Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
11/09/2015 1 ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CUIDAR NOS PERÍODOS CLÍNICOS DO TRABALHO DE PARTO PROFª. HELLEN CATUNDA 2016.2 AO FINAL DESTA AULA O ALUNO DEVERÁ SER CAPAZ DE: • Identificar as características dos períodos clínicos do trabalho de parto/nascimento; • Descrever os principais cuidados de enfermagem em cada período clínico do trabalho de parto/nascimento. 2 11/09/2015 2 PROCESSO DE CUIDAR NOS PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO/NASCIMENTO - Compreende as ações realizadas durante os quatro períodos clínicos do parto/nascimento. 3 ENFERMEIRO “UTILIZANDO O PROCESSO DE ENFERMAGEM PARA AJUDAR NO DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO DE CUIDADOS QUE PROMOVA UM TRABALHO DE PARTO E UM PARTO POSITIVOS” (WENDY BUDIN, 2010) BASEADO EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS TRABALHO DE PARTO “ Série de eventos pelos quais os produtos da concepção são expelidos pelo corpo da mãe” (Cunningham et al., 2005) 4 11/09/2015 3 QUANDO SE INICIA O TRABALHO DE PARTO ? 5 SINAIS DO INÍCIO DO TP 6 Insinuação Perda do tampão Perda de líquido 11/09/2015 4 SINAIS DO INÍCIO DO TP CONTRAÇÕES DE BRAXTON- HICKS DOR LOMBAR 7 PERÍODOS CLÍNICOS DO TP 8 1º PERÍODO DILATAÇÃO 2º PERÍODO EXPULSÃO 3° PERÍODO DELIVRAMENTO 4º PERÍODO PÓS-PARTO IMEDIATO T R A B A L H O D E P A R T O (WENDY BUDIN, 2010) 11/09/2015 5 “ É CARACTERIZADO PELAS ALTERAÇÕES CERVICAIS PERCEPTÍVEIS, COMO RESULTADO DAS CONTRAÇÕES UTERINAS” (WENDY BUDIN, 2010) 1º PERÍODO DO TRABALHO DE PARTO 9 PRIMÍPARAS: 12 horas/ MULTÍPARAS: 8 horas 1 0 1º ESTÁGIO DO TRABALHO DE PARTO: FASE LATENTE Contrações Fracas e intermitentes 5 -10min 30 - 40” Apagamento Amolecimento, afinamento e encurtamento do canal cervical 0 - 40% Dilatação Aumento do orifício cervical 0 - 3 cm 11/09/2015 6 1 1 1º ESTÁGIO DO TRABALHO DE PARTO: FASE ATIVA/ACELERADA Contrações Longas e moderadas 2 - 5min 45 - 60” Apagamento Amolecimento, afinamento e encurtamento do canal cervical 40 - 80% Dilatação Aumento do orifício cervical 4 - 7 cm 1 2 1º ESTÁGIO DO TRABALHO DE PARTO: FASE DE TRANSIÇÃO Contrações Longas e intensas 1 - 2min 60 - 90” Apagamento Amolecimento, afinamento e encurtamento do canal cervical 80 - 100% Dilatação Aumento do orifício cervical 8 - 10 cm 11/09/2015 7 LOCAL DA ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO 1 3 PORTO AMF, AMORIM MMR, SOUZA ASR. Assistência ao primeiro período do trabalho de parto baseada em evidências. FEMINA. 