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Funções do Sangue no Corpo

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Sangue
O sistema cardiovascular tem como função principal permitir o transporte de substâncias entre os mais diversos espaços do corpo, essas substâncias são os gases, nutrientes, eletrólitos, hormônios, resíduos celulares, tudo que precisa sair de um espaço e ser transportado para o outro. Também irá ser importante para a regulação do pH e temperatura, já que no sangue tem algumas proteínas que fazem parte do sistema tampão (serve para equilibrar o pH), uma dessas proteínas vão ser a albumina e a hemoglobina (geralmente associada ao transporte de gases). Como o sangue é um tecido líquido, ele terá uma grande quantidade de água e o calor no corpo é transportado por água, por exemplo, em um dedo inflamado fica quente, pois 1º se inflama é pq necessita de uma grande circulação de sangue para trazer os leucócitos e defender aquele lugar que está aberto e 2º aquela grande circulação vai trazer grande temperatura e a temperatura elevada também bloqueia a proliferação de microrganismos, então a circulação de sangue transporta o calor e é esse calor que as vezes vai ser necessário ser expelido do corpo através do suor, quando se está com calor o fluxo de sangue está maior na pele e menor nos órgãos, quando se está com frio é ao contrario, o fluxo está menor na pele e maior nos órgãos. Para manter o aquecimento além de ter o fluxo sanguíneo nos órgãos temos os tremores musculares, que é para gerar ainda mais calor e, além disso, o sangue vai auxiliar também nos mecanismos de defesa, já que ele é uma via de transporte das células de defesa, os leucócitos. O sangue também vai possuir uma função que é de coagulação e para isso ela é dependente de uma célula (plaquetas), uma proteína (fibrinogênio) e um eletrólito (cálcio). O cálcio é muito importante para o corpo, por isso temos uma grande reserva dele no nosso corpo, ele fica nos ossos, quando é necessário os osteoclastos degradam a matriz óssea e lançam esse Ca na corrente sanguínea e além da coagulação ele também serve para sinapse, contração muscular, sem ele o coração não bombear sangue, pq o coração é um tecido muscular e apesar de ser um músculo diferente do esquelético ele também contrai e relaxa e toda essa função é necessário Ca. Essa circulação ele vai passar obrigatoriamente por 2 órgãos que é o pulmão e o coração, essa ligação de coração pulmão é chamada pequena circulação ou circulação pulmonar, quando o sangue passar no pulmão ocorre a transformação do sangue venoso em arterial, devido ao processo chamado de hematose, onde tem uma liberação de CO2 e absorção de O2, esse sangue arterial então através do coração é distribuído para todo os tecidos, órgãos, essa circulação de coração e tecidos é chamado de grande circulação ou circulação sistêmica. Essa circulação no coração vai ser caracterizada como uma circulação fechada dupla e completa, significando que é circulação fechada, onde a circulação é sempre contínua, circular, não parando nunca e ela transita dentro de um sistema de vasos (artérias, capilares e veias). Ela é dupla pq passa 2 vezes no coração, uma vez do lado esquerdo com sangue arterial e uma vez do lado direito com sangue venoso. Ela é completa pq ela sai do pulmão e retorna para o pulmão, que é onde ocorre o processo de hematose.
Quando o sangue arterial sai do coração que vai passando pelos tecidos, ele vai liberando o O2 e absorvendo o CO2, então quando ele chega nas veias, está com maior concentração de CO2, em que esse CO2 já vêm do próprio tecido pq durante a respiração celular é formado ATP e produz CO2.
O sangue é um tecido conjuntivo líquido, quando pesamos em tecido conjuntivo, qual é o mais lembrado? Pele, músculo, cartilagem. Mesmo a pele tem tecido conjuntivo para sustentar essa pele, tem-se noção que tecido conjuntivo é rígido, sólido, mas sangue também é de tecido conjuntivo só que com características de tecido líquido, é que no sangue não temos a quantidade de fibronectinas e colágeno que é encontrado no tecido conjuntivo, a maior parte da composição do sangue será de água e essa água acaba diluindo as proteínas que está na composição do sangue, portanto devido a isso e a baixa quantidade de matriz extracelular o sangue se mantem em estado líquido, que vai ser importante para manter a circulação. Apenas de ser líquido ele é mais viscoso do que a água e isso se dá devido a presença de albumina, que é uma proteína produzida pelo fígado e que também costuma ser muito consumida pelas pessoas que gostam de malhar, ocasionando em um grande problema, pois quando esse sangue fica muito grosso, sua circulação será pior e a pressão que ele irá fazer nas artérias será maior.
