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Coordenação Modular Antonio Pedro Alves de Carvalho 2 Coordenação Modular • Definições • Um Pouco de História • Vantagens e Desvantagens • Conceitos • Modulação Estrutural 3 • Por modulação deve-se compreender o estabelecimento de MEDIDAS ou, associadamente, de PADRÕES DE COMPONENTES, ou ainda de PADRÕES DE ESPAÇOS, que: • podem se repetir ou admitir variantes segundo regras básicas; • são integrados a uma estrutural global, a uma malha modular ou outra convenção, que permita a coordenação de TODAS as informações do projeto. Definições 4 5 Definições • A Coordenação Modular consiste num sistema capaz de ordenar e racionalizar a confecção de qualquer artefato, desde o projeto até o produto final. • Esta ordenação e racionalização se efetiva, principalmente, pela adoção de uma medida de referência, chamada módulo, considerada como base de todos os elementos constituintes do objeto a ser confeccionado • A sua utilização é mais freqüente em obras de grande porte e que requerem um método construtivo rápido e racionalizado. É o caso, por exemplo, de obras institucionais (escolas, prédios públicos), hospitais, conjuntos habitacionais e edifícios industriais (como galpões). 6 • Desde o pré-dimensionamento, é essencial “conspirar” para que uma coordenação modular consistente seja desenvolvida. • O espaços devem ser múltiplos de um módulo espacial (arbitrado, mas não arbitrário) ou de um grupo coeso de módulos espaciais básicos. • A coordenação modular envolve ‘módulos”: funcionais, estruturais, construtivos, de instalações, de infra-estrutura predial etc. Definições 7 8 9 Um Pouco de História Os Gregos: Fonte: Nissen, 1976 apud Greven e Baldauf, 2007, p.16.O templo 10 Um Pouco de História Os Japoneses: Fonte: Ching, 2002 apud Greven e Baldauf, 2007, p.22.A casa 11 Um Pouco de História Os Ingleses: Fonte: Gössel; Leuthäuser, 1991 apud Greven e Baldauf, 2007, p.24.Palácio de Cristal, 1854, Sydenham. 12 Exemplo Casa Modulada (planta): Fonte: Greven e Baldauf, 2007, p.50. 13 Exemplo Casa Modulada (elevação): Fonte: Greven e Baldauf, 2007, p.51. 14 VANTAGENS • Racionaliza e facilita o processo projetual, já que estabelece uma limitação às medidas aplicáveis aos componentes e ao projeto como um todo, além de facilitar e flexibilizar a combinação dessas medidas. • Possibilita o emprego dos componentes na construção em seu espaço designado sem a necessidade de modificações do projeto para a obra, evitando gastos e perda de tempo. • Adequa as características da construção civil aos processos de produção industrial. • Proporciona menor gasto de mão de obra. • Reduz prazos de execução da obra. • Melhora o entrosamento entre projetistas, fabricantes de materiais e executores da obra pela adoção de parâmetros comuns, facilitando a coordenação do projeto em obra e a manutenção do edifício. 15 DESVANTAGENS • Pode limitar a variedade de projetos e induzir a uma padronização das soluções, o que se torna um empecilho frente à diversidade de necessidades reais. • Comumente cria uma repetitividade na aparência das edificações. • Necessita de grande especialização da mão de obra, obrigando à contratação de profissionais de bom nível educacional, o que nem sempre existe em disponibilidade no mercado. • Obriga à instalação de central de fabricação de componentes, o que onera os custos iniciais do empreendimento, justificando apenas a execução de grande quantidade de unidades. • Algumas soluções limitam o número de fornecedores de materiais e serviços, encarecendo o produto e levando ao risco de descontinuidades na execução do produto final. 16 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Sistema modular de referência – Sistema constituído por pontos, retas e planos, que serve de referência espacial para se determinar as dimensões e a posição dos componentes construtivos 17 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Reticulado modular de referência – Reticulado de referência utilizado em um sistema modular de referência. Consiste numa malha tridimensional em que um sistema de linhas delineia módulos espaciais subseqüentes de dimensões (largura, comprimento e altura) iguais a um módulo. 