2010; 38(10): 527-537. AMBIENTE DOMICILIAR CASAS DE PARTO CENTROS DE PARTO NORMAL DENTRO OU PRÓXIMO DO COMPLEXO HOSPITALAR AMBIENTE HOSPITALAR (PPP OU C.C./C.O.) Não há evidências fortes a favor do parto domiciliar ou hospitalar (Nível A) Há uma tendência à menor frequência de intervenções médicas no parto domiciliar (Nível B) O parto na sala PPP associa-se à redução de intervenções médicas e maior taxa de satisfação materna (Nível A) O local do parto deve ser discutido com a paciente (Nível D) PROFISSIONAL QUE ASSISTE O PARTO 1 4 PORTO AMF, AMORIM MMR, SOUZA ASR. Assistência ao primeiro período do trabalho de parto baseada em evidências. FEMINA. 2010; 38(10): 527-537. OBSTETRAS ENFERMEIRAS OBSTETRAS PARTEIRAS REVISÃO COCHRANE - 2010 • MENORES TAXAS DE INTERVENÇÕES • MENOR RISCO DE EPISIOTOMIAS (RR:0,82; IC95%:0,77-0,88) • MENOR RISCO DE PARTO INSTRUMENTAL (RR:0,86; IC95%:0,78-0,96) • MAIOR CHANCE DE PARTO ESPONTÂNEO (RR:1,04; IC95%:1,02-1,06) • MAIOR SENSAÇÃO DE CONTROLE PELA PARTURIENTE (RR:1,74; IC95%:1,32-2,30) • MAIOR CHANCE DE INICIAR O ALEITAMENTO MATERNO (RR:1,35; IC95%:1,03-1,76) 11/09/2015 8 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRIMEIRO PERÍODO CLÍNICO DO PARTO 1 5 EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA 1- ANAMNESE: • História obstétrica e Gestação Atual; • Frequência, intensidade e duração das contrações; • Presença dos outros sinais de TP: perda do tampão, perda de líquido ... • Exames realizados durante o pré-natal; • Ingestão oral, incluindo o horário da última alimentação; • Utilização de fumo, álcool, outras drogas e medicações; • Obter informações sobre: as expectativas da mãe em relação ao parto e pessoas disponíveis para apoio. 1 6 11/09/2015 9 EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA 2- EXAME FÍSICO: • Sinais vitais da gestante; • Exame físico obstétrico 1 7 MANOBRAS DE LEOPOLD 1 8 11/09/2015 10 MEDIDA DA AULTURA UTERINA 1 9 AUSCULTA DOS BCF´S 2 0 11/09/2015 11 PROCESSO CONTÍNUO E INDIVIDUALIZADO Monitorização intraparto da frequência Cardíaca Fetal Identificação do Risco AVALIAÇÃO Tomada de decisão 2 1 AVALIAÇÃO DAS CONTRAÇÕES UTERINAS SENSAÇÃO DE DOR • 70% - dor no hipogástrio; • 20% - dor na região sacra; • 10% - dor em ambos os locais 2 2 • DURAÇÃO; • FREQUÊNCIA; • INTENSIDADE. 11/09/2015 12 TOQUE VAGINAL • COLO • Apagamento • Dilatação • Orientação • Consistência • BOLSA-DAS-ÁGUAS • Integridade • APRESENTAÇÃO • Posição • Variedade de posição • Altura • Atitude 2 3 2 4 11/09/2015 13 2 5 DIAGNÓSTICO DO TRABALHO DE PARTO 2 6 “Uma diretriz internacional define trabalho de parto, como a presença de contrações uterinas espontâneas (pelo menos 2 contrações em 10 minutos) e, pelo menos dois dos seguintes sinais: apagamento cervical, colo dilatado ≥ 3 cm, ruptura espontânea das membranas” (Institute for Clinical Systems Improvement; 2007) < tempo da parturiente na sala de pré-parto; < probabilidade de receber ocitócitos intraparto; < necessidade de analgesia; Parturientes apresentam maior controle durante o trabalho de parto EVITA ADMISSÕES PREMATURAS E INTERVENÇÕES DESNECESSÁRIAS (NÍVEL A) PORTO AMF, AMORIM MMR, SOUZA ASR. Assistência ao primeiro período do trabalho de parto baseada em evidências. FEMINA. 