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resumo 5 psiquiatria UFSM 2016

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Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
1 
 
ALCOOLISMO 
Profa. Gabriela- 14/10/2016 
Recomendou: Duncan + tto com artigos no e-mail+ critérios dx DSM-V 
 
Álcool: padrão de consumo 
Avaliação do paciente: 
quantitativa (quanto bebe) 
qualitativa (como) 
obs: Padrão-ouro p avaliação consumo de sbs é sempre assim (qualitativo 
+ quantitativo). 
Instrumentos de triagem: AUDIT e CAGE (Duncan) 
1) AUDIT: 10 perguntas sobre três domínios diferentes relacionados ao 
uso de álcool: avaliação do uso problemático, de sintomas de dependência 
e de padrões de uso nocivo. 
 
2) CAGE: bem mais superficial, mas ajuda em avaliações sucintas. 
 
 
3) Marcadores biológicos: tbm podem ser usados, dentro do contexto. 
- Hepáticos: elevação da GGT (é o marcador + consagrado, S: 30-50% e 
baixa Especificidade tb). Razão das transaminases AST/ALT de 1,5:1 a 2:1, 
mesmo quando não elevadas. Bilirrubinas, e diminuição da atividade da 
protrombina. 
- Hematológicas: anemia, trombocitopenia, elevação de volume 
corpuscular médio (VCM) indicando macrocitose sem anemia. 
- Elevação da transferrina deficiente de carboidrato (CDT). 
- Outras: elevação de triglicerídeos, colesterol, ácido úrico, 
creatinofosfoquinase e aldolase, hipoproteinemia. 
 
BINGE: >4 doses em M ou > 5 em H. Já é consumo problemático do álcool. 
 
Epidemiologia no BR 
É a sb psicoativa mais consumida. Obs: da ilícitas é cannabis. 
2006 H: 65% e 35% M 
2012 62%H, 38% M. 
Nº de Homens que consomem vem reduzindo e de Mulheres leve 
aumento. 
Consumo maior entre H, especialmente na faixa etária dos 18 aos 29 anos, 
declinando com a idade (CREMESP). 
O nº geral no BR está estável ou sofreu leve redução, não temos dados 
mais atualizados. Número de bebedores NÃO vem aumentando. 
Abstinente: 50% da pop BR. 
Maior parte da pop BR não era bebedor e continua não sendo. 
Ocidente: 20% dos homens e 10% das mulheres terão transtorno por 
abuso de álcool. 
 
CREMESP: A dependência de álcool acomete de 10% a 12% da população 
Mundial. É responsável por: 
60% dos acidentes de trânsito 
70% das mortes violentas 
50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade 
 
Dependência: 
H ainda bebe +; e desenvolve + problema. 
Em ambos os sexos dependência diminuiu em H e leve aumento em M. 
Nº de consumidores não aumentou, mas os que já bebiam aumentaram e 
frequência. 
Crescimento da frequência. 
2006: 42% bebe pelo menos 1x/sem 
2015: 53% 
Estão começando cada vez mais cedo. 
Crescimento do Binge. 
Beber em binge está crescendo principalmente entre as Mulheres. Ainda 
assim, continua sendo mais frequente em H. Aumentou em ambos! 
Binge é maior em menor classe social. 
 
Dados escolares (até ensino médio) 2010: álcool e tabaco vêm sofrendo 
redução. 
Mas entre universitários vem aumentando muito (chega e até 90% em 
alguns locais) 
 
Características do consumo do álcool: 
Etanol: Baixo peso molecular. Efeito estimulante inicial, seguido por 
depressor. 
Alcoolemia: 
Pico em 30 min. Medida em Gramas de etanol/ L 
Medida em unidades: 1 unidade= 10g de álcool. 
Uma dose em M 60 Kg ou H 70 Kg= 0,2g/L de alcoolemia. Só por ser 
mulher alcoolemia é maior. 
Limite trânsito no BR hj é Zero. 
 
 
Absorção e metabolismo do álcool: abs mucosa boca e estômago, mas a 
maior parte é abs no intestino (proximal). 
Aumento da abs: esvaziamento gástrico acelerado (abs + 
intestino), ausência de alimento no TGI, ingesta bebida gaseificada, ingesta 
de cafeína. 
OBS: Energético= cafeína, taurina, açúcar. Uso associado desenvolve 
maiores problemas associados ao álcool. Cafeína e açúcar são 
psicoestimulantes, ao contrário do álcool, faz não deprimir e continuar 
bebendo. Taurina é AA que retarda metabolização do álcool. Com 
energético, se intoxica +, sem perceber que está intoxicado. 
 
Gêmeos: 50-70% do risco de abuso atribuído a fatores genéticos. 
Metabolização do álcool= variável. 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
2 
 
Asiáticos= toleram menos o álcool (acetaldeido desidrogenase não 
funciona bem e acumula, causa mal estar, hipotensão, rubor facial, 
taquicardia). 
Dissulfiram atua de forma semelhante= associar com álcool é bem grave. 
 
Adulto metaboliza cerca de 1 dose/h (7-14g álcool) 
2-10g excretado pulmões, suor e urina. 
Velocidade da reação é determinada pela genética, não pela quantidade 
de álcool. 
 
INTOXICAÇÃO AGUDA POR ÁLCOOL 
Critérios DSM-V: 
A. Ingestão recente de álcool. 
B. Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas 
e problemáticas (p. ex., comportamento sexual ou agressivo inadequado, 
humor instável, julgamento prejudicado) desenvolvidas durante ou logo 
após a ingestão de álcool. 
C. 1 (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas: 
1. Fala arrastada. 
2. Incoordenação. 
3. Instabilidade na marcha. 
4. Nistagmo. 
5. Comprometimento da atenção ou da memória. 
6. Estupor ou coma. 
Obs: nistagmo pode ocorrer na intoxicação aguda, não oftalmoplegia (que 
pode ocorrer no Wernicke). 
 
Intoxicação aguda: 
 
 
Efeitos após ingesta 
GABA-like (potencializa)= principal inibitório. 
GABA-A. Benzo tb potencializa ação do GABA, por isso NÃO SE USA BENZO 
NA INTOXICAÇÃO ALCOOLICA. É o tto da abstinência, quando o GABA está 
reduzido (na abstinência há hiperativação, o oposto da intoxicação aguda). 
O contrário do GABA ocorre com o glutamato (NMDA). Intoxicação: 
↑GABA e ↓Glu. 
- Álcool é GABA-like: aumento influxo de Cl no neurônio= 
hiperpolarização= inibitório. 
- Reduz influxo de Ca (≠ da abstinência)= ↓ glutamato 
Neuroadaptação com a presença da dose: não é mais homeostase, mas 
sim alostase. Abstinência ao retirar a droga. 
Uso crônico: tolerância. Dessensibilização GABA-A e sensibilização NMDA. 
Há multiplicação do nº dos canais de Ca. Influxo de Cl começa a diminuir. 
 
 
 
ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA: 
Escala: CIWA-AR (Clinical Institute Withdrawal Assessment of Alcohol 
Scale). Sinais disautonômicos (PA e FC sobem e descem), sudorese (inicia 
em polo cefálico e depois profusa), alucina/ilusões frequentes (+ comum 
zoopsias= ver bichos). 
Pontuação flutuantes. 
 
 
 
Varia de 0-67 
< 8 = abstinência leve – poucos sintomas, raramente requer medicação. 
8-15 = abstinência moderada – pequenas doses de benzodiazepínicos. 
> 15 = sintomas severos – monitoramento para evitar convulsões e 
delirium tremens. 
 
++ Risco de evoluir p/ Delirium tremens: CIWA > 15 (principalmente se PAS 
> 150 ou FC > 100), delirium ou convulsões prévias, idade avançada, 
recente abandono de drogas depressoras e problemas médicos 
concomitantes. 
 
Delirium por Abstinência: Delirium tremens 
Forma grave de SAA. 
A maior parte das SAA é leve, não é delirium, e pode ser tto ambulatorial. 
Boa parte é autolimitada. 
Sempre que SAA for grave deve ser internado. Delirium tremens= tto até 
em UTI! 
Delirium= flutua sensório (melhora e pior ao longo do dia), obrigatório 
perda de atenção, agudo. Associado ao tremor. •Para dx de Delirium 
tremens: critérios Abstinência + Critérios Delirium. 
5% das SAA evoluem p/ delirium tremens, destes: 5-10% mortalidade. 
Morte por: hipertermia, arritmia, complicações de convulsões ou doenças 
prévias. 
Maior parte não tem Convulsão grande mal, mas mts têm; 
 
Critérios de Abstinência (DSM-V) 
A. Após cessação ou redução do consumo. 
B. 2 ou + dos 8 sintomas: algumas horas a dias após em média 12h após 
ultimo gole já pode apresentar. 24-72h é o pico máximo, mas pode até 14 
dias após. 
Hiperativação autonômica 
Tremor mãos 
Insônia 
Náuseas ou vômitos 
Alucinação ou ilusão 
Agitação psicomotoraAnsiedade 
Convulsão 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
3 
 
 
Dias de abstinência x sintomas/sinal SAA. 
Leve: 0-3 dias ansiedade, irritabilidade, insônia, tremor. Tto= 
benzodiazepínico. 
Moderada: 0-6 dias febre, desorientação, alucinações. 
Delirium Tremens: 3-9 dias confusão profunda, tremores grosseiros, 
alucinações aterrorizantes. A MINORIA (~5%) desenvolve. 
 
Neurotransmissores envolvidos na SAA: 
(-) DA: disforia. 
(-) GABA: predisposição a convulsão Leito mais calmo que tiver= pouca 
estimulação para não convulsionar. 
(+) Glutamato: obnubilação, alucinação, convulsão. 
(+) NA: ef. CV, náusea, vômito, tremor, hipertermia. 
(+) Canais de Ca: + atividade elétrica. 
 
TRATAMENTO DELIRIUM TREMENS: 
1. Repor TIAMINA (B1) no Delirium tremens profilaticamente ou como tto 
se já tiver Werning. EV é padrão-ouro, mas aqui não tem, aqui de usa VO. 
500mg 1 ou 2x/dia, por 3 dias. 
2. Volume: não repor volume indiscriminadamente, repor conforme 
necessidade. 
3. Eletrólitos: CUIDAR HIPOMAGNESEMIA (Mg é necessário p/ efetividade 
de B1). 
4. Glicose= Repor imediatamente, se hipoglicemia grave; caso não esteja 
hipoglicêmico, repor 1º só B1 e depois a glicose. Adm glicose 
inadvertidamente pode precipitar encefalopatia de Wernicke ou 
cardiomiopatias relacionadas à tiamina 
5. Benzodiazepínicos EV: para controle da agitação e insônia. Aumenta o 
limiar para crise convulsiva. Altas doses podem ser necessárias. Dose 
variável de acordo com necessidade. CIWA ajuda na decisão. Começa com 
5-10 mg e vai titulando. Diazepam, Lorazepam ou outros. 
OBS: pode usar anti-psicótico para as alucinações? Pode e é preconizado. 
Não tta delirium tremens, mas pode ser usado. Cuidado pq baixa limiar 
convulsivo, haloperidol IM diminui menos o limiar e pode ser usado. Não 
usar clorpromazina (bx mt o limiar). 
 
