar S/N (só se tiver secreção), observar: atividade, respiração e cor (o q menos interessa, é variável). OBS: Até 5 min de vida: 70-80% saturação braço (pré-ductal); 5-10 min: 80-90%; > 10min: 85-95%. *Bebê que está com outros parâmetros OK, é normal ficar meio cianóticos até 10min de vida. Sara Steffens ATM 2018/2 2 Amamentação na 1ªh de vida impacta aleitamento materno exclusivo nos 1ºs 6 meses. Bebês que NÃO NASCEM BEM: 1) Presença de Mecônio 1.1) Presença de Mecônio em RN vigoroso: 1. Colocar em fonte de calor radiante (nasce molhado, sai do útero quente). 2. Posicionar cabeça: bb tem occipto proeminente, pode gerar obstrução. Coxim feito com compressas. 3. Aspirar via aérea de preferência com perinhas p não machucar. 1º boca; 2º nariz. 4. Secar Todos esses passos em no máximo 30 s. Reposicionar cabeça 1.2) Presença de Mecônio RN NÃO vigoroso: Além dos outros passos, deve-se: - ASPIRAR BOCA, HIPOFARINGE E TRAQUÉIA, pela LARINGOSCOPIA DIRETA (sonda 12 ou 14). - Avaliar FC e respiração e se algum dos critérios abaixo: Ventilação com Pressão Positiva (VPP). Se FC < 100 Respiração irregular Apneia A VPP pode ser feita com: - Balão auto-inflável (Ambu): não permite definir PEEP, mas pode ser usado. Tem válvula que abre qnd pressão atinge 40 cmH2O, que dá segurança. ou - Balão anestésico (não recomendado) ou - Ventilador mecânico em T (babypuff)= ideal pois tem controle PIP (20 cmH2O), pressão limite (40 cmH2O) e Pressão expirat. final (PEEP- 4-6 cmH2O)(principalmente em RNPT, pois n tem surfactante e grande risco de pulmão colabar). Em qlqr método= mascara deve estar bem acoplada, pegando nariz e queixo. Aplicação do B&M= Balão e máscara Padrão: em ar ambiente (ambu n conectado ao O2). Só usar O2 se RN < 34 semanas ~40% FiO2. Usar oximetria de pulso SEMPRE (na mão D, pré-ductal) . Não deixar abaixo de 70% (não esta sendo suficiente) . Pressão recomendada: 15-20 cm H20. Se RNPT menor, ainda menos. Cuidado, pois com ambu só abre com 40 cm H20Bom senso= observar expansão e deflação da cx torácida. Frequência: 40-60 mrpm. Usar mentalmente: “aperta-solta-solta.” No período neonatal a vent e resp devem ser Sincronizadas com massagem cardíaca, diferente do adulto e criança. No solta-solta se faz a massagem. Se após 30s a não se elevar FC > 100 ou mantiver respiração não Regular = ofertar mais O2 e considerar intubação. Associar massagem cardíaca (MC) se FC < 60 bpm. Massagem sempre junto com VPP e O2. 1 movimento e 3 massagens! Massagem no 1/3 inferior do esterno, comprimindo 1/3 do tórax. 2 técnicas: 2 polegares= melhor, pois obtém PAS mais altas. OU 2 dedos. INTUBAÇÃO: Indicações: Mascara não efetiva. Necessidade de massagem cardíaca. Suspeita/ presença de hérnia diafragmática (sempre! Hj se faz dx pré- natal). Necessidade de aspiração traqueal em RN não vigoroso e com liq amniótico meconial. DROGAS Se VPP com O2 a 100% + MC e mesmo assimFC< 60. Praticamente única é ADRENALINA- deve ficar pronta na sala de parto. Concentração: 1/10.000. Preferencialmente EV (umbilical) ou na cânula. Preparo: 1 mL de adrenalina + 9 mL de AD; seringa de 1 mL Dose: 0,1 mL a 0,3 mL/kg. Via de infusão : IV *ET?: 0,5 a 1 ml/kg EXPANSOR DE VOLUME (SF ou ringer): Indicações: RN que não respondeu à VPP, MC e adrenalina E/OU RN com evidências de perda sangüínea: anamnese - DPP (Descolamento prematuro de placenta- hipotensão severa) e PP (placenta prévia) ou sinais clínicos de choque. p. ex. qnd há DPP: muita perda sanguínea. Geralmente SF, mas tb pode ser Ringer. 10 ml/Kg, repetir, se necessário, pela veia umbilical e lentamente (risco de sangramento se PA eleva rapidamente- Vel infusão: 5-10min). RN Pré-termo (RNPT): Boa vitalidade= clampear cordão em 30-60 seg. Calor radiante: campos, sala de parto tudo aquecido. Se < 29 sem: envolver todo o corpo do bebe (exceto cabeça) em saco plástico sem secar, colocar touca e em colchão aquecido, principalmente se < 1000g. Posicionar RN Aspirar vias aéreas Avaliar FC e resp. FC < 100 bpm e ou resp. irregular/apneia= VPP 30% O2. *mesmo qnd nasce bem, ficar mt de olho, pois grande chance de piorar, pela falta de surfactante. Fluxograma SBP: Fixar perto dos berços de reanimação! (resumo aula) Sara Steffens ATM 2018/2 3 PRESCRIÇÃO PARA RN, INDEPENDETE DE NASCER BEM OU MAL: 1. Cuidado com umbigo (álcool 70%)= exceto nos que vão p. UTI, pois umbigo será útil como acesso. 2. Prevenção da oftamia gonoccócica: colírio de nitrato de prata ou eritromicina. 3. Prevenção da dç hemorrágica: Vitamina k. 2- ITU NA CRIANÇA Prof. Paulo Aita Criança tem rim em crescimento e pode sofrer dano facilmente, diferente do adulto. Infecção Urinária febril é usada como sinônimo de pielonefrite, pela dificuldade de diferenciar. Há potencial dano renal, cujo risco é maior, quanto menor a criança. Consequências: Cicatriz/escara renal HAS Falência renal em longo prazo Tratar o mais precoce possível Aula direcionada a crianças > 1 mês. Em menor de 1 mês é tratado diferente, como sepse neonatal. Quadro clínico: Letargia, icterícia prolongada, falta no ganho de peso, anorexia, vômito, febre (algumas vezes hipotermia). 