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Sara T. Steffens- ATM 2018/2 1 ALCOOLISMO Profa. Gabriela- 14/10/2016 Recomendou: Duncan + tto com artigos no e-mail+ critérios dx DSM-V Álcool: padrão de consumo Avaliação do paciente: quantitativa (quanto bebe) qualitativa (como) obs: Padrão-ouro p avaliação consumo de sbs é sempre assim (qualitativo + quantitativo). Instrumentos de triagem: AUDIT e CAGE (Duncan) 1) AUDIT: 10 perguntas sobre três domínios diferentes relacionados ao uso de álcool: avaliação do uso problemático, de sintomas de dependência e de padrões de uso nocivo. 2) CAGE: bem mais superficial, mas ajuda em avaliações sucintas. 3) Marcadores biológicos: tbm podem ser usados, dentro do contexto. - Hepáticos: elevação da GGT (é o marcador + consagrado, S: 30-50% e baixa Especificidade tb). Razão das transaminases AST/ALT de 1,5:1 a 2:1, mesmo quando não elevadas. Bilirrubinas, e diminuição da atividade da protrombina. - Hematológicas: anemia, trombocitopenia, elevação de volume corpuscular médio (VCM) indicando macrocitose sem anemia. - Elevação da transferrina deficiente de carboidrato (CDT). - Outras: elevação de triglicerídeos, colesterol, ácido úrico, creatinofosfoquinase e aldolase, hipoproteinemia. BINGE: >4 doses em M ou > 5 em H. Já é consumo problemático do álcool. Epidemiologia no BR É a sb psicoativa mais consumida. Obs: da ilícitas é cannabis. 2006 H: 65% e 35% M 2012 62%H, 38% M. Nº de Homens que consomem vem reduzindo e de Mulheres leve aumento. Consumo maior entre H, especialmente na faixa etária dos 18 aos 29 anos, declinando com a idade (CREMESP). O nº geral no BR está estável ou sofreu leve redução, não temos dados mais atualizados. Número de bebedores NÃO vem aumentando. Abstinente: 50% da pop BR. Maior parte da pop BR não era bebedor e continua não sendo. Ocidente: 20% dos homens e 10% das mulheres terão transtorno por abuso de álcool. CREMESP: A dependência de álcool acomete de 10% a 12% da população Mundial. É responsável por: 60% dos acidentes de trânsito 70% das mortes violentas 50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade Dependência: H ainda bebe +; e desenvolve + problema. Em ambos os sexos dependência diminuiu em H e leve aumento em M. Nº de consumidores não aumentou, mas os que já bebiam aumentaram e frequência. Crescimento da frequência. 2006: 42% bebe pelo menos 1x/sem 2015: 53% Estão começando cada vez mais cedo. Crescimento do Binge. Beber em binge está crescendo principalmente entre as Mulheres. Ainda assim, continua sendo mais frequente em H. Aumentou em ambos! Binge é maior em menor classe social. Dados escolares (até ensino médio) 2010: álcool e tabaco vêm sofrendo redução. Mas entre universitários vem aumentando muito (chega e até 90% em alguns locais) Características do consumo do álcool: Etanol: Baixo peso molecular. Efeito estimulante inicial, seguido por depressor. Alcoolemia: Pico em 30 min. Medida em Gramas de etanol/ L Medida em unidades: 1 unidade= 10g de álcool. Uma dose em M 60 Kg ou H 70 Kg= 0,2g/L de alcoolemia. Só por ser mulher alcoolemia é maior. Limite trânsito no BR hj é Zero. Absorção e metabolismo do álcool: abs mucosa boca e estômago, mas a maior parte é abs no intestino (proximal). Aumento da abs: esvaziamento gástrico acelerado (abs + intestino), ausência de alimento no TGI, ingesta bebida gaseificada, ingesta de cafeína. OBS: Energético= cafeína, taurina, açúcar. Uso associado desenvolve maiores problemas associados ao álcool. Cafeína e açúcar são psicoestimulantes, ao contrário do álcool, faz não deprimir e continuar bebendo. Taurina é AA que retarda metabolização do álcool. Com energético, se intoxica +, sem perceber que está intoxicado. Gêmeos: 50-70% do risco de abuso atribuído a fatores genéticos. Metabolização do álcool= variável. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 2 Asiáticos= toleram menos o álcool (acetaldeido desidrogenase não funciona bem e acumula, causa mal estar, hipotensão, rubor facial, taquicardia). Dissulfiram atua de forma semelhante= associar com álcool é bem grave. Adulto metaboliza cerca de 1 dose/h (7-14g álcool) 2-10g excretado pulmões, suor e urina. Velocidade da reação é determinada pela genética, não pela quantidade de álcool. INTOXICAÇÃO AGUDA POR ÁLCOOL Critérios DSM-V: A. Ingestão recente de álcool. B. Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas e problemáticas (p. ex., comportamento sexual ou agressivo inadequado, humor instável, julgamento prejudicado) desenvolvidas durante ou logo após a ingestão de álcool. C. 1 (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas: 1. Fala arrastada. 2. Incoordenação. 3. Instabilidade na marcha. 4. Nistagmo. 5. Comprometimento da atenção ou da memória. 6. Estupor ou coma. Obs: nistagmo pode ocorrer na intoxicação aguda, não oftalmoplegia (que pode ocorrer no Wernicke). Intoxicação aguda: Efeitos após ingesta GABA-like (potencializa)= principal inibitório. GABA-A. Benzo tb potencializa ação do GABA, por isso NÃO SE USA BENZO NA INTOXICAÇÃO ALCOOLICA. É o tto da abstinência, quando o GABA está reduzido (na abstinência há hiperativação, o oposto da intoxicação aguda). O contrário do GABA ocorre com o glutamato (NMDA). Intoxicação: ↑GABA e ↓Glu. - Álcool é GABA-like: aumento influxo de Cl no neurônio= hiperpolarização= inibitório. - Reduz influxo de Ca (≠ da abstinência)= ↓ glutamato Neuroadaptação com a presença da dose: não é mais homeostase, mas sim alostase. Abstinência ao retirar a droga. Uso crônico: tolerância. Dessensibilização GABA-A e sensibilização NMDA. Há multiplicação do nº dos canais de Ca. Influxo de Cl começa a diminuir. ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA: Escala: CIWA-AR (Clinical Institute Withdrawal Assessment of Alcohol Scale). Sinais disautonômicos (PA e FC sobem e descem), sudorese (inicia em polo cefálico e depois profusa), alucina/ilusões frequentes (+ comum zoopsias= ver bichos). Pontuação flutuantes. Varia de 0-67 < 8 = abstinência leve – poucos sintomas, raramente requer medicação. 8-15 = abstinência moderada – pequenas doses de benzodiazepínicos. > 15 = sintomas severos – monitoramento para evitar convulsões e delirium tremens. ++ Risco de evoluir p/ Delirium tremens: CIWA > 15 (principalmente se PAS > 150 ou FC > 100), delirium ou convulsões prévias, idade avançada, recente abandono de drogas depressoras e problemas médicos concomitantes. Delirium por Abstinência: Delirium tremens Forma grave de SAA. A maior parte das SAA é leve, não é delirium, e pode ser tto ambulatorial. Boa parte é autolimitada. Sempre que SAA for grave deve ser internado. Delirium tremens= tto até em UTI! Delirium= flutua sensório (melhora e pior ao longo do dia), obrigatório perda de atenção, agudo. Associado ao tremor. •Para dx de Delirium tremens: critérios Abstinência + Critérios Delirium. 5% das SAA evoluem p/ delirium tremens, destes: 5-10% mortalidade. Morte por: hipertermia, arritmia, complicações de convulsões ou doenças prévias. Maior parte não tem Convulsão grande mal, mas mts têm; Critérios de Abstinência (DSM-V) A. Após cessação ou redução do consumo. B. 2 ou + dos 8 sintomas: algumas horas a dias após em média 12h após ultimo gole já pode apresentar. 24-72h é o pico máximo, mas pode até 14 dias após. Hiperativação autonômica Tremor mãos Insônia Náuseas ou vômitos Alucinação ou ilusão Agitação psicomotoraAnsiedade Convulsão Sara T. Steffens- ATM 2018/2 3 Dias de abstinência x sintomas/sinal SAA. Leve: 0-3 dias ansiedade, irritabilidade, insônia, tremor. Tto= benzodiazepínico. Moderada: 0-6 dias febre, desorientação, alucinações. Delirium Tremens: 3-9 dias confusão profunda, tremores grosseiros, alucinações aterrorizantes. A MINORIA (~5%) desenvolve. Neurotransmissores envolvidos na SAA: (-) DA: disforia. (-) GABA: predisposição a convulsão Leito mais calmo que tiver= pouca estimulação para não convulsionar. (+) Glutamato: obnubilação, alucinação, convulsão. (+) NA: ef. CV, náusea, vômito, tremor, hipertermia. (+) Canais de Ca: + atividade elétrica. TRATAMENTO DELIRIUM TREMENS: 1. Repor TIAMINA (B1) no Delirium tremens profilaticamente ou como tto se já tiver Werning. EV é padrão-ouro, mas aqui não tem, aqui de usa VO. 500mg 1 ou 2x/dia, por 3 dias. 2. Volume: não repor volume indiscriminadamente, repor conforme necessidade. 3. Eletrólitos: CUIDAR HIPOMAGNESEMIA (Mg é necessário p/ efetividade de B1). 