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UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

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Universidade Federal de Lavras
Centro de Ciências Agrárias
CONFINAMENTO
Murilo Silva de Oliveira
Campo Grande
2000
Índice
Summary 04
I. Introdução	05
II. Definição	06
III. Ciclo do Boi	06
IV. Um Mercado Promissor	08
V. Veja as vantagens de fazer confinamento	11
VI. Tipos de Confinamento	14
Curral a Céu Aberto	14
Curral Parcialmente Coberto	14
Curral Coberto	14
VII. Instalações	14
Localização	15
Área	17
VIII. Curral de confinamento	17
IX. Curral de Manejo	18
Manejo Sanitário	18
Manejo de Seleção	19
Manejo Alimentar	22
X. Depósitos	24
XI. Máquinas e equipamentos	24
XII. Animais	24
XIII. Os Alimentos	25
XIV. Doenças no Confinamento	32
Timpanismo	32
Acidose	33
Laminite	35
Intoxicação por uréia	35
Dermatomicose	36
Enterotoxemia	37
XV. Alguns sinais de alteração na saúde dos animais confinados	38
XVI. No fim, hora de vender	38
Conclusão 39
Resumo 39
Referências Bibliográficas	43
Tabelas
Tabela 1: Índices de Produtividade	05
Tabela 2: Confinamentos no Brasil	09
Tabela 3: Preços do Boi Gordo (US$) - São Paulo	11
Tabela 4: Preços do boi gordo nos últimos 10 anos.	12
Tabela 5: Cálculo da Taxa de Desfrute	12
Tabela 6: Modelo para vantagens no confinamento	13
Tabela 7: Comparação de dois tipos de conformação...	20
Tabela 8: Genótipo x Meio Ambiente	20
Tabela 9: Horários adotados no confinamento...	23
Tabela 10: Outros esquemas	23
Tabela 11: Comparação de dois tipos de conformação ...	28
Tabela 12: Exigências nutricionais em energia ...	29
Tabela 13: Exigências nutricionais (g/dia) em proteína...	29
Tabela 14: Capim-elefante (Pennisetum purpureum)	31
Gráficos
Gráfico 1: Ciclo Pecuário	07
Gráfico 2: Evolução do Confinamento no Brasil	08
Gráfico 3: Boi Gordo - São Paulo	10
Figuras
Figura 1: Exemplo de Curral de engorda a céu aberto	14
Figura 2: Exemplo de curral de engorda semicoberto	15
Figura 3: Silhueta dos bovinos...	20
Anexo
Anexo 1: Engorda em confinamento - Ficha de registros 40
Anexo 2: Semiconfinamentos no Brasil 41
Anexo 3: Engorda em pastagens de inverno 42
Summary
As we saw in the present work, the confinement system is economically viable, mainly if the property produces some of the victuals used in the animal diet; The confinement allows to abate animals in less time, increasing with that the capital turn, the enjoyment rate and consequently increase of profitability of the property. Without speaking that the producer will be adopting point technology in the property and elevating the level of its employees' professional training. During the whole cycle of the animal, until arriving in the confinement, it allows to select resistant animals the ectoparasitos, of coat it lowers, adapted to the tropics and great alimentary conversion; Reminding that that animal is going to discount with more than 460 kg of Weight Lives (medium Races), with revenue of carcass from 54 to 56% and of 3 to 5 millimeters of fat covering, checking to the meat a red one lives of excellent aspect and a soft and tasty meat.
I. Introdução
O confinamento de gado para a engorda é prática relativamente recente no Brasil. No entanto, ano a ano cresce o número de pecuaristas que adotam essa solução zootécnica, em virtude das vantagens que ela apresenta.�
A Modernização é a palavra de ordem na pecuária nacional; visto os índices de produtividade da pecuária de corte.
Tabela 1: Índices de produtividade.
	Fertilidade
	50 a 55%
	Mortalidade
	10%
	Idade de abate
	4 a 5 anos
	Índice de desfrute
	12 a 16%
	Capacidade de suporte
	0,6 UA/ha
 Fonte: Martin,1987.
	Isto aliado à baixa eficiência da produtividade, resulta o precário estado de sanidade do rebanho e da má qualidade de nossas pastagens, onde a baixa capacidade de suporte está próxima do limite de saturação.�
 A criação tradicional vai se tornando antieconômica,
um mau negócio.	
 Alguns dos motivos que tornam a modernização necessária:
A elevação do preço da terra, dos equipamentos, fertilizantes, remédios, salários etc;
Tendência do consumidor em favor de carne mais magra;
As altas taxas de juros dos empréstimos bancários;
A oferta da carne bovina barata dos outros países do Mercosul; A crescente produção de grãos a preço baixo para alimentação animal; A concorrência da carne de frango.
Para inverter este quadro é preciso aumentar a produtividade. Isso é, produzir carne em menos tempo com custos reduzidos. O primeiro passo para iniciar a modernização da pecuária numa propriedade é aproveitar racionalmente as pastagens, um investimento em alimentos, produtos veterinários, alguns equipamentos e materiais, pode-se dar saltos de produtividade muito significativos.
O nome dessa técnica é Confinamento.�
Assim sendo, o sistema de confinamento pode ser aplicado a todas as categorias do rebanho. Contudo, é mais utilizado para a terminação de bovinos, que é a fase que antecede o abate, ou seja, envolve o acabamento de carcaça que será comercializada.�
II. Definição
	É chamado de "confinamento" o sistema de criação de bovinos em lotes de animais que são colocados em piquetes ou currais com área restrita, e onde os alimentos e a água necessária são fornecidos em cochos.
III. Ciclo do Boi
A pecuária é uma atividade de risco. E o risco é maior 
quando se pretende modernizar a produção. A primeira coisa que o 
produtor deve saber é que a pecuária se desenvolve por ciclos. O ciclo 
plurianal ou ciclo longo corresponde a todo o período que decorre 
desde o nascimento de uma bezerra, até quando seu primeiro filho 
macho vai para abate.
	Dentro desse ciclo há sempre um momento em que predomina 
uma tendência ao crescimento do número de matrizes no rebanho. 
Com isso, aumenta a produção de bezerros e, em conseqüência , o 
preço tende a baixar. Quando fica muito baixo, segue-se um período 
de abate generalizado de vacas, o que irá provocar, dentro de algum 
tempo, um equilíbrio temporário entre oferta e demanda de boi gordo.
	Mas a esse momento se seguirá um outro período, de queda da 
oferta e falta de bois e bezerros, por causa do grande abate de vacas 
ocorrido. E ai o preço tenderá a subir de novo, criando outra vez 
estímulo para a ampliação do número de vacas no rebanho.
	Quer dizer, quando o preço fica alto, e tanto o boi magro quanto 
o bezerro estão caros, volta a ganhar força a tendência de se investir 
em criar vacas, produzir bezerros para atender à demanda. É o começo 
de um novo ciclo longo.�
	Ao contrário do que se pensava o ciclo longo da pecuária é de 04 
(quatro) anos e não mais de 06 (seis) ou 07 (sete), como se considerava 
anteriormente.
	Como se pode observar na figura, os picos de alta e de baixa dos 
preços pecuários se vêm repetindo de quatro em quatro anos.
GRÁFICO 1: Ciclo Pecuário
�
A análise do mercado permite projetar um novo pico de alta 
em 1998; As razões são as seguintes: 
Redução da oferta e maior valorização dos bezerros;
Redução dos abates de fêmeas;
Aumento do custo de produção das carnes alternativas;
Aumento das exportações de carne bovina e de frangos;
Redução das importações do Cone Sul e reaquecimento da economia brasileira até as eleições de 1998.
Há também um ciclo curto, que decorre dentrode cada ano, 
em que o preço oscila influenciado pelo clima. Tende a baixar na 
estação das águas e a subir no período da seca.
Todo pecuarista tem que acompanhar as tendências desses 
ciclos. Isso pode representar a diferença entre o Lucro e o Prejuízo.�
IV. Um Mercado Promissor
No Brasil existe um mercado crescente na exploração de 
pecuária de corte, com o sistema de confinamento; como se vê o 
quadro de Evolução dos Confinamentos.