Quando o individuo que malha e consome albumina, ele está metabolizando albumina, mas se ele toma e por um determinado período para de malhar, a albumina não será utilizada, ficando concentrada no sangue, deixando ele mais viscoso e encontrando resistência para passar nos vasos e a pressão arterial sobe. Esse individuo ao voltar a malhar, numa intensidade do ponto onde ele parou, o corpo dele não aguentará aquela pressão e ele poderá ter um problema cardíaco. Tudo que o corpo produz e que por algum motivo passa a dar a ele de graça, ele tende a diminuir a produção própria pq ele não vai gastar energia para produzir uma coisa que vc está dando de graça, então a tendência dele é parar.
A albumina também será importante para manter a pressão osmótica de maneira equilibrada, ela que mantem a água em determinado recipiente, se a quantidade de albumina diminui, o sangue ficará menos viscoso e para equilibrar essa viscosidade, a água começa a passar do vaso sanguíneo para o tecido. Água em excesso nos tecidos causa edema, quem tem cirrose, hepatite, pode apresentar o abdômen globoso, as pernas inchadas, por conta dessa retenção de água, pq se o fígado não funciona, a produção de albumina será baixa.
Outra característica do sangue é que ele tem uma normalidade de temperatura de até 38°C, onde essa temperatura é um mecanismo de defesa pq ela neutraliza a proliferação de muitas bactérias que podem ser patogênicas para o corpo. Antitérmico só é necessário a partir de 38°C, mas também levando em consideração o estado patológico de cada paciente, por exemplo, se um paciente tem um limiar baixo para convulsão, se ele convulsiona a partir dos 38, não se deve esperar até chegar nessa temperatura.
O pH do sangue varia de 7,35 a 7,45, ele é basicamente neutro, mas qualquer deslize pode se tornar ácido ou básico (acidose e alcalose). Essa acidose ou alcalose pode se respiratória ou metabólica. O sangue representa 8% do corpo e existe em média 5 litros de sangue em um individuo, levando em consideração as diferenças de tamanho e peso. Esse sangue será dividido em 2 componentes, plasma (líquido) e células (sólido) que são os elementos figurados. O plasma será basicamente de água e dos eletrólitos, hormônios, proteínas, resíduos celulares que precisam circular no nosso corpo. As células serão plaquetas, leucócitos e hemácias.
Quando o sangue é tirado do vaso sanguíneo, a tendência dele é coagular pq ele perde o processo de circulação, as plaquetas se encontram com mais facilidade. Na realização de exames, para não coagular o sangue é utilizado diferentes anticoagulantes de acordo com a necessidade do tipo de exame. Quando não usa o anticoagulante as células ficam todas misturadas, quando utiliza ocorre a divisão das células. 
As agressões ao nosso corpo são as mais variadas possíveis e o tipo de defesa também precisa ser variado. Para ter defesa variável é necessário grupos específicos de células, então entre os leucócitos temos diferentes tipos celulares. Esses leucócitos são diferenciados a partir das características do núcleo.
Temos as hemácias que são células sem núcleo e na parte do plasma temos albumina, fibrinogênio, cálcio, plaquetas e algumas globulinas entre as mais importantes estão os anticorpos (defesa- linfócitos B), entre os gases encontrados estão o O2 e o CO2. O O2 que serão utilizados pelas células para respiração celular e produção de ATP, juntocom essa produção tem a produção de CO2, que precisa ser eliminado, através das vias respiratórias e essa via de eliminação de CO2 também auxilia na regulação do pH. Temos outros nutrientes orgânicos como, lipídeos (triglicerídeos, colesterol LDL-HDL), carboidratos, proteínas, esses elementos só serão ruins se estiverem fora dos valores de referência. 