5% das crianças com febre no consultório= causa é ITU. Pontos que falam a favor de ITU: Febre há > 2 dias (outras causas devem dar outros sintomas de via aérea ou outras que indiquem a causa). ITU prévia Massa abdominal HAS História de patologia urinária na família. Meninos, principalmente nos 1ºs 6 m (quando eles têm + que meninas; após, as meninas têm mais). Lactente (não controla esfíncter). Só é descoberta se INVESTIGAR COM EQU. Lactente < 1 ano de idade dificilmente tem Amigdalite bacteriana, é muito rara. Quadro de inflamação na garganta quase 100% das vezes é por infecção viral, associada à infecção de via aéreaPESQUISAR FEBRE QUE NÃO SE CONHECE A ETIOLOGIA; E NÃO ATRIBUIR À GARGANTA. Etiologia ~90% E. coli. intestino. Contaminantes da pele se criança com cateter, p. ex. Diagnóstico Historia Exame físico: ver uso de cateteres, p. ex. Exame: EQU + CULTURA. Dx Definitivo é dado pela urocultura. EQU é importante para que o tto seja feito de modo precoce. Métodos de Coleta de Urina: saco coletor, punção Supra-púbica e cateterismo (contraindicado em menino com fimose= os que fazem cx da fimose têm 10-20% menos chance de ter ITU) são os métodos possíveis. Padrão ouro é punção, mas cateterismo se equivale. Há algumas divergências sobre qual seria melhor, cateter ou punção. Saco Coletor: demora muito, teria que lavar bem períneo com água e sabão (sem antisséptico), muitas vezes acaba contaminando, por isso só é válido se resultado negativo (usar p. ex. se EQU normal= dificilmente terá ITU). Exame qualitativo de Urina (EQU)/ exame de urina tipo I: leucocitúria, esterese leucocitária +, nitrito positivo (pouco S, muito E= quase tds GN do intestino reduzem nitrato em nitrito e aparece no exame de urina, só não aparece se urina ficar pouco tempo na bexiga, p. ex.). Leucocitúria pode ocorrer por outras causas, como exercício físico intenso, infecção de garganta. Hematúria tb pode aparecer. Até pode EQU normal com ITU, se mt muito precoce, mas só teórico. Se alta suspeita e resultados dos exames irão demorar= fazer tratamento empírico. CASOS PARA A PROVA: 1) Criança de 6m de idade, feminino, febre alta há 2 dias, sem achados no exame físico, prostrada. Coletar Urina por via em que se possa confiar bem, podendo ser por via Supra-púbica ou cateterismo (não em menino com fimose). Quanto antes começar o tto, melhor. 2) 10m de idade, febre baixa, não tá vomitando, se alimenta bem, exame físico normal. Não parece estar entrando em sepse, só tem febre. Pode coletar urina por saco-coletor, como método de screening. Somente nesses casos bem leves esse método pode ser usado. Também não seria errado coletar somente EQU, pois dificilmente teria ITU com este normal. Só confiar no saco coletor se resultado negativo. Caso seja positivo, repetir com outro método. Em crianças com controle esfincteriano, coletar como de adulto, com jato médio. Quando internar? Todos < 2 meses Aparência séptica: desidratada, não tolera VO, vomitando. Tratamento VO: Cistite (quadro afebril- só sintomas miccionais): tratamento VO, com Nitrofurantoína, Cefalosporinas de 1ª geração. ITU alta (quadro febril- presume que rim esteja afetado): drogas mais potentes, com boa penetração renal Algumas drogas VO podem ser usadas, ou começar EV e rever em 48h. - Cefalosporinas: existem de 3ª ou 4ª geração, que têm ótima penetração renal e podem ser usadas VO (desde que tolere VO). Ex: Ceftriaxona 75 mg/kg/d; ceftazidima 100 mg/kg/d. Infectologistas não gostam que use muito; usar em pcts graves. Outra opção menos agressiva: - Aminoglicosídeo funciona bem p/ e. coli: Gentamicina (mt bom) ou Amicacina. - Quinolona (Cipro): é padrão VO p/ adulto, mas p/ criança é usado p/ Pseudomonas ou outros resistentes. Foi proscrita em crianças pelo risco de lesão em cartilagens, mas risco não foi comprovado em humanos. Ainda assim, academia americana só recomenda em últimos casos. Amoxi, Ampi, Amoxi-cla, cafelo 1º, bactrim= resistência muito grande. Amoxi, ampi, sulfa: 50% de resistência. Não são bons. Essas drogas só são usadas quando já se fez tto inicial EV e veio resultado do antibiograma que mostra sensibilidade a essas drogas. Nitrofurantoína= excelente p/ E. coli, pouca resistência, mas Não pode em criança febril, pois tem bom nível RENAL, mas não SISTÊMICO (USADA SOMENTE NA CISTITE). Cefalosporina de 2ª: Cefaclor, cefuroxime É uma boa opção (ruim p/ respiratórias, mas muito bom para E. coli). DURAÇÃO DO TRATAMENTO: 7 a 14 dias, em média 10 dias (cistite 3-5 dias). QUEM INVESTIGAR? Toda criança que tiver sintomas de ITU com febre, principalmente se < 2 anos. Sara Steffens ATM 2018/2 4 Fazer US: se normal, dificilmente deixa passar alteração urinária (sensível). Se alterado: US serve p/ ver anatomia, quando anormal seguir investigação (não precisa saber detalhes da investigação) Uretrocistogragia ureteral= ver refluxo = grau 4 e 5 são problemáticos. Cintilografia com DMSA: injetar material radioativo, vai p/ rim e 2-3h após vê-se no rim. Ver zonas hipocaptantes, que significa processo inflamatório recente ou cicatrizdo passado, de acordo com história. Se teve US normal e voltou a ter ITU com febre= seguir investigação com cintilografia. 