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Fatores de formacao dos Solos 2

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Fatores de formação dos Solos - Organismos 
1. INTRODUÇÃO
A preocupação com o conhecimento dos solos encontra-se registrada desde os tempos históricos sendo perceptível a partir do momento em que os homens passaram a cultivar plantas, e a reconhecer as melhores terras para seus cultivos. Em 1883, aparece o livro Chernozem (do russo Tcherno = negro, e zem = solo) de Dokutchaev, que representou o início da Ciência dos Solos Moderna. A importância de seus trabalhos está relacionada com o primeiro reconhecimento da sucessão de horizontes A, B e C dos solos, suas características químicas e físicas, e relações com a origem e evolução dos solos.
É curioso observar que antes do final do século XIX, Hillgard, nos Estados Unidos chega a percepções bastante próximas, organizando o reconhecimento e o mapeamento de solos, sobretudo nas frentes pioneiras, a partir de suas qualidades e características (textura, cor, análises de solos e nutrientes).
Sendo assim, intensificaram os estudos pedogenéticos, em que houve inclusão de fatores e processos de formação de solos, permitindo fazer comparações entre as variações desses fatores e processos, que resultaram nas várias classes de solos, com peculiaridades capazes de diferenciá-los uns dos outros. Dentro deste contexto, enquadram-se os fatores de formação de solos, que são: material de origem, clima, organismos, relevo e tempo.
Particularmente em relação aos organismos do solo, estes envolvem a fauna, flora, além de microrganismos, como bactérias e fungos, sendo muito importantes no processo formação e evolução dos solos nos diversos ambientes da Terra. De modo geral, os organismos atuam na pedogênese por meio da biociclagem, adição de matéria orgânica, proteção do solo, agregação do solo, e bioturbação.
Organismos vegetais maiores, por exemplo, desempenham um papel fundamental na formação do solo, pois normalmente possuem um sistema radicular profundo, que absorve água e nutrientes em uma maior faixa de exploração, e deposita matéria orgânica (não decomposta) na superfície do solo, o que possibilita, pela ação conjunta com outros organismos, a ciclagem deste material orgânico depositado, que pode ser incorporado ao solo, e atuando no desenvolvimento do perfil. Outro efeito importante dos organismos de cobertura no solo é a proteção que eles oferecem reduzindo a exposição de material superficial ao impacto das gotas de chuva, bem como reduzindo o escorrimento superficial da água no solo, contribuindo para a sua conservação e pedogênese.
Outros organismos, como cupins, minhocas, formigas, aves, e microrganismos diversos também são muito importantes nas atividades bioquímicas que transformam materiais orgânicos e minerais em solo propriamente dito. 
Dentro dos organismos, uma porção diferencial se refere ao homem, que pode influenciar os fatores de formação como o microclima (irrigação), material de origem (correções e fertilizações), relevo (práticas mecânicas de conservação do solo), organismos (introdução ou seleção de espécies).
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Influência dos organismos nos processos de formação de solo
Sendo a Terra a interação entre a atmosfera, hidrosfera, biosfera e geosfera, Dokuchaev em 1898 propôs que as combinações peculiares entre relevo, clima e organismos atuando sobre as rochas num dado tempo resultariam num solo com características particulares.
Sabe-se que os processos naturais da Terra seguem trajetórias cíclicas, dentre eles o ciclo geobioquímico, onde a energia solar, através dos organismos, atua sobre a massa inorgânica iniciando o processo de formação do solo. Os compostos orgânicos exudados por liquens, por exemplo, na superfície da rocha, rompe a sua rede cristalina liberando assim substrato e nutrientes para outros organismos do solo, mantendo assim o ciclo.
2.1.1. Processos genéricos de formação do solo
São processos como adição, transformação, e translocação, que ocorrem no corpo do solo devido à atuação dos fatores de formação do solo. São descritos abaixo os processos:
Adição: compreende qualquer adição externa que entra no corpo do solo, por exemplo, adição de matéria orgânica por morte de animais, fezes ou raízes mortas.
Translocação: Este processo se da pela eluviação de matéria orgânica, argila silicatada e óxidos do horizonte A para o B. Também caracterizada pelo movimento de outros materiais dentro do perfil em outras direções. Além disso, o processo de translocação é favorecido pelo preenchimento de espaços deixado por raízes decompostas, cupins, minhocas, formigas e outros organismos do solo.
Transformação: as transformações dos constituintes do solo podem ser de origem química (oxidação, redução, dissolução e hidrólise), física (ação de compressão feita por raízes; escavação de microrganismo e ciclo de umedecimento e secagem com quebra de agregados sendo coodernado pela presença da cobertura vegetal) e biológica (decomposição da matéria orgânica).
A ação mais pronunciada de um ou mais desses processos genéricos conduz aos chamados processos específicos de formação do solo (latossolização, podzolização, hidromorfismo, salinização e calcificação).
2.1.2. Processos específicos de formação do solo
Na formação dos solos, é generalizado o uso de expressões que indicam a dominância de alguns processos associados com certa condição de clima e organismos, isto é, bioclimática, ou a uma condição local de topografia e excesso de água ou sais (Quadro 1).
Quadro 1. Condições bioclimáticas, locais e classes de processos de formação de solo (tendências)
	CONDIÇÕES BIOCLIMÁTICAS
	CONDIÇÃO LOCAL
	
	
	
	
	Excesso de água
	Excesso de água e sais
	Frio e seco
	Pradaria (gramínea)
	Floresta
	Frio e úmido
	
	
	
	
	Podzolização
	
	
	
	
	
	Podzolização
	
	
	
	
	Calcificação
	Latossolização
	
	Hidromorfismo
	Halomorfismo
	
	
	Latossolização
	
	
	