Tudo no corpo que é nutriente que entra, será utilizado para alguma coisa, todo nutriente que é utilizado para a produção de algum material para o corpo é gerado um lixo celular. No caso do O2 quando entra é produzido ATP e junto com ele vêm o CO2, a proteína ao ser ingerida é metabolizada e gerada os corpos cetônicos. Então todo esse lixo que é produzido frente a utilização de um nutriente ele precisa ser excretado pelo sangue que é a via de transporte para esses resíduos até os órgãos de excreção. Pela composição do sangue se vê a importância dele se manter circulante dentro dos vasos sanguíneos, pq se não esses resíduos estariam em contato diretamente com as células, os tecidos, o que tornariam tóxico a esses tecidos, por isso que o sangue precisa está dentro do vaso sanguíneo, tanto que quando ele se rompe em pequena extensão, o corpo entra logo no processo de coagulação. 
Todas essas células que compõe o sangue (plaquetas, hemácias e leucócitos) precisam serem produzidas em algum lugar, elas não serão produzidas no próprio sangue e sim no tecido hematopoiético, que após o nosso nascimento é feito pela medula óssea, mas essas células sanguíneas já começam a ser produzidas desde o período fetal, lá no saco vitelínico tem um momento em que o fígado toma essa função de produção, o baço, os próprios linfonodos, mas a partir do 7º mês a medula óssea começa a produzir essas células sanguíneas, células sanguíneas que são produzidas a partir da medula óssea vermelha onde é encontrado as células-tronco pluripotentes, tem capacidade de se diferenciar em qualquer tipo celular, é tanto que quando uma pessoa precisa restituir a sua medula, pega-se uma medula de uma pessoa que está sã e coloca na pessoa que está doente, mas antes disso é preciso matar toda a medula doente a partir de uma quimioterapia, precisando que a pessoa fique isolada pq durante esse processo de matar a medula que está doente a pessoa irá deixar de produzir células de defesa, hemácias, plaquetas, então ela fica muito debilitada e a quimioterapia também mata outras células-tronco da base da unha, pelos, entre outras. 
O fato é que as células sanguíneas se originam da medula óssea a partir da medula óssea vermelha, que é sustentada por uma medula óssea amarela que é rica em tecido adiposo, esse tecido é necessário pq na medula óssea precisará de muita proliferação celular, essa proliferação gasta muita energia e para ter uma reserva caso falte O2 em algum momento, temos a medula óssea amarela rica em energia que é o lipídeo. 
As hemácias que constituem as células transportadoras de gases também terão outras utilidades, elas determinam nosso tipo sanguíneo, onde temos 3 tipos de sistemas. O sistema de tipagem sanguínea é o sistema ABO, que vão determinas os tipos sanguíneos A, B, AB e O. Para eles serem determinados é necessário conhecer a proteína que está na parede da hemácia, nela podemos ter 3 proteínas chamadas de aglutinogênio, elas serão a proteína tipo A, B e Rh. Quando a hemácia tem a proteína A, ou seja, o aglutinogênio A e ele em algumas situações é chamado de antígeno (corpo estranho), então quando essa proteína A chega em um corpo de uma pessoa que tem a proteína B, será uma proteína estranha e gerará uma resposta imune. 
A hemácia que tem a proteína A é do tipo A. 
A hemácia que tem a proteína B é do tipo B. 
A hemácia que tem a proteína AB é do tipo AB. 
A hemácia que não tem nenhuma proteína é do tipo O.
Toda a pessoa que tem a proteína A na parede da hemácia, no plasma vai ter um anticorpo contra a proteína que será considerada estranha.
Quem é do tipo A, o anticorpo será anti-B. (proteína estranha)
Quem é do tipo B, o anticorpo será anti-A (proteína estranha)
Quem é do tipo AB não terá anticorpo anti-A e nem anti-B (sem proteína estranha)
Quem é do tipo O, terá anticorpo anti-A e anti-B (para ele qualquer uma das proteínas será considerada anticorpo estranho). 