2010; 38(10): 527-537. 11/09/2015 14 AVALIAÇÃO DO RISCO NO PARTO • A AVALIAÇÃO DEVE SER FEITA CONTINUAMENTE. • PADRÕES ANÔMALOS DE FCF; • FALHA DE PROGRESSÃO; • SANGRAMENTO; • APRESENTAÇÃO PÉLVICA; • PARTO DISFUNCIONAL; • MALFORMAÇÃO CARDÍACA CONGÊNITA E OUTRAS MALFORMAAÇÕES FETAIS RECONHECIDAS; • RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO; • CARDIOPATIA MATERNA; • DIABETES MATERNO (CLÍNICO OU GESTACIONAL); • HIPERTENSÃO MATERNA; • LUPUS E OUTRAS COLAGENOSES; • GESTAÇÃO MÚLTIPLA; • OLIGODRÂMNIO; • GESTAÇÃO PROLONGADA; • MECÔNIO ESPESSO 2 7 DIAGNÓSTICOS POTENCIAIS DE ENFERMAGEM • DOR relacionada a aumento da intensidade das contrações uterinas e progressão do trabalho de parto; • RISCO DE LESÃO (materna ou fetal) relacionado a complicações potenciais associadas ao trabalho de parto; • ANSIEDADE relacionada à incerteza da evolução do trabalho de parto; • RISCO DE VOLUME DE LÍQUIDO DEFICIENTE relacionado a ingestão limitada de líquidos, aumento da perda imperceptível de líquidos ou da reposição destes; 2 8 11/09/2015 15 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM • ENCAMINHAR A PACIENTE AO BANHO, SE NECESSÁRIO,E OFERECER ROUPAS APROPRIADAS • OFERECER DIETA: LEVE E COM LÍQUIDOS CLAROS (NÍVEL A) • NÃO REALIZAR ROTINEIRAMENTE: ENEMAS (NÍVEL A); TRICOTOMIAS (NÍVEL A) • ESTIMULAR A PACIENTE A DEAMBULAR OU FICAR NA POSIÇÃO VERTICAL MAIS CONFORTÁVEL (NÍVEL A) 2 9 3 0 11/09/2015 16 ORIENTAÇÃO CLÁSSICA Dieta zero durante todo o trabalho de parto => abstenção de líquidos e alimentos O objetivo é prevenir a aspiração do conteúdo gástrico na eventualidade de anestesia geral (Síndrome de Mendelson) Assistência ao Parto Baseada em Evidências NUTRIÇÃO DURANTE O TRABALHO DE PARTO 3 1 QUESTIONAMENTOS Grávida = ESTÔMAGO CHEIO Restrição da ingestão de líquidos e alimentos durante o TP não garante menor conteúdo estomacal (McKAY & MAHAN, 1988) Risco de aspiração – relacionado ao risco de anestesia geral RISCO MÍNIMO no parto de baixo risco Efeitos deletérios do jejum para o binômio mãe-feto NUTRIÇÃO DURANTE O TRABALHO DE PARTO 3 2 11/09/2015 17 RECOMENDAÇÕES (OMS) Avaliar risco anestésico (há possibilidade de anestesia geral?) Avaliar necessidade de repor as fontes de energia para garantir o bem-estar materno e fetal Permitir ingesta à gestante de baixo-risco (líquidos claros, alimentos leves) Respeitar as concepções populares regionais NUTRIÇÃO DURANTE O TRABALHO DE PARTO 3 3 3 4 11/09/2015 18 SUPOSTOS BENEFÍCIOS (JOHNSTON & SIDALL, 1922; KANTOR ET AL., 1965) Higiene Redução da infecção na cesárea e no parto normal Facilita a sutura perineal Assistência ao Parto Baseada em Evidências TRICOTOMIA 3 5 REVISÃO SISTEMÁTICA (COCHRANE, 2014) 2 ensaios clínicos (539 mulheres) Não houve diferença na morbidade febril puerperal (OR 1.26, 95%, CI 0.75-2.12) As