20142 metodologia cientifica licao04

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Índice
1.Introdução
2. Fases da Pesquisa Bibliográfica
2.1. Escolha do Tema
2.2. Elaboração do Plano de Trabalho
2.3. Identificação
2.4. Localização
2.5. Compilação
2.6. Fichamento
2.7. Análise e Interpretação
2.8. Redação
3. Conclusão
4.Referências
Metodologia Científica
Lição 04
Pesquisa Bibliográfica
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1. Introdução
Realizar uma Pesquisa Bibliográfica faz parte do cotidiano de todos os estudantes e
pesquisadores. É uma das tarefas que mais impulsionam nosso aprendizado e
amadurecimento na área de estudo. Atualmente, as bibliotecas digitais têm facilitado e
simplificado muito essa tarefa, pois trazem recursos de busca e cruzamento de
informações que facilita a vida de todos.
Mas o que é uma Pesquisa Bibliográfica?
É direcionar a busca por novos conhecimentos, armazenados em formas impressas ou
eletrônicas, através de um levantamento breve ou exaustivo.
A Pesquisa Bibliográfica é realizada a partir de levantamentos de materiais com dados
já analisados e publicados por meios escritos e/ou eletrônicos (livros, artigos científicos,
páginas na Web).
É utilizada para a coleta de dados gerais ou específicos de determinado
assunto.
Antes de iniciar uma pesquisa
bibliográfica, é preciso ter muito claro qual
é o seu objetivo. Assim, uma pesquisa
bibliográfica pode ser feita em abrangência,
ou em profundidade. Mas o mais importante
é que se defina, desde o início, o que se
pretende com ela.
As pesquisas são feitas segundo contextos
específicos, ou seja: por assunto, autores, veículos, período de tempo, e por
combinações entre eles.
Tendo uma lista de palavras-chave, uma pesquisa por abrangência é feita procurando
por todas elas de uma vez, ou seja, executam-se diversas buscas, procurando por
artigos que tenham essas palavras, antes de analisar detalhadamente o conteúdo dos
artigos. Quando estiver satisfeito, passe para o passo de análise, avaliando cada artigo
obtido e fazendo novas listas de palavras para procurar. Quando acabar de analisar
todos, se ainda precisar de mais material, repita o processo com as novas listas de
palavras.
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Fazer uma busca em profundidade significa primeiro escolher uma palavra-chave, daí
buscar o que puder com ela, estudar os artigos obtidos, e atualizar sua lista de
palavras, recomeçando então o processo com a nova lista. É uma boa ideia sempre
contar em quantos artigos cada palavra é mencionada: num artigo só, em poucos, ou
em muitos.
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2. Fases da Pesquisa
Bibliográfica
A Pesquisa Bibliográfica compreende oito fases distintas:
a) escolha do tema;
b) elaboração do plano de trabalho;
c) identificação;
d) compilação;
e) fichamento;
f) análise e interpretação;
g) redação.
 
A seguir veremos cada fase detalhadamente.
2.1. Escolha do Tema
O Tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver.
Escolher um tema significa levar em consideração os fatores:
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1. Selecionar um assunto de acordo com as inclinações, aptidões e
tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico;
2. Optar por um assunto compatível com as qualificações e competências
pessoais;
3. Encontrar um objeto que mereça ser investigado cientificamente e
tenha condições de ser formulado e delimitado em função da pesquisa;
4. A disponibilidade de tempo para realizar uma pesquisa completa sobre
aquilo que se deseja;
5. A existência de obras pertinentes ao assunto em número suficiente
para o estudo global do tema;
6. A possibilidade de consultar especialistas da área, para uma
orientação tanto na escolha da documentação específica, quanto na
análise e interpretação da mesma.
Após a escolha do tema, é fundamental a delimitação do mesmo.
Deve-se evitar a escolha de temas muito amplos que se tornam ou inviáveis como
objeto de pesquisa, ou conduzem a discussões intermináveis.
EXEMPLO:
Aborto
Religião
Futebol
Para a delimitação, devemos levar em consideração as seguintes questões:
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A) Distinguir o sujeito e o objeto da questão:
EXEMPLO:
Organização do Trabalho – o sujeito é trabalho; o objeto é
organização.
B) Especificar os limites da extensão, tanto do sujeito, quanto do objeto:
Isso pode ser realizado por meio de:
Adjetivos explicativos ou restritivos
Pelos adjetivos explicativos, designam-se as qualidades, condições ou estados
essenciais ao sujeito ou objeto.
Já pelos restritivos, indicam-se as qualidades, condições ou estados acidentais do
sujeito ou objeto.
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EXEMPLO:
Adjetivo explicativo: Organização social do trabalho.
Adjetivo restritivo: Organização atual do trabalho.
Complementos nominais de especificação
São pessoas ou coisas que, acrescentadas a substantivos ou adjetivos, especificam a
ação ou sentimentos que os mesmos substantivos ou adjetivos designam.
EXEMPLO:
Organização social do trabalho de produção artesanal.
Determinação das circunstâncias
Muitas vezes, é necessário determinar as circunstâncias que limitam ainda mais a
extensão do assunto, especialmente as circunstâncias de tempo e espaço.
EXEMPLO:
Organização social do trabalho de produção artesanal durante a Idade
Média na Europa Ocidental.
