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Apostila Deivid Provas 003 Movimentação e Armazenagem

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Movimentação e 
Armazenagem
Professor conteudista: Jean Carlos Cavaleiro
Sumário
Movimentação e Armazenagem
Unidade I
1 MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM .........................................................................................................2
1.1 Conhecendo a armazenagem .............................................................................................................5
1.2 Breve histórico ..........................................................................................................................................6
1.3 Conceitos ....................................................................................................................................................7
1.4 Princípios da armazenagem ................................................................................................................9
1.5 Localização de um armazém ........................................................................................................... 21
1.6 Parâmetros quantitativos na localização física ....................................................................... 23
1.7 Técnicas de localização ...................................................................................................................... 24
1.8 Parâmetros qualitativos na localização ....................................................................................... 31
2 DEFINIÇÕES DE ESTRUTURA DE ARMAZÉM ......................................................................................... 32
2.1 Capacidade estática ............................................................................................................................ 32
Unidade II
3 EMPILHAMENTO .............................................................................................................................................. 45
3.1 Problemas de armazenagem quanto ao aproveitamento do pé direito ........................ 46
3.2 Fator de estiva ....................................................................................................................................... 48
3.2.1 Capacidade estática real ...................................................................................................................... 51
3.3 Quebra de espaço ................................................................................................................................. 52
3.4 Pontos importantes na armazenagem ........................................................................................ 60
3.5 As operações da armazenagem ...................................................................................................... 61
3.5.1 Recebimento e descarregamento de veículo .............................................................................. 61
4 PRINCIPAIS CUIDADOS NO RECEBIMENTO ........................................................................................... 62
4.1 Alguns tipos de embalagens ............................................................................................................ 65
4.2 Funções da embalagem na armazenagem ................................................................................ 67
4.3 Tipos e sistemas de unitização ........................................................................................................ 70
Unidade III
5 TIPOS DE ARMAZENAGENS ......................................................................................................................... 90
6 RISCOS DE CARGAS E MERCADORIAS .................................................................................................122
6.1 Cargas perigosas .................................................................................................................................132
Unidade IV
7 CONTÊINERES .................................................................................................................................................143
7.1 Operações com contêineres ...........................................................................................................146
7.2 Cuidados na ovação ..........................................................................................................................148
7.3 Custos da armazenagem .................................................................................................................150
8 MEDINDO O DESEMPENHO DO ARMAZÉM ........................................................................................170
8.1 Tecnologia da informação em armazém ..................................................................................173
8.1.1 WMS – Warehouse Management System ................................................................................. 174
8.1.2 Código de barras e leitura óptica .................................................................................................. 177
8.1.3 RFID – Radio Frequency IDentification ....................................................................................... 177
8.1.4 Intercâmbio eletrônico de dados EDI ...........................................................................................181
8.2 O futuro da armazenagem .............................................................................................................181
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
Esta disciplina vai trazer para o aluno conhecimento sobre 
as práticas de armazenagem e movimentação, apontando as 
melhores técnicas de armazenagens e os equipamentos.
O aluno de logística deve dominar esses conceitos, que hoje 
é a base do planejamento da cadeia logística. Quando se está 
em busca de competição, não é suficiente apenas mexer nos 
produtos, os processos operacionais são importantes ferramentas 
para ampliar a competitividade.
Objetivos
Esta disciplina tem como objetivo desenvolver as seguintes 
competências:
• Definir os melhores sistemas de armazenagem para cada 
situação.
• Elaborar projetos de armazenagem e gestão de estoques.
• Realizar estudo para conhecer as evoluções sobre sistemas 
de armazenagens.
• Definir tipos de máquinas e equipamentos a serem 
utilizados na armazenagem, levando em consideração a 
demanda, as normas e os regulamentos de segurança, 
além dos tipos de produtos.
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• Escolher acertadamente sistemas de gestão de estoque.
• Avaliar o impacto dos custos da implantação de sistemas 
de armazenagens.
1 MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
É importante que em cada disciplina estudada o aluno 
enxergue o papel da disciplina dentro do curso. Assim, qual é o 
papel da armazenagem na logística?
Vamos observar um modelo para entender:
Fábrica A 8 t
Fábrica B 6 t
Fábrica C 7 t
Fábrica D 5 t
Armazém de 
distribuição
26 t
Cliente
Consolidação
Armazém para consolidar
Fonte: Ballou, 2001.
Para observar essa figura, que aponta várias etapas da cadeia 
logística, vamos relembrar a missão da logística:
A missão da logística é dispor a mercadoria ou o serviço 
certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições 
desejadas, ao mesmo tempo em que fornece a maior 
contribuição à empresa (Ballou, 2001).
O que as empresas precisam fazer para cumprir essa 
missão?
Dica
Para ampliar seus conhecimentos, 
leia artigosdestes sites:
<http://www.revistaintralogistica.
com.br>.
< h tt p : / / w w w. i m a m . c o m . b r /
logistica/Artigos.asp?pPage=2>.
<http://www.logweb.com.br/novo>.
<http://www.logweb.com.br/novo/
upload/revista/97/logweb97site.pdf>.
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As estratégias podem ser inúmeras, mas em busca de um 
mesmo objetivo: eficiência e eficácia nas operações; a ideia é 
fazer mais, melhor e mais barato.
Vejamos as possibilidades, imagine uma empresa que 
tenha quatro plantas, a planta A, B, C e D, cada planta 
produz um grupo de produtos, mas vendem em um mesmo 
mercado.
Nesse cenário, uma opção seria sair da fábrica e ir direto 
para o cliente:
Fábrica A 8 t
Fábrica B 6 t
Fábrica C 7 t
Fábrica D 5 t
Cliente
Fonte: ibidem.
Como são quatro fábricas, as dificuldades começariam na 
expedição da fábrica, que deveria ter a preocupação de separar e 
embalar os pedidos, ter toda a preocupação de preparação para 
a entrega aos clientes, e isso em cada uma das fábricas. Se os 
caminhões de cada uma das fábricas saíssem ao mesmo tempo, 
isso causaria um acúmulo de caminhões nos clientes esperando 
para fazer o recebimento, além de todos os caminhões andarem 
um percurso maior para fazer as entregas. A fábrica teria 
que se preocupar em roteirizar as entregas ou contratar uma 
transportadora para que fizesse isso. Veja quantas preocupações 
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a fábrica teria que ter, o que poderia prejudicar o core business 
da empresa. O core business é o foco principal da empresa, uma 
fábrica deve se preocupar com a fabricação.
Outra alternativa é o exposto na figura 1. Situação em 
que as fábricas produzem e entregam em um armazém, o 
destino é único, e podem-se transportar quantidades maiores. 
A operação de preparar e enviar os pedidos fica a cargo de um 
armazém central, onde é feita uma consolidação, a entrega 
em um único veículo do conteúdo das quatro fábricas; isso é 
consolidar.
Comparando as duas alternativas, percebe-se que a segunda 
torna a operação mais ágil, mais próxima do cliente, e, por 
consequência, menos onerosa.
Tivemos aqui dois conceitos diferentes, por isso é importante 
fazer um adendo:
Core business: é um termo em inglês, que significa 
“parte central de um negócio”. Mais especificamente se 
utiliza para conceituar ou limitar o negócio principal 
de uma empresa.
Consolidação: pode ser entendido como um conjunto 
de processos, como analisar e agrupar pedidos com 
base nas caracerísticas do produto, rotas de entrega, 
datas requeridas e localização dos clientes, visando 
obter o menor custo e o melhor serviço pelo melhor 
aproveitamento do transporte e pela melhoria de 
atividades operacionais do armazém ou centro de 
distribuição (Bertaglia, 2006).