Quando vamos doar sangue é preciso verificar qual é a hemácia que se está doando e qual é o anticorpo que existe no sangue que está recebendo, pq o que não pode ser permitido é que menos hemácias encontre mais anticorpo. Ex: ao pegar o tipo B e colocar no tipo ‘A, está levando 500 hemácias para 5.000 anticorpos, esses 5.000 vão conseguir destruir as 500 hemácias que estão chegando. Para isso é necessário prestar atenção nas hemácias que estão sendo doadas para não reagir com os anticorpos que tem em quem está recebendo, pq a quantidade e anticorpo em quem está recebendo é muito maior em relação à quantidade de hemácias que está chegando. Tem que ter mais hemácia do que anticorpo.
Tipagem sanguínea 
Quando um anticorpo encontra o seu antígeno ele opsoniza, ocorre uma aglutinação fazendo com que as hemácias formem pequenos emaranhados. Quando uma pessoa quer saber qual o tipo sanguíneo é utilizado: 1 gota de soro anti-A (um anticorpo contra a proteína A) e 1 gota de soro anti-B (um anticorpo contra a proteína B). 
Se quando esse soro foi misturado na gota de sangue e houver aglutinação quer dizer que o anticorpo anti-A encontrou a proteína A. Quer dizer que na parede da hemácia não tinha proteína B, pq não houve a junção do anticorpo com a proteína. Se tem a proteína A e não tem a proteína B, ele é do tipo A.
Se o anticorpo encontrou a proteína B quer dizer que esse sangue nessa hemácia tem a proteína B. Se não tem a proteína A e tem a proteína B, ele é do tipo B.
Se houver aglutinação tanto em A como em B, ele é do tipo AB.
Se não houver aglutinação em nenhum, ele é do tipo O, pq o anticorpo não encontrou nem a proteína A nem B.
O sangue que será A, B, AB ou O também podem ser negativo ou positivo e isso vai ser determinado pela presença de uma proteína o antígeno D chamado de fator Rh. Ex: Uma pessoa que é do tipo A- tem na membrana a proteína A e o anticorpo anti-B
Se tem o tipo A na membrana, a proteína B na membrana e a proteína Rh na membrana, ela é AB+. Então a ausência do Rh que torna o sangue negativo e a presença do Rh torna o sangue positivo.
Quem é do tipo A tem anticorpo do tipo B pq o B será um corpo estranho, mas quem não tem o Rh não tem o anticorpo. Só produzimos anticorpo anti-Rh quando entramos em contato com o fator Rh ex: a pessoa é do tipo A- e no banco de sangue só tem A+, só que no tipo A+ tem a proteína A, mas tem também o fator Rh, que ao entrar em contato será um corpo estranho, aí a pessoa produzir anticorpo, passando a ter um anti-Rh. Na 1ª transfusão não tem problema nenhum pq a única coisa que vai acontecer é produzir o fator anti-Rh e para produzir esse anticorpo dura alguns dias pq anticorpo quem produz é o linfócito B e linfócito B é resposta imune adquirida, levando alguns dias para ser ativada. O perigo é se essa pessoa precisar de sangue novamente e tiver só o tipo A+, não irá adiantar pq o tipo A+ quando chegar vai ser destruído pelo anti-Rh. É isso que faz desenvolver uma doença chamada de eritroblastose fetal. 
Quando mãe é de qualquer tipo sanguíneo negativo, o pai é de qualquer tipo sanguíneo positivo e o bebê é positivo. Quando o bebê é positivo, ele está se desenvolvendo dentro da barriga da mãe, existe uma ligação muito próxima entre o bebê e a mãe principalmente por conta da placenta, qualquer deslocamento que acontece na placenta tem rompimento de sangue e com isso ocorre a mistura do sangue do bebê e da mãe, nessa mistura o sangue do bebê passa para a mãe, só que ele tem o fator Rh que na mãe será considerado corpo estranho e contra um corpo estranho é produzido um anti-Rh.
No 1º bebê se for no final da gestação ou na hora do nascimento não irá trazer problema nenhum, mas no 2º bebê que também é positivo, todos os anticorpos que a mãetiver vai passar para ele, inclusive o anti-Rh, quando o anti-Rh chegar no sangue do bebê vai encontrar as hemácias com o fator Rh e irá matar as hemácias do bebê, e ele não sobreviverá sem hemácias pq não terá transporte de O2.