evidências para que se recomende a tricotomia de rotina no pré-parto são insuficientes Assistência ao Parto Baseada em Evidências TRICOTOMIA 3 6 11/09/2015 19 RESUMO DAS EVIDÊNCIAS ATUAIS Não existem evidências que recomendem sua utilização rotineira Em cirurgia já está comprovado o aumento do risco de infecção quando mais de uma hora transcorre entre a tricotomia e a incisão da pele O procedimento aumenta o risco de infecção por HIV e hepatite para a parturiente e para o pessoal de saúde TRICOTOMIA 3 7 RECOMENDAÇÕES (OMS) NÃO REALIZAR TRICOTOMIA DE ROTINA Evitar tricotomia para os partos normais, salvo se for solicitado pela parturiente (devem ser explicados os riscos e a falta de necessidade) Caso se verifique indicação de cesárea, realizar a tricotomia DO LOCAL DA INCISÃO imediatamente antes do procedimento TRICOTOMIA 3 8 11/09/2015 20 3 9 SUPOSTOS BENEFÍCIOS Estímulo das contrações uterinas O intestino vazio facilita a descida da cabeça Redução da contaminação no período expulsivo Redução do risco de infecção materna e neonatal Assistência ao Parto Baseada em Evidências ENEMA ROTINEIRO 4 0 11/09/2015 21 DESVANTAGENS Incômoda Considerada constrangedora por diversas mulheres Pequeno risco de lesão intestinal Risco de eliminação de fezes liquefeitas no período expulsivo Assistência ao Parto Baseada em Evidências ENEMA ROTINEIRO 4 1 METANÁLISE – COCHRANE (2014) Ausência de efeitos sobre infecção neonatal e puerperal Não previne a eliminação de fezes no 1o e no 2o estágios do TP Não afeta a duração do TP nem a dinâmica uterina Não há evidências suficientes para recomendar sua indicação de rotina ENEMA ROTINEIRO 4 2 11/09/2015 22 CONCLUSÕES (OMS) Não há vantagens na realização rotineira de enemas durante o trabalho de parto Muitas mulheres julgam a enteróclise constrangedora À luz das evidências atuais essa prática pode ser considerada DESNECESSÁRIA NÃO DEVE SER REALIZADA DE ROTINA, EXCETO SE FOR SOLICITADA PELA PARTURIENTE ENEMA ROTINEIRO 4 3 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM • ABRIR O PARTOGRAMA (NÍVEL B): • Permite acompanhar a evolução do trabalho de parto, • Documentar o trabalho de parto; • Diagnosticar as alterações do trabalho de parto. • AUSCULTA INTERMITENTE DA FCF (NÍVEL D): • PERÍODO DE DILATAÇÃO: A CADA 30 MINUTOS, DURANTE 60 SEGUNDOS (Rezende & Montenegro, 2012) ; • PROMOVER O ALÍVIO DA DOR PRIVILEGIANDO AS PRÁTICAS RECONHECIDAMENTE ÚTEIS E QUE DEVEM SER ESTIMULADAS (NÍVEL D); • ESTIMULAR A PRESENÇA DE UM ACOMPANHANTE (NÍVEL A) 4 4 11/09/2015 23 “ SE INICIA COM A DILATAÇÃO MÁXIMA E TERMINA COM A EXPULSÃO DO FETO” (WENDY BUDIN, 2010) 2º PERÍODO DO TRABALHO DE PARTO 4 5 PRIMÍPARAS: 50 minutos/ MULTÍPARAS: 20 minutos 4 6 5 CONTRAÇÕES EM 10 MINUTOS 11/09/2015 24 A EXPULSÃO • A PARTURIENTE PODE FICAR AGITADA; • SURGE O DESEJO DE DEFECAR, VONTADE DE SE ESPREMER OU “PUXOS”; 4 7 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM SEGUNDO PERÍODO CLÍNICO DO PARTO 4 8 11/09/2015 25 INVESTIGAÇÃO • Monitorização dos sinais vitais maternos a cada 30 minutos; • Verificar as contrações uterinas a cada 15 minutos; • Ausculta dos BCF´s durante e após a contração: a cada 15 minutos (BUDIN; 2010), a cada 10 minutos (REZENDE & MONTENEGRO; 2012); 4 9 DIAGNÓSTICOS POTENCIAIS DE ENFERMAGEM • DOR relacionada a aumento da intensidade e da frequência das contrações uterinas; • RISCO DE LESÃO (materna ou fetal) relacionado à compressão do cordão umbilical; • FADIGA relacionada a esforços prolongados de empurrar. 5 0 11/09/2015 26 POSICIONAMENTO DA PARTURIENTE 5 1 • ↓ EFICIÊNCIA UTERINA • ↓FLUXO ÚTERO- PLACENTÁRIO POSIÇÃO DE TALHA LITOTÔMICA (Laborie-Duncan) POSICIONAMENTO DA PARTURIENTE 5 2 POSIÇÕES LATERAIS E VERTICAIS (NÍVEL A) : 11/09/2015 27 POSICIONAMENTO DA PARTURIENTE 5 3 • ↑ SATISFAÇÃO MATERNA • SEM EVIDÊNCIA CLÍNICA DE EFEITO BENÉFICO IMERSÃO EM ÁGUA (NÍVEL D) PUXOS • PRECOCES – EM SE COMPLETANDO A DILATAÇÃO. • TARDIOS – SOMENTE QUANDO A PARTURIENTE SENTIR VONTADE. 5 4 • Puxos precoces: ↓ a duração do período expulsivo e podem acarretar lesão do assoalho pélvico; • Puxos tardios: ↑ chance de parto espontâneo, ↑ da duração do período expulsivo e risco de lacerações perineais inalterado (Nível A); 11/09/2015 28 EPISIOTOMIA • CONCEITO CLÁSSICO: • Facilitar o parto, reduzir trauma perineal e facilitar o reparo. • CONCEITO ATUAL: • Trauma perineal provocado; • Não deve ser realizada de rotina (Nível A) 5 5 Episiotomia NÃO é mais fácil de reparar do que lacerações espontâneas Episiotomia JÁ é uma laceração de 2º. Grau Episiotomia NÃO previne distopias Episiotomia NÃO encurta o 2º. estágio do parto Episiotomia NÃO melhora os escores de Apgar ATENÇÃO!!!! 5 6 11/09/2015 29 ACOG, 2006: os médicos devem ser encorajados a usar seu raciocínio clínico para decidir quando o procedimento é necessário SCOTT, 2005: “Não faça nada, sente-se! Consentimento pós-informação QUANDO A EPISIOTOMIA É NECESSÁRIA? Assistência ao Parto Baseada em Evidências 5 7 A RECOMENDAÇÃO ATUAL DA OMS É RETRINGIR A EPISIOTOMIA PARA UM PERCENTUAL MÁXIMO DE 10% 5 8 11/09/2015 30 ACOLHIMENTODO RECÉM-NASCIDO • Aspiração rotineira não é necessária (Nível A); • Não se recomenda aspiração após desprendimento do pólo cefálico em casos de líquido amniótico meconial (Nível A); • Aquecer, secar e contato pele a pele precoce (Nível A). 5 9 • Definição: é a colocação do recém-nascido, em posição prona, despido, sobre o tórax despido da mãe, coberto por um pano aquecido, idealmente logo após o nascimento CONTATO PELE A PELE NA PRIMEIRA HORA 6 0 11/09/2015 31 EFEITOS DO CONTATO PELE A PELE • Maior vínculo mãe-filho; • Menos choro; • Estabilidade térmica; • Controle glicêmico; • Maior atividade uterina; • Duração do aleitamento materno. 