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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS PARA AV1 – Parte I liberato.finan@gmail.com AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Contextualização: • Complexidade dos controles e das operações empresariais; • Utilização de controles e ferramentas de gestão com base nas ações de Controladoria • Nesse sentido, a disciplina de Administração Financeira proporciona uma visão integradora e multidisciplinar, possibilitando o amadurecimento acadêmico. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Ementa: • Síntese da Administração Financeira; • Risco e Retorno; • Administração Financeira a Curto Prazo; • Financiamento de Longo Prazo. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Objetivos gerais: • Contribuir no desenvolvimento das habilidades e competências necessárias • Compreender as formas de riscos de investimento e financiamento da organização. • Contribuir para a melhoria e aprimoramento do desempenho empresarial. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Objetivos específicos: • Compreender os diversos tipos de riscos de investimentos. • Gerenciar o capital de giro de uma empresa. Identificar as fontes de financiamento de capital próprio / terceiros AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Bibliografia básica: • ROSS, Stephen A; WESTERFIELD, Randolph W; JORDAN, Bradford D. Princípios de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2002. • GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006. • LEMES JÚNIOR, Antônio Barbosa. RIGO, Cláudio Miessa. CHEROBIM, Ana Paula Mussi Szabo. Administração Financeira: Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2010. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Bibliografia complementar: • SANVICENTE, ANTONIO ZORATTO. ADMINISTRACAO FINANCEIRA. 3.ed Sao Paulo:Atlas - Ribeirão Preto, 1995. 283p • ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto TIBÚRCIO. Administração do Capital de Giro. 3a ed,. São. Paulo: Atlas, 2002. • ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey F. Administração financeira Corporate finance. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. • GROPPELLI, A. A. & NIKBAKHT, E.. Administração financeira. Rio de Janeiro, Saraiva, 2006. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Avaliação: AV1 – Aproximadamente 8 aulas + Revisão: 50% AV2 – Aproximadamente 5 aulas + Revisão: 50% (Provas do Banco de Questões) AV3 – 1 aula de Revisão. (Provas do Banco de Questões) Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Papel do administrador financeiro Desempenham diversas tarefas financeiras, tais como: . Planejamento e orçamentos; . Concessão de crédito a clientes; . Avaliação de projetos de investimentos; . Administração de caixa; . Captação de fundos para financiar as operações da empresa etc. Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Funções típicas do administrador financeiro: Desempenham diversas tarefas financeiras, tais como: . Planejamento e controle financeiro; . Analise das decisões sobre investimentos; . Decisões de financiamentos Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Função da administração financeira Como a maioria das decisões numa empresa é avaliada em termos financeiros, a administração financeira desempenha um papel essencial. Em todas as áreas de responsabilidade, as pessoas têm necessidade de conhecimentos básicos da função de administração financeira. A área de finanças precisa estar em constante sintonia com as demais áreas da entidade. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Administração Financeira Administração Geral Contabilidade Marketing Produção Função da Administração Financeira Sistema de Informação Vendas Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Oportunidades Profissionais • Analista financeiro – Responsável pelo preparo dos planos financeiros e orçamentários. Incluem a previsão financeira, a análise financeira de desempenho e o trabalho em conjunto com a contabilidade. • Gerente de orçamento de capital – Responsável pela avaliação e recomendação de propostas de investimentos em ativos. Pode se envolver nos aspectos financeiros da implementação de investimentos aprovados. 13 Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA • Gerente de projetos de financiamento – Em grandes empresas, consegue o financiamento para investimentos em ativos. Coordena consultores, banqueiros de investimento e assessoria jurídica. • Gerente de caixa – Responsável por manter e controlar os saldos diários de caixa da empresa. Freqüentemente, gerencia as atividades de cobrança e desembolso de caixa e investimentos a curto prazo, assim como coordena empréstimos a curto prazo e relações com bancos. 14 Oportunidades Profissionais Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA • Analista/gerente de crédito – Administra a política de crédito da empresa através da avaliação de solicitação de crédito, extensão de crédito, assim como monitoramento e cobrança de contas a receber. • Gerente de fundos de pensão – Em grandes companhias, é responsável pela supervisão geral e administração de ativos e passivos do fundo de pensão dos empregados. 15 Oportunidades Profissionais ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS regulares Prof. Nylvandir LIBERATO Principais PJ’s: q Empresário Individual (Firmas Individuais); q Sociedades Empresarias por Quotas; q Sociedades Anônimas; Personalidades Jurídicas - PJs ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS regulares Prof. Nylvandir LIBERATO Conceito: O empresário individual (anteriormente chamado de firma individual) é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. Empresário Individual (Firmas Individuais) ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS regulares Prof. Nylvandir LIBERATO Principais características: Ø Um único responsável será também o único beneficiário; Ø Muito adotada até a década de 70; Ø Atualmente, caiu em desuso devido questões trabalhistas e tributárias; Empresário Individual (Firmas Individuais) ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS regulares Prof. Nylvandir LIBERATO Principais características: Ø Possui ao menos 2 proprietários que serão sócios; Ø Contrato Social dividindo o Capital Social em quotas ou quinhões de capital; Ø Em caso de dívidas não pagas na PJ, os sócios respondem com patrimônio pessoal ao limite de suas participações; Ø Mais utilizada pelas pequenas empresas; Sociedades Empresárias por Quotas ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS regulares Prof. Nylvandir LIBERATO Principais características: Ø Possui ao menos 2 proprietários que serão sócios; Ø Estatuto Social dividindo o Capital Social em ações; Ø Considerada a PJ de capital mais democrático, por permitir acesso através de aquisição de ações; Ø Mais utilizada pelas grandes empresas, por permitir alternativa de financiamento através de captação de recursosem novas ações; Sociedades Anônimas ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS regulares Prof. Nylvandir LIBERATO Pode existir como: Ø S/A de capital fechado – quando as ações são negociadas apenas entre um grupo restrito de sócios; Ø S/A de capital aberto – quando as ações são negociadas livremente nas bolsas de valores. Sociedades Anônimas ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Ações ordinárias - Ação ordinária – verdadeiros proprietários da empresa são os acionistas ordinários. A eles são assegurados apenas uma coisa: que eles não podem perder mais do que investiram na empresa, esperando se compensado com dividendos adequados. - As ações ordinárias podem ser vendidas com ou sem valor nominal. - Cada ação ordinária dá o direito ao portador a um voto. 22 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares - Valor Nominal – valor relativamente pro forma, estabelecido em estatuto, normalmente em torno de R$ 1,00. - Sem Valor Nominal – a empresa emite ações sem valor nominal, onde o valor ou registro das ações determina nos livros ao preço que foram vendidas. 23 Ações ordinárias ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares - Ações autorizadas – O estatuto social de uma empresa define o número de ações autorizadas que ela pode emitir. A empresa não pode vender mais ações do que o estatuto autoriza sem obter a aprovação através da votação dos acionistas. Estas ações se tornam ações em circulação quando são subscritas pelo público. Se a empresa recompra qualquer uma de suas ações emitidas, essas são registradas como ações em tesouraria (e mostradas como uma dedução do capital próprio no BP da empresa). 