‘’O problema se manifesta durante a gravidez de mulheres Rh negativo que estejam gerando um filho Rh positivo.
A Eritroblastose fetal, também conhecida como Doença hemolítica do recém-nascido é causada pela incompatibilidade sanguínea do Fator Rh entre o sangue materno e o sangue do bebê. O problema se manifesta durante a gravidez de mulheres Rh negativo que estejam gerando um filho Rh positivo. Para que isso aconteça, o pai da criança precisa necessariamente ter o Fator Rh positivo.
As hemácias do feto, que carregam o Fator Rh positivo desencadearão um processo no qual o organismo da mãe começará a produzir anticorpos. Estes anticorpos chegarão até a circulação do feto, destruindo as suas hemácias. É desta maneira que a Eritroblastose se origina, ela pode causar a morte do feto durante a gestação ou depois do nascimento. Outras consequências da doença podem ser deficiência mental, surdez, paralisia cerebral, icterícia e anemia. ’’
E se a mãe quiser engravidar de novo? No momento em que ela tem o contato com o sangue do 1º filho, depois do parto em até 72 hs a mãe toma um soro possuindo anticorpos que vai neutralizar o Rh, neutralizando o Rh o sistema imune não vai ficar sabendo da presença do Rh e com isso não produzirá anticorpo, se não produz o anti-Rh ela poderá gerar um 2º bebê tranquilamente. Por isso que os exames de pré-natal são importantes.
Ex: Se um homem for B-, ele não tem o fator Rh na parede da hemácia, ele só tem a proteína B, mas no banco de sangue só tinha B+ (com o fator Rh) ao receber esse sangue, ele vai começar a produzir anticorpo contra o fator Rh, então tanto homem quanto mulher pode produzir anticorpo anti-Rh, sendo na mulher mais perigoso por conta de uma gestação.
Coagulação
A coagulação é para impedir o processo de perda de volume, no entanto essa coagulação só deve acontecer em mecanismos, como a hemorragia onde se observam o rompimento do vaso sanguíneo. Para impedir que as plaquetas se aglomerem em vasos que estão íntegros são necessários algumas medidas, como a presença de anticoagulantes naturais e a secreção de algumas substâncias pelas células que compõe o endotélio. 
Lembrando que o vaso sanguíneo vai ser constituído por 3 tecidos: um tecido conjuntivo mais externamente que forma o arcabouço externo, uma parte muscular que é o músculo liso e uma camada de célula chamada de endotélio (é um epitélio simples com células pavimentosas), ele fica apoiado em uma camada de colágeno.
Essas células do endotélio integras, elas secretam 2 substâncias que impedem a adesão das plaquetas, são elas: a prostaciclina e o óxido nítrico.
A integridade do vaso mantem o sangue circulante pq o endotélio produz prostaciclina e óxido nítrico e impedem a adesão entre as plaquetas.
Quando o vaso se rompe ocorre uma desorganização da estrutura do vaso sanguíneo, a 1º desorganização é que o endotélio não está mais integro, parando de produzir prostaciclina e óxido nítrico, contribuindo para a adesão plaquetária, além disso, a exposição do colágeno ativa a chamada cascata de coagulação, ela é um conjunto enzimático que tem por finalidade formar uma rede de fibrina. 
Então quando o vaso sanguíneo é rompido a perda da integridade do endotélio faz com que a prostaciclina e o óxido nítrico deixe de ser produzido no local onde houve o rompimento vascular, ativando-se a adesão entre plaquetas, a adesão é favorecida pela transformação de ATP (adenosina trifosfato) em ADP (adenosina difosfato) fazendo com que se forme o tampão plaquetário, impedindo que o sangue continue escoando.
