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Relatório versão final Alysson Brito

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
Discente: Alysson Kaio de Brito. 
 
 
 
 
 
 
 
Campina Grande, Dezembro de 2015. 
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS 
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS 
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
_________________________________________________________ 
ALYSSON KAIO DE BRITO 
Estagiário de Engenharia 
 
 
 
 
 
_________________________________________________________ 
Eng.° LAVOISIER SILVA GARCIA DA COSTA 
Supervisor de Estágio 
 
 
 
 
 
_________________________________________________________ 
Prof.ª Dra. ANDRÉA CARLA LIMA RODRIGUES 
Supervisora Acadêmica 
 
 
 
Relatório entregue ao curso de 
graduação em Engenharia Civil da 
Universidade Federal de Campina 
Grande, exigido pela grade curricular 
como pré-requisito obrigatório para a 
obtenção do grau de Engenheiro Civil. 
 
 
 
Campina Grande, 
04 de Dezembro de 2015. 
2 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 Dedico este trabalho a toda a minha família, amigos e professores; em especial 
aos meus pais Gilvomar Gomes de Brito e Zilda Souto de Brito, que depositam sua fé 
em mim ao apoiar minhas escolhas dando-me forças nos momentos bons e ruins, 
durante toda minha caminhada de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
AGRADECIMENTOS 
À Deus, pela oportunidade de realizar meu sonho. 
Agradeço aos meus amados pais, Zilda e Gilvomar, pelo apoio, incentivo e por 
toda dedicação. Ao meu irmão Artur pela admiração. 
Aos meus avós, Dionísia e José Luís, que em seus momentos de vida me 
trataram sempre com amor e carinho e a minha avó Maria Brito por sua preocupação e 
amor. 
A todos os meus tios e primos pelas orações, carinho e apoio. 
Aos meus amigos de curso Janaína Leite, Wlysses Wagner, Rafael Gomes, 
Andrezza Farias e Paloma de Sousa que estiveram ao meu lado, nos momentos bons e 
ruins durante o curso, ajudando-me a amadurecer. 
A todos os professores que tive até hoje, que de algum jeito elevaram meu 
conhecimento. Em especial a professora Dr.ª Izabelle Marie Trindade Bezerra pelo 
apoio atenção e acompanhamento nas monitorias e projetos de pesquisa e a professora 
Dr.ª Andréa Carla Lima Rodrigues pela orientação e carinho como supervisora 
acadêmica do meu estágio curricular. 
A Ourovel Construções e Empreendimentos Imobiliários pela oportunidade de 
estágio. Agradeço aos Engenheiros, Mestres e todos os trabalhadores que fizeram parte 
da obra do Residencial Tom Jobim que me acompanharam durante o estágio, pelo 
apoio, respeitos e conhecimentos repassados. 
E por fim, aos velhos amigos e aos novos amigos que conquistei, agradeço à 
torcida que, de alguma forma, me ajudou a chegar até aqui! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO 
NOME: Alysson Kaio de Brito. 
CURSO: Engenharia Civil. 
PERÍODO DE ESTÁGIO: De 06/04/2015 a 04/08/2015. 
CARGA HORÁRIA: 20 horas semanais. 
TURNO: Vespertino. (Segunda a Sexta das 13:00 ás 17:00 horas) 
 
IDENTIFICAÇÃO DO ORIENTADOR DE ESTÁGIO 
NOME: Andréa Carla Lima Rodrigues, professora da Unidade Acadêmica de 
Engenharia Civil. Universidade Federal de Campina Grande. 
 
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 
NOME: Ourovel - Construções e Emp. Imobiliários LTDA – ME. 
ATIVIDADE: Execução de obra de infra e superestrutura de habitação multifamiliar. 
REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO: Residencial Tom Jobim. 
SUPERVISOR DO ESTÁGIO: Lavoisier Silva Garcia da Costa. 
ENDEREÇO: Rua Francisco Guedes de Moura, 122 – Catolé - Campina Grande, PB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10 
1.1. Objetivo Geral ..................................................................................................... 10 
1.2. Objetivos Específicos .......................................................................................... 10 
2. CARACTERIZAÇÃO DA OBRA ............................................................................. 11 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 12 
3.1. Canteiro de Obras ................................................................................................ 12 
3.2. Locação da Obra .................................................................................................. 12 
3.3. Fundações ............................................................................................................ 13 
3.4. Alvenaria ............................................................................................................. 13 
3.5. Estrutura da Construção ...................................................................................... 13 
3.6. Forros ................................................................................................................... 14 
3.7. Cobertura ............................................................................................................. 14 
3.8. Revestimento de Paredes ..................................................................................... 15 
3.9. Revestimentos de Áreas Molhadas ...................................................................... 15 
3.10. Contrapiso e Piso ............................................................................................... 15 
3.11. Esquadrias .......................................................................................................... 16 
3.12. Pintura ................................................................................................................ 16 
3.13. Instalações Hidrossanitárias .............................................................................. 17 
3.14. Instalações Elétricas .......................................................................................... 17 
3.15. Orçamento ......................................................................................................... 18 
4. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 18 
4.1. Concretagem de uma Laje Nervurada ................................................................. 18 
4.2. Locação e Assentamento de Alvenaria ................................................................ 21 
4.3. Instalações Elétricas ............................................................................................ 22 
4.4. Instalações Hidrossanitárias ................................................................................ 24 
4.5. Execução de Contrapiso e piso ............................................................................ 27 
4.6. Quantitativo de Pastilhas (Revestimento das fachadas) ...................................... 31 
6 
 
4.7. Quantitativo de Revestimentos Internos .............................................................. 32 
4.8. Quantitativo de Volume de Concreto para Concretagem de uma Laje ............... 34 
4.9. Orçamento de uma Reforma ................................................................................ 35 
5. PATOLOGIAS DA OBRA ........................................................................................ 38 
5.1. Adensamento do Concreto Aplicado numa Laje .................................................38 
5.2. Conexão de Tubos PVC Realizadas por Aquecimento ....................................... 38 
5.3. Fissuração numa Camada de Emboço ................................................................. 39 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 41 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Residencial Tom Jobim. ................................................................................ 11 
Figura 2 - Montagem da Estrutura e Espaçadores completa. ......................................... 19 
Figura 3 - Detalhe do Espaçador e da Armadura Negativa da Laje Nervurada. ............ 19 
Figura 4 - Realização do ensaio de Slump Test e verificação do abatimento. ............... 20 
Figura 5 - Moldagem dos corpos de prova para obtenção da resistência do concreto 
usinado. ........................................................................................................................... 20 
Figura 6 - Despejo no Concreto na Laje utilizando carrinho de mão. ............................ 20 
Figura 7 - Espalhamento e Adensamento do Concreto na Laje. .................................... 20 
Figura 8 - Adensamento do Concreto na Laje. ............................................................... 20 
Figura 9 - Acabamento final da Laje Concretada. .......................................................... 20 
Figura 10 - Caminhão Betoneira. ................................................................................... 21 
Figura 11 - Locação da primeira fiada no pavimento térreo. ......................................... 22 
Figura 12 - Utilização do esquadro para execução do amestramento. ........................... 22 
Figura 13 - Disposição dos Eletrodutos na Parede – TORRE B. ................................... 23 
Figura 14 - Disposição das Caixas de Passagem e dos Eletrodutos na Laje – TORRE B.
 ........................................................................................................................................ 23 
Figura 15 - Chumbamento dos Eletrodutos na parede – TORRE B. .............................. 23 
Figura 16 - Fiação instalada dentro dos Eletrodutos – TORRE B.................................. 23 
Figura 17 - Quadros de Distribuição das Instalações Elétricas e de VDI – TORRE A. 24 
Figura 18 - Ocultamento dos eletrodutos com forro no teto e revestimentos nas paredes 
– TORRE A. ................................................................................................................... 24 
Figura 19 - Vista dos Barriletes saindo da Caixa D'água – TORRE A. ......................... 25 
Figura 20 - Barriletes saindo da Caixa D'água -TORRE A. ........................................... 25 
Figura 21 - Saída dos ramais da coluna de água fria para cada apartamento – TORRE A.
 ........................................................................................................................................ 25 
Figura 22 - Ramais de água fria na parede de uma área de serviço TORRE B. ............. 25 
Figura 23 - Instalações de esgoto do apartamento tipo do pavimento superior de uma 
cozinha – TORRE B. ...................................................................................................... 26 
Figura 24 - Instalações de Esgoto de um banheiro TORRE B. ...................................... 26 
Figura 25 – Instalações de esgoto no piso de um banheiro – TORRE B. ...................... 26 
Figura 26 - Instalações Hidráulicas ocultas após execução dos revestimentos internos – 
TORRE A. ...................................................................................................................... 26 
8 
 
