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�PAGE � �PAGE �43� Universidade Federal de Lavras Centro de Ciências Agrárias CONFINAMENTO Murilo Silva de Oliveira Campo Grande 2000 Índice Summary 04 I. Introdução 05 II. Definição 06 III. Ciclo do Boi 06 IV. Um Mercado Promissor 08 V. Veja as vantagens de fazer confinamento 11 VI. Tipos de Confinamento 14 Curral a Céu Aberto 14 Curral Parcialmente Coberto 14 Curral Coberto 14 VII. Instalações 14 Localização 15 Área 17 VIII. Curral de confinamento 17 IX. Curral de Manejo 18 Manejo Sanitário 18 Manejo de Seleção 19 Manejo Alimentar 22 X. Depósitos 24 XI. Máquinas e equipamentos 24 XII. Animais 24 XIII. Os Alimentos 25 XIV. Doenças no Confinamento 32 Timpanismo 32 Acidose 33 Laminite 35 Intoxicação por uréia 35 Dermatomicose 36 Enterotoxemia 37 XV. Alguns sinais de alteração na saúde dos animais confinados 38 XVI. No fim, hora de vender 38 Conclusão 39 Resumo 39 Referências Bibliográficas 43 Tabelas Tabela 1: Índices de Produtividade 05 Tabela 2: Confinamentos no Brasil 09 Tabela 3: Preços do Boi Gordo (US$) - São Paulo 11 Tabela 4: Preços do boi gordo nos últimos 10 anos. 12 Tabela 5: Cálculo da Taxa de Desfrute 12 Tabela 6: Modelo para vantagens no confinamento 13 Tabela 7: Comparação de dois tipos de conformação... 20 Tabela 8: Genótipo x Meio Ambiente 20 Tabela 9: Horários adotados no confinamento... 23 Tabela 10: Outros esquemas 23 Tabela 11: Comparação de dois tipos de conformação ... 28 Tabela 12: Exigências nutricionais em energia ... 29 Tabela 13: Exigências nutricionais (g/dia) em proteína... 29 Tabela 14: Capim-elefante (Pennisetum purpureum) 31 Gráficos Gráfico 1: Ciclo Pecuário 07 Gráfico 2: Evolução do Confinamento no Brasil 08 Gráfico 3: Boi Gordo - São Paulo 10 Figuras Figura 1: Exemplo de Curral de engorda a céu aberto 14 Figura 2: Exemplo de curral de engorda semicoberto 15 Figura 3: Silhueta dos bovinos... 20 Anexo Anexo 1: Engorda em confinamento - Ficha de registros 40 Anexo 2: Semiconfinamentos no Brasil 41 Anexo 3: Engorda em pastagens de inverno 42 Summary As we saw in the present work, the confinement system is economically viable, mainly if the property produces some of the victuals used in the animal diet; The confinement allows to abate animals in less time, increasing with that the capital turn, the enjoyment rate and consequently increase of profitability of the property. Without speaking that the producer will be adopting point technology in the property and elevating the level of its employees' professional training. During the whole cycle of the animal, until arriving in the confinement, it allows to select resistant animals the ectoparasitos, of coat it lowers, adapted to the tropics and great alimentary conversion; Reminding that that animal is going to discount with more than 460 kg of Weight Lives (medium Races), with revenue of carcass from 54 to 56% and of 3 to 5 millimeters of fat covering, checking to the meat a red one lives of excellent aspect and a soft and tasty meat. I. Introdução O confinamento de gado para a engorda é prática relativamente recente no Brasil. No entanto, ano a ano cresce o número de pecuaristas que adotam essa solução zootécnica, em virtude das vantagens que ela apresenta.� A Modernização é a palavra de ordem na pecuária nacional; visto os índices de produtividade da pecuária de corte. Tabela 1: Índices de produtividade. Fertilidade 50 a 55% Mortalidade 10% Idade de abate 4 a 5 anos Índice de desfrute 12 a 16% Capacidade de suporte 0,6 UA/ha Fonte: Martin,1987. Isto aliado à baixa eficiência da produtividade, resulta o precário estado de sanidade do rebanho e da má qualidade de nossas pastagens, onde a baixa capacidade de suporte está próxima do limite de saturação.� A criação tradicional vai se tornando antieconômica, um mau negócio. Alguns dos motivos que tornam a modernização necessária: A elevação do preço da terra, dos equipamentos, fertilizantes, remédios, salários etc; Tendência do consumidor em favor de carne mais magra; As altas taxas de juros dos empréstimos bancários; A oferta da carne bovina barata dos outros países do Mercosul; A crescente produção de grãos a preço baixo para alimentação animal; A concorrência da carne de frango. Para inverter este quadro é preciso aumentar a produtividade. Isso é, produzir carne em menos tempo com custos reduzidos. O primeiro passo para iniciar a modernização da pecuária numa propriedade é aproveitar racionalmente as pastagens, um investimento em alimentos, produtos veterinários, alguns equipamentos e materiais, pode-se dar saltos de produtividade muito significativos. O nome dessa técnica é Confinamento.� Assim sendo, o sistema de confinamento pode ser aplicado a todas as categorias do rebanho. Contudo, é mais utilizado para a terminação de bovinos, que é a fase que antecede o abate, ou seja, envolve o acabamento de carcaça que será comercializada.� II. Definição É chamado de "confinamento" o sistema de criação de bovinos em lotes de animais que são colocados em piquetes ou currais com área restrita, e onde os alimentos e a água necessária são fornecidos em cochos. III. Ciclo do Boi A pecuária é uma atividade de risco. E o risco é maior quando se pretende modernizar a produção. A primeira coisa que o produtor deve saber é que a pecuária se desenvolve por ciclos. O ciclo plurianal ou ciclo longo corresponde a todo o período que decorre desde o nascimento de uma bezerra, até quando seu primeiro filho macho vai para abate. Dentro desse ciclo há sempre um momento em que predomina uma tendência ao crescimento do número de matrizes no rebanho. Com isso, aumenta a produção de bezerros e, em conseqüência , o preço tende a baixar. Quando fica muito baixo, segue-se um período de abate generalizado de vacas, o que irá provocar, dentro de algum tempo, um equilíbrio temporário entre oferta e demanda de boi gordo. Mas a esse momento se seguirá um outro período, de queda da oferta e falta de bois e bezerros, por causa do grande abate de vacas ocorrido. E ai o preço tenderá a subir de novo, criando outra vez estímulo para a ampliação do número de vacas no rebanho. Quer dizer, quando o preço fica alto, e tanto o boi magro quanto o bezerro estão caros, volta a ganhar força a tendência de se investir em criar vacas, produzir bezerros para atender à demanda. É o começo de um novo ciclo longo.� Ao contrário do que se pensava o ciclo longo da pecuária é de 04 (quatro) anos e não mais de 06 (seis) ou 07 (sete), como se considerava anteriormente. Como se pode observar na figura, os picos de alta e de baixa dos preços pecuários se vêm repetindo de quatro em quatro anos. GRÁFICO 1: Ciclo Pecuário � A análise do mercado permite projetar um novo pico de alta em 1998; As razões são as seguintes: Redução da oferta e maior valorização dos bezerros; Redução dos abates de fêmeas; Aumento do custo de produção das carnes alternativas; Aumento das exportações de carne bovina e de frangos; Redução das importações do Cone Sul e reaquecimento da economia brasileira até as eleições de 1998. Há também um ciclo curto, que decorre dentrode cada ano, em que o preço oscila influenciado pelo clima. Tende a baixar na estação das águas e a subir no período da seca. Todo pecuarista tem que acompanhar as tendências desses ciclos. Isso pode representar a diferença entre o Lucro e o Prejuízo.