COMPLICAÇÕES: 
Doença de Wenicke: ocorre por deficiência nutricional, comumente em 
alcoolistas, mas tb pode ser causada por bulimia/anorexia. Inicio súbito, 
confusão mental 10%, marcha atáxica, paralisia do olhar conjugado (não 
obrigatória), outras manifestações oculares, como nistagmo pode 
aparecer (confunde com intoxicação), diplopia. 
Mortalidade 10-20%. 
 
Korsakoff: forma crônica da evolução de Wenicke. Confabulação: 
preenche lacunas de memória com coisas inventadas, confunde coisas 
reais e que não aconteceram. Memória Anterógrada e memória recente 
geralmente preservada, com prejuízo da memoria remota 
SIST. DE RECOMPENSA E DEPENDÊNCIA: 
Efeito da droga agudo: usa no início p se sentir bem e depois para parar de 
se sentir mal. 
Ação na Área tegmentar ventral, nucleus acumbens, e CPF. 
Descarga de dopa no núcleo acumbens é modulada pelos receptores: 
canabinoides CB1, nicotínicos, u-opioides, serotoninérgicos. 
Poderia usar bupropiona no alcoolista? Poderia considerar uso, já que uma 
das complicações frequente em alcoolistas é a depressão (álcool deprime 
e piora depressão). Bupropiona tem efeito dopaminérgico e tta depressão, 
mas NÃO se usa sempre que pode ocorrer convulsão, pq baixa o limiar 
convulsivo (na anorexia/buli tb não). 
 
TTO DO ALCOOLISTA QUE NÃO ESTÁ EM SAA: 
Quer se tratar para parar de beber. 
Chama-se de transtorno por uso de sbs decorrente do álcool, não de 
alcoolista. 
Opções de tto no BR: 
1. DISSULFIRAM: mecanismo de ação é inibir acetoaldeidodesidrogenase. 
Aversivo, se tomar passa mal. Só pode ser usado em paciente bem 
motivado e determinado a cessar vicio. Dose inicial é 500mg. Prof indica 
TCLE antes de iniciar uso, pois existe risco do uso associado ao álcool. Dose 
de manutenção 250 mg. 
 
2. NAUTREXONE (antagonista opiode) oral: não é aversivo, se tomar não 
passa mal, mas n sente o mesmo prazer. Ajuda a diminuir fissura pela 
bebida; pct bebe, mas não sente tanta euforia, por isso ajuda a parar ou 
beber menos. Quebra da parente diminuiu preço. Manter em média por 3 
meses em pct motivado e reavaliar. Funciona para muitos monitorar 
enzimas hepáticas. 
Outro: Acamprosate= bom p hepatopata, mas n tem no BR. 
 
ACONSELHAMENTO: fazer em qlqr fase do uso. 
Mínimo: 3 min 
Revê: 3-10 
Intensivo: > 10 min 
 
Fases: 
1. Avaliação (identificação) 
2. Aconselhamento (estratégia motivadora mínima) 
3. Assistência 
4. Acompanhamento 
 
Tabela cremesp 
Chama à reflexão 
Dar responsabilidade 
 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
4 
 
Após ter delirium tremens= chance de recaída é de ~90%. Não basta ttar e 
dar alta. 
 
OBS: 
Cuida na intoxicação aguda: deixar cabeceira elevada para não aspirar. 
AA: 1- eu mando no 1º gole; depois do 1º a bebida manda. Não vou beber 
nas próximas 24h. 
 
CREMESP: 
CAGE: Ele não faz o diagnóstico de dependência, mas detecta os 
bebedores de risco, para os quais se devem propor uma intervenção. O 
CAGE possui boa sensibilidade e especificidade para duas respostas 
positivas. Acrescentando-se perguntas simples como: 1) você já teve 
problemas relacionados ao uso de álcool? e 2) você bebeu nas últimas 24 
horas?, há um aumento da sensibilidade deste questionário para 92%. 
 
 
O TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS e 
TRANSTORNOS RELACIONADOS 
Seminário Profa. Gabriela 
Inclui: transtorno de sintomas somáticos, transtorno de ansiedade de 
doença, transtorno conversivo (transtorno de sintomas neurológicos 
funcionais), fatores psicológicos que afetam outras condições médicas, 
transtorno factício, etc. 
 
Têm em comum: sintomas somáticos + sofrimento e prejuízo 
significativos. 
Mais importantes para clínicos em geral do que para psiquiatras. 
 
Diagnóstico novo no DSM-V. No DSM-IV o foco eram os sintomas não 
explicados, que aparecem em graus variados, principalmente no 
Conversivo, mas essa nova categoria: também podem acompanhar 
doenças médicas diagnosticadas. 
 
É difícil determinar se sintomas são somente mentais Não é apropriado 
dar a um indivíduo um diagnóstico de transtorno mental unicamente por 
não se conseguir demonstrar uma causa médica. 
 
Cuidado: 
Outras dçs mentais cursam com sintomas somáticos Depressão, S. do 
Pânico. 
Comorbidades são muito comuns nesses pcts. 
 
Fatores relacionados: 
#Vulnerabilidade genética e biológica (p. ex., maior sensibilidade à dor), 
#Traumas precoces (p. ex., violência, abuso, privação) 
#Aprendizagem (p. ex., atenção obtida por causa da doença, ausência de 
reforço de expressões não somáticas de sofrimento), 
#Normas culturais/sociais que desvalorizam e estigmatizam o sofrimento 
psicológico em comparação com o sofrimento físico. 
 
75% dos hipocondríacos têm transtorno de sintomas somáticos. Outros 
25% têm transtorno de ansiedade de doença, que pode ser encaixado 
nessa seção ou como um T. de Ansiedade (onde ele é abordado). 
Transtorno conversivo: aspecto essencial são os sintomas neurológicos 
considerados incompatíveis com uma fisiopatologia neurológica. A 
ocorrência inexplicada de sintomas somáticos ainda é a chave p/ o dx no 
transtorno conversivo e na pseudociese (outro transtorno de sintomas 
somáticos e transtorno relacionado especificado). 
 
Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas. 
 
1) TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS 
É o principal diagnostico. 
Diagnóstico: baseado em sinais e sintomas positivos: sintomas somáticos 
perturbadores + pensamentos/ sentimentos/comportamentos anormais 
em resposta a esses sintomas. NÃO se baseia na ausência de explicação 
médica p/ sintomas somáticos. a ênfase não é a ocorrência inexplicada 
dos sintomas somáticos, mas sim a ATITUDE ANORMAL em resposta aos 
sintomas. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
A. 1 ou + sintomas somáticosque causam aflição ou resultam em 
perturbação significativa da vida diária. 
B. Pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos relacionados 
aos sintomas somáticos ou associados a preocupações com a saúde 
manifestados por pelo menos um dos seguintes: 
1. Pensamentos desproporcionais e persistentes acerca da 
gravidade dos próprios sintomas. 
2. Nível de ansiedade persistentemente elevado acerca da 
saúde e dos sintomas. 
3. Tempo e energia excessivos dedicados a esses sintomas ou a 
preocupações a respeito da saúde. 
C. Embora algum dos sintomas somáticos possa não estar continuamente 
presente, a condição de estar sintomático é persistente (em geral > 6 
meses). 
 
Especificar se: 
Com dor predominante (anteriormente transtorno doloroso). ou 
Persistente: sintomas graves, continuamente presentes, > 6 meses. 
Especificar a gravidade atual: 
Leve: só 1 dos sintomas do Critério B. 
Moderada: 2 ou + 
Grave: 2 ou + do B, além de múltiplas queixas somáticas (ou um sintoma 
somático muito grave). 
 
Ou seja: têm sintomas que atrapalha a vida + eles decorrem se um excesso 
de preocupação e ansiedade + são crônicos. 
 
Cerne está em somatizar. Se não tiver prejuízo, chama-se paciente 
somatizador. 
Muito ligado a traumas de infância, como abuso sexual. 
Estresse psicológico ligado 
O recomendado é que mantenha acompanhamento com CLÍNICO, na UBS. 
Não precisa ser encaminhado para psiquiatra, evitando peregrinação. 
Historias inconsistentes. 
Dd: factício, simulação. 
Paciente já chega dizendo que ng resolve o problema. 
Antidepressivo é o único que pode ter algum efeito. O padrão-ouro é 
psicoterapia e boa relação médico-paciente, por isso o recomendado é que 
permaneça em acompanhamento na UBS, com médico de família, com 
laços. 
Antidepressivo quando mt álgico. Fibromialgia mt relação com sono, pode 
usar com que ajude. 
Dor, sintomas intestinais e outros são REAIS, diferente do factício. 
Consulta descentralizada dos sintomas, não desacreditar da dor, tentar 
associar a fatores psicológicos. 
Muito mais frequente do que parece: fibromialgia, dispepsia funcional e s. 
intestino irritável. 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
5 
 
 
A maior parte das crises conversivas epiléticas acontecem em epiléticos, 
especialmente quando estão prestes a receber alta. 
Conversivo é muito comum em soldados. 
Tratamento do conversivo é orientação, terapia, não há fármaco. 
Transtorno de sintoma somático, conversivo, = motivação inconsciente, às 
vezes descobre, às vezes não. Sintoma não é fabricado! 
 
Factício: motivação é inconsciente, mas sintoma é fabricado!! 
 
Não existe simulação sem ganho secundário. 
 
Ganho primário: por carinho, atenção. 
 Factício é baseado em ganho primário (carinho, atenção). O motivo do 
precisar de tanto carinho, atenção é inconsciente, considerado uma 
doença. 
Ex. Simula dç para não se separar, por ex. 
S. de Munchausen ou by proxy: comum em mãe filho (filho doente, mãe 
ganha atenção). Com idosos tb é comum (vulneráveis). 
 
Ganho secundário: aposentadoria, dinheiro= simulador ao se deparar, 
dar alta. 
 
CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS 
Sintomas específicos (dor localizada) ou inespecíficos (fadiga). Geralmente 
não significam doença grave. 
Sintomas sem uma explicação não são suficientes para fazer dx. 
Doença médica concomitante frequente. 
 
CARACTERÍSTICAS QUE APOIAM O DIAGNÓSTICO 
Cognitivos: 
Atenção focada em sintomas somáticos, 
Atribuição de sensações corporais normais a dç físicas 
Muitas preocupação a respeito de dçs 
Medo de que qualquer atividade física possa prejudicar o corpo. 
 