Figura 27 - Adesivo Plástico utilizado na montagem das tubos com as conexões de 
PVC. ............................................................................................................................... 27 
Figura 28 - Taliscas para a execução de mestras. ........................................................... 28 
Figura 29 - Argamassa de traço 3:1 (farofa) para execução do contrapiso. ................... 28 
Figura 30 - Sarrafeamento com a régua utilizando as mestras. ...................................... 28 
Figura 31 - Contrapiso de um quarto acabado. ............................................................... 28 
Figura 32 - Piso umedecido para posterior aplicação do revestimento cerâmico. ......... 30 
Figura 33 - Assentamento do revestimento cerâmico com argamassa colante. ............. 30 
Figura 34 - Piso assentado e preparado para rejunte. ..................................................... 30 
Figura 35 - Piso concluído após o rejunte. ..................................................................... 30 
Figura 36 - Revestimento cerâmico utilizado no piso (45 cm x 45 cm). ........................ 30 
Figura 37 - Esboço do programa AutoCAD utilizado no levantamento de áreas de 
pastilha do residencial Tom Jobim. ................................................................................ 31 
Figura 38 - Alvenaria a ser demolida. ........................................................................... 35 
Figura 39 - Alvenaria a ser construída............................................................................ 35 
Figura 40 - Planta ilustrativa do projeto elétrico. ........................................................... 36 
Figura 41 - Adensamento do concreto usinado por vibrador de imersão de uma laje 
nervurada. ....................................................................................................................... 38 
Figura 42 - Conexões irregulares entre dois tubos de PVC de água fria. ....................... 39 
Figura 43 - Fissuramento gerado na camada de emboço de uma parede interna. .......... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Classes de pisos quanto a sua resistência a abrasão. ..................................... 16 
Tabela 2 - Quantitativo de área de pastilhas utilizadas na obra do Residencial Tom 
Jobim. ............................................................................................................................. 31 
Tabela 3 - Resumo com as Áreas dos Revestimentos Internos para Obra do Residencial 
Tom Jobim. ..................................................................................................................... 32 
Tabela 4 - Tabela complementar da tabela resumo de revestimentos internos, Torre A.33 
Tabela 5 - Quantitativo de volume de concreto utilizado na concretagem de uma laje da 
obra do Residencial Tom Jobim. .................................................................................... 34 
Tabela 6 - Quantitativo da Reforma do Apartamento 704 - Torre B. ............................ 36 
Tabela 7 - Ficha de composição para demolição. ........................................................... 37 
Tabela 8 - Ficha de composição para alvenaria de vedação. .......................................... 37 
Tabela 9 - Orçamento da reforma do apartamento 704 - Torre B. ................................. 37 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 - Materiais utilizados na concretagem da laje. ............................................... 19 
Quadro 2 - Matérias utilizados no serviço. ..................................................................... 21 
Quadro 3 - Materiais utilizados nas instalações elétricas. .............................................. 23 
Quadro 4 - Materiais utilizados nas instalações hidráulicas de águafria e esgoto. ........ 26 
Quadro 5 - Materiais utilizados na execução do contrapiso. .......................................... 28 
Quadro 6 - Materiais utilizados na aplicação do revestimento cerâmico. ...................... 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Apesar da crise econômica que atinge o Brasil desde o ano 2014 e que se reflete 
no mercado da construção civil, ainda são observados investimentos na área de 
habitação e infraestrutura, por parte do governo federal, e de empreendedores do setor 
privado. 
 Este documento apresenta a descrição do acompanhamento por parte do 
estagiário, da execução em concreto armado da infraestrutura e superestrutura em uma 
obra de empresa privada, que corresponde a um edifício residencial com duas torres de 
12 pavimentos cada. Durante o período de estágio, foram acompanhadas a execução de 
instalações hidrossanitárias e elétricas, concretagem de algumas lajes e pilares, 
execução de alvenarias, execução de revestimentos externos e internos além da 
realização de quantitativos diversos. 
 
1.1. Objetivo Geral 
Descrever a execução das atividades realizadas pelo estagiário e possíveis patologias 
encontradas na execução dos serviços durante o período de estágio. 
 
1.2. Objetivos Específicos 
 Acompanhar a execução dos serviços nas fases de a infra e superestrutura, 
analisando se os mesmos são executados de acordo com os projetos e normas 
específicos, garantindo que os padrões de qualidade e funcionalidade da obra 
sejam atingidos. 
 Auxiliar o engenheiro civil no levantamento de quantitativos 
 e orçamentos realizados. 
 Promover o aperfeiçoamento e o desenvolvimento profissional do estagiário nos 
aspectos relacionados às atividades técnicas e interpessoais. 
 
 
11 
 
2. CARACTERIZAÇÃO DA OBRA 
A obra de realização do estágio corresponde ao Edifício Residencial Tom Jobim 
(Figura 01), localizado na Rua Francisco Guedes de Moura, Catolé, Campina Grande, 
PB. O empreendimento é composto por duas torres cada uma com 12 lajes. 
 Torre A: térreo, 10 pavimentos tipo com 4 apartamentos por andar, cobertura. 
 Torre B: térreo, 10 pavimentos tipo com 4 apartamentos por andar, cobertura. 
 
 Os apartamentos possuem áreas de 83,70 m², 85,90 m², 93,40 m², 101,60 m² e 
110 m² diferenciadas de acordo com o tipo de apartamento. O residencial irá dispor das 
seguintes áreas de lazer com entrega prevista para setembro de 2016: 
 Piscina 
 Playground 
 Brinquedoteca 
 Espaço Cyber 
 Salão de Festas 
 Salão de Jogos 
 
 
Figura 1 - Residencial Tom Jobim. 
Fonte: www.ourovelconstrucoes.com.br. 
 
12 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Será apresentada uma sucinta revisão bibliográfica sobre as etapas constituintes 
de uma obra. 
3.1. Canteiro de Obras 
Segundo a norma NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção, define-se canteiro de obras como: Área de trabalho fixa e temporária onde 
se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. A NB -1367 – Áreas de 
Vivências em Canteiros de Obras define o canteiro como: Áreas destinadas à execução 
e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e 
áreas de vivência. (ALVES, 2012) 
 
3.2. Locação da Obra 
Segundo SILVA 2015, locação da obra é o processo de transferência da planta baixa 
do projeto da edificação para o terreno, ou seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces, 
as paredes, as aberturas etc. Essa fase é importantíssima, pois determina o perfeito 
posicionamento da construção no terreno. 
Na fase de execução da locação da obra deve se adotar o máximo rigor possível. A 
presença do Engenheiro Civil nesta fase deve ser constante. Deve-se ter em mente que 
os elementos de locação deverão permanecer na obra por um tempo razoável, até que se 
possa transferir para a edificação os pontos de referência definitivos. 
A obra deverá ser locada com rigor, observando-se o projeto quanto à planimetria e à 
altimetria. Esta fase é tão importante que requer também um projeto cujo objetivo é 
definir as escavações e a posição das fundações. A planta de locação faz parte do 
conjunto de informações que compõe o projeto arquitetônico, além do estrutural, do 
hidráulico, do elétrico (PADUA, 2012). 
Antes de realizá-la, deve-se garantir que haja água para consumo e energia elétrica 
disponível para execução de serviços posteriores. O canteiro de obras também deve 
estar finalizado. 
 