	Quente e seco
	→ → → → → → → → → → → →
	Quente e úmido
	
	
Podzolização: Este processo específico é caracterizado pela translocação de argila e de compostos organominerais dentro do perfil.
Mesmo que a translocação seja um processo de destaque, também os processos de adição, perda e transformação estão a ocorrer. Essa classe de processos consiste essencialmente na translocação de material do horizonte A, acumulando-se no horizonte B.
Se o material translocado é matéria orgânica e óxidos de Fe e Al, o que geralmente acontece quando o material de origem é pobre em argila e a drenagem é deficiente, tem-se um solo B podzol (ou espódico). 
A área bioclimática típica desses solos esta nas regiões frias do globo com vegetação de coníferas, mas algumas condições locais como, por exemplo, ao longo das áreas de restinga, trechos de Platôs Litorâneos, no chamado Leque do Taquari (Pantanal) e num trecho muito expressivo da bacia do rio Negro na Amazônia (AM e RR), podem dar origem a tais solos, mesmo em regiões mais quentes.
Se o material translocado é argila silicatada que se deposita nas superfícies dos agregados do horizonte B e forma a cerosidade, tem-se um solo com B textural (Bt).
Hidromorfismos: O excesso de água imprime ao solo certas características peculiares. O arejamento deficiente condiciona uma decomposição lenta da matéria orgânica, provocando seu acúmulo em um ambiente de redução, que transforma Fe e Mn em formas reduzidas facilitando sua migração ou a toxidez para as plantas.
Existe um grupo de solos onde o efeito de hidromorfismo é marcante, sendo denominados solos hidromórficos, tais como: Solos Orgânicos, Glei Húmico, Glei Pouco Húmico, Hidromórfico Cinzento, Planossolo, Podzol Hidromórfico, grande parte dos Plintossolos, alguns Vertissolos e alguns solos salinos-Solonchak e Solonetz Solodizado.
Calcificação: Essa classe de processos consiste na translocação (redistribuição) de CaCO3 no perfil, o que provoca sua maior concentração em alguma parte do solo.
A área bioclimática típica desse processo corresponde às regiões onde a precipitação não é suficiente para removerdo solo todos os carbonatos; a vegetação é de pradaria, havendo um grande acúmulo de matéria orgânica. Há formação de horizonte A espesso, rico em matéria orgânica e com alta saturação por bases. Este é o horizonte A chenorzêmico.
Solos que sofreram o processo de calcificação podem também ocorrer sob florestas em regiões não muito secas. Neste caso, não há tendência tão pronunciada de formação de um horizonte chernozêmico.
2.1.3. Matéria orgânica
O acúmulo de matéria orgânica é dependente do material de origem, aeração do solo e a presença de microrganismos capazes de promover ou não a mineralização deste material.
Outro fator de grande importância é o acúmulo da matéria orgânica, o que também proporciona maior conservação da umidade, bem como condiciona o ambiente à vida de outros organismos.
Os teores de M.O. são atributos diagnósticos a serem utilizados como critérios para a classificação de um solo.
Horizontes diagnósticos fortemente influenciados pelo teor de M.O.:
horizonte A fraco: cor clara, menos de 1% de M.O.;
horizonte A húmico: rico M.O., espesso, bastante escuro, com baixa saturação por bases e com elevado teor de carbono orgânico em profundidade;
horizonte A chernozémico: rico M.O., espesso, bastante escuro e com saturação por bases maior que 65%;
horizonte A proeminente: semelhante ao horizonte A chernozémico, porém apresentando saturação por bases inferior a 65%. Difere-se do horizonte A húmico por apresentar menor teor de carbono orgânico em relação à profundidade;
horizonte A moderado: teores de carbono orgânico variáveis, espessura e/ou cor que não satisfaça aqueles requeridos para caracterizar os demais;
horizonte A hístico (trufoso): essencialmente orgânico, formado em condições de excesso de água permanente ou temporário;
horizonte B espódico: formado pela iluviação de M.O. para o horizonte B, tem um horizonte orgânico.
2.1.4. Cobertura Vegetal
A ação mais importante da cobertura vegetal é, porém, nos fenômenos de adição, tanto na superfície, através dos resíduos vegetais aí depositados, como no interior do solo, mediante restos que decompõem. Dependendo da espécie fornecedora e do clima, formam-se variados compostos orgânicos, promovendo ações específicas sobre a complexação de compostos químicos e as translocações seletivas internamente no solo.
A cobertura vegetal tem efeito nas condições microclimáticas e até climáticas regionais que podem sofrer mudanças com as grandes alterações na cobertura vegetal em amplas extensões territoriais.
As árvores desempenham um papel fundamental na formação do solo, pois normalmente possuem um sistema radicular profundo, que absorve água e nutrientes em todo o perfil do solo, e deposita matéria orgânica (não decomposta) na superfície do solo, podendo formar o horizonte O. Outro efeito importante das árvores (e horizonte orgânico formado por estas) é a proteção que eles oferecem ao solo, reduzindo a exposição do mesmo ao impacto das gotas de chuva, bem como reduzindo o escorrimento superficial da água no solo, permitindo que o solo se conserve melhor, mesmo em condições de relevo bastante acidentado. Este efeito também irá favorecer os corpos de água (rios, lagos, etc.) que receberão menor carga de sedimentos.
Pela vegetação pode sugerir que o regime de matéria orgânica dos solos sob floresta é mais dinâmico (maior produção e maior decomposição por unidade de tempo) do que aqueles dos solos sob cerrado. Essa dinâmica é muito importante no influenciar a mineralogia do que o teor de matéria orgânica.
Plantas superiores e resíduos animais constituem a principal fonte de nutrientes e energia para os microrganismos do solo. Após a deposição e incorporação desses resíduos ao solo, os microrganismos iniciam o processo de decomposição desses materiais, utilizando-os como fonte de nutrientes e energia. Assim, o teor de C orgânico do solo é resultante do balanço entre incorporação e decomposição da matéria orgânica. Sob condições ótimas para a atividade microbiana, o material orgânico é decomposto tão rapidamente que não há acumulação significativa. Por outro lado, sua acumulação ocorre quando a produção anual de matéria orgânica é alta ou há restrições para a sua decomposição devido à temperatura baixa, falta de água, deficiência de oxigênio ou carência de nutrientes. Entretanto em ambientes marginais, se as condições de decomposição forem inadequadas, a acumulação pode ser grande, a despeito da produção vegetativa ser baixa.
