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Contratos em geral George

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aula 1 – 30/08/2016.
Contratos em geral 
(art.421 – 480 c.c)
Contratos são espécies de negóciojurídico; há negócios jurídicos unilaterais (ex. oferta e aceitação), bilaterais (a grande maioria dos contratos) e também plurilaterais (u.g contrato de sociedade)
Assim a análise de um contrato pode ensejar o estudo e aplicação:
Das normas da parte geral referentes a negócios jurídicos (art. 104 ss. Cc) 
Das normas gerais referentes aos contratos (arts. 421 – 480 cc) 
 Das normas referentes ao tipo contratual especifico (p ex, para a compra e venda arts 481 ss cc ), 
As normas gerais referentes as obrigações (arts 233 – 420 cc)
Existem negócios jurídicos disciplinados na parte geral, no direito das obrigações nos direitos reais, no direito de família e no D. de sucessões
Falar de negócio jurídico implica falar em manifestações das partestendente a produção de efeitos jurídicos em principio queridos, desejados (manifestação de vontade, ou manifestação negocial), o que implica a questão da autonomia negocial, em seus diversos (e nem sempre presentes) aspectos 
Com quem contratar; 2- celebrar ou não o contrato, 3- que tipo contratual celebrar, 4- qual o conteúdo (as cláusulas) deste contrato, 5- qual o objeto deste contrato. 
A autonomia negocial (para o que nos interessa, a liberdade de contratar) não é plena, sofre uma serie de limites, mas algo dela precisa remanescer para que se cogite de negociação jurídico 
aula 2 – 04/08/2016
Ontem vimos algumas noções gerais sobre os negócios jurídicos, entre estes os contratos. Hoje passamos a estudar a formação dos contratos de acordo com o modelo do código civil.
Como vimos, quanto ao número de partes negócios podem ser uni, ou bi, ou plurilaterais, lembre-se que o conceito de parte é distinto do de pessoa. À parte, no contrato, é um determinado centro de interesses(isto é, um determinado conjunto de posições jurídicas ativas e passivas), de maneira que uma mesma parte pode ser composta por mais de uma pessoa. Exemplo: 3 irmãos, coproprietários de um terreno, vendem o imóvel a um casal. Temos aqui duas partes (ou polos) como em toda compra e venda, o polo vendedor (com três pessoas) e o polo comprador (com duas)
Os contratos (tratamos aqui, sobretudo dos contratos bilaterais) se formam a partir de dois negócios unilaterais, a oferta e a aceitação
Atenção: genericamente (plano da existência, da formação)todo contrato é pelo menos, bilateral, isto é, tem duas partes. Pode haver contratos plurilaterais (com três ou mais partes) aqui estamos nos referindo a este sentido, próprio do plano da existência, para distinguir os contratos bilaterais (2 partes apenas) dos plurilaterais (três ou mais) 
Contrato (bi, ou plurilateral) supõe consenso 
Sendo duas as partes, serão necessárias, para a formação (surgimento) de um contrato, duas declarações negociais (ou seja, dois negócios jurídicos unilaterais), congruentes e convergentes, para a formação do contrato. Estas declarações (estes negócios jurídicos unilaterais) são a oferta e a aceitação 
A oferta deve conter todos os elementos essenciais para a formação do contrato (o art. 429 cc, que trata de oferta ao público, expressa bem isto). Assim, no caso da compra e venda a oferta deverá especificar, pelo menos, a coisa e o preço, embora as ofertas possam ser muito mais complexas, apresentando muitas outras disposições (pensem por exemplo, nos formulários padrão de contratos de seguro, financiamento, planos de saúde, entre outros).
Por sua vez, a aceitação deve respeitar todos os termos da oferta. “a aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta “( art. 431 cc)
Notem que “proposta e oferta “são sinônimos). 
Assim, a oferta pode partir de qualquer das partes interessadas (o potencial vendedor ou potencial comprador),estas partes, formulando ofertas e contra- ofertas, podem assumir sucessivamente a posição de ofertante (ou oferente, ou promitente), até que a outra parte aceita, concluindo o contrato (ou até que a negociação falhe, encerrando-se)
aula 3 – 10/08/2016
Segundo o art. 427 cc , a oferta (também chamada proposta) “obriga o proponente se o contrárionão resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstancias do caso”.