Pudemos perceber a importância da disciplina, vamos agora 
conhecer os aspectos técnicos e conceituais sobre armazenagem 
e reflexos na movimentação de materiais.
Reflexão
Você percebeu como o armazém 
pode auxiliar na missão logística? A 
logística tem várias áreas, e cada uma 
das áreas tem seu papel específico para 
tornar a empresa mais eficiente.
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1.1 Conhecendo a armazenagem
Uma visão antiga, mas que traz uma clareza enorme sobre a 
importância de estocar ou armazenar é o que está registrado na 
Bíblia em Gênesis 41:25-30,34-36,47-49,53,54 – interpretação 
do sonho do Faraó por José:
As setes vacas formosas são sete anos, as setes espigas 
formosas também são sete anos: o sonho é um só. E as setes 
vacas magras e feias à vista, que subiam depois delas, são 
sete anos, como as sete espigas miúdas e queimadas do 
vento oriental, serão sete anos de fome.
E eis que vem sete anos, e haverá grande fartura em 
toda a terra do Egito.
E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda 
aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome 
consumirá a terra (...).
(...) Ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta 
parte da terra do egito nos sete anos de fartura.
Ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e 
amontoem trigo debaixo da mão de faraó, para mantimentos 
nas cidades, e o guardem.
E a terra produziu nos sete anos de fartura a maos cheias.
E ajuntou todo o mantimento dos sete anos, que houve 
na terra do Egito, e guardou o mantimento nas cidades, 
pondo nas cidades o mantimento do campo que estava ao 
redor de cada cidade. Assim juntou José muitíssimo trigo, 
como a areia do mar, até que cessou de contar (...).
Então acabaram-se os sete anos de fartura que havia 
na terra do Egito. E começaram a vir os sete anos de fome, 
como José tinha dito, e havia fome em todas as terras, mas 
em toda a terra do Egito havia pão.
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Na época, não havia técnicas para se armazenar em espaços 
apropriados, com as ferramentas necessárias nem com os 
cuidados que garantissem agilidade nas operações, mas, mesmo 
de maneira rústica, o objetivo foi cumprido.
1.2 Breve histórico
Os conceitos de armazenagem estão intimamente relacionados 
com a história do comércio entre os povos; a atividade de vendas 
requer necessariamente em alguma etapa a armazenagem.
Três mil anos a.C, os egípcios construíram os primeiros 
depósitos registrados pelos historiadores, com o objetivo 
específico de armazenar o trigo excedente e papiros. A 
localização do depósito, mesmo na época, foi estrategicamente 
escolhido, estava situado no fértil vale do Nilo. Os materiais 
eram carregados em navios e utilizados como moeda de troca 
no Líbano, onde os egípcios iam em busca de madeira.
Os romanos têm papel grandioso na história. Eles estenderam 
seus domínios até o mar do Norte, fundaram Londres, 
desenvolveram bastante a navegação, e tinham dois ditos que 
poderíamos chamar hoje de valores: “navegar é preciso” e “todos 
os caminhos levam a Roma”. A supremacia que foi romana não 
seria possível sem a prática de armazenagem e distribuição, 
levando riqueza para todo o país.
Por outro lado, os vikings, piratas saqueadores, atuantes entre 
séculos VI e IX, foram conhecidos pela história somente como 
possuidores de grande poderio bélico e vastos conhecimentos 
de navegação, mas não tinham conhecimento de armazenagem, 
não juntaram riqueza, saqueavam e consumiam tudo que 
possuíam; eram verdadeiros predadores.
Havia praticamente o monopólio de especiarias no século XI. 
O Império de Veneza e Gênova virou uma potência no comércio 
graças aos conhecimentos de armazenagem e comercialização.
Papiro: planta encontrada na 
margem do rio Nilo; os egípcios a 
utilizavam para produzir uma espécie de 
papel, o papel papiro, que na época era 
muito utilizado.
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Nos séculos XV e XVI, os escandinavos construíram 
entrepostos e dominaram o comércio ao longo da Escandinávia, 
Holanda e Alemanha.
Já no século XV, o poderio comercial está com a Península 
Ibérica, que, na busca por fortalecer o Império, espalhou 
entrepostos comerciais em diversos pontos da rota de 
navegação.
Na segunda metade do século XVIII, a Revolução 
Industrial multiplicou rapidamente a geração de riqueza. 
Surgia nesse momento a visão de produzir em grande escala, 
a produção em massa; a armazenagem passou a ser ainda 
mais relevante.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os países 
estavam em reconstrução, as trocas comerciais entre os 
países eram frequentes como nunca. Assim, as técnicas de 
armazenagem nos portos eram agora essenciais, pois o tráfego 
marítimo cresceu rapidamente, impondo modernizações e 
racionalização no uso das restritas áreas de armazenagem 
portuárias. Desde então a armazenagem não parou de se 
desenvolver.
1.3 Conceitos
A armazenagem tem o papel de administrar duas coisas 
importantíssimas: o espaço e o tempo. O espaço nunca é 
suficiente, é sempre escasso; não podemos ampliar espaço 
sempre que necessário, pois isso implica custos. O tempo é 
tão escasso quanto, mas considera-se ainda mais complexo 
gerenciá-lo.
Então o que é armazenagem?
Resumidamente, armazenagem é a imobilização de uma 
mercadoria entre dois movimentos consecutivos.
Entrepostos: espécie de armazém 
localizado estrategicamente entre duas 
cidades com interesses econômicos.
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Rodrigues (2008) afirma que é
o processo logístico responsável por gerenciar 
eficazmente o espaço tridimensional de um local 
adequado e seguro, colocado à disposição para a 
guarda de mercadorias, que serão movimentadas 
rápida e facilmente, com técnicas compatíveis às suas 
respectivas características, de forma a preservar a sua 
integridade física e entregando a quem de direito no 
momento que for necessário.
Para melhor entendimento, vamos interpretar essa 
definição:
1. O que é utilizar melhor o espaço tridimensional?
Algo muito importante para a armazenagem é a seletividade 
e a densidade; seletividade é a facilidade de ter acesso aos itens 
estocados, e densidade é o volume x peso estocado no espaço. 
Então, ao mesmo tempo em que se deve ter facilidade de acesso 
aos itens, devemos garantir ainda que se aproveite melhor o 
espaço do armazém.
Esticar os prédios onde os itens ficam estocados não é 
possível, temos que buscar estratégias que os tornem mais 
eficientes. Como acontece na produção, o armazém tem sua 
capacidade operacional, quando essa capacidade é alcançada, os 
itens são estocados uns sobre os outros nos corredores, nas docas 
de embarque e áreas de espera; o resultado é muita dificuldade 
e lentidão nas operações. Assim, o excesso de material em um 
armazém é algo muito ruim e interfere no fator tempo.
2. O que é um local adequado e seguro?
A armazenagem antes de ser “bonitinha” deve ser funcional, 
um local adequado, o que significa a escolha de um local que 
garanta fácil acesso, na logística de materiais chamamos de 
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“seletividade”. Além de seletividade é necessário que se garanta 
que o produto armazenado estará do mesmo jeito na hora em 
que for consumido. A segurança é uma preocupação constante 
dos operadores logísticos, e as perdas com itens armazenados 
devem ser as menores possíveis. Exemplo de insegurança no 
armazém: local em que o sol, a água da chuva danifiquem os 
produtos, em que o acesso para colocar ou retirar os itens de 
estoque seja difícil, proporcionando risco de queda.