As gramíneas incorporam mais material orgânico no solo do que as florestas, e um teor mais elevado de argila favorece o incremento de carbono orgânico no solo, pois a associação entre compostos orgânicos e argila dificulta a decomposição. Foi documentada a ligação entre goethita e ácidos húmicos, reduzindo substancialmente a adsorção de fósforo. A presença de moléculas orgânicas entre as camadas de esmectita é um registro antigo, sendo até considerada como responsável pelo escurecimento dos Vertissolos.
Com fundamental importância e em seu sentido mais amplo, a biociclagem ocorre em função da ciclagem dos elementos químicos de composto inorgânicos a composto orgânicos nos organismos, e no que se refere ao retorno desses elementos inorgânicos pela oxidação dos compostos orgânicos pela morte dos organismos ou de suas partes (por exemplo, folhas e raízes). Visto que este ciclo pode ocorrer inteiramente dentro do solo através do crescimento e decomposição microbiana do solo, a inclusão de plantas superiores no ciclo tem impactos maiores na formação do solo. 
A biociclagem por plantas superiores é quimicamente complicada, envolvendo numerosas transformações bioquímicas. Com a finalidade de compreender o papel principal da biociclagem na formação dos solos, podemos focalizar na sequência de eventos relativamente simples, como segue. As plantas extraem a maioria dos nutrientes necessários para seu crescimento e metabolismo na forma de íons inorgânicos da solução do solo em torno de suas raízes (rizosfera). O carbono é capturado no ar pelos estômatos das plantas na forma de dióxido de carbono. Dentro de suas células, as plantas sintetizam carboidratos, gorduras, proteínas, ácidos nucléicos e outros compostos orgânicos.
Quando parte ou toda planta morre, estes compostos orgânicos transformam-se em substratos para microrganismos, tendo por resultado a liberação do dióxido de carbono e a água e, o mais importante para a composição do solo, os nutrientes contidos nas plantas (nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre, etc.). Embora muitas reações identificadas sejam envolvidas, o resultado final é o movimento físico de elementos essenciais do volume inteiro de solo explorado pelas raízes das plantas e a concentração destes elementos onde quer que a biomassa morta da planta seja depositada para a decomposição. A morte das raízes das plantas permite um ciclo dos nutrientes diretamente dentro do solo. Geralmente, uma grande proporção da biomassa morta é depositada na superfície do solo como litter, especialmente em ecossistemas florestais.
Quando o processo de biociclagem continua, ininterrupto pela remoção da biomassa das plantas do local do crescimento, a camada superficial do solo recebe um influxo líquido de nutrientes, e as partes mais profundas do solo exploradas pelas raízes experimentam uma perda líquida desses nutrientes. Além disso, com a decomposição dos compostos orgânicos, seus constituintes se tornam relativamente solúveis e disponíveis para a absorção pelas raízes das plantas e pelos microrganismos do solo.
Assim, os horizontes superiores contêm quantidades maiores de formas solúveis de nutrientes do que os horizontes subsuperficiais. Geralmente estes também contêm mais carbono orgânico do que a maioria dos horizontes subsuperficiais por causa do enriquecimento na ou perto da superfície por plantas remanescentes.
2.1.5. Microrganismos
As comunidades de organismos micro e macroscópicos que habitam o solo realizam atividades imprescindíveis para a manutenção e sobrevivência das comunidades vegetaise animais. 
No solo as principais atividades dos organismos são a decomposição da matéria orgânica, produção de húmus, ciclagem de nutrientes e energia, fixação de nitrogênio atmosférico, produção de compostos complexos que causam agregação do solo, decomposição de xenobióticos e controle biológico de pragas e doenças, proporcionando assim, condições ideais para uma biodiversidade extremamente elevada.
Os principais fatores que afetam os microrganismos do solo são: substratos e fontes de energia, fatores de crescimento, nutrientes minerais, composição e força iônica da solução do solo, pH, composição e pressão atmosférica, umidade, potencial redox, temperatura e radiação solar, profundidade e cobertura vegetal, interações entre organismos e impactos antropogênicos.
Com base em seu tamanho, a biota do solo pode ser dividida em micro, meso e macrorganismos, tanto de fauna e flora. Os microrganismos são as bactérias, fungos e algas. A microfauna são protozoários, rotíferos, nematóides. A mesofauna são os ácaros, Collembolas, enquitríqueos. A macrofauna é representada por minhocas, cupins, formigas, coleópteros, arachnídeos, miriápodos, entre outros.
A densidade de todos os grupos de organismos (tabela 1) varia em função de características edáficas e climáticas específicas de cada ambiente. As bactérias representam o grupo mais numeroso. Os fungos, bactérias e minhocas são aqueles que geralmente apresentam maior biomassa. Em termos de biomassa os organismos do solo podem exercer mais de 10 toneladas por hectare, quantidade esta equivalente ou até maior que as melhores produções de certas culturas agrícolas.
A atividade biológica do solo é uma denominação genérica para a ação dos organismos vivos do solo, tanto animais quanto vegetais. Esses organismos têm forte influência na gênese e manutenção da organização dos constituintes do solo, principalmente nos horizontes superficiais. As raízes das plantas, por exemplo, alteram o pH do solo ao seu redor e, ao morrer e se decompor, deixam canais. Formigas, cupins e minhocas manipulam, ingerem e excretam material de solo formando microagregados e construindo poros.
Muito relevante é a ação dos organismos, microrganismos e mesmo da vegetação, exercida na composição do ar dos solos. A função respiratória dos seres vivos e as transformações inerentes ao metabolismo alimentar afetam reações de oxidação, redução, carbonatação, condicionando a solubilização de minerais de rochas, de compostos químicos inorgânicos delas derivados, tornando-os mobilizáveis ou não nas águas que transmitem nos solos.
Tabela 1. Tamanho, densidade e biomassa dos principais grupos de organismos do solo por m2 (Modificado de Metting-Jr, 1992 e Decaens et al. 1994)
	