3- SEPSE Profa. Tânia Resende Semelhante em qlqr faixa etária. Crianças são + suscetíveis à infecção. IgG não ultrapassa barreira placentária= maior vulnerabilidade em RN. Epidemiologia: A cada seg 1 pessoa morre de sepse no mundo. 6 milhões de casos de sepse neonatal e 1ª infância, no mundo, ao ano. 16% em 2002, para 22% em 2010: + dx, mas indica tb que não há melhora no tto e mortalidade. A cada 5 anos há publicação de um novo consenso, ultimo de 2013. Objetivos do consenso para o diagnóstico de SEPSE aumentar a detecção precoce permitir intervenção precoce diminuir as elevadas taxas de óbito permitir comparação entre estudos Incidência de sepse: 1º ano de vida tem maior incidência na infância, sendo maior no período neonatal. Outro pico nos idosos. Fatores de Risco Relacionados aos Hospedeiros: Criança sem sistema imune definido Relacionados a algum tratamento existente: Internação hospitalar prolongada, procedimentos invasivos, terapia antimicrobiana de amplo espectro, hipotermia, assistência ventilatória, suporte nutricional parenteral. Definição: resposta inflamatória sistêmica relacionada à infecção. Manifestações múltiplas. Desde 2015 o conceito vem sendo alterado. Essas ainda não são reconhecidas no BR, pois diz , p. ex. que dx de Choque Séptico necessita de dosagem de Lactato (nem sempre disponível). Novas definições: 1- não precisa mais de criterior de SIRS 2- SEPSE: disfunção orgânica seguncdá Glasgow < 15 FR > 22 PAS < 100 mmHg A parte laboratorial é bem mais complexa. Não existem + conceito sepse grave. Choque séptico agora: sepse + vasopressores p PAM > 65 + Lactato > 2 após reanimação volêmica adequada. Sepse: Reação sistêmica do organismo a uma infecção generalizada Septicemia: circulação de algum deles na circulação (bacteremia, fungemia, viremia ou parasitemia). SIRS: taquicar, taquip, temp > 38 ou < 36 (quanto menor a cria, + hipoterm), leuco > 12 mil ou < 4 mil. (NÃO EXISTE MAIS). Sepe grave era: Sepse + disf CV OU OU Choque séptico: SEPSE (n necessariamente sepse grave) + DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR+ HIPOPERFUSÃO TECIDUAL Fisiopatologia: Se conseguíssemos bloquear a fisiopatologia, conseguiríamos controlar melhor. Entrada de um agente etiológico na corrente provoca alterações pela hiper-reatividade imune e reação inflamatória. Bac liberação endorfinas e mediadores inflamação (interleucinas, TNF). Ativação sistema complemento, ativação PMN, aumento permeabilidade. Ateração metb dos hidratos de carbono. + gliconeogenese hepato + Resist à insulina= HIPER GLICEMIA INICIAL *Hipoglicemia após, por necrose celular, falência funcional (hepatocelular). Em RN que tem pouca reserva hepática, evolui rapidamente da hiper para hipo. Cuidado ao adm insulina para tto hiper nessas crianças. Síntese de proteínas + Catabolismo proteico= balanço nitrogenado NEGATIVO. Problema= como não podemos dar nutrição enteral, deve haver bom aporte parenteral. Catabolismo > oferta. Alterações metabólicas: Aumento glicocorticoides e catecolaminas Diminuição e depois aumento da insulina Aldosterona aumenta Dim T3 (principalmente) e T4 Hormônio antidiurético SIAD (Síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiuretico) e Diabetes Insípidus. CRITÉRIOS DX DE SEPSE (está mudando): Variáveis Gerais Febre 38,8 ou hip < 36 Taquicardia Taquipneia * Alteração sensório* Edema significativo ou balanço hídrico positivo Hiperglicemia. Sara Steffens ATM 2018/2 5 Variáveis inflamatórias Leucocitose Leucopenia Contagem normal de leucócitos com >10% de formas imaturas PCR plasma aumentada Variáveis de disfunção orgânica Hipoxemia arterial (PaO2/FiO2 < 300) Oligúria Creatinina aumentada Alterações de coagulação (INR > 1,5 ou KTTP > 60s) Plaquetopenia (< 100.000/mm³) Hiperbilirrubinemia (BT > 4mg/dl) Variáveis de perfusão tecidual Hiperlactatemia * Enchimento capilar diminuído ou moteamento cutâneo Variáveis hemodinâmicas Hipotensão arterial* CHOQUE= insuficiência circulatória O choque séptico é o de maior gravidade, pois envolve todos os outros. Inicialmente distributivo (com anafilático), com vasodilatação (choque hipovolêmico), evolui para cardiogênico. Fases precoces: “quente”. Geralmente não é feito dx, mas deveria ser. Menor PO2 e PCO2. Aumt Lactato, aument DC e RVS (resist vasc sist.) Taquicardia, taquipnéia, hipertermia, rubor pulsos cheios. Fase tardia: “frio”. Pior Dimin PO2 e eleva PCO2. Dim PVC (pressão venosa central), maior aumento da RVS, aumt DC, maior aumento lactato sérico. Taquicardia, taquipnéia, hipotermia, cianose, pulsos filiformes, HIPOTENSÃO. Na Pediatria: Taquicardia pode estar ausente na hipotermia (que é + comum que hipertermia). Taquipnéia; Sinais de perfusão diminuída: Pulsos periféricos diminuídos, Alteração do sensório, Enchimento capilar lento ou > 2 seg, Extremidades frias ou moteadas, Débito urinário diminuído. Avaliação diagnostica Buscar agente causal: culturas e exames diretos. Identificação de alterações