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A tradição popular da missa do Vaqueiro

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A tradição popular da missa do Vaqueiro
Maria do Livramento de Mesquita Holanda[1: Economista, Formada pela Universidade federal do Piauí – UFPI. hmlmphb@gmail.com.]
Maria Samara Ribeiro de Carvalho[2: Acadêmica do curso de Bacharelado em Turismo da Universidade Federal do Piauí – UFPI. samara.roses@hotmail.comm]
Resumo
Apresentam-se, neste texto, os aspectos relativos à tradição popular da missa do vaqueiro tendo como objetivo principal uma análise desta pratica cultural e religiosa para a comunidade local onde é inserida. Assim como Retratar a missa do vaqueiro no como uma tradição popular local, descrevendo a vaquejada como uma festa cultural social popular ligada as tradições da região conectada a história do seu povo e averiguando a missa do vaqueiro em seus aspectos históricos para as tradições regionais.
 Palavras-chave: Tradição; Religião e Cultura
1 Introdução
Iniciaremos contando um pouco sobre a cultura popular, pois através dela a história e tradições de um povo ou região pode ser descrita. As expressões e manifestações populares possui todo um contexto regional e local da qual domina toda uma identidade cultural ligada ao meio em que vive, ao conhecer a cultura de um lugar fortalecemos as heranças históricas desta localidade em si ou região, assim podemos ligar as tradicionais festas religiosas em um contexto para buscar os objetivos históricos sobre a missa do vaqueiro. 
Segundo Chartier (1990) a cultura popular é a expressão mais legítima e espontânea de um povo ou povoado. Ao mesmo tempo em que carrega em si elementos fundadores de uma cultura, resulta de um constante processo de transformação, assimilação e mistura. Deste modo falamos também que a vaquejada seja considerada uma cultura histórica popular social, pois está ligada diretamente a população local, como forma de uma relação que faz parte de maneira histórica e tradicional que liga várias expressões das pessoas de determinada região ou localidade.
2. REVISÃO DE LITERATURA
No Brasil do século XIX, comenta que a cultura em todos os termos seguia uma linha de raciocínio que interligava intelectuais, folclore, antropólogos, sociólogos, educadores e artistas que demonstrava uma determinada preocupação com a construção de identidade cultural brasileira. Segundo Barros, (2011, p.39) Em linhas gerais, pode-se dizer que as diversas correntes identificáveis no âmbito da História Cultural relacionam-se a diálogos interdisciplinares mais específicos, envolvendo as relações da História com outros campos de saber, como a Antropologia, a linguística, a psicologia ou a ciência política.
Conectando todos esses termos podemos dizer que De acordo com Azevedo, (2008, p.3) fala que cultura popular Tal sistema reúne um conjunto imenso de manifestações e existe paralelamente à cultura oficial. Porém, ao contrário desta, se desenvolve de forma caótica, espontânea e não programada, sendo construído no dia-dia da vida cotidiana. A cultura popular é diversificada, heterogênea e heterodoxa e apresenta as mais variadas facetas e graduações nas diferentes regiões do país. Pode-se dizer que sua produção costuma ser expressão de cada contexto onde se desenvolve. Melhor seria trata-la no plural: culturas populares.
A cultura popular pode estar figurada no âmbito social ou não, que por sua vez são recuperados nas representações sociais ou não, tradicionais locais e regionais, o que a conecta e se identifica com cultura popular na qual pode juntar tradição de cada indivíduo a sua localidade e região, pois através das manifestações populares, ligadas a diversos fatores como religião, festas, festejos, crenças dentre outras coisas, mantemos vivos a memória histórica da cultura popular local, valorizando as tradições e transmitindo-as de geração para geração, pois é muito amplo os conceitos sobrea “cultura” e o “popular” fazendo com que não se trate simplesmente de uma linha de pensamento e sim de todo uma filosofia ligada ao povo, suas raízes e história regional (LOSSIO E PEREIRA, 2007).
Conforme o antropólogo cultural Luigi Satriani ( 1986, p.41):
A cultura é “complexo dos modos de vida, dos usos dos costumes, das estruturas e organizações familiares e sociais, das crenças do espírito, dos conhecimento e das concepções dos valores que se encontra em cada agregado social: em palavras mais simples e mais breves toda atividade do homes entendido como ser dotado de razão”.