	
	
	Grupo
	Biomassa
	Densidade
	
	g
	Número
	Microrganismos
	
	
	Bactérias
	50
	1014
	Fungos
	100
	1011
	Algas
	1
	1010
	Microfauna( <0,2 mm)
	
	
	Protozoários
	9
	1010
	Rotíferos
	0,01
	105
	Nematóides
	10
	107
	Mesofauna (0,2 - 10 mm)
	
	
	Ácaros
	1
	105
	Colêmbolas
	0,6
	104
	Enquitríqueos
	2
	104
	Macrofauna (>10 mm)
	
	
	Minhocas
	50
	102
	Cupíns
	4
	103
	Formigas
	0,5
	103
	Coleópteros
	2,5
	102
	Arachnidas
	0,5
	10
	Myriapodas
	1,5
	10
	Outros
	2,5
	102
Bactérias e fungos exercem um papel importante na formação do solo, pois tem função extramente ativa no ciclo dos elementos químicos do solo. No ciclo do fósforo inclui mineralização e imobilização, solubilização de fósforo inorgânico presentes nos minerais pela liberação de ácidos orgânicos e inorgânicos e agentes quelatantes. Mineralização do fósforo orgânico é importante fonte de fósforo para o crescimento da planta, principalmente em solos não agricultáveis. Dois outros nutrientes, ferro e manganês são transformados no solo. Formas reduzidas (Fe2+ e Mn2+) podem ser oxidados por algumas bactérias provindo fonte de elétrons para a produção de energia. Formas oxidadas (Fe3+ e Mn4+) podem ser utilizadas como aceptores final de elétrons na cadeia de transporte de elétrons da respiração, isto ocorre geralmente na ausência de concentrações idéias de O2 no solo. O processo de redução aumenta a solubilidade desses elementos. Redução de ferro também confere características de cores acinzentadas presentes em solo com pouca drenagem. Microrganismos como bactérias, cianobactérias e actinomicetos, tem a capacidade de fazer redução enzimática do N2, através de um processo conhecido como fixação biológica de nitrogênio (FBN), processo esse que é responsável pela adição de cerca de 140 milhões de toneladas anuais de N.
Bactérias e fungos também têm um papel importantíssimo no ciclo do nitrogênio no solo, através de processos de oxidação (mineralização e nitrificação) e redução (amonificacação e desnitrificação) do N.
Vários outros elementos químicos no solo também podem sofrer processos de oxiredução pela ação destes organismos.
Foi descoberto recentemente sob florestas de coníferas na Europa uma rede de microporos em minerais formados por fungo através da exsudação de ácidos orgânicos. Acredita-se que hifas micorrizicas translocam minerais dissolvidos de microporos isolados diretamente para a planta hospedeira, contornando assim a competição de nutrientes com outros organismos e acelerando ainda mais os processos de intemperização desde minerais.
Minhocas e minhocuçus atuam na pedogênese devido a suas escavações no perfil do solo o que aumenta a infiltração de água favorecendo a lixiviação de bases, talvez até a perda de sílica, favorecendo a formação de goethita. Estes organismos também atuam transformando o horizonte Cr, que ainda apresenta a estrutura de rochas, em horizonte C, e além disso, são grandes homogeneizadores do solo.
Outros organismos também deixam as suas marcas. A biopedoturbação promovida pelas formigas e térmitas merece destaque na paisagem brasileira. Galerias produzidas pelas formigas têm, pelo aumento da taxa de infiltração, trazido preocupações ou mesmo impedido localmente a irrigação em sulcos. 
A chamada terra de formiga tem uma semelhança de tal ordem com a estrutura granular dos Latossolos que já houve sugestão de que a estrutura desses solos fosse de origem biológica. Outros organismos, além das formigas, produzem esse tipo de estrutura, sendo até comum, quando se examinam perfis de solos, a presença, por exemplo, de ninhos ou canaletas preenchidos por material granular, às vezes até com o restante do solo tendo estrutura maciça ou em blocos. 
Os termiteiros podem alterar substancialmente a topografia de certas áreas, originando, por exemplo, microrrelevos tipos murundus.
Os macrorganismos como tatu, gophers, esquilo de solo tem relevada importância no processo de formação de solo, por suas escavações que promovem grandes fendas e aberturas no solo, facilitando a entrada de água e alterando significamente o ar no perfil do solo, o que promove um aceleramento drástico no processo de intemperismo, além de expor parte do solo das camadas mais profundas do perfil a superfície.
2.2. Pedogênese pela atividade da mesofauna
A atividade de animais pode ser bastante expressiva no que se refere à participação na pedogênese, através de processos de biopedoturbação.
Materiais grosseiros como argila, e matéria orgânica de camadas mais superficiais podem movimentar-se ao longo do perfil do solo, de maneira descendente, pelos canais abertos por anelídeos, pedotúbulos, o que podem proporcionar microrregiões mais apropriadas ao desenvolvimento de raízes.
Segundo Rezende, 1980; Corrêa, 1984; Lani, 1987, citados por Resende et al. 2002, há fortes indícios de atividade de paleovermes em alguns solos do Sudeste do Brasil, pois atualmente é possível verificar a presença de galerias vermiformes que perfuram profundidades de até cerca de 30 m nestes solos.
Ainda segundo Resende et al. 2002, estes organismos atuaram ativamente facilitando a lixiviação de bases, e transformando o horizonte Cr em C.
Além destes, a atividade de formigase térmitas (isópteras) são bastante significativas em regiões tropicais e subtropicais, aumentando também a velocidade de infiltração de água e estruturação dos solos, criando agregados granulares.
Talvez a formação pedológica mais expressiva diretamente inerente a estes organismos, sejam os microrrelevos tipo murundus, em zonas sob domínio de Cerrado ou Savana.
Algumas evidências no que se refere à gênese destes microrrelevos sugerem ser os térmitas como agentes principais nesta formação, tais como exemplo a homogeneidade de dimensões dos murundus ao longo da inclinação do terreno, e fragmentos de termiteiros no interior destas construções, Corrêa (1989) citado por Resende et al. (2002), sendo ainda a ação dos predadores destes, como tatus e tamanduás, com importância indireta na formação destes, pois além de controlar a população, ao destruir os termiteiros "obrigam" os insetos a intensificar a restauração e aporte de solo para suas edificações.
Caracterizando-se por estruturas agrupadas com configurações tendendo à cônica, com diâmetros que podem atingir 15 m de base, altura raramente ultrapassando os 3 m, em maior densidade em locais associados a hidromorfismo temporário mais intenso.
Resende et al. (2002) propõe uma série de eventos referentes à gênese destes:
1. Espécies de térmitas adaptados para situações de terrenos submetidos a um forte hidromorfismo temporário, constroem estruturas simples fixadas em tufos de gramas que servirão de suporte para uma estrutura maior;
2. Quando esta comunidade de térmitas sucumbir pela ação de predadores, por exemplo, outra se instala no local previamente preparado, aumentando assim a estrutura;