“A proposta também é chamada de policitação, se dá quando uma parte propõe a outra uma oferta para contratar, sendo que, quem propõe é chamado de proponente, ofertante ou policitante. A proposta deve ser séria, concreta, pois assim a proposta obriga o proponente, impedindo que se volte atrás, ressalvada as exceções”
Observe que a proposta em regra obriga o proponente, porém teremos algumas exceções: - se a não obrigatoriedade resultar dos termos dela mesmo – ocorre nos casos em que a própria proposta estipula a possibilidade de retratar-se ou arrepender-se de concluir o negócio. No CDC, não existe esta possibilidade.
Tecnicamente, a oferta não obriga (pois dela não surgem direitos e deveres). Ela vincula o proponente (ressalvadas as exceções do art. 427), isto é, cria um poder para o destinatário da oferta, que é o poder de (querendo) aceitar, concluindo assim o contrato. 
Aceitação, portanto, constitui o exercício do poder surgido com a oferta, provocando a formação do contrato.
Qual é a eficácia desta oferta? O art. 427 cc. Diz que a oferta “obriga” quem a faz, mas esta redação não é técnica. 
Quem fala em “dever” ou “obrigação” afirma a existência de uma prestação, uma conduta devida por alguém, e a oferta não cria, como eficácia principal, nenhum dever de conduta para o ofertante. 
O que a oferta cria (sua eficácia) é um poder para o destinatário da oferta e (correlatamente a este poder), uma sujeição para o próprio ofertante lembre-se aqui que, para cada posição jurídica ativa (no caso, o poder), existe uma correlata posição jurídica passiva (no caso, a sujeição) 
Quem tem um poder (também chamado direito potestativo ou formativo) pode modificar, por ato próprio, a esfera jurídica de outra pessoa, independentemente de qualquer ato (e mesmo contra a vontade) desta. 
Daí se dizer que o poder não supõe nenhuma prestação pelo respectivo sujeito passivo, já que não necessita de qualquer conduta deste. 
O destinatário da oferta está nesta situação; é titular de um poder. Se exercer este poder, pela aceitação, modificará (além da própria esfera jurídica do ofertante, provocando a conclusão do contrato) e o estabelecimento da respectiva relação jurídica contratual independente de qualquer ato do ofertante.
aula 4- 11/08/016
Como vimos, o art 427 cc estabelece que a oferta vincula o proponente (ou ofertante) “ se ao contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstancias do caso. Assim, no sistema do cc, um anuncio com a clausula “não valecomo proposta “ não constitui oferta no sentido jurídico do termo, não enseja o surgimento daquele poder e consequentemente não permite a formação de qualquer contrato.
É comum, também que a própria oferta contenha clausulas que limitam sua eficácia (p ex “ofertas validas enquanto durarem nossos estoques”.
Na aula de hoje, analisaremos a eficácia da oferta e da aceitação em face da eventual fixação de prazo ou da presença ou ausência dos contratantes.
É fundamental distinguir, aqui a contratação feita entre presentes ou entre ausentes. 
Pessoas presentes são aquelas que mantêm contato direto, simultâneo, uma com a outra. Exemplo: pessoalmente, telefone, chat, MSN e outros. Pessoas ausentes são as pessoas que não mantêm um contato direto, instantâneo uma com a outra. Exemplo: cartas, e-mail, telegrama e outros.
Por contratação entre presentes devemos entender todas aquelas e que haja imediatidade da comunicação (pessoal, ou por telefones “chats” ou similares; não é, em princípio, o caso do (e-mail). Assim: 
- I- se feita sem prazo à pessoa presente, e não foi imediatamente aceita, neste caso tanto a resposta quanto a aceitação deve ser imediata pelo fato de estarem as pessoas presentes. –
II - prazo pessoa ausente, decorridotempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente. O tempo suficiente deve ser avaliado pelo juiz se preciso, levando em conta o princípio da razoabilidade. –
III - feita a pessoa ausente e não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado. A expedição da resposta deverá ocorrer dentro do prazo dado, caso contrário, o proponente não terá mais obrigatoriedade com a proposta. –
IV – se antes ou junto da proposta, chegar a retratação do proponente para o oblato. Então a proposta deixa de ser obrigatória. 
Se a oferta é feita sem prazo a pessoa presente, sua eficácia se exaure (isto é a oferta deixa de ser vinculante) se não for imediatamente aceita (art. 428,I). Se feita com prazo, permite a aceitação posterior, com a conclusão do contrato entre ausentes;
Se a oferta entre ausentes, e sem prazo, ela deixa de ser vinculante se “tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente “art. 428,II) .O c.c adota, aqui,a teoria da recepção. 