GRÁFICO 2: Evolução dos Confinamentos no Brasil
Fonte: Anualpec 98
TABELA 2: Confinamentos no Brasil. - Feedlots per State (heads)
	Estados
	1986
	1987
	1988
	1999
	1990
	1991
	1992
	1993
	1994
	1995
	1996
	1997
	SP
	145.000
	155.000 
	170.000 
	250.000 
	210.000 
	215.000 
	220.000 
	225.000 
	270.000
	345.000
	435.000
	510.000
	MG
	 80.000 
	 100.000 
	 115.000 
	 145.000 
	 105.000 
	 150.000 
	 120.000 
	 115.000 
	 140.000 
	 145.000 
	 155.000 
	 165.000 
	GO
	 45.000 
	 75.000 
	 105.000 
	 150.000 
	 80.000 
	 65.000 
	 90.000 
	 80.000 
	 120.000 
	 130.000 
	 145.000 
	 155.000 
	MS
	 20.000 
	 25.000 
	 40.000 
	 60.000 
	 55.000 
	 70.000 
	 80.000 
	 90.000 
	 105.000 
	 130.000 
	 140.000 
	 145.000 
	PR
	 35.000 
	 40.000 
	 55.000 
	 75.000 
	 70.000 
	 65.000 
	 70.000 
	 75.000 
	 90.000
	 115.000 
	 130.000 
	 135.000 
	MT
	 10.000 
	 15.000 
	 25.000 
	 35.000 
	 35.000 
	 40.000 
	 50.000 
	 55.000 
	 75.000 
	 95.000 
	 105.000 
	 120.000 
	RS
	 35.000 
	 35.000 
	 40.000 
	 55.000 
	 45.000 
	 40.000 
	 40.000 
	 40.000 
	 45.000 
	 55.000 
	 60.000 
	 65.000 
	BA
	 10.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 30.000 
	 25.000 
	 25.000 
	 25.000 
	 20.000 
	 30.000 
	 45.000 
	 50.000 
	 60.000 
	TO
	 -
	 - 
	 5.000 
	 15.000 
	 10.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 15.000 
	 20.000 
	 35.000 
	 40.000 
	 45.000 
	SC
	15.000 
	 15.000 
	 20.000 
	 30.000 
	 30.000 
	 25.000 
	 25.000 
	 20.000 
	 25.000 
	 30.000 
	 35.000 
	 35.000 
	RJ
	 10.000 
	15.000 
	 15.000 
	 25.000 
	 25.000 
	 20.000 
	 25.000 
	 20.000 
	 20.000 
	 25.000 
	 25.000 
	 25.000 
	ES
	 5.000 
	10.000 
	 10.000 
	 20.000 
	 20.000 
	 15.000 
	 20.000 
	 15.000 
	 15.000 
	 15.000 
	 15.000 
	 15.000 
	Outros
	25.000 
	25.000 
	 25.000 
	 45.000 
	 45.000 
	 45.000 
	 45.000 
	 40.000 
	 50.000 
	 75.000 
	100.000 
	 115.000 
	Total
	435.000 
	520.000 
	640.000 
	 935.000 
	755.000 
	785.000 
	 825.000 
	 810.000 
	1,005.000 
	1,240.000 
	1,435.000 
	 1,590.000 
Fonte: Anualpec 98
Quem for capaz de realizar essa produção e atender a 
demanda de boi gordo na entressafra, vai vender no melhor 
momento para aproveitar a evolução dos preços, vai ter oportunidade de lucrar com o boi gordo, durante vários anos.
Nos Estados Unidos isso já não acontece. Não há mais entressafra, a produção é constante o ano todo. Por isso, o preço não sofre oscilações como aqui, mantém-se estável. Um dos grandes motivos para alcançar esse estágio foi o uso de suplementação alimentar. Atualmente, cerca de 95% dos animais abatidos nos Estados Unidos vêm dos confinamentos e semiconfinamentos. Há oferta de boi gordo o ano inteiro lá.
Portanto, veja a oportunidade: até que o Brasil não haja mais 
entressafra, e que o preço se torne estável, como nos Estados Unidos, há todo um mercado crescente para ocupar; isso vai levar anos para acontecer. Vai ser preciso produzir algo em torno de 10 milhões de bois gordo na entressafra. Até lá, há uma excelente oportunidade de negócios lucrativos – com lucro diferencial na entressafra – para explorar a pecuária de corte.�
Como se vê no gráfico 3, em seguida.
GRÁFICO 3: Boi Gordo - São Paulo
Fonte: Anualpec 98.
TABELA 3: Preços do Boi Gordo (US$) - São Paulo
	Ano
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Média
	1978
	16.2 
	16.0 
	16.0 
	15.8 
	15.5 
	15.7 
	19.4 
	20.0 
	20.9 
	25.2 
	25.2 
	24.7 
	19.2 
	1979
	24.1 
	23.8 
	23.1 
	24.3 
	24.1 
	23.1 
	24.6 
	27.2 
	32.3 
	32.7 
	32.7 
	24.7 
	26.4 
	1980
	23.6 
	22.5 
	21.0 
	21.0 
	20.9 
	20.9 
	21.8 
	23.6 
	24.3 
	26.8 
	26.4 
	24.3 
	23.1 
	1981
	23.5 
	21.9 
	21.0 
	20.1 
	19.0 
	17.5 
	17.0 
	17.5 
	19.9 
	20.7 
	20.8 
	19.5 
	19.9 
	1982
	18.1 
	16.4 
	15.5 
	15.4 
	15.6 
	15.4 
	19.5 
	19.6 
	19.7 
	18.1 
	17.0 
	16.0 
	17.2 
	1983
	15.0 
	13.5 
	11.5 
	13.8 
	13.4 
	12.3 
	14.9 
	15.8 
	19.9 
	19.6 
	19.1 
	18.2 
	15.6 
	1984
	17.7 
	17.3 
	15.9 
	14.9 
	17.4 
	16.7 
	16.9 
	17.5 
	21.9 
	20.2 
	18.5 
	16.6 
	17.6 
	1985
	15.0 
	13.0 
	11.4 
	10.6 
	9.6 
	8.7 
	12.2 
	15.4 
	16.7 
	17.6 
	20.4 
	19.0 
	14.1 
	1986
	15.9 
	13.6 
	13.9 
	15.1 
	15.8 
	17.2 
	19.0 
	20.5 
	23.0 
	23.7 
	31.6 
	36.8 
	20.5 
	1987
	32.0 
	24.3 
	20.5 
	19.4 
	18.9 
	14.7 
	15.7 
	18.8 
	18.8 
	19.8 
	19.3 
	14.7 
	19.7 
	1988
	14.5 
	12.8 
	12.7 
	14.5 
	12.9 
	13.6 
	16.3 
	17.6 
	26.5 
	26.4 
	28.6 
	29.6 
	18.8 
	1989
	17.5 
	17.7 
	20.7 
	22.9 
	25.8 
	33.6 
	25.0 
	29.0 
	23.4 
	18.7 
	20.5 
	21.3 
	23.0 
	1990
	25.0 
	22.0 
	23.0 
	21.2 
	21.9 
	27.8 
	26.4 
	29.0 
	36.1 
	28.1 
	20.0 
	16.0 
	24.7 
	1991
	16.1 
	18.4 
	18.7 
	18.2 
	17.6 
	17.4 
	21.1 
	24.0 
	23.8 
	24.1 
	23.4 
	18.4 
	20.1 
	1992
	17.8 
	17.4 
	15.9 
	17.5 
	18.2 
	16.6 
	17.3 
	19.0 
	20.0 
	19.9 
	17.5 
	20.3 
	18.1 
	1993
	20.8 
	19.4 
	19.7 
	20.4 
	19.0 
	18.0 
	20.4 
	23.5 
	23.1 
	22.4 
	21.3 
	22.3 
	20.9 
	1994
	20.1 
	19.6 
	20.8 
	19.6 
	18.3 
	23.2 
	23.7 
	26.5 
	29.1 
	37.4 
	38.8 
	35.4 
	26.0 
	1995
	30.8 
	30.9 
	27.2 
	25.7 
	24.9 
	23.3 
	26.2 
	25.9 
	25.2 
	26.1 
	25.7 
	22.4 
	26.2 
	1996
	22.1 
	22.3 
	22.0 
	22.0 
	21.2 
	21.4 
	23.4 
	24.2 
	24.0 
	24.8 
	23.0 
	23.1 
	22.8 
	1997
	 23.1 
	24.1 
	24.2 
	24.7 
	24.1 
	24.1 
	24.9 
	24.6 
	24.1 
	25.2 
	24.8 
	25.0 
	24.4 
	Média
	 20.4 
	19.3 
	18.7 
	18.9 
	18.7 
	19.1 
	20.3 
	22.0 
	23.6 
	23.9 
	23.7 
	22.4 
	20.9 
Fonte: Anualpec 98.
V. Veja as vantagens de fazer confinamento
Vende mais cedo o produto. Assim, gira mais rápido o seu capital circulante (Boi). E fica com o dinheiro em caixa para investir, seja para comprar bezerros ou bois magros, seja para ampliar as instalações.
Na entressafra, o preço da arroba atinge maior valorização, que é o seu objetivo em adotar essa técnica. (Ver tabela 4).
Aumenta a Taxa de Desfrute da propriedade, tornando mais rentável seu capital fixo, a terra, pastagens e instalações; e aumentando a produtividade.
TABELA 4: Preços do boi gordo (IGP) nos últimos 10 anos.