3. Formação de montículos incipientes;
4. Nestes montículos, outras espécies de térmitas são capazes de instalarem-se. Um aspecto heterogêneo nestas construções sugere a participação de várias espécies nesta construção. Por se tratarem de elevações no terreno, existe uma escala de predominância de espécies de animais e vegetais ao longo de sua estrutura, sendo aquelas menos tolerantes a alagamentos ocupando o topo;
5. A construção dos murundus seria um processo cumulativo, em duas vias distintas.
Em terrenos sujeitos às inundações temporárias, tais como lagoas temporárias e planícies fluviais, o desenvolvimento aparente se deu a partir de um único montículo inicial, sendo os murundus mais espaçados nestes locais.
Os murundus podem desenvolver-se também por um processo de coalescência, com a aglutinação de montículos, em áreas de ressurgência temporária do lençol freático, sendo mais numerosos aí, o que torna mais comum o processo de coalescência, e murundus mais alongados.
Em suma, os microrrelevos de murundus, em especial do Brasil Central, provavelmente se devem a uma série de atividades biológicas cumulativas, traduzidas por um aporte considerável de material do subsolo à superfície do solo, embora este remonte de material pelos térmitas, possa, no entanto, não ter proporcionado qualquer alteração mineralógica, química ou textural nas áreas de influência, em razão do grau avançado de intemperismo dos solos associados.
Em algumas condições, a baixa profundidade do lençol freático pode ter sido limitante para maior abrangência de profundidade de exploração dos térmitas.
A tendência dos murundus, quando não há mais atividade termítica significativa é serem todos arrastados pela ação de processos erosivos, dinâmica a qual está associada à evolução da paisagem como um todo.
2.3. Solos ornitogênicos
Em todas as partes do planeta, a presença dos organismos nos ambientes é de fundamental importância para o processo de desenvolvimento dos solos, conforme mencionado por Jenny no início da década de 40. Dessa forma, para o continente Antártico, mesmo que os fatores que influenciam na formação dos solos atuem de forma mais lenta, eles ocorrem, principalmente pela ação dos organismos presentes no ecossistema, sendo capazes de alterar o material de origem, configurando em uma pedogênese local bastante peculiar. Para Albuquerque Filho et al. (2004), a lentidão dos processos pedológicos no continente Antártico, em razão do clima frio, da baixa energia luminosa e umidade, associados com locais cujo aporte de matéria orgânica e água liquida é muito baixo, resultam em solos que apresentam estreita relação com o material de origem, em termos de características químicas.
No entanto, em locais como a Antártica Marítima, cujas características do ambiente, como luminosidade, temperatura, e umidade, são mais favoráveis, criam-se melhores condições para a atividade pedogenética. Nestes locais, os processos de hidrólise dos minerais e lixiviação de bases, além de maior presença de aves e colonização por cobertura vegetal mais densa, resultam em alterações físico-químicas dos solos reconhecidamente distintos da maior parte do continente (Albuquerque Filho et al., 2004). Simas et al. (2004) revelaram que a cada ano, a utilização intensa do ambiente terrestre pela avifauna resulta em elevado aporte de materiais orgânicos, como guano fresco, casca de ovos e restos de animais. Nestes locais, há o desenvolvimento de algas, cobertura microfítica de liquens, briófitas e raras plantas superiores, que são capazes de fixar o C atmosférico e incorporá-lo ao solo, sendo sua concentração dependente da baixa temperatura, que retarda sua transformação, além da ação decompositora dos microrganismos e das perdas por erosão e lixiviação (Albuquerque Filho et al., 2004).
Dessa forma, os compostos orgânicos produzidos pela avifauna (principal fonte de matéria orgânica são os pinguins) e cobertura vegetal passam por um processo de mineralização, em que há rápida decomposição de formas menos resistentes, que são volatilizadas ou lixiviadas, acompanhada pela gradual concentração de matéria orgânica mais resistente, como a quitina, ácido úrico, e minerais de fosfato (Simas et al., 2004). Para estes autores, a mineralização dos compostos orgânicos e a interação com o substrato mineral deram origem aos solos ornitogênicos, que ocorrem tanto em terraços marinhos atuais, em pinguineiras ativas, como em paleoterraços (soerguidos isostaticamente pelo recuo das geleiras), onde antigas pinguineiras foram abandonadas pelas aves em busca de áreas mais próximas ao mar. Dessa forma, o caráter ornitogênico é usado para designar os solos cuja gênese foi influenciada diretamente pela atividade das aves.
Para Albuquerque et al. (2004), um fator muito importante na formação dos solos resulta no processo microbiológico de mineralização do guano, em que fósforo e nitrogênio orgânico são transformados, liberando nutrientes que são transportados pela água e retornam parcialmente ao oceano (figura 12). Estes microrganismos são chamados psicrotróficos ou psicrotolerantes, cuja atividade metabólica se encontra próximo de 0 a 30-35 °C, e que são exemplos as bactérias, fungos, algas e protozoários (Albuquerque et al., 2004).
De acordo com o sistema americano (Soil Taxonomy), os solos da Antártica Marítima foram enquadrados como Gelisols (Haplorthels, Aquorthels) (Albuquerque Filho et al., 2004).
Nestes solos, ocorre um processo complexo de fosfatização, devido à reação do guano com a fase mineral do solo, com a ocorrência de diversos minerais de argila fosfatados, incomuns em solos de outros ambientes naturais do planeta (Simas et al., 2004) (Quadro 2).
Quadro 2. Minerais encontrados em solos da Antártica Marítima como resultado do processo de fosfatização
	Urato de amônio
	(NH4»K, Na)0,8(Mg, Ca, Fe)0,1C5H3O
	Estruvita
	Mg(NH4)PO4x6H2O
	Fluorapatita
	Ca5(PO4)3F
	Brushita
	CaHPO4x2H2O
	Leucofosfita
	(NH4K)2(Fe, Al)4(PO4)4(OHF)2x4H2O
	Minyulita
	KAl2(F>OH)(PO4)2x4H2O
	Taranakita
	(K, NH4)3Al5H6(PO4)8x18H2O
	Fosfatos de alumínio amorfos
	Encrustações superficiais
	Al10F9(PO4)7xnH2O
	Grãos internos
	Al10(FOH)3(PO4)9x43H2O
	Fosfatos de alumínio bem cristalizados
	Arctowiskita
	(Al8.4Fe0.6)9(OH)3(PO4)8x27H2O
	Vashegyite
	(Al0.9Fe0.1)PO4x3.5H2O
	VivianitaFe11(PO4)3x8H2O
Simas et al. (2004), procurando fazer uma relação entre a interferência das aves na formação do solo, mostraram, a partir da tabela 2, algumas diferenças entre solos não-ornitogênicos e ornitogênicos:
Tabela 2. Atributos químicos de solos não-ornitogênicos e ornitogênicos
	Profundidade
	pH
	P
	K
	Na
	Ca
	Mg
	Al
	H + Al
	SB
	t
	T
	ISNa
	V
	Prem
	cm
	.....................................................................mg dm-3.....................................................................
	%
	mg L-1
	