TEORIA DARECEPÇÃO = Significa que a realização do contrato por correspondência se dá no momento em que a aceitação é chega ao conhecimento do proponente.
notem, basta a recepção (e por consequência, a possibilidade de conhecimento da resposta), não sendo necessário o efetivo conhecimento da mesma;
Quando a oferta é feita entre ausentes e com prazo, entende-se que este prazo é dado para a expedição da resposta (cf art. 428,III e 434, caput)
salvo se o prazo for (expressamente) fixado para recepção da resposta (art. 434, III) ou se “o proponente se houver comprometido a esperar a resposta” (art. 434,II).
 aula 05 – 17/08/2016
Esta regra é repetida, de maneira ainda mais clara, pelo art. 434 caput do cc.
Todavia, a regra do art. 428, III (e 434 caput) é dispositiva, ou seja, pode ser afastada pela vontade do ofertante.
Assim o ofertante pode estabelecer que o prazo convencionado é para a recepção (não para a mera emissão) da resposta (art. 434 III,cc), ou ainda o ofertante pode se vincular a aguardar a resposta (art. 434 II,cc).
A formação do contrato pode se frustrar seja porque a oferta foi recusada; seja porque a eficácia da oferta se extinguiu (caso de decadência, já que se trata da extinção de um poder), caso em que a aceitação (tardia) já não será mais eficaz (e o contrato não se concluirá); seja por fim, se sobreveio revogação da oferta (art. 428, IV)
Ou da aceitação (art. 433), nos termos admitidos pela lei.
Atenção: se a hipótese é de oferta ao público, a revogação só é possível se expressamente prevista na oferta e se divulgada a revogação pelas mesmas vias utilizadas para a comunicação da oferta ao público, a revogação só é possível se expressamente prevista na oferta e se divulgada a revogação pelas mesmas vias utilizadas para a comunicação da oferta (art. 429, par. Um, cc).
No mais, a oferta somente pode ser eficazmente revogada se a revogação chegar ao conhecimento do destinatário antes da própria oferta ou, no máximo, junto com esta (art. 428, IV,cc).
Se a revogação da oferta chegar posteriormente, a revogação será ineficaz, ou seja, o proponente continua vinculado (isto é, sujeito) a formação do contrato.
A regra para a revogação da aceitação art. 433) é semelhante, ou seja, “considera-se inexistente a aceitação se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante”.
aula 6 – 18/08/2016
A função social é um norte, uma diretriz para o exercício da liberdade contratual.
A função social do contrato se resume a limitação contratual em que as partes devem observar as normas gerais de direito, as normas morais e éticas da sociedade, bem como os interesses coletivos e sociais, traduzido no bem comum. Sinteticamente, o contrato deve cumprir sua função social que dele se espera.
A causa do contrato (ou função social do contrato) era tradicionalmente como a função socialmente típica que cada contrato deve desempenhar. Assim, por exemplo, a função de associação, entre outras.
Esta visão está correta, mas ainda é incompleta. Isto porque, para analisar a causa concreta de determinado contrato, mas também os resultados perseguidos naquele caso concreto (a chamada economia concreta do negócio), identificáveis a partir do próprio conteúdo do contrato 
aula 7 – 24/08/2016
Exemplo: vários contratos diferentes realizam a função escambo (entendida aqui num sentido amplíssimo, de troca de um bem por outro – não necessariamente bens corpóreos tais como a compra e venda, a troca, a locação, o contrato de trabalho, ou de prestação de serviços o leasing, entre outros. Aliás, o leasing constitui um excelente exemplo de um contrato inicialmente atípico, com função de escambo.
Já outros contratos, como a agencia e a distribuição, além de realizar (ou pelo menos servir) a função escambo ( possibilitando ou facilitando o desenvolvimento das trocas comerciais) revelando também, uma importante função associativa, entendida aqui em sentido amplíssimo, como conjugação de esforços para uma finalidade comum, sem envolver necessariamente, a constituição de uma sociedade como outros exemplos de contratos com função associativa, podemos citar, também (e além do contrato de sociedade), também os contratos de representação comercial e “joint venture” existem ainda outras funções, como a de garantia 
Qual a importância da função social? Como vimos ela é uma diretriz para o exercício da própria liberdade contratual (art. 421 cc).
Isto faz com que a função social tenha ou (deva ter) um papel de controle seja do próprio conteúdo contratual (que não pode ser elaborado de maneira a frustrar as finalidades a que se destina), seja, ainda, na execução do contrato. A função social é, inclusive, um parâmetro para a concretização e aplicação de boa-fé objetiva(art. 422 cc).