� IV. Um Mercado Promissor No Brasil existe um mercado crescente na exploração de pecuária de corte, com o sistema de confinamento; como se vê o quadro de Evolução dos Confinamentos. GRÁFICO 2: Evolução dos Confinamentos no Brasil Fonte: Anualpec 98 TABELA 2: Confinamentos no Brasil. - Feedlots per State (heads) Estados 1986 1987 1988 1999 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 SP 145.000 155.000 170.000 250.000 210.000 215.000 220.000 225.000 270.000 345.000 435.000 510.000 MG 80.000 100.000 115.000 145.000 105.000 150.000 120.000 115.000 140.000 145.000 155.000 165.000 GO 45.000 75.000 105.000 150.000 80.000 65.000 90.000 80.000 120.000 130.000 145.000 155.000 MS 20.000 25.000 40.000 60.000 55.000 70.000 80.000 90.000 105.000 130.000 140.000 145.000 PR 35.000 40.000 55.000 75.000 70.000 65.000 70.000 75.000 90.000 115.000 130.000 135.000 MT 10.000 15.000 25.000 35.000 35.000 40.000 50.000 55.000 75.000 95.000 105.000 120.000 RS 35.000 35.000 40.000 55.000 45.000 40.000 40.000 40.000 45.000 55.000 60.000 65.000 BA 10.000 10.000 15.000 30.000 25.000 25.000 25.000 20.000 30.000 45.000 50.000 60.000 TO - - 5.000 15.000 10.000 10.000 15.000 15.000 20.000 35.000 40.000 45.000 SC 15.000 15.000 20.000 30.000 30.000 25.000 25.000 20.000 25.000 30.000 35.000 35.000 RJ 10.000 15.000 15.000 25.000 25.000 20.000 25.000 20.000 20.000 25.000 25.000 25.000 ES 5.000 10.000 10.000 20.000 20.000 15.000 20.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 Outros 25.000 25.000 25.000 45.000 45.000 45.000 45.000 40.000 50.000 75.000 100.000 115.000 Total 435.000 520.000 640.000 935.000 755.000 785.000 825.000 810.000 1,005.000 1,240.000 1,435.000 1,590.000 Fonte: Anualpec 98 Quem for capaz de realizar essa produção e atender a demanda de boi gordo na entressafra, vai vender no melhor momento para aproveitar a evolução dos preços, vai ter oportunidade de lucrar com o boi gordo, durante vários anos. Nos Estados Unidos isso já não acontece. Não há mais entressafra, a produção é constante o ano todo. Por isso, o preço não sofre oscilações como aqui, mantém-se estável. Um dos grandes motivos para alcançar esse estágio foi o uso de suplementação alimentar. Atualmente, cerca de 95% dos animais abatidos nos Estados Unidos vêm dos confinamentos e semiconfinamentos. Há oferta de boi gordo o ano inteiro lá. Portanto, veja a oportunidade: até que o Brasil não haja mais entressafra, e que o preço se torne estável, como nos Estados Unidos, há todo um mercado crescente para ocupar; isso vai levar anos para acontecer. Vai ser preciso produzir algo em torno de 10 milhões de bois gordo na entressafra. Até lá, há uma excelente oportunidade de negócios lucrativos – com lucro diferencial na entressafra – para explorar a pecuária de corte.� Como se vê no gráfico 3, em seguida. GRÁFICO 3: Boi Gordo - São Paulo Fonte: Anualpec 98. TABELA 3: Preços do Boi Gordo (US$) - São Paulo Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 1978 16.2 16.0 16.0 15.8 15.5 15.7 19.4 20.0 20.9 25.2 25.2 24.7 19.2 1979 24.1 23.8 23.1 24.3 24.1 23.1 24.6 27.2 32.3 32.7 32.7 24.7 26.4 1980 23.6 22.5 21.0 21.0 20.9 20.9 21.8 23.6 24.3 26.8 26.4 24.3 23.1 1981 23.5 21.9 21.0 20.1 19.0 17.5 17.0 17.5 19.9 20.7 20.8 19.5 19.9 1982 18.1 16.4 15.5 15.4 15.6 15.4 19.5 19.6 19.7 18.1 17.0 16.0 17.2 1983 15.0 13.5 11.5 13.8 13.4 12.3 14.9 15.8 19.9 19.6 19.1 18.2 15.6 1984 17.7 17.3 15.9 14.9 17.4 16.7 16.9 17.5 21.9 20.2 18.5 16.6 17.6 1985 15.0 13.0 11.4 10.6 9.6 8.7 12.2 15.4 16.7 17.6 20.4 19.0 14.1 1986 15.9 13.6 13.9 15.1 15.8 17.2 19.0 20.5 23.0 23.7 31.6 36.8 20.5 1987 32.0 24.3 20.5 19.4 18.9 14.7 15.7 18.8 18.8 19.8 19.3 14.7 19.7 1988 14.5 12.8 12.7 14.5 12.9 13.6 16.3 17.6 26.5 26.4 28.6 29.6 18.8 1989 17.5 17.7 20.7 22.9 25.8 33.6 25.0 29.0 23.4 18.7 20.5 21.3 23.0 1990 25.0 22.0 23.0 21.2 21.9 27.8 26.4 29.0 36.1 28.1 20.0 16.0 24.7 1991 16.1 18.4 18.7 18.2 17.6 17.4 21.1 24.0 23.8 24.1 23.4 18.4 20.1 1992 17.8 17.4 15.9 17.5 18.2 16.6 17.3 19.0 20.0 19.9 17.5 20.3 18.1 1993 20.8 19.4 19.7 20.4 19.0 18.0 20.4 23.5 23.1 22.4 21.3 22.3 20.9 1994 20.1 19.6 20.8 19.6 18.3 23.2 23.7 26.5 29.1 37.4 38.8 35.4 26.0 1995 30.8 30.9 27.2 25.7 24.9 23.3 26.2 25.9 25.2 26.1 25.7 22.4 26.2 1996 22.1 22.3 22.0 22.0 21.2 21.4 23.4 24.2 24.0 24.8 23.0 23.1 22.8 1997 23.1 24.1 24.2 24.7 24.1 24.1 24.9 24.6 24.1 25.2 24.8 25.0 24.4 Média 20.4 19.3 18.7 18.9 18.7 19.1 20.3 22.0 23.6 23.9 23.7 22.4 20.9 Fonte: Anualpec 98. V. Veja as vantagens de fazer confinamento Vende mais cedo o produto. Assim, gira mais rápido o seu capital circulante (Boi). E fica com o dinheiro em caixa para investir, seja para comprar bezerros ou bois magros, seja para ampliar as instalações. Na entressafra, o preço da arroba atinge maior valorização, que é o seu objetivo em adotar essa técnica. (Ver tabela 4). Aumenta a Taxa de Desfrute da propriedade, tornando mais rentável seu capital fixo, a terra, pastagens e instalações; e aumentando a produtividade. TABELA 4: Preços do boi gordo (IGP) nos últimos 10 anos. Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 1977 53.2 52.9 51.5 49.6 48.5 48.2 50.0 53.9 61.0 65.7 67.7 66.7 55.7 1978 64.9 63.0 62.4 60.7 59.2 59.3 72.1 74.3 77.6 92.7 92.2 92.4 72.6 1979 89.8 88.6 84.2 87.8 89.0 86.6 89.9 97.1 114.6 115.1 114.0 101.4 96.5 1980 100.0 93.9 85.5 83.7 80.9 78.8 78.3 81.8 81.3 88.4 84.3 76.6 84.5 1981 72.3 65.0 61.1 58.9 55.751.8 51.7 52.1 59.4 62.8 63.3 60.7 59.6 1982 55.4 49.6 45.8 45.3 45.6 43.8 55.3 55.7 43.1 54.0 51.6 48.6 49.5 1983 45.1 45.0 44.8 53.3 53.4 48.4 57.2 60.8 75.2 73.2 71.4 68.9 58.1 1984 65.8 63.4 59.1 56.1 65.1 62.6 63.4 65.1 81.4 75.9 68.9 61.8 65.7 1985 56.2 48.7 42.7 41.3 38.3 35.5 49.6 55.6 56.1 63.7 68.4 60.5 51.4 1986 49.9 45.4 53.0 57.8 60.3 65.5 71.9 76.3 84.9 87.0 114.3 127.8 74.5 1987 106.5 81.9 69.4 62.1 60.9 48.7 54.2 65.2 63.9 65.1 61.1 46.0 65.4 1988 43.5 38.5 38.2 42.0 37.9 38.9 46.4 50.6 73.1 72.9 78.6 80.5 53.4 1989 48.3 48.0 49.7 56.7 61.2 76.4 56.3 69.2 48.4 35.8 40.4 39.4 52.5 1990 39.2 36.6 37.1 35.5 37.7 48.6 46.3 47.3 55.3 48.0 39.3 32.9 42.0 1991 35.1 35.9 37.2 36.9 36.5 34.8 41.3 47.7 54.0 47.8 48.8 38.7 41.2 1992 39.6 38.1 35.7 40.0 40.7 36.5 38.1 40.8 38.0 39.4 36.6 38.4 38.5 1993 42.3 40.3 40.2 41.2 37.3 35.2 39.6 44.9 43.2 42.4 39.8 41.1 40.6 1994 36.6 35.6 36.7 34.7 33.0 36.6 44.6 46.5 48.4 59.3 59.6 54.8 43.9 1995 46.7 46.0 42.1 39.7 37.8 35.2 39.3 38.9 38.7 40.3 39.3 34.3 39.9 1996 33.4 33.8 33.5 33.3 31.7 31.8 34.7 36.0 36.0 37.3 34.6 34.7 34.2 Média 56.2 52.5 50.5 50.8 50.5 50.2 54.0 58.0 61.7 63.3 63.7 60.3 56.0 Fonte: Anualpec 97. TABELA 5: Cálculo da Taxa de Desfrute T.D. = Nº de Animais no Rebanho (dentro de 1 ano) Nº de Animais Abatidos O desfrute, no confinamento se relaciona com dois aspectos: Aumento da capacidade de suporte; Diminui-se a idade do abate, resultando no aumento da produtividade. O confinamento amansa os bois, mesmo aqueles mais bravos ficam logo mansos; isso devido ao contato diário com o peão tratador, ao contrário do que se pensava, os animais não se incomodam com o barulho do trator ou da charrete que leva o volumoso. Elevar o nível de conhecimento técnico da peonada (trabalhadores rurais); a preparação da mão-de-obra para o confinamento não se resume a ensinar o que fazer ao peão, mas todo um conceito e que ele deve compreender, pois se trata de participar de um processo de introdução de tecnologia na propriedade rural. O confinamento melhora a capacidade alimentar do boi; isso devido à silagem , suplementos protéicos, NNP (Nitrogênio não protéico), aditivos e palatabilizantes. Cria-se uma mentalidade empresarial. O produtor aprende a controlar custos. Uma planilha é elaborada. Aprende-se a saber quanto se gasta para produzir uma arroba. Através desse controle o produtor vai saber se está tendo lucro ou prejuízo. Durante o confinamento, pode-se adequar á novas situações visando reduzir custos desnecessários, para obtenção de melhores resultados (Ver Anexo 1). O investimento não é pequeno, mas pode ser rentável desde que se produzam alimentos na propriedade, soja , milho, algodão, sorgo, etc; a intenção não é produzir todos os alimentos , que serão utilizados no confinamento , se o produtor tiver um ou dois alimentos; iram diluir os custos.