3. O que é movimentação rápida e fácil?
Os itens estocados devem respeitar o critério de uso, de 
peso, de custo, entre outros. Nesse sentido, a classificação ABC 
proporciona indicação de onde estocar cada item. Os itens de 
classificação A na movimentação é o item de maior uso, com 
maior giro, e seu posicionamento deve ser em local próximo à 
porta. Em relação ao peso, os itens mais pesados ficariam na parte 
de baixo, minimizando os riscos e fazendo com que os operadores 
andem menos na hora de localizar um item em estoque.
1.4 Princípios da armazenagem
A armazenagem tem um papel estratégico nas operações 
logísticas. Seu objetivo é obter alguns princípios básicos como:
• Planejamento:
— Para que o processo de armazenagem cumpra seu papel, 
é necessário avaliar previamente a área disponível para 
estocagem a fim de planejar a aquisição dos itens a 
armazenar. Devem-se verificar as efetivas condições 
de espaço, equipamentos, mão de obra para receber, 
controlar e entregar adequadamente, respeitando 
todos os aspectos como natureza, peso, tamanho, 
características de manuseio e de segurança. Tudo deve 
ser programado antecipadamente para que as ações 
ocorram de maneira mais tranquila.
E armazém, o que vem a ser?
É o local onde os materiais ou 
produtos são recebidos, classificados, 
estocados e expedidos.
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Observação: Esse planejamento é prejudicado quando 
os setores comerciais, de compras, de produção e de estoque 
não se conversam, quando cada um planeja de acordo 
com suas convicções sem se preocupar com quem está na 
próxima etapa.
• Flexibilidade operacional:
— Um armazém deve proporcionar a adaptação de 
corredores, docas, portas e equipamentos disponíveis 
nos espaços de estocagem, recebimento e expedição; 
tudo isso é importante para receber com facilidade 
diferentes produtos que requeiram diferentes 
equipamentos ao mesmo tempo. Deve-se garantir ainda 
que se possa expedir e receber ao mesmo tempo.
Observação: Você pode se perguntar: É necessário 
receber e expedir ao mesmo tempo? Para tal, é necessário 
que se tenham espaços específicos para cada operação. 
Há um local de recebimento e outro para expedição, 
isso exige maior espaço, mais mão de obra, mas garante 
maior produtividade, tanto para receber como para 
expedir. É indicado para empresas que precisem de maior 
movimentação.
• Simplificação:
— A armazenagem deve ainda proporcionar a 
implantação ou adaptação de arranjo físico de 
uma área de armazenagem, considerando as 
características dos equipamentos disponíveis, a 
posição das docas, portas e corredores. Isso com 
o objetivo de simplificar ao máximo o fluxo de 
entrada e saída das mercadorias, de modo a buscar 
maior produtividade possível, sem criar gargalos e 
minimizando os já existentes.
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Observação: Essa simplificação busca criar espaços 
para que as empilhadeiras, paleteiras e os veículos se 
movimentem sem prejudicar um ao outro, a ideia é facilitar 
todas as operações.
• Integração:
— Em um armazém, é fundamental que as ações sejam 
integradas, que se saiba, por exemplo, o que se vai 
receber no dia seguinte, para onde o setor de comprasenvia um espelho de pedidos. Assim, posso programar as 
ações de recebimento, preparar os espaços necessários 
para a estocagem, reservar pessoas para a operação.
• Otimizar espaço físico:
— No processo de armazenagem, otimizar o espaço físico 
significa aproveitar da melhor maneira possível os 
espaços disponíveis e ao mesmo tempo proporcionar 
a fácil movimentação da maior quantidade possível 
de mercadoria em uma mesma área de armazenagem, 
é claro que respeitando a capacidade volumétrica da 
área.
A produtividade de uma linha de produção é mensurado 
por quantidade produzida, a produtividade de um vendedor 
é a quantidade vendida, a produtividade de um armazém é 
mensurado pela quantidade de itens recebidos, estocados 
e expedidos, quanto mais vezes fizer isso, maior será sua 
produtividade.
• Otimização de equipamentos e mão de obra:
— Um layout estratégico e um mapa de localização 
bem-definido proporcionam que os equipamentos 
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e as pessoas usem sua capacidade máxima, 
para que se faça mais com menos desgastes. 
Quando se posicionam, por exemplo, os itens de 
maior movimentação mais próximos da saída, as 
empilhadeiras se movimentam menos, gastam 
menos combustíveis, menos tempo etc.
• Verticalização:
— A verticalização é uma técnica muito utilizada, é uma 
forma de ampliar o pé direito. Isso significa que a altura 
está sendo ampliada ou melhor utilizada. Isso porque 
é mais barato crescer para cima do que para os lados 
(horizontalização), o que requer aquisições de plantas; 
a verticalização não requer aquisição de imóveis, mas 
exige equipamentos especiais.
Veja exemplo de um equipamento que facilita a operação 
em uma estrutura verticalizada:
Transelevador
 
Fonte: Scheffer Logística. Disponível em: <www.schefferlogistica.com.br>.
http://www.mecalux.pt/external/products/pt-PT/prod-mt0-ilu-11134.jpg
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Esses dois modelos exemplificam bem um sistema 
verticalizado e as dificuldades de operação que temos, como 
acesso aos itens, agilidade para movimentação, segurança dos 
materiais e dos funcionários. Essas dificuldades são minimizadas 
pela utilização de equipamentos adequados.
• Mecanização:
— Um armazém deve levar em consideração as 
possibilidades de mecanização, de maneira que os 
custos sejam cobertos pelo ganho nas operações.
Um bom exemplo desenvolvido pela Schefer Logística e 
Automação é o carregador lateral:
Carregador lateral
Fonte: Schefer Logística e Automação. Imagem captada de um vídeo disponível 
em: <www.schefferlogistica.com.br>.
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Um sistema como esse agiliza, e muito, o processo de 
expedição das caixas de bebidas. Esse equipamento foi 
desenvolvido para carregamento de cargas unitizadas em 
paletes, com carregamento pela lateral do caminhão, podendo 
ser carregado simultaneamente todos os paletes em uma única 
operação, reduzindo o tempo de carga e descarga.
Elevador monta-carga
Fonte: ibidem.
Esse equipamento facilita a movimentação dos materiais de 
um pavimento para outro de maneira rápida e segura.
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Transelevador automático
Fonte: ibidem.
Um equipamento como esse proporciona agilidade na 
seleção de itens no armazém. Para que um item seja acessado, 
o operador posiciona automaticamente o equipamento, dando 
as coordenadas dos itens a serem acessados de acordo com o 
endereçamento.
• Controle:
— O processo de controle nas atividades de um gestor é 
o que garante a sustentabilidade da operação. Assim, 
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deve-se acompanhar sistematicamente um adequado 
meio de registro dos recebimentos, tempo de descarga, 
quantidade recebida, tempo de conferência, tempo em 
que as cargas ficaram armazenadas, fazer inventário 
físico de mercadorias etc.
• Segurança:
— A área de armazenagem deve ser protegida com 
sistemas que garantam a integridade física tanto das 
mercadorias armazenadas quanto da mão de obra, 
deve proporcionar a segurança das instalações e dos 
equipamentos e a proteção da saúde financeira da 
empresa, mantendo as equipes de trabalho treinadas 
para eventuais emergências.
• Custo:
— Toda essa operação deve custar o mesmo que a média 
de mercado, se se gastar mais do que o mercado 
está gastando, não se justifica o investimento, pois a 
concorrência gastará menos fazendo o mesmo que você.