metabólicas ou da homeostasia indicativas de comprometimento sistêmico e de órgãos específicos Se previamente sadia e sem foco inicial= orientar-se de acordo com faixa etária. Exames laboratoriais são feito de modo seriado. TRATAMENTO DA SEPSE: ATB: de acordo com situação. Transfusão hemo-componentes: Hb mantida entre 7 e 9. Transfundir se < 7. Plasma fresco: sempre q sangramento ou procedimento invasivo. Plaqueta: se < 5 mil. 5-30 mil e risco sangrar. < 50mil se procedimentos invasivos (quase sempre necessário, pois são feitos muitos acessos venosos, p. ex.). Anti-trombina III: não disponível aqui (nem reposição nem aplicação), mas é importante lembrar que ela tb está diminuída, pois pode não responder apesar de fazer todo o resto. Hemocomponentes: glóbulos, plasma, plaquetas = sem indústria farmacêutica. Hemoderivados: Albumina e anti-trombina III= são caros! Controle glicêmico: manter glicose < 150. Se crianças com hiper, cuidado, pois evolui rapidamente para hipo. Menos comuns, principalmente na pedi: Corticoide: só é usado se insuf. de suprarrenal, ou outros raros, como choque refratário. Fator estimulador de colônias de granulócitos-macrófagos (GM-CSF). Prot C ativada e outros exames são ainda menos comuns. Assistência ventilatória mecânica protetora e Dialise Perito Protetora: Quanto antes agirmos, melhor. Correção de qlqr fator IONOTRÓPICO negativo (eletrólitos, pH, etc). Tto choque na criança, como no adulto: Reposição de Grandes volumes/ fluidoterapia: 20 ml/Kg inicial (com bolus, por 5-10 min) até 60 ml/Kg. Com coloide/solução salina Em casos não responsivos à fluidoterapia: Suporte hemodinâmico: dopamina, epinefrina, dobutamina. Se hipertensão pulmonar associada em RN= oxido nítrico. Quando não responder ainda: corticoides hidrocortisona 1-2 mg/Kg= suspeita ou confirmação de Insuf. Adrenal.. nível sérico cortisol < 18ug/dl (nunca temos o valor na hora, por isso o uso acaba sendo empírico) Vários fatores imunológicos envolvidos: novas abordagens terapêuticas em estudo. Therapeutic Endpoints: Enchimento capilar < 2 s Extremidades quentes Urina > 1 ml/kg/h Status mentalnão alterado Dimin. Lactato PO2 > 70% Dica da prof para a Prova: não precisa decorar níveis de plaqueta, por exemplo, só saber que dependendo da situação será necessário usar. 4- INFECÇÕES CONGÊNITAS Profa. Roseli Henn- 18/11/2016 Antes, durante ou até 15-21 dias após o parto (até 3 semanas do periparto). Quanto à frequência: Sifilis, Toxo, CMV. Rubéola é rara hj em dia (imunização ajudou a controlar). Herpes tb é menos frequente. Parvoviroses tb são raras, mas qnd correm são graves. Afetam 0,5 – 2,5% de todos os nascimentos; Pode ser: Doença sistêmica aguda, Infecção persistente com sequelas tardias ou Assintomática . Screening: VDRL, TOXO, HIV, HEP B, RUBÉOLA. CMV não é solicitado e Rubéola nem todos os postos. Zica: quando clinica sugestiva solicitar sorologias. TORSCH – (Infecções neonatais com apresentação clínica semelhante) Toxoplasmose(T) (83% assintomático) Outras (enteroviroses, parvovirose(P), varicela(VZ), hepatite(VHB)) Rubéola (R) (65% assintomático) Sífilis (S) (50% assintomático), Citomegalovirus (CMV)(assintomático 95%) Herpes simples vírus (HSV) FATORES DE RISCO Práticas sexuais e drogadição (S, HIV, CMV, VHB, HSV) Sara Steffens ATM 2018/2 6 Nível socioeconômico, condições de habitação e saneamento (CMV,S,T) Estado de imunização (R) Hábitos higiênico-alimentares (T) Atividade profissional (R, P, VZ, VHB, VHA) QUANDO SUSPEITAR E INVESTIGAR PIG simétrico inexplicável Hepatoesplenomegalia, Trombocitopenia Lesões oculares – perda auditiva Cardiopatias rubeola Lesões de pele SNC: microcefalia (CMV,R,T, Zica) calcificações intracranianas (T, CMV, VZ, S) convulsões Lesões ósseas (R,T,S) SEPSE ( HSV, VZ, S, CMV) Hidropsia fetal (S, P, CHAGAS) = anasarca, bebe fica até duro. AVALIAÇÃO Revisão da história materna (evidência de imunidade para rubéola, sorologia para sífilis, história de Herpes (HSV), exposição a gatos, etc) Avaliação de estigmas físicos inerentes a várias infecções intrauterinas Hemograma completo com plaquetas, Função hepática, Radiografia de ossos longos, Avaliação oftálmica, Triagem auditiva, Neuroimagem, Punção lombar. 1) SIFILIS CONGÊNITA Transmissão vertical: Infecção transplacentária ou Contato com lesões durante a passagem pelo canal de parto Infecção concomitante pelo HIV + T. pallidum: > risco de infecção fetal > probabilidade de achados clínicos e laboratoriais; NÃO é transmitida pelo leite materno (só HIV é transmitida; e CMV se bebê imunocomprometido). Epidemiologia Sífilis em gestantes 21 mil casos em 2013; 7,4 casos/1.000 nascidos vivos. > 100 mil entre 2005 e 2014 Sífilis congênita ~14 mil casos 2013 4,7 casos/1.000 nascidos vivos. 105 mil casos entre 1998 e 2014 Triagem com VDRL: na primeira consulta, 28 semanas e no parto (assim q nasce). 