Por mais que a tutela da função social do contrato se deva ao legislador (pensem, por exemplo, nas leis relativas a planos de saúde, locação de imóveis urbanos, entre outras). A jurisprudência também desempenha (ou pelo menos deve desempenhar) um papel de tutela da função social do contrato.
aula 8 -25/08/2016
Na aula passada tratamos da importância da função social do contrato mencionando como um importante exemplo de sua aplicação o adimplemento substancial (substancial performance) figura não prevista em lei (mas decorrente de construção doutrinaria e jurisprudencial) que exerce um importante papel na manutenção de sinalagma contratual (e, portanto, na manutenção de função escambo).
Imaginem a seguinte situação: um bem (p ex. casa, carro) é adquirido a prestações, a maior parte das quais (85 a 90%, para ficarmos em casos menos controversos) adimpla.
Por alguma razão (mudança de situação financeira), o adquirente deixa de adimplir algumas prestações.
Surgem aqui, em princípio duas alternativas para o alienante: pode cobrar as parcelas devidas com seus consectários (juros de mora, multa moratória se houver) ou pode resolver o contrato. Pode mesmo ocorrer que o contrato tenha uma clausula resolutória expressa (figura prevista pelo CC), estabelecendo que o inadimplemento de “X” prestações implique na resolução de pleno direito, do contrato. 
A resolução do contrato é aqui a alternativa mais desfavorável ao adquirente, que perdera não só a posse do bem, como uma parte (muitas vezes significativa) dos valores pagos por conta do uso e depreciação do bem, além de multa contratual (usualmente prevista)
A jurisprudência,portanto, em casos semelhantes, tem rejeitado a ação de resolução (“rescisão”) contratual, por contraria a boa-fé(como veremos a seguir) e também a função social do contrato.
Com isto, ajurisprudência procura tutelar, manter um escambo já essencialmente, realizado, mantendo assim a função (finalidade) do contrato.
Notem: dois contratos semelhantes com clausulas semelhantes, podem ensejar soluções distintas num caso e noutro, conforme tenha ou não havido o adimplemento substancial. A consideração a função social do contrato, ou da boa-féobjetiva, não se faz apenas a partir da letra da lei ou do contrato, devedevolver, também as circunstancias de cada caso concreto 
aula 9 – 31/08/2016
Na aula passada, estudamos a causa (função social) do contrato. Passamos, agora ao estado da boa fé contratual (art. 422cc).
 A boa-fé subjetiva
A boa-fé subjetiva é também conhecida como boa-fé crença, isto porque, diz respeito a substâncias psicológicas internas do agente
A boa – fé Objetiva
A boa-fé objetiva se apresenta como um princípio geral que estabelece um roteiro a ser seguido nos negócios jurídicos, incluindo normas de condutas que devem ser seguidas pelas partes, ou, por outro lado, restringindo o exercício de direitos subjetivos, ou, ainda, como um modo hermenêutico das declarações de vontades das partes de um negócio, em cada caso concreto.
Em matéria contratual (ou, mais amplamente, obrigacional), considera-se a chamada boa fe objetiva, isto é um conjunto de padrões de conduta que se deve verificar desde a fase de tratativas preliminares (negociação do contrato), passando pela conclusão do contrato pela fase de execução do contrato, pela fase de execução das prestações contratuais, podendo se prorrogar, mesmo, para a fase pós – contratual (ex, um recall de veículos por conta de peças defeituosas)
Estes padrões de conduta são determinados, também, a partir da função social do contrato (justamente, para que o contrato possa atingir adequadamente as finalidades a que se destina) refletindo se assim numa série de deveres de informação, cautela (com a outra parte ou mesmo com terceiros que com ela se relacionem entre outros. 
A boa fé, portanto, não e apenas um fator de interpretação, mas também um fator de integração do contrato servindo de fundamento para deveres de conduta não expressos nem no contrato nem na lei 
Este ponto importante: normalmente as relações jurídicas contratuais (para o que nos interessa)
 Não se exaurem apenas, nas prestações principais (p ex, pagamento do preço e transferência do bem, na compra e venda). Há outros deveres (e correspectivosdireitos), laterais ou secundários como os deveres de garantia ou assistência técnica, ou mesmo deveres de informação e cautela, decorrentes da boa-fé.
Note-se que diversos destes deveres podem estar regulados no contrato. Outros ainda, previstos nas leis (p ex, os diversos deveres fixados pelo cdc para os fornecedores) mas integrando, de todo modo a relação contratual. Outros por fim podem não estar previstos (expressamente) nem na lei nem no contrato, mas decorrer diretamente da boa-fé a isto se chama relação contratual em sentido amplo 
Importante notar ainda que diversos mecanismos de tutela contratual têm sido estendidos não apenas ao contratante, mas também a terceiros, que não tornaram parte na celebração do contrato, mas estão em relação (fática ou jurídica) com o contratante podendo sofrer efeitos daquele contrato. São os chamados by-standers, tutelados de maneira bastante importante pelo CDC. 