Comportamentais: + presentes em casos graves. 
Verificações repetidas do corpo à procura de anormalidades, 
Busca reiterada de ajuda consultas frequentes por diversos sintomas 
Evitação de atividades físicas. 
 
#Encaminhamento p/ especialista em saúde mental = surpresa/ recusa 
#Associado a transtornos depressivos = risco suicídio (n se sabe se 
independente tb). 
 
PREVALÊNCIA 
Desconhecida. pode ser em torno de 5 a 7%. 
> do que a do transtorno de somatização mais restritivo do DSM-IV (< 1%), 
< à do transtorno somatoforme indiferenciado (~ 19%). 
 
CURSO E DESENVOLVIMENTO: 
Mais velhos: sintomas somáticos e doenças médicas concomitantes são 
comuns, e um foco no Critério B é crucial. 
Subdiagnosticado em adultos mais velhos tanto porque certos sintomas 
somáticos (p. ex., dor, fadiga) são considerados parte do envelhecimento 
normal quanto porque a preocupação com a saúde é considerada 
"compreensível". 
Crianças, os sintomas mais comuns são dor abdominal recorrente, cefaleia, 
fadiga e náusea. Comum ter só 1 sintoma. É o pai/a mãe quem pode 
determinar a interpretação dos sintomas e o tempo de ausência da escola 
e de busca por ajuda médica. 
 
FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO 
Temperamentais: afetividade negativa (neuroticismo) 
Ambientais: bx nível socioeconômico 
Modificadores do curso. sexo feminino, idade mais avançada, menos anos 
de instrução, baixo nível socioeconômico, desemprego; 
abuso sexual/ adversidade na infância, doença psiquiátrica ou transtorno 
psiquiátrico (depressão, ansiedade, transtorno depressivo persistente 
[distimia], pânico), estresse social e fatores sociais reforçadores como 
benefícios obtidos com a doença. 
Fatores cognitivos: sensibilidade à dor, atenção elevada a sensações 
corporais e atribuição de sintomas corporais a doença médica (não como 
fenômeno normal ou estresse psicológico). 
 
"síndromes ligadas à cultura" 
está associado a comprometimento marcante do estado de saúde: até 2 
desvios padrões abaixo. 
 
DIAG DIFERENCIAL 
Se só aparece durante epispodio de Depressão maior, não é dado dx. 
Muitas vezes transtornos como síndrome do colo irritável ou fibromialgia 
não satisfariam o critério dx (Critério B). 
Transtorno de pânico: episódios agudos; 
Transtorno de ansiedade generalizada: múltiplos eventos, situações ou 
atividades, não só com própria saúde. Foco é outro. 
Transtornos depressivos: são comumente acompanhados por sintomas 
somáticos. Mas o centro é o humor deprimido (disfórico) e anedonia. 
 
Transtorno de ansiedade de doença: preocupações extensas a respeito da 
saúde, porém nenhum/minimos sintomas somáticos. 
 
Transtorno conversivo: (transtorno de sintomas neurológicos funcionais). 
O sintoma inicial é a perda de função (p. ex., de um membro), enquanto 
no transtorno de sintomas somáticos o foco é no sofrimento que os 
sintomas específicos causam. Os aspectos listados no Critério B ajudam a 
diferenciar. 
 
Transtorno delirante. no transtorno delirante do tipo somático, crenças e 
comportamentos associados aos sintomas somáticos são mais fortes . 
 
Transtorno dismórfico corporal. preocupado com um defeito nas 
características físicas. 
Transtorno obsessivo-compulsivo. ideias mais intrusivas. 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
A. Preocupação com ter ou contrair uma doença grave. 
B. Sintomas somáticos não estão presentes ou, se estiverem, são de 
intensidade apenas leve. 
Se uma outra condição médica está presente ou há risco elevado de 
desenvolver uma condição médica, a preocupação é claramente excessiva 
ou desproporcional. 
C. ansiedade com relação à saúde 
D. comportamentos excessivos relacionados à saúde ou exibe evitação 
mal-adaptativa (p. ex., evita consultas médicas e hospitais). 
E. => 6 meses, mas a doença específica que é temida pode mudar nesse 
período. 
F. não é mais bem explicada por outro transtorno 
 
25% dos hipocondríacos. 
 
Determinar o subtipo:Tipo busca de cuidado: é utilizado com frequência. 
Tipo evitação de cuidado: O cuidado médico raramente é utilizado. 
 
TRANSTORNO CONVERSIVO (TRANSTORNO DE SINTOMAS 
NEUROLÓGICOS FUNCIONAIS) 
Critérios Diagnósticos 
A. Um ou mais sintomas de função motora ou sensorial alterada. 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
6 
 
B. Achados físicos evidenciam incompatibilidade entre o sintoma e as 
condições médicas ou neurológicas encontradas. 
C. não é mais bem explicado por outro transtorno mental ou médico. 
D. O sintoma ou déficit causa sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo ou requer avaliação médica. 
 
Especificar se: 
Episódio agudo: Sintomas presentes há < 6 meses. 
Persistente: Sintomas ocorrendo há > = 6 meses. 
Especificar se: 
Com estressor psicológico (especificar estressor) 
Sem estressor psicológico 
 
Chamados às vezes de funcionais ou psicogênicos 
 
Sintomas motores incluem fraqueza ou paralisia; movimentos anormais, 
como tremor ou movimentos distônicos; anorma-lidades da marcha; e 
postura anormal de membro. 
Sintomas sensoriais incluem sensação cutânea, visão ou audição 
alteradas, reduzidas ou ausentes. 
 Episódios de tremores generalizados de membros com aparente prejuízo 
ou perda de consciência podem assemelhar-se a convulsões epiléticas 
(também denominadas convulsões psicogênicas ou não epiléticas). 
Ausência de resposta semelhantes a síncope ou coma. 
Outros sintomas incluem volume da fala reduzido ou ausente 
(disfonia/afonia), articulação alterada (disartria), uma sensação de "bola" 
ou caroço na garganta (globus) e diplopia. 
 
FATORES ASSOCIADOS 
A manifestação inicial pode estar associada a estresse ou trauma. 
Sintomas dissociativos, tais como despersonalização, desrealização e 
amnésia dissociativa, particularmente no início do quadro sintomático ou 
durante os ataques. 
Não requer o julgamento de que os sintomas não sejam intencionalmente 
produzidos (i.e., não simulados). 
O fenômeno la belle indifférence (i.e., ausência de preocupação acerca da 
natureza ou das implicações do sintoma). 
 Da mesma maneira, o conceito de ganho secundário (dinheiro ou isenção 
de responsabilidades). Na presença de evidência concreta de simulação, os 
diagnósticos que deverão ser considerados incluem transtorno factício ou 
simulação 
 
Prevalência 
comuns, desconhecida, ~5% dos encaminhamentos ao neuro. 
2 a 5/100.000 por ano. 
 
2 a 3 vezes mais comum em pessoas do sexo feminino. 
 
DD 
Transtorno factício e simulação. O diagnóstico de transtorno conversivo 
não requer o julgamento de que os sintomas não sejam produzidos 
intencionalmente (i.e., não simulados), pois a avaliação da intenção 
consciente não é confiável. Entretanto, evidências definitivas de 
fingimento (p. ex., evidência clara de que a perda funcional está presente 
durante o exame, mas não em casa) sugeririam um diagnóstico de 
transtorno factício, se o objetivo aparente do indivíduo for assumir um 
papel de doente, ou de simulação, caso o objetivo for obter um benefício 
como dinheiro. 
 
FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS 
CONDIÇÕES MÉDICAS 
CRITÉRIOS 
A. Um sintoma ou condição médica (outro[al que não um transtorno 
mental) está presente. 
B. Fatores psicológicos ou comportamentais afetam de maneira adversa a 
condição médica em uma das seguintes maneiras: 
1. Os fatores influenciaram o curso da condição médica 
conforme demonstrado por uma associação temporal próxima 
entre os fatores psicológicos e o desenvolvimento, a 
exacerbação ou a demora na recuperação da condição médica. 
2. Os fatores interferem no tratamento da condição médica (p. 
ex., má adesão). 
3. Os fatores constituem riscos de saúde adicionais claros ao 
indivíduo. 
4. Os fatores influenciam a fisiopatologia subjacente, 
precipitando ou exacerbando sintomas e demandando atenção 
médica. 
C. Os fatores psicológicos e comportamentais do Critério B não são mais 
bem explicados por um transtorno mental (p. ex., transtorno de pânico, 
transtorno depressivo maior, transtorno de estresse pós-traumático). 
Especificar a gravidade atual: 
Leve: Aumenta o risco médico (p. ex., adesão inconsistente ao tratamento 
anti-hipertensivo). Moderada: Agrava a condição médica subjacente (p. 
ex., ansiedade agravando a asma). 
Grave: Resulta em hospitalização ou consulta em emergência. 
Extrema: Resulta em risco grave potencialmente fatal (p. ex., ignora 
sintomas de infarto agudo do miocárdio). 
 
SUICÍDIO 
Artigo “Suicide and suicidal behaviour” + Seminário Profa. Gabriela 
Conceitos 
Ideação passiva: pensado em morrer. “Eu preferia estar morto”. Queria 
morrer, preferia estar morto, seria melhor se eu morresse... Perguntar 
diretamente se a pessoa vai se matar. Ser natural ao perguntar. 
 
Ideação ativa: pensado em se matar. “Eu vou me matar”. Pode só faltar a 
coragem. Maioria dos suicidas é ambivalente, é o que permite que se 
aborde antes de consumar ato. Em muitos casos única saída é internar lei 
10.016 ?: internação coercitiva. Risco iminente: foi pego “pendurando a 
corda”, diz que não vê um futuro para ele (ter capacidade de pensamento 
prospectivo, esperança= bom prognóstico). 
 
Intensão suicida: pior que ideação. Avaliar se para a pessoa o ato levaria à 
morte ou não. 
Enforcamento= é o principal método no mundo todo e de alto grau de 
letalidade. Principalmente de madrugada, no banheiro. 
Lesão auto-inflingida sem intensão suicida= se cortar p aliviar dor, por ex. 
Tentativa interrompida: impediram antes 
Tentativa abortada: pessoa se arrepende após começar ato. 
Comportamento suicida: 
Ser solteiro= FR. Ser largado= precipitante. 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
7 
 
 
# Idoso (>60 anos) e homem: maior FR p suicídio no BR (varia muitode um 
local ao outro). 
 H e M: + enforcamento. 2º H: arma de fogo. 2º M: 
envenenamento (baixa letalidade)(OBS: contato com venenos de lavoura= 
causa muitos transtornos psiq, como depressão). 
BR geral: 7/1000 hab/ano 
Idoso, H, região sul BR: 16/1000 hab/ano. 
# Ter outros transtornos psiquiátricos: 98% tem transtorno psiq. 
DM, bipolar, esquizofrenia (em vigência de surto, quando há 
vozes de comando é comum, mas o + comum é logo após a 
alta, depois de surto). 
# Já ter tentado antes 
# História Familiar 
# Ruptura de relacionamento: homicídio-suicídio homem narcisista, que 
mata mulher e depois se mata. Homicídio-suicídio altruísta pensa q 
suicidio é alívio e mata toda a família antes p poupar. 
# FR mundial: Bulling, disforia de gênero, homossexualidade, ser H, jovem, 
drogas, Depressão, Bipolar e esquizofrenia. No mundo branco é o que + 
comete. *Bulling: + comum na 3ª infância (fase escolar), + associado à 
aparência física, internet. 
# FR BR consumado: idoso, homem, no BR índio (falta de coesão social). 
#Narcisismo, neuroticismo, comportamento obsessivo. Impulsivo= maior 
risco, não há como prevenir. 
 