13 
 
3.3. Fundações 
Fundações são elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as cargas da 
estrutura. Devem ter resistência adequada para suportar as tensões causadas pelos 
esforços solicitantes. O solo deve ter resistência e rigidez apropriada para não sofrer 
ruptura e não apresentar deformações exageradas ou diferenciais. 
As fundações são classificadas em fundações diretas ou rasas e indiretas ou 
profundas. As fundações diretas são aquelas em que a carga da estrutura é transmitida 
diretamente ao solo pela fundação. São executadas em valas rasas, com profundidade 
máxima de 3 metros, e caracterizada por blocos, alicerces, sapatas e radiers. 
As fundações profundas são aquelas que transferem a carga por efeito de atrito lateral 
do elemento com o solo e por meio de um fuste. Estas estruturas de transmissão podem 
ser estacas ou tubulões. (BARROS, 2009) 
3.4. Alvenaria 
É a construção de estruturas e de paredes utilizando comumente blocos cerâmicos 
furados ou tijolos unidos entre si por argamassa. Estas unidades podem ser blocos (de 
cerâmica, de vidro ou de concreto e pedras. 
Após ter feio a fundação e impermeabilizado, começa-se a subir os tijolos ou blocos 
da parede. Para isso a primeira coisa para saber é que um pedreiro não pode fazer esse 
trabalho sem linha, prumo e esquadro. Isso para garantir que a parede esteja alinhada 
(horizontal), nivelada (vertical) e que os cômodos estejam com os vértices das parede 
em ângulo de 90 º. (LEGGERINI, 2010) 
A alvenaria pode ser assentada basicamente em 1 vez (uma vez), quando a espessura 
da parede coincide com a maior dimensão do tijolo maciço ou bloco cerâmico (o bloco 
é assentado deitado). Ou em ½ vez (meia vez), quando a espessura da parede coincide 
com a dimensão intermediária do bloco ou tijolo (o bloco é assentado em pé). 
 
3.5. Estrutura da Construção 
Uma construção tem como exigência primordial suportar todos os esforços 
produzidos pelo peso próprio, peso de seus ocupantes, vento e sobrecargas. Esses 
esforços são suportados por um conjunto formado de vigas, pilares e lajes, que juntos 
constituem a estrutura de uma construção. É aquele “esqueleto” de concreto que vimos 
quando passamos por uma construção que a alvenaria ainda não foi iniciada. 
14 
 
As estruturas podem ser constituídas de diversos materiais: concreto, aço ou madeira. 
Existe também o caso de alvenarias com função estrutural e podem ser alvenarias 
armadas ou não. Os casos mais comuns são as estruturas de concreto armado 
(BORGES, 2009). 
 
3.6. Forros 
São utilizados para proteger os ambientes, possibilitando conforto térmico e acústico, 
os forros são mais do que um revestimento de teto, são um importante elemento em 
qualquer tipo de construção. 
O forro de gesso é um dos mais utilizados na construção civil, basicamente aplica-se 
o forro de gesso em banheiros e cozinha de prédios onde não existe o rebaixo das lajes e 
consequentemente as tubulações de esgoto possam passam por baixo das lajes. 
É utilizado também como solução arquitetônica para rebaixamento do pé direito, 
embutimento de luminárias e para esconder vigas aparentes no teto. 
Os forrosde gesso são formados por placas de gesso e sistema de fixação (arames ou 
estruturas de alumínio). As placas possuem uniformidade e superfície lisa, baixo peso 
(19 kg/m), resistência ao fogo, ~são isolantes térmico e acústico e aceitam qualquer tipo 
de pintura ou revestimento (BORGES, 2009). 
 
3.7. Cobertura 
Entende-se por cobertura a parte superior da edificação, protetora das intempéries, 
constituída por um elemento de suporte resistente (laje, estrutura de madeira, estrutura 
metálica) e conjunto de componentes com função de vedação (telhado), podendo 
apresentar ainda isolação térmica, acústica, forro e impermeabilização. (COSTA e 
SILVA, 2004) 
Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve observar os 
fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que determinam os 
detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada situação. 
 
15 
 
3.8. Revestimento de Paredes 
Os revestimentos protegem as alvenarias contra a chuva e a umidade, e também têm 
efeito arquitetônico, embelezando as fachadas e ambientes que compõem uma 
construção. 
O primeiro tipo de revestimento utilizado nas paredes é a massa grossa e a massa 
fina, que servem de substrato (base) para a aplicação de pinturas, azulejos ou outros 
revestimentos mais nobres, como pedras, cerâmicas ou pastilhas, utilizados 
normalmente em fachadas. 
O revestimento mais utilizado entre nós é o de argamassa de cimento, cal e areia, por 
ser o mais econômico e de simples execução. Normalmente, é aplicado em três 
camadas: chapisco, emboço e reboco (BORGES, 2009). 
 
3.9. Revestimentos de Áreas Molhadas 
Normalmente emprega-se como revestimentos das paredes das áreas molhadas 
(banheiros, cozinhas, bem como garagens, lavanderias, etc.) materiais laváveis e 
impermeáveis. Inegavelmente é uma necessidade, desde que nesses cômodos se usa 
água em abundância, podendo haver infiltração nas paredes caso não estejam 
impermeabilizadas. 
Normalmente são empregados materiais como barra lisa, barra de estuque-lustre, 
azulejos, pintura acrílica texturizada e laminado melamínico (formica) para se obter 
impermeabilidade (BORGES, 2009). 
 
3.10. Contrapiso e Piso 
Segundo MELADO 2014, contrapiso é uma camada de argamassa executada sobre 
uma base, que pode ser a laje de um pavimento ou um lastro de concreto, se for sobre o 
solo. Sua função é regularizar a superfície para receber o piso de acabamento final, além 
de colaborar nas funções que o piso final deverá cumprir, principalmente no aumento da 
resistência do conjunto contrapiso e piso. O contrapiso tem, para o acabamento do piso, 
função semelhante à do emboço para o acabamento da parede. 
Além disso, o contrapiso é necessário nas áreas molhadas (banheiros, cozinhas e 
áreas de serviço) onde é preciso de caimento, ou seja, uma inclinação no nível do piso. 
Isso faz com que águas lançadas nos pisos desses ambientes sejam direcionadas aos 
16 
 
ralos. Esses caimentos são dados no contrapiso e são acompanhados pelo revestimento 
cerâmico aplicado sobre ele. A argamassa do contrapiso deve ser traço de 1:3, de 
cimento e areia média em volume e deve ser seca, com consistência de “farofa”. 
Os revestimentos para acabamento final do piso são escolhidos de acordo com a 
classificação dos pisos e baseados na capacidade de resistência a abrasão (desgaste da 
superfície). A Tabela 1 apresenta essa classificação. 
PEI (Porcelain Enamel Institute) é a sigla que representa o nome do instituto que 
regulamentou as normas para a classificação da resistência à abrasão superficial. 
 
Tabela 1 - Classes de pisos quanto a sua resistência a abrasão. 
 
Fonte: Apostila de Revestimentos – COSTA e SILVA, 2004. 
 
3.11. Esquadrias 
O termo esquadria é usado para a designação genérica de todos os sistemas de 
vedação de vãos com portas, janelas, persianas e venezianas, executados em madeira ou 
plástico; e o termo caixilho é usado para identificar toda a vedação de vãos por meio de 
portas e janelas executados em metal, seja de ferro ou alumínio. (ZULIAN, 2002) 
 
3.12. Pintura 
Pintura se define como a camada de recobrimento de uma superfície, com funções 
protetora e pintura decorativa, obtida pela aplicação de tintas e vernizes, através de 
técnicas específicas. 
A pintura na construção civil é uma camada de acabamento na forma de uma película 
aderente, estratificada e de espessura total de 1,0 mm. Os múltiplos estratos resultam da 
aplicação de sucessivas demãos de tintas de fundo (primers), massas de nivelamento e 
tintas de acabamento. (CUNHA, 2015) 
 
CLASSES DE RESISTÊNCIA À 
ABRASÃO - PEI
RESISTÊNCIA AO DESGASTE POR 
ABRASÃO
CLASSE 0 Uso exclusivo em parede
CLASSE 1 Baixíssimo tráfego
CLASSE 2 Baixo tráfego
CLASSE 3 Médio tráfego
CLASSE 4 Alto tráfego
CLASSE 5 Altíssimo tráfego
17 
 
3.13. Instalações Hidrossanitárias 
As instalações hidrossanitárias, nomeadamente água e esgoto, têm como finalidade 
fazer a distribuição da água, em quantidade suficiente e promover o afastamento 
adequado das águas servidas, criando desta forma, condições favoráveis ao conforto e 
segurança dos usuários. 
O projeto de instalações hidrossanitárias devem ser projetadas de acordo com normas 
e regulamentações definidas, principalmente, pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas, ABNT. Entre elas pode-se destacar: NBR 5626 – Instalações Prediais de 
Água Fria; NBR 7198 – Instalações Prediais de Água Quente; e NBR 8160/ – 
Instalações Prediais de Esgotos Sanitários; NBR 13969 – Tanques sépticos – Unidades 
de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, 
construção e operação. 
 