	Ano
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Média
	1977
	 53.2 
	 52.9 
	 51.5 
	 49.6 
	 48.5 
	 48.2 
	 50.0 
	 53.9 
	 61.0 
	65.7 
	67.7 
	66.7 
	 55.7 
	1978
	 64.9 
	63.0 
	62.4 
	60.7 
	59.2 
	59.3 
	72.1 
	74.3 
	77.6 
	92.7 
	92.2 
	92.4 
	 72.6 
	1979
	89.8 
	88.6 
	84.2 
	 87.8 
	 89.0 
	86.6 
	89.9 
	97.1 
	114.6 
	115.1 
	114.0 
	101.4 
	 96.5 
	1980
	100.0 
	 93.9 
	85.5 
	83.7 
	 80.9 
	 78.8 
	 78.3 
	81.8 
	 81.3 
	 88.4 
	 84.3 
	76.6 
	 84.5 
	1981
	72.3 
	65.0 
	 61.1 
	58.9 
	55.751.8 
	51.7 
	 52.1 
	59.4 
	 62.8 
	63.3 
	 60.7 
	 59.6 
	1982
	 55.4 
	 49.6 
	45.8 
	 45.3 
	45.6 
	43.8 
	 55.3 
	 55.7 
	43.1 
	 54.0 
	51.6 
	48.6 
	 49.5 
	1983
	45.1 
	45.0 
	 44.8 
	53.3 
	53.4 
	 48.4 
	57.2 
	 60.8 
	75.2 
	73.2 
	71.4 
	 68.9 
	 58.1 
	1984
	 65.8 
	63.4 
	59.1 
	56.1 
	 65.1 
	62.6 
	 63.4 
	65.1 
	81.4 
	 75.9 
	 68.9 
	61.8 
	 65.7 
	1985
	 56.2 
	 48.7 
	42.7 
	 41.3 
	 38.3 
	 35.5 
	 49.6 
	 55.6 
	56.1 
	 63.7 
	 68.4 
	 60.5 
	 51.4 
	1986
	 49.9 
	 45.4 
	53.0 
	57.8 
	60.3 
	65.5 
	71.9 
	76.3 
	84.9 
	87.0 
	114.3 
	127.8 
	 74.5 
	1987
	 106.5 
	 81.9 
	 69.4 
	62.1 
	60.9 
	48.7 
	54.2 
	65.2 
	63.9 
	 65.1 
	61.1 
	46.0 
	 65.4 
	1988
	 43.5 
	38.5 
	 38.2 
	42.0 
	 37.9 
	38.9 
	46.4 
	50.6 
	 73.1 
	 72.9 
	78.6 
	 80.5 
	 53.4 
	1989
	 48.3 
	48.0 
	 49.7 
	 56.7 
	 61.2 
	76.4 
	56.3 
	 69.2 
	48.4 
	35.8 
	 40.4 
	39.4 
	 52.5 
	1990
	 39.2 
	 36.6 
	 37.1 
	35.5 
	37.7 
	48.6 
	46.3 
	 47.3 
	55.3 
	 48.0 
	39.3 
	32.9 
	 42.0 
	1991
	35.1 
	 35.9 
	 37.2 
	36.9 
	 36.5 
	34.8 
	 41.3 
	47.7 
	54.0 
	 47.8 
	 48.8 
	 38.7 
	 41.2 
	1992
	 39.6 
	 38.1 
	35.7 
	 40.0 
	 40.7 
	 36.5 
	38.1 
	40.8 
	38.0 
	39.4 
	 36.6 
	38.4 
	 38.5 
	1993
	 42.3 
	40.3 
	 40.2 
	41.2 
	 37.3 
	35.2 
	 39.6 
	44.9 
	43.2 
	42.4 
	39.8 
	 41.1 
	 40.6 
	1994
	 36.6 
	 35.6 
	 36.7 
	 34.7 
	 33.0 
	36.6 
	44.6 
	 46.5 
	 48.4 
	 59.3 
	 59.6 
	54.8 
	 43.9 
	1995
	46.7 
	 46.0 
	 42.1 
	39.7 
	 37.8 
	 35.2 
	 39.3 
	38.9 
	38.7 
	 40.3 
	 39.3 
	 34.3 
	 39.9 
	1996
	 33.4 
	33.8 
	33.5 
	 33.3 
	31.7 
	 31.8 
	34.7 
	36.0 
	 36.0 
	37.3 
	34.6 
	 34.7 
	 34.2 
	Média
	 56.2 
	 52.5 
	50.5 
	50.8 
	 50.5 
	 50.2 
	54.0 
	 58.0 
	61.7 
	 63.3 
	 63.7 
	60.3 
	 56.0 
Fonte: Anualpec 97.
TABELA 5: Cálculo da Taxa de Desfrute
T.D. = Nº de Animais no Rebanho (dentro de 1 ano)
 Nº de Animais Abatidos
O desfrute, no confinamento se relaciona com dois aspectos:
Aumento da capacidade de suporte;
Diminui-se a idade do abate, resultando no aumento da produtividade.
O confinamento amansa os bois, mesmo aqueles mais bravos ficam logo mansos; isso devido ao contato diário com o peão tratador, ao contrário do que se pensava, os animais não se incomodam com o barulho do trator ou da charrete que leva o volumoso.
Elevar o nível de conhecimento técnico da peonada (trabalhadores rurais); a preparação da mão-de-obra para o confinamento não se resume a ensinar o que fazer ao peão, mas todo um conceito e que ele deve compreender, pois se trata de participar de um processo de introdução de tecnologia na propriedade rural.
O confinamento melhora a capacidade alimentar do boi; isso devido à silagem , suplementos protéicos, NNP (Nitrogênio não protéico), aditivos e palatabilizantes.
Cria-se uma mentalidade empresarial. O produtor aprende a controlar custos. Uma planilha é elaborada. Aprende-se a saber quanto se gasta para produzir uma arroba. Através desse controle o produtor vai saber se está tendo lucro ou prejuízo. Durante o confinamento, pode-se adequar á novas situações visando reduzir custos desnecessários, para obtenção de melhores resultados 
(Ver Anexo 1).
O investimento não é pequeno, mas pode ser rentável desde que se produzam alimentos na propriedade, soja , milho, algodão, sorgo, etc; a intenção não é produzir todos os alimentos , que serão utilizados no confinamento , se o produtor tiver um ou dois alimentos; iram diluir os custos.�
Lembrando que para o pecuarista obter estas vantagens no confinamento, deve-se ter em mente um tripé, proposto pelo modelo:
TABELA 6: Modelo para vantagens no confinamento
	 Sucesso no Confinamento
	
=
	Desempenho dos Animais
	
+
	Custo da Alimentação
	
+
	Preço da Arroba na Entressafra
Fonte: Ferreira,1982.
�
VI. Tipos de Confinamento
1)Curral a Céu Aberto: Esse sistema é o mais simples, devendo os bebedouros e cochos ser colocado ao longo da cerca para facilitar o manejo da alimentação.
2)Curral Parcialmente Coberto: Mantém as mesmas características da anterior, com exceção dos cochos para alimentação que são cobertos e a largura de pelo menos 3,5m, com o objetivo de proteção sobre o calçamento. 
3)Curral Coberto: É adotado em regiões de clima frio e temperado, em que o animal pouco se movimenta; nesse sistema recomenda-se lotes de 50 a 100 animais para facilitar o manejo.�
VII. Instalações
	Devem ser simples, eficientes e práticas; de modo que um investimento inicial alto, com instalações sofisticadas colocaria em risco o sucesso do empreendimento.
FIGURA 1: Exemplo de curral de engorda a céu aberto.
Fonte: Cardoso, Esther.
FIGURA 2: Exemplo de curral de engorda semicoberto.
Fonte: Cardoso, Esther.
Localização:
	Uma vez que grande parte dos custos da produção em confinamento é referente à Alimentação, chegando a cerca de 
60 a 80%.�
	É importante que o confinamento esteja localizado em área ou região onde seja disponível alimentos com fartura, próximo às áreas de produção agrícola e seus subprodutos; deve-se levar em conta a distância dos centros consumidores e frigoríficos. A localização do confinamento na propriedade deve-se observar a disponibilidade de água, de terras agricultáveis para a integração agricultura-pecuária visando à produção de grãos (milho, sorgo, algodão, soja, etc) ou forragens (Cana-de-açúcar, Capim-elefante, milho ou sorgo) para silagem, a presença de energia elétrica e meios de transporte.�
	Áreas muito planas e declives em excesso devem ser evitados, assim como a proximidade a córregos e rios (que podem ser contaminados com dejetos do confinamento) e áreas com ventos canalizados, pois , no caso de haver vilas ou cidades próximas, seus habitantes poderão ser molestados pelo odor das fezes e dejetos dos animais.�
	Esta observação acima é válida, devido o grande volume de produtos residuais dos confinamentos – Esterco e Urina – que podem poluir a água subterrânea, ao penetrar nos vários substratos do solo através dos processos de lixiviação e percolação.
