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Resumo de Direito Penal Conceitos Iniciais

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Resumo de Direito Penal – Conceitos iniciais
Conceito
	Normas jurídicas que definem crimes com a respectiva cominação de sanções.
Crime = fato típico, ilícito, culpável
Características:
Autonomia
Natureza imperativa e sancionadora
Caráter Positivo
Axiológico 
*Nilo Batista: seletivo, repressivo e estigmatizante.
Conceito de Direito Penal
“Conjunto das prescrições emanadas do Estado, que ligam ao crime, como fato, a pena como conseqüência”. Von Lizt.
Ao conceito acima Frederico Marques acrescenta: “...e que disciplina também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder de punir do Estado”.
Teoria Geral do Direito Penal
Direito Penal Objetivo – que é o conjunto das normas jurídicas por meio das quais o Estado tutela os bens mais importantes, definindo as condutas que os ameaçam ou os danificam. Temos então os ilícitos jurídico penais(crimes e contravenções), e as consequentes penas e medidas de segurança.
Direito Penal Subjetivo – que é o poder-dever do Estado de impor sanções, como consequência dos ilícitos jurídico penais. É o próprio jus puniendi do estado, que encontra seu limite no direito subjetivo de liberdade do cidadão, que lhe garante não ser sancionado senão de acordo com as normas do Direito Penal Objetivo. 
Direito Penal comum, reporta-se à normatização codificada, sistematizada, organizada em um sistema jurídico denominado Código Penal. Código Penal(Decreto-lei 2.848/1940, alterado pela Lei 7.209/1984), que é constituído de Parte Geral(arts. 1° a 120) e Parte Especial(arts. 121 a 361).
Direito Penal especial, refere-se à legislação penal extravagante, aquela que exorbita do código, compondo o direito penal não codificado. Leis Penais Extravagantes (v.g., Decreto-lei 3.688/1941-Lei de Contravenções Penais; Lei 11.343/2006-Lei de Tóxicos; Lei 8.072/1990-Lei dos Crimes Hediondos; Lei 9.065/1998-Lei dos Crimes ambientais).
Direito Penal substantivo, representa a norma penal tal como escrita no código ou na legislação extravagante, descrevendo os crimes ou as contravenções, suas respectivas sanções, bem ainda os institutos jurídicos-penais correlatos
 Direito Penal adjetivo, são as normas processuais penais, aquelas que instrumentalizam o processo e permitem sua dinâmica; são normas técnicas desprovidas de caráter axiológico.
Controle Social
Conceito: Sociedade – Poder – Estado
	O poder está alicerçado não só ao Estado, mas a toda uma rede de nível micro, disseminada pelo tecido social.
Classificações:
Controle Social Difuso
Controle Social Institucionalizado: 
		 a)Controle Social Não-Punitivo
			 b) Controle Social Punitivo:
	 b.1) com discurso não-punitivo
	 b.2) formalmente punitivo
Sistema Penal
É o “controle social punitivo institucionalizado” (Zaffaroni)
Compreende além das normas definidoras de crimes as demais que estão funcionalmente ligadas  a elas, como a legislação processual penal, a lei de execução penal, as normas de organização penitenciária, além “das instituições que desenvolvem suas atividades em torno da realização do direito penal” (Batista)
Pretende ser um “sistema garantidor de uma ordem social justa”
Criminologia
Conceito:
	Campo de interdisciplinaridade para o estudo do crime (conecta Sociologia Criminal, Antropologia Criminal, Psicologia, Psiquiatria, História, Filosofia, entre outros). 
Criminologia Positivista:
 	Modelo Causal-Explicativo; Patologia e pré-determinismo; Personalidade do Criminoso.
Criminologia Crítica:
 	Processo de criminalização; Motivações e Razões políticas;
Política Criminal
Conceito:
	Conjunto de técnicas, que atuam no sistema penal, por meio da Criminologia, com análise crítica do direito, de forma a propor alterações ao processo de criminalização de condutas. Divide-se em:
Política Criminal de Segurança Pública
Política Criminal Judiciária
Política Criminal Penitenciária
Ciência Dogmática Penal ou Dogmática Penal
Visa elaborar e desenvolver um sistema, visando interpretar e aplicar o Direito Penal, de modo lógico(formal e material) e racional. É constituída pelo conjunto de conhecimentos(normas e princípios), ordenados metodicamente. Também chamada dogmática penal, discorre sobre o estudo da principiologia referente ao conhecimento do conteúdo das normas penais e dos institutos que com elas se relacionam, através dos trabalhos de interpretação, classificação e sistematização, usando-se métodos lógicos e racionais.
Bem Jurídico
A idéia de que o crime lesa bens fundamentais e não direitos remonta a Birnbaum (séc. XIX), que vem dizer que os crimes não lesam direitos, mas sim bens, isto é, entidades para além da própria ordem jurídica.
Os bens jurídicos não são realidades palpáveis, concretas, são antes valores da existência social.
Não é efectivamente o legislador que cria esses bens, pois eles já existem, preexistem, sendo certo obviamente que quando o legislador lhes confere tutela jurídica transforma esses bens em bens jurídicos.
Estes bens são interesses da coexistência social, são valores reputados fundamentais à própria existência da sociedade organizada em termos de Estado. Os comportamentos que agridam lesem, ponham em causa, façam perigar esses interesses, devem ser objeto de uma reação.
O Direito Penal não deve intervir para tutelar todo e qualquer bem jurídico; o Direito Penal deve intervir apenas para tutelar as ofensas mais graves a esses bens jurídicos que, por outro lado, têm de ser bens jurídicos fundamentais, daí carácter subsidiário e fragmentário do Direito Penal.
Estes bens são interesses da coexistência social, são valores reputados fundamentais à própria existência da sociedade organizada em termos de Estado. Os comportamentos que agridam lesem, ponham em causa, façam perigar esses interesses, devem ser objeto de uma reação.
O Direito Penal não deve intervir para tutelar todo e qualquer bem jurídico; o Direito Penal deve intervir apenas para tutelar as ofensas mais graves a esses bens jurídicos que, por outro lado, têm de ser bens jurídicos fundamentais, daí carácter subsidiário e fragmentário do Direito Penal.
Conceito de Pena
Imposição pelo Estado ao condenado de sanção contra a prática de um fato definido na lei como crime.
Para Damásio de Jesus, "pena é a sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração (penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos" .
Para Aníbal Bruno, “pena é a sanção, consistente na privação de determinados bens jurídicos, que o Estado impõe contra a prática de um fato definido na lei como crime.” 
 Para Franz Von Liszt , “a pena é um mal imposto pelo juiz penal ao delinqüente, em virtude do delito, para expressar a reprovação social em relação ao ato e ao autor
	