3.14. Instalações Elétricas 
Uma instalação elétrica é definida pelo conjunto de materiais e componentes 
elétricos essenciais ao funcionamento de um circuito ou sistema elétrico. As instalações 
elétricas também são projetadas de acordo com normas e regulamentações da ABNT. A 
legislação pertinente visa a observâncias de determinados aspectos, bem como, 
Segurança, Eficiência e Qualidade Energética, etc. 
A NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, baseada na norma 
internacional IEC 60364, é a norma aplicada a todas as instalações cuja tensão nominal 
é menor ou igual a 1000VCA ou 1500VCC [6]. Outras normas complementares à NBR 
5410 são: NBR 5456 – Eletrotécnica e eletrônica - Eletricidade geral – Terminologia; 
NBR 5444 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Prediais; NBR 13570 – 
Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público e NBR 13534 – Instalações 
Elétricas em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. 
É necessário considerar, ainda, as normas definidas pelas concessionárias de energia 
para o projeto e execução de instalações elétricas (FERREIRA, 2010). 
 
18 
 
3.15. Orçamento 
Orçar é quantificar insumos, mão de obra, ou equipamentos necessários à realização 
de uma obra ou serviço bem como os respectivos custos e o tempo de duração dos 
mesmos. (AVILLA et al; 2003) 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
Serão apresentados os acompanhamentos e realização de serviços desempenhados 
durante o período de estágio supervisionado. 
4.1. Concretagem de uma Laje Nervurada 
Antes de se iniciar a concretagem foram feitas as montagens das fôrmas das vigas e 
da laje como mostra a Figura 2. As armaduras foram montadas, conferidas e liberadas. 
É observado na Figura 3 que foram colocados espaçadores para se obter o recobrimento 
necessário especificado em projeto além de escoramentos necessários (pontaletes) em 
baixo da fôrma da laje. 
Antes da montagem das “cubetas”, das armações das vigas e da laje, verificou-se a 
limpeza geraldas formas e foi aplicado o desmoldante. As fôrmas foram molhadas 
abundantemente antes da concretagem tomando cuidado para não deixar água 
empoçada, para que o concreto não perdesse água para as fôrmas diminuindo seu fator 
água/cimento e consequentemente causar alterações em sua resistência. As ferragens e 
os espaçamentos exigidos pelo projeto estrutural foram conferidas. 
Após a montagem de toda a estrutura e a conferência das ferragens, começou-se o 
lançamento do concreto usinado tomando o cuidado de não formar grandes acúmulos de 
material num ponto isolado da fôrma (vide Figura 6 e 7), respeitando-se sempre o tempo 
limite informado pela usina entre a saída do caminhão betoneira (mostrado na Figura 
10) e o lançamento (tempo médio estimado em 2 horas e 30 minutos); 
Durante o início da concretagem foi realizado o ensaio de Slump Test (Figura 4) 
para verificar a trabalhabilidade do concreto, fazendo-se a verificação do abatimento. 
Foi constatado que o abatimento estava dentro do descrito na nota fiscal do concreto 
usinado. Após a realização do slump teste foram moldados 3 corpos de prova (Figura 5) 
para a verificação da resistência do concreto posteriormente. 
19 
 
O concreto foi espalhado e vibrado (Figura 8) em diversos pontos, com 
distanciamento adequado. Há medida que o concreto era vibrado dava-se o acabamento 
para deixar a superfície nivelada e homogênea (Figura 9). Foram utilizados “carrinhos 
de mão” para levar o concreto do caminhão da usina até a laje, pois a localização da laje 
dentro da obra não permitia o acesso próximo do caminhão para que este despejasse o 
concreto diretamente na laje. 
A cura úmida foi iniciada após a superfície da laje ter ficado seca (secagem ao tato), 
molhando as peças por um período mínimo de três dias consecutivos, em intervalos de 
tempo suficientemente curtos para que a superfície das peças (laje e vigas) 
permanecessem sempre úmidas. O Quadro 1 mostra a lista de materiais utilizados 
durante a etapa de concretagem da laje. 
Quadro 1 - Materiais utilizados na concretagem da laje. 
MATERIAIS UTILIZADOS NA CONCRETAGEM DA LAJE 
Água Rolo para acabamento 
Moldes para corpos de prova; 
Pá, enxada, desempenadeira e colher de 
pedreiro; 
Equipamentos para slump test; 
Vibrador de imersão com mangote e Baco de 
alimentação; 
Mangueira; 
EPI’s (Uniforme, capacete, botas adequadas, 
luva, óculos, cinto de segurança, etc.); 
Guincho, grua ou bomba para concreto; Carrinho de mão. 
 
 
 
Figura 2 - Montagem da Estrutura e 
Espaçadores completa. 
 
Figura 3 - Detalhe do Espaçador e da Armadura 
Negativa da Laje Nervurada.
20 
 
 
Figura 4 - Realização do ensaio de Slump Test e 
verificação do abatimento. 
 
Figura 5 - Moldagem dos corpos de prova para 
obtenção da resistência do concreto usinado.
 
Figura 6 - Despejo no Concreto na Laje 
utilizando carrinho de mão. 
 
Figura 7 - Espalhamento e Adensamento do 
Concreto na Laje. 
 
 
 
Figura 8 - Adensamento do Concreto na Laje. 
 
 
Figura 9 - Acabamento final da Laje 
Concretada. 
 
 
21 
 
 
Figura 10 - Caminhão Betoneira. 
 
4.2. Locação e Assentamento de Alvenaria 
Antes de começar o serviço, a concretagem de laje tinha que estar concluída, curada 
e liberada. Com a laje liberada, locou-se a primeira fiada (Figura 11) fazendo o uso da 
linha de náilon, do esquadro (Figura 12) e do nível, atentando-se para a locação dos 
vãos das portas. 
Os tijolos cerâmicos com furos possuindo dimensões de 19 cm x 19 cm x 9 cm, 
foram assentados em ½ vez, ou seja, a menor face do tijolo fica sobre o piso da laje 
(tijolo assentado em pé). Tal assentamento foi escolhido de modo que a parede acabada 
fique com espessura de 15 cm, atendendo ao projeto arquitetônico. O Quadro 2 mostra a 
lista de materiais utilizados durante a etapa de locação e assentamento de alvenaria. 
 
Quadro 2 - Matérias utilizados no serviço. 
MATERAIS UTILIZADOS NO ASSENTAMENTO DA ALVENARIA 
Blocos cerâmicos com furos (19 cm x 19 cm x 
9 cm); 
Nível de mangueira; 
Argamassa de assentamento; Linha de náilon; 
Prumo de face; Escantilhão; 
Nível de bolha; Esquadro; 
Caixote de madeira; 
EPI’s: uniforme, botas, capacete, luva, óculos 
de proteção. 
Colher de pedreiro; 
22 
 
 
 
Figura 11 - Locação da primeira fiada no 
pavimento térreo. 
 
 
Figura 12 - Utilização do esquadro para 
execução do amestramento.
 
4.3. Instalações Elétricas 
Antes das instalações elétricas começarem, as lajes já estavam liberadas e as 
alvenarias já estavam levantadas. 
Inicialmente foram fixadas na laje de teto do cômodo as caixas de passagem onde se 
localizarão os pontos de luz. Em seguida, os eletrodutos foram distribuídos na laje de 
acordo com o projeto, vide Figura 14. A ponta das tubulações foi travada dentro das 
caixas de passagem para evitar que os eletrodutos se desprendessem. 
Os pontos de tomadas e interruptores e outros que estavam definidos em projeto 
foram marcados nas alvenaria. Em seguida, foram feitos cortes nas parede para 
instalação dos eletrodutos (Figura 13). As caixas de passagem foram fixadas na parede 
com determinada profundidade de modo que as mesmas ficassem niveladas com a 
espessura final de acabamento da alvenaria e entre si. Após o chumbamento das caixas 
de passagem, foram colocados os eletrodutos, fixando-se com argamassa, ver Figura 15. 
Depois dos eletrodutos estarem fixados nas caixas de passagem do teto e nas 
paredes, distribuídos pelos cômodos, iniciou-se a colocação da fiação (Figura 16), 
seguindo o caminhamento dos circuitos até os quadros de distribuição (Figura 17) de 
cada apartamento conforme é especificado no projeto. O Quadro 3 apresenta a lista de 
materiais utilizados durante a etapa de instalações elétricas. 
 