	Exemplo: Um confinamento de 1.000 cabeças de gado adulto, equivale a uma fonte potencial de poluição do ambiente semelhante a uma cidade de 6.000 habitantes, segundo levantamento feito nos Estados Unidos. Lembrando que a produção mensal pôr cabeça de gado é de 500 Kg de esterco. Os bretes do confinamento devem ter 6,0 m de comprimento, para permitir a entrada de veículos. A fabricação de uma esterqueira tem sido a solução adotada nestes casos.
	Outro item importante é o suprimento suficiente de água de boa qualidade para o consumo dos animais e limpeza das instalações. De acordo com o levantamento realizado pela Universidade do Texas, o total de água necessário para o consumo diário é de 35 a 45Lt/cabeça, conforme estação do ano e a ingestão de matéria seca da ração. É preciso prever, no entanto, uma quantidade adicional de 75 a 115 Lt/cabeça para os serviços de limpeza e de abastecimento das demais dependências da exploração.�
	O que se diz à temperatura da água é que quando fica parada, sob o sol, fica mais morna, facilitando a ruminação. O que se tem de comprovação científica disso é que a temperatura, quanto mais próxima da temperatura corporal do animal é melhor (o rúmen do bovino tem uma temperatura de aproximadamente 39 graus Celsius); portanto, se o bebedouro for de água parada e que fique exposta ao sol, é melhor.
	O cálculo para saber o consumo diário de água necessário por cabeça animal é de 12,5% do P.V.(Peso Vivo).
Área:
Deve ser bem drenada, garantindo um piso seco e sem lama após chuvas esporádicas desse período da entressafraque vai de julho a dezembro. Este aspecto é importante por dois motivos: evita o stress nos animais e contribui para preservar o meio ambiente. Este último relaciona-se com a presença de roedores, moscas e principalmente de efluentes que possam ocasionar poluição de rios. Para reduzir este problema, o terreno deve possuir uma inclinação de 2 a 8% dependendo do tipo de superfície do solo.
VIII. Curral de confinamento
	Deve ser simples, eficiente e prático; os cochos devem ser contínuos e localizados ao longo da cerca, respeitando um espaço linear de 70 cm/cabeça, e colocados até uma altura máxima de 40 cm do solo (do fundo do cocho ao solo).�
	Para evitar a entrada dos animais nos cochos, recomenda-se a colocação de três fios ou cabos de aço a altura conveniente, o primeiro a 0,60m e os outros a 0,15m um do outro, acima do nível da borda interna do comedouro. Para não ferir os animais, costuma-se proteger os cabos com um tubo (P.V.C.) ou mangueira de plástico resistente.(Fraga & Pires, citado por Peixoto,1988).
	É recomendável o calçamento ao redor dos bebedouros ou o cascalhamento ao longo dos cochos (uns 2 metros de largura).�
	De acordo com observações feita nos Estados Unidos, os ganhos diários podem ser aumentados em cerca de 150g / cabeça, nos currais com piso de concreto, em relação aos de piso de terra. Esta ganho pode chegar até 400 g diária, em relação ao piso de terra, se esta estiver encharcada e tomada de lama. Também foi superior o Índice de Conversão Alimentar, com 20% a mais em relação ao piso de terra.�
IX. Curral de manejo
	Destinado à recepção, preparo e separação dos lotes de animais; o manejo dos animais para o confinamento deve ser feito com calma, de forma a evitar o estresse e acidentes. A observação sobre a aparência e comportamento dos animais deverá ser constante, pois qualquer mudança que haja nestes fatores poderá ser indicativo de algum problema. Animais doentes ou problemáticos devem ser imediatamente apartados para o tratamento. Só deverão retornar ao confinamento (ao mesmo lote de origem) após plena recuperação.
	O curral de manejo é constituído de um embarcadouro, brete, balança (duas, uma para pesagem dos animais e outra da ração.), tronco de contenção, currais de apartação, bebedouros, etc. Neste conjunto, a balança é peça muito importante, pois permitirá acompanhar os animais e melhor controle da dieta.�
	Os animais deverão ser divididos em lotes homogêneos por categoria animal, quanto ao sexo, grau de sangue, condição corporal e grau de acabamento; é recomendável que os lotes não excedam 100 cabeças/piquete, pois facilitam o manejo.�
Manejo Sanitário:
Antes dos animais entrarem no confinamento, devem ser vermifugados, vacinados pelo menos duas vezes contra a Febre Aftosa e clostridioses e tratados contra ectoparasitos como bernes e carrapatos; se possível fazer a aplicação de um complexo vitamínico lipossolúvel (A,D,E e K). Pois estas vitaminas não são sintetizadas em nível de rúmen pelos bovinos. Estes, através da flora microbiana do rúmen, possuem a capacidade de síntese das vitaminas hidrossolúveis. As pesagens, no início e no final do confinamento, com pesagens intermediárias, de 28 em 28 dias para confirmar o ganho de peso diário; essa pesagem é feita com 10% dos animais de um lote. O manejo de pesagem, embarque e transporte dos animais, devem ser feitas com cuidado para que não ocorram edemas ou machucados que venham comprometer a qualidade da carne, especialmente a dos cortes nobres do traseiro.
Outro aspecto importante, visando a relação custo/benefício, e o número de animais em cada piquete; se o caminhão boiadeiro de transporte cabe 18 animais terminados prontos para o abate, você deve colocar 72, 90, 108, 126..., correspondente ao número exato de caminhões lotados; diminuindo custo com frete se ficar poucos animais para trás.�
Manejo de Seleção:
O manejo de seleção dos animais deve ser realizada, observando os aspectos sanidade, vivacidade, pelagem lisa, pele fina, solta e principalmente que apresentem ossatura forte ou seja, animais que tenham "caixa", termo conhecido na prática.
O produto ideal para confinamento é o animal cruzado de raças indianas com européias, podendo ser 1/2 sangue ou 3/4 europeu zebu; recomenda-se sempre o confinamento como continuidade de um bom programa de inseminação artificial.�
Tecnicamente, recomenda-se a preferência por animais mestiços (indiano x europeu), visando à heterose nestes cruzamentos.�
�
TABELA 7: Comparação de dois tipos de conformação corporal dentro das raças Aberdeen Angus (AA) e Charolesa (CH)
	Raça
	Tipo
	Altura na cernelha (cm)
	Ganho (Kg/na./dia)
	Conversão alimentar
	P.Vivo final (Kg)
	Dias de confinamento
	AA
	1
	107
	1,22
	6,1
	398
	153
	AA
	5
	120
	1,31
	7,1
	502
	153
	
	
	
	
	
	
	
	CH
	3
	116
	1,33
	5,8
	467
	190
	CH
	7
	126
	1,48
	6,0
	550
	190
Fonte: Coleção CRIAR
FIGURA 3: Silhueta dos bovinos, de acordo com o trabalho de V. H. Brungardt.
O melhoramento animal tem por finalidade aperfeiçoar a produção dos animais que apresentem interesse para o homem. Sabe-
-se que o fenótipo de um indivíduo nada mais é que o produto da interação genótipo e meio ambiente. Assim sendo: F = G + A.
Tabela 8: Genótipo x Meio Ambiente
	Boa produção
	
 =
	Animais com bom Patrimônio genético
	
 +
	 Ambiente 
 bom
Fonte: Giannoni,1987
	Dentre os fatores que interferem no processo de seleção; a nutrição é provavelmente o mais importante, que junto com o metabolismo que influi em transformação dos alimentos em produtos tais como: carne, leite e seus derivados e subprodutos.
	A interação entre o animal e o alimento, é uma reação biofísico-
-química entre este último e o meio ambiente total.
	O metabolismo animal está estritamente relacionado e é influenciado por fatores ambientais externos, tais como: temperatura, luz, radiação, vento, etc., os quais exercem uma reação catalítica sobre as reações químicas que se realizam no animal. A interação entre o animal e o meio ambiente total depende de sua pele, pêlo, e coloração.
	A coloração do animal, sua pelagem, e vascularização da pele e sua habilidade para manter seu equilíbrio térmico normal em um ambiente específico, influencia enormemente em sua taxa metabólica e sua eficiência para o aproveitamento do alimento. O organismo animal, especialmente a sua função endócrina e suas reações fisiológicas, determinam também qual será o coeficiente de digestibilidade de um alimento. Isto significa que a função interna, a endocrinologia, e a fisiologia, têm marcada influência na eficiência da conversão alimentar.
	As superfícies que estabelecem contato entre o animal e o meio ambiente: é a pele e o pêlo. A vascularização da pele e a natureza do pêlo determinam a taxa de energia radiante dissipada pelo corpo do animal. É indiscutível por tanto, que os animais que diferem em sua cor e grossura de pele e pelagem, variam totalmente quanto as suas necessidades nutricionais em um ambiente determinado.�
	A natureza de uma superfície externa de radiação de um animal, tais como: cor, pelagem, vascularização da pele e a relação de superfície por unidade de peso, têm marcada influência sobre a quantidade de energia radiante perdida e sobre a adaptabilidade do animal.