24 Ações ordinárias ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Ações Preferenciais - Dão a seus portadores certos privilégios que os tornam superiores aos acionistas ordinários. Devido a esse fato, as empresas geralmente não emitem grandes quantidades de ações preferenciais. - Os acionistas preferenciais recebem um rendimento periódico (fixo). - São muitas vezes consideradas "quase-dívidas”. - Têm primazia sobre os acionistas ordinários com relação à distribuição de lucros e distribuição de ativos, assim como não recebem normalmente privilégios de voto. - Nos níveis de governança corporativa listados na Bovespa existem alguns direitos de acionistas preferenciais. - A emissão de ações preferenciais sem direito a voto, não pode ultrapassar 50% do total das ações emitidas – Lei 10.303/01 25 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Rendimentos das ações • Ação é um título de renda variável, oferecendo resultados (ganhos ou perdas) ao investidor baseados no comportamento de seus preços de mercado. • Esses resultados dependem de diversos fatores ligados ao desempenho esperado da empresa emitente, das condições de mercado e evolução geral da economia. 26 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Dividendos • Rendimentos aos investidores: • Dividendos: Representam distribuição de lucros auferidos pela empresa aos seus acionistas, sendo normalmente pagos em dinheiro. • Política de dividendos: reter o lucro visando um reinvestimento ou distribuí-lo sob forma de dividendos. 27 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares • Todos os acionistas (ordinários e preferenciais) têm o direito de receber dividendos em cada exercício, tornando-se uma prática obrigatória para as sociedades por ações. • Na Lei da S.A, os lucros são distribuídos com base no estatuto social, tendo como percentual mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido ajustado no período. Se o estatuto for omisso, 50% desse resultado, devendo os acionistas preferenciais receberem 10% a mais de dividendos que os ordinários. 28 Dividendos ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares • Nas companhias abertas, o dividendo pode não ser distribuído nos exercícios sociais em que ele não seja compatível com a situação financeira da empresa. • Esses lucros não distribuídos são registrados em conta especial, devendo ser pagos como dividendos assim que a empresa tenha condições que lhe permita efetuar o pagamento. 29 Dividendos ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Valorização • A valorização do preço de mercado de uma ação é conseqüência do comportamento de mercado e do desempenho da empresa em determinado período. • Todo investidor especula sobre a possibilidade de ganhos futuros e valorização do papel. 30 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Acionistas Majoritários (Controladores) • São os acionistas que possuem a quantidade de ações com direito a voto que lhe permite manter o controle acionário de uma empresa. 31 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Acionistas Minoritários (não controladores) • São os acionistas que não possuem a quantidade de ações suficientes que lhe permitam controlar uma empresa. 32 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Juros sobre o Capital Próprio • Outra forma de remuneração recebida pelos acionistas no Brasil é o juro sobre o capital próprio, pago pela empresa com base em suas reservas patrimoniais de lucros (resultados de exercícios anteriores que ficaram retidos na empresa), e não com base nos resultados da empresa no período, como os dividendos. • Criado pela Lei n. 9.249/95, veio substituir a correção monetária dos balanços introduzida pela Lei 6.404/76, e extinta em 1995. 33 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares • Pagar juros sobre o capital próprio traz certos privilégios fiscais: as empresas podem deduzir de seu lucro real (lucro tributável) os juros desembolsados a seus acionistas a título de remuneração. • Aplicada a taxa de juros de longo prazo (TJLP) sobre o patrimônio líquido da empresa, e o valor total máximo a ser pago não pode exceder 50% entre o maior dos seguintes valores: 1. Lucro líquido antes do IR, e calculado antes dos referidos juros. 2. Lucros acumulados de exercícios anteriores e registrados em reservas patrimoniais da empresa. 34 Juros sobre o Capital Próprio ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares • A apuração do juro é facultativa a cada empresa, não constituindo obrigação. • Quando calculada e paga aos acionistas, é interpretada como se fossem dividendos previsto na Lei da S.A. 35 Juros sobre o Capital Próprio ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Dividendo x JCP Outras informações: O dividendo representa uma parte do lucro da empresa em um período dividido pelo número de ações. Por sua vez, o JCP (juro sobre capital próprio) é um incentivo criado em 1996 para compensar o fim da correção monetária no balanço das empresas. Por meio do JCP, a empresa remunera o capital dos acionistas até o valor da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). O valor do JCP sofre um desconto de 15% referente à alíquota de Imposto de Renda. O dividendo é isento, já que o lucro líquido da empresa é tributado, ou seja, já desconta o IR antes de chegar ao bolso do acionista. 36 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Outras informações: Algumas empresas preferem pagar JCP por causa de um benefíciofiscal. O valor desse provento é considerado uma despesa financeira. Ou seja, as empresas remuneram o acionista por usar seu capital. No balanço, elas podem abater esse valor e conseguir contabilizar um lucro maior . 37 Dividendo x JCP AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Notas: • a - despesa de Aluguel segue modelo de demonstração do FASB. No Brasil seria incluída em “Gerais e Administrativas”; • b - Alíquota presume outras questões fiscais; • c – Dividindo o Lucro Disponível aos Acionistas Minoritários pela ações ordinárias (2003: 76.262 e 2002: 76.244); • Total de Dividendos pagos Acionistas Ordinários / Qtd. Ações Ordinárias: $ 98.000/76.262 e $ 57.183/76.244. Exemplo DRE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Estruturas de uma S/A 1. Assembléia Geral – - Estrutura supremo da companhia. Convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto, tendo poder para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia. AGO e AGE 2. Conselho de Administração: - Estrutura a quem compete, fixar a orientação geral dos negócios da companhia; - Fiscalizar a gestão dos diretores; convocar assembléia quando julgar conveniente; - Composto no mínimo, por três membros, acionistas, eleitos pela assembléia geral. 3. Diretoria: - Juntamente com o Conselho de Administração, ou isoladamente, compete a administração da companhia; - Pode ser composta por acionistas e não acionistas. (dois ou mais diretores) 39 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares 4. Conselho Fiscal: - Órgão responsável pela fiscalização dos atos de a d m i n i s t r a d o r e s e p e l a v e r i f i c a ç ã o d o cumprimento de seus deveres legais e estatutários; - Formando de três a cinco membros. - Composto por membros (nível universitário). 40 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares CEO – Chief Executive Officer – Presidente ou Diretor-Presidente Responsável pelo gerenciamento do dia-a-dia das operações e por levar adiante as políticas estabelecidas pelo Conselho de Administração. É exigido do CEO que relate periodicamente suas atividades para o conselho de administração da empresa. Manda-Chuva – tem poder sobre tudo e todos – menos sobre o chairman (presidente do conselho), a não ser que seja poderosíssimo e acumule as duas funções. 41 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares CFO – Chief Financial Officer – Diretor Financeiro . Tamanho da empresa -> tamanho e a importância da função da administração financeira. . Empresas de grande porte possuem um departamento em separado onde o CFO tem como subordinados, o diretor tesoureiro e o controller. Diretor tesoureiro – lida com planejamento financeiro, captação de recursos, gerenciamento de caixa, crédito e fundo de pensão. Controller – responsável pela contabilidade financeira e de custos. Pequenas empresas assume a função financeira. 