4. Glicose= Repor imediatamente, se hipoglicemia grave; caso não esteja hipoglicêmico, repor 1º só B1 e depois a glicose. Adm glicose inadvertidamente pode precipitar encefalopatia de Wernicke ou cardiomiopatias relacionadas à tiamina 5. Benzodiazepínicos EV: para controle da agitação e insônia. Aumenta o limiar para crise convulsiva. Altas doses podem ser necessárias. Dose variável de acordo com necessidade. CIWA ajuda na decisão. Começa com 5-10 mg e vai titulando. Diazepam, Lorazepam ou outros. OBS: pode usar anti-psicótico para as alucinações? Pode e é preconizado. Não tta delirium tremens, mas pode ser usado. Cuidado pq baixa limiar convulsivo, haloperidol IM diminui menos o limiar e pode ser usado. Não usar clorpromazina (bx mt o limiar). COMPLICAÇÕES: Doença de Wenicke: ocorre por deficiência nutricional, comumente em alcoolistas, mas tb pode ser causada por bulimia/anorexia. Inicio súbito, confusão mental 10%, marcha atáxica, paralisia do olhar conjugado (não obrigatória), outras manifestações oculares, como nistagmo pode aparecer (confunde com intoxicação), diplopia. Mortalidade 10-20%. Korsakoff: forma crônica da evolução de Wenicke. Confabulação: preenche lacunas de memória com coisas inventadas, confunde coisas reais e que não aconteceram. Memória Anterógrada e memória recente geralmente preservada, com prejuízo da memoria remota SIST. DE RECOMPENSA E DEPENDÊNCIA: Efeito da droga agudo: usa no início p se sentir bem e depois para parar de se sentir mal. Ação na Área tegmentar ventral, nucleus acumbens, e CPF. Descarga de dopa no núcleo acumbens é modulada pelos receptores: canabinoides CB1, nicotínicos, u-opioides, serotoninérgicos. Poderia usar bupropiona no alcoolista? Poderia considerar uso, já que uma das complicações frequente em alcoolistas é a depressão (álcool deprime e piora depressão). Bupropiona tem efeito dopaminérgico e tta depressão, mas NÃO se usa sempre que pode ocorrer convulsão, pq baixa o limiar convulsivo (na anorexia/buli tb não). TTO DO ALCOOLISTA QUE NÃO ESTÁ EM SAA: Quer se tratar para parar de beber. Chama-se de transtorno por uso de sbs decorrente do álcool, não de alcoolista. Opções de tto no BR: 1. DISSULFIRAM: mecanismo de ação é inibir acetoaldeidodesidrogenase. Aversivo, se tomar passa mal. Só pode ser usado em paciente bem motivado e determinado a cessar vicio. Dose inicial é 500mg. Prof indica TCLE antes de iniciar uso, pois existe risco do uso associado ao álcool. Dose de manutenção 250 mg. 2. NAUTREXONE (antagonista opiode) oral: não é aversivo, se tomar não passa mal, mas n sente o mesmo prazer. Ajuda a diminuir fissura pela bebida; pct bebe, mas não sente tanta euforia, por isso ajuda a parar ou beber menos. Quebra da parente diminuiu preço. Manter em média por 3 meses em pct motivado e reavaliar. Funciona para muitos monitorar enzimas hepáticas. Outro: Acamprosate= bom p hepatopata, mas n tem no BR. ACONSELHAMENTO: fazer em qlqr fase do uso. Mínimo: 3 min Revê: 3-10 Intensivo: > 10 min Fases: 1. Avaliação (identificação) 2. Aconselhamento (estratégia motivadora mínima) 3. Assistência 4. Acompanhamento Tabela cremesp Chama à reflexão Dar responsabilidade Sara T. Steffens- ATM 2018/2 4 Após ter delirium tremens= chance de recaída é de ~90%. Não basta ttar e dar alta. OBS: Cuida na intoxicação aguda: deixar cabeceira elevada para não aspirar. AA: 1- eu mando no 1º gole; depois do 1º a bebida manda. Não vou beber nas próximas 24h. CREMESP: CAGE: Ele não faz o diagnóstico de dependência, mas detecta os bebedores de risco, para os quais se devem propor uma intervenção. O CAGE possui boa sensibilidade e especificidade para duas respostas positivas. Acrescentando-se perguntas simples como: 1) você já teve problemas relacionados ao uso de álcool? e 2) você bebeu nas últimas 24 horas?, há um aumento da sensibilidade deste questionário para 92%. O TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS e TRANSTORNOS RELACIONADOS Seminário Profa. Gabriela Inclui: transtorno de sintomas somáticos, transtorno de ansiedade de doença, transtorno conversivo (transtorno de sintomas neurológicos funcionais), fatores psicológicos que afetam outras condições médicas, transtorno factício, etc. Têm em comum: sintomas somáticos + sofrimento e prejuízo significativos. Mais importantes para clínicos em geral do que para psiquiatras. Diagnóstico novo no DSM-V. No DSM-IV o foco eram os sintomas não explicados, que aparecem em graus variados, principalmente no Conversivo, mas essa nova categoria: também podem acompanhar doenças médicas diagnosticadas. É difícil determinar se sintomas são somente mentais Não é apropriado dar a um indivíduo um diagnóstico de transtorno mental unicamente por não se conseguir demonstrar uma causa médica. Cuidado: Outras dçs mentais cursam com sintomas somáticos Depressão, S. do Pânico. Comorbidades são muito comuns nesses pcts. Fatores relacionados: #Vulnerabilidade genética e biológica (p. ex., maior sensibilidade à dor), #Traumas precoces (p. ex., violência, abuso, privação) #Aprendizagem (p. ex., atenção obtida por causa da doença, ausência de reforço de expressões não somáticas de sofrimento), #Normas culturais/sociais que desvalorizam e estigmatizam o sofrimento psicológico em comparação com o sofrimento físico. 75% dos hipocondríacos têm transtorno de sintomas somáticos. Outros 25% têm transtorno de ansiedade de doença, que pode ser encaixado nessa seção ou como um T. de Ansiedade (onde ele é abordado). Transtorno conversivo: aspecto essencial são os sintomas neurológicos considerados incompatíveis com uma fisiopatologia neurológica. A ocorrência inexplicada de sintomas somáticos ainda é a chave p/ o dx no transtorno conversivo e na pseudociese (outro transtorno de sintomas somáticos e transtorno relacionado especificado). Fatores psicológicos que afetam outras condições médicas. 1) TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS É o principal diagnostico. Diagnóstico: baseado em sinais e sintomas positivos: sintomas somáticos perturbadores + pensamentos/ sentimentos/comportamentos anormais em resposta a esses sintomas. NÃO se baseia na ausência de explicação médica p/ sintomas somáticos. a ênfase não é a ocorrência inexplicada dos sintomas somáticos, mas sim a ATITUDE ANORMAL em resposta aos sintomas. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS A. 1 ou + sintomas somáticosque causam aflição ou resultam em perturbação significativa da vida diária. B. Pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos relacionados aos sintomas somáticos ou associados a preocupações com a saúde manifestados por pelo menos um dos seguintes: 1. Pensamentos desproporcionais e persistentes acerca da gravidade dos próprios sintomas. 2. Nível de ansiedade persistentemente elevado acerca da saúde e dos sintomas. 3. Tempo e energia excessivos dedicados a esses sintomas ou a preocupações a respeito da saúde. C. Embora algum dos sintomas somáticos possa não estar continuamente presente, a condição de estar sintomático é persistente (em geral > 6 meses). Especificar se: Com dor predominante (anteriormente transtorno doloroso). ou Persistente: sintomas graves, continuamente presentes, > 6 meses. Especificar a gravidade atual: Leve: só 1 dos sintomas do Critério B. Moderada: 2 ou + Grave: 2 ou + do B, além de múltiplas queixas somáticas (ou um sintoma somático muito grave). Ou seja: têm sintomas que atrapalha a vida + eles decorrem se um excesso de preocupação e ansiedade + são crônicos. Cerne está em somatizar. Se não tiver prejuízo, chama-se paciente somatizador. Muito ligado a traumas de infância, como abuso sexual. Estresse psicológico ligado O recomendado é que mantenha acompanhamento com CLÍNICO, na UBS. Não precisa ser encaminhado para psiquiatra, evitando peregrinação. Historias inconsistentes. Dd: factício, simulação. Paciente já chega dizendo que ng resolve o problema. Antidepressivo é o único que pode ter algum efeito. O padrão-ouro é psicoterapia e boa relação médico-paciente, por isso o recomendado é que permaneça em acompanhamento na UBS, com médico de família, com laços. Antidepressivo quando mt álgico. Fibromialgia mt relação com sono, pode usar com que ajude. Dor, sintomas intestinais e outros são REAIS, diferente do factício. Consulta descentralizada dos sintomas, não desacreditar da dor, tentar associar a fatores psicológicos. Muito mais frequente do que parece: fibromialgia, dispepsia funcional e s. intestino irritável. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 5 A maior parte das crises conversivas epiléticas acontecem em epiléticos, especialmente quando estão prestes a receber alta. Conversivo é muito comum em soldados. Tratamento do conversivo é orientação, terapia, não há fármaco. Transtorno de sintoma somático, conversivo, = motivação inconsciente, às vezes descobre, às vezes não. Sintoma não é fabricado! Factício: motivação é inconsciente, mas sintoma é fabricado!! Não existe simulação sem ganho secundário. Ganho primário: por carinho, atenção. Factício é baseado em ganho primário (carinho, atenção). O motivo do precisar de tanto carinho, atenção é inconsciente, considerado uma doença. Ex. Simula dç para não se separar, por ex. S. de Munchausen ou by proxy: comum em mãe filho (filho doente, mãe ganha atenção). Com idosos tb é comum (vulneráveis). Ganho secundário: aposentadoria, dinheiro= simulador ao se deparar, dar alta. CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICAS Sintomas específicos (dor localizada) ou inespecíficos (fadiga). Geralmente não significam doença grave. Sintomas sem uma explicação não são suficientes para fazer dx. Doença médica concomitante frequente. CARACTERÍSTICAS QUE APOIAM O DIAGNÓSTICO Cognitivos: Atenção focada em sintomas somáticos, Atribuição de sensações corporais normais a dç físicas Muitas preocupação a respeito de dçs Medo de que qualquer atividade física possa prejudicar o corpo. Comportamentais: + presentes em casos graves. Verificações repetidas do corpo à procura