	Exemplo: O gado Zebu de pelagem lisa, que têm uma área relativamente grande de superfície por unidade de peso, pode suportar muito bem altas temperaturas; não se sucede os mesmos com baixas temperaturas, a causa de sua grande superfície de radiação.
	Os fatores mais importantes a selecionar são os seguintes: o animal deve ter pelagem lisa, pêlo curto, e pele grossa, pigmentada e bem vascularizada. Os animais de pele solta que forma pregas, têm alta vascularidade na pele. Ademais, é possível medir o índice de hemoglobina; geralmente, os animais adaptados aos trópicos, têm um índice de hemoglobina alto.
	O gado com carência de adaptabilidade, que tem pelefina e pêlo lanoso, se infectam rapidamente com endo e ectoparasitos.; se criar gado adaptado pelo curto, pelagem suave e pêlo grosso e solto, repele os carrapatos.
Manejo Alimentar:
O manejo alimentar visa, através de mudança paulatina da alimentação, fazendo com que a microbiota do rúmen, se adaptem ao novo conteúdo dietético. A mudança de alimentação deve ser vagarosa e segura; o tempo necessário para a perfeita adaptação será mais longo, quanto mais diferentes forem os alimentos daqueles anteriormente ministrados.�
O processo de adaptação é importante, pois se você der a ração completa desde o primeiro dia, vai provocar uma sobrecarga ruminal, que vai levar a uma acidose ou timpanismo; que são causas até comuns em sistema de confinamento. Em média, o processo de adaptação demora de vinte a trinta dias para se completar.�
Esquema de Adaptação: Considerando que o animal consome 1% de seu Peso Vivo, um animal de 400 Kg, irá consumir 
4 Kg por dia da ração total.
Na primeira semana, deve-se dar de ração 0,25% do peso vivo do animal. Isto é, aquele animal de 400 Kg que virá a comer 4 Kg de ração, nesse primeiro momento vai comer apenas 1 Kg, dividido em 4 vezes, 250 gramas cada, metade de manhã, metade à tarde.
TABELA 9: Horários adotados no confinamento da Embrapa:
	1ª
	Fornecimento da Ração
	07:30 h
	2ª
	"
	10:30 h
	3ª
	"
	13:30 h
	4ª
	"
	16:30 h
Na Segunda semana, o animal passa a receber 0,50% de seu peso vivo em ração, quer dizer, 2 Kg por dia, dividido em 4 vezes, 
500 gramas cada.
Na Terceira semana, o animal passa a receber 0,75% P.V./
na ração; 3 Kg por dia, com 750 gramas em cada refeição.
Na Quarta semana, o animal passa a receber a ração integral, que é de 4 Kg, ou 1% do P.V.
TABELA 10: Outros esquemas
De 6 em 6 dias	De 4 em 4 dias
6º dia	20%	 4ª dia	 20%
12º dia	40%	 8ª dia	 40%
18º dia	60%	 12ª dia	 60%
24º dia	80%	 16ª dia	 80%
30º dia	100%	 20ª dia	100%
Lembrando que todo o alimento produzido para o confinamento terá que ser analisado o seu valor nutritivo antes de iniciar a engorda.�
X. Depósitos
É o local de armazenagem, pesagem e mistura dos diversos ingredientes da ração. Um pequeno escritório administrativo com telefone/rádio, computador, fax, arquivos, etc. É onde ficam catalogadas as fichas de controle de compra, venda e produção de insumos e animais, dados dos desempenho dos lotes confinados, consumo de alimento e combustível; e uma sala-farmácia para estocagem de produtos veterinários, que conterá vacinas, produtos de rotina no manejo sanitário dos animais, e alguns medicamentos e instrumental cirúrgico para combate imediato a alguma patologia extraordinária.�
XI. Máquinas e equipamentos
Além das máquinas agrícolas necessárias para o cultivo do milho, sorgo, soja, etc., o confinamento exige o uso de uma ensiladeira, vagões para o transporte de forragem no local do silo. Uma balança para preparar e pesar as rações, um moedor (grãos) e um picador (forragem), um trator, uma grade aradora, uma grade niveladora e uma plantadeira. Estes equipamentos são necessários para o confinamento de 500 bois por ano.�
Um confinamento com mais de 200 animais; justifica a aquisição de um vagão forrageiro, que mistura e distribui a ração diretamente no cocho.
XII. Animais
Os três principais elementos estruturais de qualquer processo de confinamento de bovinos de corte, são os animais, os alimentos e as instalações. Destes, os primeiros constituem, sem dúvida, o mais importante. Por esse motivo, existe sempre uma preocupação muito grande quanto à escolha criteriosa dos animais destinados ao confinamento, procurando identificar os indivíduos portadores de atributos capazes de garantir melhor desempenho, tendo em vista os objetivos a alcançar.
São diversos os fatores a considerar na seleção de bovinos para confinamento; ao discutir os critérios para seleção dos animais no futuro, dividiu-se a produção em duas fases:
1ª) Reprodução;
2ª) Produção de Peso.
Salientando que esta última deve incluir as seguintes características em novilhos para terminação: Rapidez e eficiência de crescimento, elevado grau de Conversão Alimentar, bom Rendimento de Carcaça em torno de (54 a 56%), qualidade elevada à carne, relacionada à maciez , carcaça de qualidade superior, relacionado ao Acabamento de Carcaça com 3 a 5 mm de espessura, na (A.O.L) área de olho de lombo.
Portanto, os fatores genéticos ou ambientais que possam vir a afetar o desempenho dos animais em relação aquelas características deverão ser considerados num programa de escolha dos bovinos destinados ao confinamento.�
XIII. Os Alimentos
Dietas para bovinos em confinamento incluem alimentos volumosos, concentrados e suplementos. São alimentos volumosos aqueles que possuem teor de fibra bruta superior a 18% na matéria seca, como é o caso dos capins verdes, silagens, fenos, palhadas, etc. Alimentos concentrados são aqueles com menos de 18% de fibra bruta na matéria seca e podem ser classificados como protéicos (quando têm de 20% de proteína na matéria seca),como é o caso das tortas de algodão, de soja, etc., ou energéticos (com menos de 20% de proteína na matéria seca) como é o milho, triguilho, farelo de arroz, etc.
Os alimentos são usualmente descritos ou classificados com base na matéria seca, de forma a poderem ser comparados as suas características nutricionais, custo de nutrientes, etc. A Matéria seca (MS) é a fração do alimento excluída a umidade natural deste. O teor de umidade entre alimentos é muito variável (cerca de 75% para gramíneas frescas, e até 10% para tortas ou fenos). Na Matéria Seca é que estão contidos os nutrientes: Carboidratos, Proteínas, Minerais (Macro e microelementos), Extrato Etéreo (Gordura), Vitaminas, etc. 
Uma vez que a porção nutritiva está contida na matéria seca e que a capacidade de consumo dos alimentos pelos animais está relacionada, também, à matéria seca, todo cálculo relativo à alimentação (balanceamento de rações, custo de aquisição e transporte de alimentos, etc) deve ser feito com base na matéria seca (ou seja, convertido para equivalência a 100% de matéria seca).
Ração é a quantidade total de alimento que um animal ingere em 24 horas, e ração balanceada é aquela que contém nutrientes em quantidade e proporções adequadas para atender às exigências orgânicas dos animais. Usualmente, as rações são compostas por alimentos volumosos e concentrados. 
O balanceamento das rações determinará a relação volumoso: concentrado necessária para cada tipo de animal e taxa de ganho de peso. Alimentos muito ricos em carboidratos estruturais ou fibras, como é o caso das gramíneas, por exemplo, têm menor concentração energética (de 7 a 9 MJ de energia metabolizável/Kg de MS) comparativamente àqueles com alto teor de carboidratos não estruturais, como grão de milho (cerca de 13 MJ de energia metabolizável/Kg de MS) ou torta de soja (cerca de 12 MJ de energia de nutrientes da ração para ganho em peso depende da concentração energética da ração, ou seja, da relação volumoso : concentrado. 
Rações com baixa concentração energética (8 MJ de energia metabolizável/Kg de MS, à base de volumosos exclusivamente) são utilizadas com uma eficiência de 30% para ganho em peso, ao contrário de rações de alta concentração energética (12 MJ de energia metabolizável/Kg de MS, podem ser utilizadas com uma eficiência de 45% para o ganho em peso.
O balanceamento de rações, além da energia, deve levar em conta a proteína. No balanceamento da proteína, deve ser considerada a proteína necessária aos microorganismos do rúmen e aquela necessária ao bovino. Modernamente, o conceito de proteína digestível (PD) para o balanceamento de rações foi substituído pelos conceitos de proteína degradável no rúmen (PDR) e proteína não degradável no rúmen (PNDR) ou proteína digestível no intestino, ou ainda pelo conceito de proteína metabolizável. Minerais e vitaminas são acrescentadosàs rações, em proporções suficientes para atender às exigências orgânicas dos bovinos.�
As exigências nutricionais para bovinos em confinamento variam segundo o sexo, a estrutura corporal, o peso vivo e a taxa de ganho em peso esperada; e assim a formulação de rações deve levar em conta estes fatores para o balanceamento. As exigências nutricionais dos bovinos e a composição em princípios nutritivos dos alimentos podem ser obtidas em tabelas específicas. A composição básica de alguns alimentos mais comumente usados na engorda confinada, pode ser vista, a seguir, na tabela 11.