14,1% das parturiente?? Manifestações: 70% assintomática ao nascer. Precoce < 2 a; Tardia > 2 anos. Sífilis Precoce: Aborto; natimorto (25%); morte neonatal (25-30%) Prematuridade, Baixo peso; Pneumonia alba, Manifestações oculares, Hepatoesplenomegalia, Icterícia, Linfadenopatia generalizada Manifestações ósseas: osteocondrite, periostite (pseudoparalisia de Parrot osteocondrite que doi tanto que faz com que bebe não mexa). Manifestações hematológicas: anemia, plaquetopenia; leucopenia; leucocitose; reação leucemóide Manifestações mucocutâneas: rinite, laringite; lesões máculo-papular, condiloma lata, rágades Manifestações SNC: 86% neurossífilis em RNS com evidência clínica e lab. de SC 8% Neurossífilis sem evidências de SC Tardia: Tíbia em lâmina de sabre Dentes de Hutchinson Fronte olímpica Nariz em sela Surdez Hidrocefalia Retardo mental e dificuldade do aprendizado Diagnóstico A) SÍFILIS CONGÊNITA CONFIRMADA: - Treponema em campo escuro /teste de infectividade em coelhos - Sorológico: Teste treponêmico: FTA-ABS (Não servem como resposta ao tto) Teste não treponêmico: VDRL (falso positivo e negativo) Serve como parâmetro de resposta ao tto e de reinfecção ELISA: em estudo PCR seria ideal, mas é pouco disponível. B) SÍFILIS CONGÊNITA PROVÁVEL: 1. RN (independente das manifestações clínicas e laboratoriais) com mãe soropositiva para sífilis (VDRL + em qqr titulação) e : não tratou direito ou não acompanhou tto. 2. RN com VDRL + e: manifestações, ou VDRL 4xx maior que o da mãe, VDRL + liquor, VDRL + após 6º mês ou cresce após 3m ou outros testes +. NEUROLUES CONFIRMADA: VDRL do liquor positivo PROVÁVEL: Alterações na celularidade: > 25cel mm³; bioquímico no liquor: > 150mg dl proteínas. MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM RN VDRL: comparação com títulos maternos (4xx + q os títulos maternos) Avalia resposta ao tto. VDRL negativo no RN NÃO exclui de sífilis congênita. Se não há outros elementos de dç repetir o teste com intervalo de 30 dias para confirmar a ausência de infecção. TRATAMENTO GESTANTE E PARCEIRO Pen G benzatina, IM, 2,4 milhões: primaria 1sem, sec 2 sem, terc 3 sem. SÓ PENICILINA EVITA TV! Tratamento inadequado: tto sem Pen; tto incompleto; tto nos 30 dias anteriores ao parto; manutenção de contato sexual c não tratado. É NECESSÁRIO: TTO DOCUMENTADO E DECLÍNIO DOS TESTES SOROLÓGICOS TRATAMENTO DO RN: Só teria que necessariamente usar Cristalina se Neurolues, mas na prática Sempre se faz 10 dias Pen G cristalina, sendo neuro ou não, pq dói menos, é menos incomodativa que IM. Avaliação do RN recomendada: liquor, Hemograma, Rx ossos longos, de tórax, Função hepática, Ecografia transfontanelar, Exame oftalmologico e avaliação auditiva. Acompanhamento: Avaliações mensais no 1º ano; VDRL: 1, 3, 6,12 e 18 meses, interrompendo quando for negativo; Hemaglutinação para sífilis aos 18 meses; Se elevações de títulos ou não negativação até 18 meses, reinvestigar. Acompanhamento oftalmológico, neuro e audiológico semestral. LCR alterado: reavaliação liquórica a cada 6 meses até a normalização. Fazer liquor com 6 m de novo e ver se reativou. Sempre que reativar usa-se Pen cristalina da mesma forma. 2) TOXOPLASMOSE Segunda mais frequente . Sara Steffens ATM 2018/2 7 Incidência no Brasil: 3-14/10.000 nascimentos (2014) e 2,8/1000 (2007)(RS). Acontece no mundo todo, incid variável. Prevalência: 50-80% Brasil. Quando futura gestante é IgG negativo, orientar bem sobre cuidados alimentares e com gatos. Se ocorrer primo-infecção na gestação, trata- se a gestante e torce para que bebe não seja atingido. Ingestão oocistos: fezes gato e solo contaminado (6 -17%) Ingestão de cistos teciduais: carne crua ou pouco cozida de cordeiro ou porco (30% a 60% dos casos). Transmissão depende: Parasitemia materna: mãe imunodeficiente transmite mais Idade gestacional no momento da soroconversão ( quanto mais avançada a gestação, maior é o risco transmissão fetal, mas manifestações clínicas são menores) 1º trimestre – 30%, porém formas mais graves; 2º trimestre – 30-70%; 3º trimestre – 100%, formas menos graves Infecção subclínica: 76% Doença (grave ou leve) - manifestação nos primeiros meses: Benigna: cicatriz de coriorretinite sem dano visual; calcificações intracraniana e status neurológico normal Grave: coriorretinite bilateral com dano visual; hidrocefalia, microcefalia e status neurológico anormal Surgem aos 3 e 12 meses *Olhos: é um dos maiores problemas e mts vezes só é dx mais tarde. Tétrade de sabin: hidrocefaliaou microcefalia; coriorretinite bilateral e simétrica; calcificações intraparenquimatosas; retardo mental Outros: Retinocoroidite, Alterações do LC, Icterícia, Hepatoesplenomegalia, Linfoadenopatia, Anemia, Trombocitopenia (petéquias) DIAGNÓSTICO NA GESTAÇÃO Isolamento no sangue/ fluidos corporais Cistos na placenta ou tecidos do feto ou RN Presença de antígenos ou parasitos em tecidos ou fluidos Demonstração de antigenemia; PCR (amniocentese), etc. Testes sorológicos IgG > 300 preocupa mais IgM: infecção recente; IgG de ALTA avidez no 1º tri AFASTA infecção aguda na gestação; BAIXA avidez= infecção RECENTE. DIAGNÓSTICO NO RN LCR : Pleiocitose mononuclear, hiperproteinorraquia (*diferença no tto). Hemograma com leucocitose, leucopenia, trombocitopenia, eosinofilia (>30%)(diferente