de anormalidades, Busca reiterada de ajuda consultas frequentes por diversos sintomas Evitação de atividades físicas. #Encaminhamento p/ especialista em saúde mental = surpresa/ recusa #Associado a transtornos depressivos = risco suicídio (n se sabe se independente tb). PREVALÊNCIA Desconhecida. pode ser em torno de 5 a 7%. > do que a do transtorno de somatização mais restritivo do DSM-IV (< 1%), < à do transtorno somatoforme indiferenciado (~ 19%). CURSO E DESENVOLVIMENTO: Mais velhos: sintomas somáticos e doenças médicas concomitantes são comuns, e um foco no Critério B é crucial. Subdiagnosticado em adultos mais velhos tanto porque certos sintomas somáticos (p. ex., dor, fadiga) são considerados parte do envelhecimento normal quanto porque a preocupação com a saúde é considerada "compreensível". Crianças, os sintomas mais comuns são dor abdominal recorrente, cefaleia, fadiga e náusea. Comum ter só 1 sintoma. É o pai/a mãe quem pode determinar a interpretação dos sintomas e o tempo de ausência da escola e de busca por ajuda médica. FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO Temperamentais: afetividade negativa (neuroticismo) Ambientais: bx nível socioeconômico Modificadores do curso. sexo feminino, idade mais avançada, menos anos de instrução, baixo nível socioeconômico, desemprego; abuso sexual/ adversidade na infância, doença psiquiátrica ou transtorno psiquiátrico (depressão, ansiedade, transtorno depressivo persistente [distimia], pânico), estresse social e fatores sociais reforçadores como benefícios obtidos com a doença. Fatores cognitivos: sensibilidade à dor, atenção elevada a sensações corporais e atribuição de sintomas corporais a doença médica (não como fenômeno normal ou estresse psicológico). "síndromes ligadas à cultura" está associado a comprometimento marcante do estado de saúde: até 2 desvios padrões abaixo. DIAG DIFERENCIAL Se só aparece durante epispodio de Depressão maior, não é dado dx. Muitas vezes transtornos como síndrome do colo irritável ou fibromialgia não satisfariam o critério dx (Critério B). Transtorno de pânico: episódios agudos; Transtorno de ansiedade generalizada: múltiplos eventos, situações ou atividades, não só com própria saúde. Foco é outro. Transtornos depressivos: são comumente acompanhados por sintomas somáticos. Mas o centro é o humor deprimido (disfórico) e anedonia. Transtorno de ansiedade de doença: preocupações extensas a respeito da saúde, porém nenhum/minimos sintomas somáticos. Transtorno conversivo: (transtorno de sintomas neurológicos funcionais). O sintoma inicial é a perda de função (p. ex., de um membro), enquanto no transtorno de sintomas somáticos o foco é no sofrimento que os sintomas específicos causam. Os aspectos listados no Critério B ajudam a diferenciar. Transtorno delirante. no transtorno delirante do tipo somático, crenças e comportamentos associados aos sintomas somáticos são mais fortes . Transtorno dismórfico corporal. preocupado com um defeito nas características físicas. Transtorno obsessivo-compulsivo. ideias mais intrusivas. TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS A. Preocupação com ter ou contrair uma doença grave. B. Sintomas somáticos não estão presentes ou, se estiverem, são de intensidade apenas leve. Se uma outra condição médica está presente ou há risco elevado de desenvolver uma condição médica, a preocupação é claramente excessiva ou desproporcional. C. ansiedade com relação à saúde D. comportamentos excessivos relacionados à saúde ou exibe evitação mal-adaptativa (p. ex., evita consultas médicas e hospitais). E. => 6 meses, mas a doença específica que é temida pode mudar nesse período. F. não é mais bem explicada por outro transtorno 25% dos hipocondríacos. Determinar o subtipo:Tipo busca de cuidado: é utilizado com frequência. Tipo evitação de cuidado: O cuidado médico raramente é utilizado. TRANSTORNO CONVERSIVO (TRANSTORNO DE SINTOMAS NEUROLÓGICOS FUNCIONAIS) Critérios Diagnósticos A. Um ou mais sintomas de função motora ou sensorial alterada. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 6 B. Achados físicos evidenciam incompatibilidade entre o sintoma e as condições médicas ou neurológicas encontradas. C. não é mais bem explicado por outro transtorno mental ou médico. D. O sintoma ou déficit causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo ou requer avaliação médica. Especificar se: Episódio agudo: Sintomas presentes há < 6 meses. Persistente: Sintomas ocorrendo há > = 6 meses. Especificar se: Com estressor psicológico (especificar estressor) Sem estressor psicológico Chamados às vezes de funcionais ou psicogênicos Sintomas motores incluem fraqueza ou paralisia; movimentos anormais, como tremor ou movimentos distônicos; anorma-lidades da marcha; e postura anormal de membro. Sintomas sensoriais incluem sensação cutânea, visão ou audição alteradas, reduzidas ou ausentes. Episódios de tremores generalizados de membros com aparente prejuízo ou perda de consciência podem assemelhar-se a convulsões epiléticas (também denominadas convulsões psicogênicas ou não epiléticas). Ausência de resposta semelhantes a síncope ou coma. Outros sintomas incluem volume da fala reduzido ou ausente (disfonia/afonia), articulação alterada (disartria), uma sensação de "bola" ou caroço na garganta (globus) e diplopia. FATORES ASSOCIADOS A manifestação inicial pode estar associada a estresse ou trauma. Sintomas dissociativos, tais como despersonalização, desrealização e amnésia dissociativa, particularmente no início do quadro sintomático ou durante os ataques. Não requer o julgamento de que os sintomas não sejam intencionalmente produzidos (i.e., não simulados). O fenômeno la belle indifférence (i.e., ausência de preocupação acerca da natureza ou das implicações do sintoma). Da mesma maneira, o conceito de ganho secundário (dinheiro ou isenção de responsabilidades). Na presença de evidência concreta de simulação, os diagnósticos que deverão ser considerados incluem transtorno factício ou simulação Prevalência comuns, desconhecida, ~5% dos encaminhamentos ao neuro. 2 a 5/100.000 por ano. 2 a 3 vezes mais comum em pessoas do sexo feminino. DD Transtorno factício e simulação. O diagnóstico de transtorno conversivo não requer o julgamento de que os sintomas não sejam produzidos intencionalmente (i.e., não simulados), pois a avaliação da intenção consciente não é confiável. Entretanto, evidências definitivas de fingimento (p. ex., evidência clara de que a perda funcional está presente durante o exame, mas não em casa) sugeririam um diagnóstico de transtorno factício, se o objetivo aparente do indivíduo for assumir um papel de doente, ou de simulação, caso o objetivo for obter um benefício como dinheiro. FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS CONDIÇÕES MÉDICAS CRITÉRIOS A. Um sintoma ou condição médica (outro[al que não um transtorno mental) está presente. B. Fatores psicológicos ou comportamentais afetam de maneira adversa a condição médica em uma das seguintes maneiras: 1. Os fatores influenciaram o curso da condição médica conforme demonstrado por uma associação temporal próxima entre os fatores psicológicos e o desenvolvimento, a exacerbação ou a demora na recuperação da condição médica. 2. Os fatores interferem no tratamento da condição médica (p. ex., má adesão). 3. Os fatores constituem riscos de saúde adicionais claros ao indivíduo. 4. Os fatores influenciam a fisiopatologia subjacente, precipitando ou exacerbando sintomas e demandando atenção médica. C. Os fatores psicológicos e comportamentais do Critério B não são mais bem explicados por um transtorno mental (p. ex., transtorno de pânico, transtorno depressivo maior, transtorno de estresse pós-traumático). Especificar a gravidade atual: Leve: Aumenta o risco médico (p. ex., adesão inconsistente ao tratamento anti-hipertensivo). Moderada: Agrava a condição médica subjacente (p. ex., ansiedade agravando a asma). Grave: Resulta em hospitalização ou consulta em emergência. Extrema: Resulta em risco grave potencialmente fatal (p. ex., ignora sintomas de infarto agudo do miocárdio). SUICÍDIO Artigo “Suicide and suicidal behaviour” + Seminário Profa. Gabriela Conceitos Ideação passiva: pensado em morrer. “Eu preferia estar morto”. Queria morrer, preferia estar morto, seria melhor se eu morresse... Perguntar diretamente se a pessoa vai se matar. Ser natural ao perguntar. Ideação ativa: pensado em se matar. “Eu vou me matar”. Pode só faltar a coragem. Maioria dos suicidas é ambivalente, é o que permite que se aborde antes de consumar ato. Em muitos casos única saída é internar lei 10.016 ?: internação coercitiva. Risco iminente: foi pego “pendurando a corda”, diz que não vê um futuro para ele (ter capacidade de pensamento prospectivo, esperança= bom prognóstico). Intensão suicida: pior que ideação. Avaliar se para a pessoa o ato levaria à morte ou não. Enforcamento= é o principal método no mundo todo e de alto grau de letalidade. Principalmente de madrugada, no banheiro. Lesão auto-inflingida sem intensão suicida= se cortar p aliviar dor, por ex. Tentativa interrompida: impediram antes Tentativa abortada: pessoa se arrepende após começar ato. Comportamento suicida: Ser solteiro= FR. Ser largado= precipitante. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 7 # Idoso (>60 anos) e homem: maior FR p suicídio no BR (varia muitode um local ao outro). H e M: + enforcamento. 2º H: arma de fogo. 2º M: envenenamento (baixa letalidade)(OBS: contato com venenos de lavoura= causa muitos transtornos psiq, como depressão). BR geral: 7/1000 hab/ano Idoso, H, região sul BR: 16/1000 hab/ano. # Ter outros transtornos psiquiátricos: 98% tem transtorno psiq. DM, bipolar, esquizofrenia (em vigência de surto, quando há vozes de comando é comum, mas o + comum é logo após a alta, depois de surto). # Já ter tentado antes # História Familiar # Ruptura de relacionamento: homicídio-suicídio homem narcisista, que mata mulher e depois se mata. Homicídio-suicídio altruísta pensa q suicidio é alívio e mata toda a família antes p poupar. # FR mundial: Bulling, disforia de gênero, homossexualidade, ser H, jovem, drogas, Depressão, Bipolar e esquizofrenia. No mundo branco é o que + comete. *Bulling: + comum na 3ª infância (fase escolar), + associado à aparência física, internet. # FR BR consumado: idoso, homem, no BR índio (falta de coesão social). #Narcisismo, neuroticismo, comportamento obsessivo. Impulsivo= maior risco, não há como prevenir. OMS determinou seu combate um Imperativo. Crenças culturais, morais, tabus sobre tratamento e prevenção. 45% consultaram médico pelo menos 1 Mês antes. Columbia Classification Algorithm of Suicide Assessment, have contributed to standardising nomenclature (table). Epidemiologia # 1 milhão/ano morrem no mundo ~114/100 mil= 804.000 # Varia até 10x de uma região p outra= Cultura e classe econômica. # Cultura supera localização geográfica (dados imigrantes). # Indígena: altas taxas de suicídio (cultural, nível socioeconômico baixo e aumentou prevalência de álcool e substâncias). # Álcool e uso de substâncias: FRsuicídio. # Atos suicidas não-fatais são + comuns q suicídios. Ideação: 2% (países alta renda) x 2,1% (baixa), em 1 ano. Tentativas: 0,3% x 0,4%, em 1 ano. Prevalência acumulada no mundo de ideação é 9,2%e 2,7% tentativas. Se ideação no último ano: 15% x 20% cometem suicídio. 1/3 dos adolescentes c/ ideação vão tentar em 1 ano. Dos que chegam à Emergência: 1,6% suicídio em 1 ano e 4% em 5 anos. 16% vão tentar de novo. # + comum em Homens (taxa suicídio 15/100 mil H vs 8/100 mil M). Mas M têm + ideação e tentativas que homens. A proporção mortes H:M é maior em países de alta renda. # + Meia-idade e idosos, mas as taxas estão aumentando em jovens. Jovens: 2ª causa de morte 15-29 anos. Ideação suicida de 12- 33%; comportamento 4- 9%. Idosos: comportamento 7% (++ se distúrbios físicos, depressão e ansiedade). # Pico na primavera e verão; relação com latitude e exposição solar (países nórdicos). Os fatores e os mecanismos associados FR em nível de população: crises econômicas, desemprego. Divulgação de suicídios na mídia, especialmente de celebridades, +30 1ºs dias. FR individuais: #Herança genética: ODDs ratio parentes até 2º grau: 1,7-10,6. Concordância em adotados, com herdabilidade de 30-50%= + pela transmissão do impulso agressivo. 17% p tentativas e 36% ideação. #Orientação sexual: 3-4x; Pertencente a uma minoria sexual; #Adversidade no início da vida (negligência parental, abuso sexual ou emocional). Hipotálamo eixo pituitária-adrenal regula respostas fisiológicas p/ facilitar a lidar com ambientes desafiadores, principalmente através de cortisol. Sofrer adversidades no início da vida= hipotálamo e eixo hipófise-adrenal hiperativo= um aumento da resposta ao estresse. # Infecção por Toxoplasma gondii Desenvolvimento e mediadores #Depressão e ansiedade= risco de suicídio ao longo da vida; Jovens: + por conflitos interpessoais, transtorno de conduta, anti-social, álcool e abuso de substâncias; Idosos: + esquiva ao dano e distúrbios do humor. #Maior risco: ideação + transtorno de humor + co-ocorre c/ distúrbios > angústia (pânico, TEPT) ou < contenção (anti-social, abuso de sbs). # Principais preditores: sintomas depressivos, idade jovem, do sexo masculino, educação, sintomas positivos e insight. Outros fatores, como álcool e drogas pioram. # outras dçs comuns: transtornos alimentares e transtornos de personalidade (+ cluster B personalidade, como transtorno de personalidade borderline e anti-sociais = agressivos e impulsivos). # Relação psicopatologia e suicídio= quase todos que tentam suicídio, independentemente de haver ou não critérios estruturados para um transtorno psiquiátrico, mostram evidências de desesperança, humor deprimido, e ideação suicida. #Alterações moleculares detectáveis na periferia (sangue e saliva) e no cérebro (figura 3). Baixos níveis de serotonina= traços ligados ao suicídio, como impulsivo aggression. Outros NT da DM e suicidio: glutamato e ácido γ-aminobutírico. Tto promissor com cetamina p/ DM grave. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 8 Intervenções de cuidados primários: Prevenção Em escolas, quarteis. Estratégias de restrição: muitos suicídios são impulsivos, e restringindo o acesso a métodos letais pode evitar uma crise suicida. Relação c facilidade de alguns métodos: gás natural, exaustão do carro, paracetamol, substituição de drogas menos tóxicas (por exemplo, a serotonina selectivo inibidores selectivos da recaptação vs antidepressivos tricíclicos), pesticidas, ou saltar de pontes. Manter follow-up com pessoas que apresentam a um departamento de emergência depois tentativa pode reduzir a repetição do suicídio tentativa nos 12 meses seguintes. cartas de apoio >25 anos: antidepressivo reduz ideação e suicidio. Evidências sugerem que ISRS melhor que venlafaxina ou bupropiona. < 25 anos: melhora DM, mas nem smp reduz ideação. US Food and Drug Administration emitiu um alerta em 2004 sobre a possibilidade de aumento de suicídio associada a antidepressivos em jovens, e vários outros países seguiram. Após este aviso, as taxas de diagnóstico de depressão e prescrições de antidepressivos para jovens caíram. Há ESTUDOS DISCORDANTES. Lítio pode ajudar. Embora os mecanismos exatos por quais o lítio diminui comportamentos suicidas são desconhecidas, ele pode agir, reduzindo episódios de transtorno de humor. É o + que mais funciona. Antipsicótico É um sossega- lesão, funciona rapidamente, antidepressivo pode demorar. Há um crescente entusiasmo pelo uso de Cetamina, um fármaco glutamatérgico utilizado como um anestésico, para tratar comportamento suicida. Principais desvantagens do cetamina são seu potencial para uso indevido, o transitório natureza da resposta, e cardíaca e psicotomimético efeitos colaterais. Clozapina (antipsicótico atípico p/ tto esquizofrenia: tem mostrado benefícios. Eletroconvulsoterapia: Evidências preliminares sugerem que doses elevadas de estimulação magnética transcraniana repetitiva aplicado a o córtex pré-frontal esquerdo pode diminuir rapidamente suicídio ideation. método mais rápido e efetivo. Terapia comportamental dialética: psicoterapia É derivada da TCC que também pode reduzir recorrência de comportamento suicida Psicodinâmica funciona tb. TRATAMENTO É O TRATAMENTO DO TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO SUBJACENTE. EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS- AULA 2 AGRESSIVIDADE E AGITAÇÃO PSICOMOTORA Seminário Profa. Gabriela + em esquizofrenia, bipolar e transtornos de personalidade. Dçs neuro psiq= ACV, TCE, Parkinson, Alzheimer e outras demências. Intoxicação cocaína, álcool, anfetaminas. Outras: tireoide, encefalites, meningite, hipoglicemia. Pre-teste: O comportamento geralmente ocorrem sem aviso ou sinais (F) O manejo inadequado pode = excesso medidas coercitivas (V) AGITAÇÃO: atividade excessiva pode ser motora ou não AGRESSIVIDADE: intencional, pode ser direcionada a pessoas ou objetos. Subtipos de agitação: 1) componente verbal: agitado sem agressividade. Frequente no pct com transtorno bipolar, estado maníaco. Agressivo ou não 2)Componente físico: não –agressivo: agitação motora, mov frequente, em coordenação. Ou agressivo. Vários FR e INDÍCIOS (fatores preditores). É como previsão do tempo, algumas coisas são esperadas, mas pode ser imprevisível. Filme: relatos selvagens ~10% dos pctes dos EUA psiq podem se tornar agitado/ viol 20-50% agitados 4-8% estavam armados (84% peruro-cortante; 16% arma de fogo). Impacto: custos elevados, morbidade, tempo de internação, mortalidade. Agitação por delirium aumenta mortalidade: intra-hospitalar 22-76%, após um ano 35-40%. Delirium é marcador de mau-prognóstico. Delirium é Sara T. Steffens- ATM 2018/2 9 agudo, flutuante, grave prejuízo da atenção. Geralmente alterações sono, pode psicose (+visual). Fisiopatologia agitação em pct com delirium= hematoma, encefalite, avc, droga de abuso, abstinência, fármacos (ex. Litio)= redução Anticolinérgico ou aumento Dopamina. Ex: anticolinérgico (cuidado p/ usar em idosos= risco delirium). Fisiopatologia como Pós-TCE: ex homem com arpão no córtex pré-frontal. Alterações de personalidade. Hoje em dia já tem até CID (alterações orgânicas da personalidade). Area cortical não consegue inibir área subcortical= comportamento impulsivo. Ex: homem com --x-- Revisão de personalidade: Transtorno de personalidade borderline= pode ser dado dx antes dos 18 anos. Não tem nenhum tto bem definido.Geralmente estabilizador do humor (bipolar tb). Temperamento= pode ser visto na primeira infância já. É o molde da personalidade Após AVC: comum haver mudança de personalidade agudamente, geralmente irreversível. Demência vascular= humor lábil. --x-- Fisiopatologia agressividade: disfunção cortico-limbica. Desconexão citada antes. NT envolvidos: ex. excesso dopa, déficit dopa= delirium. Geralmente Tto: aumento serotonina e GABA ou diminuição. Dopamina e Noradrenalina= geralmente ajudam. Delirium= Abstinência= gabaérgico Principais FR: Maior é já ter sido violento. Uso sbs Jovens, H Transtorno personalidade Estresse social (catástrofes) Exposição precoce a comportamento violento= criança agressiva= repressão verbal, contensão física (segura as mãos). --x-- Educação crianças: funciona conter e não bater. Repreender na hora= castigo na hora, não depois (1min de reflexão para cada ano de vida). 