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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - UFLA
FUNDAÇÃO DE APOIO AO ENSINO E EXTENSÃO - FAEPE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"
DISCIPLINA DE METOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
Questão 2. "O ensino superior no Brasil mantém-se como tendência fechado em si mesmo, burocratizado e conservador (alienado) da realidade".
Estas características do ensino superior no Brasil, pode ser explicada pela sua própria estrutura educacional onde suas raízes estão intrínsecas no seio da organização social. Por muito tempo a educação no Brasil, foi vista como algo desnecessário, o que fez muita gente pensar que o desenvolvimento poderia muito bem acontecer sem investir nesse processo, contribuindo para que a elitização do conhecimento acontecesse no momento em que o acesso aos cursos superiores fosse privilégio de uma pequena parcela da sociedade.
Fazendo uma leve abordagem do ensino no Brasil desde o período colonial, veremos como a afirmação acima é verdadeira. 
No período colonial a educação era basicamente jesuítica; O interesse principal era de catequizar os nativos aqui encontrados, que dificultavam o acesso dos colonizadores ao continente. Passando dessa época o ensino acontecia ainda na ordem eclesiástica, quando não os pais pagavam professores para que fosse ensinar os filhos em casa, isso para aqueles que não iam para a Europa, principalmente para a Universidade de Coimbra, de onde viam letrados.
Com a vinda da Família Real para o Brasil, algumas modificações podem ser observadas, mas o ensino continuou com as mesmas características do período colonial; Enfim nascia o ensino superior, mas com propósitos bem definidos, o ensino era exclusivo, para uma elite aristocrática, e nobres que compunham a corte real.
A independência do país acontece, mas os padrões continuam os mesmos, ensino superior só para a elite que estavam administrando o país: a aristocracia rural, senhores de engenho e os letrados que participavam do governo, nesse período se destaca o curso de direito.
Atravessa-se o Império, finda-se a República e a educação continua com seu caráter elitista. Algumas mudanças insignificantes ocorreram, mas no diz respeito a alfabetização e incentivo do ensino médio, para a formação de um ensino superior que atendesse todas as classes sociais era quase impossível de acontecer. Podemos notar aí a descentralização do ensino, passando algumas responsabilidades aos estados e para com o ensino primário e profissional. 
Quanto ao ensino superior continuaria nas mãos da União que controlava de forma classificatória.
Ao iniciar o século xx, muitas mudanças sociais, políticas e econômicas, contribuíram para que houvesse uma restruturação do ensino educacional no país.
Com o desenvolvimento capitalista, os centros urbanos passaram a receber um grande número de trabalhadores rurais, que buscavam emprego nas fábricas e indústrias. Surge ai um outro fenômeno, o processo imigratório que já vinha ocorrendo desde o fim do tráfico negreiro, que passou a intensificar . Com todos esses acontecimentos, a primeira metade do século passado houve a formação da classe operária e crescimento da classe média, que começou a ver na formação de seus filhos "um meio de ascensão política e social".
No que diz respeito a educação, quase nada foi modificado, muitas reformas aconteceram, mas como diz "Otaíza" essas reformas porém não passaram de tentativas frustadas e mesmo quando aplicadas, representavam o pensamento isolado e desordenado dos comandos políticos, o que estava muito longe de poder comparar-se a uma política nacional de educação.
As mudanças sociais, e econômicas, e notada principalmente, no que se refere ao crescimento do consumo interno, que favorece a economia do país. As reuniões, os bailes enriquece a vida noturna dos grandes centros, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre... .
Com o crescimento demográfico, a demanda escolar aumenta no mesmo nível, e o medo de que uma classe perigosa prejudicasse a estrutura política, então vigente; faz com que o acesso ao ensino superior, fosse cada vez mais dificultado. Pois um país de analfabetos sem instrução é mais fácil de dominar.
As duas primeiras décadas da segunda metade do século passado, o país está passando por um processo agitado de greves operárias em quase todo o país. O governo não utilizava métodos tão repressivos e até atendia algumas reivindicações. O golpe de Estado fez o Brasil fechar, durante mais de 25 anos de repressão política e social. O que levaram nossas elites pensantes a se preocuparem com o processo democrático da época. Com isso qualquer idéia de inovação social, eram barrados, perseguições a ativistas de esquerda, sufocamento e censura a qualquer movimento de idéias liberais, deflagradas pelo A.I.5 ( Ato Inconstitucional n.º 5 ); o negócio era manter o regime e crescer a economia a qualquer preço. O ensino então deste período é o mais prejudicado e era controlada para enaltecer o governo e seus métodos autoritários de conduzir a sociedade.
Neste período marca a implantação de várias indústrias no país e entrada de capital estrangeiro, que não foi investido quase nada na educação. "O sistema educacional brasileiro compartilhou a mediocridade de quase todos os vizinhos nos anos 70. Mas nossa economia explodiu". 
Isso demonstra que o crescimento econômico, não significou uma política democratizante do ensino superior ou de qualificação do ensino em geral. A democratização do ensino superior foi ocorrer muito tempo depois, quando o governo percebeu que deveria, a conjuntura mundial exigia novos rumos do ensino. Ocorreram mudanças a nível quantitativo, mas o que diz respeito a nível qualitativo fica a desejar. 
Nas últimas décadas a deterioração da qualidade dos cursos de formação do magistério chegou a níveis alarmantes. A política de expansão quantitativa especialmente do ensino superior, que em princípio representaria uma maior abertura de oportunidades, se fez pelo favorecimento da iniciativa particular, sem qualquer ordenação e controle da parte do poder público. As licenciaturas curtas e plenas proliferam em escolas péssimas instaladas sem mínimo de infraestrutura para realização de estágios, com turmas enormes que reúnem licenciados de todas as áreas em condições improvisadas sob todos os aspectos. 
Isto mostra que as "boas intenções" existem, mas não resolve a problema num todo, claro que a intenção não seria esta mesmo. Democratização do ensino fundamental, e médio, acesso a cursos superiores, até que aconteceram, mas sem atender as nossas exigências que se tem hoje a qualidade.
O grau superior pouco melhorou, e a pós-graduação; a jóia da coroa; viveu um longo jejum de reformas, embora continue sadia . Há uma herança de governabilidade truncada e irracional, difícil de eliminar. 
Seria difícil não concordar com a afirmação acima, já que a informação não pode passar desapercebido a ninguém, principalmente hoje em que os meios de comunicação e a informatização no mundo, o que esta se evidenciando é que existe duas saídas: O governo se molde aos novos padrões globais de qualidade, ou continuaram atrofiados numa estrutura subdesenvolvida, que mais busca inovações. 
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CASTRO, Cláudio de Moura . A Educação é o Combustível do Crescimento no Brasil . REVISTA VEJA ESPECIAL - 100 FATOS QUE MARCARAM O ANO 2000 . São Paulo: Abril Cultural, Número especial, p. 196-100, dez. 2000.
GHIRALDELLI Júnior, Paulo . História da Educação . 2ª ed. ver.- (Coleção magistério. 2º grau . Série formação do professor) - São Paulo : Cortez, 1994.
MELLO, Guiomar Nano de . Magistério de 1º Grau : Da competência técnica ao compromisso político . 10ª ed. São Paulo : Cortez, 1993.
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira . História da Educação na Brasil. 9ª ed. Petrópolis - RJ : Vozes, 1987.
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