das outras) IgG (passagem passiva) – ELISA só preocupa se > 300 IgM (infecção recente)- ELISA IgA MAIS SENSÍVEL que IgM; desaparece em 7 m fazer IgG, IgM e IgA Diagnóstico definitivo: viragem sorológica e RNinfectado Provável: IgG >300 UI; Baixa avidez de IgG; IgG materna aumentada 3xx ou mais Diagnóstico improvável: IgG < 300 e alta avidez de IgG Outros p investigar RN: liquor, fç hepática, PCR (sangue, urina, liquor), eco transfontanelar, TC, avaliação áudio/oftalmo. TRATAMENTO: não precisa decorar Coriorretinite ou alteração do liquor, com proteinorraquia > 1g= usar corticoide. Sulfadiazina + Pirimetamina. + Ac. Folinico pela imunodepressão do tto. 3) CITOMEGALOVIRUS Herpes vírus – DNA Prevalência: 0,5 a 1,0 % RN vivos 85-90% assintomáticos →10% perda auditiva neurossensorial 10-15% sintomáticos →45-50% sequelas ( paralisia cerebral, retardo mental , surdez) Não se faz o acompanhamento. Só é descoberto quando bebe apresenta problemas ao longo do desenvolvimento ou outra intercorrência clínica. Na rotina não é investigado. TRANSMISSÃO Transplacentária (congênita): + grave se no início da gestação Perinatal: Pós natal precoce: Leite materno: RNMBP(Recém-nascido de muito baixo peso) Se mae com CMV aguda por passar para bebe prematuro (só se prematuro) pela AMAMENTAÇÃO. Intraparto: contato do RN com secreções e material vaginal Infecção materna: Primária: 40-50% risco > adolescentes Recorrente: 0,5 – 2% - atc protegem contra lesão fetal importante- é raro, mas pode transmitir mesmo em infec recorrente. Sintomática : mononucleose Sintomas de infecção materna são muito inespecíficos. Sintomas no RN: 90% assintomática. Se não for feito Dx nos primeiros dias de vida: perda auditiva. Pode ser normal no RN e progressiva, > 5 a 10 anos. Plaquetopenia, hepatoesplenomegalia, colestase neonatal, prematuridade, RCIU, coriorretinite, atrofia ótica, pneumonite intersticial. SNC: calcificações IC, convulsões, microcefalia, retardo do DNPM. Assintomáticos: 10-25% surdez e alterações neurológicas (calcificações IC – periventriculares) Sintomáticas : 30% mortalidade Manifestações não neurológicas regridem Surdez neurossensorial (30%), ↓visão, dificuldade sucção, hiper e hipotonia, microcefalia, calcificações IC, convulsões e retardo do DNPM SNC: Calcificações periventriculares (da toxo é peri e pareqnuimatosa). Diagnostico CMV materno Soroconversão IgM: NAO diferencia 1ª da 2ª infecção (+) até 10-12 sem na primária IgG ↑: primária ou recorrente Cultural ( liquido amniótico ) CMV-DNA ( Liquido anmiótico) Tratamento Dificilmente há bom tto para dç, com Ganciclovir geralmente se impede progressão. Quase todas as mãe têm IgG reativo. Acaba-se liberando a amamentação mesmo em prematuros, mas acompanha-se títulos p ver se não aumenta e se não é infecção aguda, que pode passar para bebe. Na UTI, cuidado: se bebê infectado, ele é grande transmissor. 4) RUBEOLA Rubivírus – Fam. Togavíridae Epidemias populacionais: 6-9 anos (era pré-vacinal)- Cada vez menos incidente, graças à vacina. Incubação: 14-23 dias Sara Steffens ATM 2018/2 8 Disseminação viral: respiratória Infecção placentária depende da viremia materna Solicitar IgG e IgM: só se gestante exposta ou que desenvolva doença similar a rubéola até a 16º semana ( Gestante com rash, IgM+ e IgG aumentando, indica ser Rubéola Gestante exposta até a 16º semana: IgM (-) e IgG + ( >12 UI /ml após contato): imunidade IgM (-) e IgG (-) ( <10 UI /ml= testes 7-10 dias por 4 semanas → soroconversão ou soronegativa). Congênita: Aborto (20% até 8 semanas) Quadro: Manifestações transitórias, RCIU, Hepatoesplenomegalia, Meningoencefalite, Trombocitopenia e rash purpúrico, Lesões Ósseas radiolucentes. Permanentes: neurológicas (retardo, microcefalia, micrognatia). TRÍADE CLÁSSICA: cardio + olho + surdez Cardiopatia congênita: > 1/2 dos infectados antes de 8 semanas tem defeito cardíaco: Permanência do canal arterial (mais comum). * Nenhuma outra tem cardio congênita. Defeitos oculares: catarata, hipoplasia da íris, microftalmia, glaucoma congênito, retinopatia, retinite pigmentar – sal e pimenta (semelhante à sífilis) Surdez neurosensorial (uni ou bilateral) surdez central ( pode ser única manifestação 50% dos casos) - Brasil: 3% surdez em < 15 era a causa mais importante de surdez (pré-vacinal) Diagnostico: Materna: IgM aumenta até 12 sem. após infecção. IgG: persistente ↑; PCR-RNA ( Líquido amniótico) Recém-nascido: IgM positivo até os 3 meses; IgG positivo até 6-12 meses; PCR Sempre que sorologia de mulher < 15 (não reagente)= revacinar! E esperar 28 dias para poder engravidar. Sem tto especifico. Isolamento de contatos até 1 ano 5) ZIKA 2016: 9 mil casos, 3 casos no RS (1 autóctone). Arbovirus, transmitido pelo Aedes aegyptis Dor no corpo bem intensa, bastante manchas nas peles, conjuntivite é bem frequente, prurido bem intenso, discrasia sanguínea (diferente da dengue). Relação com Guilan-barret (tropismo pelo neurônio da mesma forma que compromete SNC fetal). DX de microfefalia, de acordo com perímetro cefálico: Meninos ≤31,9 cm Meninas ≤ 31,5 cm (em RN nascido com > = 37 sem, medido nas 1ªs 24h). Fazer US trasfrontanelar, TC crânio. Outras lesões SNC: ventriculomegalia Calcificações IC, , hidranencefalia. 