CASE
Uma empresa distribuidora de brinquedos está enfrentando 
sérios problemas na operação de seu depósito. A área de 
armazenagem não é adequada, o prédio precisa de reformas, 
e as estruturas porta-paletes não têm nenhum tipo de 
identificação de endereçamento. O recebimento e a expedição 
estão subdimensionados, e quase todos os dias há a necessidade 
de horas extras para atender aos pedidos.
A área de vendas tem reclamado constantemente porque 
não consegue visualizar o estoque no momento do pedido e 
promete prazos de entregas que não são cumpridos ou mesmo 
vende produtos sem estoque.
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Pontos importantes de estocagem para gestão de 
armazenagem
Todos os princípios discutidos até aqui são perceptíveis quando 
partimos para a prática. Enxergar essas práticas no planejamento de 
layout e/ou plantas de um armazém garante a boa funcionalidade do 
empreendimento. Vamos aqui conhecer as técnicas para elaboração 
de layout e alguns termos técnicos bastante utilizados.
Para a elaboração e/ou construção de um armazém, o 
planejamento requer pensar em alguns pontos como:
• Dimensões do armazém
As dimensões do armazém são as medidas existentes 
em seu interior, como largura, profundidade e altura, 
chamadas aqui de “pé direito”. Essa dimensão aponta a 
área interna tridimencional e a capacidade volumétrica 
inicial do armazém. É importante frisar capacidade inicial, 
pois a capacidade real de armazenagem será diferente, isso 
porque temos as áreas para movimentação de mercadorias, 
movimentação de equipamentos, áreas de segurança etc. 
Mas, mesmo sendo a capacidade incial, é uma informação 
indispensável para planejar a armazenagem.
• Planta
Contém informações importantes, que fazem parte do 
planejamento operacional do espaço. A chamada planta 
baixa do prédio identifica escritórios, instalações elétricas, 
hidráulicas e sanitárias, pontos de iluminação e respectivas 
capacidades, redes de combate a incêndio,entre outros.
• Layout operacional
A planta desenvolvida precisa agora ser estruturada de maneira 
que o armazém seja funcional. O termo layout operacional é 
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dado ao arranjo físico de uma área de armazenagem, levando 
em conta a separação das pilhas, a facilidade de acesso aos 
volumes e o fluxo de tráfego dos equipamentos. Um layout 
estratégico, combinado com criação de fluxos, previamente 
planejado traz algumas vantagens:
— Racionalização no uso da área de armazenagem: 
em que cada área é utilizada de maneira a ser mais 
produtiva. Deve-se buscar a maior utilização da 
metragem quadrada e cúbica.
— Simplificação na movimentação de volumes: em que 
cada SKU – stock keeping unit – fica estocado em 
posições estratégicas de acordo com a movimentação, 
com as características de cada SKU.
— Reduzir o tempo perdido dos equipamentos: cada 
empilhadeira ou paleteira deve ser otimizada, pois 
equipamento parado significa que foi feito investimento 
desnecessário.
— Racionalizar o uso de mão de obra: em que se busca a 
redução do esforço e das movimentações de pessoas. 
Devem-se buscar reduzir os gargalos e minimizar a 
distância de viagem e os tempos de realização das 
tarefas. Deve-se, também, minimizar as vezes que um 
produto é tocado, pois, cada vez em que for tocado, os 
custos vão subir.
— Reduzir as possibilidades de avarias: fazer com que 
tudo seja pensado para ter menos movimentação; com 
produtos em locais adequados, as chances de perdê-los 
por avarias serão menores.
Vimos as vantagens de um layout operacional e o que se 
deve buscar para atingi-lo. Mas o que levar em conta para 
definir um layout operacional?
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Tendo conhecimento do tipo de produtos com os quais se 
vai trabalhar, os volumes previstos para hoje e para o futuro 
devem definir:
• Portas de acesso – devem-se definir a quantidade, 
medidas e localização, para facilitar o acesso, a fim de 
receber e expedir os itens.
• Docas – local de embarque e desembarque de caminhões 
–, deve-se apontar a quantidade de docas, se as docas 
de recebimento e expedição serão juntas ou separadas; 
devem-se pensar nos espaços para circulação dos 
caminhões e evitar gargalo no encontro de caminhões 
que estão chegando e saindo.
• Ruas internas do armazém – devem-se pensar na 
disposição e largura das ruas e definir a largura dos 
corredores internos no sentido longitudinal e das travessas 
dos corredores no sentido transversal. Os equipamentos 
utilizados interferirão diretamente nas larguras das ruas, 
a não ser que se escolha equipamentos de acordo com a 
largura das ruas.
• Localização, medidas e capacidade volumétrica da 
praça, que é o total das áreas do armazém realmente 
destinada ao empilhamento de mercadorias, pois o 
armazém tem outras áreas que não necessariamente 
estarão estocando mercadorias.
• Localização, medidas e capacidade volumétrica das 
coxias, que é cada uma das zonas de empilhamento na 
praça; após descontar os corredores e outros espaços não 
disponíveis, é o que se pode chamar de área útil.
• Localização, medidas e capacidade volumétrica do 
xadrez, que são as áreas reservadas à guarda segura de 
mercadorias de alto valor agregado.
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— Deve-se pensar ainda na localização, dimensão e 
capacidade volumétrica e dispositivos de segurança 
das áreas destinadas à segregação de mercadorias 
perigosas (classes IMO1 de 1 a 9).
— Em alguns casos, é importante pensar ainda na 
localização, dimensão e capacidade das áreas destinadas 
à ova e desova de contêineres.
• Condições e resistência estrutural do piso – é o limite 
máximo de peso que um metro quadrado do piso pode 
suportar sem se deteriorar, é expresso em t/m².
Com todos esses pontos, podemos iniciar a montagem ou 
organização de um armazém com mais segurança, mas, para 
termos um caminho a seguir, vamos observar as etapas no 
projeto de um armazém:
1. Análise da cadeia logística.
2. Análise da função básica do armazém na cadeia logística.
3. Determinação das premissas básicas da logística, como:
a. estratégia de atendimento ao cliente;
b. nível de serviço;
c. política de estoque.
4. Análise do fluxo de materiais e determinação da localização 
física do armazém.
5. Análise do sistema de armazenagem de materiais frente 
às necessidades futuras, considerando as operações de:
a. recebimento;
b. estocagem;
1International Maritime Organization (Organização Marítima 
Internacional). Visite sua página na internet, disponível em <http://www.
imo.org>.
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c. separação de pedidos;
d. expedição.
6. Determinação dos requisitos funcionais de cada provável 
recurso operacional, como equipamentos e instalações.
7. Análise preliminar de viabilidade técnica e econômica 
para as estimativas iniciais.
8. Pesquisar as alternativas de mercado que atendam 
aos requisitos funcionais e às premissas do sistema de 
armazenagem.
9. Analisar as alternativas disponíveis; deve-se fazer uma 
análise de valor das alternativas.
10. Escolha da melhor alternativa logística para o processo 
logístico, para o processo de armazenagem, levando em 
consideração parâmetros qualitativos e quantitativos.
1.5 Localização de um armazém
Um bom projeto de armazém se torna mais funcional 
quando respeita critérios de escolha do local. Após definidas as 
premissas logísticas básicas, como visto anteriormente, vamos 
iniciar agora o projeto de localização física; devem-se levar em 
consideração toda a análise da cadeia logística da empresa e 
ainda a função que a armazenagem terá na cadeia.
Para se falar em análise da cadeia logística, temos que 
saber e entender quem são os elos participantes do negócio: 
De quem você recebe material? Como o recebe? Qual a 
frequência com que recebe? Que volume recebe? Que tipo 
de veículo traz as mercadorias? Que tipo de material recebe? 