	
	
	
	ARC 1 – 147 m de altitude
	0-10
	6,60
	65
	115
	1360
	22,5
	15,3
	0,4
	3,6
	44,0
	44,4
	47,6
	13,3
	92,4
	37,8
	10-20
	7,00
	48
	148
	1440
	29,8
	21,4
	0,1
	2,3
	57,8
	57,9
	60,1
	10,8
	96,2
	32,0
	ARC 2 – 87 m
	0-10
	5,78
	108
	55
	1260
	12,9
	6,9
	1,4
	9,9
	25,4
	26,8
	35,3
	20,5
	71,9
	26,3
	ARC 3 – 45 m
	0-10
	5,72
	61
	77
	420
	7,8
	1,5
	0,4
	6,4
	11,4
	11,8
	17,8
	15,5
	64,1
	30,2
	10-30
	5,47
	70
	71
	740
	12,1
	8,8
	1,1
	7,4
	24,3
	25,4
	31,7
	12,7
	76,6
	28,0
	30-40
	5,68
	219
	87
	380
	16,0
	11,4
	0,7
	9,1
	29,3
	30,0
	38,4
	5,5
	76,3
	31,7
	40-50
	5,47
	282
	102
	300
	14,5
	9,5
	8,4
	17,0
	25,6
	34,0
	42,6
	3,8
	60,1
	20,6
	50-60
	5,24
	385
	105
	328
	11,0
	7,6
	12,4
	25,1
	20,3
	32,7
	45,4
	4,4
	44,7
	7,1
	60-70
	5,18
	412
	111
	324
	8,4
	6,2
	12,9
	27,7
	16,3
	29,2
	44,0
	4,8
	37,1
	5,9
	70-80
	5,17
	419
	118
	346
	8,9
	4,9
	19,1
	27,9
	15,6
	34,7
	43,5
	4,3
	35,8
	4,2
	ARC 8 – 50 m
	0-10
	4,63
	2466
	132
	290
	8,5
	5,6
	2,7
	17,2
	15,7
	18,4
	32,9
	6,9
	47,8
	39,0
	10-20
	4,60
	3911
	184
	306
	4,7
	2,0
	2,6
	16,7
	8,5
	11,2
	25,3
	11,9
	33,9
	45,3
	20-30
	4,50
	4157
	380
	320
	7,7
	1,8
	3,1
	28,2
	11,8
	14,9
	40,0
	9,4
	29,5
	43,3
	30-40
	4,41
	3242
	410
	310
	8,9
	1,3
	4,5
	26,9
	12,6
	17,1
	39,4
	7,9
	31,9
	47,0
	40-60
	4,08
	1933
	300
	280
	9,6
	1,2
	8,4
	28,5
	12,8
	21,2
	41,3
	5,7
	31,1
	50,5
	ARC 9 – 50 m
	10-20
	4,52
	4271
	520
	660
	13,9
	2,4
	5,1
	38,9
	19,7
	24,8
	58,6
	11,6
	33,6
	39,0
	20-30
	3,81
	1734
	1060
	280
	7,4
	1,4
	13,0
	34,8
	12,8
	25,8
	47,6
	4,7
	26,9
	50,8
	30-40
	3,79
	1544
	990
	176
	9,7
	3,7
	10,4
	43,4
	16,6
	27,0
	60,0
	2,8
	27,7
	59,6
	ARC 10 – 5 m
	10-20
	4,35
	626
	780
	125
	2,2
	1,0
	27
	18,3
	5,7
	8,4
	24,0
	6,5
	23,7
	60,0
	20-30
	4,25
	302
	510
	132
	2,0
	0,8
	3,0
	14,4
	4,7
	7,7
	19,1
	7,5
	24,4
	60,0
SB – soma de bases; t – CTC efetiva; T – CTC a pH 7,0; V – saturação de bases no complexo de troca; ISNa – saturação de sódio no complexo de troca.
Para os solos não-ornitogênicos (perfis ARC 1 e ARC 2), ocorrem estrutura granular e epi-pedregosidade nos primeiros 10 cm do perfil. Os teores de Na (variando de 1260 a 1440 mg dm-3) devem-se ao aporte deste elemento por sprays marítimos e à baixa lixiviação em função da extrema aridez deste local (partes mais elevadas da paisagem). A estrutura granular em ARC 1 parece estar associada à alta salinidade. Estes solos apresentam características químicas comparáveis às dos solos de desertos polares da Antártica, nos quais o teor de sais é bastante elevado.
Em comparação aos solos das áreas mais baixas, os teores de Ca, Mg e Na são mais elevados, o pH é mais alto e os teores de Al são mais baixos. A vegetação é virtualmente ausente em ARC 1, com exceção de algum líquen crustoso.
Para os solos ornitogênicos, os valores de pH encontrados foram mais baixos (3,8 – 5,8), disponibilidade de P mais alta, alta atividade do Al e níveis variáveis de Ca, Mg e K no complexo de troca.
Nos solos localizados próximos às pingüineiras, a influencia ornitogênica é bem mais pronunciada. Em ARC 8 (50 m de altitude), verificou-se intensa fosfatização, com níveis de P disponível elevado, chegando a 4.150 mg dm-3 em subsuperfície.
Em ARC 10, foi evidenciado alto teor de K (510 – 780 mg dm-3), indicando a ocorrência de lixiviados ricos em Al e K, além de P, que são retidos nos terraços.
Em relação ao estoque de carbono, Simas et al. (2004) encontraram grande relação entre atividade ornitogênica e acúmulo de C, que se constituíram nos principais reservatórios deste elemento nos solos da Antártica Marítima, conforme tabela 3. Segundo os autores, este fato se deve em grande parte ao elevado aporte de nutrientes, especialmente fósforo, para o ambiente terrestre, possibilitando maior desenvolvimento da vegetação, sendo algumas possuidoras de sistema radicular, cuja incorporação do C em profundidade é mais acelerada do que em solos cobertos por vegetais inferiores, que não possuem sistemas radiculares (líquens e briófitas).
Tabela 3. Acúmulo de carbono no solo. Fonte: Simas et al. (2004)
	Perfil
	Influência ornitogênica
	COT
	Estoque de C
	Profundidade
	Pedregosidade
	
	
	mg kg-1
	kg m-2
	cm
	%
	
	
	
	
	