1/3 dos bebes não têm microcefalia. Lesões oculares, a perda auditiva, a alterações de tonus muscular e a artrogripose (múltiplas contraturas articulares), frênulo lingual curto, dificuldade na deglutição; "Síndrome Congênita do Zika”: esta sendo descrita. Vírus da família Flaviviridae DX: PCR: recomendado para gestantes sintomáticas (somente até cinco dias após o surgimento dos primeiros sinais da doença). IgM: para gestantes com ou sem sintomas da doença nas primeiras semanas de gestação (pré-natal) com repetição desse procedimento ao final do 2º trimestre da gravidez; e para bebês filhos de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus Zika, bem como aos recém-nascidos com malformação congênita sugestivas de infecção pelo vírus. IgG: somente para infeção pelo vírus Zika para gestantes ou recém- nascidos que realizaram pesquisa de anticorpos IgM cujo resultado foi positivo. Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika: Combate ao mosquito, etc. ~~ outras dçs profa não deu na aula~~ 5- ÉTICA E BIOÉTICA EM PEDIATRIA E HERBIATRIA Profa. Maria Teresa Campos Velho-25/11/2016 Aula voltada à ética prática. Não-maleficência:não causar danos. Tem grande peso e é capaz de prevalecer sobre qualquer outro principio. Implica em NÃO fazer algo que vá provocar dano- requer abstenção. Ex.: não roubar. Sara Steffens ATM 2018/2 9 Segundo Diego Garcia, o “não saber” já é maleficente= não precisa saber na hora, mas ir atrás do conhecimento. Corpus hippocraticum: não lesar. Beneficência: bem não obrigatório a fazer. Qualquer contato, além do próprio tratamento faz parte do conjunto terapêutico: saber conversar, se portar. Autonomia: Enfoque da aula parte complicada na adolescência. Na criança é totalmente voltado aos pais. Nem sempre o que consideramos como o Melhor, será o Melhor para o Paciente. Autonomia completa é um ideal, mas na prática todos estamos sujeitos à condicionantes. Princípio da Justiça: Pertence mais ao estado, suprir as demandas, conforme as necessidades. Não é o foco da aula. Confidencialidade: Respeito à confidencialidade na consulta com o Adolescente é um princípio básico. Ex. HIV: criança/ adolescente devem saber do dx, no momento apropriado. Intimidade (privacidade): É indispensável para o desenvolvimento psicológico e configuração da maturidade. Intimidade é um direito fundamental dos indivíduos (presente na declaração dos Direitos Humanos). Níveis de profundidade da intimidade: Observacional: ex. proibido ficar vendo com binóculos. Informacional Decisional Confidencialidade é o Dever que temos de Manter a privacidade. É aplicável a TODAS AS IDADES. Exceções à confidencialidade: - com a permissão do pct - lei que obrigue revelação - risco de vida /possibilidade dano físico/psicológico de 1 ou + pessoas. Ex. 1: se adolescente de 15 anos com HIV, deve-se contar aos pais. Mas, se tiver gonorreia, p. ex., que é tratável, não precisa contar. Ex. 2: Prescrever ACO para adolescente, sem contar para os pais? Pode dar, desde que orientando, para não perder a confiança. Ex. 3: Se estiver tendo um abortamento, pelo risco à vida da paciente, deve-se contar para algum responsável. Ex. 4: meninas com CA aos 15 anos e não deseja mais se tratar, o contrário do desejo dos pais. Seu desejo deve ser respeitado. Conceitos OMS: Criança até 10 anos incompletos. Adolescente: 10 aos 20 anos incompletos. Desenvolvimento Moral- Kohlberg: O desenvolvimento cognitivo-moral não está diretamente ligado à idade. Dividiu em níveis de desenvolvimento: Nível 1= pré-convencional Criança. Deixa de fazer algo por medo de castigo, não por julgamento moral bem desenvolvido. Nível 2= convencional é típico do adolescente, mas muitas pessoas ficam a vida toda. * Por esses conceitos, entende-se que em torno dos 14 anos, os adolescentes podem responder por seus atos, relacionados à saúde. Nível 3- Pós-convencional, autônomo ou nível de princípios: Apenas algumas pessoas atingem esse nível. TEORIA DO MENOR MADURO Entre 16 e 18 são considerados relativamente capazes. ~~parei de anotar ~~ Ela não mandou slide ou artigo 6- SEPSE NEONATAL Profa. Beatriz- 02/12/2016 CONCEITO Resposta sistêmica à infecção evidenciada clinicamente. No RN muitas vezes não se espera confirmação laboratorial. Risco RN: internações prolongadas. Sobrevivência de RNs muito prematuros: maior incidência de sepse. INCIDÊNCIA: Peso e idade gestacional= diretamente relacionados < 1000g = 26% 100-200g 8-9% 1% na pop RN + sexo masculino Sepse é a maior causa de morbimortalidade Neonatal (nascimento até 28 dias), principalmente entre os prematuros. Até 40% dos óbitos em RNBP (RN de baixo peso). 