23 
 
Quadro 3 - Materiais utilizados nas instalações elétricas. 
MATERIAS UTILIZADOS NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
Tubo eletroduto nas dimensões indicadas no 
projeto; 
Fita perfurada; 
Curva eletroduto nas dimensões indicadas no 
projeto; 
Pistola para fixação de pino; 
Eletroduto flexível corrugado nas dimensões 
indicadas no projeto; 
Quadros de distribuição; 
Caixa PVC 4x2” e 4x4”; Serra manual; 
Pino de rosca com porca; Alicate; 
Fios e cabos; Adesivo plástico para moldagem de tubos; 
Fita isolante; EPI’s (Uniforme, capacete, bota, luva, óculos, 
etc.). 
 
 
Figura 13 - Disposição dos Eletrodutos na 
Parede – TORRE B. 
 
Figura 14 - Disposição das Caixas de Passagem 
e dos Eletrodutos na Laje – TORRE B. 
 
 
Figura 15 - Chumbamento dos Eletrodutos na 
parede – TORRE B. 
 
Figura 16 - Fiação instalada dentro dos 
Eletrodutos – TORRE B.
 
24 
 
 
Figura 17 - Quadros de Distribuição das 
Instalações Elétricas e de VDI – TORRE A. 
 
Figura 18 - Ocultamento dos eletrodutos com 
forro no teto e revestimentos nas paredes – 
TORRE A. 
 
4.4. Instalações Hidrossanitárias 
 Instalações Hidráulicas de Água Fria 
As prumadas de água foram descidas nos pontos indicados nos projetos de 
instalações hidráulicas de água fria e depois foram executados os ramais de cada 
ambiente (Figura 22), fixando a tubulação em vários pontos, sem que esta fixação 
prejudicasse o revestimento final. 
Em seguida foram executadas as conexões atentando para o correto lixamento e 
limpeza das peças, vedando cada uma de acordo com o tipo de conexão (soldável ou 
rosqueável). 
O Barrilete (Figuras 20) foi montado de acordo com o projeto, executando as 
conexões com os mesmos cuidados tomados quando da ligação dos ramais de água fria. 
Foi feita a conexão da caixa d’água (Figura 19) com flange, calafetando com massaantes da impermeabilização da mesma. 
Os pontos finais foram fechados com peças específicas para se evitar que algum 
material adentre em algum orifício e impossibilite a total vazão do tubo. 
 
25 
 
 
Figura 19 - Vista dos Barriletes saindo da Caixa 
D'água – TORRE A. 
 
 
 
Figura 20 - Barriletes saindo da Caixa D'água -
TORRE A. 
 
Figura 21 - Saída dos ramais da coluna de água 
fria para cada apartamento – TORRE A. 
 
 
Figura 22 - Ramais de água fria na parede de 
uma área de serviço TORRE B. 
 
 
 Instalações sanitárias 
As prumadas de esgoto foram descidas nos pontos indicados nos projetos. Foram 
executados os ramais de cada ambiente (Figuras 23 e 24), fixando a tubulação em 
vários pontos. Também foram feitas as ligações em cada ambiente antes de se iniciar 
as instalações em outro. 
Os pontos finais foram fechados com bucha de papel, peças específicas ou 
utilizando pedaços do próprio tubo de PVC (Figura 25) para se evitar que algum 
material caia ou adentre em algum ponto e impossibilite a total vazão do tubo. 
O Quadro 4 descreve a lista de materiais utilizados durante a etapa de instalações 
hidrossanitárias. 
 
26 
 
Quadro 4 - Materiais utilizados nas instalações hidráulicas de água fria e esgoto. 
MATERIAIS UTILIZADOS NAS INSTAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 
Tubos e conexões em PVC para água fria 
e esgoto; 
Fita perfurada para fixação; 
Adaptadores ou luvas; Perfuratriz para concreto; 
Adesivo plástico para colagem de PVC 
(Figura 27); 
Ponteiro e marreta; 
Solução limpadora; Pistola para fixação de pino; 
Pincel chato; Serra manual; 
Trapo para limpeza; Trena; 
Fita veda rosca; Pano; 
Pino de rosca com porca; 
EPI’s (Bota, luva, capacete, óculos, 
protetor de ouvidos). 
 
 
 
Figura 23 - Instalações de esgoto do 
apartamento tipo do pavimento superior de uma 
cozinha – TORRE B. 
 
Figura 24 - Instalações de Esgoto de um 
banheiro TORRE B. 
 
 
Figura 25 – Instalações de esgoto no piso de um 
banheiro – TORRE B. 
 
Figura 26 - Instalações Hidráulicas ocultas após 
execução dos revestimentos internos – TORRE 
A. 
 
27 
 
 
Figura 27 - Adesivo Plástico utilizado na montagem das tubos com as conexões de PVC. 
 
 
4.5. Execução de Contrapiso e piso 
 Contrapiso 
Antes de se começar o contrapiso, certificou-se que o reboco interno (emboço) foi 
concluído, as tubulações elétricas, hidráulicas e de gás estavam executadas e de que a 
base foi limpa e livre de restos de argamassa, entulho ou qualquer outro material 
aderido. 
Foi transferido o nível a partir do Nível de Referência (NR), segundo o projeto e 
utilizando nível de mangueira para cada pavimento o qual foi realizado o serviço. Após 
ter transferido o nível, foram feitas as taliscas (Figura 28) na base e foi previsto um 
caimento de 1% (1 cm a cada metro) nas áreas molhadas, em sentido aos ralos. 
Após a colocação das taliscas, a superfície foi limpa e iniciou-se a preparação da 
base, polvilhando cimento à superfície molhada a fim de criar uma fina camada de 
ligação entre a base de concreto e a argamassa “farofa” que será aplicada (Figura 29), 
essa nata de cimento foi espalhada utilizando de uma vassoura. 
Em seguida, lançou-se a argamassa “farofa” entre as taliscas para a execução das 
mestras. Depois foi preenchido os intervalos entre as mestras, espalhando a argamassa 
com enxada e compactando a “farofa” com um soquete. 
Após a compactação, foi feito o sarrafeamento do piso (Figura 30) com movimentos 
de vai e vem apoiando a régua nas mestras, “cortando” a sobra até que a superfície 
alcançasse o nível das mestras. Para o acabamento final (Figura 31), alisou-se a 
superfície com uma desempenadeira de madeira e bloqueou-se o acesso à área 
executada por no mínimo um dia, para não danificar o piso. O Quadro 5 mostra a lista 
de materiais utilizados durante a etapa de execução de contrapiso. 
28 
 
Quadro 5 - Materiais utilizados na execução do contrapiso. 
MATERIAIS UTILIZADOS NA EXECUÇÃO DO CONTRAPISO 
Argamassa de cimento e areia; Enxada; 
Cimento; Carrinho de mão; 
Vassoura; Soquete de madeira com até 8 kg; 
Mangueira de nível; Régua de alumínio; 
Nível de mão; Desempenadeira de madeira ou aço; 
Colher de pedreiro; 
EPI’s (Uniforme, botas, capacete, luva, 
etc.). 
Pá; 
 
Figura 28 - Taliscas para a execução de mestras. 
 
Figura 29 - Argamassa de traço 3:1 (farofa) para 
execução do contrapiso. 
 
 
Figura 30 - Sarrafeamento com a régua 
utilizando as mestras. 
 
Figura 31 - Contrapiso de um quarto acabado. 
 