Quanto tempo o item precisa ficar estocado? Quantos 
pedidos são separados por dia? Qual o volume de expedição? 
Quais recursos a expedição terá? Para quem você enviará os 
itens? Que volume será enviado para cada cliente? E com 
que frequência? O transporte é próprio ou terceirizado? E 
os custos de distribuição?
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Quando se fala em função da armazenagem na cadeia 
logística, temos levar em consideração as intenções de 
atendimento aos clientes. Se se quer atender, por exemplo, 
a todos os clientes na região Sudeste do Brasil em um prazo 
de 8 horas, os estoques não poderiam se concentrar em 
um armazém central, visto que não teria infraestrutura 
de distribuição físicaque possibilitasse o atendimento ao 
cliente como pretendido. Isso levando em consideração que 
o modal a ser usado fosse o rodoviário.
Assim como critério de escolha na localização, podemos 
trabalhar as pretensões da empresa ou reformular as estratégias 
de armazenagem como:
• Em vez de atender 100% dos clientes em 8 horas, podemos 
atender 90% dos clientes ou somente os clientes de 
classificação A e B.
• Em vez de utilizar armazém centralizado, podemos 
trabalhar descentralizando ou, em outras palavras, ter 
armazéns mais próximos dos clientes.
• Podem-se utilizar mais de um canal de distribuição e/ou 
variar os meios de transportes.
Assim sendo, a localização física deve ser constantemente 
avaliada por meio de uma administração logística que acompanhe 
parâmetros ou indicadores logísticos que apontem as variações 
quantitativas e qualitativas da localização física, de maneira 
que justifique o investimento feito, indicando o momento de 
mudança de local ou a escolha por um local de implantação.
Saiba mais
Como critérios de localização, podemos definir duas 
partes importantes:
• A macrolocalização: define a melhor a região geográfica, 
como estado e cidade; entretanto, é importante lembrar 
que um estado pode ser bastante grande, o que obriga 
a uma definição mais precisa.
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• A microlocalização: avalia parâmetros mais específicos 
daquela região e possibilita a melhor escolha do local, 
como qual bairro, distrito industrial, em fim, qual o local 
específico em que o armazém deve ser localizado.
Como dito anteriormente, devemos levar em consideração 
parâmetros quantitativo e qualitativo. Vejamos cada um deles:
1.6 Parâmetros quantitativos na localização 
física
Na tomada de decisão para a localização física do armazém, 
é importante levar em consideração:
• custos de importação;
• os impostos estaduais e municipais, que podem variar 
muito de um local para outro, e esses custos podem ser 
decisivos na escolha;
• custos de portos;
• locação de espaço de estocagem intermediária;
• custos de transportes;
• transporte porto-armazém;
• transporte aeroporto-armazém;
• transporte armazém-principais clientes;
• custos de armazenagem;
• depreciação das instalações e dos equipamentos de 
armazenagem;
• aluguel de armazenagem e equipamentos;
• manutenção do armazém e dos equipamentos;
• custo do capital investido;
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• custo de mão de obra;
• custo de segurança;
• custo de comunicação;
• custos administrativos;
• encargos tributários;
• oscilação dos custos em função dos volumes.
Considere que esses são alguns dos parâmetros considerados 
em projetos de localização de armazém, que podem variar de 
negócio para negócio. E como são dados quantitativos, não 
se trabalha somente no “achômetro”, os números apontam e 
auxiliam nas decisões.
1.7 Técnicas de localização
Método do centro de gravidade
É uma técnica de posicionamento que procura o ponto em 
que se tenha menor custo de entrega de acordo com os volumes 
entregues e com o posicionamento dos clientes. É importante levar 
em consideração também o posicionamento dos fornecedores 
principais, pois isso terá impacto nos custos totais de logística. 
O conceito centro de gravidade relaciona-se à local de atração 
estratégico, ponto central de atuação, é o ponto que concentraria 
as atuações da empresa de maneira mais econômica e ágil.
Vejamos:
Esse quadro abaixo representa uma área a ser atendida:
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Temos aqui uma área dividida em quatro quadrantes, sendo 
que no quadrante 1, temos um cliente; no quadrante 2, temos um 
cliente; no quadrante 3, temos dois clientes; e, no quadrante 4, 
temos quatro clientes. Para agilizar as operações de entrega, qual é 
o quadrante ideal para instalar o armazém? Você deve ter pensado 
em responder que seria o quadrante 4, mas vamos ter calma, pois 
precisamos saber os volumes consumidos por região, não somente 
o número de clientes. Imagine que a empresa venda um volume de 
100 t/ano e que 70 toneladas são consumidas pelos clientes dos 
quadrantes 1 e 3 e que o restante é consumido em quantidades 
iguais pelos outros dois quadrantes. Percebe que mudaria o ponto 
de vista? Nessa situação, 70% das suas operações estariam nos 
quadrante 1 e 3. Para reduzir tempo de entrega e custos, seria 
estratégico estar próximo desses clientes. Assim o centro de atração 
ou de gravidade seria a região entre os quadrante 1 e 3.
Essa localização não pode ser unicamente visual, existem 
fórmulas matemáticas para encontrar o ponto da gravidade, 
não somente para armazéns, mas para vários objetivos, como: 
localização de fábrica, localização de armazém, localização dos 
postos de serviços, entre outros, não importa o que se quer 
buscar, o conceito e a aplicação são os mesmos.
Vamos visualizar isso.
Acesse Google Maps, digite Casas Bahia, e a imagem obtida será:
Fonte: <http://maps.google.com.br>.
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Observe no mapa que temos bolinhas, cada bolinha 
representa uma loja Casas Bahia. É possível perceber onde se 
concentra uma grande quantidade de lojas? Imagine a riqueza 
na hora de decidir a localização dos centros de distribuição. 
Recentemente a rede inaugurou um CD – centro de distribuição 
– em São Bernardo do Campo em São Paulo, com o intuito de 
atender todo o ABC e litoral paulista.
Além de fórmulas matemáticas, podemos resumidamente 
apontar uma maneira simbólica.
A partir da mesma ideia mostrada anteriormente, pegue 
uma chapa de madeira, que tenha aproximadamente a área da 
região a ser atendida.
Pegue mapa da região:
São José do 
Rio Preto
Ribeirão 
Preto
Araraquara
Bauru
Campinas
Sorocaba
Vale do 
Ribeira
Santos
Grande 
São Paulo
São José 
dos Campos
Marília
Presidente 
Prudente
Araçatuba
Fonte: <http://festivaldebesteirasnaimprensa.wordpress.com/tag/serra/>.
Cole essa imagem em uma chapa de madeira, faça buracos 
na localização dos clientes ou dos fornecedores, pode ser tanto 
para um como para outro, depende dos objetivos da empresa. 
Em cada um dos buracos, coloque um barbante, transpassando 
para o outro lado, dê um nó na ponta do barbante, pendure 
na ponta de cada barbante pesos que sejam equivalentes aos 
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volumes transacionados em cada região, posteriormente procure 
o ponto onde a madeira fique balanceada sobre a ponta de uma 
vara, esse ponto será a localização ideal, o centro de gravidade.
Vejamos modelo do método do centro de gravidade:
Fonte: Banzatoet. al. 2003, p. 94.
Tecnicamente, podemos fazer:
Cx
dix Vi
Vi
= ∑∑
*
Cy
diy Vi
Vi
= ∑∑
*
Em que:
Cx – coordenada x no eixo horizontal do centro de gravidade.