Portanto, os bystanders são aqueles que até determinado momento eram apenas considerados espectadores e passam à condição de consumidores equiparados quando são vítimas de um acidente de consumo.
Neste sentido, também podemos tratar de relação contratual em sentido amplo, pela extensão de efeitos (ou tutelas) tipicamente contratuais a não contratantes (os quais teriam de outro modo apenas as ações de responsabilidade extracontratual.
aula 10 – 
Até agora tratamos do papel de boa-fé na criação de posições jurídicas (notadamente, os deveres laterais, como os deveres de informação, de segurança, de cautela, entre outros).
Todavia a boa-fé serve também como um critério para o exercício, ou a eficácia, de posições jurídicas já existentes.
No Brasil, o abuso de direito, além de constituir violação a boa-fé contratual, configura expressamente, ato ilícito, nos termos do artigo 187 e artigo 188, I, CC. 
A teor do artigo 187, comete ato ilícito aquele que, ao exercer um direito, “excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social (função social), pela boa-fé ou pelos bons costumes.
No mesmo sentido, o artigo 188, I dispõe que não constituem atos ilícitos os praticados no exercício regular de um direito reconhecido.
Voltemos ao exemplo de adimplemento substancial. O código prevê a possibilidade de resolução por inadimplemento, e pode mesmo ocorrer que o contrato contenha cláusula prevendo a resolução de pleno direito (automática) do contrato em caso de inadimplemento.
Todavia em casos de adimplemento substancial, é abusivo mover uma demanda de resolução contratual. Em casos semelhantes, em verdade deve-se entender que não surgiu a ação de resolução contratual, mas esta ação de cobrança dos valores devidos.
E, no caso de clausula prevendo a resolução de pleno direito (sem necessidade de ação), e deve-se entender, igualmente, que tal cláusula, no caso concreto, é ineficaz, não ensejando a resolução do contrato.
Terminamos boa fé na quinta-feira
aula 11 – 08/09/2016
Na aula passada, prosseguindo no estudo da boa-fé contratual, tratamos do abuso de direito (arts 187 e 188, I, cc). Hoje encerrando esta matéria, trataremos de algumas figuras particulares decorrentes do da boa fé:
Venire contra factum proprum: trata-se aqui da proibição do comportamento contraditório. Um dos casos mais famosos, no direito brasileiro foi o RESP 141,879 em que um município, havendo alienado diversos lotes, pretendeu depois anular os respectivos contratos, ao fundamento de que o loteamento não estava regularizado
A ação foi julgada improcedente entendendo a corte que o município tinha obrigação de tomar as medidas necessárias a regularização do loteamento. No campo processual pensem na preclusao logica e ( em alguns casos) na inversão tumultuaria do processo, 
 supressivo e surrecto: consistem na perda (supressão) ou, ao revés, no surgimento de alguma posição jurídica por conta do comportamento reiterado de uma parte, aceito (mesmo que tacitamente) pela outra parte. Exemplo: um contrato pode prever a entrega de fertilizantes diretamente na fazenda, mas se os produtos são reiteradamente entregues no escritório que o produtor mantem na cidade, a reiteração deste comportamento, sem oposição do credor, pode provocar a supressivo de seu direito de exigir que a entrega seja feita na fazenda. Ver art. 330 cc; 
Tu quoque (“você também”): quem houver descumprido determinada norma não poderá, em princípio, exigir o cumprimento da norma que descumprido que. Pensem aqui, na exceptio non adimpleti contratus;
Nemo auditir propriam turpitudinem allegans” (ou censetur) a ninguém é licito beneficiar-se da própria torpeza 
Uma violação a direito não pode aproveitar ao próprio violador. Principio elaborado já em tempos romanos
Pensem no sistema de nulidades do Direito do trabalho, ou do c.d.c
aula 12 – 14/09/2016
Na aula passada terminamos a matéria deboa-fé.Hoje estudaremos o (arts. 436-438) e a promessa de fato de terceiro (arts. 439-440).
O contrato de terceiro é figura existente desde o Direito Romano. É possível celebrar contratos com prestação (ou prestações) em favor de uma terceira pessoa, isto é, em favor de alguém que não é parte no contrato, não participando da respectiva celebração 
Este contrato pode ter causa gratuita ou onerosa, isto é, o estipulante (aquele que pretende contratar a favor de terceiro) tanto pode requerer praticar uma liberdade para o terceiro, como pode pretender solver uma obrigação que tenha para com este terceiro, não desejando ou não podendo cumprir, diretamente, sua prestação (a hipótese, aqui, é de prestação não personalíssima).