OMS determinou seu combate um Imperativo. 
Crenças culturais, morais, tabus sobre tratamento e prevenção. 
45% consultaram médico pelo menos 1 Mês antes. 
Columbia Classification Algorithm of Suicide Assessment, have 
contributed to standardising nomenclature (table). 
 
Epidemiologia 
# 1 milhão/ano morrem no mundo ~114/100 mil= 804.000 
# Varia até 10x de uma região p outra= Cultura e classe econômica. 
# Cultura supera localização geográfica (dados imigrantes). 
# Indígena: altas taxas de suicídio (cultural, nível socioeconômico baixo e 
aumentou prevalência de álcool e substâncias). 
# Álcool e uso de substâncias: FRsuicídio. 
# Atos suicidas não-fatais são + comuns q suicídios. 
 Ideação: 2% (países alta renda) x 2,1% (baixa), em 1 ano. 
Tentativas: 0,3% x 0,4%, em 1 ano. 
Prevalência acumulada no mundo de ideação é 9,2%e 2,7% 
tentativas. 
Se ideação no último ano: 15% x 20% cometem suicídio. 
1/3 dos adolescentes c/ ideação vão tentar em 1 ano. 
Dos que chegam à Emergência: 1,6% suicídio em 1 ano e 4% em 
5 anos. 16% vão tentar de novo. 
# + comum em Homens (taxa suicídio 15/100 mil H vs 8/100 mil M). Mas 
M têm + ideação e tentativas que homens. A proporção mortes H:M é 
maior em países de alta renda. 
# + Meia-idade e idosos, mas as taxas estão aumentando em jovens. 
Jovens: 2ª causa de morte 15-29 anos. Ideação suicida de 12-
33%; comportamento 4- 9%. 
Idosos: comportamento 7% (++ se distúrbios físicos, depressão 
e ansiedade). 
# Pico na primavera e verão; relação com latitude e exposição solar (países 
nórdicos). 
 
Os fatores e os mecanismos associados 
FR em nível de população: crises econômicas, desemprego. Divulgação 
de suicídios na mídia, especialmente de celebridades, +30 1ºs dias. 
FR individuais: 
#Herança genética: ODDs ratio parentes até 2º grau: 1,7-10,6. 
Concordância em adotados, com herdabilidade de 30-50%= + pela 
transmissão do impulso agressivo. 17% p tentativas e 36% ideação. 
#Orientação sexual: 3-4x; Pertencente a uma minoria sexual; 
#Adversidade no início da vida (negligência parental, abuso sexual ou 
emocional). Hipotálamo eixo pituitária-adrenal regula respostas 
fisiológicas p/ facilitar a lidar com ambientes desafiadores, principalmente 
através de cortisol. Sofrer adversidades no início da vida= hipotálamo e 
eixo hipófise-adrenal hiperativo= um aumento da resposta ao estresse. 
# Infecção por Toxoplasma gondii 
 
Desenvolvimento e mediadores 
#Depressão e ansiedade= risco de suicídio ao longo da vida; 
Jovens: + por conflitos interpessoais, transtorno de conduta, 
anti-social, álcool e abuso de substâncias; 
Idosos: + esquiva ao dano e distúrbios do humor. 
#Maior risco: ideação + transtorno de humor + co-ocorre c/ distúrbios > 
angústia (pânico, TEPT) ou < contenção (anti-social, abuso de sbs). 
# Principais preditores: sintomas depressivos, idade jovem, do sexo 
masculino, educação, sintomas positivos e insight. Outros fatores, como 
álcool e drogas pioram. 
# outras dçs comuns: transtornos alimentares e transtornos de 
personalidade (+ cluster B personalidade, como transtorno de 
personalidade borderline e anti-sociais = agressivos e impulsivos). 
# Relação psicopatologia e suicídio= quase todos que tentam suicídio, 
independentemente de haver ou não critérios estruturados para um 
transtorno psiquiátrico, mostram evidências de desesperança, humor 
deprimido, e ideação suicida. 
 
#Alterações moleculares detectáveis na periferia (sangue e saliva) e no 
cérebro (figura 3). 
 Baixos níveis de serotonina= traços ligados ao suicídio, como 
impulsivo aggression. 
Outros NT da DM e suicidio: glutamato e ácido γ-aminobutírico. 
Tto promissor com cetamina p/ DM grave. 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
8 
 
 
 
Intervenções de cuidados primários: 
Prevenção 
Em escolas, quarteis. 
Estratégias de restrição: muitos suicídios são impulsivos, e restringindo o 
acesso a métodos letais pode evitar uma crise suicida. 
Relação c facilidade de alguns métodos: gás natural, exaustão do carro, 
paracetamol, substituição de drogas menos tóxicas (por exemplo, a 
serotonina selectivo inibidores selectivos da recaptação vs antidepressivos 
tricíclicos), pesticidas, ou saltar de pontes. 
 
Manter follow-up com pessoas que apresentam a um departamento de 
emergência depois tentativa pode reduzir a repetição do suicídio tentativa 
nos 12 meses seguintes. 
cartas de apoio 
>25 anos: antidepressivo reduz ideação e suicidio. Evidências sugerem que 
ISRS melhor que venlafaxina ou bupropiona. 
< 25 anos: melhora DM, mas nem smp reduz ideação. US Food and Drug 
Administration emitiu um alerta em 
2004 sobre a possibilidade de aumento de suicídio 
associada a antidepressivos em jovens, e 
vários outros países seguiram. Após este aviso, 
as taxas de diagnóstico de depressão e prescrições de 
antidepressivos para jovens caíram. Há ESTUDOS DISCORDANTES. 
 
Lítio pode ajudar. Embora os mecanismos exatos por quais o lítio diminui 
comportamentos suicidas são desconhecidas, ele pode agir, reduzindo 
episódios de transtorno de humor. É o + que mais funciona. Antipsicótico 
É um sossega- lesão, funciona rapidamente, antidepressivo pode demorar. 
 
Há um crescente entusiasmo pelo uso de Cetamina, um fármaco 
glutamatérgico utilizado como um anestésico, para tratar comportamento 
suicida. Principais desvantagens do cetamina são seu potencial para uso 
indevido, o transitório natureza da resposta, e cardíaca e psicotomimético 
efeitos colaterais. 
Clozapina (antipsicótico atípico p/ tto esquizofrenia: tem mostrado 
benefícios. 
 
Eletroconvulsoterapia: Evidências preliminares sugerem que doses 
elevadas de estimulação magnética transcraniana repetitiva aplicado a 
o córtex pré-frontal esquerdo pode diminuir rapidamente suicídio 
ideation.  método mais rápido e efetivo. 
 
Terapia comportamental dialética: psicoterapia É derivada da TCC que 
também pode reduzir recorrência de comportamento suicida 
Psicodinâmica funciona tb. 
 
TRATAMENTO É O TRATAMENTO DO TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO 
SUBJACENTE. 
 
EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS- AULA 2 
AGRESSIVIDADE E AGITAÇÃO PSICOMOTORA 
Seminário Profa. Gabriela 
+ em esquizofrenia, bipolar e transtornos de personalidade. 
Dçs neuro psiq= ACV, TCE, Parkinson, Alzheimer e outras demências. 
Intoxicação cocaína, álcool, anfetaminas. 
Outras: tireoide, encefalites, meningite, hipoglicemia. 
 
 
Pre-teste: 
O comportamento geralmente ocorrem sem aviso ou sinais (F) 
O manejo inadequado pode = excesso medidas coercitivas (V) 
 
AGITAÇÃO: atividade excessiva pode ser motora ou não 
 
AGRESSIVIDADE: intencional, pode ser direcionada a pessoas ou objetos. 
 
Subtipos de agitação: 
1) componente verbal: agitado sem agressividade. Frequente no pct com 
transtorno bipolar, estado maníaco. 
 
Agressivo ou não 
 
2)Componente físico: não –agressivo: agitação motora, mov frequente, em 
coordenação. 
Ou agressivo. 
 
Vários FR e INDÍCIOS (fatores preditores). É como previsão do tempo, 
algumas coisas são esperadas, mas pode ser imprevisível. 
Filme: relatos selvagens 
 
~10% dos pctes dos EUA psiq podem se tornar agitado/ viol 
20-50% agitados 
4-8% estavam armados (84% peruro-cortante; 16% arma de fogo). 
 
Impacto: custos elevados, morbidade, tempo de internação, mortalidade. 
Agitação por delirium aumenta mortalidade: intra-hospitalar 22-76%, após 
um ano 35-40%. Delirium é marcador de mau-prognóstico. Delirium é 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
9 
 
agudo, flutuante, grave prejuízo da atenção. Geralmente alterações sono, 
pode psicose (+visual). 
 
Fisiopatologia agitação em pct com delirium= hematoma, encefalite, avc, 
droga de abuso, abstinência, fármacos (ex. Litio)= redução Anticolinérgico 
ou aumento Dopamina. Ex: anticolinérgico (cuidado p/ usar em idosos= 
risco delirium). 
 
Fisiopatologia como Pós-TCE: ex homem com arpão no córtex pré-frontal. 
Alterações de personalidade. Hoje em dia já tem até CID (alterações 
orgânicas da personalidade). 
Area cortical não consegue inibir área subcortical= comportamento 
impulsivo. Ex: homem com 
--x-- 
Revisão de personalidade: 
Transtorno de personalidade borderline= pode ser dado dx antes dos 18 
anos. Não tem nenhum tto bem definido.Geralmente estabilizador do 
humor (bipolar tb). 
Temperamento= pode ser visto na primeira infância já. É o molde da 
personalidade 
Após AVC: comum haver mudança de personalidade agudamente, 
geralmente irreversível. Demência vascular= humor lábil. 
--x-- 
 
Fisiopatologia agressividade: disfunção cortico-limbica. Desconexão citada 
antes. 
NT envolvidos: ex. excesso dopa, déficit dopa= delirium. Geralmente 
Tto: aumento serotonina e GABA ou diminuição. Dopamina e 
Noradrenalina= geralmente ajudam. 
 