Cy – coordenada y no eixo vertical do centro de gravidade.
dix – coordenada x – é a distância horizontal a partir do 
ponto zero.
diy – coordenada y – é a distância vertical a partir do ponto.
Vi – volume de bens movimentados em cada um dos pontos.
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Esse método tenta responder ao grande problema: Onde 
localizar um armazém intermediário entre as fábricas e os 
distribuidores e ainda com mínimos custos de transportes 
envolvidos?
Vejamos um exemplo:
Pegamos o mapa da região a ser considerada, no caso o 
Estado de São Paulo, determinamos escalas de 100, de forma 
que toda a região seja contemplada tanto na horizontal como 
na vertical.
Assim, é possível dar a localização da fábrica e de todos os 
distribuidores, vejamos:
Fábrica: posição 630-330
Distribuidores:
Presidente Venceslau: 120-510
Bauru: 410-470
Franca: 590-650
São José dos Campos: 720-350
Para completar o raciocínio, vamos supor que a fábrica 
em São Paulo tenha distribuído no ano 15,5 toneladas de um 
produto da seguinte maneira:
• Presidente Venceslau: 2,5 toneladas;
• Bauru: 5,5 toneladas;
• Franca: 3,0 toneladas;
• São José dos Campos: 4,5 toneladas.
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Assim sendo, temos que apontar a melhor posição para o 
armazém, seguindo a seguinte fórmula:
Cx
dix Vi
Vi
= ∑∑
*
 para encontrar o ponto no eixo X.
Cy
diy Vi
Vi
= ∑∑
*
 para encontrar o ponto no eixo Y.
No cruzamento de X e Y, será o ponto ideal para o 
armazém.
Primeiro, vamos calcular o eixo X.
Pegamos as distâncias em X para cada um dos pontos e 
multiplicamos pelos volumes transacionados pelos pontos:
Dix 
posição em X 
Vi 
Volume 
Dix 
(posição x volume)
Fábrica 630 15,5 9.765
Presidente Venceslau 120 2,5 300
Bauru 410 5,5 2.255
Franca 590 3,0 1.770
São José dos Campos 720 4,5 3.240
Total 31 17.330
Para encontrar o Cx – que será o ponto no eixo X –, vamos 
dividir a ∑ (dix . Vi) pela ∑ Vi: 17.330 / 31 = 559.
Agora, vamos calcular o Y:
Da mesma maneira, vamos pegar a distância em Y para cada 
um dos pontos e multiplicar pelo volume transacionado em 
cada um deles:
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Diy 
posição em Y 
Vi 
Volume 
Diy 
(posição x volume)
Fábrica 330 15,5 5.115
Presidente Venceslau 510 2,5 1.275
Bauru 470 5,5 2.585
Franca 650 3,0 1.950
São José dos Campos 350 4,5 1.575
Total 31 12.500
Para encontrar o Cy – que será o ponto no eixo y –, vamos 
dividir a ∑ (diy . Vi) pela ∑ Vi: 12.500 / 31 = 403.
Então, as coordenadas indicam que a posição do armazém 
ideal seria 559 em X e 403 em Y.
100 200 300 400 500 600 700 800 X
10
0
20
0
30
0
40
0
50
0
60
0
70
0
80
0
Y
Fábrica
Distribuidores - 
clientes
Fonte: S. M. S. Localização-alocação de instalações com sistemas de informações 
geográficas e modelagem matemática. Itajubá, 2007. Dissertação (Mestrado 
em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de 
Produção. UNIFEI, 2007. Adaptado pelo autor.
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Redes de múltiplos depósitos
Tende-se a utilizar o modelo citado quando se tem apenas 
um depósito central, mas com a ajuda de um computador é 
possível fazer simulações com múltiplas áreas, usando os 
mesmos critérios.
1.8 Parâmetros qualitativos na localização
Além dos critérios matemáticos utilizados até aqui, os aspectos 
qualitativos são essenciais. Esses aspectos são decisões que cada 
empresa toma de acordo com suas convicções. São pontos que 
dariam uma vantagem competitiva em relação ao mercado:
• nível serviço – % de serviços atendidos, é um parâmetro 
de qualidade na prestação de serviços;
• tempo de desembaraço;
• tempo de incorporação dos itens ao estoque – referente a 
tempo de recebimento –, conferência e estocagem;
• tempo de atendimento;
• proximidade aos grandes clientes;
• facilidade de acesso;
• frequência de navios;
• riscos de greves (portos e aeroportos);
• disponibilidade de transportadoras;
• facilidade de despachantes;
• leis de zoneamento;
• congestionamento de trânsito na região;
• proximidades dos fornecedores;
• capacitação do pessoal da região.
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Esses são apenas alguns parâmetros qualitativos, não se 
referem a custos nem a investimentos, mas são tão importantes 
que muitas empresas decidem o posicionamento dos armazéns 
considerando apenas esses parâmetros, pois eles afetam a 
imagem da empresa, a velocidade de atendimento, a qualidade 
de vida e a motivação no trabalho.
2 DEFINIÇÕES DE ESTRUTURA DE ARMAZÉM
2.1 Capacidade estática
Na implantação ou ampliação de um armazém, é preciso 
que a capacidade de operação fique bem definida, uma das 
capacidades necessárias é a capacidade estática.
A capacidade estática pode ser calculada de maneira hipotética, 
multiplicando a área do piso pela resistência estrutural.
Vejamos:
Um armazém foi estruturado de forma que a resistência 
estrutural do piso fosse de 10,0 t/m², e ele tem as seguintes 
dimensões:
40 m
120 m
Área do piso: 120 m x 40 m = 4.800 m²
Resistência estrutural do piso: 10,0 t/m²
Capacidade estática = 4.800 m² x 10,0 t/m² = 48.000 t.
Capacidade estática é o limite 
máximo nominal de carga que uma 
área pode receber simultaneamente, 
expressa em toneladas.
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Esse cálculo é apenas um parâmetro inicial, pois na prática há 
outros fatores que influenciarão na capacidade de armazenagem. 
Perceba que o ponto de partida para o cálculo da capacidade 
estática são as dimensões da área de armazenagem, mas fatores 
como características de movimentação, dimensões, relação 
volume/peso, altura máxima de empilhamento e a necessidade 
de separação entre os lotes vão influenciar diretamente no 
cálculo da capacidade de estocagem.
Vejamos uma situação, imagine 1.000 toneladas de uma 
mercadoria de baixa densidade, ou seja, grande volume e baixo 
peso, isso pode lotar completamente um armazém. Se for uma 
mercadoria com elevada densidade, poderá receber 10.000 
toneladas e ocupar o mesmo espaço que 1.000 toneladas.
Encontrar a capacidade estática de umaárea de armazenagem 
depende basicamente de três fatores, que veremos a seguir:
• praça útil ou área útil;
• altura de empilhamento;
• fator de estiva.
Praça útil
Chamamos de praça útil de armazenagem o conjunto total de 
espaços realmente destinados à armazenagem e não a área total 
de pisos (Rodrigues 2008). Em busca da área que efetivamente 
estará disponível para armazenagem, devemos deduzir da área 
total do piso todos os espaços não utilizáveis, como corredores, 
pilastras e colunas, escritórios, banheiros, refeitórios, espaços de 
segurança ao redor das pilhas etc.
Devemos ainda levar em consideração as ações operacionais 
da empresa, alguns armazéns ou pátios podem ter áreas 
reservadas para pesagem, conferência, separação e reembalagem. 
Essas áreas são consideradas como áreas não utilizáveis.