� Lembrando que para o pecuarista obter estas vantagens no confinamento, deve-se ter em mente um tripé, proposto pelo modelo: TABELA 6: Modelo para vantagens no confinamento Sucesso no Confinamento = Desempenho dos Animais + Custo da Alimentação + Preço da Arroba na Entressafra Fonte: Ferreira,1982. � VI. Tipos de Confinamento 1)Curral a Céu Aberto: Esse sistema é o mais simples, devendo os bebedouros e cochos ser colocado ao longo da cerca para facilitar o manejo da alimentação. 2)Curral Parcialmente Coberto: Mantém as mesmas características da anterior, com exceção dos cochos para alimentação que são cobertos e a largura de pelo menos 3,5m, com o objetivo de proteção sobre o calçamento. 3)Curral Coberto: É adotado em regiões de clima frio e temperado, em que o animal pouco se movimenta; nesse sistema recomenda-se lotes de 50 a 100 animais para facilitar o manejo.� VII. Instalações Devem ser simples, eficientes e práticas; de modo que um investimento inicial alto, com instalações sofisticadas colocaria em risco o sucesso do empreendimento. FIGURA 1: Exemplo de curral de engorda a céu aberto. Fonte: Cardoso, Esther. FIGURA 2: Exemplo de curral de engorda semicoberto. Fonte: Cardoso, Esther. Localização: Uma vez que grande parte dos custos da produção em confinamento é referente à Alimentação, chegando a cerca de 60 a 80%.� É importante que o confinamento esteja localizado em área ou região onde seja disponível alimentos com fartura, próximo às áreas de produção agrícola e seus subprodutos; deve-se levar em conta a distância dos centros consumidores e frigoríficos. A localização do confinamento na propriedade deve-se observar a disponibilidade de água, de terras agricultáveis para a integração agricultura-pecuária visando à produção de grãos (milho, sorgo, algodão, soja, etc) ou forragens (Cana-de-açúcar, Capim-elefante, milho ou sorgo) para silagem, a presença de energia elétrica e meios de transporte.� Áreas muito planas e declives em excesso devem ser evitados, assim como a proximidade a córregos e rios (que podem ser contaminados com dejetos do confinamento) e áreas com ventos canalizados, pois , no caso de haver vilas ou cidades próximas, seus habitantes poderão ser molestados pelo odor das fezes e dejetos dos animais.� Esta observação acima é válida, devido o grande volume de produtos residuais dos confinamentos – Esterco e Urina – que podem poluir a água subterrânea, ao penetrar nos vários substratos do solo através dos processos de lixiviação e percolação. Exemplo: Um confinamento de 1.000 cabeças de gado adulto, equivale a uma fonte potencial de poluição do ambiente semelhante a uma cidade de 6.000 habitantes, segundo levantamento feito nos Estados Unidos. Lembrando que a produção mensal pôr cabeça de gado é de 500 Kg de esterco. Os bretes do confinamento devem ter 6,0 m de comprimento, para permitir a entrada de veículos. A fabricação de uma esterqueira tem sido a solução adotada nestes casos. Outro item importante é o suprimento suficiente de água de boa qualidade para o consumo dos animais e limpeza das instalações. De acordo com o levantamento realizado pela Universidade do Texas, o total de água necessário para o consumo diário é de 35 a 45Lt/cabeça, conforme estação do ano e a ingestão de matéria seca da ração. É preciso prever, no entanto, uma quantidade adicional de 75 a 115 Lt/cabeça para os serviços de limpeza e de abastecimento das demais dependências da exploração.� O que se diz à temperatura da água é que quando fica parada, sob o sol, fica mais morna, facilitando a ruminação. O que se tem de comprovação científica disso é que a temperatura, quanto mais próxima da temperatura corporal do animal é melhor (o rúmen do bovino tem uma temperatura de aproximadamente 39 graus Celsius); portanto, se o bebedouro for de água parada e que fique exposta ao sol, é melhor. O cálculo para saber o consumo diário de água necessário por cabeça animal é de 12,5% do P.V.(Peso Vivo). Área: Deve ser bem drenada, garantindo um piso seco e sem lama após chuvas esporádicas desse período da entressafraque vai de julho a dezembro. Este aspecto é importante por dois motivos: evita o stress nos animais e contribui para preservar o meio ambiente. Este último relaciona-se com a presença de roedores, moscas e principalmente de efluentes que possam ocasionar poluição de rios. Para reduzir este problema, o terreno deve possuir uma inclinação de 2 a 8% dependendo do tipo de superfície do solo. VIII. Curral de confinamento Deve ser simples, eficiente e prático; os cochos devem ser contínuos e localizados ao longo da cerca, respeitando um espaço linear de 70 cm/cabeça, e colocados até uma altura máxima de 40 cm do solo (do fundo do cocho ao solo).� Para evitar a entrada dos animais nos cochos, recomenda-se a colocação de três fios ou cabos de aço a altura conveniente, o primeiro a 0,60m e os outros a 0,15m um do outro, acima do nível da borda interna do comedouro. Para não ferir os animais, costuma-se proteger os cabos com um tubo (P.V.C.) ou mangueira de plástico resistente.(Fraga & Pires, citado por Peixoto,1988). É recomendável o calçamento ao redor dos bebedouros ou o cascalhamento ao longo dos cochos (uns 2 metros de largura).� De acordo com observações feita nos Estados Unidos, os ganhos diários podem ser aumentados em cerca de 150g / cabeça, nos currais com piso de concreto, em relação aos de piso de terra. Esta ganho pode chegar até 400 g diária, em relação ao piso de terra, se esta estiver encharcada e tomada de lama. Também foi superior o Índice de Conversão Alimentar, com 20% a mais em relação ao piso de terra.� IX. Curral de manejo Destinado à recepção, preparo e separação dos lotes de animais; o manejo dos animais para o confinamento deve ser feito com calma, de forma a evitar o estresse e acidentes. A observação sobre a aparência e comportamento dos animais deverá ser constante, pois qualquer mudança que haja nestes fatores poderá ser indicativo de algum problema. Animais doentes ou problemáticos devem ser imediatamente apartados para o tratamento. Só deverão retornar ao confinamento (ao mesmo lote de origem) após plena recuperação. O curral de manejo é constituído de um embarcadouro, brete, balança (duas, uma para pesagem dos animais e outra da ração.), tronco de contenção, currais de apartação, bebedouros, etc. Neste conjunto, a balança é peça muito importante, pois permitirá acompanhar os animais e melhor controle da dieta.� Os animais deverão ser divididos em lotes homogêneos por categoria animal, quanto ao sexo, grau de sangue, condição corporal e grau de acabamento; é recomendável que os lotes não excedam 100 cabeças/piquete, pois facilitam o manejo.� Manejo Sanitário: Antes dos animais entrarem no confinamento, devem ser vermifugados, vacinados pelo menos duas vezes contra a Febre Aftosa e clostridioses e tratados contra ectoparasitos como bernes e carrapatos; se possível fazer a aplicação de um complexo vitamínico lipossolúvel (A,D,E e K). Pois estas vitaminas não são sintetizadas em nível de rúmen pelos bovinos. Estes, através da flora microbiana do rúmen, possuem a capacidade de síntese das vitaminas hidrossolúveis. As pesagens, no início e no final do confinamento, com pesagens intermediárias, de 28 em 28 dias para confirmar o ganho de peso diário; essa pesagem é feita com 10% dos animais de um lote. O manejo de pesagem, embarque e transporte dos animais, devem ser feitas com cuidado para que não ocorram edemas ou machucados que venham comprometer a qualidade da carne, especialmente a dos cortes nobres do traseiro. Outro aspecto importante, visando a relação custo/benefício, e o número de animais em cada piquete; se o caminhão boiadeiro de transporte cabe 18 animais terminados prontos para o abate, você deve colocar 72, 90, 108, 126..., correspondente ao número exato de caminhões lotados; diminuindo custo com frete se ficar poucos animais para trás.