O estipulante pode inclusive, ao celebrar o contrato, reservar-se o direito de modifica-lo indicando outro terceiro beneficiário, independente do consentimento (o art. 438 cc diz “anuência”) do terceiro anteriormente designado ou do outro contratante (art. 438 cc), um poder mais frequente nos contratos com causa onerosa 
A grande questão, nos contratos a favor de terceiro, é saber quem pode exigir o cumprimento da prestação. O estipulante (isto é, aquele que contratou)sempre pode (cf. 436 cc). E o terceiro?
De acordo com o art. 436 parágrafos único o terceiro também pode exigi-la (nos termos previstos no contrato). Se anuir ao negócio, e o estipulante não o modificar nos termos do art. 438 substituindo o terceiro
aula 13- 21/09/2016
Na aula passada, começamos a ver o contrato em favor de terceiro, com destaque para quem pode exigir o cumprimento da obrigação.
O estipulante (isto é, aquele que celebra o contrato) sempre pode exigir o cumprimento da obrigação (cf. art. 436C.C); 
Se o contrato prever expressamente que a obrigação poderá ser exigida pelo terceiro, temos duas consequências importantes: o terceiro pode exigir o cumprimento e sua designação se torna irrevogável, não podendo ser modificada pelo estipulante (cf. art. 437C.C), e 
Se o contrato não for expresso, o terceiro também poderá exigir, desde que preste sua anuência aos termos do contrato (cf. art. 436, par, único) e o estipulante não o tenha equivocado nos termos do art. 438 (isto é, não tenha se reservado o poder de substituir o terceiro designado). 
Atenção a prerrogativa no art. 438 é um poder, não dependendo do consentimento (nem do assentimento) do outro contratante nem do terceiro originalmente designado, e pode ser exercida, em princípio até a execução da prestação pelo outro contratante.
Diversos autores (p. ex Venosa, CarlosRoberto Gonçalves) afirmam que, com a anuência (também chamado assentimento o beneficiário deixa de terceiro passando a ser parte no contrato 
Afirmação a meu ver, não revela a melhor técnica. O beneficiário não é e não será parte “no contrato”, mesmo com a anuência. Tecnicamente, ele será parte na relação jurídica que é eficácia do contrato. 
E aqui podemos ver, bem a diferença entre consentimento e assentimento 
Tecnicamente o consentimento é manifestação de vontade necessária a existência de determinado ato jurídico,enquanto o assentimento é manifestação necessária a validade ou (como no caso presente) a eficácia de determinado ato.
segundo bimestre-Aula 14- 19/10/2016
Vícios redibitórios (arts. 441-446 cc)
A – No sistema do cc, aplica-se a disciplina dos vícios redibitórios as coisas (moveis, ou imóveis) recebidas em virtude de contratos cumulativos (= onerosos, signalagmaticos), bem assim as “doações onerosas” (por exemplo: doação com encargo), cf. art. 441 cc.
O C.D.C refere-se também, expressamente, aos serviços (prestações de fazer);
B – Vícios redibitórios são aqueles vícios (normalmente ocultos) já existentes na coisa ao tempo de sua alienação; 
C –o art. 442 cc prevê duas ações (alternativas, não cumulativas) em decorrência do vicio redibitório: o adquirente pode devolver a coisa, redibindo (isto é, terminando) o contrato (esta é a actio redhibitoria); ou pode ficar com a coisa (mantendo, portanto, o contrato, mas exigindo abatimento no preço(esta é a actio quanti monois)
O CDC é expresso em facultar também, que se exija a reparação do bem 
D – a responsabilidade do alienante subsiste mesmo que o bem tenha perecido por conta do vicio redibitório, não sendo mais possível sua devolução (art. 444 cc) 
E – a responsabilidade do alienante não depende de culpa, embora possa ser agravada pela culpa
Se o alienante tinha ciência do vício, além de devolver o valor da coisa, e ressarcir as despesas do contrato (na ação redibitória),pagará perdas e danos (art. 443) 
Atenção o sistema do CDC é diferente não exigindo o conhecimento do vicio para responsabilizar o alienante por perdas e danos
F - como poderes jurídicos as ações redibitórias e quantiminoris estão sujeitas a prazos decadenciais extinguindo-se não exercidas nos prazos fixados:
F1 – no sistema do CC, o prazo é (em princípio) de 30 dias para bens moveis, e de um ano para bens imóveis, contados da entrega efetiva (art. 445, 1° parte)
F2 todavia, se o bem já estava na posse do adquirente conta-se o prazo da alienação, mas reduzindo a metade (art. 445, 2° parte) 
Aula 15- 20/10/2016
Na aula de ontem, tratamos os vícios redibitórios, faltando apenas esclarecer um aspecto quanto a responsabilidade do alienante e, em seguida, tratar dos prazos decadenciais.