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Vejamos um exemplo, um armazém foi estruturado de forma 
que apresentasse as seguintes dimensões:
40 m
120 m
Área do piso: 120 m x 40 m = 4.800 m²
Para iniciar o cálculo, devemos levar em consideração 
também os fatores legais, tais como:
Norma Regulamentadora n° 11 do Ministério do 
Trabalho: transporte, armazenagem e manuseio de 
materiais:
11.3 Armazenamento de materiais.
11.3.1 O peso do material armazenado não poderá 
exceder a capacidade de carga calculada para o piso.
11.3.2 O material armazenado deverá ser 
disposto de forma a evitar a obstrução de 
portas, equipamentos contra incêndio, saídas de 
emergências etc.
11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado 
das estruturas laterais do prédio a uma distância 
de pelo menos 0,50 m (cinquenta centímetros).
11.3.4 A disposição da carga não deverá dificultar 
o trânsito, a iluminação e o acesso às saídas de 
emergência.
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11.3.5 O armazenamento deverá obedecer aos 
requisitos de segurança especiais a cada tipo de 
material.
Assim, a exigência é de no mínimo 50 cm, mas, para melhorar 
as ações operacionais, como espaço necessário para as pessoas 
circularem em torno das pilhas para vistoriá-las e eventualmente 
para solucionar algum problema, vamos considerar os espaços 
para tais atividades de 1,0 metro de largura ao redor do perímetro 
do armazém.
38 m
118 m
A nova área seria de: 118 m X 38 m = 4.484 m².
Antes a área era de 4.800 m² – houve uma redução de 316 m².
Agora, já descontada a área em torno do armazém, vamos 
supor a necessidade de um corredor longitudinal com 8 metros 
de largura.
38 m
118 m15 m
118 m corredor 8 m
15 m
Qual é a área disponível agora?
Vamos calcular a área do corredor. Perceba que será uma 
área não armazenável, abateremos da área anterior, e ainda 
vamos abater todas as áreas não estocáveis.
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Área do corredor longitudinal: 118 m x 8 m = 944 m².
Agora vamos supor que seja necessário três corredores 
transversais de 6,0 metros de largura cada.
38 m
118 m15 m
118 m corredor
15 m
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c 
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r 
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d 
o 
r
Qual foi a área perdida agora com os três corredores?
38 m x 6,0 m = 228 m² em cada corredor, como temos 3 
corredores: 3 x 228 = 684 m².
Entretanto, perceba que temos a intersecção dos corredores 
que já foram contabilizados, não podemos abater a mesma área 
duas vezes, vamos abater essa área:
A intersecção tem dimensões de 8 m por 6 m = 48 m² em 
cada corredor, como temos 3 corredores: 3 x 48 = 144 m².
Assim, o valor correto a bater seria de 684 m² – 144² = 540 m².
Agora, vamos considerar que as instalações destinadas a 
escritórios, banheiros e outras funções administrativas ocupem 
uma área de 12,0 m x 6,0, como ficaria a área a ser abatida?
38 m
118 m15 m
118 m corredor
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Escritório
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Área do escritório: 12,0 m x 6,0 m = 72 m².
Assim, qual é a área útil?
Temos, então, 316 m dos corredores laterais + 944 m do 
corredor longitudinal + 540 m dos corredores transversais + 
72 m das áreas administrativas = 1.872 m² a ser abatido do 
armazém de 4.800 m².
Área útil: 4.800 – 1.872 = 2.928 m².
Em uma análise percentual, a área aproveitada corresponde 
a 61 % da área total.
(2.928 / 4.800) X 100 = 61%
O mercado considera ideal uma utilização superior a 70%, o 
que aponta a necessidade de ajustes, pois a operação deve ser 
eficiente e rentável para a empresa como um todo.
Para esses ajustes, é necessário considerar os equipamentos 
utilizados, pois não se pode reduzir a largura dos corredores se 
as empilhadeiras não conseguirem trafegar por eles. Mas seria 
uma possibilidade reduzir o corredor longitudinal de 8,0 m para 
6,0 m, e os corredores transversais de 6,0 para 4,0 m. Qual seria 
a área a ser acrescida na área já calculada?
A área recuperada contará com redução do corredor 
longitudinal, de 8,0 m de largura para 6,0 metros.
118,0 m de comprimento X 2,0 m, que é a área reduzida: 
236,0 m² recuperados.
Área recuperada com os corredores transversais: 38,0, que 
é a largura do armazém, x 2,0, que é a área reduzida em cada 
corredor: 76,0 m² x 3, que é a quantidade de corredores, é igual 
a 228,0 m² recuperados.
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A intersecção seria de 2,0 m, que é a área recuperada, x 6,0 
m, que é a largura do corredor longitudinal, o que é igual a 12 
m² por corredor, que x 3, é igual a 36.
Então, o total da área recuperada seria: 236 + 228 – 36 = 
428,0 m².
Assim, se se acrescentar esse valor recuperado (428) na área 
útil anterior, que era de 2.928, teríamos 3.356, a porcentagem 
de uso seria:
3.356/4.800 = 69,91 % de uso, arredondando, 70%.
EXERCÍCIOS
1. O que causa a falta de identificação ou endereçamento no 
armazém dessa empresa?
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________ 
2. As atividades de recebimento e expedição estão 
subdimencionados. O que isso quer dizer? Por que se 
precisa de horas extras?
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
3. Quais as sugestões para minimizar esses problemas?
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________39
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6. Uma empresa que diminui as larguras dos corredores e 
diminui a quantidade de corredores no armazém trará 
quais impactos ao armazém?
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
7. Um estoque que atue com itens de elevada densidade 
consome mais ou menos espaço? Justifique.
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
8. Como a boa gestão de um armazém pode proporcionar 
maior competitividade para a empresa?
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
 ___________________________________________
Observação: É importante que você responda com suas 
palavras para depois comparar com o padrão esperado.
Resolução dos exercícios
1. Um armazém sem identificação ou endereçamento faz 
com que ninguém saiba onde está cada item, para separar 
um pedido perder-se-á grande tempo na localização dos 
mesmos. Criará dificuldades para armazenar novos itens, 
pois não há definição prévia; assim, é possível que se tenha 
o mesmo item estocado em mais de um lugar, o que faz 
com se leve mais tempo que o necessário para a reposição, 
a separação de pedidos ou o deslocamento dos itens para 
linha de produção. Dessa forma, o giro de estoque será 
prejudicado, o tempo de estocagem vai ser maior, elevando 
os custos, criando atrasos em entregas, entre outros.
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2. Quer dizer que a capacidade de recebimento e de 
expedição diária não é conhecida, não se sabe quanto se 
pode fazer por dia; assim, estão tanto com recebimento 
quanto expedição em excesso, não tendo condições de 
cumprir dentro do expediente com as obrigações. As 
horas extras completam as operações, porém ampliam os 
custos. É causado pela falta de planejamento e integração 
entre os setores da empresa.
3. Deve-se fazer um planejamento da área, a fim de 
adequar o espaço aos itens e aos volumes recebidos. 
Quando se recebem produtos acima da capacidade 
de estocagem e da capacidade de operar, pode-se 
trabalhar com a integração, buscando alinhar as ações 
de todas as áreas envolvidas, como compras, vendas etc. 
A otimização do espaço físico também é outra medida 
importante, o que implica a criação de espaços para cada 
item estocado e de endereçamento e identificação dos 
itens. Um processo de verticalização poderia ampliar a 
capacidade de estocagem. As operações de controle de 
recebimento e expedição, emitindo relatórios diários 
das ocorrências, poderiam trazer maior visibilidade aos 
problemas. A automação também seria outra solução 
importante, pois a tecnologia auxilia muito nas ações 
de um armazém.