� Manejo de Seleção: O manejo de seleção dos animais deve ser realizada, observando os aspectos sanidade, vivacidade, pelagem lisa, pele fina, solta e principalmente que apresentem ossatura forte ou seja, animais que tenham "caixa", termo conhecido na prática. O produto ideal para confinamento é o animal cruzado de raças indianas com européias, podendo ser 1/2 sangue ou 3/4 europeu zebu; recomenda-se sempre o confinamento como continuidade de um bom programa de inseminação artificial.� Tecnicamente, recomenda-se a preferência por animais mestiços (indiano x europeu), visando à heterose nestes cruzamentos.� � TABELA 7: Comparação de dois tipos de conformação corporal dentro das raças Aberdeen Angus (AA) e Charolesa (CH) Raça Tipo Altura na cernelha (cm) Ganho (Kg/na./dia) Conversão alimentar P.Vivo final (Kg) Dias de confinamento AA 1 107 1,22 6,1 398 153 AA 5 120 1,31 7,1 502 153 CH 3 116 1,33 5,8 467 190 CH 7 126 1,48 6,0 550 190 Fonte: Coleção CRIAR FIGURA 3: Silhueta dos bovinos, de acordo com o trabalho de V. H. Brungardt. O melhoramento animal tem por finalidade aperfeiçoar a produção dos animais que apresentem interesse para o homem. Sabe- -se que o fenótipo de um indivíduo nada mais é que o produto da interação genótipo e meio ambiente. Assim sendo: F = G + A. Tabela 8: Genótipo x Meio Ambiente Boa produção = Animais com bom Patrimônio genético + Ambiente bom Fonte: Giannoni,1987 Dentre os fatores que interferem no processo de seleção; a nutrição é provavelmente o mais importante, que junto com o metabolismo que influi em transformação dos alimentos em produtos tais como: carne, leite e seus derivados e subprodutos. A interação entre o animal e o alimento, é uma reação biofísico- -química entre este último e o meio ambiente total. O metabolismo animal está estritamente relacionado e é influenciado por fatores ambientais externos, tais como: temperatura, luz, radiação, vento, etc., os quais exercem uma reação catalítica sobre as reações químicas que se realizam no animal. A interação entre o animal e o meio ambiente total depende de sua pele, pêlo, e coloração. A coloração do animal, sua pelagem, e vascularização da pele e sua habilidade para manter seu equilíbrio térmico normal em um ambiente específico, influencia enormemente em sua taxa metabólica e sua eficiência para o aproveitamento do alimento. O organismo animal, especialmente a sua função endócrina e suas reações fisiológicas, determinam também qual será o coeficiente de digestibilidade de um alimento. Isto significa que a função interna, a endocrinologia, e a fisiologia, têm marcada influência na eficiência da conversão alimentar. As superfícies que estabelecem contato entre o animal e o meio ambiente: é a pele e o pêlo. A vascularização da pele e a natureza do pêlo determinam a taxa de energia radiante dissipada pelo corpo do animal. É indiscutível por tanto, que os animais que diferem em sua cor e grossura de pele e pelagem, variam totalmente quanto as suas necessidades nutricionais em um ambiente determinado.� A natureza de uma superfície externa de radiação de um animal, tais como: cor, pelagem, vascularização da pele e a relação de superfície por unidade de peso, têm marcada influência sobre a quantidade de energia radiante perdida e sobre a adaptabilidade do animal. Exemplo: O gado Zebu de pelagem lisa, que têm uma área relativamente grande de superfície por unidade de peso, pode suportar muito bem altas temperaturas; não se sucede os mesmos com baixas temperaturas, a causa de sua grande superfície de radiação. Os fatores mais importantes a selecionar são os seguintes: o animal deve ter pelagem lisa, pêlo curto, e pele grossa, pigmentada e bem vascularizada. Os animais de pele solta que forma pregas, têm alta vascularidade na pele. Ademais, é possível medir o índice de hemoglobina; geralmente, os animais adaptados aos trópicos, têm um índice de hemoglobina alto. O gado com carência de adaptabilidade, que tem pelefina e pêlo lanoso, se infectam rapidamente com endo e ectoparasitos.; se criar gado adaptado pelo curto, pelagem suave e pêlo grosso e solto, repele os carrapatos. Manejo Alimentar: O manejo alimentar visa, através de mudança paulatina da alimentação, fazendo com que a microbiota do rúmen, se adaptem ao novo conteúdo dietético. A mudança de alimentação deve ser vagarosa e segura; o tempo necessário para a perfeita adaptação será mais longo, quanto mais diferentes forem os alimentos daqueles anteriormente ministrados.� O processo de adaptação é importante, pois se você der a ração completa desde o primeiro dia, vai provocar uma sobrecarga ruminal, que vai levar a uma acidose ou timpanismo; que são causas até comuns em sistema de confinamento. Em média, o processo de adaptação demora de vinte a trinta dias para se completar.� Esquema de Adaptação: Considerando que o animal consome 1% de seu Peso Vivo, um animal de 400 Kg, irá consumir 4 Kg por dia da ração total. Na primeira semana, deve-se dar de ração 0,25% do peso vivo do animal. Isto é, aquele animal de 400 Kg que virá a comer 4 Kg de ração, nesse primeiro momento vai comer apenas 1 Kg, dividido em 4 vezes, 250 gramas cada, metade de manhã, metade à tarde. TABELA 9: Horários adotados no confinamento da Embrapa: 1ª Fornecimento da Ração 07:30 h 2ª " 10:30 h 3ª " 13:30 h 4ª " 16:30 h Na Segunda semana, o animal passa a receber 0,50% de seu peso vivo em ração, quer dizer, 2 Kg por dia, dividido em 4 vezes, 500 gramas cada. Na Terceira semana, o animal passa a receber 0,75% P.V./ na ração; 3 Kg por dia, com 750 gramas em cada refeição. Na Quarta semana, o animal passa a receber a ração integral, que é de 4 Kg, ou 1% do P.V. TABELA 10: Outros esquemas De 6 em 6 dias De 4 em 4 dias 6º dia 20% 4ª dia 20% 12º dia 40% 8ª dia 40% 18º dia 60% 12ª dia 60% 24º dia 80% 16ª dia 80% 30º dia 100% 20ª dia 100% Lembrando que todo o alimento produzido para o confinamento terá que ser analisado o seu valor nutritivo antes de iniciar a engorda.� X. Depósitos É o local de armazenagem, pesagem e mistura dos diversos ingredientes da ração. Um pequeno escritório administrativo com telefone/rádio, computador, fax, arquivos, etc. É onde ficam catalogadas as fichas de controle de compra, venda e produção de insumos e animais, dados dos desempenho dos lotes confinados, consumo de alimento e combustível; e uma sala-farmácia para estocagem de produtos veterinários, que conterá vacinas, produtos de rotina no manejo sanitário dos animais, e alguns medicamentos e instrumental cirúrgico para combate imediato a alguma patologia extraordinária.� XI. Máquinas e equipamentos Além das máquinas agrícolas necessárias para o cultivo do milho, sorgo, soja, etc., o confinamento exige o uso de uma ensiladeira, vagões para o transporte de forragem no local do silo. Uma balança para preparar e pesar as rações, um moedor (grãos) e um picador (forragem), um trator, uma grade aradora, uma grade niveladora e uma plantadeira. Estes equipamentos são necessários para o confinamento de 500 bois por ano.