As tabelas 12 e 13 ilustram as exigências em energia e proteína de novilhos de diferentes tamanhos corporais e para três taxas de ganho de peso. No caso de alimentos não convencionais, será necessário proceder a análises laboratoriais do mesmo para saber os teores de seus princípios nutritivos.1
Tabela 11: Teor de matéria seca (MS), energia metabolizável (EM),
proteína bruta (PB) e degradabilidade da proteína no rúmen (%) de alguns alimentos.
	Teor médio	Com base em 100% de MS
	de matéria seca 	Proteína bruta
	(% MS)	 Energia
			 metabolizável	Teor 	Degra			MJ de EM Kg MS	 (%PB) dabilidade
					 da PB no
					 rúmen (%)
	Silagem de milho
	27
	9,9
	8,0
	57,9
	Cana-de-açúcar
	23
	9,1
	4,3
	41,0
	Farelo de soja
	89
	12,3
	50,5
	66,6
	Farelo de algodão
	91
	11,5
	45,7
	49,0
	Soja crua
	90
	14,3
	42,0
	79,3
	Farelo de arroz integral
	91
	9,9
	14,8
	75,6
	Farelo de arroz desengordurado
	91
	9,0
	15,4
	61,7
	Farelo de trigo
	90
	12,2
	17,0
	74,5
	Fubá de milho
	88
	13,6
	10,5
	43,4
	Milho desintegrado palha e sabugo 
	8,9
	11,6
	8,7
	40,4
	Farinha de carne e ossos
	94
	9,9
	53,4
	37,8
	Farinha de peixe
	92
	11,0
	66,6
	26,3
	Cama de galinheiro
	79
	8,2
	20,25
	64,7
Fonte: CARDOSO, Esther.
Tabela 12: Exigências nutricionais em energia metabolizável (MJ/dia) de novilhos de raças de grande, médio e pequeno porte, considerando a concentração energética da ração (M).
�
Tabela 13: Exigências nutricionais (g/dia) em proteína degradável no rúmen (PDR) e proteína não degradável no rúmen (PNDR) para novilhos de raças de grande, médio e pequeno porte, considerando a concentração energética da ração (M).
�Fonte: CARDOSO, Esther.
�
A suplementação alimentar tem por objetivo básico explorar ao máximo a fermentação celulolítica do animal, obtendo assim, maior ganho por unidade de consumo de matéria seca total (conversão alimentar).Essa fermentação celulolítica, característica única dos ruminantes, permite que esses animais utilizem alimentos fibrosos, tais como: silagens, fenos, capineiras ou resíduos fibrosos.
O intervalo de ganho de peso economicamente recomendável situa-se entre 800 a 1.100 Kg/cab./dia, dependendo do tipo de animal (raça ou grupo genético), idade, e peso inicial. Ganhos de 1.100 Kg/cab/dia podem ser alcançados com silagem de milho ou sorgo e o equivalente de concentrado entre 0,5 e 1,0% do peso vivo. Entretanto, essa característica impõe algumas restrições quanto ao nível de concentrado a ser utilizado na dieta:
Os ruminantes são os únicos animais na natureza, capazes de transformar a celulose (fibra das forragens) em alimentos de alto valor protéico, como a carne e o leite. Como a celulose é o elemento mais abundante e barato disponível no Planeta, seria um contra-senso não utilizar esse potencial ao máximo. Portanto, os níveis de concentrado na ração de bovinos deveriam ser apenas o suficiente para maximizar o processo de utilização da fibra, e não como substituto dessa última. É oportuno insistir que o uso excessivo de grãos aumenta consideravelmente o custo do confinamento, reduzindo drasticamente a relação custo/benefício.
As plantas mais utilizadas para silagem são o milho e o sorgo. Ambos podem ser ensilados sem qualquer problema, desde que cortados na época certa e que a trituração, compactação e cobertura sejam feitas de maneira adequada. Silagem de capim-elefante exigem maiores cuidados devido ao seu baixo teor de matéria seca por ocasião do corte, exigindo o uso de aditivos ou extratores de umidade.
A capineira, que consiste em reservas de forragem mantidas verdes e utilizadas por meio de cortes diários, é outra opção de volumoso, mas com limitações nutricionais bem maiores do que a silagem . A maior desses limitações está relacionada com a rápida queda na digestibilidade com o avanço do processo de maturação, resultando em baixos teores de proteína e, simultaneamente, em aumentos no teor de fibra. Como conseqüência, a resposta animal é inferior, quando comparada com dietas baseadas em silagens de milho ou sorgo.
As capineiras mais comuns são as de capim-elefante e de cana-de-açúcar. Destas, a capineira de capim-elefante é a mais utilizada, devido à sua rusticidade, alta produção, facilidade de multiplicação, relativa resistência à seca e bom valor nutritivo quando cortado aos 60 dias de crescimento.
A cana-de-açúcar seria outra alternativa que, apesar da sua característica intrínseca de possuir fibras de baixa degradabilidade, portanto baixo consumo de matéria seca, apresenta a vantagem de manter suas qualidades nutricionais (teor de açúcar) pouco alteradas durante o período da seca. Em solos de Cerrado, a produção média de matéria seca é de cerca de 20 ton/ha/ano. Seu uso é viável em confinamento para terminação, em que os animais encontram-se com peso vivo médio mínimo de 400 Kg. Isto porque o ganho de peso vivo economicamente desejável com esse tipo de volumoso, mais 30% de suplemento (base consumo total de MS) pode alcançar valores máximos em torno de 0,70Kg/cab/dia. Convém lembrar também que, com exceção da cana-de-açúcar, o valor nutricional de capim-elefante está sujeito a variações durante o período de confinamento, devido à rápida queda no seu valor nutritivo, à medida que ocorre seu desenvolvimento.
Exemplo:
Tabela 14: Capim-elefante (Pennisetum purpureum)
 Período em dias
	
	21 DIAS
	210 DIAS
	P.B.
	17,3 %
	2,9 %
	F.B.
	26,2 %
	43,9 %
	M.S.
	2,7 ton/ha/ano
	27,1 ton/ha/ano
Fonte: Pereira & Boin, citado por S. Thiago,1996.
Um aspecto a ser considerado quando se decide usar capineiras, é que em regiões sujeitas a extremos climáticos, como geadas ou secas, o seu uso pode aumentar o risco do confinamento.�
XIV. Doenças no confinamneto
Os bovinos submetidos a confinamento podem estar sujeito a doenças por dificuldades digestivas decorrentes de a suplementação alimentar.
Podem ser considerados como problemas do confinamento do gado de corte aqueles fatores ou condições que contribuem para o insucesso ou diminuição do rendimento da atividade.
Os fatores que levam à diminuição do desempenho animal ou comprometem a produtividade ou lucratividade do sistema, podem ser subdivididos em :
a)Fatores que afetam os animais individualmente e,
b)Fatores que afetam o lote de animais. 
No primeiro caso estão incluídos os distúrbios metabólicos, doenças e intoxicações. Os prejuízos dependem da intensidade de ocorrência destes e do número de animais acometidos. Em geral este prejuízo é facilmente visualizado e contabilizado, pois os animais doentes se destacam dos demais.
No segundo caso, os prejuízos são de difícil avaliação ou visualização pelo produtor, pois o efeito negativo é uniformemente distribuído entre os animais. São derivados de fatores ou condições que impedem que a eficiência máxima seja obtida, ou seja, não há perda concreta, mas deixa-se de ganhar.�
A seguir, as doenças mais freqüentes e como fazer para tratá-las:
Timpanismo
O timpanismo, também chamado de meteorismo, é provocado pelo acúmulo de gases produzidos pela fermentação microbiana. Há uma distensão de rúmen, o animalfica com a barriga estufada. E não consegue eliminar os gases pelo mecanismo normal do arroto.
O timpanismo pode ser provocado pela ingestão de substâncias que contenham alto teor de saponinas, especialmente encontradas, na cevada e em pastagens de leguminosas em fase de crescimento.(Jensen & Mackey, citado por Brandini, 1996); ou porque o animal comeu grãos demais. Os sintomas são: distensão do rúmen, inquietação, que pode se manifestar por um constante bater de patas no chão. Além disso o animal urina e defeca constantemente; estende a cabeça e o pescoço para frente. A seguir entra em colapso e finalmente morre, sempre sem contrações, algumas horas do início dos sintomas.