4. Aumentará a capacidade de armazenagem, a ocupação 
será maior, mas pode interferir na seletividade e rapidez 
de movimentação.
5. Consome menos espaço, pois seriam itens mais pesados e 
menos volumosos.
6. Reduzindo o tempo de espera de um cliente, cometendo 
menos erros, reduzindo os custos. Agilidade no atendimento 
ao cliente e retidão é o que vai diferenciar uma empresa 
da outra.
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Saiba mais
Receita Federal
Créditos de PIS e Cofins sobre frete
Decisão relatada pelo ministro Herman Benjamin, da 2ª 
Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), publicada em 
abril deste ano, vedou aos contribuintes o direito aos créditos 
do PIS e da Cofins na base de cálculo dessas contribuições 
relativos a despesas com fretes na transferência entre filiais 
(Resp 1.147.902). A medida causou enorme insegurança às 
empresas que fazem uso desses créditos.
O referido acórdão tomou como base o objeto social 
da recorrente que, no caso, tratava-se da operação 
de transferência entre filiais de empresa dedicada à 
comercialização de produtos e mercadorias. Aliás, hipótese 
essa que não possui qualquer previsão legal para permitir a 
dedução.
Essa jurisprudência consolida diversas decisões 
manifestadas pelo Conselho Administrativo de Recursos 
Fiscais (Carf), que tem declarado a inexistência de direito 
ao creditamento na apuração da base de cálculo das 
contribuições, alegando que esse gasto não corresponde a 
serviços utilizados como insumo na produção ou fabricação 
de bens ou produtos destinados à venda.
O cerne da questão jurídica gira em torno do conceito 
de insumo que, em uma definição simplificada, é aquilo 
que compõe o processo de industrialização (input), em 
contraposição ao produto (output), que é o que sai ao fim.
Assim, os fretes decorrentes da transferência entre filiais 
de insumos necessários para produção de bens ou produtos 
destinados à venda poderá ser descontado da base de cálculo 
do PIS e da Cofins, pois compõem o custo de fabricação e 
industrialização das empresas.
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Como exemplo, ilustramos operações comuns nas 
empresas, em que os gastos de fretes permitem o uso do crédito 
para atender a característica da não cumulatividade dessas 
contribuições, é o caso de uma filial fabricante de tecido que 
o transfere para outra com o objetivo de tingi-lo, ou quando 
uma filial exploradora de minerais transfere o mineral bruto 
extraído para ser tratado na indústria normalmente distante 
– filiais que industrializam os produtos que serão vendidos -, 
nos termos do artigo 3º, inciso II, da Lei nº 10.833, de 2003.
Além do frete correspondente às transferências de insumos 
necessários à produção, há também o frete correspondente à 
transferência da fábrica produtora para sua filial armazenadora, 
geralmente centro de distribuição ou similar, para os produtos 
ficarem mais próximos do mercado consumidor. Em realidade, 
essas situações conferem direito ao crédito de PIS e Cofins 
pelos motivos que explicaremos em seguida.
Nesses casos de transferências para filiais armazenadoras, 
na verdade trata-se de despesa na venda de produto já 
produzido, portanto, um ciclo mediato de comercialização 
superveniente à produção do bem demandado por motivos 
logísticos, prático e de tempo, entre o trecho da fábrica ao 
estabelecimento do cliente comprador.
Essas despesas são mero adiantamento do frete cobrado 
entre a unidade fabril até seu cliente final e, portanto, são 
gastos com vendas que não se identificam com o processo 
de transformação ou produção dos bens e produtos, mas 
sim estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura 
comercial da empresa.
Ademais, salientamos que no voto do relator, ministro 
Herman Benjamin, ele sinalizou afirmativamente para 
o direito ao crédito quando mencionou equiparação às 
despesas de frete em operações de venda.
Contabilmente, registre-se que a despesa de frete (venda) não 
é sinônimode custo ou de insumo e não é relacionada ao processo 
produtivo dos bens ou serviços, mas sim com a manutenção das 
atividades comerciais da empresa sendo, portanto, nesse caso 
aplicado o inciso IX do artigo 3º da Lei nº 10.833.
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MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
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Partindo dessa premissa, a despesa de frete na venda 
pode ocorrer de diferentes formas, que variam consoante a 
estratégia de vendas adotada pela empresa.
Pode ocorrer de forma direta quando, por exemplo, um 
fornecedor de São Paulo vende para um cliente na Bahia, 
esse frete, corresponde à despesa de venda e compõe os 
créditos abatidos ou descontados da base de cálculo do PIS/
Cofins não cumulativos, com fundamento no inciso IX do 
artigo 3º da Lei nº 10.833, ocorre porque o frete compõe o 
preço de venda do produto e é um gasto necessário para a 
obtenção de faturamento.
Por outro lado, advém a forma indireta quando o mesmo 
fornecedor de São Paulo vende por meio da operação de 
consignação ao cliente na Bahia e, com vistas a facilitar seu 
fornecimento, constitui uma filial no estabelecimento desse 
cliente – esta situação é comum, ocorrendo quando o cliente 
busca ter o menor estoque possível e/ou em circunstâncias 
just-in-time. Assim, o produto sai do fornecedor de São 
Paulo, via transferência (ocorre o frete) e, a partir da 
necessidade de produção e/ou comercialização do cliente, 
há o faturamento do produto.
Outro exemplo ocorre quando o fornecedor de São 
Paulo transfere o produto para armazenagem na Bahia para 
habilitar a entrega do produto a ser vendido naquele Estado 
com maior rapidez.
De todas essas formas, o frete é ônus suportado pelo 
vendedor, que comporá o preço de venda ao cliente e, por 
este motivo, será base de cálculo do PIS e da Cofins.
Qual é a diferença entre os processos? Nenhuma, pois 
a consequência comercial é rigorosamente a mesma. Sob 
o aspecto temporal, no entanto, essa venda tornou-se 
efetiva em duas fases como melhor estratégia de logística 
(indireta), enquanto aquela se realizou numa única fase 
(direta), usufruído de direito ao crédito com base no inciso 
IX do artigo 3º da Lei nº 10.833.
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Concluímos, considerando as circunstâncias 
anteriormente elencadas, que a despesa de frete nas 
transferências de insumos entre diferentes unidades fabris 
é também um componente “insumo” – crédito nos termos 
do artigo 3º, inciso II, da Lei nº 10.833. Outra conclusão é 
que a despesa do frete nas transferências de produtos para 
centros de distribuição, depósito ou armazém é despesa 
de vendas, pois a operação é realizada com esse propósito 
e o ônus é suportado pelo vendedor, permitindo, então, o 
direito ao creditamento de tal despesa com o frete conforme 
previsão no inciso IX do artigo 3º da Lei nº 10.833.
Fonte: Valor econômico 16/07/2010. Disponível em <http://www.jusbrasil.com.
br/noticias/2284457/creditos-do-pis-e-da-cofins-referentes-ao-frete>.
Resumindo
Os conceitos de movimentação e armazenagem são 
a direção para atingir a missão logística, que é dispor 
a mercadoria certa no local certo e do jeito certo. Vê-se, 
assim, a importância de um armazém na cadeia logística.
A evolução da armazenagem deve ser acompanhada 
pelo profissional de logística; devem-se conhecer os 
princípios da armazenagem e os equipamentos que agilizem 
as operações.
Pontos importantes:
• dimensões da armazenagem;
• plantas de armazéns;
• layout operacional;
• localização de um armazém;
• parâmetros na localização;
• técnicas de localização;
• capacidade estática.

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