	
	ARC 1
	Nula
	0,12
	0,15
	20
	36
	ARC 2
	Moderada
	1,71
	1,64
	20
	58
	ARC 3
	Moderada
	1,54
	5,32
	60
	30-60
	ARC 4
	Forte
	1,81
	4,6
	50
	46-56
	ARC 5
	Forte
	3,09
	16,8
	80
	17-65
	ARC 6
	Forte
	0,94
	2,09
	50
	50
	ARC 7
	Forte
	1,29
	4,5
	70
	70-80
	ARC 8
	Forte
	1,57
	2,5
	60
	70-80
	ARC 9
	Forte
	1,31
	0,59
	40
	70-94
	ARC 10
	Forte
	2,15
	2,12
	30
	66
Os dados de COT apresentam a média do perfil.
Diante dos fatos observados, é possível perceber uma relação direta entre a ornitogênese, diversidade vegetal, produção de biomassa e grande incorporação de C nos solos, cujo efeito da atividade biológica principalmente nas pinguineiras é fundamental para o desenvolvimento dos solos. Nas pinguineiras ativas, cujo aporte de guano ricos em fosfato é muito grande, permitindo a proliferação de massa vegetal e de microrganismos, cria-se um ecossistema diferenciado das outras partes da Antártica, em que as condições mais severas do meio físico impossibilitam uma pedogênese mais ativa.
2.4. Interferência humana na formação dos solos
Desde o começo da humanidade o solo foi a base para o sustento da vida. Com o passar do tempo a modificação do solo pelo homem deve ter sido na maioria das vezes involuntária, induzido pelas mudanças da vegetação, muitas delas causadas pelo fogo. Com o advento da agricultura e a domesticação das plantas e dos animais, houve um aumento no uso de recursos do solo. As intervenções humanas foram além das diretas - arar, adicionar calcário, dejetos e fertilizantes – também as indiretas - mudando a vegetação devido derrubada de árvores, mudando o relevo nivelando e terraciando, mudando o regime da umidade com a irrigação e a drenagem, mudando o material de origem com o transporte, despejo ou a exploração das rochas, com a erosão e a sedimentação. Mesmo quando as populações eram pequenas e tecnologias simples, estes efeitos foram sendo acumulados com o tempo, para serem consideráveis (Proudfoot, 1972). Este impacto tornou muito importante e difundida através da pressão firmemente crescente da população e o desenvolvimento de culturas humanas. 
Os dejetos evoluíram para o uso dos fertilizantes fabricados, do qual 140 milhões de toneladas dos nutrientes são aplicadas anualmente. Irrigação, desenvolvida no milênio passado, expandiu aos 260 milhões de hectares. Simultaneamente o ato de terraciar e nivelar o solo foram praticados sobre vastas áreas. Grandes áreas alagadas foram drenadas com a utilização de técnicas disponíveis. Com a expansão da industrialização e urbanização as áreas agricultáveis foram sendo diminuídas, além disto modificando as características do solo com as escavações, a poluição e a eliminação de dejetos no mesmo. Com o contínuo crescimento populacional a influência humana na formação do solo tornou muito mais pronunciada e extensiva do que percebida originalmente.A ação do homem na alteração das características originais da paisagem pode ter consequências passíveis de abordagem sob três níveis: formas, processos, e depósitos superficiais. Estas ações apresentam-se na modificação do relevo e nas alterações fisiográficas da paisagem; em alterações na fisiologia das paisagens; e na presença de solos formados pela atividade humana (antropossolos). A atividade humana é tão marcante que pode ser percebida através de marcos estratigráficos.
A drenagem pluvial (infiltração e escoamento) e a fluvial são alteradas pela ocupação humana, com decorrente intensificação dos processos de escorregamento e aumento da carga sedimentar correlativa (Mendes e Pereira 2004). Embora se trate de uma unidade de conservação, a ocupação promove efeitos típicos encontrados em áreas urbanas, resultando em outra organização da fisiologia da paisagem criada pela sociedade.
O termo 'solos antropogênicos' é usado aqui em uma maneira genérica. Por causa dos diferentes tipos de intervenções humanas e da larga escala das condições do solo resultante das intervenções, não seria apropriado que fossem considerados no conjunto no sistema de classificação. 
Além disso, os termos que refletem um processo de formação de solo não são usados na nomenclatura moderna do solo. Solo calcárico litogênico, solo tropical climogênico, solo de montanha topogênico ou solos jovens temporais, conotando de um fator dominante na formação do solo, na qual diferem nos sistemas de classificação do solo. A diversidade dos solos antropogênicos causou proliferação de diferentes unidades tais como Agrozems, Anthrepts, Anthrosols, Anthrozems, Hortisols, Kultizems, Quasizems, Rigosols, Treposols, Urbanozems e muitos outros. Estes nomes apresentados precisam ser corrigidos para uma maior precisão dos conceitos. 
Afim de evitar a separação das classes, pode ser útil identificar os tipos principais de solos influenciados pelo homem na base de que uma maior caracterização e uma subdivisão mais sistemáticas seriam de grande valia (Dudal et al., 2002). Há seis principais tipos de solos antropogênicos: a) homem induzindo na mudança da classe do solo, b) horizontes diagnósticos alterados pelo homem, c) novos materiais de origem induzidos pelo homem, d) mudança induzida pelo homem no distúrbio do solo profundo, e) mudança da paisagem induzida pelo homem e f) mudanças na superfície do solo induzidas pelo homem. A seguir, são feitas algumas discussões a respeitos destes solos.
2.4.1. Homem induzindo na mudança da classe do solo
Solos que os horizontes diagnósticos têm sido modificados pelas praticas de uso da terra. 
Exemplos(1): 
- Solonchaks (Salids) desenvolveram de Cambisols (Cambids) em ambientes áridos como um resultado da irrigação;
- Plinthosols (Petroferric Udepts) resultando da emergência e endurecimento da plintita próxima a superfície, conseqüência da erosão dos Plinthic Acrisols (Plinthudults);
- Cambisols (Ochrepts) resultado da drenagem artificial Gleysols (Aquepts);
- Orthithionic Fluvisols (Sulfaquepts) derivado de Protothionic Fluvisols (Sulfaquents) através da drenagem;
- Luvisols (Hapludalfs) desenvolvidos de Albeluvisols (Fraglossudalfs) pelos muitos séculos de bioturbação associado pela adição de calcário e dejetos (Langohr and Pajares, 1983). 
Embora tais solos sejam 'antropogênicos' a morfologia deles não é basicamente diferente dos solos naturais. Consequentemente classes novas ou novas designações não são necessárias. A grande ocorrência deles reflete a importância do fator humano na composição da formação do solo da cobertura do presente solo.