� Um confinamento com mais de 200 animais; justifica a aquisição de um vagão forrageiro, que mistura e distribui a ração diretamente no cocho. XII. Animais Os três principais elementos estruturais de qualquer processo de confinamento de bovinos de corte, são os animais, os alimentos e as instalações. Destes, os primeiros constituem, sem dúvida, o mais importante. Por esse motivo, existe sempre uma preocupação muito grande quanto à escolha criteriosa dos animais destinados ao confinamento, procurando identificar os indivíduos portadores de atributos capazes de garantir melhor desempenho, tendo em vista os objetivos a alcançar. São diversos os fatores a considerar na seleção de bovinos para confinamento; ao discutir os critérios para seleção dos animais no futuro, dividiu-se a produção em duas fases: 1ª) Reprodução; 2ª) Produção de Peso. Salientando que esta última deve incluir as seguintes características em novilhos para terminação: Rapidez e eficiência de crescimento, elevado grau de Conversão Alimentar, bom Rendimento de Carcaça em torno de (54 a 56%), qualidade elevada à carne, relacionada à maciez , carcaça de qualidade superior, relacionado ao Acabamento de Carcaça com 3 a 5 mm de espessura, na (A.O.L) área de olho de lombo. Portanto, os fatores genéticos ou ambientais que possam vir a afetar o desempenho dos animais em relação aquelas características deverão ser considerados num programa de escolha dos bovinos destinados ao confinamento.� XIII. Os Alimentos Dietas para bovinos em confinamento incluem alimentos volumosos, concentrados e suplementos. São alimentos volumosos aqueles que possuem teor de fibra bruta superior a 18% na matéria seca, como é o caso dos capins verdes, silagens, fenos, palhadas, etc. Alimentos concentrados são aqueles com menos de 18% de fibra bruta na matéria seca e podem ser classificados como protéicos (quando têm de 20% de proteína na matéria seca),como é o caso das tortas de algodão, de soja, etc., ou energéticos (com menos de 20% de proteína na matéria seca) como é o milho, triguilho, farelo de arroz, etc. Os alimentos são usualmente descritos ou classificados com base na matéria seca, de forma a poderem ser comparados as suas características nutricionais, custo de nutrientes, etc. A Matéria seca (MS) é a fração do alimento excluída a umidade natural deste. O teor de umidade entre alimentos é muito variável (cerca de 75% para gramíneas frescas, e até 10% para tortas ou fenos). Na Matéria Seca é que estão contidos os nutrientes: Carboidratos, Proteínas, Minerais (Macro e microelementos), Extrato Etéreo (Gordura), Vitaminas, etc. Uma vez que a porção nutritiva está contida na matéria seca e que a capacidade de consumo dos alimentos pelos animais está relacionada, também, à matéria seca, todo cálculo relativo à alimentação (balanceamento de rações, custo de aquisição e transporte de alimentos, etc) deve ser feito com base na matéria seca (ou seja, convertido para equivalência a 100% de matéria seca). Ração é a quantidade total de alimento que um animal ingere em 24 horas, e ração balanceada é aquela que contém nutrientes em quantidade e proporções adequadas para atender às exigências orgânicas dos animais. Usualmente, as rações são compostas por alimentos volumosos e concentrados. O balanceamento das rações determinará a relação volumoso: concentrado necessária para cada tipo de animal e taxa de ganho de peso. Alimentos muito ricos em carboidratos estruturais ou fibras, como é o caso das gramíneas, por exemplo, têm menor concentração energética (de 7 a 9 MJ de energia metabolizável/Kg de MS) comparativamente àqueles com alto teor de carboidratos não estruturais, como grão de milho (cerca de 13 MJ de energia metabolizável/Kg de MS) ou torta de soja (cerca de 12 MJ de energia de nutrientes da ração para ganho em peso depende da concentração energética da ração, ou seja, da relação volumoso : concentrado. Rações com baixa concentração energética (8 MJ de energia metabolizável/Kg de MS, à base de volumosos exclusivamente) são utilizadas com uma eficiência de 30% para ganho em peso, ao contrário de rações de alta concentração energética (12 MJ de energia metabolizável/Kg de MS, podem ser utilizadas com uma eficiência de 45% para o ganho em peso. O balanceamento de rações, além da energia, deve levar em conta a proteína. No balanceamento da proteína, deve ser considerada a proteína necessária aos microorganismos do rúmen e aquela necessária ao bovino. Modernamente, o conceito de proteína digestível (PD) para o balanceamento de rações foi substituído pelos conceitos de proteína degradável no rúmen (PDR) e proteína não degradável no rúmen (PNDR) ou proteína digestível no intestino, ou ainda pelo conceito de proteína metabolizável. Minerais e vitaminas são acrescentadosàs rações, em proporções suficientes para atender às exigências orgânicas dos bovinos.� As exigências nutricionais para bovinos em confinamento variam segundo o sexo, a estrutura corporal, o peso vivo e a taxa de ganho em peso esperada; e assim a formulação de rações deve levar em conta estes fatores para o balanceamento. As exigências nutricionais dos bovinos e a composição em princípios nutritivos dos alimentos podem ser obtidas em tabelas específicas. A composição básica de alguns alimentos mais comumente usados na engorda confinada, pode ser vista, a seguir, na tabela 11. As tabelas 12 e 13 ilustram as exigências em energia e proteína de novilhos de diferentes tamanhos corporais e para três taxas de ganho de peso. No caso de alimentos não convencionais, será necessário proceder a análises laboratoriais do mesmo para saber os teores de seus princípios nutritivos.1 Tabela 11: Teor de matéria seca (MS), energia metabolizável (EM), proteína bruta (PB) e degradabilidade da proteína no rúmen (%) de alguns alimentos. Teor médio Com base em 100% de MS de matéria seca Proteína bruta (% MS) Energia metabolizável Teor Degra MJ de EM Kg MS (%PB) dabilidade da PB no rúmen (%) Silagem de milho 27 9,9 8,0 57,9 Cana-de-açúcar 23 9,1 4,3 41,0 Farelo de soja 89 12,3 50,5 66,6 Farelo de algodão 91 11,5 45,7 49,0 Soja crua 90 14,3 42,0 79,3 Farelo de arroz integral 91 9,9 14,8 75,6 Farelo de arroz desengordurado 91 9,0 15,4 61,7 Farelo de trigo 90 12,2 17,0 74,5 Fubá de milho 88 13,6 10,5 43,4 Milho desintegrado palha e sabugo 8,9 11,6 8,7 40,4 Farinha de carne e ossos 94 9,9 53,4 37,8 Farinha de peixe 92 11,0 66,6 26,3 Cama de galinheiro 79 8,2 20,25 64,7 Fonte: CARDOSO, Esther. Tabela 12: Exigências nutricionais em energia metabolizável (MJ/dia) de novilhos de raças de grande, médio e pequeno porte, considerando a concentração energética da ração (M). � Tabela 13: Exigências nutricionais (g/dia) em proteína degradável no rúmen (PDR) e proteína não degradável no rúmen (PNDR) para novilhos de raças de grande, médio e pequeno porte, considerando a concentração energética da ração (M). �Fonte: CARDOSO, Esther. � A suplementação alimentar tem por objetivo básico explorar ao máximo a fermentação celulolítica do animal, obtendo assim, maior ganho por unidade de consumo de matéria seca total (conversão alimentar).Essa fermentação celulolítica, característica única dos ruminantes, permite que esses animais utilizem alimentos fibrosos, tais como: silagens, fenos, capineiras ou resíduos fibrosos. O intervalo de ganho de peso economicamente recomendável situa-se entre 800 a 1.100 Kg/cab./dia, dependendo do tipo de animal (raça ou grupo genético), idade, e peso inicial. Ganhos de 1.100 Kg/cab/dia podem ser alcançados com silagem de milho ou sorgo e o equivalente de concentrado entre 0,5 e 1,0% do peso vivo. Entretanto, essa característica impõe algumas restrições quanto ao nível de concentrado a ser utilizado na dieta: Os ruminantes são os únicos animais na natureza, capazes de transformar a celulose (fibra das forragens) em alimentos de alto valor