Assim podemos interligar e contextualizar todo uma história de cultura popular as tradições locais do festejo e a festa missa do vaqueiro do povoado de Camuripim, e indagaremos como a cultura as tradicionais festas e festejos que se conecta as memorias locais e regionais populares que abrange a toda região, pois ao se tratar de festas e festejos sobre a missa do vaqueiro, conseguimos com isso discorre de uma tradição popular que ocorre só no nordeste. 
Indagaremos deste modo que os festejos, festas e a história da cultura mantem ligados aos ancestrais e vivo como forma de cultura popular através da ideia de festas, atingindo toda uma região ou localidade. Com isso conectamos e falaremos que de acordo com que disse Silva (2009, p.1) sobre práticas culturais e religiosas sertanejas: A Festa do Vaqueiro, dia do novenário dedicado e organizado pelos vaqueiros, analisada a partir da ótica da cultura, denota a manifestação e a manutenção, além da invenção, de práticas culturais e religiosas sertanejas nas cidades piauienses [...] Demonstrando, assim, que mesmo nos espaços urbanos persistem traços da cultura vaqueira, a qual delineou e definiu as conformações sócios culturais [...] A festa é, ainda, momento de reencontro de gerações e de rememoração dos acontecimentos e histórias transcorridas na cidade, posto que as pessoas que migraram escolhem, em geral, este dia para retornarem a sua cidade natal. Esta análise, fundamenta-se em: produções históricas sobre cultura popular; observação e registro da ocorrência da festa nas cidades piauienses; e, relatos orais de organizadores da festa na cidade de Brasileira. 
A história da cultura vaqueira, da colonização e extensão social geográfica do estado do Piauí, compreende toda uma narrativa histórica que se vincula não só a figura social do Vaqueiro, trata-se de toda um enredo que envolve toda atividade econômica piauiense até consolida o estado. Ao descrever sobre a narrativas históricas que envolver todas as questões citadas até agora, destaca-se os séculos XVII e XVIII, em que discorre conquistas de território dos Sertões, pois fala da lida com o gado e o caminho percorrido pelos conquistadores piauiense (SILVA, 2009). 
Podemos indagar que, vaqueiro neste contexto de cultura popular e tradição, descreve-se como uma figura que de acordo com Vieira, (2007.p.12): 
O vaqueiro carrega na cabeça um chapéu simples ou adornado com marcas feitas a ferro quente, em forma de uma cuia, com dois cordões paralelos e em lados opostos que são amarrados ao queixo. O tronco é revestido por duas peças um pára-peito que se estende até a cintura e um gibão, mais parecido com paletós, ou seja, com mangas que se estendem até os pulsos. Em épocas de festas utiliza-se uma espécie de colete que recobre as costas e o resto do tronco, estes geralmente feitos com lã original, às vezes, branca, malhada, negra ou marrom. O dorso das mãos é protegido por luvas e deixam livres os dedos por debaixo do couro, para o manuseio das rédeas do cavalo. Nas pernas sobre uma calça comum, vestem perneiras fixadas na cintura, soltas na extensão do corpo, estendendo-se desde a virilha até o início dos pés, deixando livre o movimento total das pernas. Nos pés utiliza-se alpercata simples ou trançada ou ainda botinas de cano curto. Além do homem a vestimenta se estende ao cavalo, que é também recoberto por peças de couro, cobrindo a face, o peito, o pescoço e metade das pernas que, às vezes, são encobertas por couro para também protegê-lo das caatingas mais difíceis de penetrar.
Nesse contexto desenhamos o ser chamado vaqueiro, que não só possuiem sua figura visual como em toda sua forma de vestimenta e comportamento ligado a cultura popular histórica da região nordeste e suas heranças que são passadas de geração para geração, em que as tradições que este expõe por todo um senário nordestino, é demonstrada e colocada para todo um imaginário popular, que por sua vez toda essa vestimenta e aparência é utilizada para proteger não só a si mesmo como também seu cavalo, demonstrando a sua coragem, força e agilidade.
As vaquejadas como cultura popular, tem seus primeiros relatos e conhecimento ou alguma semelhança sobre esta prática por volta de 1810, mesmo não sendo a tradicional como atualmente conhecemos, por esta época tinha uma atividade que aparentava as “vaquejadas”, conhecida como a derrubada de vara de ferrão onde tinha em Portugal e Espanha sua origem, em que o peão manipula uma vara para segurar o boi (SILVA, 2007).