Conceito Agnóstico de Pena
Não admite nenhuma função positiva da pena.
*Zaffaroni-Batista-Slokar-Alagia: Conceito ampliado de pena.
- Percebe manifestações legais latentes e eventuais do poder punitivo. 
- Poder punitivo vai além da criminalização primária e secundária (p.e. qualquer função manifesta não-punitiva, como assistencial, tutelar, pedagógica, sanitária)
- Não concede função positiva;
- Conceito “agnóstico” quanto a sua função. Confessa não conhecê-la. 
Pressuposto Oficial da Pena:
 	 Prática de um delito.
Fundamento da Pena:
	 Discurso do Estado de legitimidadeda segurança da convivência social, com função de manter o ordenamento jurídico.
Momentos de concretização da pena:
Cominação
Aplicação
Execução
Medidas de Segurança
Surgem para suprir as deficiências do sistema penal clássico. Fundadas na periculosidade do agente. São de natureza assistencial, medicinal ou pedagógica. Trata-se de meio de prevenção do crime que abstrai a culpabilidade, e de funda na periculosidade do agente.
No Brasil vigorava o sistema do duplo binário (penas + medidas de segurança).
No CP 1940 antes da reforma de 1984, determinava a imposição de pena atenuada aos inimputáveis e depois a medida de segurança “curativa”.
Atualmente vigora o sistema vicariante – não prevê a aplicação de medida de segurança preventiva aos imputáveis. As medidas de segurança são medidas terapêuticas destinadas aos inimputáveis e semi-imputáveis.

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