Como visto o alienante, na ação redibitória, deverá devolver o valor recebido pela coisa, e ressarcira as despesas do contrato (art. 443, 2° parte cc) todavia se o alienante conhecia o vício, devera também, ressarcir perdas e danos (art. 443, 1° parte. Sobre as perdas e danos, recordar os arts. 402 a 405 cc).
Este é o sistema do código civil. O código de defesa do consumidor traz, para as relações de consumo, um sistema distinto já que não exige o conhecimento do vício redibitório por parte do fornecedor, prevendo sempre a indenização por perdas e danos. 
Todavia, mesmo no sistema do código civil, precisamos estar atentos a eventual concorrência de ações 
Assim, a mesma situação ( perdas e danos causados por vicio oculto) pode dar origem a ação redibitória, que é de natureza contratual (art. 441 CC) mas também a uma ação de responsabilidade aquiliana (extra contratual), nos termos dos arts. 187 e 927 CC (recordando-se ao ensejo que, na hipótese do art. 927, par. Único, a responsabilidade se funda no risco, antes que na culpa).
Passamos agora aos prazos decadenciais 
A – regra geral: um ano para bens imóveis ou 30 dias para moveis, contados da entrega efetiva (art. 445, 1art. 445, 1° parte)
B – se o adquirente já estava na posse do bem, os prazos contam-se da alienação (isto é, da transferência da propriedade), mas reduzidos a metade (art. 445 2° parte); 
C – se o vicio não podia ser conhecido desde logo o prazo se conta de quando o adquirente tenha ciência do vicio (ou seja, e quando ele se manifeste), até o máximo e 180 dias, para moveis, e de um ano, para imóveis (art. 445, §1°);
D – na constância de prazo de garantia, não correm os prazos do art. 445 mas, surgido o vicio,ele deve ser comunicado ao alienante em até 30 dias “sob pena de decadência” (art 446).
Aula 16-26/10/2016
Evicção (arts. 447.457 CC)
Evicção é uma perda, que pode ser parcial ou total, de um bem por motivo de decisão judicial ou ato administrativo (art. 447 do Código Civil) que se relacione a causa preexistente ao contrato.
Um exemplo é a venda de um automóvel pela pessoa A a uma pessoa B, sendo que posteriormente se verifica que na verdade o automóvel pertence à uma pessoa C. A pessoa B pode sofrer evicção e ser obrigada por sentença judicial a restituir o automóvel a pessoa C. A pessoa B tem direito a indenização, pela pessoa A, pelo prejuízo sofrido com a evicção.
A – a diferença dos vícios redibitórios, que são essencialmente vícios de fatos, a evicção diz respeito a vícios de direito, ou seja, a possibilidade de o adquirente perder o bem adquirido (isto é, tornar-se evicto)
Por conta do direito que terceiro tenha sobre o bem, seja por ser seu legitimo titular (há vicio no título do alienante), seja por ter algum poder de constrição sobre aquele especifico bem (p ex., bem que tenha sido alienado em fraude a execução)
B – Legalmente, a responsabilidade (do alienante) por evicção se aplica aos contratos onerosos (art. 447), embora possa ser pactuada e, negócios gratuitos; 
C – Por lei, a responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa tenha deteriorado, salvo se houver dolo do adquirente (art. 451)
D – Por lei, esta responsabilidade compreende a restituição integral do preço (art. 450 caput), das despesas com o contrato (art. 450, II), aos prejuízos diretamente resultantes da evicção (art. 450), e ainda os frutos que o adquirente tenha sido obrigado a restituir (art. 450, I);
Aula 17-27/10/2016
E – A responsabilidade por evicção pode ser contratualmente reforçada (e ampliada), restringida ou mesmo excluída (art. 448), embora este último caso (exclusão) tenha algumas regras particulares.
Assim, dispõe o art. 449 que mesmo prevista a exclusão da responsabilidade por evicção, o adquirente tem direito a reaver o preço pago pela coisa se não soube do risco de evicção ou, se informado, não assumiu.
Assim se o adquirente foi informado,do risco existente naquele caso, e concordou com a clausula de exclusão mesmo assim, terá celebrado um contrato aleatório, não podendo recuperar o preço se vier a perder o bem.