Delirium= 
 Abstinência= gabaérgico 
Principais FR: 
Maior é já ter sido violento. 
Uso sbs 
Jovens, H 
Transtorno personalidade 
Estresse social (catástrofes) 
Exposição precoce a comportamento violento= criança agressiva= 
repressão verbal, contensão física (segura as mãos). 
 
--x-- 
Educação crianças: funciona conter e não bater. Repreender na hora= 
castigo na hora, não depois (1min de reflexão para cada ano de vida). 
80% herdabilidade esquizofrenia de tu carregar o gene. Mas a chance de 
desenvolver é ~48% 
--x— 
 
Risco esquizofrênico agressivo é maior que o da população se mao estiver 
sendo tratado. 
Distúrbios mentais não são nem necessárias nem suficientes para 
violência. 
 
Agitação: reconhecimento precoce e manejo efetivo. 
-Agilidade (onipotência x medo excessivo-por contratransferência-); 
-Evitar que a agitação progrida p/ agressividade; 
- proteger pct e equipe; 
- Tranquilizar outros pcts; 
 
MAIORIA é PRECEDIDA POR SINAL: intimidação, inquietação, ameaça 
verbal, falta colaboração, impaciência, provocativo. 
 
Fatores estáticos: demográficas, H, jovem, dx psiq, antecedente de 
agressão. 
Fatores dinâmicos: expressões agressivas, labilidade, impulsividade, 
contato visual prolongado (manter ~3s contato), taquicardia, hipertensão, 
sudorese. 
 
Observação dinâmica e prolongada= delirium pode variar de 
hipohiperativo. 
 
Manejo não-farmacológico: empatia, falar menos e ouvir mais, 
Contenção mecânica é ato-médico! A remoção da contenção também. 
Ideal 5 pessoas= e-4 técnicos, enfermeiro com medicação e médico (vai 
explicando para o paciente). 
Risco de lesão física e aspiração= vigilância continuada. 
Se começar, não desistir por barganha do pct. 
 
Pct: pode ser hostil, agressivo (intimidador, ameaças verbais), ou violento 
(diz que vai ou já agrediu alguém). 
 
Critérios internação involuntária: 
Risco iminente a si ou terceiro 
Incapacidade de autos cuidados 
Risco de exposição moral. 
 
Fármaco= 
Haloperidol é dos mais usados. Seguro, efetivo. 
Com prometazina= ainda mais Seguro, efetivo. Mas, prometazina 
aumenta risco de delirium= não usar em idosos. Sua função é promover 
sonolência, pode diminui necessidade de doses excessivas de haloperidol. 
Haloperidol demais= risco Síndrome Neurológica Maligna. 
Apesar de muito usado EV, não é liberado (prolonga QT, torsades de 
ponteis). Fazer IM!! 
 
Midazolam OU haloperidol + prometa? 
Na abstinência de drogas benzodiazepínico funciona melhor. 
 
Preferência por Benzodiazepínico: 
Intoxicação aguda por psicoestimulantes. 
Abstinência álcool, 
Catatonia, 
Síndrome Neurolética Maligna (causada por anti-psicótico). Não 
usar se depressão SNC ou resp. 
 
 
 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
10 
 
*
 
 
TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIAS- 
DROGAS ILÍCITAS 
Aula Profa. Gabriela (áudio celular) + CREMESP¹ 
DSM-V: “Os transtornos relacionados a substâncias abrangem 10 classes 
distintas de drogas: álcool; cafeína; Cannabis; alucinógenos (com 
categorias distintas para fenciclidina [ou arilciclo- -hexilaminas de ação 
similar] e outros alucinógenos); inalantes; opioides; sedativos, hipnóticos e 
ansiolíticos; estimulantes (substâncias tipo anfetamina, cocaína e outros 
estimulantes); tabaco; e outras substâncias (ou substâncias 
desconhecidas).” 
 
Critérios DSM-V para Transtorno por uso de Substâncias: TUS 
Deve ter 2 dos 12, em 1 ano: 
Critérios de 1 a 4 relacionados ao mau controle sobre o consumo. 
1. Consumir a sbs em quantidades maiores / período maior do 
que pretendido. 
2. Desejo persistente de reduzir uso , com esforços 
malsucedidos para diminuir ou descontinuar o uso 
3. gastar muito tempo para obter a substância, usá-la ou 
recuperar-se de seus efeitos 
4. fissura: desejo ou necessidade intensos, a qlqr momento, 
mas principalmente relacionado a ambiente de uso anterior. 
Critérios 5 a 7 prejuízo social 
 5. prejuízo ao trabalho/escola/lar 
 6. prejudica relações sociais/ interpessoais 
 7. abandono de atividades 
Critérios 8 e 9 uso arriscado 
 8. risco à integridade física 
 9. continuar uso sabendo de problemas físico/psiq por sbs 
 Critérios 10 e 11 farmacológicos 
 10. tolerância: necessita dose cada vez maior. Obs: níveis 
elevados da sbs no sangue com poucas evidências de intoxicação sugerem 
boa chance de tolerância. 
 11. abstinência: Sinais fisiológicos são comuns com álcool, 
opioides e com sedativos, hipnóticos e ansiolíticos. 
Presentes, mas menos são menos visíveis com: estimulantes (anfetaminas 
e cocaína), bem como de tabaco e Cannabis, 
Não foi documentada abstinência por: fenciclidina, de outros alucinógenos 
e de inalantes; portanto, esse critério não foi incluído no caso dessas 
substâncias. 
 
OBS: não é considerado TUS se efeitos forem SOMENTE por tto médico (se 
uso for conforme orientação médica). 
P. Ex., para ter TUS por álcool: problema deve persistir por durante 1 ano, 
com 2 ou + dos 12 critérios. 
 
Gravidade: 
Leve: 2 ou3 sintomas; moderado: 4 ou 5 sintomas; e grave: ≥ seis 
 
Prevenção primária (evitar contato com droga, p. ex. em escolas) ou 
secundária (para que uso não seja nocivo). 
 
PRINCIPAIS CLASSES: 
A. PSICOESTIMULANTES: 
ANFETAMINAS: 
Estimulantes do SNC (euforia, vigília, anorexígenos e atividade 
autonômica).¹ 
Sistema serotoninérgico: ↑ liberação do NT na sinapse ou agonista direto. 
Prevalência ~ 1,3% (80% c/ prescrição médica).¹ 
Entre estudantes, o uso das anfetaminas é eminentemente feminino, 
provavelmente com o intuito de perder peso.¹ 
 
 
B1) Anfetaminas de uso médico: indicações p/ o tto da transtorno de 
déficit de atenção e hiperatividade, da narcolepsia e da obesidade com 
restrições¹. 
Metilfenidato (Ritalina): 1/2 vida curta (mas existe de liberação longa),. 
Mts vezes acabam sendo usados de forma abusiva. Uso em pct que não 
têm TDH não melhora a memória. Só melhor memória imediata (de 
trabalho, que dura segundos) melhora em pessoas saudáveis. A memoria 
anterógrada não melhora em saudáveis. Se saudável e com privação de 
sono= pode até piorar a cognição. 
Em quem tem TDH é comprovado que melhora o desempenho. 
 
B2) Anfetaminas usadas como drogas de abuso: 
A mais conhecida e utilizada no BR é a 3,4-metilenedioxi-metanfetamina 
(MDMA), o ecstasy¹. 
No BR está aumentando o consumo de psicoestimulantes. 
 
MDMA ou ecstasy: 
Derivado anfetamínico de uso recreacional. 
 É + associado à psicose do que metilfenidato. 
É + serotoninérgico do que os outros= atua na metabolismo da serotonina: 
sua liberação na fenda provoca depleção das vesículas. Assim, pode causar 
grande diminuição do NT. Na fase aguda há síndrome serotoninérgica e 
após, uma grande depleção. 
Produz um quadro de euforia e bem-estar, sensação de intimidade e 
proximidade com os outros. 
Outros efeitos são a anorexia, taquicardia, tensão maxilar, bruxismo e 
sudorese. A duração dos efeitos é 4 a 6 horas e o desenvolvimento de 
tolerância rápida impede o uso compulsivo e aditivo. Crises hipertensivas, 
precordialgias, arritmiascardíacas, hepatites tóxicas, hipertemia, 
convulsões, rabdomiólise e morte já foram relatadas. Sintomas ansiosos e 
psicóticos agudos e crônicos (em indivíduos predispostos) podem 
aparecer2(D). 
As principais complicações na overdose por anfetaminas: hipertemia, 
hipertensão, convulsões, colapso cardiovascular e traumas. Edemas 
pulmonares cardiogênico são possíveis. 
 
Crystal/ Ice/ Meth (Metanfetaminas): não há dados de prevalência atuais 
no BR. ~1% de prevalência. São fumadas em cachimbos de vidro, podendo 
também serem injetadas 
ou inaladas.¹ 
Fácil produzir, nova epidemia nos EUA. 
Critérios dx de intoxicação idem de outras drogas estimulantes (cocaína, 
crack). 
 
COCAÍNA: 
Cocaína, crack tb são drogas Psicoestimulantes. 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
11 
 
A cocaína e o crack são consumidos por 0,3% da população mundial 
(maioria nas Américas- 70%). BR: ~ 2% dos estudantes já usou cocaína e 
0,2% o crack¹. 
O consumo da substância pode dar por qualquer via administração. A 
euforia reforça e motiva o desejo por um novo episódio de consumo: 
quanto + rápido o início da ação, quanto maior a sua intensidade e quanto 
menor a sua duração, maior será a chance de o indivíduo evoluir para 
situações de uso nocivo e dependência.¹ 
 
 
Cheira x injetável esta é + biodisponível e atravessa BHE. 
Grande variabilidade de efeito de acordo com modo de apresentação e 
uso. 
A produção de pasta base de cocaína voltou a crescer. Pasta base é 
misturada com água e injetada (alto risco de dependência/ tolerância). 
Crack não é injetado pq não é solúvel em água. É queimado e aspirado e 
vai p/ cérebro, age em segundos e termina efeito em 15 min. Feito ao 
misturar com bicarbonato. 
 
 
INTOXICAÇÃO POR PSICOESTIMULANTES: 
2,5-6% das crianças tratadas por TDH com metilfenidato podem 
apresentar sintomas de psicose. Nesses casos, deve-se ajustar a dose ou 
optar por 2ª escolha tamoxetina (n tem no BR) ou imipramina, em 
crianças. Bupropiona é 2ª escolha no adulto. 
 