protéico, como a carne e o leite. Como a celulose é o elemento mais abundante e barato disponível no Planeta, seria um contra-senso não utilizar esse potencial ao máximo. Portanto, os níveis de concentrado na ração de bovinos deveriam ser apenas o suficiente para maximizar o processo de utilização da fibra, e não como substituto dessa última. É oportuno insistir que o uso excessivo de grãos aumenta consideravelmente o custo do confinamento, reduzindo drasticamente a relação custo/benefício. As plantas mais utilizadas para silagem são o milho e o sorgo. Ambos podem ser ensilados sem qualquer problema, desde que cortados na época certa e que a trituração, compactação e cobertura sejam feitas de maneira adequada. Silagem de capim-elefante exigem maiores cuidados devido ao seu baixo teor de matéria seca por ocasião do corte, exigindo o uso de aditivos ou extratores de umidade. A capineira, que consiste em reservas de forragem mantidas verdes e utilizadas por meio de cortes diários, é outra opção de volumoso, mas com limitações nutricionais bem maiores do que a silagem . A maior desses limitações está relacionada com a rápida queda na digestibilidade com o avanço do processo de maturação, resultando em baixos teores de proteína e, simultaneamente, em aumentos no teor de fibra. Como conseqüência, a resposta animal é inferior, quando comparada com dietas baseadas em silagens de milho ou sorgo. As capineiras mais comuns são as de capim-elefante e de cana-de-açúcar. Destas, a capineira de capim-elefante é a mais utilizada, devido à sua rusticidade, alta produção, facilidade de multiplicação, relativa resistência à seca e bom valor nutritivo quando cortado aos 60 dias de crescimento. A cana-de-açúcar seria outra alternativa que, apesar da sua característica intrínseca de possuir fibras de baixa degradabilidade, portanto baixo consumo de matéria seca, apresenta a vantagem de manter suas qualidades nutricionais (teor de açúcar) pouco alteradas durante o período da seca. Em solos de Cerrado, a produção média de matéria seca é de cerca de 20 ton/ha/ano. Seu uso é viável em confinamento para terminação, em que os animais encontram-se com peso vivo médio mínimo de 400 Kg. Isto porque o ganho de peso vivo economicamente desejável com esse tipo de volumoso, mais 30% de suplemento (base consumo total de MS) pode alcançar valores máximos em torno de 0,70Kg/cab/dia. Convém lembrar também que, com exceção da cana-de-açúcar, o valor nutricional de capim-elefante está sujeito a variações durante o período de confinamento, devido à rápida queda no seu valor nutritivo, à medida que ocorre seu desenvolvimento. Exemplo: Tabela 14: Capim-elefante (Pennisetum purpureum) Período em dias 21 DIAS 210 DIAS P.B. 17,3 % 2,9 % F.B. 26,2 % 43,9 % M.S. 2,7 ton/ha/ano 27,1 ton/ha/ano Fonte: Pereira & Boin, citado por S. Thiago,1996. Um aspecto a ser considerado quando se decide usar capineiras, é que em regiões sujeitas a extremos climáticos, como geadas ou secas, o seu uso pode aumentar o risco do confinamento.� XIV. Doenças no confinamneto Os bovinos submetidos a confinamento podem estar sujeito a doenças por dificuldades digestivas decorrentes de a suplementação alimentar. Podem ser considerados como problemas do confinamento do gado de corte aqueles fatores ou condições que contribuem para o insucesso ou diminuição do rendimento da atividade. Os fatores que levam à diminuição do desempenho animal ou comprometem a produtividade ou lucratividade do sistema, podem ser subdivididos em : a)Fatores que afetam os animais individualmente e, b)Fatores que afetam o lote de animais. No primeiro caso estão incluídos os distúrbios metabólicos, doenças e intoxicações. Os prejuízos dependem da intensidade de ocorrência destes e do número de animais acometidos. Em geral este prejuízo é facilmente visualizado e contabilizado, pois os animais doentes se destacam dos demais. No segundo caso, os prejuízos são de difícil avaliação ou visualização pelo produtor, pois o efeito negativo é uniformemente distribuído entre os animais. São derivados de fatores ou condições que impedem que a eficiência máxima seja obtida, ou seja, não há perda concreta, mas deixa-se de ganhar.� A seguir, as doenças mais freqüentes e como fazer para tratá-las: Timpanismo O timpanismo, também chamado de meteorismo, é provocado pelo acúmulo de gases produzidos pela fermentação microbiana. Há uma distensão de rúmen, o animalfica com a barriga estufada. E não consegue eliminar os gases pelo mecanismo normal do arroto. O timpanismo pode ser provocado pela ingestão de substâncias que contenham alto teor de saponinas, especialmente encontradas, na cevada e em pastagens de leguminosas em fase de crescimento.(Jensen & Mackey, citado por Brandini, 1996); ou porque o animal comeu grãos demais. Os sintomas são: distensão do rúmen, inquietação, que pode se manifestar por um constante bater de patas no chão. Além disso o animal urina e defeca constantemente; estende a cabeça e o pescoço para frente. A seguir entra em colapso e finalmente morre, sempre sem contrações, algumas horas do início dos sintomas. Prevenção: Não mudar bruscamente a dieta dos animais, mas adaptá-las aos novos alimentos que estão recebendo. E prevenir com dietas com excesso de grãos e deficiente em fibras, assim, como a excessiva moagem dos grãos e evitar que comam grãos demais de uma só vez. O uso de ionóforos (mosensina, lasalocida) na ração de bovinos confinados tem auxiliado na diminuição da incidência de timpanismo. (Machado & Madeira, citado por Brandini,1996). Tratamento: O uso de sonda orogástrica pode ser útil para expulsar algum gás; ou usar trocáter na fossa para lombar esquerda, ou em último caso, a abertura cirúrgica do rúmen (ruminotomia). Após a terapêutica mecânica, administrar óleo de preferência mineral com cerca de 100 a 400 ml/animal, antifermentativos e laxativos, visando reduzir a estabilidade da espuma e facilitar a eliminação de ingesta.� Acidose A Acidose pode acontecer quando os animais que vinham se alimentando só de pasto bruscamente começam a ingerir grande quantidade de grãos. Também pode ocorrer com animais que estiveram consumindo pequena quantidade de grãos por longo tempo e bruscamente passaram a comer uma quantidade elevada.� A causa da acidose é o rápido crescimento e multiplicação de bactérias ruminais que produziriam ácido láctico, geralmente gram-positivas e principalmente o Streptococcus bovis, com grande concentração de ácido láctico o que leva a uma queda no pH, com diminuição dos movimentos ruminais, e a destruição de grande parte da flora ruminal, passando a predominar lactobacilos e estreptococos.