Prevenção: Não mudar bruscamente a dieta dos animais, mas adaptá-las aos novos alimentos que estão recebendo. E prevenir com dietas com excesso de grãos e deficiente em fibras, assim, como a excessiva moagem dos grãos e evitar que comam grãos demais de uma só vez.
O uso de ionóforos (mosensina, lasalocida) na ração de bovinos confinados tem auxiliado na diminuição da incidência de timpanismo. (Machado & Madeira, citado por Brandini,1996).
Tratamento: O uso de sonda orogástrica pode ser útil para expulsar algum gás; ou usar trocáter na fossa para lombar esquerda, ou em último caso, a abertura cirúrgica do rúmen (ruminotomia). Após a terapêutica mecânica, administrar óleo de preferência mineral com cerca de 100 a 400 ml/animal, antifermentativos e laxativos, visando reduzir a estabilidade da espuma e facilitar a eliminação de ingesta.�
Acidose
A Acidose pode acontecer quando os animais que vinham se alimentando só de pasto bruscamente começam a ingerir grande quantidade de grãos. Também pode ocorrer com animais que estiveram consumindo pequena quantidade de grãos por longo tempo e bruscamente passaram a comer uma quantidade elevada.�
A causa da acidose é o rápido crescimento e multiplicação de bactérias ruminais que produziriam ácido láctico, geralmente gram-positivas e principalmente o Streptococcus bovis, com grande concentração de ácido láctico o que leva a uma queda no pH, com diminuição dos movimentos ruminais, e a destruição de grande parte da flora ruminal, passando a predominar lactobacilos e estreptococos.�
A acidose pode ter acontecido devido ao consumo excessivo de alimentos ricos em carboidratos (grãos), consumo de água contaminada ou silagem de baixa qualidade.
Os sintomas começam a aparecer um ou dois dias após a ingestão exagerada de grãos. O animal perde o apetite e se movimenta pouco, nos casos severos incoordenação motora, cegueira, prostração, apresentando também diarréia, desidratação e logo após entra em colapso e morre.
Prevenção: As medidas mais eficazes para este fim, são aquelas que buscam evitar o acesso acidental de animais, a grandes quantidades de grãos e a adoção de um bom esquema de adaptação, com mudança lenta e gradual as concentrado.
Tratamento: As principais medidas a serem tomadas se referem à evacuação da ingestão e correção da desidratação e da acidose. O uso de laxativos alcalinos (Bicarbonato ou Carbonato de magnésio, 200 a 450 g/animal) é satisfatório, esvaziamento do conteúdo ruminal através de sonda, suspender o fornecimento de grãos. Antibióticos tais como penicilina (5 – 10 milhões de UI/animal adulto) ou tetraciclina (8 – 10 g /animal adulto), administrados oralmente, são capazes de controlar o crescimento de bactérias produtoras de ácido láctico.
A correção de desequilíbrio hidroeletrolítico deve ser feita por meio da administração endovenosa de soluções isotônicas e bicarbonato de sódio. É importante restringir o consumo de água em animais doentes. Os Anti-histamínicos podem ser usados, assim como cloridrato de tiamina é indicado. Durante o período de recuperação, o animal deve receber água e volumoso de boa qualidade, sendo os grãos reintroduzidos gradualmente à dieta do animal.
Laminite
A laminite acontece quando os animais recebem uma ração com excessiva quantidade de alimentos energéticos; trata--se de um processo inflamatório das estruturas sensíveis da parede do casco que resulta em claudicação e deformidade do casco.
O sintoma principal é o andar em pinça. Nota-se que o animal com laminite sente dor ao movimentar-se; pode apresentar sudorese e aumento da freqüência cardíaca.
Prevenção: Reduzir o valor energético dos alimentos, evitando a acidose láctica.
Tratamento: A primeira medida após a constatação do problema é a remoção do animal para um piquete com forragem de boa qualidade e água a vontade, sem oferta de concentrado. Drogas analgésicas como o Flunixin meglumine - Banamine®, têm sido de grande valia e antiinflamatórias (Fenilbutazona) , resolvem o problema.
Intoxicação por uréia
É comum a utilização de uréia na ração como uma forma de fornecimento de proteína ao animal. Porém, se a ingestão for excessiva, poderá ocorrer intoxicação, que apresentará os seguintes sintomas: salivação abundante, andar cambaleante, pela incoordenação motora, tremores musculares, colapso e morte.
Outra causa de intoxicação por uréia e quando da administração da semente crua de soja, deve-se evitar a utilização conjunta com a uréia, em virtude da urease contida nas sementes, se desdobrar a uréia, dando amônia.
Prevenção: Controle do consumo de uréia a animais famintos, adaptação lenta à ingestão de uréia; não fornecer uréia em cochos descobertos, pois a uréia em contato com as águas da chuva, irá promover a sua concentração que é mortal. O total de uréia não deve exceder a 3% do concentrado ou a 1% da matéria seca da ração.
Tratamento: O mais utilizado é dar vinagre (ácido acético a 5%, V.O. 3 a 6 Lt/animal adulto, a cada 6 ou 8 horas) que além de abaixar o pH, diminui a hidrólise da uréia, formam compostos com a amônia (acetato de amônia), reduzindo assim a sua absorção. A água em grandes quantidades podem ser administrados, cerca de 20 a 40 Lt animal adulto, visando reduzir a temperatura ruminal e diminuir a ureálise.
Dermatomicose
É uma dermatite localizada, causada por fungos geralmente o Trichophytum verrucosum que é o mais freqüente em bovinos, são conhecidos como dermatófilos, que é caracterizada por descamação e perda de pêlos. 
A dermatomicose afeta principalmente animais criados em altas lotações, que favorece a disseminação do ambiente.(Ainsworth & Austwick, citado por Brandini, 1996).
Prevenção: O isolamento e tratamento imediato dos animais afetados, assim que forem observadas as primeiras lesões, desinfecção do local e dos utensílios. Dieta equilibrada com suplementação de vitamina A.
Tratamento: A griseofulvina tem sido o tratamento de eleição (10 mg/Kg P.V./7 dias, V.O.) , Tiabendazol (10 a 20 mg/Kg, 5 a 10 dias; o uso de ivermectinas têm dado bons resultados (200 micro gramas/Kg PV). O zinco (5mg/Kg PV,IM) tem auxiliado na recuperação dos animais. (Bires, citado por Brandini,1996).
Enterotoxemia
Trata-se de uma infecção, não contagiosa, causada pelas toxinas de Clostridium perfringens , um bastonete gram-positivo, anaeróbio, forma esporos em contato com ar, está amplamente distribuído no solo, nas fezes e nos intestinos de animais sadios. Comumente está relacionada a alimentos com altos teores de concentrado e pouca fibra. 
Prevenção: Vacinação polivalente contra as Clostridioses, antes dos animais entrarem no confinamento e adaptação a dieta concentrada.
Tratamento: Geralmente não é realizado devido ao rápido curso da doença, em casos mais brandos entrar com terapêutica combinada de antibióticos (penicilina ou sulfas).�
Outras doenças podem ocorrer no confinamento, tais como: causadas por vírus (ex: papilomatose, diarréias), bactérias(ex: tuberculose, botulismo), fungos, protozoários e outros vermes (ex: cisticercose, helmintoses) e artrópodes (ex: sarna). Contudo, são de baixa ocorrência quando o manejo sanitário do rebanho é bem conduzido.
XV. Sinais de alteração nos animais confinados
Animal que deixa de ir ao cocho de alimento;
Aparenta estar menos "cheio",com aspecto descarnado;
Apresenta-se mancando, claudicante, ou exibindo outro tipo de movimentação anormal;
Apresenta crostas no focinho;
Tem uma aparência de olhos "afundados";
Apresenta pelagem áspera e com aspecto ressequido;
Está com diarréia (com sangue ou muco nas fezes);
Está com tosse;
Está com corrimento nasal;
 Apresenta respiração acelerada;
 Dificuldade para urinar, acompanhada de gemidos e agitação de cauda;
 Está com a cabeça e orelhas caídas, dorso arqueado;
 Não engorda, incapaz de ganhar peso dentro da faixa média para o seu lote.
XVI. No Fim, Hora de vender
A hora de encerrar o confinamento é aquela em que os bois já sejam considerados terminados. A data limite está entre o final da seca e o começo da estação das chuvas; dentro do período do confinamento – 60 a 120 dias, serão testados seu talento como criador, como sua agilidade como comerciante.
Entretanto, cabe ao confinador estar atento às particularidades de risco do empreendimento sem esquecer as exigências do mercado (boi de 15,5 a 17 arrobas líquidas) e que o preço seja interessante. Aproveitar o melhor preço vai ser importante para uma boa lucratividade.
Conclusão
	Para o produtor obter sucesso com o sistema de confinamento, deve-se ter atenção especial em três itens: O Primeiro, de ordem genética é confinar animais potencialmente aptos para o ganho de peso, que apresenta; boa taxa de conversão alimentar; Os animais mais indicados para esse propósito são os F1 ou mestiços (Bos indicus x Bos taurus), devido ao seu vigor híbrido ou heterose.