Sintomas de intoxicação por quaisquer Psicoestiumulantes: 
Sintomas simpaticomiméticos: taquicardia, hipertensão, midríase, insônia, 
agitação, euforia, redução apetite, eventualmente psicose. OBS: não é 
necessário ter sintomas psicóticos para dx de intoxicação por 
psicoestimulantes, mas pode ter (ex. crack). 
Sintomas simpático-miméticos= DD de MANIA. Desconfiar de mania 
quando mais insidioso, p. ex. 
Liberação de dopamina (sistema de recompensa) é o que acontece em 
todas drogas de abuso (como álcool tb)= efeito euforizante. 
NA e serotonina tb são liberadas= efeito prazeroso. 
 
# Efeitos Colaterais potencialmente fatais por drogas: 
- Arritmia= por psicoestimulantes em geral. 
- Rabdomiolise= qse todas subs. A principal é o álcool. Psicoestimulantes 
tb. Hidratação vigorosa (controlando Na). 
- Ecstasy= hiponatremia dilucional é uma das principais causas de óbito. 
Cuidado na re-hidratação= cuidado ao dar volume. 
- Cocaína= IAM. Pedir enzimas, ECG. Grande causa de óbito. 
 
TTO intoxicação psicoestimulantes: benzodiazepínico é 1ª escolha p/ 
agitação. Se mt agitado e psicótico= uso de anti-psicótico (mas evitar, pois 
piora rabdomiólise). Contenção mecânica tb pode piorar rabdomiolise. 
 
 
ABSTINÊNCIA DE PSICOESTIMULATES: humor rebaixado, menor apetite, 
hipersonia e outros efeitos ao contrário dos da intoxicação. 
 
Modafinil: outro psicoestimulante. Usado no tto da Narcolepsia= crise de 
sono. Pode ser genética. Disfunção hipotalâmica, que não libera NT. 
Distúrbio sono REM: perde tônus (cartaplexia). 
 
B. ALUCINÓGENOS 
Chá de cogumelo: efeito serotoninérgico, além de noradrenérgico. 
 
Chá santo daime (Ayahuasca): tb tem efeito serotoninérgico. Usado em 
cultos, podendo ter boa ou má viagem. 
 
Fenciclidina (pó de anjo- PCP): é a mais prevalente no BR. Alucinógeno 
com efeito dopa, sero, nora e efeito particular no comportamento por 
atuar no receptor glutamatérgico, sendo antagonista do receptor NMDA/ 
gluta- assim como álcool. Importante diagnóstico diferencial de 
intoxicação alcoólica. Critérios dx semelhantes ao da intoxicação alcoólica 
(nistagmo, agitação, fala arrastada). Muito comum ter nistagmo. 
Causa muita alteração no comportamento, pct agitado, midríase, agressivo 
(auto e hetero lesão). Alucinações sinetésicas (força do super-homem). Pó 
de anjo= acha que pode voar. 
Peculiaridade= muito propenso a ter delirium na intoxicação aguda. 
Monitoramento continuado, revisar sinais vitais pelo menos a cada 2h. 
Pode evoluir rapidamente de estimulante para depressor do SNC e 
necessitar de IOT, p. ex (mesmo sendo da classe dos alucinógenos). 
Assim como a Cetamina (anestésico cavalo), Fenciclidina causa amnesia 
dissociativa. 
 
C. MACONHA: 
A maconha é a droga ilícita mais usada mundialmente. Nos EUA, 40% da 
população adulta já experimentaram maconha.¹ BR: foi a droga q + teve 
seu ‘uso na vida’ aumentado, de 2,8% em 87 para 7,6% em 1997.¹ 
A dependência de maconha está entre as dependências de drogas ilícitas 
mais comuns.¹ 
Prevalência= 6% dos usuários de maconha, têm dependência, se uso 
começar na vida adulta. 
9% se inicio com uso diário (> 3x/semana) ou inicio na adolescência. 
Risco de CA pulmão (como o tabaco). 
É FR p/ esquizofrenia. 
 
É uma droga Perturbadora do SNC (outra classe), não é chamada 
alucinógeno. 
Cannabis sativa= fitocanabinoide (planta). 
Endocanabinoides= Anandamida e A2AG. São produzidos pelos neurônios 
Pós-sinápticos, apenas sob demanda (não há vesícula de armazenamento). 
Agem nos receptores CB1 e 2. 
Ao fumar/ingerir maconha, os canabinoides da planta se ligam a esses 
receptores. A planta em > 500 tipos de substâncias diferentes. 
Canabdiol é uma substância sintética extraída da Cannabis sativa, que não 
causa psicose/diminuição cognição e é usada para tto epilepsia refratária. 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
12 
 
As taxas de absorção orais são mais elevadas (90% a 95%) e lentas (30 a 45 
min) em relação à absorção pulmonar (50%).¹ 
 
Complicações agudas: 
 
 
 
Sintomas dissociativos: estreitamento do estado de consciência (tempo 
passa de maneira diferente, visão estranha; não há rebaixamento da 
consciência). Alteração típica é dissociação e não alucinação, mas esta tb 
pode ocorrer. 
Em geral, sente relaxamento, mas em intoxicação tb pode ter ansiedade e 
pode precipitar ataque de pânico. 
Na intoxicação hiperemia conjuntival, fala arrastada, aumenta apetite. 
Canabis não causa nem midríase, nem miose. 
Reflexo lentificado, cognição empobrecida. 
Na abstinência  tudo o contrario (menos sono, etc). 
Dependência síndrome amotivacional: uso crônico= avolia= perda da 
motivação. 
 
A dependência de maconha está entre as dependências de drogas ilícitas 
mais comuns.¹ 
Prevalência= 6% dos usuários de maconha, têm dependência, se uso 
começar na vida adulta. 
9% se inicio com uso diário (> 3x/semana) ou inicio na adolescência. 
Risco de CA pulmão (como o tabaco). 
É FR p/ esquizofrenia. 
Canabis não causa nem midríase, nem miose. 
 
 
 
Tratamento para TUS: 
Tto padrão ouro: não há bem definido para cada droga. 
Topiramato, antidepressivos são usados. Mas tto é mais direcionado às 
comorbidades (ex. depressivo, bipolar). 
 
Outras drogas: 
Intoxicação por opioide= causa miose (ou esta om depressão resp grave). 
Mas se intox muito grave, pela depressão resp. acaba gerando midríase (só 
para não dizer que 100% causa miose). 
 
Outro depressor: boa noite cinderela. Risco de depressão respiratória. 
Amanesia anterógrada, fala arrastada, hipotonia. 
 
LSD (doce), assimcomo Maconha: risco de continuar tendo psicose, 
mesmo após cessar uso Não precisa de nova exposição. Pode ser na forma 
de paranoia, alucinações visuais, não necess perturbadores. Geralmente 
não contínua, sintomas vão e voltam. 
Da canabis geralmente é perturbador. 
 
Dicas prova: LER: MANUAL CREMESP. Fenciclidina, cannabis, anfetaminas, 
cocaína e derivados, álcool e DD entre eles. 
 
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO 
Profa. Gabriela 
Artigo 
Comportamentos repetitivos ou atos mentais que o individuo sente-se 
compelido a executar. Em resposta a uma obsessão, a preocupações ou de 
acordo cm regras aplicadas rigidamente. 
 
É um espectro obsessivo compulsivo, com vários subtipos: acumuladores, 
tricotiromania, por limpeza, etc. 
 
Não realizar o comportamento traz muita ansiedade. 
 
Epidemiologia: 
Prevalência: 1,2% (relativamente comum, não é raro). 
1:1? Ligeiramente maior no sexo masculino, na infância. Após, em M é um 
pouco maior. 
Média de inicio 19 anos. ½ dos casos inicia na infância/adolescência. 
Raro iniciar após 40 anos. 
Tipicamente crônico. Remissão não é regra (< 40%). Wax and Wane: tende 
a aparecer ao longo da vida. 
5-10% tem remissão espontânea. 
 
Sem associação com declínio cognitivo. 
Incapacitação funcional (desemprego, separação, 2/3 depressão 
comórbida, elevados custos econômicos).  Os pensamentos obsessivos 
atrapalham realização de outras atividades. 
Acomodação familiar: família se adapta para conseguir conviver, o que 
perpetua doença. 
 
Conceito DSM-V: 
Obsessões: pensamentos/impulsos/imagens recorrentes e persistente, 
experimentados como intrusivos e inadequados/indesejados, gerando 
preocupações ou ansiedade. 
O indivíduo procura ignorar ou suprimir. 
É reconhecido como produto da própria mente- 4% não têm insight. 
 
Compulsões: comportamentos repetitivos ou atos mentais os quais o 
portador se sente compelido a executar. 
 
Pode ter só compulsão, sem obsessão= ritual executado para aliviar 
ansiedade. Pode ter só obsessão tb. 
Compulsão pode ser ato mental (como oração, contagem, p. ex.), não 
necessariamente uma ação. 
 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
13 
 
Criança não precisa ter insight 
 
Diagnóstico: 
Pensamentos intrusivos recorrentes e persistentes. 
Comportamentos ou atos visando prevenção ou redução da ansiedade 
Deve gerar prejuízo. 
 
Compulsões: 
Realizá-las geralmente reduz a aflição ou ansiedade, mas não são por si só 
prazerosa (diferente de TUS). 
 
DD com Transtorno de personalidade Obsessivo Compulsivo: é o jeito da 
pessoa de ser perfeccionista, mas não tem pensamentos intrusivos. 
 
Diagnóstico na infância: 
Egossintônicos ou sem insight. 
Crianças são egocêntricas (acham que tudo é culpa/causada por elas), 
pensamentos fantásticos, que são normais do desenvolvimento. 
Predomina COMPULSÃO 
Necessidade de resseguramento pode capturar atenção do professor. 
Podem ter compulsões tic-like (ex. rituais de movimentos simples) ou 
precedidas ou fenômenos sensoriais. 
 
Dimensões do TOC: 
Exemplos: 
Obsessões: ter medo de Sujeira, germes, medo de doenças. Compulsões: 
lavar muito as mãos, ter toalha/sabonete só para si. 
Conteúdo Perfeccionista. 
Dúvidas, verificação ou controle: fechar porta, gás, compreendeu 
perfeitamente o parágrafo ou página, estou ou não traindo ou sendo 
traído. 
 
Sensação angustiante de incompletude ou de alguma coisa incorreta, 
levando à repetição de rituais até parecer exata. 
 
Pode ter ataque de pânico se não realizar compulsão. 
Família não pode participar do ritual. 
 
Conteúdo agressivo: vontade de ferir, fica perturbado ao ver objetos 
cortantes (receito de perder o controle), pensamentos de falar 
obscenidades, dizer palavrões. 
Conteúdo sexual impróprio. 
Conteúdo religioso, blasfemo ou escrupuloso ou supersticioso. 
 
Especificadores DSM-V 
Com insight bom/razoável, pobre ou ausente/crenças delirantes. 
 