2.2. Elaboração do Plano de Trabalho
A Elaboração do Plano de Trabalho pode preceder o fichamento (sendo então
provisório) ou ocorrer depois de iniciada a coleta de dados bibliográficos sobre a
questão, quando já se dispõe de mais subsídios para a elaboração do plano definitivo
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(que, claro, ficará sempre sujeito a revisões ao longo do seu desenvolvimento).
Na elaboração do plano deve-se observar a estrutura de todo o trabalho científico:
Introdução:
Formulação clara e simples do tema, sua delimitação, importância, caráter, justificativa,
metodologia empregada e apresentação sintética da questão.
Desenvolvimento:
Fundamentação lógica do trabalho, cuja finalidade é exportar e demonstrar suas
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principais ideias. O desenvolvimento do tema exige a divisão do mesmo em tópicos
logicamente relacionados. As partes do trabalho não podem ter uma organização
arbitrária, mas baseada na estrutura real ou lógica do tema.
Conclusão:
Consiste no resumo completo, mas sintético, da argumentação desenvolvida na parte
anterior. Devem constar da conclusão a relação existente entre as diferentes partes da
argumentação e a união das ideias e, ainda, a síntese de toda a reflexão.
2.3. Identificação
É a fase de reconhecimento do assunto referente ao tema em estudo.
Aqui, buscam-se catálogos, obras de referência, bibliografia geral, revistas científicas,
sites acadêmicos, relatórios de pesquisa, etc. Nessa etapa, devemos fazer um registro
de tudo àquilo que, aparentemente, irá servir aos propósitos de nossa pesquisa.
Registre tudo que você julgar importante para sua pesquisa.
2.4. Localização
Tendo realizado o levantamento bibliográfico, com a identificação das obras que
interessa, passa-se à localização das fichas bibliográficas nos arquivos das bibliotecas,
livrarias, arquivos e internet.
Não podemos esquecer de, com base no que foi identificado, registrar que fontes eu
tenho em cada local. Isso nos permite ganhar tempo nas etapas seguintes.
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2.5. Compilação
É a reunião sistemática do material contido em livros, revistas, publicações avulsas.
Esse material pode ser obtido por meio de fotocópias, microfilmes, escaneamento,
arquivos eletrônicos, etc.
Esta etapa é de fundamental importância, pois é a partir dela, com as informações
necessárias reunidas, que você terá condições de produzir o texto do seu trabalho.
Uma das chaves para um bom texto é um trabalho de compilação
bem feito.
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2.6. Fichamento
À medida que o pesquisador tem em mãos o material necessário deve transcrever os
dados em fichas, com o máximo de exatidão e cuidado.A ficha, sendo de fácil manipulação, permite a ordenação do assunto, ocupa pouco
espaço e pode ser transportada de um lugar para outro. Até certo ponto, leva o
indivíduo a pôr ordem no seu material. Possibilita ainda uma seleção constante da
documentação e de seu ordenamento.
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EXEMPLO DE FICHAMENTO
Assunto (TEMA): Vida e cotidiano
Referência Bibliográfica Completa: HELLER, Agnes. O cotidiano e a
história. 4.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
Texto da Ficha:
“O homem nasce já inserido em sua cotidianidade. O amadurecimento do
homem significa, em qualquer sociedade, que o indivíduo adquire todas
as habilidades imprescindíveis para a vida cotidiana da sociedade
(camada social) em questão. É adulto capaz de viver por si mesmo a sua
cotidianidade” (p.18).
“O adulto deve dominar, antes de mais nada, a manipulação das coisas
[...] Mas embora a manipulação das coisas seja idêntica à assimilação
das relações sociais, continua também contendo inevitavelmente, de
modo imanente, o domínio espontâneo das leis da natureza” (p. 19).
Biblioteca que se encontra a obra: Biblioteca da Universidade Vila
Velha.
2.7. Análise e Interpretação
O primeiro passo nessa etapa é a crítica, a formulação de um juízo crítico, de uma
tomada de posição. Como já foi dito anteriormente: “de um lado, essa crítica pode ser
feita julgando-se a coerência interna do texto, de outro, pode-se levar em conta a sua
originalidade, alcance, validade e a contribuição que dá a discussão de um problema”.
Feito isso, passamos para a interpretação que exige a comprovação ou refutação das
hipóteses. Ambas – comprovação ou refutação – só podem ocorrer com base nos
dados coletados.
Resta ainda levar em consideração que os dados em si não dizem nada; precisam que
o pesquisador os interprete, seja capaz de expor seu significado e compreender as
relações mais amplas que podem conter.
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Lembre-se!!!
As afirmações feitas em seu trabalho devem ter como base uma citação
de algum autor que seja consagrado na área que a pesquisa está sendo
realizada.
2.8. Redação
Vencidas todas as etapas anteriores, o pesquisador está pronto para produzir o seu
texto sobre o tema.
A redação varia de acordo com o tipo de trabalho científico que se pretende apresentar.
Tal trabalho pode ser um artigo, uma monografia, uma dissertação ou tese.
Acredite!!!
Todos os passos anteriores são necessários para o desenvolvimento de
um bom texto.
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3. Conclusão
Cumprir todas essas etapas de modo criterioso – em especial, quando iniciamos um
trabalho de pesquisa – trará, como resultado, uma produção acadêmica de qualidade.
Claro que, à medida que você ganha experiência, poderá realizar algumas dessas
etapas concomitantemente.
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4.Referências
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra,
1986.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 7 ed.
São Paulo: Atlas, 2010 e edições anteriores.
MEZZAROBA, O.; MONTEIRO, C. S. Manual de metodologia da pesquisa no direito.
6. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.