42 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Diferenças básicas entre administradores financeiros e contadores Administradores financeiros – avaliam as D.Cs., desenvolvem dados adicionais e tomam decisões baseados na sua avaliação dos resultados e riscos associados. Eles dão ênfase aos fluxos de caixa para que a empresa cumpra com suas obrigações e alcance seus objetivos. Contadores – fornecem dados sobre as operações passadas, presentes e futuras da empresa. Sua função é produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho da empresa. 43 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ATIVIDADES-CHAVES do ADMINISTRADOR FINANCEIRO 44 Decisões de Investimento Decisões de Financiamento Análise e planejamento financeiros ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Objetivo da empresa e decisões financeiras • Decisões de Financiamento – captação de recursos (a curto e longo prazo). • Decisões de Investimento – aplicações de recursos (investimentos operacionais). “Essas decisões são importantes, pois afetam o sucesso da empresa na consecução de suas metas.” 45 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AMBIENTE ORGANIZACIONAL E OPERACIONAL: Decisões de Investimento: As decisões de investimento do gestor financeiro determinam a combinação e o tipo de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa. Deve também decidir quais são os melhores ativos permanentes e circulantes a adquirir, e saber quando os ativos existentes precisam ser modificados, substituídos ou liquidados. Essas decisões são importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecução de seus objetivos. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AMBIENTE ORGANIZACIONAL E OPERACIONAL: Decisões de Financiamento: Muitas dessas decisões são ditadas pela necessidade, mas algumas requerem u m a a n á l i s e a p r o f u n d a d a d a s a l t e r na t i v a s de f i n anc i amen to disponíveis, de seus custos e suas implicações a longo prazo. Novamente, é o efeito dessas decisões na realização dos objetivos da empresa que realmente importa. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AMBIENTE ORGANIZACIONAL E OPERACIONAL: Decisões de Financiamento: A combinação mais apropriada entre financiamentos de curto e longo prazo deve ser estabelecida. Uma segunda preocupação, é que fontes individuais de financiamento, a curto ou longo prazos, são as melhores, em um dado instante. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS regulares Prof. Nylvandir LIBERATO 49 Ativos Fixos Passivos de Longo Prazo Balanço Patrimonial A t i v os Circulantes P a s s i v os Circulantes Tomando decisões de investimento Tomando decisões de financiamento Fazer análise e planejamento financeiros ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS regulares Prof. Nylvandir LIBERATO Representação Financeira da Empresa 50 ORIGENS DE RECURSOS DE TERCEIROS P a t r i m ô n i o L í q u i d o ORIGENS DE RECURSOS PRÓPRIOS Balanço Patrimonial APLICAÇÕES A t i v o P a s s i v o DE RECURSOS AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AMBIENTE ORGANIZACIONAL E OPERACIONAL Políticas de gestão financeira: Maximização de Lucros: ü Política agressiva de gestão; ü Visa o lucro rápido e no menor prazo possível; ü Menospreza aspectos de risco; AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AMBIENTE ORGANIZACIONAL E OPERACIONAL Políticas de gestão financeira: Maximização de Riquezas: ü Política conservadora de gestão; ü Visa o lucro contínuo com distribuição sistematica; ü Maximiza os aspectos de risco; ü Política que valoriza as ações; ü Preferida dos acionistas. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Interdependência Econômica e Financeira TOMADA DE DECISÃO ECONÔMICO: Relação entre o retorno do Investimento e o custo de Captação. FINANCEIRO: Sincronia entre a capacidade de geração de caixa e o fluxo de desembolsos AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO As atividades do Tesoureiro (fluxo de caixa) e do Controller (contabilidade) estão intimamente relacionados e com frequência, a diferença básica entre finançase contabilidade é que uma está relacionada a fluxo de caixa e a outra está relacionada a tomada de decisão. RELAÇÕES ENTRE FINANÇAS E CONTABILIDADE AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Em geral o contador trabalha com o regime de competência; ele prepara demonstrações financeiras que reconhecem receitas no momento da venda e reconhecem as despesas quando são realizadas. Já o tesoureiro dá mais ênfase ao fluxo de caixa, ou seja , entrada e saída de recursos financeiros, ele mantêm a solvência da empresa reconhecendo o momento adequado de registro pela entrada ou saída de dinheiro , sendo assim dizemos que ele trabalha com o regime de caixa. RELAÇÕES ENTRE FINANÇAS E CONTABILIDADE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Contabilidade x Finanças Resultado da Contabilidade Resultado do Fluxo de Caixa Lucro ou Prejuízo; Superávit (Sobras) ou Déficit (Faltas) de Caixa; Regime de Competência, registro com base no fato gerador; Regime de Caixa, registro com base na entrada e na saída efetiva dos recursos; Registra apenas Receitas, Custos e Despesas do período; Registra TODAS as Entradas / R e c e b i m e n t o s e S a í d a s / Pagamentos de caixa; Base para apuração de impostos; Base para decisões de fluxo de caixa; Demonstração do Resultado do Exercício – DRE Demonstrativo do Fluxo de Caixa – DFC Prof. Nylvandir LIBERATO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULAS Regulares AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exemplo de aplicação: Suponha que o departamento financeiro de uma firma comercial, apresente os seguintes dados: • Vendas do Período (todas a prazo): $ 100.000,00 • Custos e Despesas (todas a vista): $ 60.000 Com base nestes dados, apresente o Resultado Financeiro (DRE Financeira) e do Resultado do Exercício Contábil (DRE). Fluxo de Caixa x Resultado Contábil ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Fluxo de Caixa x Resultado Contábil Resultado do Financeiro (DFC) Valor – R$ 1 – Recebimentos / Entradas 0 Vendas 0 2 – Pagamentos / Saídas (-) 60.000,00 Custos e Despesas (a vista) (-) 60.000,00 3 – (=) Déficit (Faltas) de Caixa (1-2) 60.000,00 Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS Regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares Fluxo de Caixa x Resultado Contábil Resultado da Contabilidade (DRE) Valor – R$ 1 – Receitas 100.000,00 Vendas (a Prazo) 100.000,00 2 – Despesas (-) 60.000,00 Custos e Despesas (a vista) (-) 60.000,00 3 – (=) Lucro do Exercício (1-2) 40.000,00 Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS Regulares AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIOS SOBRE DRE Caso 1: O Departamento Financeiro de uma firma comercial apresentava os seguintes dados em 30/04. - Compra de computadores para a contabilidade por R$ 12.000,00 com pagamento de 50% a vista e o restante em 2 parcelas com juros de 1% ao mês; - Vendas do mês em cartão de crédito no valor de R$ 125.500,00; - Gastos com impressos e formulários no mês de R$ 30.000,00 faturados para pagamento em 30 dias; - Parcela de Leasing de veículos no valor de R$ 8.500,00, paga dia 20; - Conta de energia no valor de R$ 7.500,00 paga no dia 05; - Conta de telefone no valor de R$ 6.700,00 com vencimento para o próximo dia 05. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIOS SOBRE DRE Caso 1: Considerando as informações apresentadas elabore a Demonstração do Resultado do Exercício Financeira e Contábil em 30/04. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIOS SOBRE DRE Caso 2: O Departamento Financeiro da Mark Store apresentava os seguintes dados relativos aos gastos do projeto de uma nova filial no dia 30/09. - Parcela de Empréstimo paga dia 5 no valor de $ 47.500 com juros de mora por atraso, já inclusos de $ 2.500; - Venda de um caminhão de entrega por $ 80.000 com recebimento de um sinal de $ 15.000 e o restante em 3 parcelas sabendo que seu custo de aquisição foi de $ 140.000,00; - Pagamento de impostos de agosto no valor de $ 34.000 com despesas de juros e multas inclusos de $ 4.000; - Aquisição de matéria prima para a produção do semestre, no valor de $ 27.000 por duplicata com vencimento para o próximo dia 10; AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIOS SOBRE DRE (CONT) - Despesas de Energia pagas no dia 5 – $ 23.000,00; - Salários do Pessoal da Contabilidade, pagos dia 30 - $ 11.000,00; - Venda de produtos por duplicatas para 30 dias de no valor de $ 400.000,00, sabendo que o Custo das Mercadorias foi de $ 260.000; - Depreciação mensal de Instalações – $ 57.000,00; - Duplicatas no valor de $ 28.500 pagas antes do vencimento com um desconto financeiro de $ 2.850; - Salários dos Operários, a pagar no próximo dia 5 – $ 120.000,00; - Aumento de Capital pelos sócios no valor de $ 350.000, sendo $ 150.000 em máquinas e o restante em dinheiro; AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIOS SOBRE DRE (Continuação) - Compra de peças para manutenção de uso imediato por $ 3.000 com o pagamento para o próximo dia 5; - Resgate de aplicação financeira no valor total de $ 60.000 com $ 15.000 de rendimentos, já inclusos; - Aluguel com vencimento no próximo dia 5 – $ 3.500. Com base nestes dados elaborar: a) A demonstração simplificada do resultado do Fluxo de Caixa em 30/09. b) A demonstração simplificada do resultado do exercício contábil em 30/09. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIOS SOBRE DRE (Solução) DFC SIMPLIFICADO -‐ 30/09 R$ 1 -‐ ENTRADAS/RECEBIMENTOS 275.000,00 Sinal de venda de caminhão 15.000,00 Aumento de Capital 200.000,00 Resgate Aplica. Finan. 60.000,00 2 -‐ SAÍDAS / PAGAMENTOS -‐141.150,00 Parcela de EmprésCmo 47.500,00 Impostos pagos no mês 34.000,00 Energia 23.000,00 Salários pessoal da Contab. 11.000,00 Duplicatas diversas pagas 25.650,00 3 -‐ Superávit do Período (1 -‐ 2) 133.850,00 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO DRE SIMPLIFICADA EM 30/09 R$ 1 -‐ RECEITAS 417.850,00 Vendas a Prazo 400.000,00 Desconto Financeiro ObCdo 2.850,00 Receita Financeira 15.000,00 2 -‐ CUSTOS e DESPESAS -‐521.000,00 Despesas com Juros Moratórios 2.500,00 Despesas com Venda de ACvos60.000,00 Desp. com Juros e Multas sobre Impostos 4.000,00 Desp. Salários Contabilidade 11.000,00 CMV 260.000,00 Encargos de Depreciação Instalações 57.000,00 Desp. Salários Operários 120.000,00 Desp. com Peças 3.000,00 Despesas de Aluguel 3.500,00 3 -‐ Prejuízo do Período (1 -‐ 2) -‐103.150,00 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO CONFLITO DE AGENCY – ORIGEM A Teoria da Agência ou Teoria do Agente-Principal foi desenvolvida por Jensen e Meckling (1976) e tem sua raiz no utilitarismo econômico (Ross, 1973). A base desta teoria é a existência de um mercado regido por contratos firmados entre os agentes econômicos, quer sejam empresas, governo ou pessoas físicas. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Características do Agency: Este tipo de relação coloca em cena o problema de assimetria de informações entre o agente e o principal (Jensen e Meckling, 1976; Eisenhardt, 1989), que beneficia o primeiro em detrimento do segundo. O Agency é a situação clássica de conflito de interesses entre o gestor e os acionistas. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Mais conhecimento Os conflitos de agência, conhecidos pelo termo inglês Agency são típicos em empresas, em que existam gestores trabalhando para administrar em lugar dos acionistas, os verdadeiros donos. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Segundo Barnea, Haugen e Senbet (1985, p.1-2) : Problemas de agência surgem de interesses conflitantes entre partes da empresa co rporat i va , seus sóc io s , cap i ta l contribuições, funcionários, clientes, fornecedores e os administradores. A menos que esses problemas sejam resolvidos estes conflitos levariam a perda de recursos dentro da organização. O processo de resolução de problemas de agência através acordos contratuais leva a uma evolução complexa das finanças. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO PRINCIPAIS CONFLITOS DE AGENCIA Sob a forma de autopromoção, incluindo links de publicidade, links para sites pessoais, fotos pessoais ou outro material que aparece para promover os interesses comerciais privados ou do editor ou dos seus associados. 1) Conflitos com a “Autopromoção” do Administrador AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXEMPLOS DE CONFLITOS DE AGENCIA COMUNS Qualquer situação em que se podem desenvolver relações fortes poderão desencadear em um conflito de interesses. Conflito de interesses podem ser pessoais, religiosos, políticos, acadêmicos, financeiros e jurídicos. Não é determinado pela área, mas é criada por relações que envolvem um elevado nível de empenho pessoal, com a participação, ou dependência de, uma pessoa, um objeto, ideia, tradição ou organização. Ex. Contratação de um filho sem qualificação adequada. 2) Conflitos com “Relações Íntimas ou Pessoais” do Administrador AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXEMPLOS DE CONFLITOS DE AGENCIA COMUNS Contratação de fornecedor cuja firma tenha em sua composição societária direta ou indireta, relações econômicas, pessoais, financeiras ou de qualquer tipo sem a adequação técnica / econômica com a firma contratante. Ex. Compra de matérias primas ou de tecnologia de uma firma em que o administrador tenha participação e que não possua o padrão de qualidade material exigido pela firma contratante junto a outros fornecedores semelhantes. 3) Conflitos com “Contratação de Fornecedor com participação direta ou indireta do Administrador”. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXEMPLOS DE CONFLITOS DE AGENCIA COMUNS Fornecimento de informações privilegiadas (inside information) em lançamento de ações (operações de underwriting) a terceiros com objetivos de se obter ganho pessoal em prejuízo de demais acionistas (normalmente minoritários x majoritários) e com o mercado. Ex. Avisar a um parente ou amigo para que efetue a compra de papéis (novas ações) que a companhia irá lançar por conta de uma informação que garanta ganhos adicionais futuros. 4) Conflitos com “Fornecimento de Informações privilegiadas” para ganhos financeiros futuros. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Soluções para amenizar riscos de Agency Há certo consenso que as opções por aquisição de ações (previstas em contrato), dariam a sensação de conforto compensatória por uma eventual remuneração variável, sem prejudicar os ganhos dos investidores. Uma das soluções mais praticadas é substituir os salários fixos por variáveis relacionados ao sucesso do negócio como, participação nos lucros ou bônus por premiação. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Vídeo interativo do caso Enron (arquivo anexo): http://www.youtube.com/watch?v=70XnlrwO7U4 Atividades sugeridas: 1. Pelo que já foi divulgado na mídia, quais foram as razões principais da quebra da empresa? 2. Por que os empregados informam que “erraram por não perguntar o por quê?” 3. Pesquisa para a próxima aula: em situação se encontra atualmente o Gestor Financeiro do grupo? 4. Em sua opinião, existirão casos semelhantes com firmas brasileiras? Dê exemplos. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO • O Retorno de um investimento corresponde ao total de ganhos ou de prejuízos proporcionados por ele durante um intervalo de tempo • Podemos afirmar que Retorno é a possibilidade de perda ou ganho de um investimento, o seu resultado poderá ser positivo ou negativo. RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO O retorno é uma variável-chave na decisão de investimento, pois permite ao investidor comparar os resultados reais ou esperados de várias aplicações com os níveis de retorno que ele espera obter. Para comparar o resultado de um investimento, o investidor deve medir o retorno real ou esperado. Esse resultado pode ser expresso em termos monetários ou em percentual. RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exemplo: Suponha que um investidor tenha comprado 50 ações da empresa Titã por $ 40,00 cada uma. O investimento total foi, portanto, igual a $ 2.000,00. No final do ano, o investidor vende as ações por $ 44,00 cada uma, num total de $ 2.200,00. RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Ø Quantidade de ações: 50 ações Ø Preço final da ação: $ 44,00 Ø Preço inicial do ativo: $ 40,00 • Total aplicado: $ 40,00 × 50 ações = $ 2.000,00 • Total recebido: $ 44,00 × 50 ações = $ 2.200,00 RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retornos monetários É o total de recursos recebidos pelo investimento menos a quantia investida. Retorno em unidade monetária = Quantia recebida – Quantia aplicada $ 2.200,00 - $ 2.000,00 = $ 200,00. Assim, o investidor ao vender as ações da empresa Titã, obteve um retorno monetário