80% herdabilidade esquizofrenia de tu carregar o gene. Mas a chance de desenvolver é ~48% --x— Risco esquizofrênico agressivo é maior que o da população se mao estiver sendo tratado. Distúrbios mentais não são nem necessárias nem suficientes para violência. Agitação: reconhecimento precoce e manejo efetivo. -Agilidade (onipotência x medo excessivo-por contratransferência-); -Evitar que a agitação progrida p/ agressividade; - proteger pct e equipe; - Tranquilizar outros pcts; MAIORIA é PRECEDIDA POR SINAL: intimidação, inquietação, ameaça verbal, falta colaboração, impaciência, provocativo. Fatores estáticos: demográficas, H, jovem, dx psiq, antecedente de agressão. Fatores dinâmicos: expressões agressivas, labilidade, impulsividade, contato visual prolongado (manter ~3s contato), taquicardia, hipertensão, sudorese. Observação dinâmica e prolongada= delirium pode variar de hipohiperativo. Manejo não-farmacológico: empatia, falar menos e ouvir mais, Contenção mecânica é ato-médico! A remoção da contenção também. Ideal 5 pessoas= e-4 técnicos, enfermeiro com medicação e médico (vai explicando para o paciente). Risco de lesão física e aspiração= vigilância continuada. Se começar, não desistir por barganha do pct. Pct: pode ser hostil, agressivo (intimidador, ameaças verbais), ou violento (diz que vai ou já agrediu alguém). Critérios internação involuntária: Risco iminente a si ou terceiro Incapacidade de autos cuidados Risco de exposição moral. Fármaco= Haloperidol é dos mais usados. Seguro, efetivo. Com prometazina= ainda mais Seguro, efetivo. Mas, prometazina aumenta risco de delirium= não usar em idosos. Sua função é promover sonolência, pode diminui necessidade de doses excessivas de haloperidol. Haloperidol demais= risco Síndrome Neurológica Maligna. Apesar de muito usado EV, não é liberado (prolonga QT, torsades de ponteis). Fazer IM!! Midazolam OU haloperidol + prometa? Na abstinência de drogas benzodiazepínico funciona melhor. Preferência por Benzodiazepínico: Intoxicação aguda por psicoestimulantes. Abstinência álcool, Catatonia, Síndrome Neurolética Maligna (causada por anti-psicótico). Não usar se depressão SNC ou resp. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 10 * TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIAS- DROGAS ILÍCITAS Aula Profa. Gabriela (áudio celular) + CREMESP¹ DSM-V: “Os transtornos relacionados a substâncias abrangem 10 classes distintas de drogas: álcool; cafeína; Cannabis; alucinógenos (com categorias distintas para fenciclidina [ou arilciclo- -hexilaminas de ação similar] e outros alucinógenos); inalantes; opioides; sedativos, hipnóticos e ansiolíticos; estimulantes (substâncias tipo anfetamina, cocaína e outros estimulantes); tabaco; e outras substâncias (ou substâncias desconhecidas).” Critérios DSM-V para Transtorno por uso de Substâncias: TUS Deve ter 2 dos 12, em 1 ano: Critérios de 1 a 4 relacionados ao mau controle sobre o consumo. 1. Consumir a sbs em quantidades maiores / período maior do que pretendido. 2. Desejo persistente de reduzir uso , com esforços malsucedidos para diminuir ou descontinuar o uso 3. gastar muito tempo para obter a substância, usá-la ou recuperar-se de seus efeitos 4. fissura: desejo ou necessidade intensos, a qlqr momento, mas principalmente relacionado a ambiente de uso anterior. Critérios 5 a 7 prejuízo social 5. prejuízo ao trabalho/escola/lar 6. prejudica relações sociais/ interpessoais 7. abandono de atividades Critérios 8 e 9 uso arriscado 8. risco à integridade física 9. continuar uso sabendo de problemas físico/psiq por sbs Critérios 10 e 11 farmacológicos 10. tolerância: necessita dose cada vez maior. Obs: níveis elevados da sbs no sangue com poucas evidências de intoxicação sugerem boa chance de tolerância. 11. abstinência: Sinais fisiológicos são comuns com álcool, opioides e com sedativos, hipnóticos e ansiolíticos. Presentes, mas menos são menos visíveis com: estimulantes (anfetaminas e cocaína), bem como de tabaco e Cannabis, Não foi documentada abstinência por: fenciclidina, de outros alucinógenos e de inalantes; portanto, esse critério não foi incluído no caso dessas substâncias. OBS: não é considerado TUS se efeitos forem SOMENTE por tto médico (se uso for conforme orientação médica). P. Ex., para ter TUS por álcool: problema deve persistir por durante 1 ano, com 2 ou + dos 12 critérios. Gravidade: Leve: 2 ou3 sintomas; moderado: 4 ou 5 sintomas; e grave: ≥ seis Prevenção primária (evitar contato com droga, p. ex. em escolas) ou secundária (para que uso não seja nocivo). PRINCIPAIS CLASSES: A. PSICOESTIMULANTES: ANFETAMINAS: Estimulantes do SNC (euforia, vigília, anorexígenos e atividade autonômica).¹ Sistema serotoninérgico: ↑ liberação do NT na sinapse ou agonista direto. Prevalência ~ 1,3% (80% c/ prescrição médica).¹ Entre estudantes, o uso das anfetaminas é eminentemente feminino, provavelmente com o intuito de perder peso.¹ B1) Anfetaminas de uso médico: indicações p/ o tto da transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, da narcolepsia e da obesidade com restrições¹. Metilfenidato (Ritalina): 1/2 vida curta (mas existe de liberação longa),. Mts vezes acabam sendo usados de forma abusiva. Uso em pct que não têm TDH não melhora a memória. Só melhor memória imediata (de trabalho, que dura segundos) melhora em pessoas saudáveis. A memoria anterógrada não melhora em saudáveis. Se saudável e com privação de sono= pode até piorar a cognição. Em quem tem TDH é comprovado que melhora o desempenho. B2) Anfetaminas usadas como drogas de abuso: A mais conhecida e utilizada no BR é a 3,4-metilenedioxi-metanfetamina (MDMA), o ecstasy¹. No BR está aumentando o consumo de psicoestimulantes. MDMA ou ecstasy: Derivado anfetamínico de uso recreacional. É + associado à psicose do que metilfenidato. É + serotoninérgico do que os outros= atua na metabolismo da serotonina: sua liberação na fenda provoca depleção das vesículas. Assim, pode causar grande diminuição do NT. Na fase aguda há síndrome serotoninérgica e após, uma grande depleção. Produz um quadro de euforia e bem-estar, sensação de intimidade e proximidade com os outros. Outros efeitos são a anorexia, taquicardia, tensão maxilar, bruxismo e sudorese. A duração dos efeitos é 4 a 6 horas e o desenvolvimento de tolerância rápida impede o uso compulsivo e aditivo. Crises hipertensivas, precordialgias, arritmiascardíacas, hepatites tóxicas, hipertemia, convulsões, rabdomiólise e morte já foram relatadas. Sintomas ansiosos e psicóticos agudos e crônicos (em indivíduos predispostos) podem aparecer2(D). As principais complicações na overdose por anfetaminas: hipertemia, hipertensão, convulsões, colapso cardiovascular e traumas. Edemas pulmonares cardiogênico são possíveis. Crystal/ Ice/ Meth (Metanfetaminas): não há dados de prevalência atuais no BR. ~1% de prevalência. São fumadas em cachimbos de vidro, podendo também serem injetadas ou inaladas.¹ Fácil produzir, nova epidemia nos EUA. Critérios dx de intoxicação idem de outras drogas estimulantes (cocaína, crack). COCAÍNA: Cocaína, crack tb são drogas Psicoestimulantes. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 11 A cocaína e o crack são consumidos por 0,3% da população mundial (maioria nas Américas- 70%). BR: ~ 2% dos estudantes já usou cocaína e 0,2% o crack¹. O consumo da substância pode dar por qualquer via administração. A euforia reforça e motiva o desejo por um novo episódio de consumo: quanto + rápido o início da ação, quanto maior a sua intensidade e quanto menor a sua duração, maior será a chance de o indivíduo evoluir para situações de uso nocivo e dependência.