2º lugar dos prematuros é asfixia (7%). Mortalidade importante, que impacta na mortalidade infantil. O QUE JUSTIFICA A VULNERABILIDADE? Imunologia: resposta imune fisiológica deficiente. Neutrófilos com menor quimiotaxia, menos fagocitose e capacidade, também, há baixa reserva medular de neutrófilos dificuldade de manter infecção localizada, logo dissemina. Macrófagos, Cel T tb prejudicados. Imunoglobulinas: IgM em níveis baixos, que só atinge 50% dos adultos aos 6m. IgG passa menos barreira transplacentária na 2ª metade gest. IgD: Baixa; IgE: Indetectável no sangue de cordão IgA:Baixíssima ao nascimento. Eleva-se rapidamente nas primeiras semanas Complemento: prejudicada e com baixa capacidade de opsonização. Barreiras físicas: pele e mucosas facilmente rompidas sondas, esparadrapos, aspirações geram lesão. CLASSIFICAÇÃO: Precoce: até 72h. 85% nas primeiras 24h; 5% 24-48h e 10% 48h-6 dias. Relação com PARTO e PERIPARTO. Fatores gestacionais. Tardia: após 72h. 6º dia até 3 meses. Relação com fatores AMBIENTAIS. Ex: RN internado. FATORES DE RISCO 1) Sepse precoce: Mae colonizada por SGB Infecção urinaria próxima ao parto Historia bolsa rota corioamnionite Leucorreia e outros sítios infecção Febre materna Hipertonia uterina Gestação múltipla No parto: Ruptura prolongada de membranas >24h, rup prematura de membranas: + importante se < 37 sem) ascensão de germes da vagina. Liquido amniótico purulento / odor fétido Trab parto prolongado, com + toque, parto em condições sépticas. Taquicardia fetal Sara Steffens ATM 2018/2 10 Fatores do RN: prematuridade, baixo peso, asfixia, aspiração meconial, procedimentos invasivos. Germes da sepse precoce: Estreptococo grupo B (no BR não se tem dados), E. coli, S. aureus, S. epidermidis, Listeria monocytogenes. 2) Sepse tardia: Prematuridade (56% se < 28 sem). Permanência longa em UTIN Muito bx peso (< 1000g) PCA: persistência canal artéria shunt que deveria fechar ao clampear cordão umbilical. Vent. mecânica prolongada Displasia broncopulmonar: dç crônica pulmonar do prematuro, com microatelectasias. Enterocolite cecrosante Cateter central de longa permanência Stress e dor neonatal Germes sepse tardia: Hospitalares: S. epidermidis, S. aureus, Klebsiella, Pseudomonas, Acineto, Candida, etc. Cada UTI tem seus germes. Domiciliar: estrepto grupo B, S. aureus, GN, herpes, outros. DIAGNOSTICO: Não é fácil de dx no RN, por isso mts vezes o tto é empírico. Pode ser bem sutil, com fácies antálgica, prostrado, leve hipotonia. Ou tb pode começar de forma grave e evoluir rapidamente para óbito. Apresentação Multissistêmica e inesecifica: - Istabilidade térmica: RN faz mais hipotermia ou instabilidade. Hipertermias são raras em infecções bac (+ metabólica, fúngica). Distúrbio resp: apneia, bradipneia, gemência, taquidispneia. Cutâneas: palidez, perf perif lentificada, cianose, pele marmórea. Ictericia idiopáticia Irritabilidade, letargia, hipotonia, convulsões Instabilidade CV (taquicardia, hipotensão) Sangramentos gastrointestinais Sinais de CIVD: grave, com petequia. PRINCIPAIS LOCAIS: Corrente sanguínea Pneumonia Gastrointestinal Meningite: + sepse tardia, coleta liquor obrigatória. Pele Artrite séptica: menos freq. AVALIAÇÃO LABORATORIAL: Culturas: Sangue (padrão-ouro), liquor, urina, asp. Traqueal. Índice leucocitário, plaquetopenia. Hemograma: leucocitose nem sempre ajuda, pois pode ser normal 5mil a ~30mil. Mas LEUCOPENIA deve ser valorizado. PLAQUETOPENIA tb é indicativo. Formas imaturas: bastões, metamielocitos e (numero imaturas/ total neutrófilos > 0,2). PCR: usada para acompanhar evolução. Líquor: obrigatório na Sepse tardia, qnd na maioria há comprometimento do SNC atb deve passar BHE e tempo de tto deveser maior. Sequelas cognitivas, e outras importantes. Gasometria: acidose, lactato. Outros: IL6, TNF alfa, fibronectina= + p/ pesquisa. Radio: RX pulmonar, enterocolide (enteromatose, distensão). TRATAMENTO: Precoce: ATBs + simples Ampicilina + Gentamicina (reforço p/ GN usar algum aminoglicosideo, geralmente genta). Situação especial: mãe internada... o perfil deve ser mais parecido com sepse tardia. Tardia: 43 min Hospitalar: Cefepime + Amicacina Meropenem Vancomicina Ciprofloxacina Tazobactam-piperacilina Aztreonam *Genta e como 2ª opção amicacina. Outros: de acordo com resultado do antibiograma. Domiciliar: semelhante à precoce. Com Vanco como alternativa. TRATAMENTO DE SUPORTE: Aporte hídrico e calórico (NTP) alto consumo; perde mt proteína, ajustar glicose conforme HGT. Suporte vasoativo se necessário. Sedação/ analgesia Hemoderivados: plasma, concentrado de hemácias. Suporte resp: VM, CPAP, oxigênio. Correção acidose Atenção sangramentos: vit K, inibidor H2. Sepse consome os fatores de coagulação. Produção de vit K depende da alimentação enteral (se bebe em NPVO precisa receber vit K). Ações de combate à Infecção: tripé: - Sistema hospitalar: sistematizar, investigar rotinas. - RN e sua fragilidade - Bactérias. Lavagem das mãos é a ação que mais impacta! Uso de álcool 70%/ glicerinado. Uso racional de ATB: nã postergar inicio do tto, mas tb ter coragem de cessar tto caso a suspeita não se confirme. Retirar cateter e exames desnecessários. Conhecer microbiota: germes + freq. e perfil de sensibilidade. Rodizio de ATBs. Indicação e duração criteriosa do tto.
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