TCC no TOC: exposição 
 
O TOC pode ou não ser relacionado ao tique. Tique= não é associado a um 
propósito/significado. 9-20% têm tique (prev maior na infância, até 50%). 
7% tem comorbidade S. de Tourette. 
Não relacionado a tique: limpeza, contaminação. 
 
Neurobiologia: disfunção serotonina (repsosta a dose alta de ISRS). 
Também disfunção glutamatérgica vem sido mostrada. 
Fatores genéticos: alterações nos núcleos da base. Ex. Coreia Sydenham 
(strepto B hem A)(ex. toque após quadro de faringite=*pode cair em 
concursos), PANDAS. 
 
Hiperatividade de: córtex orbito-frontal, amigdala. Afeta áreas subcorticais 
e corticais tb. 
OBS: TOC não é um transtorno de ansiedade; mas sim do Espectro 
obsessivo-compulsivo. 
 
Resposta à farmacoterapia: 
Escala YBOM. 
Se redução < 25% tem que trocar tto. 
Placebo: 3-5%. 
Resposta ISRS: 60%. Muitas vezes é necessário mega-dose (até 
acima da dose max., que seria 20mg de excitalopram p. ex., mas 
usa-se até 30mg= risco prolongamento QT, síndrome 
serotoninérgica, etc.) 
Y-BOCS: até que ponto se esforça para resistir e quanto consegue, com o 
esforço. 
 
Guide-line 2013: 
Se resposta inicial ao ISRS < 25%= trocar de ISRS. usar por pelo menos 2 
meses 
Se resposta > 25%= na max dose tolerada (mesmo acima da máx.). Após 
atingir resposta, manter tto por pelo menos 1 a 2 anos. 
 
Leve= TCC 
Moderada/grave: TCC + ISRS 
Grave= associar antidepressivos, tricíclico clomopramina (menos tolerada), 
antipsicotico atípico (Risperidona). 
Os não respondedores: tentar sempre aumentar bastante a dose, pois 
pode haver resposta somente a doses elevada. 
Resistente x Refratário 
Refratário: só se não responde a todas as alternativas farmacológicas/ 
terapias. 
 
Tratamento Refratário: 
Estimulação Magnética transcraniana (EMT). 
Estimulação cerebral Profunda (DBS- neurocirurgia não- lesional= coloca 
um chip) 
Neurocirurgia: capsulotomia anterior. 
 
ARTIGO: Obsessive-Compulsive Disorder- Wayne K. Goodman, MD*, 
Dorothy E. Grice, MD, Kyle A.B. Lapidus, MD, PhD, Barbara J. Coffey, MD, 
MS 
TOC é marcado por pensamentos recorrentes e perturbadores (Obsessões) 
e comportamentos repetitivos (compulsões) que a pessoa se sente 
impulsionada a Executar. 
Pacientes com TOC geralmente reconhecem a insensatez de suas 
obsessões e comportamentos compulsivos. 
Afeta até 2,3% da população ao longo da vida e pode ser incapacitante. 
As 2 teorias neuroquímicas prevalecentes: serotonina e de glutamato, com 
o último ganhando destaque. 
Exames de imagem cerebral e na experiência neurocirúrgica: têm 
mostrado alterações nas vias frontais-estriatais. Têm sido proposto como 
o neurocircuito disfuncional subjacente ao transtorno obsessivo-
compulsivo. 
 
 
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS 
Prof. Vitor- 24/10/2016 
Conversão= converter problemas de ordem emocional em sintomas 
físicos. 
Conversão e dissociação são mecanismos e defesa bem primitivos, 
geralmente em personalidades mais frágeis (cluster B= histriônico, 
borderline). 
Dissociação= divisão, desintegração. Diferente de cisão, pq é mais grave, 
há ruptura em vários processos mentais (consciência, memória, 
identidade, percepção, emoção, representação corporal, etc). 
Cisão= divisão simplista entre Bom x Mau. 
 
Lembrando... 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
14 
 
 
 
Transtorno Dissociativo: é grave. Vem em resposta a estressores bem 
graves, em geral. Ex: muitos abusos na infância: esquece do período da 
infância que sofreu abuso, essa parte fica separada na consciência e pode 
aparecer em alguns momentos, como flashbacks. 
O fenômeno da dissociação ocorre em outrostranstornos, como TEPT. 
Transtorno dissociativo é mais amplo: ex. recebeu notícia da morte de 
alguém mt próximo e ao receber sente como se não tivesse vivendo, sente 
afeto de forma anestesiada, sensação de torpor. 
 
DSM-V: 
1) Transtorno de despersonalização/ desrealização: anestesia, de 
sensação de que n é real 
2) Transtorno dissociativo de memoria: esquece coisas do passado. 
3) Transtorno dissociativo de identidade: sente como se tivesse 
incorporado uma entidade ou como se fosse outra pessoal. É o principal. 
 
Dx DSM: 
A. Ruptura de identidade caracterizado por 2 ou + personalidade distintas, 
que podem ser descritos em algumas culturas como experiência de 
possessão. 
Descontinuidade com o self. Alterações do afeto, consciência, memória, 
percepção, etc. = é uma dissociação completa, como se fosse outra 
pessoa. 
B. Intervalos recorrentes na recordação de eventos diários = Períodos de 
amnesia. Quando há realmente dissociação, a pessoa NÃO VAI LEMBRAR 
DO QUE ACONTECEU. 
C. prejuízo social. 
D. Perturbação não faz parte de pratica cultural aceita (não é em um ritual 
religioso, p. ex.), nem em criança com amigo imaginário. 
E. Não causado por drogas. Como quetamina. 
 
Características associadas: 
Alucinações auditivas: vozes das outras personalidades. 
Sensações, memórias, medos de outras personalidades. Objetos 
estranhos, estar em locais estranhos sem saber como foi parar. 
Intervalos de memória. 
Pseudo-convulsões. 
 
Epidemiologia: 
Prev: 1,5% (+ que esquizo) (1,4 M e 1,6% H). 
Tentativa de suicídio, automutilação. 
 
Etiologia: 
Eventos traumáticos, na infância, repetidos. 
Vulnerabilidade biológica: facilmente hipnotizada (todos dissociativos), 
alterações no ECG. 
Fatores ambientais: modelos de copping/ defesas 
Ausência de apoio externo. Sem pais ou pais com inabilidade de lidar com 
estresse. 
 
Curso e prognóstico: 
Comum iniciar na infância 
Síndrome completa na 2ª década de vida. 
Pode passar anos despercebido. 
Costumam receber diversos dx. 
Jeito de falar, olhar, sentir pode ser diferente. 
Quanto mais precoce, pior o prognóstico. 
Prognóstico relacionado ao número tempo, tipo e cronicidade dos álteres. 
Álteres podem ter transtornos próprios. 
 
Diagnósticos Diferenciais 
Depressão Maior (esta tb pode ser comorbida). 
TB. 
TEPT: tb pode ter frashbacks, alguns comportamentos bizarros (pode 
dissociar, mas estar relacionado só ao trauma). 
Transt. psicológicos: esquizofrenia. 
TUS (uso de sbs): principalmente no PA: fenciclidina (pó de anjo), LSD, chá 
de cogumelo (psilocibina), quetamina. Outras drogas causam + 
desrealização, não tanta dissociação. 
Transt. de personalidade Borderline (mas n muda o nome p. ex.). 
Transt. Conversivos 
Epilepsia 
Transtornos factícios (pessoa finge os sintomas p ganhar atenção). 
Diferente de simulação, que faz de propósito para se livrar da cadeia, p. ex. 
 
Tratamento 
Psicoterapia é o principal: fazer pessoa entender a dç e tentar integrar 
personalidades, já que todas compões o mesmo self. 
Psico psicodinâmica (expressiva) é a principal (de orientação analítica). 
Nos muito graves faz-se só Terapia de apoio, mas os objetivos são bem 
menores. 
Hipnose ou hipnose induzida com drogas: + para entender o caso, não mt 
p ajudar pct. 
Fármacos: são sintomáticos: estab. humor, conter impulsividade, evitar 
suicídio. Raramente APS (antipsicóticos?). ADs (antidepressivos?) e 
ansiolítico (benzodiazepínico, rivotril). Anticonvulsivante pode ajudar. 
 
AMNESIA DISSOCIATIVA 
Não dissocia a identidade. 
Pode ter fuga dissociativa. 
Pessoa viveu ou vivencia situações traumáticas e tem lacunas de memória. 
Pode ter amnesia seletiva. 
Perde as coisas, não sabe como foi parar em algum lugar (mas n se 
comporta como outra pessoa). 
Fuga dissociativa (especificador): ex. em Guerra: sai andando sem 
propósito, sem direção, pode esquecer quem ela é (mas n se comporta 
como outra). 
 
A. inabilidade e de relembrar 
B. prejuixo 
C. não 
D. dx eclusão: n é TDI, TEPT. Ex. 
 
Amnesia localizada: meses ou anos de abuso ou combate ex. 
Amnesia seletiva: não lembra de alguns ftaos. 
Amnesia generalizada: completa, mais rara e grave. 
Amnesia Continua: a parir de uma data não lembra nd. 
 
Características: 
Dificuldade crônica de manter relcio 
Traumas graves, vitimização, abuso 
Flashbacks dissociativos 
História de automutilação, tenta suicídio 
Alta hipnitizabilidade 
Desesonalização/ desrealização 
Sintomas depressivos, neuro 
Confabulação: inventa história p preencher lacuna 
Auto-moritonamento: 
 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
15 
 
Epidemiologia: 
Prev: 1,8% (+ comum), bem mais M (2,6 x 1%) 
Inicio abrupto: acontece trauma e esquece (dif de TDI) 
Múltiplo ou únicos 
Podem recuperar tempos mais tarde: quer-se que a pessoa lembre, mas 
depois que lembra, pessoa tem que saber lidar com a memória (cuidado 
DM, suicídio). 
Observado em crianças, adolescente e adultos. Em geral começa em 
pessoas amis jovens. Em mais velhos investigar Alzheimer, TU. 
 
DD: TDI, TEPT, pos-traumatica por TCE, TUS (álcool, midazolan, 
benzodiazepínicos- sbs que atuam no GABA), neurocognitivo, epilepsia, 
factícios. 
 
Tto em geral é afastar causa do trauma: proporcionar conforto para a 
pessoa, em abiente calmo, tranquilo, em geral pessoa está mt ansiosa, por 
dar benzodiazepínoico. Geralente pessoa vai lembrando ao poucos, ou 
com psicoterapia (q tb deve ser necssaria depois de lembarar). 
Hipnose. 
 