	O Segundo item é a alimentação, que chega a ser de 60 a 80% dos custos de produção; ela deve ser de qualidade e quantidade. Lembrando que se deve ter em mãos o ganho médio diário (GMD), para comparar com o ganho esperado, anteriormente calculado.
	E o Terceiro item é a hora de vender os animais, geralmente na entressafra, onde o preço da arroba está mais alto. Esse é que vai fechar o ciclo e mostrar se o produtor, não só possui a arte de criar, como também de comercializar o seu produto.
Resumo
Como vimos no presente trabalho, o sistema de confinamento é economicamente viável, principalmente se a propriedade produz alguns dos alimentos utilizados na dieta animal; O confinamento permite abater animais em menos tempo, aumentando com isso o giro de capital, a taxa de desfrute e conseqüentemente aumento de rentabilidade da propriedade. Sem falar que o produtor estará adotando tecnologia de ponta na propriedade e elevando o nível de capacitação profissional de seus funcionários. Durante todo o ciclo do animal, até chegar no confinamento, permite selecionar animais resistentes a ectoparasitos, de pelagem baixa, adaptado aos trópicos e ótima conversão alimentar; Lembrando que esse animal vai para abate com mais de 460 Kg de Peso Vivo (Raças médias), com rendimento de carcaça de 54 a 56% e de 3 a 5 milímetros de cobertura de gordura, conferindo à carne um vermelho vivo de excelente aspecto e uma carne macia e saborosa.
 Anexo 1
Engorda em confinamento 
Ficha de registros
Proprietário:...............................................................................................................
Razão social:.............................................................................................................
Cidade e estado:.......................................................................................................
Data início:................................................................................................................
Data final:..................................................................................................................
Lote nº:......................................................................................................................
Piquete nº:.................................................................................................................
A – Categoria animal:................................................................................................
B – Nº inicial de animais:...........................................................................................
C – Custo do animal:.................................................................................................
D – Nº de mortes:......................................................................................................
E – Causa mortis:......................................................................................................
F - Peso médio inicial/lote(Kg):.................................................................................
G – Peso médio final/lote (Kg):.................................................................................
H – Período de confinamento (dias):.........................................................................
I – Ganho de peso médio (Kg/cab/dia):.....................................................................
J – Consumo médio de alimentos (base MS: Kg/ cab/ dia):......................................
..................................................................................................................................
K – Conversão alimentar:..........................................................................................
L – Custo operacional (animais + alimentação + profilaxia + mão-de-obra + reparos e manutenção):............................................................................................
..................................................................................................................................
M – Nº de animais vendidos:.....................................................................................
N – Receita bruta:.....................................................................................................
O – Lucro líquido:......................................................................................................
P – Data da venda:...................................................................................................
Q – Amortização do capital empregado:...................................................................
R – Lucro/animal:......................................................................................................
Observações....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Anexo 2
Semiconfinamentos no Brasil
Pastures Suplementation (heads)		Cabeças
	Estados
	1990
	1991
	1992
	1993
	1994
	1995
	1996
	1997
	GO
	 35.000 
	 40.000 
	 50.000 
	 60.000 
	 80.000 
	 110.000 
	 150.000 
	 190.000 
	MT
	 5.000 
	 15.000 
	 25.000 
	 40.000 
	 65.000 
	 95.000 
	 130.000 
	 190.000 
	MS
	 10.000 
	 15.000 
	 25.000 
	 45.000 
	 65.000 
	 80.000 
	 120.000 
	 175.000 
	SP
	 25.000 
	 30.000 
	 35.000 
	 45.000 
	 60.000 
	 90.000 
	 120.000 
	 145.000 
	MG
	 15.000 
	 25.000 
	 35.000 
	 45.000 
	 65.000 
	 90.000 
	 115.000 
	 140.000 
	PR
	 5.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 25.000 
	 35.000 
	 50.000 
	 75.000 
	 95.000RS
	 5.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 20.000 
	 30.000 
	 40.000 
	 55.000 
	 65.000 
	BA
	 - 
	 5.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 25.000 
	 35.000 
	 45.000 
	 60.000 
	TO
	 - 
	 - 
	 5.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 20.000 
	 35.000 
	 55.000 
	Outros
	 15.000 
	 25.000 
	 35.000 
	 50.000 
	 75.000 
	 105.000 
	 140.000 
	 200.000 
	Total
	 115.000 
	 175.000 
	 250.000 
	 355.000 
	 515.000 
	 715.000 
	 985.000 
	 1,315.000 
Anexo 3
Engorda em Pastagens de Inverno
Winter Pastures (heads)		Cabeças
	Estados
	1990
	1991
	1992
	1993
	1994
	1995
	1996
	1997
	RS
	 300.000 
	 400.000 
	 550.000 
	 650.000 
	 800.000 
	 1,000.000 
	 400.000 
	 740.000 
	PR
	 45.000 
	 55.000 
	 70.000 
	 90.000 
	 120.000 
	 140.000 
	 100.000 
	 130.000 
	SC
	 50.000 
	 55.000 
	 60.000 
	 65.000 
	 75.000 
	 90.000 
	 60.000 
	 95.000 
	MS
	 10.000 
	 15.000 
	 20.000 
	 30.000 
	 40.000 
	 50.000 
	 40.000 
	 35.000 
	SP
	 5.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 25.000 
	 30.000 
	 30.000 
	 20.000 
	 20.000 
	MT
	 5.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 20.000 
	 25.000 
	 25.000 
	 20.000 
	 20.000 
	MG
	 10.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 15.000 
	 10.000 
	 15.000 
	 15.000 
	 15.000 
	TOTAL
	 425.000 
	 555.000 
	 745.000 
	 895.000 
	 1,100.000 
	 1,350.000 
	 655.000 
	 1,055.000 
Fonte: ANUALPEC 98
 
Referência Bibliográfica
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Gráf1
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Anos
US$/@
Boi Gordo - São Paulo
Plan1
		Ano		Jan		Fev		Mar		Abr		Mai		Jun		Jul		Ago		Set		Out		Nov		Dez		Média
		1978		* 16.2		* 16.0		* 16.0		* 15.8		* 15.5		* 15.7		* 19.4		* 20.0		* 20.9		* 25.2		* 25.2		* 24.7		* 19.2
		1979		* 24.1		* 23.8		* 23.1		* 24.3		* 24.1		* 23.1		* 24.6		* 27.2		* 32.3		* 32.7		* 32.7		* 24.7		* 26.4
		1980		* 23.6		* 22.5		* 21.0		* 21.0		* 20.9		* 20.9		* 21.8		* 23.6		* 24.3		* 26.8		* 26.4		* 24.3		* 23.1
		1981		* 23.5		* 21.9		* 21.0		* 20.1		* 19.0		* 17.5		* 17.0		* 17.5		* 19.9		* 20.7		* 20.8		* 19.5		* 19.9
		1982		* 18.1		* 16.4		* 15.5		* 15.4		* 15.6		* 15.4		* 19.5		* 19.6		* 19.7		* 18.1		* 17.0		* 16.0		* 17.2
		1983		* 15.0		* 13.5		* 11.5		* 13.8		* 13.4		* 12.3		* 14.9		* 15.8		* 19.9		* 19.6		* 19.1* 18.2		* 15.6
		1984		* 17.7		* 17.3		* 15.9		* 14.9		* 17.4		* 16.7		* 16.9		* 17.5		* 21.9		* 20.2		* 18.5		* 16.6		* 17.6
		1985		* 15.0		* 13.0		* 11.4		* 10.6		* 9.6		* 8.7		* 12.2		* 15.4		* 16.7		* 17.6		* 20.4		* 19.0		* 14.1
		1986		* 15.9		* 13.6		* 13.9		* 15.1		* 15.8		* 17.2		* 19.0		* 20.5		* 23.0		* 23.7		* 31.6		* 36.8		* 20.5
		1987		* 32.0		* 24.3		* 20.5		* 19.4		* 18.9		* 14.7		* 15.7		* 18.8		* 18.8		* 19.8		* 19.3		* 14.7		* 19.7
		1988		* 14.5		* 12.8		* 12.7		* 14.5		* 12.9		* 13.6		* 16.3		* 17.6		* 26.5		* 26.4		* 28.6		* 29.6		* 18.8
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		1996		* 22.1		* 22.3		* 22.0		* 22.0		* 21.2		* 21.4		* 23.4		* 24.2		* 24.0		* 24.8		* 23.0		* 23.1		* 22.8
		1997		* 23.1		* 24.1		* 24.2		* 24.7		* 24.1		* 24.1		* 24.9		* 24.6		* 24.1		* 25.2		* 24.8		* 25.0		* 24.4
		Média		* 20.4		* 19.3		* 18.7		* 18.9		* 18.7		* 19.1		* 20.3		* 22.0		* 23.6		* 23.9		* 23.7		* 22.4		* 20.9
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