18 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Quadrícula modular de referência – Malha bidimensional que resulta da projeção ortogonal do reticulado modular de referência em um plano paralelo a um dos lados dos módulos espaciais. 19 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Módulo normal (módulo básico) – Medida mínima de referência da qual devem derivar as medidas em projeto e obra. Corresponde a uma medida mínima divisora comum que visa coordenar as dimensões dos elementos de construção. O desenho do reticulado modular de referência resulta dessa medida. Por convenção internacional, o módulo básico (M) mede 10 cm. 20 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Módulo base – Unidade de medida cujo valor se fixa para coordenar as dimensões dos componentes com a máxima flexibilidade. Seu valor deriva do módulo básico 21 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Zona neutra – Zona não modular compreendida entre quadrículas modulares destinadas a absorver partes do projeto de difícil modulação. • Quadrícula modular composta – Conjunto de quadrículas modulares de projeto relacionadas entre si por zonas neutras. 22 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Plano modular de referência – Plano que coincide com um das faces de um módulo espacial delineado pelo reticulado modular de referência. 23 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Junta – É o espaço entre dois componentes adjacentes. A medida modular de um componente corresponde a sua medida nominal mais a metade das juntas entre o mesmo e os dois componentes contíguos, ou seja, é igual à medida nominal mais duas meias-juntas. 24 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Tolerância – Margem admissível dentro da qual pode variar a medida real de um componente em relação à medida nominal para que não comprometa a medida da junta. Também chamada de ajuste modular. 25 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Medida nominal – É a medida teórica especificada no projeto de um componente construtivo e que se tenta alcançar na produção, dentro de um limite permissível de variações (tolerância). • Medida real – É a medida que se obtém do componente produzido, na qual estão incluídas as tolerâncias admitidas. 26 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Posição Simétrica – A projeção ortogonal do componente está situada sobre uma linha da quadrícula modular de referência com suas faces eqüidistantes dessas linhas. 27 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Posição Assimétrica – A projeção ortogonal do componente está situada sobre uma linha da quadrícula modular de referência, estando suas faces afastadas diferentemente dessa linha. 28 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Posição Lateral – A projeção ortogonal do componente está situada com uma das faces colocada lateralmente a uma linha da quadrícula modular de referência. 29 CONCEITOS MAIS UTILIZADOS • Série de medidas preferíveis – Conjunto de medidas que contribuem para a coordenação modular por facilitarem combinações de tamanhos. Visam também estabelecer um número limitado de medidas utilizadas paras os componentes com intuito de aumentar a repetição e facilitar o processo produtivo. • Espaço geral de coordenação – Espaço teórico que circunscreve o componente abrangendo o campo necessário para absorver as tolerâncias e os ajustes. 30MODULAÇÃO ESTRUTURAL • Critérios de escolha – Econômicos – Tecnológicos – Funcionais – Dimensões do lote – Legislação – Fundações – Instalações complementares 31 Exemplo: Fonte: Meira e Souza, apud ARQSAUDE, 2010. 32 • Para que a construção civil entre numa fase de verdadeira industrialização, deverá considerar seriamente a modulação dos componentes construtivos. 33 REFERÊNCIAS • ABNT. Normas em listagem anexa. • CARVALHO, Antonio P.A.; TAVARES, Igor. Modulação no projeto arquitetônico de estabelecimentos assistenciais de saúde: o caso dos Hospitais SARAH. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulacao_hospitais_sarah.pdf Acessado em: set/2010. • GREVEN, Helio; BALDAUF, Alexandra. Introdução à coordenação modular da construção no Brasil: uma abordagem atualizada. Porto Alegre: ANTAC, 2007
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