É de se recordar, aqui, o art.457, a teor do qual o adquirente não poderá demandar pela evicção se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. (agora pode ocorrer que o adquirente, ciente do risco ressalve expressamente no contrato que não o assume , caso em que, mesmo havendo clausula de exclusão de responsabilidade, poderá ao menos recuperar o preço da coisa, nos termos do art. 449(venosa)
F- tanto o CCI916 quanto o CC 2002 (art. 456) previam que o adquirente, demandado pelo terceiro, deveria denunciar a lide o alienante (art. 70, I, CPC 197; art. 125,I, CPC 2015) para exercer os “direitos” resultantes de evicção responsabilizando assim o alienante .
A previsão de um de um meio processual (a denunciação a lide) numa norma material (o CC) levou a doutrina e a jurisprudência a afirmar que, neste caso, a denunciação era “obrigatória” . ou seja, o adquirente, que não denunciasse a lide o alienante, já não poderia mais responsabiliza-lo por evicção, o que pode livrar a situações manifestamente injustas. Parte da doutrina entendia que não cabia lnenhum outro remédio para tutelar o adquirente, enquanto outros entendiam substituir a ação de resolução contratual (SERPA LOPES, VENOSA), ou mesmo o enriquecimento sem causa.
O CPC 2015 revogou o art. 456 CC, mas a denunciação mesmo que não “obrigatória”, continua sendo a via mais adequada.
aula 18- 03/11/2016
extinção do contrato 
Distrato (art. 473) acordo entre as partes contratantes para extinguir o vínculo criado pelo contrato.
O distrato (contrarius consensus) é espécie de contrato (negócio jurídico geneticamente bilateral) o art. 432 trata do paralelismo das formas 
Denuncia (art. 473)
A denúncia é ato (ou negócio jurídico) unilateral, normalmente cabível em contratos sem prazo determinado. A denúncia consiste no exercício de um poder jurídico e sua eficácia é chamada resilição
Resolução por inadimplemento (art. 474-475)
2 espécies: a clausula resolutória tácita (que não é clausula, é uma decorrência do sinalagma contratual), que necessita de interpelação ou demanda judicial, e a clausula resolutória expressa, que opera de pleno direito
É possível demandar a resolução (terminação) do contrato ou sua execução especifica (pedidos alternativos) cabendo em qualquer caso perdas e danos (art. 475, c/c art. 405-408
Aula 19- 09/11/2016
Formas de extinção da relação contratual: 
A – Cumprimento do objeto;
B – distrato (contrarius consensus): onde um não quer pode haver distrato; 
C – denuncia: ato unilateral, é espécie de poder jurídico;
D – resolução, por inadimplemento, ou onerosidade excessiva. E também espécie de poder jurídico. 
Como vimos na aula passada, em matéria de resolução por inadimplemento, o CC trata de clausula tácita (uma decorrência de sinalgma contratual), e de clausula expressa (esta sim verdadeira clausula, constante do texto contratual).
A diferença fundamental está em que a tácita (uma decorrência do sinalagma contratual), e de clausula expressa (esta sim uma verdadeira clausula, constante do texto contratual). A diferença fundamental esta em que a tácita depende de interpelação ou demanda judicial, enquanto a clausula resolutória expressa opera de pleno direito, extinguindo a relação jurídica contranos;atual sem necessidade da interpelação ou demanda 
Todavia, mesmo nos casos de clausula resolutória expressa, podem ocorrer diversos litígios que muitas vezes implicação no ajuizamento de comandas assim:
Em alguns casos, pode haver controvérsia sobre a própria existência do inadimplemento (por exemplo, os casos de adimplemento substancial não devem permitir a resolução do contrato); 
Outras vezes, o inadimplemento é de obrigação secundaria ou acessória, de modo que, no caso concreto, a resolução pode se revelar abusiva;
Ademais são frequentes os litígios sobre os valores que devem ser desenvolvidos por uma parte a outra, ou sobre a existência e o valor das perdas e danos; 
Alguns doutrinadores (Darcy bossone, venose) consideram que a clausula,resolutória redigida em termos absolutamente genéricos (por exemplo “a violação de qualquer das obrigações previstas importara de pleno direito, a resolução do contrato) deve ser tratada como clausula tácita. Cuidado pois se trata de opinião controversas; e 
Por fim as normas aplicáveis a determinados tipos contratuais as vezes trazem regras próprias sobre resolução, exigindo outras modalidades (por exemplo, notificação ao devedor) ou até mesmo vedando a clausula resolutória expressa.

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