A prática da derrubada do gado pelo rabo, a vaquejada propriamente dita, é exclusivamente nordestina, e que tem na região de Seridó (uma região interestadual localizada no sertão nordestino do Brasil, que envolve vários municípios do estado do Rio Grande do Norte e da Paraíba) sua tradição, pois como a vegetação local e regional não proporcionava o uso da vara por ser muito acidentado e de mata fechada forma os pioneiros na pratica de derrubar o boi pelo rabo (SILVA, 2007).
Historicamente a cultura da vaquejada e do vaqueiro está ligada a imagem do sertão nordestino, a fé e suas tradições é com este senário do agreste nordestino que a figura do vaqueiro que tem em sua definição ser um “pastor ou guardador de gado” que se iniciaremos a pesquisa sobre o tema em questão, assim como peça fundamental do processo de ampliação do nordeste e a cultura da criação de gado como força econômica desde o chamado “ciclo do gado” até o período contemporâneo da região. A tradicional vaquejada, que teve sua origem na cultura do pastoreio, mantem em sua tradição e costume da população nordestina o entusiasmo e conexão a imagem do vaqueiro. Atualmente divulgada e conhecida no mundo todo, incentivando e mantendo a tradição local da região (VIERIA, 2007).
O Piauí tem em sua vegetação características que o conecte a toda região nordestina tendo as quatro classes: caatinga, cerrado, floresta estacional semidecidual e mata de cocais. Mesmo tendo como principais habitantes os indígenas o estado do Piauí tem em sua história de povoamento e colonização por volta do século XVII, também como em algumas outras regiões um começo pelo interior na época em que os vaqueiros que chegaram vindos, sobretudo da Bahia para procurar pastos. O estado possui como atividade econômica pôr a época colonial em baseava na criação de gado, no cultivo de algodão o que mantem até os dias atuais que era pro esse tempo considerado o melhor do Brasil, na cana de açúcar, no fumo, atualmente abrange a indústria química, têxtil, de bebidas, na agricultura o algodão, arroz, cana de açúcar, mandioca e a pecuária extensiva e na prestação de serviços e comercio (PACIEVITCH, 2008 ).
Dentre lendas e tradições do Estado piauiense junto a vaqueja entre outros costumes são passados de geração para geração e envolve mitos, danças, poesias, musicas, festas e festejos populares. As manifestações culturais vinda de todo canto do Estado não diferi de nenhum lugar, dizemos assim que essa sintonia ligada a festa da missa do vaqueiro do povoado de Camurupim se conecta as questões citadas anteriormente. 
Deste modo podemos indagar e falar do surgimento dessa imagem do “vaqueiro”, a estrada percorrida por este e toda ocupação da região nordestina, agreste e sertão foi realizada através do vaqueiro, que se formava muitas vezes por escravos e posseiros que não tinha força econômica no território em que morava, no caso o nordeste, e eram protegidos por “um senhor” ou fazendeiro de grande poder e posses que deixavam nas mãos destes as suas fazendas, assim esses pequenos “posseiros” ou pecuaristas uma cultura que persiste atualmente, criavam e cuidava de pequenas propriedades onde pagavam impostos anualmente ao grande proprietário uma relação indireta no uso da terra pagando em renda-trabalho ou produto (VIEIRA, 2007).
Por este período, os pecuaristas não tinham na criação de gados sua principal ocupação, outros camponeses do sertão nordestino, destinava-se a uma agricultura e cultivação de outros agregados e alimentos como o milho, feijão, mandioca e algodão, fornecendo as propriedades maiores e a população local. Segundo Vieira (2007) O cultivo da agricultura constituiu-se desde os primórdios da ocupação do interior em produção dependente e de pouca renda no sertão, sendo uma atividade econômica mais importante no agreste onde há maior ocorrência de água para o cultivo. No sertão a agricultura restringia-se a pequenos roçados, inicialmente cultivados pelos próprios vaqueiros, por sua família ou por agregados da fazenda. Isto porque os donos das fazendas não se preocupavam em enviar alimentos para os trabalhadores em áreas de pasto mais distantes.