¹ Cheira x injetável esta é + biodisponível e atravessa BHE. Grande variabilidade de efeito de acordo com modo de apresentação e uso. A produção de pasta base de cocaína voltou a crescer. Pasta base é misturada com água e injetada (alto risco de dependência/ tolerância). Crack não é injetado pq não é solúvel em água. É queimado e aspirado e vai p/ cérebro, age em segundos e termina efeito em 15 min. Feito ao misturar com bicarbonato. INTOXICAÇÃO POR PSICOESTIMULANTES: 2,5-6% das crianças tratadas por TDH com metilfenidato podem apresentar sintomas de psicose. Nesses casos, deve-se ajustar a dose ou optar por 2ª escolha tamoxetina (n tem no BR) ou imipramina, em crianças. Bupropiona é 2ª escolha no adulto. Sintomas de intoxicação por quaisquer Psicoestiumulantes: Sintomas simpaticomiméticos: taquicardia, hipertensão, midríase, insônia, agitação, euforia, redução apetite, eventualmente psicose. OBS: não é necessário ter sintomas psicóticos para dx de intoxicação por psicoestimulantes, mas pode ter (ex. crack). Sintomas simpático-miméticos= DD de MANIA. Desconfiar de mania quando mais insidioso, p. ex. Liberação de dopamina (sistema de recompensa) é o que acontece em todas drogas de abuso (como álcool tb)= efeito euforizante. NA e serotonina tb são liberadas= efeito prazeroso. # Efeitos Colaterais potencialmente fatais por drogas: - Arritmia= por psicoestimulantes em geral. - Rabdomiolise= qse todas subs. A principal é o álcool. Psicoestimulantes tb. Hidratação vigorosa (controlando Na). - Ecstasy= hiponatremia dilucional é uma das principais causas de óbito. Cuidado na re-hidratação= cuidado ao dar volume. - Cocaína= IAM. Pedir enzimas, ECG. Grande causa de óbito. TTO intoxicação psicoestimulantes: benzodiazepínico é 1ª escolha p/ agitação. Se mt agitado e psicótico= uso de anti-psicótico (mas evitar, pois piora rabdomiólise). Contenção mecânica tb pode piorar rabdomiolise. ABSTINÊNCIA DE PSICOESTIMULATES: humor rebaixado, menor apetite, hipersonia e outros efeitos ao contrário dos da intoxicação. Modafinil: outro psicoestimulante. Usado no tto da Narcolepsia= crise de sono. Pode ser genética. Disfunção hipotalâmica, que não libera NT. Distúrbio sono REM: perde tônus (cartaplexia). B. ALUCINÓGENOS Chá de cogumelo: efeito serotoninérgico, além de noradrenérgico. Chá santo daime (Ayahuasca): tb tem efeito serotoninérgico. Usado em cultos, podendo ter boa ou má viagem. Fenciclidina (pó de anjo- PCP): é a mais prevalente no BR. Alucinógeno com efeito dopa, sero, nora e efeito particular no comportamento por atuar no receptor glutamatérgico, sendo antagonista do receptor NMDA/ gluta- assim como álcool. Importante diagnóstico diferencial de intoxicação alcoólica. Critérios dx semelhantes ao da intoxicação alcoólica (nistagmo, agitação, fala arrastada). Muito comum ter nistagmo. Causa muita alteração no comportamento, pct agitado, midríase, agressivo (auto e hetero lesão). Alucinações sinetésicas (força do super-homem). Pó de anjo= acha que pode voar. Peculiaridade= muito propenso a ter delirium na intoxicação aguda. Monitoramento continuado, revisar sinais vitais pelo menos a cada 2h. Pode evoluir rapidamente de estimulante para depressor do SNC e necessitar de IOT, p. ex (mesmo sendo da classe dos alucinógenos). Assim como a Cetamina (anestésico cavalo), Fenciclidina causa amnesia dissociativa. C. MACONHA: A maconha é a droga ilícita mais usada mundialmente. Nos EUA, 40% da população adulta já experimentaram maconha.¹ BR: foi a droga q + teve seu ‘uso na vida’ aumentado, de 2,8% em 87 para 7,6% em 1997.¹ A dependência de maconha está entre as dependências de drogas ilícitas mais comuns.¹ Prevalência= 6% dos usuários de maconha, têm dependência, se uso começar na vida adulta. 9% se inicio com uso diário (> 3x/semana) ou inicio na adolescência. Risco de CA pulmão (como o tabaco). É FR p/ esquizofrenia. É uma droga Perturbadora do SNC (outra classe), não é chamada alucinógeno. Cannabis sativa= fitocanabinoide (planta). Endocanabinoides= Anandamida e A2AG. São produzidos pelos neurônios Pós-sinápticos, apenas sob demanda (não há vesícula de armazenamento). Agem nos receptores CB1 e 2. Ao fumar/ingerir maconha, os canabinoides da planta se ligam a esses receptores. A planta em > 500 tipos de substâncias diferentes. Canabdiol é uma substância sintética extraída da Cannabis sativa, que não causa psicose/diminuição cognição e é usada para tto epilepsia refratária. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 12 As taxas de absorção orais são mais elevadas (90% a 95%) e lentas (30 a 45 min) em relação à absorção pulmonar (50%).¹ Complicações agudas: Sintomas dissociativos: estreitamento do estado de consciência (tempo passa de maneira diferente, visão estranha; não há rebaixamento da consciência). Alteração típica é dissociação e não alucinação, mas esta tb pode ocorrer. Em geral, sente relaxamento, mas em intoxicação tb pode ter ansiedade e pode precipitar ataque de pânico. Na intoxicação hiperemia conjuntival, fala arrastada, aumenta apetite. Canabis não causa nem midríase, nem miose. Reflexo lentificado, cognição empobrecida. Na abstinência tudo o contrario (menos sono, etc). Dependência síndrome amotivacional: uso crônico= avolia= perda da motivação. A dependência de maconha está entre as dependências de drogas ilícitas mais comuns.¹ Prevalência= 6% dos usuários de maconha, têm dependência, se uso começar na vida adulta. 9% se inicio com uso diário (> 3x/semana) ou inicio na adolescência. Risco de CA pulmão (como o tabaco). É FR p/ esquizofrenia. Canabis não causa nem midríase, nem miose. Tratamento para TUS: Tto padrão ouro: não há bem definido para cada droga. Topiramato, antidepressivos são usados. Mas tto é mais direcionado às comorbidades (ex. depressivo, bipolar). Outras drogas: Intoxicação por opioide= causa miose (ou esta om depressão resp grave). Mas se intox muito grave, pela depressão resp. acaba gerando midríase (só para não dizer que 100% causa miose). Outro depressor: boa noite cinderela. Risco de depressão respiratória. Amanesia anterógrada, fala arrastada, hipotonia. LSD (doce), assimcomo Maconha: risco de continuar tendo psicose, mesmo após cessar uso Não precisa de nova exposição. Pode ser na forma de paranoia, alucinações visuais, não necess perturbadores. Geralmente não contínua, sintomas vão e voltam. Da canabis geralmente é perturbador. Dicas prova: LER: MANUAL CREMESP. Fenciclidina, cannabis, anfetaminas, cocaína e derivados, álcool e DD entre eles. TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO Profa. Gabriela Artigo Comportamentos repetitivos ou atos mentais que o individuo sente-se compelido a executar. Em resposta a uma obsessão, a preocupações ou de acordo cm regras aplicadas rigidamente. É um espectro obsessivo compulsivo, com vários subtipos: acumuladores, tricotiromania, por limpeza, etc. Não realizar o comportamento traz muita ansiedade. Epidemiologia: Prevalência: 1,2% (relativamente comum, não é raro). 1:1? Ligeiramente maior no sexo masculino, na infância. Após, em M é um pouco maior. Média de inicio 19 anos. ½ dos casos inicia na infância/adolescência. Raro iniciar após 40 anos. Tipicamente crônico. Remissão não é regra (< 40%). Wax and Wane: tende a aparecer ao longo da vida. 5-10% tem remissão espontânea. Sem associação com declínio cognitivo. Incapacitação funcional (desemprego, separação, 2/3 depressão comórbida, elevados custos econômicos). Os pensamentos obsessivos atrapalham realização de outras atividades. Acomodação familiar: família se adapta para conseguir conviver, o que perpetua doença. Conceito DSM-V: Obsessões: pensamentos/impulsos/imagens recorrentes e persistente, experimentados como intrusivos e inadequados/indesejados, gerando preocupações ou ansiedade. O indivíduo procura ignorar ou suprimir. É reconhecido como produto da própria mente- 4% não têm insight. Compulsões: comportamentos repetitivos ou atos mentais os quais o portador se sente compelido a executar. Pode ter só compulsão, sem obsessão= ritual executado para aliviar ansiedade. Pode ter só obsessão tb. Compulsão pode ser ato mental (como oração, contagem, p. ex.), não necessariamente uma ação. Sara T. Steffens- ATM 2018/2 13 Criança não precisa ter insight Diagnóstico: Pensamentos intrusivos recorrentes e persistentes. Comportamentos ou atos visando prevenção ou redução da ansiedade Deve gerar prejuízo. Compulsões: Realizá-las geralmente reduz a aflição ou ansiedade, mas não são por si só prazerosa (diferente de TUS). DD com Transtorno de personalidade Obsessivo Compulsivo: é o jeito da pessoa de ser perfeccionista, mas não tem pensamentos intrusivos. Diagnóstico na infância: Egossintônicos ou sem insight. Crianças são egocêntricas (acham que tudo é culpa/causada por elas), pensamentos fantásticos, que são normais do desenvolvimento. Predomina COMPULSÃO Necessidade de resseguramento pode capturar atenção do professor. Podem ter compulsões tic-like (ex. rituais de movimentos simples) ou precedidas ou fenômenos sensoriais. Dimensões do TOC: Exemplos: Obsessões: ter medo de Sujeira, germes, medo de doenças. Compulsões: lavar muito as mãos, ter toalha/sabonete só para si. Conteúdo Perfeccionista. Dúvidas, verificação ou controle: fechar porta, gás, compreendeu perfeitamente o parágrafo ou página, estou ou não traindo ou sendo traído. Sensação angustiante de incompletude ou de alguma coisa incorreta, levando à repetição de rituais até parecer exata. Pode ter ataque de pânico se não realizar compulsão. Família não pode participar do ritual. Conteúdo agressivo: vontade de ferir, fica perturbado ao ver objetos cortantes (receito de perder o controle), pensamentos de falar obscenidades, dizer palavrões. Conteúdo sexual impróprio. Conteúdo religioso, blasfemo ou escrupuloso ou supersticioso. Especificadores DSM-V Com insight bom/razoável, pobre ou ausente/crenças delirantes. TCC no TOC: exposição O TOC pode ou não ser relacionado ao tique. Tique= não é associado a um propósito/significado. 