Esse tampão plaquetário é frágil e o fluxo sanguíneo pode tirar, então as plaquetas além de transformar ATP em ADP para aderir umas as outras também secretam uma substância chamada de cerotonina, que é vasoconstrictor fazendo com que ocorra uma vasoconstricção, diminuindo o fluxo sanguíneo, essa é uma ação local então a prostaciclina e o óxido nítrico deixam de serem produzidos apenas no local da lesão, a produção da cerotonina e a ação no vaso só acontece no local da lesão e é isso que mantem a coagulação sanguínea restrita ao local da lesão. É por isso que quando um individuo tem um coágulo, não faz com que o coágulo se estenda por todos os vasos sanguíneos pq do lado o endotélio está integro, continuando a produzir prostaciclina e o óxido nítrico impedindo que a coagulação se estenda para locais vizinhos.
Essas plaquetas são pavimentos celulares produzidas na medula óssea através de uma célula chamada de megacariócitos, para a célula quando está na medula sair e passar para a corrente sanguínea ela precisa atravessar uma camada de célula, essa célula que é muito grande, quando vai se espremendo nesse pequeno espaço, vai soltando fragmentos e são esses fragmentos celulares que constituem as plaquetas, dentro dessas plaquetas possuem diversos grânulos, onde estão reservados ATP e cerotonina, então quando ocorre a ativação da formação de um tampão plaquetário, quando é utilizado a plaqueta, ela vai usar ATP e a cerotonima, depois ela não vai servir novamente, pois é um fragmento e não tem núcleo para produzir mais cerotonina e nem tem mitocôndria para produzir mais ATP. Então quando as plaquetas são retiradas do coágulo, elas serão degradadas e novas plaquetas serão produzidas.
No vaso sanguíneo integro tem a estrutura vascular constituída por tecido conjuntivo, músculo liso, colágeno e endotélio. Esse endotélio é ativo na manutenção da circulação do sangue uma vez que ele produz prostaciclina e NO que impede a adesão plaquetária. Quando esse tecido é rompido ou quando apenas o endotélio é lesionado, um exemplo dessa lesão no endotélio é a arteriosclerose é a formação de um acumulo de gordura que forma tipo um coágulo, chamado de ateroma.
O LDL quando chega em alta concentração no endotélio, estando fora dos limites de normalidade, ele vai se acumulando entre o colágeno e a camada muscular, essa gordura quando se acumula causa uma lesão no endotélio, mas ela lesão não rompe o vaso sanguíneo, uma infecção no vaso, uma bactéria que está na circulação sanguínea e infecta o endotélio causa uma lesão, mas não rompe o vaso, então essa lesão no endotélio vai fazer com que seja perdida a produção de prostaciclina e NO, onde nessas situações mesmo sem o rompimento do vaso pode acontecer a adesão plaquetária, é por isso que algumas pessoas tem um infarto sem necessariamente ter muito acumulo de gordura, pq quando a gordura começa a se acumular lesiona o endotélio, ele para de produzir prostaciclina e NO e começa a ocorrer no local a adesão plaquetária que forma um coágulo, obstruindo o vaso e impedindo o fluxo sanguíneo. (não teve rompimento para poder coagular, só por conta de uma lesão no endotélio).
Quando tem a lesão apenas no endotélio ou por uma ação de algum microrganismo ou acumulo de gordura, o endotélio lesionado deixa de produzir prostaciclina e NO e expressa uma molécula chamada de fator tecidual, em que esse fator tecidual vai ativar uma cascata de enzimas que forma a cascata de coagulação.
Essa cascata de enzimas são 18 proteínas de coagulação, elas ficam em estado inativo, quando essa proteína encontra o fator tecidual, quando o endotélio foi lesionado e deixou de produzir P. e NO, essas proteínas passam de estado inativo para ativo e essa que passou a ser ativa vai transformar uma que estava inativa em ativa e assim sucessivamente, formando uma cascata. Se quebrar a cascata ela não continua e a coagulação não acontece, então para que tenha a ativação da cascada, necessita da expressão do fator tecidual, outra coisa que por fazer com que essa cascata seja ativada é a expressão do colágeno, mas ele só será expresso se tiver um rompimento do vaso. Todas as proteínas de coagulação estão inativa pq se elas tiverem ativadas o nosso sangue ficaria coagulando o tempo todo,proteína de coagulação, proteína do complemento (de defesa), todas elas encontradas no estado inativo. A transformação de inativo em ativo só acontece na presença do Cálcio, então além de expressar o colágeno, o fator tecidual, também é necessário a presença de Ca+ na corrente sanguínea.