2.4.2. Horizontes diagnósticos alterados pelo homem
A formação de 'novos' horizontes diagnósticos ou características resultantes de longo período de aplicações de matéria orgânica ou do cultivo de várzeas. Estes solos foram agrupados sob o termo 'Anthrosols' no World Reference Base for Soil Resources (FAO/ISRIC/ISSS, 1998). Em Soil Taxonomy (Soil Survey Staff, 1999) enriquecimento de matéria orgânica induzido pelo homem tem sido capturado nos horizontes de terras arqueológicas. No Soil Classification for England and Wales (Avery, 1980) estes solos são agrupados como 'Solos húmicos feitos pelo homem', um dos dez principais grupos de solo. Na German soil classification (DBG, 1985) eles são distintos como uma ordem dos 'Solos antropogênicos'.
O novo Russian soil classification (Shishov et al., 2001) difere Agrozems em nível de ordem que mostra 'novos' horizontes feito pelo homem. As acumulações de silte em várzea são chamadas irragric Anthrosols , enquanto que o anthraquic horizons de arroz irrigado com a superfície alagada são distintos como hydragric Anthrosols. Nesse sentido tais modificações na classificação dificultam um bom entendimento na identificação de determinado solo.
2.4.3. Novos materiais de origem induzidos pelo homem
Materiais minerais ou solos orgânicos não consolidados resultante grandemente de aterros, resíduos de minas, restos urbanos, lixões produzido por atividades humanas gerando materiais de origem 'antropogeomórficos' na qual todos fatores de formação de solo pode iniciar a atuação (Kosse , 2000). É este tipo de solos antropogênicos que tem recebido maior atenção sendo que muitas designações foram sugeridas: Spolents (Sencindiver et al., 1978), Potisols (Fanning et al., 1978), Depo-subgrupos e Methanosols (Blume , 1989), este último para resíduos orgânicos que decompõem anaerobicamente e conseqüência da produção de metano em aterros. Superfícies de solos seladas, sob estradas ou construções, são também lembrados a fim de proporcionar dados do gênero e áreas de solos que são perdidos para desenvolvimento urbano e industrial (Blume , 1989). 
2.4.4. Mudança induzida pelo homem no solo profundo
Este tipo de solos antropogênicos refere a profunda aração, trincheiras, escavações, gasodutos, cemitérios, construções, horizontes fortemente quebrados. Estes solos não demonstram horizontes diagnósticos ou somente fragmentos que não são arranjados em qualquer maneira descritiva. Soil Taxonomy (Soil Survey Staff, 1999) reconhece Arents para estes tipos de materiais. Na Alemanha estes solos são classificados como Treposols e Regosols (DBG, 1985). A WRB situam eles como subgrupos Aric.
2.4.5. Mudança da paisagem induzida pelo homem
Terraço é uma técnica de cultura que por longo tempo tem transformado paisagens e solos em muitas partes das Americas, Asia, Africa e Europa (Sandor, 1998). Terraço envolve a segmentação de encostas que transforma a paisagem em um próximo passo para o agro-ecossistema. As encostas são reduzidas em ângulo e comprimento, influenciando a hidrologia, erosão e sedimentação para assegurar a conservação do solo e da água. Formas familiares de terraço incluem terraços irrigados do sudeste da Ásia, banco de terraços em terrenos montanhosos e terraços de corredeiras em regiões áridas. Ao longo, dos terraços levemente declivosos, o perfil original pode ainda estar presente. A influência humana na modificação e na sua extensão são tais que precisam ser identificada e delimitada. Outras mudanças na paisagem que precisa levar em conta são as áreas de mineradoras.
2.4.6. Mudanças na superfície do solo induzidas pelo homem
A forma mais penetrante e exaustiva do homem induzir nas características do solo são as mudanças que alteram a superfície do solo, sendo elas: arar, desmatamento, adição de calcário, fertilização, adição de dejetos, irrigação, drenagem, erosão, incêndios, contaminação por metais pesados. A superfície do solo é de grande importância para o manejo do solo, fertilidade e produção agrícola. É a camada onde sementes germinação, onde o conjunto das raízes desenvolvem, onde a atividade biológica é mais intensa, onde a maior parte dos nutrientes aplicados estão estocados e onde sofrem grandes conseqüências devido as diferentes práticas agrícolas. Ainda as características da superfície do solo não têm recebido um destaque maior nos sistemas de classificação do solo, devido aos horizontessubsuperficiais serem mais estáveis ao longo do tempo.
2.4.7. Terra Preta de Índio
A Terra Preta Arqueológica também chamada de Terra Preta de Índio (figura 14) ou simplesmente Terra Preta - tem essa denominação porque é encontrada em sítios arqueológicos, onde viveram grupos pré-históricos. Por isso, há grande quantidade de material deixado por esses grupos indígenas como fragmentos cerâmicos, carvão e artefatos líticos (de pedra). Normalmente, o material arqueológico é bem diversificado, o que leva a crer que grupos culturais distintos habitaram um mesmo local. 
As áreas com Terra Preta Arqueológica (TPA) são encontradas sobre os mais diversos tipos de solos e normalmente se localizam em terra firme, próximas às margens de rios, em locais bem drenados. A TPA pode ser identificada por sua cor escura, resultado da concentração de substâncias orgânicas depositadas no solo que apresentam altos teores de cálcio, carbono, magnésio, manganês, fósforo e zinco, elementos que tornam a terra fértil.
Segundo Ruivo et al. (2005), a topografia e as características biológicas do solo são fatores importantes para explicar a composição da TPA. Ruivo et al. (2005) explica que as terras pretas ficam em sua grande maioria nas partes elevadas o que poderia facilitar a transformação da matéria orgânica em nutrientes minerais que são incorporados ao solo. Afirma ainda que as terras pretas possuem altos teores de substâncias húmicas, responsáveis pela nutrição e agregação dos solos, o que explicaria, em parte, a fertilidade da TPA. "Alguns microrganismos podem sintetizar as substâncias húmicas de forma diferente dos demais solos adjacentes", afirma Ruivo. Daí a necessidade de se estudar todos os tipos de vida que fazem parte do solo e ainda a fauna que habita o sítio e o entorno dessas áreas e que, de alguma forma, possam ter contribuído para a formação dos solos.
REFERÊNCIAS
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