9-20% têm tique (prev maior na infância, até 50%). 7% tem comorbidade S. de Tourette. Não relacionado a tique: limpeza, contaminação. Neurobiologia: disfunção serotonina (repsosta a dose alta de ISRS). Também disfunção glutamatérgica vem sido mostrada. Fatores genéticos: alterações nos núcleos da base. Ex. Coreia Sydenham (strepto B hem A)(ex. toque após quadro de faringite=*pode cair em concursos), PANDAS. Hiperatividade de: córtex orbito-frontal, amigdala. Afeta áreas subcorticais e corticais tb. OBS: TOC não é um transtorno de ansiedade; mas sim do Espectro obsessivo-compulsivo. Resposta à farmacoterapia: Escala YBOM. Se redução < 25% tem que trocar tto. Placebo: 3-5%. Resposta ISRS: 60%. Muitas vezes é necessário mega-dose (até acima da dose max., que seria 20mg de excitalopram p. ex., mas usa-se até 30mg= risco prolongamento QT, síndrome serotoninérgica, etc.) Y-BOCS: até que ponto se esforça para resistir e quanto consegue, com o esforço. Guide-line 2013: Se resposta inicial ao ISRS < 25%= trocar de ISRS. usar por pelo menos 2 meses Se resposta > 25%= na max dose tolerada (mesmo acima da máx.). Após atingir resposta, manter tto por pelo menos 1 a 2 anos. Leve= TCC Moderada/grave: TCC + ISRS Grave= associar antidepressivos, tricíclico clomopramina (menos tolerada), antipsicotico atípico (Risperidona). Os não respondedores: tentar sempre aumentar bastante a dose, pois pode haver resposta somente a doses elevada. Resistente x Refratário Refratário: só se não responde a todas as alternativas farmacológicas/ terapias. Tratamento Refratário: Estimulação Magnética transcraniana (EMT). Estimulação cerebral Profunda (DBS- neurocirurgia não- lesional= coloca um chip) Neurocirurgia: capsulotomia anterior. ARTIGO: Obsessive-Compulsive Disorder- Wayne K. Goodman, MD*, Dorothy E. Grice, MD, Kyle A.B. Lapidus, MD, PhD, Barbara J. Coffey, MD, MS TOC é marcado por pensamentos recorrentes e perturbadores (Obsessões) e comportamentos repetitivos (compulsões) que a pessoa se sente impulsionada a Executar. Pacientes com TOC geralmente reconhecem a insensatez de suas obsessões e comportamentos compulsivos. Afeta até 2,3% da população ao longo da vida e pode ser incapacitante. As 2 teorias neuroquímicas prevalecentes: serotonina e de glutamato, com o último ganhando destaque. Exames de imagem cerebral e na experiência neurocirúrgica: têm mostrado alterações nas vias frontais-estriatais. Têm sido proposto como o neurocircuito disfuncional subjacente ao transtorno obsessivo- compulsivo. TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS Prof. Vitor- 24/10/2016 Conversão= converter problemas de ordem emocional em sintomas físicos. Conversão e dissociação são mecanismos e defesa bem primitivos, geralmente em personalidades mais frágeis (cluster B= histriônico, borderline). Dissociação= divisão, desintegração. Diferente de cisão, pq é mais grave, há ruptura em vários processos mentais (consciência, memória, identidade, percepção, emoção, representação corporal, etc). Cisão= divisão simplista entre Bom x Mau. Lembrando... Sara T. Steffens- ATM 2018/2 14 Transtorno Dissociativo: é grave. Vem em resposta a estressores bem graves, em geral. Ex: muitos abusos na infância: esquece do período da infância que sofreu abuso, essa parte fica separada na consciência e pode aparecer em alguns momentos, como flashbacks. O fenômeno da dissociação ocorre em outrostranstornos, como TEPT. Transtorno dissociativo é mais amplo: ex. recebeu notícia da morte de alguém mt próximo e ao receber sente como se não tivesse vivendo, sente afeto de forma anestesiada, sensação de torpor. DSM-V: 1) Transtorno de despersonalização/ desrealização: anestesia, de sensação de que n é real 2) Transtorno dissociativo de memoria: esquece coisas do passado. 3) Transtorno dissociativo de identidade: sente como se tivesse incorporado uma entidade ou como se fosse outra pessoal. É o principal. Dx DSM: A. Ruptura de identidade caracterizado por 2 ou + personalidade distintas, que podem ser descritos em algumas culturas como experiência de possessão. Descontinuidade com o self. Alterações do afeto, consciência, memória, percepção, etc. = é uma dissociação completa, como se fosse outra pessoa. B. Intervalos recorrentes na recordação de eventos diários = Períodos de amnesia. Quando há realmente dissociação, a pessoa NÃO VAI LEMBRAR DO QUE ACONTECEU. C. prejuízo social. D. Perturbação não faz parte de pratica cultural aceita (não é em um ritual religioso, p. ex.), nem em criança com amigo imaginário. E. Não causado por drogas. Como quetamina. Características associadas: Alucinações auditivas: vozes das outras personalidades. Sensações, memórias, medos de outras personalidades. Objetos estranhos, estar em locais estranhos sem saber como foi parar. Intervalos de memória. Pseudo-convulsões. Epidemiologia: Prev: 1,5% (+ que esquizo) (1,4 M e 1,6% H). Tentativa de suicídio, automutilação. Etiologia: Eventos traumáticos, na infância, repetidos. Vulnerabilidade biológica: facilmente hipnotizada (todos dissociativos), alterações no ECG. Fatores ambientais: modelos de copping/ defesas Ausência de apoio externo. Sem pais ou pais com inabilidade de lidar com estresse. Curso e prognóstico: Comum iniciar na infância Síndrome completa na 2ª década de vida. Pode passar anos despercebido. Costumam receber diversos dx. Jeito de falar, olhar, sentir pode ser diferente. Quanto mais precoce, pior o prognóstico. Prognóstico relacionado ao número tempo, tipo e cronicidade dos álteres. Álteres podem ter transtornos próprios. Diagnósticos Diferenciais Depressão Maior (esta tb pode ser comorbida). TB. TEPT: tb pode ter frashbacks, alguns comportamentos bizarros (pode dissociar, mas estar relacionado só ao trauma). Transt. psicológicos: esquizofrenia. TUS (uso de sbs): principalmente no PA: fenciclidina (pó de anjo), LSD, chá de cogumelo (psilocibina), quetamina. Outras drogas causam + desrealização, não tanta dissociação. Transt. de personalidade Borderline (mas n muda o nome p. ex.). Transt. Conversivos Epilepsia Transtornos factícios (pessoa finge os sintomas p ganhar atenção). Diferente de simulação, que faz de propósito para se livrar da cadeia, p. ex. Tratamento Psicoterapia é o principal: fazer pessoa entender a dç e tentar integrar personalidades, já que todas compões o mesmo self. Psico psicodinâmica (expressiva) é a principal (de orientação analítica). Nos muito graves faz-se só Terapia de apoio, mas os objetivos são bem menores. Hipnose ou hipnose induzida com drogas: + para entender o caso, não mt p ajudar pct. Fármacos: são sintomáticos: estab. humor, conter impulsividade, evitar suicídio. Raramente APS (antipsicóticos?). ADs (antidepressivos?) e ansiolítico (benzodiazepínico, rivotril). Anticonvulsivante pode ajudar. AMNESIA DISSOCIATIVA Não dissocia a identidade. Pode ter fuga dissociativa. Pessoa viveu ou vivencia situações traumáticas e tem lacunas de memória. Pode ter amnesia seletiva. Perde as coisas, não sabe como foi parar em algum lugar (mas n se comporta como outra pessoa). Fuga dissociativa (especificador): ex. em Guerra: sai andando sem propósito, sem direção, pode esquecer quem ela é (mas n se comporta como outra). A. inabilidade e de relembrar B. prejuixo C. não D. dx eclusão: n é TDI, TEPT. Ex. Amnesia localizada: meses ou anos de abuso ou combate ex. Amnesia seletiva: não lembra de alguns ftaos. Amnesia generalizada: completa, mais rara e grave. Amnesia Continua: a parir de uma data não lembra nd. Características: Dificuldade crônica de manter relcio Traumas graves, vitimização, abuso Flashbacks dissociativos História de automutilação, tenta suicídio Alta hipnitizabilidade Desesonalização/ desrealização Sintomas depressivos, neuro Confabulação: inventa história p preencher lacuna Auto-moritonamento: Sara T. Steffens- ATM 2018/2 15 Epidemiologia: Prev: 1,8% (+ comum), bem mais M (2,6 x 1%) Inicio abrupto: acontece trauma e esquece (dif de TDI) Múltiplo ou únicos Podem recuperar tempos mais tarde: quer-se que a pessoa lembre, mas depois que lembra, pessoa tem que saber lidar com a memória (cuidado DM, suicídio). Observado em crianças, adolescente e adultos. Em geral começa em pessoas amis jovens. Em mais velhos investigar Alzheimer, TU. DD: TDI, TEPT, pos-traumatica por TCE, TUS (álcool, midazolan, benzodiazepínicos- sbs que atuam no GABA), neurocognitivo, epilepsia, factícios. Tto em geral é afastar causa do trauma: proporcionar conforto para a pessoa, em abiente calmo, tranquilo, em geral pessoa está mt ansiosa, por dar benzodiazepínoico. Geralente pessoa vai lembrando ao poucos, ou com psicoterapia (q tb deve ser necssaria depois de lembarar). Hipnose. TRANSTORNOS DE DESPERSONALIZAÇÃO/ DESREALIZAÇÃO Despersonalização: entorpecimento, distanciamento, ela não é real, algo mudou dentro dela. Desrealização: parece que é filme, sonho. Paciente sente estranhamento, não sabe o que sente, a gente que vai investigando até chegar a esses sentimentos. São muito comuns, não precisa ter dç para isso. O transtorno (que é dx de exclusão) é qnd acontece repetidamente e começa a incomodar a pessoa (acha que tá ficando louca, que está prejudicando a memória, etc). Percebe como se fosse diferente, mas sabe que nada mudou= sabe o conteúdo da realidade, mas sabe que sente (senão é psicose). Não relacionado a sbs: anfetamina, LSD, cocaína, alucinógenos, maconha, estase (em geral todos os estimulantes). DX: de exclusão: não é dirante ataque de pânico, em estresse agudo, no TEPT, prodromo de esquizofrenia. Não sou eu mesmo, se sentir em nuvem, sensadção de campo visual, passagem do tempo alterada. Deja vu. Preocupações ruminativos, inicio súbito. Prev: 2%, 1:1. Pelo menos ½ dos adultos já tiveram alguma vez. FR: temperamento (evitação imatura). Ambiente: não tao graves, com emocional. Surge na adolescência (~16 anos), pode na infância, só 5% após 25 anso. 1/3 episodios discretos, 1/3 DD: DM, TOC, transt dissociativos, transt ansiosos, psicóticos, TUS (maconha, cetamina, alucinógenos, santo dime?, acstazy, salvia). Dçs orgânicas. Tto: em geral, depende de avaliação única. Raramente pct com só com isso. Ver a vida como um todo do pct e perceber pq está lidando dessa forma distanciada. Tto é psicoterapia psicodinâmica ou até TCC. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE Prof. Vitor Crestani Calegaro Critérios DSM-V: Um padrão generalizado de instabilidade nos relacionamentos, autoimagem e impulsividade. Começa no inicio da idade adulta. Na adolescência fica difícil dar dx, pode-se ver sinais, mas muita vezes características regridem na idade adulta 9 critérios: 1. Esforço p evitar abandono (mts veze já tem história na infância de abuso/abandono).Relações simbióticas: apegado demais a alguma pessoa. Abandono pode levar ao suicídio. 2. Relacionamentos instáveis e muito intensos. Alternância entre idealização e desvalorização. De uma hora p outra deixa de enxergar pessoa como herói e vira monstro. CISÃO: ver como bom x mal. 3. Perturbação da identidade. Não tem identidade bem formada, não tem boa noção de quem é ela e o outro, invade espaço do outro. Pode ser qlqr coisa a qlqr momento, muda de estilo constantemente= SELF FRAGMENTADO, não tem coesão do self. Normal no bebe ter self fragmentado, mas criança vai formando personalidade. Sintomas dissociativos se relacionam a isso, traumas de infância. 4. Impulsividade: pelo menos 2 áreas potencialmente prejudiciais a própria pessoa. Que n seja agressividade ou tentativa de homicídio. Ex: drogas (o que oferecem elas usam), comportamento sexual de risco, velocidade. 5. Recorrência de comportamento ou ameaças suicidas ou automutilação. Automutilação é usada para desviar dor emocional para físico. Pesquisas mostram que eles têm déficit no sistema opióides, que é liberado com a automutilação. Se cortar, se bater, se expor na vida a relacionamentos autodestrutivos. 6. Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor. Pode ser do espectro do Transtorno Bipolar. A instabilidade é ainda mais marcante que do THB, varia muito em um mesmo dia, mas tende mais ao destímico, irritado. Quando está tudo bem é uma pessoa muito boa para se conviver, mas altera totalmente qnd algo desagrada. Reativo= tem muito a ver com o que vive. 7. Sentimento cronico de vazio. Não é patognomônico. Vem desde cedo e mt angustiante, podendo levar ao desespero e à tentativa de suicido no impulso. 8. Raiva inadequada e intensa ou dificuldade de controlar a raiva. Agressividade p/ dentro (auto) e para fora (agredir alguém). Crise de raiva, até dissociação, quebra coisas, bate nas pessoas. 9. Ideação paranoide transitório e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos. Ex. em situações de trauma essas pessoa podem ouvir vozes, não sabem que são (em virtude do estresse). Paranoia: muitas vezes ate delírios de ciúme (bem comum e desproporcional). Relacionamentos começam intensos, mas começa estresse: briga, ciúme. BORDERLINE: linha entre PSICOSE (pode se comportar como esquizofrênico, THB: mas a diferença é que fica 1-3 dias e melhora) x NEUROSE (tendência a afetos negativos, neuróticos: funcionam bem em testes objetivos como provas, mas ao realizar testes livres como teste de Rouchar? De desenhos = vê coisas psicóticas). Se esta tudo bem= tem + TAG e outros de ansiedade. NEUROSES= Cluster C: BORDER= Bustre B: todos têm componentes do borderline. Sem limitas, impulsivos, = narcisista, histérico, anti-social, histriônico. PSICOSES= Cluster A Epidemiologia 1,6 até 6% Atenção básica= 6% consultas; 10% saúde mental; 20% das internações psiq. + M Melhora com o passar da idade (como vários outros) Entre 30-40 anos tende à estabilidade profissional e relacionamentos. Comorbidade (“é regra”) TD Sara T. Steffens- ATM 2018/2 16 THB: dificil DD, chega a conclusão qnd na ausência do episiodio de humor continua com sintomas. Transtorno de ansiedade: TEPT, pânico, fobia social. Bulimia nervosa Uso de sbs. Etiologia Multifatorial: começa com fatores genéticos (5x + em parentes de 1º grau). Monoz= 35% e 7% dizigóticos. Neurobiológicos: Hiper HHA Deduz C orbito-frontal, hipocampo e amigdala. Hiperatividade da amigdala frente a estímulos Ex: reagem + à teste com interpretações de faces. Reagem negativamente mesmo a faces neutras (isso ocorre na vida tb). Fatores ambientais: HF de dç psiq, lares disfuncionais, traumas de infância (mt comum, mas nem todos). Vários têm historia de vida bem difícil, mas alguns vêm de famílias bem organizadas. Genética se estressa + ou – conforme ambiente. Tratamento 1) Farmacológico: não existe tto específico. Alvo do tto é diminuir instabilidade, impulsividade, evitar suicídio, etc. São usados como estabilizadores do humor: lítio, anticonvulsivantes e antipsicóticos atípicos. Anticonvulsivantes: acido valpróico, lamotrigina, topiramato= para agressividade/impulsividade/ estab humor. Benzodiazepínicos: cuidado com dependência, fazer uso pontual. Usado no pronto-socorro em crise de ansiedade, p. ex. mas mts usam. Lítio: para estabilizar humor prevenção de suicídio. Antipsicótico de segunda geração: olanzapina, aripripazol, quetiapina. Usar quando sintomas psicótico. Para ansiedade crônica é melhor usar um antipsicótico como quetiapina. ISRS: somente se houver comorbidade com depressão, outro transtorno de ansiedade. Não indicado para borderline por si só. 2) Psicoterapia: depende da gravidade do transtorno. Leve: pessoa consegue estudar, faz faculdade. Tem problemas, mas segue a vida quase normalmente. Mais graves: não consegue trabalhar, ter relacionamentos. Os mais graves têm dificuldade de criar vínculo e isso por si só dificulta muito a realização de psicoterapia (contraindica). Se conseguir vinculo, psicoterapia analítica pode ajudar. Terapia dialética comportamental: indicada p/ pcts com risco de suicídio. Em alguns casos até pode-se tentar terapias de apoio. TDAH- TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE Prof. Maurício Moller Martinho No CID tem outro nome: Transtorno hipercinético Definição: distração, inquietação e impulsividade. O TDAH começa na infância. Exigência de que vários sintomas estejam presentes antes dos 12 anos de idade (DSM-5). 1902- George Still= descreveu déficit de “controle moral”. Condição crônica de saúde de maior prev em crianças em idd escolar. ~6% da pop < 18 Idade escolar= 6,48% Adolescente= 2,74 Adulto= 2,5% Etiologia: Condições Ambientais: fumo na gestação (mt relacionada) Condições Genéticas: genes protetores e facilitadores APRESENTAÇÃO CLINICA Desatenção: Dificuldade de prestar atenção nos detalhes; erra por descuido (dificuldade um pouco maior em matemática). Dificuldade de prestar atenção por muito tempo em tarefas escolares, domésticas e deveres profissionais. Parece não escutar quando lhe dirigem a palavra (distraído). Não conseguem seguir instruções, não terminam tarefas (não conseguem prestar atenção). Dificuldade em organizar tarefas e atividades. Evita envolver-se em tarefas que exijam tarefa mental constante (procrastina, não faz). Perder materiais necessários p/ tarefas. Facilmente distraído por estímulos alheios. Esquecimento em tarefas diárias. Hiperatividade Agitar as mãos, pés e se mexe na cadeira. Não consegue ficar sentado, brincar silenciosamente, “a mil”, “a todo vapor”, fala em demasia. Respondem precipitadamente, não espera a sua vez, fura fila, interrompe, se mete na conversa. 3 SUBTIPOS 1) Predomínio de desatenção: Muito prejuízo acadêmico Menos visto em consultório + frequente em meninas. Passa por burro/ preguiçoso. 2) Predomínio sintomas de Hiperatividade e impulsividade: Prevalente na idade escolar, melhora com a maturação do SNC. 3) Combinado: São os + frequentes nos ambulatórios. É o + predominante na adolescência. ? + prejuízo ao funcionamento global. Critérios DSM-5 6 sintomas de desatenção ou hiperatividade Ver duração/ frequência/ intensidade Dificuldade envolve pais, criança e escola: não é restrito à escola, p. ex. = DD com Discalculia (dificuldade só em matemática); nem só em casa, p. ex= nasceu irmão e criança ficou hiperativa
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