 Piso 
Para iniciar o piso, verificou-se que o contrapiso estava pronto, assim como o 
sistema de impermeabilização das áreas molhadas, que foi testado e liberado. Os ralos 
foram fechados, preenchidos com papel amassado ou semelhante de sacos de cimento. 
29 
 
A base foi limpa e livre de qualquer outro material aderido. No caso de parede, para 
aplicação do rodapé, o emboço estava pronto e liberado. 
Foi marcado os níveis do piso final junto às paredes, com o auxílio de mangueira de 
nível e de uma trena metálica. Esticou-se uma linha de náilon nos dois sentidos do piso 
e foi assentado a primeira fiada de cada sentido considerando o mínimo possível de 
recortes nas peças (trinchos), as demais fiadas obedeceram ao alinhamento das 
primeiras. 
Os cortes das peças foram executados antes da aplicação da argamassa de 
assentamento, por meio de serra elétrica com disco adiamantado ou riscador manual 
provido de broca de vídea. 
Antes do revestimento cerâmico (Figura 36) ser aplicado com argamassa colante, 
umedeceu-se o contrapiso que estava seco (Figura 32). A argamassa foi aplicada 
comprimindo-a contra o substrato com o lado liso da desempenadeira de aço, e depois 
com o lado dentado, formando cordões. Em seguida, assentou-se as peças cerâmicas 
como mostrado na Figura 33, ajustando-se o posicionamento das peças com o auxílio de 
espaçadores plásticos em X de 3 mm (espessura das juntas de dilatação recomenda pelo 
fabricante do revestimento cerâmico) e foi verificado constantemente o caimento com o 
auxílio de um nível de bolha. O Quadro 6 apresenta a lista de materiais utilizados 
durante a etapa de aplicação de revestimento cerâmico. 
 
Quadro 6 - Materiais utilizados na aplicação do revestimento cerâmico. 
MATERIAIS UTILIZADOS NA APLICAÇÃO DE REVESTIMENTO CERÂMICO 
Piso cerâmico de 45 cm x 45 cm 
(Figura 36); 
Martelo de borracha; 
Argamassa colante; 
Serra mármore com disco de corte 
diamantado; 
Rejunte; Riscador manual com broca de vídea; 
Lápis de carpinteiro; Espaçadores plásticos em X de 3 mm; 
Mangueira de nível e nível de bolha; Espátula de borracha; 
Trena metálica; Vassoura; 
Prego; Panos ou bucha de sisal; 
Linha de náilon; Masseira; 
Desempenadeira de aço com lado 
dentado; 
EPI’s (uniforme, botas, capacete, óculos, 
protetores auriculares, máscaras, luvas, 
etc.) 
Martelo; 
Serra mármore com disco de corte 
diamantado; 
 
30 
 
Um dia depois, limpou-se o revestimento cerâmico assentado e umedeceu-se as 
juntas (Figura 34). Em seguida, o rejunte foi espalhado com uma espátula de borracha, 
após secar, as juntas foram frisadas com um fio de cobre encapado para acabamento liso 
e uniforme (Figura 35). 
 
 
Figura 32 - Piso umedecido para posterior 
aplicação do revestimento cerâmico. 
 
Figura 33 - Assentamento do revestimento 
cerâmico com argamassa colante. 
 
 
Figura 34 - Piso assentado e preparado para 
rejunte. 
 
Figura 35 - Piso concluído após o rejunte. 
 
 
Figura 36 - Revestimento cerâmico utilizado no piso (45 cm x 45 cm). 
31 
 
4.6.Quantitativo de Pastilhas (Revestimento das fachadas) 
O quantitativo da área de pastilhas foi realizado utilizando o arquivo do projeto 
arquitetônico do Residencial Tom Jobim, medindo-se a área pela ferramenta 
MEDIRGEOM do programa AutoCAD 2016 (Figura 37). 
O quantitativo foi realizado com a finalidade de comparar a quantidade levantada 
com a quantidade em estoque na obra, para uma possível realização de pedidos do 
material utilizado no revestimento das fachadas do residencial. A tabela 2 apresenta um 
exemplo de descrição desse quantitativo. 
 
 
Figura 37 - Esboço do programa AutoCAD utilizado no levantamento de áreas de pastilha do residencial 
Tom Jobim. 
Tabela 2 - Quantitativo de área de pastilhas utilizadas na obra do Residencial Tom 
Jobim. 
 
BALEIA BERTIOGA CAMBURI
Fachada Leste 154,64 241,30 142,25
Fachada Sul 605,69 22,23 1089,65
Fachada Oeste 194,50 252,22 178,71
Fachada Norte 629,43 673,86 364,41
Fachada Leste 233,31 120,38 417,64
Fachada Sul 191,78 ‒ 645,23
Fachada Oeste 337,29 ‒ 546,20
Fachada Norte 505,97 7,39 611,21
TÉRREO 111,36 18,95 794,14
SUBSOLO ‒ ‒ 969,53
CORRREDOR A ‒ ‒ 98,01
CORRREDOR B ‒ ‒ 343,338
MUROS, PEITORIS E 
RAMPAS
‒ ‒ 1314,511
Total por Cor (m²) 2963,95 1336,31 7514,81
TOTAL (m²)
ÁREA DE PASTILHAS POR COR (m²)
TORRE A
TORRE B
11815,07
32 
 
4.7. Quantitativo de Revestimentos Internos 
O quantitativo da área e perímetro de revestimentos internos (piso, rodapé, pintura e 
cerâmica da parede das áreas molhadas) foi realizado utilizando o arquivo do projeto 
arquitetônico do Residencial Tom Jobim, medindo-se a área pela ferramenta 
MEDIRGEOM do programa AutoCAD 2016, como foi mostrado no item anterior. 
O quantitativo foi realizado para saber a quantidade necessária de material para 
compra. As Tabela 3 e 4 apresentam um resumo feito para as áreas dos revestimentos 
internos da edificação. 
O quantitativo também serviu para se estimar a produção diária que cada pedreiro de 
piso teria que cumprir para terminar o serviço em determinado prazo na TORRE A, da 
obra do Residencial Tom Jobim. 
 
Tabela 3 - Resumo com as Áreas dos Revestimentos Internos para Obra do Residencial 
Tom Jobim. 
 
 
 
TORRE
APARTAMENTO 
TIPO
PISO (m²)
RODAPÉ 
(m)
CERÂMICA 
PAREDE (m²)
PINTURA 
(m²)
01 73,63 55,55 81,12 144,43
02 73,88 56,90 81,25 147,94
03 74,37 57,70 80,99 150,02
04 73,51 56,56 81,12 147,06
01 90,01 60,02 89,96 156,05
02 83,18 63,03 83,75 163,88
03 83,17 62,25 83,72 161,85
04 97,57 59,80 113,10 155,48
A
B
TABELA RESUMO - QUANTITATIVO DE REVESTIMENTOS INTERNOS
33 
 
Tabela 4 - Tabela complementar da tabela resumo de revestimentos internos, Torre A. 
 
 
 
APARTAMENTO 
TIPO
CÔMODO
ÁREA PISO 
(m²)
PERÍMETRO 
(m)
RODAPÉ (m)
PINTURA 
(m²)
CERÂMICA 
PAREDE 
(m²)
Sala 16,68 15,34 15,34 39,88 −
Varanda 3,84 − − − −
Curadouro 1,44 − − − −
Cozinha 10,52 13,70 − − 35,62
WC Serviço 2,03 4,90 − − 12,74
WC Social 2,66 6,30 − − 16,38
WC Suíte 2,84 6,30 − − 16,38
Suíte 11,98 12,38 12,38 32,19 −
Quarto 1 8,96 11,13 11,13 28,94 −
Quarto 2 9,35 11,50 11,50 29,90 −
Corredor 3,33 5,20 5,20 13,52 −
73,63 − 55,55 144,43 81,12
Sala 17,10 15,40 15,40 40,04 −
Varanda 3,77 − − − −
Curadouro 1,38 − − − −
Cozinha 10,44 13,85 − − 36,01
WC Serviço 1,95 4,80 − − 12,48
WC Social 2,65 6,30 − − 16,38
WC Suíte 2,81 6,30 − − 16,38
Suíte 11,64 12,50 12,50 32,50 −
Quarto 1 9,10 11,70 11,70 30,42 −
Quarto 2 9,66 12,00 12,00 31,20 −
Corredor 3,38 5,30 5,30 13,78 −
73,88 − 56,90 147,94 81,25
Sala 17,10 15,40 15,40 40,04 −
Varanda 3,77 − − − −
Curadouro 1,38 − − − −
Cozinha 10,44 13,75 − − 35,75
WC Serviço 1,95 4,80 − − 12,48
WC Social 2,65 6,30 − − 16,38
WC Suíte 2,81 6,30 − − 16,38
Suíte 11,64 12,50 12,50 32,50 −
Quarto 1 9,61 12,50 12,50 32,50 −
Quarto 2 9,64 12,00 12,00 31,20 −
Corredor 3,38 5,30 5,30 13,78 −
74,37 − 57,70 150,02 80,99
Sala 16,71 15,36 15,36 39,94 −
Varanda 3,84 − − − −
Curadouro 1,44 − − − −
Cozinha 10,34 13,70 − − 35,62
WC Serviço 2,03 4,90 − − 12,74
WC Social 2,69 6,30 − − 16,38
WC Suíte 2,84 6,30 − − 16,38
Suíte 11,98 12,70 12,70 33,02 −
Quarto 1 8,96 11,50 11,50 29,90 −
Quarto 2 9,35 11,80 11,80 30,68 −
Corredor 3,33 5,20 5,20 13,52 −
73,51 − 56,56 147,06 81,12
TOTAL
04
TOTAL
TORRE A
01
TOTAL
02
TOTAL
03
34 
 