6 1 CLAMPEAMENTO DO CORDÃO CLAMPEAMENTO TARDIO (2 Min) - Nível A • Promove uma transferência adicional de 20 a 30 ml/Kg de sangue da placenta para o RN; • Associa-se com benefícios neonatais que se estendem durante a infância: • MELHORA DO HEMATÓCRITO; • MELHORA DA CONCENTRAÇÃO DE FERRITINA; • REDUÇÃO DO RISCO DE ANEMIA. 6 2 11/09/2015 32 “ REFERE-SE À SEPARAÇÃO E À EXPULSÃO DOS ANEXOS (PLACENTA E MEMBRANAS)” (WENDY BUDIN, 2010) 3º PERÍODO DO TRABALHO DE PARTO 6 3 DURAÇÃO: 5 – 30 MINUTOS 3º PERÍODO CLÍNICO DO TRABALHO DE PARTO DESCOLAMENTO DESCIDA EXPULSÃO 6 4 CORPO UTERINO SEGMENTO INFERIOR CÉRVICE VAGINA NOVA SENSAÇÃO DE PUXO 11/09/2015 33 DIAGNÓSTICOS POTENCIAIS DE ENFERMAGEM • RISCO DE INFECÇÃO relacionado a laceração do períneo e realização de episiotomia; • RISCO DE LESÃO (materna ou do recém- nascido) relacionado ao processo do nascimento ou a possível hemorragia; • RISCO DE VOLUME DE LÍQUIDOS DEFICIENTE relacionado à perda sanguínea durante o parto. 6 5 6 6 OBSERVAÇÃO DO TÔNUS E DA ALTURA UTERINA 11/09/2015 34 INTERVENÇÕES • UTILIZAÇÃO DE UTEROTÔNICOS: OCITOCINA ISOLADA: • É efetiva em termos de redução da hemorragia pós- parto (Nível A). 6 7 OCITOCINA 10 UI APÓS O NASCIMENTO REVISÕES SISTEMÁTICAS DA COCHRANE Redução da perda sanguínea no parto Redução de hemorragia pós-parto: 0.38 (0,32 – 0,46) Redução do terceiro estágio prolongado: -9,7 minutos (10.00 to -9.53) Manejo de rotina para o parto hospitalar MANEJO ATIVO DO TERCEIRO PERÍODO Assistência ao Parto Baseada em Evidências 6 8 11/09/2015 35 MANEJO ATIVO Uso de ocitócito Uso sistemático 6 9 REVISÃO DAS MEMBRANAS 7 0 11/09/2015 36 REVISÃO DO TRAJETO 7 1 EPISIORRAFIA 7 2 11/09/2015 37 LIDERANÇA PROTOCOLOS CONFIÁVEIS TRABALHO EM EQUIPE CENTRADA NO PACIENTE E NA FAMÍLIA ASSISTÊNCIA EFICIENTE 7 3 Estabelecimento de metas e objetivos Apoio Institucional Infra-estrutura adequada Pessoal qualificado e treinado ASSISTÊNCIA EFICIENTE 7 4 11/09/2015 38 ESTUDO DE CASO Uma cliente, G1P0, chega a um centro obstetrico dizendo” acho que estou em trabalho de parto”. Depois de várias horas, suas contrações continuam fracas e irregulares, sem aumento na frequencia, na duração ou na intensidade. Sua dilatação cervical permanece 1cm e as membranas estão intactas. Ela é liberada para voltar para casa e esperar. Que informações o enfermeiro deve incluir na orientação de alta? 7 5 REFERÊNCIAS Orshan, S.A. Enfermagem na saúde das mulheres, das mães e dos recém-nascidos: o cuidado ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, 2010. Montenegro, C.A.B. ; Rezende Filho, J. Rezende, obstetrícia. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Amorim, M.M.R.; Porto, A.M.F.; Souza, A.S.R. Assistência ao segundo e terceiro períodos do trabalho de parto baseada em evidências. FEMINA. 2010; 38(1): 583-591. 7 6 11/09/2015 39 OBRIGADA! 7 7
Compartilhar