de $ 200,00. RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retornos percentuais: Retorno percentual é, em termos percentuais,o valor do rendimento em relação à quantia investida. É uma medida relativa, do crescimento da riqueza que resultou daquele investimento. Essa medida de crescimento, ao ser expressa em termos de percentagem, torna-se comparável para investimentos pequenos e grandes. RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retornos percentuais: A expressão matemática do cálculo do retorno, em termos percentuais, é: Taxa de retorno = Quantia recebida – Quantia investida x 100 Quantia investida RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retornos percentuais: Com base no exemplo anterior, teríamos: Taxa de retorno = $ 2.200 – $ 2.000 x 100 $ 2.000 0,10 x 100 = 10% RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retornos percentuais: Os retornos podem ser afetados pelo dinheiro no tempo. Neste caso, será necessário, a atualização do valor no futuro. Exemplo: Um investimento de $ 2.000,00, resultou em um retorno de $ 200,00 após um ano, resultando numa taxa de retorno de 10% ao ano. Mas, se o retorno de $ 200,00 fosse após dez anos, teríamos: RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retornos percentuais: O cálculo seria de: $2.200 = 2000 (1 + i)10 2.200 / 2.000 = (1 + i)10 1,10 1/10 = 1 + i 1,009577 = 1 + i i = 1 – 1,009577 i = 0,009577 = 0,9577% RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retornos percentuais: Pela HP o cálculo seria: 2.000 = CHS PV 2.200 = FV 10 = n i = 0,9577% RETORNO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Uma empresa está analisando um projeto que exige um investimento de R$ 2.000.000 em 1º de Maio de 2014. Considerando que o investimento no projeto seja resgatado pelo valor de R$ 3.050.000 em 31 de maio de 2020, determine: a) O retorno monetário do investimento; b) A taxa de retorno anual do investimento em 2020. Exercício: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO O retorno sobre um investimento pode ter origem em mais de uma fonte. As fontes mais comuns são: – as remunerações do capital investido que são realizadas por pagamentos periódicos. Dividendos, no caso de investimento em ações; juros, no caso de investimento em cadernetas de poupança ou em um título de dívida; lucro realizado (receita – despesas), no caso de investimento em ativo fixo. – o aumento do valor do investimento entre a data de aquisição e a data de venda. Essas duas fontes de retorno são denominadas rendimento corrente e ganho de capital, respectivamente. Componentes do Retorno AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Rendimentos correntes: são a remuneração do capital investido em dinheiro que é recebido periodicamente como resultado do investimento. Exemplo: os dividendos de ações, os juros recebidos sobre títulos de dívida. Ganhos (ou perdas) de capital: são a diferença entre o preço do ativo no início e no fim de um período em que está sendo avaliado. Se o ativo estiver sendo vendido, é o valor pelo qual o preço de venda desse ativo excede (ou foi menor) seu preço de compra original. Componentes do Retorno AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO O Retorno total (ou absoluto) de um investimento é a soma dos rendimentos em dinheiro com o ganho ou a perda de capital no investimento. Evidencia o desempenho do investimento. Retorno total = Rendimentos correntes + Ganhos (ou Perdas) de capital Componentes do Retorno AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exemplo: Exemplo: Suponha que você tivesse comprado, no início do ano, 100 ações de uma empresa de petróleo ao preço de $ 46,50 a unidade e que, ao final desse ano, essa ação esteja valendo $ 50,22 e rendeu um dividendo de R$ 1,86. Qual o retorno total do seu investimento? RETORNO TOTAL AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Solução: • Quantidade de ações: 100 ações • Preço final da ação: $ 50,22 • Preço inicial da ação: $ 46,50 • Remuneração por ação: $ 1,86 • Rendimento corrente: $ 1,86 × 100 ações = $ 186,00 Total aplicado: $ 46,50 × 100 ações = $ 4.650,00 Total recebido pela venda das ações: $ 50,22 × 100 ações = $ 5.022,00 RETORNO TOTAL AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Rendimentos correntes (+) Ganho de capital Retorno total: $ 1,86 × 100 ações = $ 186,00 (+) (50,22 – 46,50) × 100 = $ 372,00 $ 558,00 RETORNO TOTAL AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Análise 1: O investimento total = $ 46,50 × 100 ações = $ 4.650,00. Com o dividendo recebido de $ 1,86, você teria recebido um rendimento de: Dividendos = 1,86 × 100 = $ 186,00. Supondo que, no final do ano, o preço de mercado da ação seja de $ 50,22, o ganho de capital que você terá auferido será de: Ganho de capital = (50,22 – 46,50) × 100 = $ 372,00. O retorno total de seu investimento será: Retorno total = 186 + 372,00 = $ 558,00. RETORNO TOTAL AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Análise 2: Se você vendesse as ações no final do ano, o total de dinheiro que você possuiria seria igual ao investimento inicial de $ 4.650,00 mais o retorno total de $ 458,00. Valor total em dinheiro recebido se as ações fossem vendidas: = Investimento inicial + Retorno total = $ 4.650,00 + 558,00 = $ 5.208,00 Que é igual à soma do produto da venda das ações com o dividendo recebido: Produto da venda das ações + Dividendos = $ 50,22 × 100 + $ 186,00 = $ 5.022,00 + $ 186,00 = $ 5.208,00 RETORNO TOTAL AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO É encontrado dividindo-se o retorno total obtido durante um determinado período pela quantia inicialmente investida. MODELO BÁSICO PARA CÁLCULO DO RETORNO PERCENTUAL DE QUALQUER ATIVO Podemos utilizar a o calculo de retorno pela equação: Kt = (Pt+1 - Pt + Ct+1) / Pt Onde: Kt = taxa de retorno exigida ou esperada Pt = valor inicial do ativo no tempo t Pt+1 = valor do ativo no final do período t-1 C = Fluxo de caixa do investimento no período de t até t+1. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO MODELO BÁSICO PARA CÁLCULO DO RETORNO PERCENTUAL DE QUALQUER ATIVO Exemplo: no ano passado, um investimento teve um valor de mercado de R$ 30.000, gerando um fluxo de caixa durante esse ano de R$ 2.500. Considerando-se que o atual valor de mercado do investimento é de R$ 31.000, qual a taxa de retorno do investimento? K t = 31.000 – 30.000 + 2.500 = 11,67% 30.000 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO TAXA DE RETORNO Cálculo sobre os dados do exercício anterior: • Quantidade de ações: 100 ações • Preço final da ação: $ 50,22 • Preço inicial da ação: $ 46,50 • Remuneração por ação: $ 1,86 • Receita total recebida: $ 1,86 × 100 ações = $ 186,00 Total aplicado: $ 46,50 × 100 ações = $ 4.650,00 Total recebido: $ 50,22 × 100 ações = $ 5.022,00 ü Rendimentos correntes em percentual: $ 186,00 ÷ $ 4.650,00= 0,04 = 4% ü Ganho de capital em percentual: (5.022 – 4.650) ÷ 4.650 = 0, 08 = 8% Ø Retorno total em percentual: Kt = 4% + 8% = 12% AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO TAXA DE RETORNO Cálculo sobre os dados do exercício anterior com a equação modelo para taxa de retorno: K t = 5.022 – 4.650 + 186 = 12% 4.650 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exercício 1: Há um ano, um investidor comprou 100 ações da Vale do Rio Bonito por $ 51,92 cada uma. Durante o ano, recebeu dividendos no valor de $ 172. A ação da Vale está sendo cotada atualmente por $ 71,81. Com base nestes dados, responda: a. Qual foi o seu ganho corrente? b. Qual foi o seu ganho de capital? c. Qual foi o seu retorno total? d. Qual foi o seu retorno percentual? AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exercício 1 – Solução: a. Considerando que o ganho corrente são os recebimentos periódicos em moeda relativos à remuneração do capital investido. No exercício, o ganho corrente é o recebimento dos dividendos. Portanto, o Ganho corrente = $ 172,00 b. Ganho de capital é a diferença entre o preço da ação no início e o fim do período em que se está calculando o retorno Ganho de Capital = ($ 71,81 - $ 51,92) × 100 ações Ganho de Capital = $ 1.989,00 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exercício 1 – Solução: c. Retorno absoluto é o resultado do somatório entre o ganho corrente: - no exercício, os dividendos; - e o ganho de capital, a variação positiva do preço da ação. Retorno absoluto = $ 172,00 + $ 1.989,00 = $ 2.161,00 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exercício 