4.8. Quantitativo de Volume de Concreto para Concretagem de uma Laje 
Durante o período de estágio foi feito também um quantitativo para obtenção de 
volume de concreto necessário para concretar uma laje da edificação. A Tabela 5 traz 
esse quantitativo. 
Na realização do quantitativo foi considerado, a altura da laje de 26 cm, o número 
de cubetas contadas in loco, 190 cubetas, a dimensão de cada cubeta (0,56 x 0,56 x 
0,21) m³, e a área da seção das vigas (0,15 x 0,65) m² e não foi considerada a área que o 
aço ocupa na laje. 
 
Tabela 5 - Quantitativo de volume de concreto utilizado na concretagem de uma laje da 
obra do Residencial Tom Jobim. 
 
 
 
Com o volume obtido no quantitativo, foi possível a realização do pedido de 
concreto usinado para a concretagem da laje. Considerando que um caminhão betoneira 
transporta 8 m³ de concreto e analisando o valor obtido (23,11 m³ de concreto) que se 
aproxima de 24 m³, foi realizado o pedido de três caminhões betoneiras para a 
concretagem da laje. 
 
 
Área das Lajes 107,49 m²
V1 (A laje x 0,26) 27,95 m³
Número de cubetas 190 Unid.
V2 (Nc x 0,56, x 0,56 x 0,21) 9,19 m³
Volume de Concreto das 
Lajes
18,75 m³
Viga 1 0,36 m³
Viga 2 0,36 m³
Viga 3 0,36 m³
Viga 4 0,36 m³
Viga 5 2,93 m³
Volume de Concreto das 
Vigas
4,35 m³
VOLUME TOTAL DE 
CONCRETO
23,11 m³
VOLUME DE CONCRETO NAS LAJES
VOLUME DE CONCRETO NAS VIGAS
35 
 
4.9. Orçamento de uma Reforma 
O quantitativo dos insumos referentes ao orçamento da reforma foi obtido através 
dos projetos da planta original do apartamento, da planta de reforma e do projeto 
elétrico, em arquivos no formatos DWG, executados no programa AutoCAD 2016. 
A Figura 38 ilustra a planta pela qual se obteve o volume de alvenaria a ser 
demolido. Essa alvenaria está destacada em vermelho. 
 
Figura 38 - Alvenaria a ser demolida. 
 
 
A Figura 39 apresenta a planta pela qual se obteve o quantitativo necessário para o 
orçamento de alvenaria a ser construída (destaque em azul). 
 
Figura 39 - Alvenaria a ser construída. 
 
36 
 
A Figura 40 traz a planta pela qual se obteve o quantitativo necessário para o 
orçamento dos pontos elétricos a serem construídos. 
 
Figura 40 - Planta ilustrativa do projeto elétrico. 
 
 
 Quantitativo 
Com os projetos necessários e indicados nas Figuras 38 a 40 foi realizado 
quantitativo referente a reforma de um apartamento da edificação (Tabela 6). 
 
Tabela 6 - Quantitativo da Reforma do Apartamento 704 - Torre B. 
 
 
 
 Fichas de Composição 
Foram montadas as fichas de composição do orçamento da reforma a partir dos 
dados das Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos de 2014 (TCPO14) e os 
preços dos insumos foram fornecidos pelo engenheiro responsável pela obra do 
Residencial Tom Jobim. Alguns exemplos dessas fichas estão apresentadas nas Tabelas 
7 e 8. 
DEMOLIÇÃO Alvenaria m³ 5,34
Alvenaria m² 40,37
Reboco m 80,73
Tomada 2P + T unidade 20
RESTITUIÇÃO
REFORMA 704
37 
 
Tabela 7 - Ficha de composição para demolição. 
 
 
Tabela 8 - Ficha de composição para alvenaria de vedação. 
 
 
 
 Orçamento 
Com o quantitativo feito e as fichasde composição devidamente preenchidas se 
elaborou o orçamento da reforma do apartamento 704 da TORRE B da obra do 
Residencial Tom Jobim. A Tabela 9 apresenta o resumo desse orçamento. 
Tabela 9 - Orçamento da reforma do apartamento 704 - Torre B. 
 
 
 
Unidade = m³
Ficha n° 01
05/10/2015
Material Mão de Obra Observações:
h 0,30 6,98 2,09 LS = 101,16 %
h 3,00 3,48 10,44 BDI = 100%
m³ 1,00 30,00 30,00
30,00 12,53 Custo Total
10,40
30,00 22,93
Preço Unit.
R$
105,86R$ 
Totais
DEMOLIÇÃO
Pedreiro
Servente
Transporte
Sub-Totais
Leis Sociais
Demolição de alvenaria 19x19x09cm com reboco
Descrição UN Consumo
Unidade = m²
Ficha n° 03
05/10/2015
Material Mão de Obra Observações
h 1,00 6,98 6,98 LS = 101,16 %
h 2,00 3,48 6,96 Bonus = 100%
un 27 0,37 9,99
m³ 0,011 229,7 2,53
12,52 13,94 Custo Total
11,56
12,52 25,50
76,04R$ 
Totais
Servente
Bloco Cerâmico
Argamassa 
Sub-Totais
Leis Sociais
Pedreiro
Alvenaria de vedação de bloco cerâmico 19x19x09cm, juntas de 15mm, 
com argamassa de cimento, cal e areia. 1:1,5:6 ou ensaiado para auterá
Descrição UN Consumo Preço Unit.
R$
DESCRIMINAÇÂO UNID. QUAT. P. UNIT. P. TOTAL
Demolição m³ 5,34 R$ 105,86 R$ 565,51
Alvenaria m² 40,37 R$ 76,04 R$ 3.069,36
Reboco m² 80,73 R$ 178,63 R$ 14.420,54
Tomada 2P + T unidade 20 R$ 97,28 R$ 1.945,60
R$ 20.001,01TOTAL
ORÇAMENTO PARA REFORMA NO APARTAMENTO 704 B
38 
 
 
5. PATOLOGIAS DA OBRA 
Neste item serão apresentadas as patologias encontradas na execução de alguns 
serviços da obra durante o período do estágio supervisionado. 
5.1. Adensamento do Concreto Aplicado numa Laje 
A Norma Brasileira de Execução de estruturas de concreto – Procedimento (ABNT 
NBR 14931) recomenda alguns cuidados no adensamento do concreto na execução de 
uma concretagem de qualquer tipo de peça estrutural utilizando vibradores de imersão. 
Tal norma, recomenda que o vibrador seja aplicado na posição vertical e evitar a 
vibração da armadura para que não se formem vazios ao seu redor. 
Como se nota na Figura 41, o vibrador não foi aplicado no sentido vertical e entrou 
em contato com a armadura negativa da laje. Tal erro de execução, pode gerar formação 
de vazios entre a armadura e o concreto, diminuindo a aderência entre eles e podendo 
ocasionar um possível colapso e rompimento na estrutura pela diminuição da resistência 
da peça estrutural (laje nervurada). 
 
Figura 41 - Adensamento do concreto usinado por vibrador de imersão de uma laje nervurada. 
 