� A acidose pode ter acontecido devido ao consumo excessivo de alimentos ricos em carboidratos (grãos), consumo de água contaminada ou silagem de baixa qualidade. Os sintomas começam a aparecer um ou dois dias após a ingestão exagerada de grãos. O animal perde o apetite e se movimenta pouco, nos casos severos incoordenação motora, cegueira, prostração, apresentando também diarréia, desidratação e logo após entra em colapso e morre. Prevenção: As medidas mais eficazes para este fim, são aquelas que buscam evitar o acesso acidental de animais, a grandes quantidades de grãos e a adoção de um bom esquema de adaptação, com mudança lenta e gradual as concentrado. Tratamento: As principais medidas a serem tomadas se referem à evacuação da ingestão e correção da desidratação e da acidose. O uso de laxativos alcalinos (Bicarbonato ou Carbonato de magnésio, 200 a 450 g/animal) é satisfatório, esvaziamento do conteúdo ruminal através de sonda, suspender o fornecimento de grãos. Antibióticos tais como penicilina (5 – 10 milhões de UI/animal adulto) ou tetraciclina (8 – 10 g /animal adulto), administrados oralmente, são capazes de controlar o crescimento de bactérias produtoras de ácido láctico. A correção de desequilíbrio hidroeletrolítico deve ser feita por meio da administração endovenosa de soluções isotônicas e bicarbonato de sódio. É importante restringir o consumo de água em animais doentes. Os Anti-histamínicos podem ser usados, assim como cloridrato de tiamina é indicado. Durante o período de recuperação, o animal deve receber água e volumoso de boa qualidade, sendo os grãos reintroduzidos gradualmente à dieta do animal. Laminite A laminite acontece quando os animais recebem uma ração com excessiva quantidade de alimentos energéticos; trata--se de um processo inflamatório das estruturas sensíveis da parede do casco que resulta em claudicação e deformidade do casco. O sintoma principal é o andar em pinça. Nota-se que o animal com laminite sente dor ao movimentar-se; pode apresentar sudorese e aumento da freqüência cardíaca. Prevenção: Reduzir o valor energético dos alimentos, evitando a acidose láctica. Tratamento: A primeira medida após a constatação do problema é a remoção do animal para um piquete com forragem de boa qualidade e água a vontade, sem oferta de concentrado. Drogas analgésicas como o Flunixin meglumine - Banamine®, têm sido de grande valia e antiinflamatórias (Fenilbutazona) , resolvem o problema. Intoxicação por uréia É comum a utilização de uréia na ração como uma forma de fornecimento de proteína ao animal. Porém, se a ingestão for excessiva, poderá ocorrer intoxicação, que apresentará os seguintes sintomas: salivação abundante, andar cambaleante, pela incoordenação motora, tremores musculares, colapso e morte. Outra causa de intoxicação por uréia e quando da administração da semente crua de soja, deve-se evitar a utilização conjunta com a uréia, em virtude da urease contida nas sementes, se desdobrar a uréia, dando amônia. Prevenção: Controle do consumo de uréia a animais famintos, adaptação lenta à ingestão de uréia; não fornecer uréia em cochos descobertos, pois a uréia em contato com as águas da chuva, irá promover a sua concentração que é mortal. O total de uréia não deve exceder a 3% do concentrado ou a 1% da matéria seca da ração. Tratamento: O mais utilizado é dar vinagre (ácido acético a 5%, V.O. 3 a 6 Lt/animal adulto, a cada 6 ou 8 horas) que além de abaixar o pH, diminui a hidrólise da uréia, formam compostos com a amônia (acetato de amônia), reduzindo assim a sua absorção. A água em grandes quantidades podem ser administrados, cerca de 20 a 40 Lt animal adulto, visando reduzir a temperatura ruminal e diminuir a ureálise. Dermatomicose É uma dermatite localizada, causada por fungos geralmente o Trichophytum verrucosum que é o mais freqüente em bovinos, são conhecidos como dermatófilos, que é caracterizada por descamação e perda de pêlos. A dermatomicose afeta principalmente animais criados em altas lotações, que favorece a disseminação do ambiente.(Ainsworth & Austwick, citado por Brandini, 1996). Prevenção: O isolamento e tratamento imediato dos animais afetados, assim que forem observadas as primeiras lesões, desinfecção do local e dos utensílios. Dieta equilibrada com suplementação de vitamina A. Tratamento: A griseofulvina tem sido o tratamento de eleição (10 mg/Kg P.V./7 dias, V.O.) , Tiabendazol (10 a 20 mg/Kg, 5 a 10 dias; o uso de ivermectinas têm dado bons resultados (200 micro gramas/Kg PV). O zinco (5mg/Kg PV,IM) tem auxiliado na recuperação dos animais. (Bires, citado por Brandini,1996). Enterotoxemia Trata-se de uma infecção, não contagiosa, causada pelas toxinas de Clostridium perfringens , um bastonete gram-positivo, anaeróbio, forma esporos em contato com ar, está amplamente distribuído no solo, nas fezes e nos intestinos de animais sadios. Comumente está relacionada a alimentos com altos teores de concentrado e pouca fibra. Prevenção: Vacinação polivalente contra as Clostridioses, antes dos animais entrarem no confinamento e adaptação a dieta concentrada. Tratamento: Geralmente não é realizado devido ao rápido curso da doença, em casos mais brandos entrar com terapêutica combinada de antibióticos (penicilina ou sulfas).� Outras doenças podem ocorrer no confinamento, tais como: causadas por vírus (ex: papilomatose, diarréias), bactérias(ex: tuberculose, botulismo), fungos, protozoários e outros vermes (ex: cisticercose, helmintoses) e artrópodes (ex: sarna). Contudo, são de baixa ocorrência quando o manejo sanitário do rebanho é bem conduzido. XV. Sinais de alteração nos animais confinados Animal que deixa de ir ao cocho de alimento; Aparenta estar menos "cheio",com aspecto descarnado; Apresenta-se mancando, claudicante, ou exibindo outro tipo de movimentação anormal; Apresenta crostas no focinho; Tem uma aparência de olhos "afundados"; Apresenta pelagem áspera e com aspecto ressequido; Está com diarréia (com sangue ou muco nas fezes); Está com tosse; Está com corrimento nasal; Apresenta respiração acelerada; Dificuldade para urinar, acompanhada de gemidos e agitação de cauda; Está com a cabeça e orelhas caídas, dorso arqueado; Não engorda, incapaz de ganhar peso dentro da faixa média para o seu lote. XVI. No Fim, Hora de vender A hora de encerrar o confinamento é aquela em que os bois já sejam considerados terminados. A data limite está entre o final da seca e o começo da estação das chuvas; dentro do período do confinamento – 60 a 120 dias, serão testados seu talento como criador, como sua agilidade como comerciante. Entretanto, cabe ao confinador estar atento às particularidades de risco do empreendimento sem esquecer as exigências do mercado (boi de 15,5 a 17 arrobas líquidas) e que o preço seja interessante. Aproveitar o melhor preço vai ser importante para uma boa lucratividade. Conclusão Para o produtor obter sucesso com o sistema de confinamento, deve-se ter atenção especial em três itens: O Primeiro, de ordem genética é confinar animais potencialmente aptos para o ganho de peso, que apresenta; boa taxa de conversão alimentar; Os animais mais indicados para esse propósito são os F1 ou mestiços (Bos indicus x Bos taurus), devido ao seu vigor híbrido ou heterose. O Segundo item é a alimentação, que chega a ser de 60 a 80% dos custos de produção; ela deve ser de qualidade e quantidade. Lembrando que se deve ter em mãos o ganho médio diário (GMD), para comparar com o ganho esperado, anteriormente calculado. E o Terceiro item é a hora de vender os animais, geralmente na entressafra, onde o preço da arroba está mais alto. Esse é que vai fechar o ciclo e mostrar se o produtor, não só possui a arte de criar, como também de comercializar o seu produto. Resumo Como vimos no presente trabalho, o sistema de confinamento é economicamente viável, principalmente se a propriedade produz alguns dos alimentos utilizados na dieta animal; O confinamento permite abater animais em menos tempo, aumentando com isso o giro de capital, a taxa de desfrute e conseqüentemente aumento de rentabilidade da propriedade. Sem falar que o produtor estará adotando tecnologia de ponta na propriedade e elevando o nível de capacitação profissional de seus funcionários. Durante todo o ciclo do animal, até chegar no confinamento, permite selecionar animais resistentes a ectoparasitos, de pelagem baixa, adaptado aos trópicos e ótima conversão alimentar; Lembrando que esse animal vai para abate com mais de 460 Kg de Peso Vivo (Raças médias), com rendimento de carcaça de 54 a 56% e de 3 a 5 milímetros de cobertura de gordura, conferindo à carne um vermelho vivo de excelente aspecto e uma carne macia e saborosa. Anexo 1 Engorda em