1 – Solução: d. Retorno deverá ser calculado tomando por base a quantidade de ações comprada e vendida, aplicando os dados na equação modelo: K t = (71,81 – 51,92) x 100 + 172 = 41,62% 51,92 x 100 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exercício 2: A ação da Continental S.A. tinha um preço inicial igual a $ 42,50. Durante o ano, deu um dividendo de $ 2,40. Ao final do ano, estava cotada a $ 57,50. Qual foi a taxa de retorno dessa ação? AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exercício 2 – Solução: Retorno deverá ser calculado tomando por base a diferença do valor unitário das ações nas datas de aquisição e atual de mercado somando o resultado ao valor do dividendo recebido por cada ação, aplicando os dados na equação modelo: K t = 57,50 – 42,50 + 2,4 = 40,94% 42,50 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO • Risco, a possibilidade de perda financeira; • Ativos são mais arriscados quando estes apresentam a maior possibilidade de perda financeira; • De modo geral, o risco se parece com a incerteza, porém, existe uma diferença entre risco e incerteza; • Quando se pode mensurar um evento através da probabilidade de acontecer, tem-se o Risco e quando a probabilidade não pode ser mensurada, tratamos como uma Incerteza. Compreendendo o Risco AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO • No mundo corporativo, o risco é a possibilidade de prejuízo financeiro ou, mais formalmente, a variabilidade de retornos associada a um determinado ativo; • Riscos afetam tanto os gestores financeiros como os acionistas; Compreendendo o Risco AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO • Os tipos de investimentos e administradores diferem uns dos outros. • Os brasileiros geralmente são avessos a risco. Não é a toa que usamos mais os investimentos de poupança ao invés de investimentos em mercado de ações. • Alguns preferem o “pouco, mas certinho...” e o medo do risco é tanto que nem ao menos se tenta “pulverizar“ seu capital. PREFERÊNCIAS EM RELAÇÃO A RISCO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO ANÁLISE FINANCEIRA AULA 1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AULA 3 Fonte de risco Riscos específicos da empresa •Risco Operacional •Risco Financeiro •Riscos específicos dos acionistas •Risco de taxa de juros •Risco de liquidez •Risco de mercado Riscos para empresas e acionistas •Risco de evento •Risco de câmbio •Risco de poder aquisitivo •Risco de tributação AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO • Para o administrador indiferente ao risco, o retorno exigido não varia quando o nível de risco vai de x1 para x2. Essencialmente, não haveria nenhuma variação de retorno exigida em razão do aumento de risco. É claro que essa atitude não faz sentido em quase nenhuma situação empresarial. • Para o administrador avesso ao risco, o retorno exigido aumenta quando o risco se eleva. Como esse administrador tem medo do risco, exige um retorno esperado mais alto para compensar o risco mais elevado. • Para o administrador propenso ao risco, o retorno exigido cai se o risco aumenta. Teoricamente, como gosta de correr riscos, esse tipo de administrador está disposto a abrir mão de algum retorno para assumir maiores riscos. PREFERÊNCIAS EM RELAÇÃO AO RISCO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Em sua maioria, os administradores são avessos ao risco. Para certo aumento de risco, exigem aumento de retorno. Geralmente, tendem a serem conservadores, e não agressivos, ao assumir riscos em nome de suas empresas. ENTRETANTO, ESSE COMPORTAMENTO NÃO TENDERIA A BENEFICIAR A EMPRESA. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Gestão de Riscos: ü Risco Diversificável ou Não Sistemático – Risco que pode deixar de existir com a diversificação de investimentos em ativos diferentes, representa a parte do risco de um ativo associado a causas aleatórias. Nas organizações, este tipo de risco está associado a fatos como: alterações ou problemas ao nível da gestão da empresa, greves ou modificações nos padrões de consumo relativos aos produtos da empresa. Credita-se ao fruto do erro de administração ou decisão empresarial e que podem levar uma empresa a um estado de insolvência. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Gestão de Riscos: ü Risco Não Diversificável ou Sistemático - Não pode ser eliminado com a diversificação da carteira de investimentos, o risco sistemático incide sobre todo e qualquer tipo de investimento são os conhecidos riscos macroeconômicos, sociais e políticos. São eventos que podem representar grandes ameaças, mas esta ocorrência independe da vontade ou ação da empresa. Exemplos: guerras, mudanças políticas, catastrofes. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Gestão de Riscos: ü A mensuração do risco geral de continuidade e manutenção do negócio é tratado pelo Risco Total que representa a soma dos Riscos Diversificáveis com os Riscos Não diversificáveis. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO RISCO DE ATIVO INDIVIDUAL Conceito: ü É um conceito de risco atribuído a um investimento num único ativo. Para a sua aplicação devemos utilizar recursos da estatística que envolvem a Análise de Sensibilidade e as Distribuições de Probabilidade usadas para se avaliar o nível geral de risco associado ao ativo. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. NylvandirLIBERATO ANÁLISE DE SENSIBILIDADE Conceito: ü É a aplicação de cenários estimada para os retornos possíveis de modo que permita uma noção da variabilidade dos resultados. Em regra, se atribui as estimativas Pessimistas (pior cenário para o retorno), Mais Prováveis (esperada) ou Otimistas (melhor retorno) dos retornos associados a um ativo. Quando aplicada, o risco do ativo será mensurado pela amplitude dos retornos. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO A analise de sensibilidade busca oferecer ao tomador de decisão, uma melhor percepção do risco. Para fazer a analise de sensibilidade se faz necessário a criação de cenários diferentes e a associação de retornos a eles, dentro da faixa aceitável de risco ao investimento. São considerados três cenários: otimista, mais provável e pessimista. A faixa aceitável de risco, representa o limite de risco admitido ao investidor para estimativa de uma eventual perda. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO A analise de sensibilidade de um determinado projeto será testado em situações ou cenários futuros não esperados pelo investidor, mas que possuem probabilidade de ocorrência. O risco de um ativo pode ser medido pela amplitude dos retornos e esta é encontrada apenas subtraindo o resultado do retorno pessimista do resultado do retorno otimista. Quanto maior o resultado, maior será o RISCO do ativo. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Exemplo 1: Possibilidades iguais: Considere uma análise de risco que indica que em 25% ocorreu o resultado pessimista; 50% ocorreu o resultado mais provável; e em 25% ocorreu a estimativa otimista. A soma dessas probabilidades precisa igualar-se a 100%, ou seja, elas devem basear-se em todas as alternativas consideradas. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXEMPLO 1: Ativo A Inv. Inicial = $20.000 Ativo B Inv. Inicial . = $20.000 Taxas de Retorno: Taxas de Retorno: Pessimista = 15% Pessimista = 9% Mais Provável = 17% Mais Provável = 17% Otimista = 19% Otimista = 25% Amplitude = 4% Amplitude = 16% A C i a . A l l Good e s t á a v a l i a n d o a s d u a s alternativas de investimento (Ativo A e Ativo B), para as quais fez as estimativas ao lado: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Ex: Ativo A = (15%* 0,25) + (17%*0,50) + (19%*0,25) = 17% Ativo B = ( 9%*0,25) + (17%*0,50)+ ( 25%*0,25) = 17% Os valores esperados dos retornos dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom contem os valores de retornos possíveis de cada ativo 17%. Mas não podemos esquecer que a amplitude do ativo A é menor, devido a isso a preferência a este ativo. Para resultados conhecidos e probabilidades iguais, = Ativo A = 15%+17%+19% = 17% 3 Ativo B = 9%+17%+25% = 17% 3 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXEMPLO 2 - Possibilidades diferentes: Uma avaliação das estimativas pessimistas, mais prováveis e otimistas dos resultados passados pela Companhia, indica que em 25% ocorreu o resultado pessimista; 50% ocorreu o resultado mais provável; e em 25% ocorreu a estimativa otimista. A soma dessas probabilidades precisa igualar-se a 100%, ou seja, elas devem basear-se em todas as alternativas consideradas. O Fluxograma a seguir apresenta os passos necessários para se achar os valores esperados dos retornos para os ativos A e B. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXEMPLO 1: Ativo A Inv. Inicial = $20.000 Ativo B Inv. Inicial . = $20.000 Taxas de Retorno: Taxas de Retorno: Pessimista = 13% Pessimista = 9% Mais Provável = 15% Mais Provável = 17% Otimista = 17% Otimista = 25% Amplitude = 4% Amplitude = 16% A C i a . A l l Good e s t á a v a l i a n d o a s d u a s alternativas de investimento (Ativo A e Ativo B), para as quais fez as estimativas ao lado: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO FLUXOGRAMA ATIVO A ATIVO A PESSIMISTA 13% OTIMISTA 17% PROBABILIDADE 0,50 MAIS PROVÁVEL 15% PROBABILIDADE 0,25 PROBABILIDADE 0,25 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO FLUXOGRAMA ATIVO B ATIVO B PESSIMISTA 9% OTIMISTA 25% PROBABILIDADE 0,50 MAIS PROVÁVEL 17% PROBABILIDADE 0,25 PROBABILIDADE 0,25 AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO ANÁLISE PELA AMPLITUDE Os riscos são analisados de acordo com cenários projetados. Admitindo uma faixa aceitável de risco para o investidor de 18%, pode-se abordar a análise de risco por diversos instrumentos estatísticos. Começa-se pelo estudo da amplitude. A amplitude, no caso, é a diferença entre os retornos extremos. Em A, a distância entre os retornos extremos (amplitude) é de 17% - 13% = 4%. Em B, à distância entre os retornos extremos (amplitude) é de 25% - 9% = 16%. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO CÁLCULO PONDERADO Ex: Ativo A = (13%* 0,25) + (15%*0,50) + (17%*0,25) = 15% Ativo B = ( 9%*0,25) + (17%*0,50)+ ( 25%*0,25) = 17% Os valores esperados dos retornos dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom contem os valores de retornos possíveis de cada ativo de 15% e de 17%, respectivamente. Mas não podemos esquecer que a amplitude do ativo A é menor , devido a isso a preferência a este ativo. Para resultados conhecidos e probabilidades diferentes devemos optar pela MAIOR probabilidade, caso ocorra dentro da faixa aceitável de risco. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO MAPA CONCEITUAL (RISCO E RETORNO) Preferência em relação a risco Análise de Sensibilidade TORNOO Ativo B Ativo A AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Os riscos são analisados de acordo com cenários projetados. A análise de sensibilidade é uma abordagem panorâmica usada para avaliar o risco de várias estimativas possíveis de retorno. Pode-se abordar a análise de risco por diversos instrumentos estatísticos. Começa-se pelo estudo da amplitude. A amplitude, no caso, é a diferença entre os retornos extremos. • Em A, a distância entre os retornos extremos (amplitude) é de 17% - 13% = 4%. • Em B, à distância entre os retornos extremos (amplitude) é de 23% - 7% = 16%. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXEMPLO Considere o exemplo a seguir: Ativo “A” Ativo “B“ Investimento inicial................... $10.000 $10.000 Tx. de retorno anual : • Pior................................... 13 % 7 % • Provável.......................... 15 % 15 % • Melhor.......................... .... 17 % 23 % Amplitude.............................. 4 % 16 % Cálculo: (17 % - 13 %= 4%) (23 % - 7 %= ! 6%) AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIO A Scala Bem S/A está avaliando qual a melhor alternativa entre dois projetos de aumento da produção denominados X1 e X2. Em ambos o investimento seriade R$ 100.000,00 e a taxa de retorno provável seria de 12% a.a. Os técnicos da empresa elaboraram uma estimativa pessimista e otimista para os projetos sendo as taxas de retorno de X1 de 8% e de 18%, respectivamente enquanto X2 é 6% e de 20%, respectivamente. A faixa aceitável de risco da empresa é de 11%. Considerando a técnica de análise de sensibilidade, determine qual o projeto deveria ser aprovado. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIO – Solução Cálculo da Amplitude: Projeto X1 Projeto X2 Investimento Inicial R$ 100.000 R$ 100.000 Taxa Anual de Retorno • Pessimista 8% 6% • Provável 12% 12% • Otimista 18% 20% Amplitude 10% 14% (Cálculo) (18% - 8%) (20% - 6%) ! AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO EXERCÍCIO - Solução Pela análise da sensibilidade no risco de Ativo Individual, a amplitude do projeto X1 indica o grau de risco menor (amplitude menor). Considere ainda que a amplitude indicada está DENTRO da faixa aceitável de risco do investidor. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Distribuição de probabilidades: É um recurso da estatística que aplicado na análise de risco, oferece uma visão quantitativa do risco de um ativo. Pode ser apresentada em gráficos de barras que demonstra somente um número limitado de combinações entre eventos e probabilidades. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão na análise de Risco Aplicação de Desvio – Padrão: O indicador mais comum na indicação de risco de um ativo é através do cálculo do desvio – padrão. O cálculo pode ser efetuado a partir da equação: σk = 1 )( 2 − −∑ n KKj ! AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão na análise de Risco Onde: KJ = retornos conhecidos: n = número de retornos conhecidos; _ K = média dos retornos verificados AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão, Exemplo: Um investidor pretende aplicar num ativo, mas antes quer saber qual o risco da opção, que trouxe como rendimentos nos últimos quatros anos, 13%, 12%, 10% e 9% aa. Como somente a série histórica é conhecida, a dúvida do investidor será dirimida pelo cálculo do risco pelo desvio-padrão. Primeiro, é necessário calcular o retorno médio dos últimos 4 anos, que satisfaria o investidor da seguinte forma: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão, Exemplo: Como somente a série histórica é conhecida, a dúvida do investidor será dirimida pelo cálculo do risco pelo desvio-padrão. Primeiro, é necessário calcular o retorno médio dos últimos 4 anos, que satisfaria o investidor da seguinte forma: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão, Exemplo: _ K = 13% + 12% + 10% + 9% = 11% aa. 4 _ Em seguida substituir o K na equação. Fica assim: σk = .14 )119()1110()1112()1113( 2222 − −+−+−+− σk = 3 4114 +++ σk = 3 10 = 33,3 σk = 1,82%. Assim, o risco do investidor não obter a taxa de retorno médio de 11% é de 1,82%. ! AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão, Exemplo: O cálculo de mensuração de risco por desvio – padrão é muito utilizado quando existe a necessidade de se decidir sobre que investimento optar entre mais de um ativo que apresente amplitudes e retornos ponderados iguais. Neste caso, o ativo que apresenta o menor desvio padrão, que indica menor risco. Como uma regra geral para análise, os ativos que apresentam os maiores retornos médios tendem a apresentar também os maiores desvio – padrão e consequentemente, maiores riscos. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Risco de Carteira de Investimentos Na prática, o risco de um investimento individual não seria considerado de forma independente de outros ativos. O investidor deve avaliar um eventual novo investimento à luz do impacto sobre os riscos e o retorno de sua carteira de ativos. O objetivo será buscar a carteira mais eficiente possível de modo a maximizar seu retorno global. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retorno e Desvio – Padrão de uma carteira: Retorno de uma carteira deverá ser obtido através do cálculo da média ponderada dos retornos individuais dos ativos que a integram. O cálculo do retorno será obtido pela equação: Kp = (W1 x K1) + (W2 x K2) ... (Wn x Kn) O cálculo do desvio – padrão de uma carteira será feito da mesma forma do cálculo do ativo individual. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retorno e Desvio – Padrão de uma carteira: Exemplo: Uma empresa possui uma carteira de investimentos em 3 ativos com as seguintes probabilidades de retorno: 40% de probabilidade de render 8% aa, 30% de probabilidade de render 10% aa e 30% de probabilidade de render 12% aa. Com base nestes dados calcule o Retorno e o Desvio – Padrão da carteira. Dados: W1, W2, W3 = 40%, 30% e 30%, respectivamente. K1, K2, K3 = 8%, 10% e 12%, respectivamente. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retorno e Desvio – Padrão de uma carteira: a) Cálculo do Retorno: O retorno médio K, neste caso, será ́ encontrado multiplicando-se o retorno pela probabilidade respectiva, que é: K = (8% x 0,40) + (10% x 0,30) + (12% x 0,30) = 9,8% de Retorno da Carteira. Em seguida, faz-se a substituição na equação: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retorno e Desvio – Padrão de uma carteira: a) Cálculo do Desvio – Padrão da Carteira: ( )∑ ×−= jj PRKKK 2σ 30,0)8,912(30,0)8,910(40,0)8,98( 222 xxxK −+−+−=σ 84,404,024,3 ++=Kσ 12,8=Kσ Kσ = 2,84% de Desvio Padrão / Risco da Carteira. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão de Carteira, Exercício: A empresa Super Comercial S/A para decidir qual será a melhor opção. Os projetos apresentam as seguintes informações sobre a expectativa de rendimentos nos próximos quatros anos § Super 1 – 25% de render 7%, 30% de render 11%, 30% de render 16% e 15% de render 18% a.a. § Super 2 – 20% de render 7%, 35% de render 11%, 15% de render 17% e 30% de render 17% a.a. Como somente a série histórica é conhecida, e a empresa evita assumir riscos, caso o projeto tenha retorno médio superior a 12,50%, será aceito e a decisão será feita com base no cálculo do desvio-padrão. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão, Exercício: SOLUÇÃO i) Cálculo do Retorno Médio dos projetos. Projeto Super 1: (7% x 0,25)+ (11% x 0,30) + (16% x 0,30) + (18% x 0,15) = 12,55% Projeto Super 2: (7% x 0,20)+ (11% x 0,35) + (17% x 0,15) + (17% x 0,30) = 12,90% Como ambos os projetos apresentam um retorno médio das carteiras SUPERIOR a 12,50%, a definição será pelo menor desviopadrão. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão, Exercício: SOLUÇÃO ii) Cálculo do Desvio Padrão dos Projetos. Projeto Super 1: 15,0)55,1218(30,0)55,1216(30,0)55,1211(25,0)55,127( 2222 xxxxK −+−+−+−=σ )15,07025,29()30,09025,11()30,04025,2()25,08025,30( xxxxK +++=σ 4475,16=Kσ Kσ = 4,0555 Risco de 4,055% AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Desvio – Padrão, Exercício: SOLUÇÃO ii) Cálculo do Desvio Padrão dos Projetos. Projeto Super 2: 30,0)90,1217(15,0)90,1217(35,0)90,1211(20,0)90,127( 2222 xxxxK −+−+−+−=σ )30,081,16()15,081,16()35,061,3()20,081,34( xxxxK +++=σ 79,15=Kσ Kσ = 3,974 Risco de 3,974% AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Retorno e Desvio – Padrão de uma carteira: SOLUÇÃO Embora ambos os projetos atendam a exigência de taxa de retorno médio superior a 12,50%, o projeto aceito é o Super 2 porque apresenta o MENOR risco de carteira. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Coeficiente de Variação: É uma medida de dispersão que divide o desvio-padrão pela média. Quanto maior o coeficiente de variação, maior é o risco. Custo de Oportunidade: Custo decorrente de opção por um investimento em detrimento de outro. O Custo de Oportunidade, normalmente indica a taxa de juros que satisfaz o investidor. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Custo de Oportunidade: Ex: Considere um investidor que possua $50 mil aplicados no mercado financeiro, com uma remuneração de 15% ao ano; caso ele não faça o investimento e reverta este capital para o seu próprio negocio e se ao final do período considerado o retorno for menor do que o mercado oferece (15%) , ele perderá dinheiro, mas se a taxa de retorno superar os 15%, ele terá ganho. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Para administrar melhor o risco, o investidor deve diversificar seus investimentos em um conjunto de ativos. Com isso, retornos insuficientes proporcionados por um ativo, podem ser compensados por retornos maiores, proporcionados por outros. Combinando os ativos com o objetivo de montar uma carteira eficiente, o investidor poderá obter o maior retorno possível com o menor risco possível, para que haja a combinação de ativos se faz importante o uso da correlação. CARTEIRA DE ATIVOS AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Correlação de uma carteira (ρ) Para construir uma carteira eficiente, o investidor deve buscar ativos cujos retornos tenham movimentações diferentes. Isso é possível por meio de avaliação da relação entre as taxas de retornos dos ativos, utilizando a medida estatística, chamada correlação. Correlação é um conceito estatístico utilizado para saber como duas ou mais variáveis se relacionam e comparam o movimento dos retornos, ou seja como um retorno de um ativo se movimenta em relação a outro. Relacionando-se ativos com baixa correlação (ou covariância inversa) é possível reduzir-se o risco total da carteira. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO ü Quando as duas séries variam na mesma direção, teremos uma correlação positiva perfeita. ü Quando as duas séries variam em direções opostas teremos uma correlação negativa perfeita. ü Medimos o grau de correlação através do coeficiente de correlação, este pode variar de +1 e -1. Correlação Positiva e Negativa AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO O objetivo da correlação de uma carteira eficiente é a redução do risco geral, ou seja, a busca por combinar a melhor maneira de combinar ou adicionar a carteira ativos com correlação negativa. No caso de uma correlação positiva, os dois ativos oscilam no mesmo sentido, enquanto quando há uma correlação negativa, as variáveis se movem em sentido contrário, e, quando o valor é zero, não há relação entre os ativos. Correlação Positiva e Negativa AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Método estatístico de calcular a maneira como os retornos se movem relativamente a uma outra carteira de ativos (quanto maior a diferença dos movimentos entre os ativos menor o risco). A medida estatística é o coeficiente de correlação que assume valores dentro de uma faixa de +/-1, para séries que apresentam correlação positiva perfeita, até –1, para séries cuja correlação negativa é perfeita. CORRELAÇÃO E COVARIÂNCIA: AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Modelo de Markowitz O modelo de Markowitz, que usa retorno esperado da carteira (E), a variância da carteira (V), a participação (X) e o retorno esperado de cada ativo (µ) e a covariância entre o par de ativos diferentes (σ), mostra o risco máximo que um investidor está sujeito a aceitar, tendo como objetivo a maximização do nível do retorno sujeito a esse nível de risco. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO O modelo de Markowitz é baseado no conceito de fronteira eficiente, que permite que seja feita a melhor alocação entre os ativos, sempre em busca de maximizar o ganho. Modelo de Markowitz AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO O coeficiente beta de um ativo pode ser determinado a partir de seus retornos históricos em relação aos retornos históricos da Carteira de Ativos do mercado; O coeficiente Beta na verdade é uma regressão linear dos retornos dos ativos com o retorno do mercado. O valor do beta serve para indicar qual será a variação de um ativo. COEFICIENTE BETA AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO O coeficiente beta é uma medida relativa de risco não diversificável. É um indicador de variabilidade do retorno de um ativo em resposta a uma variação do retorno do mercado. O coeficiente beta trabalha a rentabilidade de um ativo. O valor de beta é obtido a partir de dados de retorno. Os retornos históricos de um ativo são utilizados no calculo do coeficiente beta. COEFICIENTE BETA AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Interpretação dos betas – os betas podem ser negativos ou positivos, mas os mais comuns são este último, a maioria esta entre 0,5 e 2,0. Tipos de Beta: BETA DEFENSIVO- Se o beta for menor do que 1,0 Ex: imagine se o Ibovespa varia 5% durante a semana e o beta da ação varia 0,75. Então teríamos: 5% X 0,75 = 3,75% está seria a variação da ação neste período. BETA AGRESSIVO – Se o beta for maior do que 1,0 Ex: imagine o IBOVESPA variando em 4% na semana e o valor do beta da ação em 1,80%, então teríamos: 4 x 1,8 = 7,2% esta seria a variação da ação. BETA NEUTRO – se o beta for igual a 1,0 a rentabilidade da ação acompanha o mesmo parâmetro do índice. AULAS regulares ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Nylvandir LIBERATO Ex: Conforme a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações nas seguintes proporções. APLICAÇÃO: Qual o valor do Beta de Carteira? Β = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5 + 0,08 = 1,03 AÇÃO PARTICIPAÇÃO CARTEIRA BETA ALFA 0,3 1,5
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