 
5.2. Conexão de Tubos PVC Realizadas por Aquecimento 
Várias marcas como a TIGRE e a AMANCO (mais encontradas no mercado 
brasileiro) produtoras de materiais hidráulicos recomendam a não utilização de 
aquecimento de tubulações em PVC por maçarico para conexões. 
A TIGRE explica em seu site que tubos de PVC quando aquecidos de forma 
descontrolada perdem suas características de pressão e resistência mecânica. 
39 
 
No manual técnico da AMANCO, estabelece-se que não é permitido o aquecimento 
dos tubos com a finalidade de se obter curvas, execução de bolsas ou furos. Caso ocorra 
essa situação, os Tubos Amanco Colefort perdem a garantia. 
Na obra foi encontrada duas conexão para unir dois canos de diâmetros nominais 
(DN) de 75 mm e 50 mm respectivamente, feitas a partir do aquecimento e alongamento 
de um dos canos utilizando um maçarico, como mostra a Figura 42. 
Tal procedimento pode ocasionar a perca de características de pressão e de 
resistência mecânica da tubulação podendo gerar problemas futuros como rompimento 
ou vazamento da tubulação. 
Uma solução para tal patologia seria a utilização de peças denominadas “Luvas”. 
Neste caso seria necessário uma luva de DN 75 e uma luva de DN 50. 
 
 
Figura 42 - Conexões irregulares entre dois tubos de PVC de água fria. 
 
 
5.3. Fissuração numa Camada de Emboço 
Foi encontrado, na obra, o fissuramento na camada de revestimento (emboço) de 
uma parede interna mostrado na Figura 43. Tal fissuramento pode ter sido causado por 
dois fatores: 
 Execução da argamassa de revestimento 
A primeira camada do revestimento é constituída pelo emboço, cuja função é 
regularizar a superfície da base, para que essa camada seja suficientemente elástica deve 
conter cal e cimento em proporções adequadas. Observam-se fissuras e deslocamento 
quando esta camada é excessivamente rica em cimento (proporção 1:2 em massa, por 
40 
 
exemplo), condição agravada quando aplicada em espessura maior de 2 cm. (DE 
MILITO, 2009) 
 Aplicação da argamassa 
Para argamassa contendo cimento, se o tempo de endurecimento e secagem da 
camada inferior não é observado antes da aplicação da camada superior, a retração que 
acompanha a secagem da camada inferior gera fissuras, com configuração de mapa, na 
camada superior. 
O alisamento intenso da camada de reboco propicia uma concentração de leite de cal 
na superfície. Por carbonatação, forma-se uma película de carbonato uniforme que age 
como uma barreira à penetração do anidrido carbônico, impedindo o endurecimento do 
interior da camada de revestimento. (DE MILITO, 2009) 
 
 
Figura 43 - Fissuramento gerado na camada de emboço de uma parede interna. 
 
 
41 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O acompanhamento de execução das atividades de uma obra apresenta ao aluno de 
graduação em engenharia civil o dia-a-dia da profissão, e surge como um primeiro 
contato com o mercado de trabalho. O estágio supervisionado proporciona ao aluno a 
aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo dos dez semestres cursados na 
universidade, e posiciona o estagiário no campo de decisões necessárias à boa execução 
e caminhamento das atividades. 
Os desafios propostos nesta fase de trabalho, início de carreira do profissional da 
engenharia civil, são de suma importância para a formação de um bom gestor, projetista, 
responsável técnico ou qualquer que seja a função almejada a ser seguida pelo 
engenheiro. 
Relativamente à boa execução, a atuação do estagiário tem um papel muito 
importante, no que diz respeito à conferência das atividades em desenvolvimento nos 
setores de sua responsabilidade de supervisão. Deve-se, portanto, haver um bom diálogo 
entre estagiário e engenheiro na proposição de soluções aos problemas que surgem 
diariamente, cabendo ao estagiário analisar criticamente a solução proposta pelo 
engenheiro, e o auxiliar na melhor tomada de decisões. 
Sobre as atividades desenvolvidas ao longo do estágio extra curricular e 
supervisionado na referida empresa, é possível considerar que o acompanhamento de 
execução de serviços, como um todo, deve ser realizado diariamente por estagiário que 
tenha disponibilidade de horário estando presente em todas as etapas executadas, pois 
há muito a ser feito num curto espaço de tempo, como o acompanhamento de serviços 
de acabamento, montagem de fôrmas e ferragens, execução e serviços de concretagem, 
realização de quantitativos, orçamentos e até mesmo a tomada de decisões na ausência 
dos engenheiros responsáveis. 
Foi possível observar que, o graduado em engenharia civil deve ir além da sua 
formação, é de grande importância ter conhecimentos administrativos, contábeis, e 
principalmente manter a educação e respeito para com os trabalhadores da construção, 
pois a obra funciona como um todo, e uma variedade de interesses e funções giram em 
torno dela. 
 Quanto mais trabalho, mais aprendizado; quanto mais curiosidades em todo e 
qualquer setor de um canteiro de obras, mais dúvidas esclarecidas, e até mesmo, ou 
42 
 
principalmente com os erros é que obtém um resultado de aprendizadoesperado sobre 
essa etapa tão significativa da vida acadêmica do graduando em engenharia civil. 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALVES, André L. L. ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS: um estudo 
aplicativo na Construção do Centro de Convenções de João Pessoa – PB. Trabalho 
de Conclusão de Curso, UFPB, 2012. 
 
SILVA, Eduardo V. M. Estudo dos avanços tecnológicos na locação de obra de 
Edificações. Rio de Janeiro, UFRJ, Escola Politécnica, 2015. 
 
BORGES, Alberto de Campos. Prática das Pequenas Construções. Volume 1, 9ª 
Edição, Editora Edgard Blücher Ltda., 2009. 
 
BARROS, Carolina. Memória de Aula 04 – Fundações. Instituto Federal Sul-Rio-
Grandense, Edificações, Disciplina: Técnicas Construtivas, 2009. 
 
COSTA e SILVA, Angelo J. C. Coberturas. Universidade Católica de Pernambuco, 
Departamento de Engenharia Civil, Recife, 2004. 
 
COSTA e SILVA, Angelo J. C. Revestimentos – Apostila Resumo. Universidade 
Católica de Pernambuco, Departamento de Engenharia Civil, Recife, 2004. 
 
CUNHA, Eduardo H. Pinturas. Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC 
Goiás, Departamento de Engenharia Civil, Disciplina Construção Civil II, Goiás, 2015. 
 
MELADO, Bethina A. M. Aula 11 – Contrapisos. Faculdade Sudoeste Paulista – FSP, 
Departamento de Engenharia Civil, Técnicas da Construção Civil, Avaré-SP, 2014. 
 
GUEDES, Milber Fernandes. Caderno de Encargos: Alvenarias de Vedação. 
Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas – CEHOP, Editora PINI. 
 
ZULIAN, Carlan Seiler. Notas de Aula da Disciplina Construção Civil: Esquadrias. 
Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, Departamento de Engenharia Civil, 
2002. 
 
FERREIRA, Rodrigo A. F. Apostila da Disciplina de Instalações Elétricas I. 
Universidade Federal de Juiz de Fora -UFJF, Departamento de Engenharia Elétrica, 
2010. 
 
43 
 
LEGGERINI, Maria R. C. Capítulo III: MATERIAIS CERÂMICOS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL. Disciplina: Materiais Técnicas e Estruturas I, PUCRS, 
Faculdade de Arquitetura, 2010. 
 
CONSTRUFÁCIL RJ. Guia completo (passo a passo) sobre locação de obra. 
Disponível em: http://construfacilrj.com.br/guia-completo-sobre-locacao-de-obra/. 
Último acesso em 23 de Novembro de 2015 ás 23:42 h. 
 
PORTAL METÁLICA. Coberturas: os diversos tipos e suas características. 
Disponível em: http://wwwo.metalica.com.br/coberturas-os-diversos-tipos-e-suas-
caracteristicas. Último acesso em 24 de Novembro de 2015 ás 19:56 h. 
 
AVILA, Antônio V.; LIBRELOTTO, Liziane I.; LOPES, Oscar C. Orçamento de 
Obras – Construção Civil. Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul, 
Departamento de Arquitetura e Urbanismo, 2003. 
 
DE MILITO, José A. APOSTILA - TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL – 
Capítulo 10: Patologias mais comuns em revestimentos. Faculdade de Ciências 
Tecnológicas da P.U.C. Campinas, 2009. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6118: 
Projeto e execução de obras de concreto armado. Rio de Janeiro, ABNT, 1978. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5626: 
Instalações Prediais de Água Fria. Rio de Janeiro, ABNT, 1978. 
 
AMANCO. Manual Técnico. Revisado em Dezembro de 2008.

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