As cascatas são vias independentes, cada uma acontece em uma situação diferente, mas elas possuem um caminho em comum, que acontece no final, onde tem a transformação a protrombima em trombina, a exposição do fator tecidual (via ext) e do colágeno (via int) que transforma uma cascata de enzimas inativas para ativas, tem o objetivo comum de transformar a protrombima em trombina, essa transformação na presença do Ca+ vai fazer com que o fibrinogênio se transforme em fibrina, só que fibrina são polímeros (linhas) e para construir uma rede de fibrina (coagulo) necessita do fator 8, que é a última enzima da cascata de coagulação, sem ele não existe rede e sem rede não existe coagulação.
Para a coagulação, tem que ter plaquetas para que ocorra a adesão, Ca+ para permitir a ativação, a transformação de uma proteína inativa em ativa e toda a cascata tem o objetivo final de fazer a rede de fibrina. 
Quando o vaso é rompido utiliza as 2 vias intrínseca e extrínseca, para ter certeza que a rede de fibrina 
vai ser produzida pq se uma das vias falharem, a outra vai dá funcional para produzir a rede.
Vai ser utilizado somente uma via quando ocorrer a formação da placa de gordura ou em uma infecção bacteriana na região do endotélio.
As 2 vias começam a ativar uma cascata de enzimas, mas que são enzimas diferentes, a via comum é a partir do envolvimento da protrombina em trombina.
Quando o sangue coagula, a rede quando é formada, o intuito dela é fazer com que o sangue pare de escoar, só que aquele coágulo não pode ficar para o resto da vida, então precisa reconstituir o vaso sanguíneo que foi rompido e essa rede que está presa em uma extremidade e em outra começa a contrair, é nessa contração que ela vai aproximando as bordas e o plasma que estava no meio do coagulo começa a sair, só que esse plasma está sem fibrinogênio, sendo chamado de soro. 
Ao fazer exame de sangue, onde tem plasma é pq uso no tubinho anticoagulante.
Quando tem soro não utilizou anticoagulante pq o sangue vai coagular e se coagulou usou fibrinogênio e plasma sem fibrinogênio é chamado de soro.
‘’Soro é a parte líquida clara que se separa do sangue depois que se forma o coágulo. Sua composição é exatamente a mesma do plasma (a parte líquida total do sangue), a não ser pelo fibrinogênio, substância que faz o sangue coagular-se. O soro contém substâncias como sal, proteínas, glicose e gorduras.’’
Impediu o derramamento de sangue e o vaso se reconstituiu, não podendo mais haver o coagulo no local pq se não iria atrapalhar o fluxo sanguíneo e quando estava na coagulação ele fez vasoconstricção, depois vasodilatação para o fluxo ser restabelecido, onde ele pode tirar o coagulo e o que era apenas um coágulo se transforma em uma embolia. Como todos os vasos não são do mesmo tamanho, quando chega no cérebro ele irá encontrar um vaso pequeno causando uma isquemia. Quando coagula para impedir a perda do sangue, depois que o vaso for reconstituído é preciso desconstruir, degradar esse coágulo e quem faz isso é uma proteína chamada de plasmina, ela vai descosturar a rede de fibrina e o coágulo será dissolvido na corrente sanguínea, as plaquetas são enviadas para o baço para ele degradar e ser eliminado. Essa ação da plasmina é chamada de fibrinólise.
Coagulação é a transformação do fibrinogênio em fibrina.
Coagulo é a rede de fibrina.
A desconstrução da rede é utilizada o processo de fibrinólise, que entra em ação a plasmina.
A plasmina (ativa) precisa de uma face inativa que é o plasminogênio.
Quem vai ativar a plasmina é tPA (que é ativador tecidual de plasminogênio) ou então a trombina. 
A trombina tem 2 papeis, quando o vaso sanguíneo está rompido ele transforma fibrinogênio em fibrina e quando o vaso reconstitui ele transforma plasminogênio em plasmina, vai degradar o coágulo e o fluxo sanguíneo volta ao normal.

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