Em boa parte do século XX, a pecuária era considerada uma atividade bastante importante mesmo sento de forma ainda intensiva, fazendo com que as criações de gado fossem criadas soltas nas pequenas propriedades junto a vegetação natural da região do sertão nordestino, pois o gado era resistente ao clima local, da caatinga, estes por sua vez era chamado e denominado de crioulo ou pé-duro devido a sua rusticidade e ausência de raça especifica (MENEZES E ALMEIDA, 2006).
Segundo Andrade (1986, P.122) destaca:
 O animal bravio selvagem, o “barbatão”, ou seja, o gado bovino que é criado nos matos, se tornou bravio que logo ganhava fama, atraindo os vaqueiros mais em sua perseguição. Para a sua captura convocavam-se vaqueiros das várias ribeiras que em verdadeira festa iam perseguir o animal bravio. O que o derrubava, além de grande fama recebia como prêmio, ou o animal vencido, ou uma importância em dinheiro.
Desde modo falaremos das festividades ou festas relacionadas a vaquejada, uma manifestação da cultura popular da região nordeste que era para encerrar o trabalho que o vaqueiro fazia com o gado: marca, castrar, tratar as feridas dentre outros, assim a festa da apartação como era chamada ou a separação do gado fazia parte do processo para a vaquejada. A parti da década de 1940 foi se popularizando fazendo com que atualmente haja dezenas de parques de vaquejada no nordeste todo, com isso diversos vaqueiros do Nordeste vinham para participar da Corrida de Mourão, com essa divulgação os coronéis e senhores de engenho começaram a preparar torneios de vaquejada, assim sendo do decorrer dos anos tornou-se competições com calendários e regras definidas, fazendo também que hoje em dia seja considerada recreativa-competitiva com características de esporte em toda região nordeste (SILVA, 2007).
Assim interligamos as tradições de vaqueiro, vaquejada e festas ou festejos relacionados, a este tipo de cultura popular histórica e tradição, estará sempre com uma conexão e de alguma forma direta ao seu trabalho diário heranças de antigos sistemas de produção e às relações de determinada época, às quais se acrescentam também as crenças religiosas. As festas no sertão e, mais especificamente, as festas dos vaqueiros estão ligadas diretamente ao ciclo do gado na região, retratando, especificamente o ardo serviços destes vaqueiros ao lidar com o gado, roça, chão com todo o senário que o cercam.
Podemos demonstrar com isso que o povoado de Camurupim, não diferi de todo este senário citado anteriormente, pois se trata de um interior, do nordeste que está mais especificamente na cidade de Luís Correia, situada no estado do Piauí, uma zona rural do município que tem como festejo principal a tradicional missa do vaqueiro que reuni centenas de pessoas, vaqueiros ou não, chamando atenção de toda a regiões próximas, inclusive de vaqueiros de todas as faixas etárias, que se preparam nas ruas do povoado (SILVA, 2014).
Com todo um “ritual” de preparo, os vaqueiroscomeçam desde cedo antes mesmos das 7horas da manhã com um café, que seguido de uma oração. Esta tradicional festa e tradição local teve como início uma igrejinha de taipa, onde atualmente tem outra estrutura e tem mais de 108 anos, realizada todo mês de Agosto, parada e após algumas décadas foi restabelecida, pela iniciativa da família Cabrinha, a história do festejo da Padroeira Nossa Senhora da Assunção junto a missa do vaqueiro e a cavalgada retornou e tornou-se um símbolo ligada a tradição  da população local e do povo sertanejo da região meio norte do Estado do Piauí, que conta não só com a presença de vaqueiros da comunidade da zona rural de Luís Correia e do povoado de Camurupim, mais também recebe como visitantes para a festa da missa do vaqueiro outras cidades próximas como: Parnaíba, Bom Princípio, Cajueiro da Praia, assim como também de estados vizinhos destacando Chaval no Ceará (SILVA, 2014).
Indagamos a missa do vaqueiro, que tem em sua possível essência e celebração com informações de história divulgada de forma oral relatos do interior do nordeste que se conecta até o sertão cearense. Essa celebração vem para homenagear, algum vaqueiro que faleceu independentemente da causa de sua morte, esse ritual, mistura de fé, religião, herança e tradição vem para abençoar os vaqueiros e seus cavalos finalizando a homenagem com a vaquejada e festas (VIEIRA, 2007).