confinamento Ficha de registros Proprietário:............................................................................................................... Razão social:............................................................................................................. Cidade e estado:....................................................................................................... Data início:................................................................................................................ Data final:.................................................................................................................. Lote nº:...................................................................................................................... Piquete nº:................................................................................................................. A – Categoria animal:................................................................................................ B – Nº inicial de animais:........................................................................................... C – Custo do animal:................................................................................................. D – Nº de mortes:...................................................................................................... E – Causa mortis:...................................................................................................... F - Peso médio inicial/lote(Kg):................................................................................. G – Peso médio final/lote (Kg):................................................................................. H – Período de confinamento (dias):......................................................................... I – Ganho de peso médio (Kg/cab/dia):..................................................................... J – Consumo médio de alimentos (base MS: Kg/ cab/ dia):...................................... .................................................................................................................................. K – Conversão alimentar:.......................................................................................... L – Custo operacional (animais + alimentação + profilaxia + mão-de-obra + reparos e manutenção):............................................................................................ .................................................................................................................................. M – Nº de animais vendidos:..................................................................................... N – Receita bruta:..................................................................................................... O – Lucro líquido:...................................................................................................... P – Data da venda:................................................................................................... Q – Amortização do capital empregado:................................................................... R – Lucro/animal:...................................................................................................... Observações.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Anexo 2 Semiconfinamentos no Brasil Pastures Suplementation (heads) Cabeças Estados 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 GO 35.000 40.000 50.000 60.000 80.000 110.000 150.000 190.000 MT 5.000 15.000 25.000 40.000 65.000 95.000 130.000 190.000 MS 10.000 15.000 25.000 45.000 65.000 80.000 120.000 175.000 SP 25.000 30.000 35.000 45.000 60.000 90.000 120.000 145.000 MG 15.000 25.000 35.000 45.000 65.000 90.000 115.000 140.000 PR 5.000 10.000 15.000 25.000 35.000 50.000 75.000 95.000RS 5.000 10.000 15.000 20.000 30.000 40.000 55.000 65.000 BA - 5.000 10.000 15.000 25.000 35.000 45.000 60.000 TO - - 5.000 10.000 15.000 20.000 35.000 55.000 Outros 15.000 25.000 35.000 50.000 75.000 105.000 140.000 200.000 Total 115.000 175.000 250.000 355.000 515.000 715.000 985.000 1,315.000 Anexo 3 Engorda em Pastagens de Inverno Winter Pastures (heads) Cabeças Estados 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 RS 300.000 400.000 550.000 650.000 800.000 1,000.000 400.000 740.000 PR 45.000 55.000 70.000 90.000 120.000 140.000 100.000 130.000 SC 50.000 55.000 60.000 65.000 75.000 90.000 60.000 95.000 MS 10.000 15.000 20.000 30.000 40.000 50.000 40.000 35.000 SP 5.000 10.000 15.000 25.000 30.000 30.000 20.000 20.000 MT 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 25.000 20.000 20.000 MG 10.000 10.000 15.000 15.000 10.000 15.000 15.000 15.000 TOTAL 425.000 555.000 745.000 895.000 1,100.000 1,350.000 655.000 1,055.000 Fonte: ANUALPEC 98 Referência Bibliográfica ALBERT, Zeno Antônio, et al. 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Doenças em bovinos confinados. _958571443.unknown _958580553.bin _977818475.xls Gráf1 19.2166666667 26.3916666667 23.0916666667 19.8691666667 17.1916666667 15.5833333333 17.625 14.1333333333 20.5083333333 19.7416666667 18.8333333333 23.0083333333 24.7083333333 20.1 18.1166666667 20.8583333333 26.0416666667 26.1916666667 22.7916666667 24.4083333333 Anos US$/@ Boi Gordo - São Paulo Plan1 Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média 1978 * 16.2 * 16.0 * 16.0 * 15.8 * 15.5 * 15.7 * 19.4 * 20.0 * 20.9 * 25.2 * 25.2 * 24.7 * 19.2 1979 * 24.1 * 23.8 * 23.1 * 24.3 * 24.1 * 23.1 * 24.6 * 27.2 * 32.3 * 32.7 * 32.7 * 24.7 * 26.4 1980 * 23.6 * 22.5 * 21.0 * 21.0 * 20.9 * 20.9 * 21.8 * 23.6 * 24.3 * 26.8 * 26.4 * 24.3 * 23.1 1981 * 23.5 * 21.9 * 21.0 * 20.1 * 19.0 * 17.5 * 17.0 * 17.5 * 19.9 * 20.7 * 20.8 * 19.5 * 19.9 1982 * 18.1 * 16.4 * 15.5 * 15.4 * 15.6 * 15.4 * 19.5 * 19.6 * 19.7 * 18.1 * 17.0 * 16.0 * 17.2 1983 * 15.0 * 13.5 * 11.5 * 13.8 * 13.4 * 12.3 * 14.9 * 15.8 * 19.9 * 19.6 * 19.1* 18.2 * 15.6 1984 * 17.7 * 17.3 * 15.9 * 14.9 * 17.4 * 16.7 * 16.9 * 17.5 * 21.9 * 20.2 * 18.5 * 16.6 * 17.6 1985 * 15.0 * 13.0 * 11.4 * 10.6 * 9.6 * 8.7 * 12.2 * 15.4 * 16.7 * 17.6 * 20.4 * 19.0 * 14.1 1986 * 15.9 * 13.6 * 13.9 * 15.1 * 15.8 * 17.2 * 19.0 * 20.5 * 23.0 * 23.7 * 31.6 * 36.8 * 20.5 1987 * 32.0 * 24.3 * 20.5 * 19.4 * 18.9 * 14.7 * 15.7 * 18.8 * 18.8 * 19.8 * 19.3 * 14.7 * 19.7 1988 * 14.5 * 12.8 * 12.7 * 14.5 * 12.9 * 13.6 * 16.3 * 17.6 * 26.5 * 26.4 * 28.6 * 29.6 * 18.8 1989 * 17.5 * 17.7 * 20.7 * 22.9 * 25.8 * 33.6 * 25.0 * 29.0 * 23.4 * 18.7 * 20.5 * 21.3 * 23.0 1990 * 25.0 * 22.0 * 23.0 * 21.2 * 21.9 * 27.8 * 26.4 * 29.0 * 36.1 * 28.1 * 20.0 * 16.0 * 24.7 1991 * 16.1 * 18.4 * 18.7 * 18.2 * 17.6 * 17.4 * 21.1 * 24.0 * 23.8 * 24.1 * 23.4 * 18.4 * 20.1 1992 * 17.8 * 17.4 * 15.9 * 17.5 * 18.2 * 16.6 * 17.3 * 19.0 * 20.0 * 19.9 * 17.5 * 20.3 * 18.1 1993 * 20.8 * 19.4 * 19.7 * 20.4 * 19.0 * 18.0 * 20.4 * 23.5 * 23.1 * 22.4 * 21.3 * 22.3 * 20.9 1994 * 20.1 * 19.6 * 20.8 * 19.6 * 18.3 * 23.2 * 23.7 * 26.5 * 29.1 * 37.4 * 38.8 * 35.4 * 26.0 1995 * 30.8 * 30.9 * 27.2 * 25.7 * 24.9 * 23.3 * 26.2 * 25.9 * 25.2 * 26.1 * 25.7 * 22.4 * 26.2 1996 * 22.1 * 22.3 * 22.0 * 22.0 * 21.2 * 21.4 * 23.4 * 24.2 * 24.0 * 24.8 * 23.0 * 23.1 * 22.8 1997 * 23.1 * 24.1 * 24.2 * 24.7 * 24.1 * 24.1 * 24.9 * 24.6 * 24.1 * 25.2 * 24.8 * 25.0 * 24.4 Média * 20.4 * 19.3 * 18.7 * 18.9 * 18.7 * 19.1 * 20.3 * 22.0 * 23.6 * 23.9 * 23.7 * 22.4 * 20.9 Plan1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Anos US$/@ Boi Gordo - São Paulo Plan2 Plan3 Plan4 Plan5 Plan6 Plan7 Plan8 Plan9 Plan10 Plan11 Plan12 Plan13 Plan14 Plan15 Plan16 _958580396.bin _958518058.xls
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