TRANSTORNOS DE DESPERSONALIZAÇÃO/ DESREALIZAÇÃO 
Despersonalização: entorpecimento, distanciamento, ela não é real, algo 
mudou dentro dela. 
Desrealização: parece que é filme, sonho. 
Paciente sente estranhamento, não sabe o que sente, a gente que vai 
investigando até chegar a esses sentimentos. 
São muito comuns, não precisa ter dç para isso. 
O transtorno (que é dx de exclusão) é qnd acontece repetidamente e 
começa a incomodar a pessoa (acha que tá ficando louca, que está 
prejudicando a memória, etc). 
 
Percebe como se fosse diferente, mas sabe que nada mudou= sabe o 
conteúdo da realidade, mas sabe que sente (senão é psicose). 
 
Não relacionado a sbs: anfetamina, LSD, cocaína, alucinógenos, maconha, 
estase (em geral todos os estimulantes). 
DX: de exclusão: não é dirante ataque de pânico, em estresse agudo, no 
TEPT, prodromo de esquizofrenia. 
 
Não sou eu mesmo, se sentir em nuvem, sensadção de campo visual, 
passagem do tempo alterada. Deja vu. 
Preocupações ruminativos, inicio súbito. 
Prev: 2%, 1:1. Pelo menos ½ dos adultos já tiveram alguma vez. 
FR: temperamento (evitação imatura). 
Ambiente: não tao graves, com emocional. 
 
Surge na adolescência (~16 anos), pode na infância, só 5% após 25 anso. 
1/3 episodios discretos, 1/3 
DD: DM, TOC, transt dissociativos, transt ansiosos, psicóticos, TUS 
(maconha, cetamina, alucinógenos, santo dime?, acstazy, salvia). Dçs 
orgânicas. 
Tto: em geral, depende de avaliação única. Raramente pct com só com 
isso. Ver a vida como um todo do pct e perceber pq está lidando dessa 
forma distanciada. 
Tto é psicoterapia psicodinâmica ou até TCC. 
 
 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE 
Prof. Vitor Crestani Calegaro 
Critérios DSM-V: 
Um padrão generalizado de instabilidade nos relacionamentos, 
autoimagem e impulsividade. 
Começa no inicio da idade adulta. 
Na adolescência fica difícil dar dx, pode-se ver sinais, mas muita vezes 
características regridem na idade adulta 
 
9 critérios: 
1. Esforço p evitar abandono (mts veze já tem história na infância de 
abuso/abandono).Relações simbióticas: apegado demais a alguma 
pessoa. Abandono pode levar ao suicídio. 
2. Relacionamentos instáveis e muito intensos. Alternância entre 
idealização e desvalorização. De uma hora p outra deixa de enxergar 
pessoa como herói e vira monstro. CISÃO: ver como bom x mal. 
3. Perturbação da identidade. Não tem identidade bem formada, não tem 
boa noção de quem é ela e o outro, invade espaço do outro. Pode ser qlqr 
coisa a qlqr momento, muda de estilo constantemente= SELF 
FRAGMENTADO, não tem coesão do self. Normal no bebe ter self 
fragmentado, mas criança vai formando personalidade. Sintomas 
dissociativos se relacionam a isso, traumas de infância. 
4. Impulsividade: pelo menos 2 áreas potencialmente prejudiciais a 
própria pessoa. Que n seja agressividade ou tentativa de homicídio. Ex: 
drogas (o que oferecem elas usam), comportamento sexual de risco, 
velocidade. 
5. Recorrência de comportamento ou ameaças suicidas ou 
automutilação. Automutilação é usada para desviar dor emocional para 
físico. Pesquisas mostram que eles têm déficit no sistema opióides, que é 
liberado com a automutilação. Se cortar, se bater, se expor na vida a 
relacionamentos autodestrutivos. 
6. Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor. 
Pode ser do espectro do Transtorno Bipolar. A instabilidade é ainda mais 
marcante que do THB, varia muito em um mesmo dia, mas tende mais ao 
destímico, irritado. Quando está tudo bem é uma pessoa muito boa para 
se conviver, mas altera totalmente qnd algo desagrada. Reativo= tem 
muito a ver com o que vive. 
7. Sentimento cronico de vazio. Não é patognomônico. Vem desde cedo e 
mt angustiante, podendo levar ao desespero e à tentativa de suicido no 
impulso. 
8. Raiva inadequada e intensa ou dificuldade de controlar a raiva. 
Agressividade p/ dentro (auto) e para fora (agredir alguém). Crise de raiva, 
até dissociação, quebra coisas, bate nas pessoas. 
9. Ideação paranoide transitório e relacionada ao estresse ou severos 
sintomas dissociativos. Ex. em situações de trauma essas pessoa podem 
ouvir vozes, não sabem que são (em virtude do estresse). Paranoia: muitas 
vezes ate delírios de ciúme (bem comum e desproporcional). 
Relacionamentos começam intensos, mas começa estresse: briga, ciúme. 
 
BORDERLINE: linha entre PSICOSE (pode se comportar como 
esquizofrênico, THB: mas a diferença é que fica 1-3 dias e melhora) x 
NEUROSE (tendência a afetos negativos, neuróticos: funcionam bem em 
testes objetivos como provas, mas ao realizar testes livres como teste de 
Rouchar? De desenhos = vê coisas psicóticas). 
Se esta tudo bem= tem + TAG e outros de ansiedade. 
 
NEUROSES= Cluster C: 
BORDER= Bustre B: todos têm componentes do borderline. Sem limitas, 
impulsivos, = narcisista, histérico, anti-social, histriônico. 
PSICOSES= Cluster A 
 
Epidemiologia 
1,6 até 6% 
Atenção básica= 6% consultas; 10% saúde mental; 20% das internações 
psiq. 
+ M 
Melhora com o passar da idade (como vários outros) 
Entre 30-40 anos tende à estabilidade profissional e relacionamentos. 
 
Comorbidade (“é regra”) 
TD 
 Sara T. Steffens- ATM 2018/2 
16 
 
THB: dificil DD, chega a conclusão qnd na ausência do episiodio de humor 
continua com sintomas. 
Transtorno de ansiedade: TEPT, pânico, fobia social. 
Bulimia nervosa 
Uso de sbs. 
 
Etiologia 
Multifatorial: começa com fatores genéticos (5x + em parentes de 1º 
grau). Monoz= 35% e 7% dizigóticos. 
 
Neurobiológicos: 
Hiper HHA 
Deduz C orbito-frontal, hipocampo e amigdala. 
Hiperatividade da amigdala frente a estímulos 
 Ex: reagem + à teste com interpretações de faces. Reagem 
negativamente mesmo a faces neutras (isso ocorre na vida tb). 
 
Fatores ambientais: HF de dç psiq, lares disfuncionais, traumas de infância 
(mt comum, mas nem todos). Vários têm historia de vida bem difícil, mas 
alguns vêm de famílias bem organizadas. Genética se estressa + ou – 
conforme ambiente. 
 
Tratamento 
1) Farmacológico: não existe tto específico. Alvo do tto é diminuir 
instabilidade, impulsividade, evitar suicídio, etc. 
São usados como estabilizadores do humor: lítio, anticonvulsivantes e 
antipsicóticos atípicos. 
Anticonvulsivantes: acido valpróico, lamotrigina, topiramato= para 
agressividade/impulsividade/ estab humor. 
Benzodiazepínicos: cuidado com dependência, fazer uso pontual. Usado 
no pronto-socorro em crise de ansiedade, p. ex. mas mts usam. 
Lítio: para estabilizar humor prevenção de suicídio. 
Antipsicótico de segunda geração: olanzapina, aripripazol, quetiapina. 
Usar quando sintomas psicótico. 
Para ansiedade crônica é melhor usar um antipsicótico como quetiapina. 
ISRS: somente se houver comorbidade com depressão, outro transtorno 
de ansiedade. Não indicado para borderline por si só. 
 
2) Psicoterapia: depende da gravidade do transtorno. 
Leve: pessoa consegue estudar, faz faculdade. Tem problemas, mas segue 
a vida quase normalmente. 
Mais graves: não consegue trabalhar, ter relacionamentos. 
Os mais graves têm dificuldade de criar vínculo e isso por si só dificulta 
muito a realização de psicoterapia (contraindica). Se conseguir vinculo, 
psicoterapia analítica pode ajudar. 
Terapia dialética comportamental: indicada p/ pcts com risco de suicídio. 
Em alguns casos até pode-se tentar terapias de apoio. 
TDAH- TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E 
HIPERATIVIDADE 
Prof. Maurício Moller Martinho 
No CID tem outro nome: Transtorno hipercinético 
Definição: distração, inquietação e impulsividade. 
O TDAH começa na infância. Exigência de que vários sintomas estejam 
presentes antes dos 12 anos de idade (DSM-5). 
1902- George Still= descreveu déficit de “controle moral”. 
Condição crônica de saúde de maior prev em crianças em idd escolar. 
~6% da pop < 18 
Idade escolar= 6,48% 
Adolescente= 2,74 
Adulto= 2,5% 
Etiologia: 
Condições Ambientais: fumo na gestação (mt relacionada) 
Condições Genéticas: genes protetores e facilitadores 
 
APRESENTAÇÃO CLINICA 
Desatenção: 
Dificuldade de prestar atenção nos detalhes; erra por descuido 
(dificuldade um pouco maior em matemática). 
Dificuldade de prestar atenção por muito tempo em tarefas escolares, 
domésticas e deveres profissionais. 
Parece não escutar quando lhe dirigem a palavra (distraído). 
Não conseguem seguir instruções, não terminam tarefas (não conseguem 
prestar atenção). 
Dificuldade em organizar tarefas e atividades. 
Evita envolver-se em tarefas que exijam tarefa mental constante 
(procrastina, não faz). 
Perder materiais necessários p/ tarefas. 
Facilmente distraído por estímulos alheios. 
Esquecimento em tarefas diárias. 
 
Hiperatividade 
Agitar as mãos, pés e se mexe na cadeira. 
Não consegue ficar sentado, brincar silenciosamente, “a mil”, “a todo 
vapor”, fala em demasia. 
Respondem precipitadamente, não espera a sua vez, fura fila, interrompe, 
se mete na conversa. 
 
3 SUBTIPOS 
1) Predomínio de desatenção: 
Muito prejuízo acadêmico 
Menos visto em consultório 
+ frequente em meninas. 
Passa por burro/ preguiçoso. 
2) Predomínio sintomas de Hiperatividade e impulsividade: 
Prevalente na idade escolar, melhora com a maturação do SNC. 
3) Combinado: 
São os + frequentes nos ambulatórios. 
É o + predominante na adolescência. ? 
+ prejuízo ao funcionamento global. 
 
Critérios DSM-5 
6 sintomas de desatenção ou hiperatividade 
Ver duração/ frequência/ intensidade 
Dificuldade envolve pais, criança e escola: não é restrito à escola, p. ex. = 
DD com Discalculia (dificuldade só em matemática); nem só em casa, p. 
ex= nasceu irmão e criança ficou hiperativa

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