Deste modo podemos descrever que a missa da igreja está relacionado com fatos históricos que envolver toda uma figura religiosa que abrange todo povo piauiense, nordestino, brasileiro e a população mundial onde conta com as heranças passadas de pais para filhos através das festas de vaquejada, celebrações ligadas a outras festas e festejos, fé religiosa, músicas entre outras coisas culturais regionais e locais, onde possui todo um apelo histórico que conta com vários temas, em que possui características únicas. Assim ligamos a missa como parte da cultura tradicional desde épocas passadas aos dias atuais, fazendo com que se torne fonte de inspiração para os temas relacionados com vaquejada, vaqueiro e missa do vaqueiro.
A “missa” tem sua definição e origem segundo Luís (2008) como:
“A Celebração Eucarística, comumente conhecida por Missa, foi instituída por Cristo na noite de Quinta-feira Santa, antes de morrer. Pegando no pão e no vinho, deu graças, abençoou-os e distribuiu-os aos discípulos, dizendo: «Tomai: isto é o meu Corpo. (...) Isto é o meu sangue» (Mc 14, 22.24). No fim pediu-lhes que repetissem esse gesto em Sua memória. Assim fizeram os discípulos de Jesus, os primeiros cristãos, e sempre sucessivamente, até chegar aos nossos dias. No entanto, o ritual da Missa passou por algumas alterações até estar como hoje o conhecemos. Desde os primórdios que se manteve praticamente a mesma estrutura, que divide a celebração em dois momentos essenciais: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística.”
Deste modo descrevemos todo um contexto de analises citadas sobre o conceito de cultura popular, baseando-se desse conceito de que está sempre entrelaçada as tradições de crenças e heranças sobre a missa do vaqueiro. Podemos dizer com isso o quão é importante manter as memorias regionais e locais. 
3. REFERÊNCIA
MENEZES, Sônia de Souza Mendonça. ALMEIDA. Maria Geralda. A REPRESENTAÇÃO CULTURAL DA VAQUEJADA RESISTE NO SERTÃO SERGIPANO DO SÃO FRANCISCO. Disponível em < http://www.neer.com.br/anais/NEER2/Trabalhos_NEER/Ordemalfabetica/Microsoft%20Word%20-%20SoniadeSouzaMendon%C3%A7aMenezes.pdf> Acessado em: 07 de Abril de 2016
Vieira. Natã Silva. CULTURA DE VAQUEIRO: O SERTÃO E A MUSICA DOS VAQUEIROS NORDESTINOS. Disponível em < http://www.cult.ufba.br/enecult2007/NataSilvaVieira.pdf >Acessado em 07 de Abril de 2016
SILVA, Geysa.TRADICIONAL CAVALGADA DO CAMURUPIM REÚNE CENTENAS DE VAQUEIROS EM LUÍS CORREIA. Disponível em < http://www.portalodia.com/municipios/luis­correia/tradicional­cavalgada­do­camurupim­reune­centenas­de­vaqueiros­243599.html > Acessado em: 20 de Fevereiro de 2016
ANDRADE. Manuel Correia de. A TERRA E O HOMEM NO NORDESTE. 5ªEDIÇÃO. SÃO PAULO: ED. ATLAS. 1986.
SATRIANI, Luigi M. Lombardi. ANTROPOLOGIA CULTURAL E ANÁLISE DA CULTURA SUBALTERNA. SÃO PAULO: HUCITEC, 1986.
PACIEVITCH,  Thais. HISTÓRIA DO PIAUÍ. Disponível em < http://www.infoescola.com/historia/historia-do-piaui/ > Acessado em Março de 2016
BARROS, José D’Assunção. A NOVA HISTÓRIA CULTURAL – CONSIDERAÇÕES SOBRE O SEU UNIVERSO CONCEITUAL E SEUS DIÁLOGOS COM OUTROS CAMPOS HISTÓRICOS. Disponível em < periodicos.pucminas.br › Capa › v. 12, n. 16 (2011) > Acessado em 20 de Abril de 2016
AZEVEDO, Ricardo. CULTURA POPULAR, LITERATURA E PADRÕES CULTURAIS. Disponível em < www.ricardoazevedo.com.br/wp/wp-content/uploads/Cultura-popular.pdf> Acessado em 20 de Maio de 2016

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